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1. Quais são as causas desse erro? De acordo com a Cartilha de Boas Práticas Assistenciais Estes incidentes podem estar relacionados a falhas de prescrição, comunicação, rotulagem, embalagem, denominação, preparação, dispensa, distribuição, administração, educação, monitorização e utilização. A principal causa desse erro é a falta de experiência de João em um ambiente de UTI e a pressão decorrente do aumento repentino na demanda de pacientes devido à pandemia. Além disso, a sobrecarga de trabalho da equipe, a falta de supervisão adequada e a necessidade de cobrir faltas inesperadas contribuem para a ocorrência desse tipo de erro. 2. Como solucionar essa questão? Segundo Silva (2009), no processo de medicação, desde a prescrição até a administração, podem ocorrer vários erros. Assim, uma solução para minimizar estes riscos é prover, aos profissionais de saúde, um acesso rápido às informações atualizadas sobre os medicamentos por meio de textos de referências, protocolos, sistemas informatizados, registros da administração e atividade clínica regular dos farmacêuticos. 3. O que fazer para melhorar a segurança do cuidado? De acordo com as regras de segurança, é necessário revisar toda e qualquer prescrição. . Isso inclui a verificação do nome da droga, da apresentação, da dose a ser administrada e da via. Outro ponto do protocolo é com relação aos medicamentos potencialmente perigosos e os de alta vigilância. Por sua própria natureza de maior risco, eles precisam ser checados com ainda mais cuidado para evitar eventos adversos graves. 4.Quais medidas o farmacêutico deve estabelecer para minimizar e evitar erros na administração de medicamentos? Os farmacêuticos podem tomar algumas medidas, como fazer a dupla checagem e sempre registrar com o rótulo o nome do paciente e a dosagem. Através da identidade da pulseira do paciente, é importante também confirmar que o nome do paciente condiz com o rótulo que foi inserido. 5.Escolha um profissional e elabore um mapa mental com suas responsabilidades no controle das medicações de alta vigilância. ( mapa mental) 6.Com objetivo de dispensação segura de medicamentos pela farmácia, recomenda-se quais verificações por parte do farmacêutico? Deve-se elaborar e disponibilizar procedimentos operacionais atualizados para a dispensação de medicamentos, com destaque especial para os medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância. A dispensação deve ser restringida por meio de ordem verbal exclusivamente para situações de urgência e emergência, devendo a prescrição do medicamento ser entregue na farmácia imediatamente após a normalização da situação que gerou a ordem. Nesses casos, o profissional da farmácia que ouviu a ordem verbal deverá repetir o que escutou para certificar-se da informação, procedendo à dispensação e registrando sua ocorrência em formulário específico. O farmacêutico deve analisar as prescrições antes do início da separação dos medicamentos, conferindo se todos os elementos de identificação da instituição, do paciente, do prescritor e a data estão disponíveis. Analisar os medicamentos prescritos, evitando que possíveis erros de prescrição se tornem erros de dispensação; Solucionar todas as dúvidas, porventura existentes, diretamente com o prescritor, especialmente aquelas relacionadas à grafia médica, eliminando interpretação ou dedução do que está escrito; Analisar os medicamentos prescritos considerando-se os seguintes aspectos: dose, forma farmacêutica, concentração, via de administração, posologia, diluente, velocidade de infusão, tempo de infusão, indicação, contraindicação, duplicidade terapêutica, interação medicamento- medicamento e medicamento-alimento e possíveis alergias; 7.Quais são os 9 Certos para a administração de medicamentos? Justifique pelo menos dois cuidados de cada “certo”. 1.Paciente certo: Utilizar dois identificadores (nome e data de nascimento) 2.Medicação Certa: Ler o rótulo mais de uma vez para conferir se o medicamento em mãos é aquele que está prescrito. 3.Dose Certa: Realizar dupla checagem dos cálculos para o preparo e a programação de bomba para administração de medicamentos potencialmente perigosos ou de alta vigilância. 4.Via Certa: Avaliar a compatibilidade do medicamento com os produtos utilizados para sua administração (seringas, cateteres, sondas, equipos e outros). 5.Horário Certo: Aplicar no horário previsto na prescrição e no espaço de tempo determinado. 6.Registro Certo: Na anotação de enfermagem, registrar no prontuário orientações, reações adversas, suspensão ou recusa do paciente, realizando a checagem conforme padrão institucional definido e contendo identificação do profissional. 7.Orientação Certa: Orientar e instruir o paciente sobre qual medicamento está sendo administrado (nome), justificativa da indicação, efeitos esperados e aqueles que necessitam de acompanhamento e monitorização. 8.Forma Certa:Checar se o medicamento a ser administrado possui a forma farmacêutica e a via de administração prescritas. 9.Resposta Certa:Verificar se o medicamento teve o efeito desejado. Isso envolve uma avaliação da eficácia, que é muito importante para alguns medicamentos de alto risco, como anticoagulantes e insulina, por exemplo. 8.Quais os riscos administração do cloreto de potássio a 19,1% pode ocasionar no paciente, no caso de administração de 10ml sem diluir direto na veia (bolus)? O potássio é um eletrólito vital para o funcionamento adequado do corpo humano, ajudando a manter a função cardíaca, muscular e nervosa. No entanto, se o potássio estiver presente em níveis muito altos no sangue, pode levar a complicações graves, como arritmias cardíacas, parada cardíaca, falência renal e morte. A administração de 10ml de cloreto de potássio a 19,1% sem diluição direta na veia pode levar a um aumento rápido e perigoso nos níveis de potássio no sangue, causando um efeito tóxico. A dose de cloreto de potássio adequada e segura deve ser diluída em solução salina antes da administração, e o médico ou enfermeiro deve monitorar cuidadosamente os níveis de potássio no sangue do paciente. Portanto, a administração de cloreto de potássio a 19,1% sem diluição direta na veia é considerada uma prática médica perigosa e não recomendada. Caso ocorra uma administração indevida de cloreto de potássio sem diluição, o paciente deve ser monitorado de perto e tratado imediatamente com medidas corretivas para reverter quaisquer efeitos adversos. 9. Qual a conduta do farmacêutico se ele observar erro na prescrição médica? comunicação com o prescritor: O farmacêutico pode entrar em contato com o médico responsável pela prescrição para esclarecer dúvidas ou informar sobre possíveis erros identificados. Essa comunicação pode ser feita por telefone, e-mail ou outros meios apropriados. Sugestão de correção: Caso identifique um erro claro na prescrição, o farmacêutico pode sugerir uma correção ao médico, destacando o problema e fornecendo informações relevantes para ajudar na correção, como dosagens incorretas, interações medicamentosas ou contraindicações. Documentação: É importante que o farmacêutico registre todos os detalhes do erro observado, incluindo a data, a prescrição original, as ações tomadas e as comunicações realizadas. Esse registro servirá como evidência para futuras referências, caso necessário. Orientação ao paciente: Se o erro na prescrição puder comprometer a segurança ou a saúde do paciente, o farmacêutico deve orientar o paciente sobre a situação e as medidas tomadas para corrigir o erro. Isso inclui informar o paciente sobre possíveis riscos e a importância de seguir as orientações corrigidas. Colaboração interprofissional: O farmacêutico pode trabalhar em conjunto com outros profissionais de saúde, como enfermeiros e médicos, para resolver o problema identificado e garantir a segurança do paciente.É fundamental que o farmacêutico atue dentro dos limites de sua prática profissional e respeite as diretrizes éticas e legais vigentes. Em situações de urgência ou quando o erro representa um risco imediato à vida do paciente, é necessário agir rapidamente para garantir a segurança e buscar a correção adequada, mesmo que isso envolva entrar em contato com serviços médicos de emergência. 10. Se o profissional nutricionista ou fisioterapeuta estiver examinando ou entrevistando um paciente e observar algum sinal ou sintomas, qual deverá ser a sua conduta? O nutricionista ou o fisioterapeuta devem, ao notar sinais ou sintomas, buscar prezar pela segurança do paciente, documentar todas as observações, comunicar a equipe médica ou ao médico do paciente, e se for preciso encaminhar para outros profissionais. 11. Quais os direitos do paciente em relação ao ocorrido? Seja movendo uma ação de indenização ou um processo ético, o paciente vítima deve ter em mãos toda a documentação médica que possa comprovar o erro ou seja, relatórios e prontuários médicos, fotos, etc. 12. Como é classificado esse evento? imprudência médica:quando o médico não age com a cautela necessária e sua conduta pode ser verificada, por exemplo, como ato intempestivo, precipitado ou insensato; negligência médica:é o termo mais utilizado quando se fala em erro médico e caracteriza-se pela omissão do profissional, que diante da situação do paciente deixa de observar seus deveres e adota conduta inerte, indolente ou passiva. Esta omissão, pode, por exemplo, retardar um tratamento e agravar a condição do paciente; imperícia médica: a imperícia é a falta de preparo ou conhecimento insuficiente da situação. Ou seja, comete imperícia médica, por exemplo, o médico que não possui conhecimento técnico suficiente na condução do paciente. tipo de conduta praticada que causou o dano. 13. Como engajar paciente e familiares no cuidado seguro? Educação e comunicação clara: Uma das maneiras mais importantes de engajar pacientes e familiares no cuidado seguro é fornecer educação adequada e comunicação clara. Os profissionais de saúde devem explicar os procedimentos, diagnósticos e tratamentos de forma compreensível, usando linguagem simples e evitando jargões médicos. Além disso, é essencial encorajar os pacientes e seus familiares a fazerem perguntas e esclarecer quaisquer dúvidas que possam ter. Engajar pacientes e familiares no cuidado seguro é essencial para promover melhores resultados e evitar erros médicos. Através da educação, comunicação clara, envolvimento ativo, acesso à informação, incentivo à participação ativa e apoio emocional, podemos garantir que os pacientes e seus familiares se tornem parceiros ativos na busca pela segurança no cuidado de saúde.