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SEGURANÇA DO PACIENTE ERROS DE MEDICAÇÃO PROFª DOUTORANDA EDILENE M. CORDEIRO ◼ É um problema de saúde antigo e de abrangência mundial. ◼ É uma questão ética do cuidado de enfermagem. ◼ A enfermagem deve promover a segurança do paciente contribuindo na prevenção de ocorrência de erros. ◼ O sistema de saúde deve ser transformado para promover a segurança do paciente. Segurança do Paciente • Aliança Mundial para a Segurança do Paciente • 1 em cada 10 pacientesno mundo é vítima de erros e eventos adversos evitáveis durante a prestação de assistência à saúde. Segurança do Paciente Organização Mundial de Saúde “Uso, não intencional, de um plano incorreto para alcançar um objetivo (erro de planejamento), ou a não execução a contento de uma ação planejada (erro de execução).” Erro Humano Reason, J. Human error. Cambridge University Press. 1990. Classificação Internacional para Segurança do Paciente - ICPS Termo Definição Segurança do paciente A redução do risco de danos desnecessários associados ao cuidado em saúde ao mínimo aceitável. Evento adverso Um incidente que resultou em dano para o paciente. Reação adversa Dano inesperado resultante de uma ação justificada, no qual o processo correto foi seguido para o contexto que o evento ocorreu. http://www.who.int/about/copyright/en/ http://www.who.int/about/copyright/en/ CONTRIBUINTES DOS ERROS Conhecimentos habilidades Ambientais Institucionais Fisiológicos Psicológicos Situações que afetam a qualidade da prática de enfermagem e a segurança do paciente Satisfação com o trabalho Lesões ocupacionais Excessiva jornada de trabalho Dimensionamento Braumann A. Positive Practice Environmets: Quality workforce = Quality Patient Care. International Council of Nurses. Geneva (Switzerland) 2007. 65p. Falhas no processo Treinamento inadequado Trabalho em equipe Violência contra o profissional Braumann A. Positive Practice Environmets: Quality workforce = Quality Patient Care. International Council of Nurses. Geneva (Switzerland) 2007. 65p. Situações que afetam a qualidade da prática de enfermagem e a segurança do paciente “Falibilidade é uma condição humana. Nós não podemos mudar esta condição humana. Nós podemos mudar as condições nas quais os seres humanos trabalham.” Segurança do Paciente Transformar o ambiente de atendimento e, consequentemente, a prática da enfermagem A Enfermagem atua como “Advogada do Paciente” em ações de defesa documentadas, demonstrando compromisso, responsabilidade, compromisso ético e legal Aspectos Legais: código de ética dos profissionais de Enfermagem RESPONSABILIDADES E DEVERES Art. 5º - Exercer a profissão com justiça, compromisso, equidade, resolutividade, dignidade, competência, responsabilidade, honestidade e lealdade. Art. 7º - Comunicar ao COREN e aos órgãos competentes, fatos que infrinjam dispositivos legais e que possam prejudicar o exercício profissional. Aspectos Legais: código de ética dos profissionais de Enfermagem PROIBIÇÕES Art. 9 - Praticar e/ou ser conivente com crime, contravenção penal ou qualquer outro ato, que infrinja postulados éticos e legais. Art. 33 - Prestar serviços que por sua natureza competem a outro profissional, exceto em caso de emergência. CONCEITO DE ERRO DE MEDICAÇÃO ◼ Os erros na medicação são considerados eventos adversos ao medicamento passíveis de prevenção, podendo ou não causar dano ao paciente, com possibilidade de ocorrer em um ou em vários momentos dentro do processo de medicação (BATES et al., 1995;. LEAPE et al. 1995). ◼ “Dano é definido como prejuízo temporário ou permanente da função ou estrutura do corpo: física, emocional, ou psicológica, seguida ou não de dor, requerendo ou não uma intervenção”. ERRO DE PRESCRIÇÃO ERRO DE DISPENSAÇÃO ERRO DE OMISSÃO ERRO DE HORÁRIO ERRO DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO NÃO AUTORIZADO ERRO DE DOSE ERRO DE APRESENTAÇÃO ERRO DE ADMINISTRAÇÃO ERRO DE PREPARO ERRO DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO NÃO AUTORIZADO ERRO DE MEDICAÇÃO DETERIORADO ERRO DE MONITORIZAÇÃO ERRO EM VIRTUDE DA NÃO ADERÊNCIA ERRO DE VIA ◼ RDC 137/03 – DICLOFENACO SÓDICO ◼ "Não é indicado para crianças abaixo de 14 anos, com exceção de casos de artrite juvenil crônica". ◼ "Atenção: Aplicar exclusivamente no glúteo. Não injetar no deltóide." Diclofenaco e lesão no local da aplicação Exemplo de Erro de Medicação GFARM Exemplo de Regulamentação ERROS COM A DOSAGEM - O médico prescreveu para uma paciente com com TVP Heparina 5000 UI /0,25 ml por via Subcutânea (SC), porém o TE administrou Heparina EV 5000 UI/ml, por via SC. A paciente desenvolveu liposdistrofia, ao longo da internação. ERROS REFERENTES À VIA ◼ Administração pela via errada ou por uma via que não está prescrita pelo médico. - Ex: Plasil prescrito IM e o profissional administra EV. CONSEQUÊNCIA DOS ERROS ERRO DE VIA CONSEQUÊNCIAS DOS ERROS PARA O PACIENTE. ERROS MEDICAÇÃO NÃO AUTORIZADA ◼ Administração de uma ou mais unidades de dosagem, além daquela prescrita. - Ex: Soluções analgésica, prescrita de 4/4 h. (o paciente reclama com dor e uma nova dose é administrada antes do horário prescrito). Erros devido ao horário incorreto: ◼ Administrar medicamento fora dos horários predefinidos pela instituição ou da prescrição. ◼ Ex: O horário preestabelecido é 12:00h, mas o profissional resolve administrar junto com a medicação das 14:00h ERROS DEVIDO AO PREPARO INCORRETO DOS MEDICAMENTOS: ◼ Diluição incorreta; ◼ Administrar 1 ml de Aminofilina 24mg/mL por via Endovenosa ◼ É indicado para cada 1 mg/1 ml de SF 0,9% ◼ Foi administrado pura ◼ Dano: PCR reversível ERROS DEVIDO AO PREPARO INCORRETO DOS MEDICAMENTOS: ◼ Falha ao agitar suspensões; ◼ Diluição de medicamentos sem observar o tipo de diluente exigido no rótulo do frasco ou prescrito pelo médico; ◼ Diluir medicamento sem que haja necessidade; Ex: Vitamina K – IM. ◼ Associar medicamentos que são física ou quimicamente incompatíveis. Administração de medicamentos deteriorado Em condições de uso Sem condições de uso Antes da Diluição Após a Diluição ERROS NA ADMINISTRAÇÃO ◼ Uso de procedimentos inconvenientes ou técnicas impróprias, falhas nas técnicas de assepsia e das lavagens das mãos. ERRO NA IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE ◼ Ocorre quando o profissional não identifica o paciente pelo nome no momento da administração, assim como não identifica a seringa com o número da enfermaria e leito. Procedimento correto ERROS POTENCIAIS ◼ São aqueles que ocorreram na prescrição, distribuição ou administração dos medicamentos, mas que não causaram dano ao paciente. CATEGORIA DEFINIÇÃO Erro Potencial ou Ausente Circunstâncias com capacidade de causar erro (embalagens e etiquetas) Erro sem Dano Erro sem alcançar o paciente (armazenamento incorreto, erros detectados antes da administração) Erro alcança o paciente, sem causar dano Erro alcança o paciente e requer monitoramento e intervenção para não causar dano Erro com Dano Erro contribuiu ou causou dano temporal ao paciente com intervenção Erro contribuiu ou causou dano temporal ao paciente com prolongamento da hospitalização Erro causou dano permanente ao paciente Erro compromete a vida do paciente e requer intervenção para manutenção de sua vida Erro Mortal Erro contribui para a morte do paciente ERRO DE PRESCRIÇÃO - Prescrição imprópria de um medicamento, seja em relação à dose, apresentação, quantidade, via de administração ou concentração. OUTROS TIPOS DE ERROS INCLUEM: ◼ Erros de Distribuição: - Falhas ao distribuir o medicamento, como: doses incorretas; rótulos incorretos ou inadequados; preparação incorreta ou inapropriada; distribuição de medicamento com data expirada; medicamento estocado de maneira imprópria ou ainda comprometido física ou quimicamente (farmácia) http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://i145.photobucket.com/albums/r222/tdtonline_album/farmaciartigo4.png&imgrefurl=http://tdtonline.org/forum/viewtopic.php%3Ft%3D899&h=224&w=324&sz=134&hl=pt-BR&start=43&tbnid=T-q8_zgyByjNDM:&tbnh=82&tbnw=118&prev=/images%3Fq%3Dfarmacia%2Bhospitalar%26start%3D40%26gbv%3D2%26ndsp%3D20%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DNCOMO EVITAR OS ERROS O QUE DEVE SER FEITO PARA MINIMIZAR OS ERROS ◼ Procure administrar toda e qualquer medicação que esteja prescrito dentro do horário estipulado na prescrição do paciente; ◼ Caso você não consiga por algum motivo, como por - ex: falta do medicamento, paciente fora do leito no horário da medicação, recusa do paciente ou suspensão do medicamento pelo médico - relate no prontuário do paciente. QUE DEVE SER FEITO PARA MINIMIZAR OS ERROS ◼ Nunca administre medicamento em dose extra, você pode causar intoxicação no paciente. ◼ Tenha muito cuidado quando for administrar um medicamento, verifique quantas vezes for necessário se a via que você vai administrar o medicamento é a solicitada na prescrição. QUE DEVE SER FEITO PARA MINIMIZAR OS ERROS ◼ Não dilua medicamento que não permitam esse procedimento; ◼ Nunca associe medicamento que sejam quimicamente e / ou fisicamente incompatível. ◼ Ex: Penicilinas + Aminoglicosídeos: GENTAMICINA, AMICACINA – podem inativar um ao outro). QUE DEVE SER FEITO PARA MINIMIZAR OS ERROS ◼ Sempre verifique se o nome constante na embalagem é o mesmo do frasco ou ampola; ◼ Evite administrar medicamentos que estejam comprometidos química e / ou fisicamente. ◼ Preste muita atenção na dosagem da medicação prescrita para evita super ou subdosagens de medicação, pois isso pode causar danos irreversíveis ao paciente. QUE DEVE SER FEITO PARA MINIMIZAR OS ERROS ◼ Sempre que você for administrar um medicamento tenha cuidado com: - Prescrição de difícil entendimento, em relação a dose e via de administração. - Caso você não consiga entender o que esta escrito pelo médico, entre em contato com o médico assistente. Não tente adivinhar, isto pode trazer danos ao paciente e a você que administrou. Administração de medicamentos: aspectos gerais QUE DEVE SER FEITO PARA MINIMIZAR OS ERROS Depois da Administração. ◼ Observe se o medicamento apresentou o efeito desejado. ◼ Registrar o procedimento no prontuário, é a garantia do dever cumprido. ◼ Assine sempre em letra legível no final da anotação QUE DEVE SER FEITO PARA MINIMIZAR OS ERROS ◼ Não faça mistura de medicamentos injetáveis, sem prescrição medica, ou em caso de dúvidas QUE DEVE SER FEITO PARA MINIMIZAR OS ERROS ◼ Procurar observar sempre o nome genérico do medicamento para ter a certeza de que está fazendo o medicamento correto, visto a existência de medicamentos com nomes parecidos. ◼ Ex. ◼ Nifedipina (adalat) – anti-hipertensivo. ◼ Noodipina (nimodipina, oxigen) – utilizado para restabelecer a circulação cerebral. VAMOS ANALISAR???/ ◼ Uma criança internada recebeu 1 ml de dipirona 1g/2ml, por via endovenosa sem diluição. Cerca de 10 minutos apresentou dispnéia leve e inquietação. A mãe comunicou ao enfermeiro de plantão que imediatamente instalou uma solução fisiológica por via endovenosa e instalou oxigenoterapia através de cateter nasal tipo óculos com 3l/min e comunicou o médico assistente. ◼ A criança apresentou melhora do quadro e recebeu alta. DÚVIDAS ?
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