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TCC ARTIGO FUCAP 2018 PLANEJAMENTO TRIBUTARIO

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FACULDADE CAPIVARI – FUCAP
TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: ESTUDO DE CASO DE UMA
EMPRESA DO RAMO DE CONFECÇÃO
Carina Rosa Cardoso
Vanessa da Rosa Michels Effting 
Orientador: Prof. Patrick Prates Alves 
RESUMO
Este trabalho teve por objetivo geral demonstrar a melhor forma de tributação para a empresa Alpha. Deste modo, monta-se como pergunta de pesquisa o entendimento de qual é a melhor opção de regime tributário para uma empresa de confecção. Para responder à pergunta proposta, foi definida a melhor opção de regime tributário para enquadramento da empresa Alpha do ramo de confecções, tendo como objetivos específicos, verificar a função do planejamento tributário; identificar os principais regimes tributários do Brasil; conhecer as vantagens e desvantagens de cada regime tributário e analisar a forma comparativa dos dados levantados considerando os regimes de tributação aplicáveis à empresa estudada. A justificativa se dá devido ao fato de o assunto escolhido ser de suma importância para as empresas que diante da complexidade do sistema tributário e do alto gasto com tributos, precisam administrar cuidadosamente sua tributação e reduzir a quantia monetária destinada ao fisco, pois, só assim, haverá aumento da lucratividade e da competitividade frente ao mercado globalizado. A metodologia empregada na realização deste trabalho foi a pesquisa bibliográfica seguida de um estudo de caso. As técnicas de pesquisa utilizadas foram a observação indireta e os resultados obtidos por meio da análise dos cálculos realizados para cada uma das modalidades de tributação, Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional. Ficou demonstrado que a modalidade mais vantajosa para a empresa é o Simples Nacional, modalidade em que a empresa já está enquadrada.
Palavras-chave: Tributação. Simples Nacional. Planejamento Tributário.
1 INTRODUÇÃO
O sistema tributário do país, com sua grande e variada quantidade de impostos, taxas e contribuições, juntamente com uma legislação complexa e ultrapassada, faz com que cada vez mais as organizações, sociedades empresariais ou simples, outras espécies de pessoas jurídicas e o empresário individual busquem meios de reduzir a carga tributária. Uma das ferramentas a serem utilizadas é o planejamento tributário que inclui a gestão tributária. É de amplo conhecimento que o nível de tributação no Brasil sobre as empresas e pessoa física é alto, chegando a inviabilizar certos negócios. Muitas empresas acabam por fechar as portas com elevadas dívidas fiscais (ANDRADE FILHO, 2009).
A maioria dos empresários não se preocupa em realizar um planejamento tributário antes de começar suas atividades, correndo o risco de se enquadrar em um regime com elevada carga tributária, deixando assim de aproveitar aquele com melhor custo/benefício. A necessidade de um planejamento tributário já é fato para as grandes empresas e até mesmo para as de pequeno e médio porte, tendo em vista que este estudo pode simplificar e facilitar o cumprimento das obrigações do empresário e minimizar os custos tributários, sem comprometer o resultado da arrecadação.
O planejamento tributário é um conjunto de princípios legais que visam diminuir o pagamento dos tributos. O planejamento tributário contém medidas legais, que tem por objetivo diminuir a carga tributária de uma determinada empresa de maneira legal para que a mesma pague menos tributos. É favorável para a empresa, pois ajuda a diminuir os custos tributários e dos produtos, fazendo com que a empresa possa competir no mercado com preços atraentes para seus respectivos clientes. Diga-se que, necessariamente, todas as organizações precisam de um contador, com habilidades que saiba elaborar um bom planejamento tributário. Isso porque o Sistema Tributário Brasileiro, com sua infinita quantidade de impostos, taxas e contribuições, juntamente com uma legislação complexa e ultrapassada, faz com que as empresas tenham uma grande atenção nessa área do negócio (ZANLUCA, 2017).
Conforme aborda Chaves (2010), o planejamento tributário é uma necessidade básica para pessoas físicas e jurídicas, reduzindo os tributos através do planejamento de seus negócios. O profissional deve manter-se sempre atento às alterações constantes da legislação para não cometer um crime contra a ordem tributária.
Ao realizar o planejamento tributário, a empresa possui a visão de todos os seus custos e alcança a capacidade da formação justa de seus preços de venda. Desta forma, pode impulsionar suas atividades e garantir uma boa economia financeira, além de ter vantagem competitiva entre os seus concorrentes, pois tem a visão de todos os regimes tributários e, consequentemente, maior lucro em sua atividade econômica, observando sempre a legislação tributária.
Diante de tal importância, surge a seguinte pergunta de pesquisa: Qual a melhor opção de regime tributário para uma empresa de confecção?
Especificamente, este estudo tem como objetivo geral demonstrar a melhor opção de regime tributário para enquadramento da empresa Alpha do ramo de confecções. Para cumprir ao objetivo geral têm-se como objetivos específicos: verificar a função do planejamento tributário; identificar os principais regimes tributários do Brasil; conhecer as vantagens e desvantagens de cada regime tributário estudado e analisar de forma comparativa os dados levantados considerando os regimes de tributação aplicáveis à empresa estudada.
O trabalho se justifica devido ao fato de o assunto escolhido ser de extrema importância para as empresas, que diante da complexidade do sistema tributário e do alto gasto com tributos, precisam administrar cuidadosamente sua tributação e reduzir a quantia monetária destinada ao fisco, pois, só assim, haverá aumento da lucratividade e da competitividade frente ao mercado globalizado.
A pesquisa se delimita ao estudo de caso desenvolvido na empresa Alpha, do ramo de confecções, onde foi realizado o estágio e considera os períodos de Janeiro de 2017 a Dezembro de 2017 para os cálculos. 
O estudo está organizado da seguinte forma: introdução, contendo o tema, a justificativa, o problema de pesquisa e os objetivos; embasamento teórico, onde são abordados os principais conceitos relacionados ao tema em estudo; metologia utilizada na pesquisa, destacando os procedimentos utilizados; apresentação dos resultados, destacando-se as principais características da empresa em estudos; e as considerações finais.
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2 EMBASAMENTO TEÓRICO
	Nesta seção, será apresentado o referencial teórico que norteia a pesquisa, apresentando-se da seguinte forma: importância da contabilidade tributária nas organizações, planejamento tributário, regime tributário, lucro real, lucro presumido e simples nacional.
2.1 IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA NAS ORGANIZAÇÕES
Segundo Gonçalves (1996), contabilidade é a ciência que tem por objetivo o estudo do Patrimônio a partir da utilização de métodos especialmente desenvolvidos para coletar, registrar, acumular, resumir e analisar todos os fatos que afetam a situação patrimonial de uma pessoa. 
O planejamento tributário contém medidas legais, que tem por objetivo diminuir a carga tributária de uma determinada empresa de maneira legal para que a mesma pague menos tributos (SABBAG, 2009).
A contabilidade é importante para qualquer empresa, independente do seu porte, segmento ou forma de tributação. Ela é favorável para a empresa, pois ajuda a diminuir os custos tributários e dos produtos, fazendo com que a empresa possa competir no mercado com preços atraentes para seus respectivos clientes.
Segundo Oliveira (2002) “a contabilidade é uma ciência social que desenvolveu processos próprios com a finalidade de estudar e controlar os fatos que podem afetar as situações patrimoniais, financeiras e econômicas de uma entidade”. Em outras palavras pode-se dizer que contabilidade é uma arte de registrar todas as transformações que ocorreram na empresa e pode ser tambéma arte de informar os reflexos dessas transformações na situação econômica e financeira da empresa. 
Normalmente, o objetivo e finalidade da contabilidade apresenta uma visão científica, mas existe uma visão pragmática adotada por muitos estudiosos da Contabilidade, em defesa de que a aplicação da Contabilidade a uma entidade particularizada busca prover os usuários com informações sobre aspectos de natureza econômica, financeira e física do patrimônio da entidade e suas mutações, o que compreende registros, demonstrações, análises, diagnósticos e prognósticos, expressos sob a forma de relatos, pareceres, tabelas, planilhas e outros.
De acordo com Oliveira (2003) “o patrimônio constitui-se como objeto da Contabilidade e corresponde ao conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade constituída com uma finalidade específica”. O patrimônio e seu campo de aplicação o (?) das entidades econômico e administrativas e sua finalidade é a orientação da administração das entidades no exercício de suas funções.
A contabilidade possui várias ramificações, entre elas encontra-se a contabilidade tributária, cujo principal objetivo é os tributos, sempre buscando aplicar a legislação tributária da maneira menos onerosa às empresas. Contabilidade Tributária (ou fiscal) é uma expressão utilizada para designar o conjunto de ações e procedimentos visando apurar e conciliar a geração de tributos de uma entidade. 
Para Borges (2013) é o ramo da contabilidade responsável pelo gerenciamento dos tributos. A contabilidade tributária é a disciplina que associa contabilidade com administração tributária e o próprio direito tributário. Por isso, ela representa muito mais do que a simples contabilização de impostos. Isso porque contempla a aplicação do direito tributário enquanto norma sobre os fatos ou atividades e operações das empresas.
Uma das coisas que os empresários brasileiros mais reclamam é o peso da carga tributária sobre as entidades. Devido a isso, é de extrema importância que a contabilidade caminhe lado a lado com a legislação tributária. A contabilidade tributária está direcionada a atender exigências fiscais e tributárias, principalmente as que dizem respeito ao Fisco, ela é de extrema importância dentro de uma organização empresarial, pois é através de uma contabilidade tributária bem gerenciada que uma organização pode conseguir uma redução significativa em seus tributos. 
Para Fabretti (2003) a contabilidade tributária é o ramo da contabilidade que tem por objetivo aplicar na prática conceitos, princípios e normas básicas da contabilidade e da legislação tributária, de forma simultânea e adequada. Pinto (2011) apresenta como objetivos da contabilidade tributária o estudo e a teoria e a aplicação prática dos princípios e normas básicas da legislação tributária a fim de não expor a entidade às possíveis sanções fiscais e legais.
Assim, o contador precisa constantemente se atualizar, pois as alterações na legislação tributária são frequentes e seu conhecimento é importante para a realização do planejamento tributário.
2.1.1 Planejamento Tributário
A condição principal para qualquer realização de um trabalho que visa atender a um objetivo é a realização de um bom planejamento, que é usado como ferramenta para uma visão estratégica futura e para obter uma maior lucratividade.
Em decorrência da alta carga tributária brasileira e do mercado atual, o planejamento tributário tornou-se um aliado das empresas que buscam estabelecerem-se competitivas nos dias de hoje. Para Moreira; Silva (2015) “o Planejamento Tributário consiste em um conjunto de medidas continuas que visam a economia de tributos, de forma legal, levando-se em conta as possíveis mudanças rápidas e eficazes, na hipótese do Fisco, alterar as regras fiscais.” Ele se constitui no conjunto de normas legais, que visa diminuir o pagamento de tributos. 
Os tributos representam uma importante parcela dos custos das empresas. Com a globalização da economia, tornou-se questão de sobrevivência empresarial a correta administração do ônus tributário. Para Machado (2013) “o planejamento tributário não se confunde com sonegação fiscal. Planejar é escolher, entre duas ou mais opções lícitas a que resulte no menor imposto a pagar”. Para uma eficiência do Planejamento Tributário, é mais do que necessário conhecer profundamente a legislação existente no país.
Para Chaves (2010) “um planejamento tributário é o meio legal de redução da carga tributária, sendo, atualmente, uma ferramenta necessária não só a qualquer empresa, como também aos contribuintes pessoas físicas”. Um bom planejamento tributário tem por objetivo proporcionar à empresa uma economia nos pagamentos de tributos, evitando gastos desnecessários para a organização. Ele surgiu para que, de forma lícita, seja possível a economia tributária, pois através de brechas na legislação viabiliza-se a redução dessa onerosa carga tributária fiscal.
É sabido que, no Brasil, existe uma alta carga tributária que dificulta o crescimento econômico das empresas (CHAVES, 2010). Para evitar que essas empresas parem de trabalhar dias ou poucos anos após sua abertura, devem se apoiar em um planejamento tributário, para que, com isso, aconteça a economia tributária e consequentemente um resultado positivo no caixa. 
Para Robbins (2000), o planejamento compreende a definição das metas de uma organização, o estabelecimento de uma estratégia global para alcançar essas metas e o desenvolvimento de uma hierarquia de planos abrangentes para integrar e coordenar atividades. A falta de planejamento pode trazer complicações para a empresa, impedindo que a mesma se movimente eficientemente rumo aos seus objetivos.
O planejamento reduz a incerteza e esclarece as consequências das medidas que os gerentes podem tomar com respeito à mudança (ROBBINS, 2000).
Ainda que o Planejamento Tributário esteja cada vez mais em evidência nos artigos, revista, internet, livros e aparenta ser um termo “novo” para os profissionais da área, é um conceito antigo que trouxe diversas vertentes ao longo do tempo. Muitos empresários interrogam o valor de seus impostos, mas não possuem um planejamento correto para o porte de sua empresa.	
A organização que concretiza o planejamento tributário, que é um instrumento de estratégia empresarial e que auxilia os gestores na sua tomada de decisão, possui vantagem competitiva entre os seus concorrentes, buscando menor gasto tributário em sua atividade econômica, observando a legislação tributária. É importante que as empresas realizem o planejamento tributário acompanhadas de um profissional contábil, para que possam identificar em qual regime tributário a empresa se enquadra de acordo com suas atividades, e diminuir a sua carga tributária de forma legal.
Ribeiro (2010) afirma que, o planejamento tributário pode ser classificado em três categorias: conservador, moderado e agressivo. No primeiro, aplica-se o que está na lei ordinária. O segundo, é necessário maior conhecimento da legislação tributária, Constituição Federal, Código Tributário Nacional e acompanhamento das matérias polêmicas do Poder Judiciário. O terceiro é a base somente no Código Tributário Nacional e na Constituição Federal, onde escolhe uma ação que não é autorizada na lei ordinária.
2.2 REGIME TRIBUTÁRIO
A escolha de um regime tributário e o enquadramento de uma empresa é que determinarão qual a incidência e como será definida a base de cálculo dos impostos (MOREIRA; SILVA, 2015)
De acordo com o Guia Tributário (2015), no Brasil, os regimes tributários mais utilizados são: Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional. Compete a cada empresa, de acordo com suas atividades, escolher o que melhor se enquadra, analisando as características específicas de cada regime, uma vez que cada regime tributário possui uma legislação própria que define todos os impostos e procedimentos que a empresa precisará cumprir, para ficar dentro da legalidade. 
Na maioria das vezes, esse regime é escolhido pelo escritóriocontábil contratado pela empresa, mas é importante o conhecimento e o acompanhamento junto ao profissional contábil para analisar o regime tributário adequado que melhor se enquadra, visando sempre à elisão fiscal.
2.2.1 Lucro Real
Os impostos Federais incidentes nas empresas que apuram o Lucro Real são basicamente os mesmos do Lucro Presumido: PIS, COFINS, IRPJ e CSLL, sendo também os dois primeiros apurados mensalmente sobre o faturamento e os dois últimos anualmente ou trimestralmente, tendo como base o Lucro Líquido contábil, ajustado pelas adições, exclusões e compensações permitidas ou autorizadas pelo Regulamento do Imposto de Renda (TOSTA; LEMES, 2016).
O Lucro Real é a regra para a apuração do Imposto de Renda (IR) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) da pessoa jurídica. Para esta regra, o IR é determinado a partir do lucro contábil, apurado em pessoa jurídica, acrescido de ajustes requeridos pela legislação fiscal: Lucro (Prejuízo) Contábil (+) Ajustes fiscais positivos (adições) (-) Ajustes fiscais negativos (exclusões) (=) Lucro Real ou Prejuízo Fiscal do período (ICHIHARA, 2013).
Uma das vantagens da opção pelo lucro real é que ele é o único regime de tributação que permite o gozo dos diversos incentivos fiscais estabelecidos pela legislação do Imposto de Renda.
De acordo com o art. 247 do Decreto 3.000/99, lucro real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação fiscal. A determinação do lucro real será precedida da apuração do lucro líquido de cada período de apuração com observância das leis comerciais.
A empresa que optar pelo lucro real deverá apurar o lucro contábil, que será a base de cálculo para os impostos sobre o lucro líquido. Segundo Duarte (2009), contabilmente falando, o lucro real é aquele realmente apurado pela contabilidade, com base na completa escrituração contábil fiscal, com a estrita e rigorosa observância dos princípios fundamentais da contabilidade e demais normas fiscais e comerciais. 
De acordo com a lei nº. 9.430/96 há dois sistemas de apuração para as empresas enquadradas neste regime tributário: Lucro Real Anual e Lucro Real Trimestral. No Lucro Real Anual, o recolhimento do imposto é efetuado mensalmente a título de antecipações, com base em estimativa, fundamentada em balanços ou balancetes periódicos. No lucro real trimestral, a realização da apuração do resultado é feita em cada trimestre do exercício, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário, observada a legislação vigente (BRASIL, 1999).
Como o próprio nome indica, a apuração é feita com base no lucro líquido da empresa, se a mesma não possuir lucros não pagará impostos, seria a forma mais justa analisando por este ângulo, visto que a empresa pagaria somente se possuísse lucro no período, entretanto, se for considerado que todos os impostos têm alíquotas mais altas se comparados com outros regimes, talvez não o torne tão vantajoso, deste modo o melhor é sempre realizar a análise tributária de acordo com a atividade da empresa e verificar se o lucro real será ou não a melhor opção.
Como a empresa não se enquadra em nenhum desses itens, ela não é obrigada a ser tributada pelo Lucro Real, podendo optar por outra forma de tributação. Analisando apenas pelo lado do IR, para uma empresa que opera com prejuízo, ou margem mínima de lucro, é vantajoso optar pelo Lucro Real (CREPALDI, 2011).
O art. 246 do regulamento do imposto de renda (RIR/99)� descreve quais são as pessoas jurídicas obrigadas a optar pela tributação do Lucro Real. Quando se trata do regime de Lucro Real pode haver, inclusive, situações de Prejuízo Fiscal, hipótese em que não haverá imposto de renda a pagar. As demais empresas podem, se lhes convier, se enquadrar pela tributação do Lucro Real (BRASIL 2006). 
É prudente uma análise estendida para a Contribuição Social sobre o lucro e para as contribuições ao PIS e a COFINS, pois a escolha do regime afeta todos estes tributos. Além das obrigatoriedades descritas no artigo 246, deve-se observar o limite de receita bruta anual, para fins de opção obrigatória pelo lucro real.
2.2.2 Lucro Presumido
O lucro presumido é um regime de tributação que é permitido para determinadas empresas, pela receita federal, desde que comprovem os requisitos mínimos exigidos para se enquadrarem.
Lucro Presumido é um lucro fixado a partir de percentuais padrões aplicados sobre a ROB (Receita Operacional Bruta). O lucro presumido é uma forma de tributação simples para determinação da base de cálculo do IR e da CSLL das pessoas jurídicas. Sua sistemática é usada para presumir o lucro da pessoa jurídica a partir de sua receita bruta e outras receitas sujeitas à tributação.
O lucro presumido ou estimado também é conceito tributário. Sua finalidade é facilitar o pagamento do IR, sem ter que recorrer à complexa apuração do lucro real que pressupõe contabilidade eficaz, ou seja, capaz de apurar o resultado antes do último dia do mês subsequente ao encerramento do trimestre (FABRETTI, 2003).
Para Sabbag (2009) consiste na presunção legal de que o lucro da empresa é aquele por ela estabelecido com base na aplicação de um percentual sobre a receita bruta desta, no respectivo período de apuração. Para uma empresa se enquadrar no lucro presumido, deve-se atentar à receita bruta anual exigida na lei. Neste regime tributário, entende-se que o resultado que é positivo é obtido pelos percentuais aplicados ao faturamento do contribuinte. De acordo com a Receita Federal (2000), é uma forma de tributação simplificada se comparada com a do lucro real, isso devido às obrigações acessórias exigidas em lei e por sua apuração que é feita de acordo com o faturamento.
Segundo a Lei nº 9.718/98, alterada pela Lei nº 10.637/02, está impedido de optar pela tributação com base no Lucro Presumido a partir do ano-calendário de 2003 as pessoas jurídicas enquadradas em qualquer das situações prevista na Lei nº 9.718/98, artigo 14.
O lucro presumido, se não houver impedimento, é uma boa ferramenta de planejamento tributário. Embora não seja obrigatório, o Lucro Presumido é bastante difundido devido a sua simplicidade e, principalmente, por questões de estratégia tributária, pois pode representar economia tributária, sobretudo nas empresas altamente lucrativas (RIBEIRO, 2010). 
A pessoa jurídica optante pelo regime de tributação com base no lucro presumido, poderá adotar o critério de reconhecimento de suas receitas de venda de bens ou direitos ou de prestação de serviços pelo regime de caixa ou de competência, observando-se o disposto na IN SRF n° 104/98. De acordo com Moreira e Silva (2015) o lucro presumido, apurado trimestralmente, será a soma do valor obtido pela aplicação dos percentuais, especificados no subitem percentuais, sobre a receita bruta e dos valores correspondentes aos demais resultados e ganhos de capital. 
A sistemática de tributação pelo Lucro Presumido é regulamentada pelos artigos 516 a 528 do Regulamento do Imposto de Renda (BRASIL, 1999) Para seu resultado somam-se as receitas financeiras, alugueis esporádicos, entre outras. Qualquer outra receita, além daquela proveniente da prestação do serviço, deve entrar na base de cálculo do Lucro Presumido. A opção pelo regime de tributação com base no Lucro Presumido será manifestada com o pagamento da primeira ou única quota do imposto devido correspondente ao primeiro período de apuração de cada ano-calendário (ATALIBA, 2010). A saída do sistema de tributação pelo lucro presumido pode ocorrer anualmente por opção ou, obrigatoriamente, quando a pessoa jurídica deixar de se enquadrar nas condições para permanecer no sistema.
2.2.3 Simples Nacional
De acordo com Duarte (2009), Simples Nacional é um regime tributário mais simplificado e favorecido se comparado aos demais regimes. Conforme Chaves (2010), o Simples Nacional por ser um regime com menos encargostrabalhistas, costuma ser o melhor regime tributário para empresas de prestação de serviço, principalmente quando têm muitos funcionários.
O Simples Nacional estabelece normas gerais relativas ao tratamento tributário diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mediante regime único de arrecadação, inclusive obrigações acessórias (BRASIL, 2006).
No Simples Nacional, o recolhimento é feito mensalmente, através de documento único de arrecadação, denominado DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional), no qual se refere aos tributos: IRPJ, IPI, CSLL, COFINS, PIS, INSS (cota patronal), ICMS e ISS, quando necessários. Esta guia deverá ser recolhida até o vigésimo dia do mês subsequente ao da competência do fato gerador (TOSTA; LEMES, 2016).
As principais características do Regime Simples Nacional são: ser facultativo; ser irretratável para todo o ano-calendário; abrange todos os tributos incidentes sobre a pessoa jurídica; recolhimento dos tributos abrangentes sobre uma única guia; apresentação de declaração única e simplificada de informações socioeconômicas e fiscais e o prazo para pagamento do DAS é até o dia 20 do mês subsequente.
Como regime compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicável às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, previsto na Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Abrange a participação de todos os entes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). 
Para o ingresso no Simples Nacional é necessário o cumprimento das seguintes condições; Enquadrar-se na definição de microempresa ( ME) com receita bruta igual ou inferior a R$ 360 mil no ano calendário; ou enquadrar-se na definição de Empresa de Pequeno Porte ( EPP) com receita bruta maior que R$ 360 mil e menor que R$ 4,8 Milhões no ano calendário; Cumprir os requisitos previstos na legislação; e formalizar a opção pelo Simples Nacional.
O recolhimento dos tributos num só documento não exclui a empresa de pagar os outros tipos de impostos e contribuições existentes pela lei e aplicáveis às demais pessoas jurídicas. A empresa poderá pagar os tributos em uma única guia. Entre os tributos encontra-se: IRPJ; IPI; CSLL; COFINS; PIS/PASSEP; ICMS; ISS e Contribuição para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de que trata o art.22 da Lei 8.212/91, exceto no caso das pessoas jurídicas que se dediquem as atividades de prestação de serviços previstas especificamente (MACHADO, 2013).
Não estão compreendidos na guia do Simples o IOF, o imposto de importação, o imposto de exportação, o ITR, o IR sobre aplicações financeiras de renda fixa variável, o IR sobre ganho na alienação de bens do ativo permanente, a contribuição para o FGTS, a contribuição para o INSS a cargo do trabalhador, o IR retido de terceiros, o PIS/PASEP, a COFINS e o IPI incidentes na importação de bens e serviços.
Assim como o próprio nome diz, é um regime mais simples, onde suas obrigações e alíquotas são menores, facilitando, deste modo, para os empresários administrarem e fazendo com que muitas empresas procurem se enquadrar neste regime, lembrando que nem sempre o que parece é o que realmente acontece, pois este regime foi feito para ajudar empresas que estão começando ou que ainda não têm um faturamento elevado, do contrário a empresa pode acabar pagando mais.
3 MÉTODOS E TÉCNICAS DA PESQUISA
Este tópico trata dos métodos e das técnicas utilizados na elaboração da pesquisa. Para tanto, considera-se o enquadramento metodológico e os procedimentos para coleta e análise dos dados.
3.1 ENQUADRAMENTO METODOLÓGICO
De acordo com os objetivos deste estudo, o mesmo trata-se de uma pesquisa exploratória. Segundo Gil (2002), esta pesquisa tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito. Pode envolver levantamento bibliográfico, pesquisa documental, entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado. Geralmente, assume a forma de pesquisa bibliográfica e estudo de caso. 
No que se refere à natureza da pesquisa, trata-se de um estudo teórico e prático. Os aspectos teóricos ficam a cabo da busca de conceitos e de teorias em livros, revistas e demais publicações que tratam do tema. “Em termos gerais, são consideradas pesquisas teóricas aquelas que têm por finalidade conhecer ou aprofundar conhecimentos e discussões”. (CERVO; BERVIAN, 2006).
A coleta se dá a partir de dados secundários com a utilização da pesquisa bibliográfica, é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos, envolvendo fontes secundárias (GIL, 2002). 
Escolheu-se como tipo de abordagem a pesquisa quali-quantitativa. Os métodos qualitativos enfatizam as especificidades de um fenômeno em termos de suas origens e de sua razão de ser. A abordagem quantitativa está mais preocupada com a generalização, relacionada com o aspecto da objetividade passível de ser mensurável, permitindo uma ideia de racionalidade, como sinônimo de quantificação (CHAVES, 2010).
Quanto ao resultado da pesquisa, pode se afirmar que trata de um estudo aplicado, pois gera conhecimento em resposta a solução da pergunta. Segundo Chaves (2010) a pesquisa aplicada tem como motivação a necessidade de produzir conhecimentos para a aplicação de seus resultados, com o objetivo de “contribuir para fins práticos, visando à solução mais ou menos imediata do problema encontrado na realidade”.
Os procedimentos técnicos perpassam pela pesquisa bibliográfica pelo estudo de caso com o objetivo de enaltecer o conhecimento sobre o tema. Despertar a visão sistêmica da ciência contábil. Estudo de caso, pois envolve estudo na empresa Alpha do ramo de confecções.
3.2 PROCEDIMENTOS PARA A COLETA E ANÁLISE DOS DADOS
Para a realização deste estudo, foram coletados dados bibliográficos em livros e materiais disponibilizados pela empresa, relacionados ao assunto. Logo, foram realizadas pesquisas bibliográficas em livros, revistas, artigos, e páginas virtuais para o desenvolvimento do Referencial Teórico e do Enquadramento Metodológico. O Estudo de caso foi desenvolvido em uma empresa do ramo de confecção empresa de confecção, sendo realizada a observação e análise dos documentos relacionados à contabilidade tributária da empresa no ano de 2017, disponibilizados pelo proprietário.
4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
Este capítulo trata da vivência de 312 horas de estágio, nas quais foram levantadas as informações da empresa concedente. A empresa objeto desse estudo de caso disponibilizou seus dados contábeis e financeiros. Cabe destacar que o primeiro subcapítulo trata da caracterização do objeto de estudo, com sua caracterização completa, sendo sua história, ramo de atividade, endereço, porte da empresa. Com o uso de cálculos e, principalmente, análises conseguiu-se verificar qual é a melhor forma de tributação para a empresa.
4.1 CARACTERIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO 
A empresa, objeto deste estudo, está situada na região Sul do Estado de Santa Catarina. Por solicitação do proprietário não será divulgado o nome da empresa, que aqui será denominada “Empresa Alpha”. 
A empresa Alpha, iniciou sua operação na data de 01 de Abril de 2008, constituída por um único sócio, atuando no ramo de confecção de peças de vestuário e acessórios. No ano de 2011, a empresa tornou-se sociedade Limitada, ficando com 2 sócios ambos com 50% das cotas da empresa. Possui estabelecimento próprio, dividido em 05 setores diferentes, administrativo, comercial, corte, costura e embalagem. 
O Setor administrativo é comandado pelos sócios, ambos trabalham em conjunto na contratação de colaboradores, analisando os perfis dos empregados, entrevistas, sendo que a seleção pode ser feita por um único sócio, mas nenhum colaborador é contratado sem o aval dos dois. 
Ainda no setor administrativo, uma parte importante do processo daempresa, as vendas, são feitas pelos sócios que visitam clientes antigos e buscam novos clientes, uma parte das vendas é feita diretamente, fazendo os sócios o papel de representante de vendas. Um dos sócios é o figurinista da empresa, desenha os modelos das roupas, define as cores a serem usadas, define a coleção inverno e verão.
O setor comercial, conta com o trabalho de 01 colaborador, que recebe pedidos por e-mail e telefone. No Setor de corte, os colaboradores, separam os tecidos, os moldes das roupas, efetuam o corte das peças, e passam para o próximo passo que é o setor de costura onde os colaboradores utilizam máquinas apropriadas para cada tipo de tecido, e costuram as peças. 
Com as peças devidamente costuradas, o setor de embalagem entra no processo. Este é um setor importante, pois, vai além de embalar. O papel dos colaboradores deste setor é a inspeção das peças, pregar botões, passar fitas entre outras atividades necessárias para terminar o produto. Só então ele passa para a mesa da embalagem propriamente.
A estrutura na qual a empresa está instalada hoje é própria dos sócios. Atualmente, conta com 26 empregados, vem crescendo cada dia mais, e, consequentemente, conquistando uma demanda muito grande de clientes fiéis devido à qualidade e diferencial de seus produtos.
Hoje, o principal desafio da empresa é manter a qualidade de seus produtos e adquirir novos clientes para continuar seu crescimento.
A contabilidade é feita pelo regime de competência, em um escritório contábil do munícipio, está enquadrada no regime de tributação do simples nacional, anexo II (Indústria) onde o IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, IPI E ICMS são calculados diretamente sobre a Receita Bruta de Vendas.
Tendo em vista que a empresa está crescendo e aumentando rapidamente seu faturamento, torna-se necessário a realização de um planejamento tributário, pois é importante analisar as formas de tributação, Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional, identificando e apurando a forma de tributação mais econômica e vantajosa para a empresa. 
4.2 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Para que o planejamento tributário seja eficaz é necessário que a empresa, por sua vez, mantenha-se atualizada devido as mudanças na legislação, o que é contínua. Para o desenvolvimento deste estudo definiu-se a realização do referencial teórico para este tema e abordou-se assuntos pertinentes ao planejamento tributário, o que permitiu uma análise mais fortalecida dos dados levantados na empresa. 
A empresa será considerada correta em seus procedimentos caso os benefícios gerados na escolha da modalidade menos onerosa de tributação legal existente no ramo de confecção de peças e acessórios para cachorro contemple a redução de Custos; maximização dos Lucros e menor ônus financeiros para as transações operacionais.
Neste capítulo, evidencia-se a aplicação prática deste estudo que consiste na apuração
dos tributos federais através dos métodos de tributação, o Lucro Real Anual, Lucro Presumido e Simples Nacional. 
	Inicia-se com a apresentação dos cálculos do IR e CSLL no regime de tributação do Lucro Real e do Lucro Presumido, com a demostração da DRE Contábil resumida e Lalur Resumido.
Tabela 01: DRE e LALUR Resumido – Lucro Real
	Receita Bruta
	R$ 2.683.923,99
	(-) PIS 
	 -
	(-) PIS 1,65%
	(R$ 44.284,75)
	(-) COFINS 7,60%
	(R$ 203.978,22)
	(-) ICMS
	(R$ 343.104,96)
	(-) Devolução de Vendas
	(R$ 28.033,68)
	(=) Receita Líquida
	R$ 2.092.556,07
	(-) CPV
	(R$ 895.020,87)
	(=) Receita Líquida
	R$ 1.197.535,20
	(-) Manutenção e Reparos
	(R$ 564,52)
	(-) Serviços de Terceiros
	(R$ 31.258,94)
	(-) Salários
	(R$ 366.081,67)
	(-) Pró-Labore
	(R$ 25.666,00)
	(-) 13 Salários
	(R$ 32.512,94)
	(-) Férias
	(R$ 33.884,89)
	(-) Inss
	(R$ 108.376,31)
	(-) Telefone e internet
	(R$ 5.400,00)
	(-) Combustível 
	(R$ 7.200,00)
	(-) Despesas Bancárias 
	(R$ 6.240,00)
	(-) Fgts
	(R$ 34.598,36)
	(-) Energia Elétrica 
	(R$ 7.675,07)
	(-) Fretes 
	(R$ 20.483,93)
	(-) Depreciação
	(R$ 3.564,11)
	(=) Lucro Antes do TR e CSLL 
	R$ 514.028,46
	(-) IR 15%
	(R$ 104.507,11)
	(-) CSLL 9%
	(R$ 46.262,56)
	(=) Lucro Antes do TR e CSLL 
	R$ 363.258,78
	LALUR RESUMIDO (PARTE A)
	= Lucro Contábil
	R$ 514.028,46
	(+) Adições
	 -
	(-) Exclusões
	 -
	(-) Compensações
	 -
	= Lucro Real
	R$ 514.028,46
	IR 15%
	R$ 77.104,27
	Adicional 10% IR
	R$ 27.402,85
	CSLL 9%
	R$ 46.262,56
Fonte: Elaborado pela autora (2018).
Conforme observa-se na Tabela 01, a empresa apresentou um lucro a distribuir no valor de R$ 363.258,78, o que corresponde a aproximadamente 13,54% do seu faturamento no ano de 2017. Com o lucro , foram calculados dos impostos CSLL 9% sobre o lucro real e IR 15% sobre o lucro real mais o adicional de 10%, conforme demostrado no Lalur, totalizando um um valor a recolher de R$ 46.262,56 de CSLL e 104.507,11 de IR . 
No Lalur, para apurar o Lucro Real, a empresa pode compensar até 30% dos prejuízos acumulados, o que não ocorreu com a empresa analisada. A Parte A do Lalur apresentou um lucro contábil de R$ 514.028,46
Evidencia-se na tabela 02, a demonstração dos cálculos do Lucro Presumido, calculado trimestralmente.
Tabela 02: Cálculo Lucro Presumido
	LUCRO PRESUMIDO
	FATURAMENTO
	 PRESUNÇÃO
	
	IR 8%
	CSLL 12%
	IR 15%
	ADIC. IR 10%
	CSLL 9%
	1º TRIM. R$ 477.850,74
	R$ 38.228,06
	R$ 57.342,09
	R$ 5.734,21
	
	R$ 5.160,79
	2º TRIM. R$ 683.867,73
	R$ 54.709,42
	R$ 82.064,13
	R$ 8.206,41
	
	R$ 7.385,77
	3ºTRIM. R$ 730.215,06
	R$ 58.417,20
	R$ 87.625,81
	R$ 8.762,58
	
	R$ 7.886,32
	4º TRIM. R$ 791.990,46
	R$ 63.359,24
	R$ 95.038,86
	R$ 9.503,89
	R$ 335,92
	R$ 8.553,50
	R$ 2.683.923,99
	
	R$ 32.207,09
	R$ 335,92
	R$ 28.986,38
Fonte: Elaborado pela autora (2018).
A característica principal da tributação pelo Lucro Presumido, como o próprio nome indica, é que os impostos IRPJ e CSLL têm como base de cálculo a presunção. A empresa deve pagar de IRPJ, no caso 15% mais o adicional de 10% gerado apenas no último trimestre R$ 32.543,01, e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, que na tabela apresenta 9%: R$ 28.986,38).
Na apuração do lucro presumido, as receitas decorrentes, consideradas meros ajustes, sujeitam-se à aplicação do percentual de presunção de 15% para fins de determinação da  base de cálculo do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e 12% para determinação da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). O IRPJ dá um pouco mais de trabalho, mas também é fácil. O cálculo deve ser feito em duas partes aplicando as alíquotas do valor do imposto mais a alíquota do adicional quando for o caso, como indicada na tabela.
Para dar continuidade aos cálculos de planejamento tributário será demonstrado o cálculo do ICMS na modalidade não cumulativa, que serve tanto para o Lucro Real, quanto para o Lucro Presumido. 
Segue o cálculo do crédito do ICMS pelas entradas da empresa Alpha no ano de 2017 e do débito do ICMS sobre as vendas de mercadorias da empresa no ano de 2017.
Tabela 03: Crédito de Icms – Lucro Real e Presumido
	ESTADO
	ICMS LUCRO REAL E LUCRO PRESUMIDO
	
	 CRÉDITO ICMS DÉBITO ICMS
	
	ENTRADA
	ICMS
	SAÍDA
	ICMS
	Amazonas
	
	
	R$ 5.686,80
	7% R$ 398,08
	Bahia
	
	
	R$ 9.824,64
	7% R$ 687,72
	Distrito Federal
	R$ 2.400,00
	12% R$ 288,00
	R$ 7.419,73
	7% R$ 519,38
	Espírito Santo
	
	
	R$ 23.250,42
	7% R$ 1.627,53
	Goiás
	
	
	R$ 8.451,30
	7% R$ 591,59
	Minas Gerais
	
	
	R$ 83.800,73
	12% R$ 10.056,09
	Mato Grosso Sul
	
	
	R$ 5.178,90
	7% R$ 362,52
	Mato Grosso
	
	
	R$ 16.156,16
	7% R$ 1.130,93Paraná
	R$ 100.586,18
	12% R$ 12.070,34
	R$ 115.346,95
	12% R$ 13.841,63
	Rio de Janeiro
	R$ 4.864,68
	12% R$ 583,76
	R$ 61.662,41
	12% R$ 7.399,49
	Rio Grande do Sul
	R$ 113.677,32
	12% R$ 13.641,28
	R$ 153.663,65
	12% R$ 18.439,64
	Santa Catarina
	R$ 238.513,07
	17% R$ 40.547,22
	R$ 525.295,75
	17% R$ 89.300,28
	Sergipe
	
	
	R$ 27.572,22
	7% R$ 1.930,06
	São Paulo
	R$ 538.763,73
	12% R$ 64.651,65
	R$ 1.639.540,29
	12% R$ 196.744,83
	Tocantins
	
	
	R$ 1.074,04
	7% R$ 75,18
	Energia Elétrica
	R$ 10.848,15
	20% R$ 2.169,63
	
	
	Ativo Imobilizado
	
	 R$ 720,73
	
	
	
	
	R$ 134.672,61
	
	R$ 343.104,95
Fonte: Elaborado pela autora (2018).
A tabela 03, demonstra o calculo do ICMS, de entrada de mercadoria, o crédito do Icms que será usado para fins de cálculo do valor a recolher. A empresa compra a maior parte de sua mercadorias fora do estado, com alíquota de 12%, gerando um crédito total no ano de 2017 no valor de R$ 131.782,25, que por não ser cumulativo será usado para compensação do imposto a pagar.
E na mesma tabela foi demonstrado o cálculo do ICMS devido sobre as vendas. Assim, considerando que a empresa vende para diversos estados com percentuais de alíquotas distintas, o total de ICMS devido no ano de 2017 resultou em R$ 343.104,96.
A tabela 04 demonstra os cálculos do crédito de PIS e Cofins no Lucro Real com base nas compras. 
Tabela 04: Crédito de Pis e Cofins (Lucro Real)
	CRÉDITO DE PIS E COFINS (LUCRO REAL)
	
	PIS 1,65%
	COFINS 7.60%
	Entradas
	R$ 16.480,28
	R$ 75.909,18
	Energia
	R$ 178,99
	R$ 824,46
	Depreciação Imobilizado
	R$ 55,61
	R$ 256,12
	TOTAL DE CRÉDITOS 
	R$ 16.714,88
	R$ 76.989,76
Fonte: Elaborado pela autora (2018).
Exerga-se um PIS de R$ 16,480,28 e COFINS de R$ 75.909,18 os quais foram calculados com base nas entradas de mercadorias da empresa Alpha no ano 2017. 
Em seguida, na tabela 05 apresenta-se os cálculos do PIS E COFINS com base no faturamento bruto da empresa no ano de 2017.
Tabela 05: Débito de Pis e Cofins (Lucro Real)
	DÉBITO DE PIS E COFINS (LUCRO REAL)
	
	PIS 1,65%
	COFINS 7.60%
	SAÍDAS
	R$ 44.284,75
	R$ 203.978,22
	TOTAL DE CRÉDITOS 
	R$ 44.284,75
	R$ 203.978,22
	À Pagar Lucro Real 
	R$ 27.569,87
	R$ 126.988,46
Fonte: Elaborado pela autora (2018).
Conforme a tabela 05, e com base no faturamento bruto da empresa foram calculados 1,65% de PIS que apurou-se o valor de R$ 44.284,75 e 7,6% de COFINS num valor de R$ 203.978,22.
O cálculo do Pis e Cofins para o Lucro presumido, é feito com base no fatutamento bruto da empresa, como mostra a tabela 06.
Tabela 06: Débito de Pis e Cofins (Lucro Presumido)
	PIS E COFINS LUCRO PRESUMIDO
	SAÍDAS
	PIS 0,65%
	COFINS 3%
	R$ 2.683.923,99
	R$ 17.445,51
	R$ 80.517,72
	À Pagar Lucro Presumido 
	R$ 17.445,51
	R$ 80.517,72
Fonte: Elaborado pela autora (2018).
	Conforme apuração demonstrada, a empresa Alpha se fosse optante pelo Lucro Presumido no ano de 2017, teria um valor a pagar de R$ 17.445,51 de PIS, ou seja 0,65% sobre o faturamento e teria um valor a pagar de R$ 80.517,72 de COFINS, ou seja, 3% sobre o fatutamento da empresa.
	Seguindo com os cálculos, para posterior análise, não poderia ser deixado de demonstrar os cálculos com a folha de pagamento, conforme a tabela 07.
Tabela 07: Tabela de Encargos – Lucro Real/Presumido/Simples
	TABELA ENCARGOS SOCIAIS (LUCRO REAL/PRESUMIDO/SIMPLES NACIONAL
REFERENTE 01/01/2017 A 31/12/2017
	
	SALÁRIOS
	13º SALÁRIO
	FÉRIAS
	PRÓ-LABORE
	TOTAL
	
	R$ 366.081,67
	R$ 32.512,94
	R$ 33.884,89
	R$ 25.666,00
	
	INSS 20%
	R$ 73.216,33
	R$ 6.502,59
	R$ 6.776,98
	R$ 5.133,20
	R$ 91.629,10
	Terceiros 5,80
	R$ 4.246,55
	R$ 1.885,75
	R$ 1.965,32
	-
	R$ 8.097,62
	RAT 2%
	R$ 7.321,63
	R$ 650,26
	R$ 677,70
	-
	R$ 8.649,59
	FGTS 8%
	R$ 29.286,53
	R$ 2.601,04
	R$ 2.710,79
	-
	R$ 34.598,36
Fonte: Elaborado pela autora (2018).
A tabela 07 mostra os cálculos com a folha de pagamento nos três regimes tributários analisados neste estudo. O cálculo para o Regime do Lucro Real e do Lucro Presumido são com a mesma carga tributária, com alguns encargos relacionados diretamente ao ramo de atividade da empresa. Os outros encargos sociais são calculados em 20% de INSS para empresas do Lucro Real e Presumido, mais 5,80% de Inss terceiros, e 2% RAT, recolhido também com Inss, somando uma alíquota total de 27,8% de encargos com INSS, e o FGTS em 8%, No Regime do simples Nacional, só é calculado o FGTS 8% e o INSS dos sócios, o INSS dos empregadaos é variável e descontado em folha de pagamento, não caracterizando despesa da empresa.
Com o cálculo da folha efetuado, segue-se o estudo de caso, analisando o cálculo do Simples Nacional, que é o Regime Tributário da empresa Alpha no ano de 2017.
Tabela 08: Cálculo do Simples Nacional
	COMPETÊNCIA 
	CALCULO SIMPLES 2017
	
	FATURAMENTO
	ALIQUOTA %
	SIMPLES NACIONAL
	JAN/2017
	R$ 120.675,78
	8,95
	R$ 10.798,28
	FEV/2017
	R$ 120.676,56
	8,95
	R$ 10.806,91
	MAR/2017
	R$ 236.847,80
	8,95
	R$ 21.197,88
	ABR/2017
	R$ 210.591,18
	9,53
	R$ 20.069,34
	MAI/2017
	R$ 254.125,17
	9,62
	R$ 24.446,84
	JUN/2017
	R$ 222.167,65 
	9,62
	R$ 21.372,53
	JUL/2017
	R$ 354.180,84
	9,62
	R$ 34.072,20
	AGO/2017
	R$ 185.295,11
	10,54
	R$ 19.530,10
	SET/2017
	R$ 192.215,06
	10,54
	R$ 20.259,47
	OUT/2017
	R$ 251.731,20
	10,63
	R$ 26.759,03
	NOV/2017
	R$ 221.284,60
	10,73
	R$ 23.743,84
	DEZ/2017
	R$ 194.895,95
	10,73
	R$ 20.912,34
	
	R$ 2.564.686,90
	
	R$ 253.968,76
Fonte: Elaborado pela autora (2018).
Acima, mostra-se a tabela com o cálculo do Simples Nacional no ano de 2017, a empresa está enquandrada no Anexo II- Industria e como podemos ver o valor da alíquota do cálculo do Simples Nacional se tornará progressiva, na medida em que o faturamento da empresa aumenta. 
O cálculo do Simples demostrou que a empresa no ano de 2017, pagou o valor de R$ 253.968,76 em Simples Nacional, chegando até a 14ª faixa com a alíquota de 10,73% sobre o faturamento do mês de dezembro. 
O estudo apresentado na empresa objetivou-se com a busca de uma melhor alternativa de tributação e a comparação se deu utilizando-se de dados da Demonstração do Resultado do exercício anterior. O período analisado para cálculo dos tributos foi o exercício do ano de 2017.
Após ter sido calculado o valor dos tributos da empresa pelo seu atual modo de tributação, Simples Nacional e pelo Lucro Real e Presumido, fez-se um comparativo para constatar os impactos tributários, e analisar qual o melhor Regime Tributário para a Empresa Alpha, como evidencia-se na tabela 09:
 	Tabela 09: Resultado Final - Formas de Tributação Analisadas 
	TRIBUTOS
	REGIMES TRIBUTÁRIOS
	
	LUCRO REAL
	LUCRO PRESUMIDO
	SIMPLES NACIONAL
	PIS
	R$ 27.569,86
	R$ 17.445,51
	
	COFINS
	R$ 126.988,47
	R$ 80.517,72
	
	IR
	R$ 104.507,11
	R$ 32.543,01
	
	CSLL
	R$ 46.262,56
	R$ 28.986,38
	
	ICMS
	R$ 208.432,35
	R$ 208.432,35
	
	IPI
	
	 
	
	INSS
	R$ 108.376,31
	R$ 108.376,31
	
	FGTS
	R$ 34.598,36
	R$ 34.598,36
	R$ 34.598,36
	SIMPLES NACIONAL
	
	
	R$ 253.968,76
	TOTAL
	R$ 656.735,02
	R$ 510.899,63
	R$ 288.567,12
	FATURAMENTO
	R$ 2.683.923,99
	R$ 2.983.923,99
	R$ 2.683.923,99
	TRIBUTOS
	R$ 656.735,02
	R$ 510.899,63
	R$ 288.567,12
	% Tributação efetiva
	24,47%
	19,04%
	10,75%
Fonte: Elaborado pela autora (2018).
Ao comparar os regimes tributários para o ano de 2017, constatou-se que a carga tributária pode variar de um regime tributário para outro. O efeito do enquadramento tributário efetuado adequadamente, sob o ponto de vista do menor ônus tributário, influenciará diretamente no resultado do estudo.
Verifica-seque a empresa teria R$ 208.432,35 de ICMS a pagar sobre as vendas, se fosse tributada pelo Lucro Real e pelo Presumido, como o ICMS é um imposto não cumulativo podendo ser compensado do que for devido com os créditos referente a entradas de mercadorias destinadas ao processo produtivo, ou ao ativo permanente. Ressalta-se que, a contribuição de PIS e COFINS no lucro real é calculada também no formato da não cumulatividade, podendo abater do que for débito do imposto, na tabela 09 nota-se que a empresa teria à pagar R$ 27.569,86 de PIS, e R$ 126.988,47 de COFINS. Se fosse tributada pelo Lucro Presumido esses valores cairiam para R$ 17.445,51 de PIS e R$ 80.517,72 de COFINS.
Os Cálculos de IR e CSLL, também estão demonstrados na tabela 09, sendo que tributada pelo Lucro Real a empresa teria que pagar R$ 46.262,56 de CSLL e R$ 104.507,11 de IR; e se tributada pelo lucro Presumido os valores seriam consideravelmente menores R$ 80.517,72 de CSLL e R$ 32.543,35 de IR.
Fazendo a comparação dos três regimes de tributação, conforme a Tabela 09, a empresa analisada, enquadrada no regime tributário simples Nacional, apresentou 10,75% do seu faturamento gastos com tributos, no total de R$ 288.567,12 a pagar. Já, se a empresa realizasse a opção pelo Lucro Presumido, seus gastos com tributos seriam de 19,04% do seu faturamento, tendo desembolsado um valor R$ 510.899,63 no ano. E, caso a empresa optasse pelo Regime do Lucro real, seu gasto com tributos seria de 24,47% do seu faturamento, com o maior valor de tributos cálculos, R$ 656.735,02. 
Mediante esta análise, constata-se que, dentre os regimes tributários, o menos oneroso é o Simples Nacional, que é o regime tributário em que a empresa está enquadrada. 
4.3 VISÃO SISTÊMICA APLICADA AO CASO
Após as releituras do material, tornou-se possível confrontar os dados primários coletados com os objetivos e as questões de pesquisa, passo preliminar para a categorização do conteúdo. As questões de pesquisa foram agrupadas de acordo com os objetivos do trabalho, visando analisar se o Simples Nacional enseja, de fato, a redução fiscal e a simplificação das obrigações tributárias era a melhor forma de adoção do regime. O passo seguinte, na fase de exploração do material, foi o da categorização, cuja análise baseia-se no desmembramento do texto em unidades, para assim melhor realizar o tratamento e a interpretação dos resultados obtidos. 
 A diminuição da carga tributária para as empresas representa um enorme alívio. Neste sentido, o planejamento tributário é apontado como a melhor ferramenta para que se defina qual o regime tributário adequado a ser adotado. As opções que o sujeito ativo oferece às empresas quanto ao recolhimento dos tributos. Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real são os regimes abordados na pesquisa e conceituados no referencial teórico e por um estudo de caso em uma empresa do ramo de confecção de Peças e acessórios para cachorro que detalhou sua tributação no exercício anterior e indicou qual a forma de tributação menos onerosa.
Na tributação de uma empresa é preciso ser analisado diversos aspectos para que se defina qual o melhor regime tributário. Atualmente existem algumas legislações que explicitam como realizar esta escolha, porém tais normativos carregam consigo interpretações difíceis e atualizações frequentes, o que dificulta para que o próprio empresário realize tal escolha, surgindo a dúvida de qual o melhor regime tributário a ser adotado por uma empresa.
 Ao ser apresentada a principal questão do estudo, que envolveu a discussão sobre o regime de tributação e sua correspondência com o verdadeiro impacto da tributação, foi questionado se o Simples Nacional realmente provoca uma redução da carga tributária das micro e pequenas empresas. A resposta a este questionamento foi positivo ao Simples Nacional em detrimento o estudo comparativo entre as demais formas de tributação, com a finalidade de identificar o regime tributário mais benéfico.
A visão sistêmica aplicada ao tema se evidencia na correspondência de que a redução da incidência de tributos ocorrerá, por ser optante do Simples, indistintamente, mas dependerá de outros fatores, como a média de faturamento.
Objetivamente, uma das funcionalidades da contabilidade, ao controlar o patrimônio, é permitir análise sobre a tributação, e abrir recursos para alternativas viáveis de redução legal dos encargos tributários, via planejamento tributário, visando buscar a melhor opção disponível para a empresa.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O presente trabalho teve o objetivo de demonstrar qual a melhor forma de tributação, ou seja, aquela mais economicamente viável, para ser enquadrada em uma empresa do ramo de confecção. Então, foi importante deliberar conceitos de contabilidade, contabilidade tributária e planejamento tributário.
A contabilidade é o grande instrumento que auxilia a administração a tomar decisões. Na verdade, ela coleta todos os dados econômicos, mensurando-os monetariamente, registrando-os e sumarizando-os em forma de relatórios ou de comunicados, que contribuem sobremaneira para a tomada de decisões. E também pode-se afirmar que um planejamento de tributos deve ser adotado por todas as empresas a fim de encontrar os melhores benefícios para o seu negócio, seja na correta escolha do regime a se adotar, seja em outras estratégias e planejamentos que reduzam não só os tributos, mas também todas as despesas, a fim de maximizar os lucros das empresas.
A contabilidade tributária é aquela que define as melhores estratégias de gerenciamento de impostos e não apenas gerenciá-los. Se uma empresa pagar mais tributos do que realmente precisa, o negócio pode ser inviabilizado a longo prazo. Já o planejamento tributário é um conjunto de sistemas legais que visam diminuir o pagamento de tributos. O contribuinte tem o direito de estruturar o seu negócio da maneira que melhor lhe pareça, procurando a diminuição dos custos de seu empreendimento, inclusive dos impostos.
Esses conceitos apenas evidenciam a importância do profissional em contabilidade. Justamente por ter em mãos todas as informações financeiras sobre a vida da empresa, o contador é o profissional com o conhecimento e com a experiência suficiente para atuar na gestão orçamentária e auxiliar os administradores em suas tomadas de decisões.
O Simples Nacional possibilita diversas vantagens, pois permite o recolhimento unificado dos impostos federais, estaduais e municipais (ISS, PIS, COFINS, IRPJ, CSLL, IPI, ICMS e ISS) e da contribuição patronal previdenciária. Além disso, tem a vantagem da redução da carga tributária, uma vez que uma grande parte das micro e pequenas empresas pagarão menos impostos se optarem pelo Simples Nacional. A redução pode variar de 20 a 50%, dependendo do ramo de atividade da empresa e do seu volume de faturamento.
Os Objetivos específicos foram respondidos ao longo deste trabalho pois foi possível verificar a função do planejamento tributário, que se resume em escolher o regime tributário adequado, dentro das formas lícitas. Identificar todos os regimes de tributação a partir do referencial teórico, onde Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real, são os estudados, e analisar de forma comparativa os dados levantados, onde a escolha indicada foi realizada mediante o estudo de vários fatores específicos e concluindo-se que o simples Nacional é o melhor regime de tributação.
 Este estudo trabalho trouxe a apresentação desses três regimes tributários, a partir de uma busca na legislação vigente, utilizando-se de um comparativo que expõe melhor as vantagens e desvantagens de cada regime. 
Ao analisar os resultados obtidos, pode-se observar facilmente que, em relação as demais formas de tributação, o Simples Nacional oferece uma redução na carga de impostos.  O Simples Nacional é a tributação mais vantajosa, uma vez que o montante de impostos a pagar nesta modalidade de tributação correspondeu no ano de 2017 a 9,78% do faturamento gastos com tributos,no total de R$ 262.618,35 a pagar, contra 18,07% do faturamento, no Lucro Presumido em que seus gastos com tributos seriam no valor R$ 484.950,86 no ano. E ainda a maior carga tributária efetiva apurada, 23,50% do faturamento anual com R$ 630.786,25 a pagar se fosse tributada no Lucro Real. Deste modo, pode-se concluir que a empresa pesquisada já está enquadrada na melhor forma de tributação, ou seja, aquela que lhe oferece a menor carga tributária, o Simples Nacional. 
Diante da análise, observou-se que o tema abordado pela pesquisa é amplo, possuindo grande leque de estratégias legais, que visam a economia de tributos. Para que se tenha um maior aproveitamento do tema, sabendo-se do quanto seu campo é vasto e inovador, recomenda-se novos estudos e pesquisas de outras estratégias de planejamento. Até porque, em tempos de forte competitividade, toda e qualquer atitude que vise tornar o custo operacional menos oneroso é uma ferramenta importante de sobrevivência comercial.
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� Art. 246 - Estão obrigadas à apuração do lucro real as pessoas jurídicas: I - cuja receita total, no ano-calendário anterior, seja superior ao limite de vinte e quatro milhões de reais, ou proporcional ao número de meses do período, quando inferior a doze meses; II - cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos e outros; III - que tiverem lucros, rendimentos; IV – que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto; V – que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa, na forma do art. 222; VI - que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica; Parágrafo único - As pessoas jurídicas não enquadradas nos incisos deste artigo poderão apurar seus resultados tributáveis com base nas disposições deste Subtítulo. (Lei nº 9.718/98, art. 14).

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