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Acionamentos Elétricos – 2013.1 – Tema 1 – Mod. RP do MIT João Onofre P. Pinto Acionamentos Elétricos Modelagem do Motor de Indução em Regime Permanente Universidade Federal de Mato Grosso do Sul BATLAB Campo Grande – MS Prof. João Onofre. P. Pinto Prof. Márcio Kimpara Acionamentos Elétricos – 2013.1 – Tema 1 – Mod. RP do MIT João Onofre P. Pinto Máquinas de indução são as máquinas elétricas mais usadas no presente. Elas oferecem as seguintes atrativas características: – Geralmente mais fácil de fabricar e mais baratas que as correspondentes máquinas CC ou síncornas; – Robusta e requer pouca manutenção; – Tem boa performance assíncrona; – Um “administrável”curva torque-velocidade – Estável operação sem carga – Geralmente satisfatória eficiência; – Faixa de poucos Watts até alguns MWatts Introdução Acionamentos Elétricos – 2013.1 – Tema 1 – Mod. RP do MIT João Onofre P. Pinto Algumas desvantagens dos motores de indução são: – A velocidade não é facilmente controlável como a de um motor CC; – Alta corrente de partida, tipicamente 6 a 8 vezes a corrente nominal; – Em condição de baixa carga, opera com fator de potência reativo indutivo (atrasado). Introdução – cont. Acionamentos Elétricos – 2013.1 – Tema 1 – Mod. RP do MIT João Onofre P. Pinto Novos projetos de máquinas de indução de alto desempenho, tal como motores de alta velocidade para compressores a gás, demandarão novas características de máquinas existentes, assim é importante ter uma bom entendimento dos fundamentos deste tipo de máquina. Objetivo: Desenvolver um modelo “simples”para a máquina de indução que seja útil para controle e simulação. Introdução – cont. Acionamentos Elétricos – 2013.1 – Tema 1 – Mod. RP do MIT João Onofre P. Pinto Dois tipos de máquina de indução: Rotor bobinado e gaiola de esquilo Estrutura de uma Máquina de Indução Acionamentos Elétricos – 2013.1 – Tema 1 – Mod. RP do MIT João Onofre P. Pinto Em disciplinas anteriores foi mostrado que um conjunto de 3 correntes balanceadas, percorrendo um conjunto de enrolamentos de estator, trifásicos, simetricamente distribuídos produz uma força magnetomotriz girante dada por: Onde θae é o ângulo elétrico medido a partir do eixo da fase a e ωe é a velocidade angular da força magnetomotriz do estador, em radianos elétricos/segundo. 3 4( , ) cos( ) 2 e e a m a e NF t I t P θ θ ω π = − Campo Magnético Girante e Escorregamento Acionamentos Elétricos – 2013.1 – Tema 1 – Mod. RP do MIT João Onofre P. Pinto Campo Magnético Girante e Escorregamento – cont. Acionamentos Elétricos – 2013.1 – Tema 1 – Mod. RP do MIT João Onofre P. Pinto Dada em radianos mecânicos/segundo a velocidade síncrona mecânica é relacionada a velocidade síncrona elétrica por: Se o rotor está girando a uma velocidade angulas ωrm a velocidade de escorregamento é simplesmente igual a ωsm - ωrm. O “escorregamento”, s, é a velocidade de escorregamento normalizada e é dado por: 2 sm eP ω ω= sm rm e r sm e s ω ω ω ω ω ω − − = = Campo Magnético Girante e Escorregamento Acionamentos Elétricos – 2013.1 – Tema 1 – Mod. RP do MIT João Onofre P. Pinto O torque produzido pelo motor de indução pode ser derivado e dado pela seguinte equação : Onde P= # de pólos l = comprimento axial do motor r = raio do motor Bp= pico da densidade de fluxo do entre-ferro Fp= valor de pico da fmm e sin 2e p p PT lrB Fπ δ⎛ ⎞= ⎜ ⎟ ⎝ ⎠ 2 r π δ θ= + Produção de Torque Acionamentos Elétricos – 2013.1 – Tema 1 – Mod. RP do MIT João Onofre P. Pinto O circuito equivalente por fase, semelhante ao transformador, é mostrado abaixo: Modelo da MI - Circuito Equivalente por Fase Acionamentos Elétricos – 2013.1 – Tema 1 – Mod. RP do MIT João Onofre P. Pinto A onda de fluxo girante no entreferro gera uma fem (força eletromotriz) Vm. Esta, por sua vez é convertida em uma tensão de escorregamento na fase do rotor, Vr’ = nsVm, onde n=relação de espiras rotor:stator, e s=escorregamento normalizado. Tensão nos terminais do estator, Vs = Vm + VRs +VLls onde VRs=queda de tensão na resistência do estator (Rs) e VLls=queda de tensão sobre a indutância de dispersão (Lls). Modelo da MI - Circuito Equivalente por Fase – cont. Acionamentos Elétricos – 2013.1 – Tema 1 – Mod. RP do MIT João Onofre P. Pinto Corrente de excitação, I0 = Ic + Im onde Ic é a corrente de perdas no núcleo (=Vm/Rm) e Im é a corrente de magnetização (=Vm/ ) Tensão induzida no rotor, Vr’ = VRr’ + VLl’ onde VRr’ = queda de tensão na resistência do rotor e VLl’ = queda de tensão na indutância de dispersão do rotor A tensão induzida no rotor leva a uma corrente no rotor Ir’ na frequência de escorregamento ωsl. e mLω Modelo da MI - Circuito Equivalente por Fase – cont. Acionamentos Elétricos – 2013.1 – Tema 1 – Mod. RP do MIT João Onofre P. Pinto A corrente do estator, IS = I0 + Ir onde Ir é a corrente do rotor refletida para o estator I0 Modelo da MI - Circuito Equivalente por Fase – cont. Acionamentos Elétricos – 2013.1 – Tema 1 – Mod. RP do MIT João Onofre P. Pinto 2 ' ' ' m m r r rr sl lr e lr n sV VI nI RR j L j L s ω ω = = = + ⎛ ⎞+⎜ ⎟ ⎝ ⎠ ' 2 r r RR n = ' 2 lr lr LL n = Modelo da MI - Circuito Equivalente por Fase – cont. Acionamentos Elétricos – 2013.1 – Tema 1 – Mod. RP do MIT João Onofre P. Pinto Modelo da MI - Circuito Equivalente por Fase – cont. Acionamentos Elétricos – 2013.1 – Tema 1 – Mod. RP do MIT João Onofre P. Pinto A expressão do torque pode ser escrita como : Onde = valor de pico do fluxo concatenado no entreferro/polo e = valor de pico da corrente do rotor 3 ˆˆ sin 2 2e m r PT Iψ δ⎛ ⎞= ⎜ ⎟ ⎝ ⎠ ˆmψ rˆI Modelo da MI - Circuito Equivalente por Fase – cont. Acionamentos Elétricos – 2013.1 – Tema 1 – Mod. RP do MIT João Onofre P. Pinto Potência de Entrada: onde cosφ é o FP da entrada Perdas no cobre do estartor: Perdas no cobre do rotor: Perdas no núcleo: Potência cruzando o entreferro: Potência de saída: Potência no eixo: onde PFw são perdas por fricção e por ventilação 3 cosin s sP V I φ= 23ls s sP I R= 23lr r rP I R= 23 /lc m mP V R= 23 /g r rP I R s= 23 (1 / )o g lr r rP P P I R s s= − = − sh o FwP P P= − Circuito Equivalente por Fase – Expressões de Potência Acionamentos Elétricos – 2013.1 – Tema 1 – Mod. RP do MIT João Onofre P. Pinto O Torque pode ser dado por: Onde é a velocidade mecânica do rotor (radianos/segundos) 2 23 1 3 2 o r e r r r m m e P Rs PT I R I s sω ω ω − ⎛ ⎞= = = ⎜ ⎟ ⎝ ⎠ 2 2 (1 )m r esP P ω ω ω⎛ ⎞ ⎛ ⎞= = −⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ Circuito Equivalente por Fase – Expressão de Torque Acionamentos Elétricos – 2013.1 – Tema 1 – Mod. RP do MIT João Onofre P. Pinto Usando um pouco de álgebra pode-se mostrar que o torque pode ainda ser dado por: Onde Esta expressão do torque é similar a aquela de um motor cc torque, onde Im = componente magnetizante da corrente do estator e Ia = componente de armadura da corrente do estator. 3 2e m m a PT L I I⎛ ⎞= ⎜ ⎟ ⎝ ⎠ sina rI I δ= CircuitoEquivalente por Fase – Expressão de Torque – cont. Acionamentos Elétricos – 2013.1 – Tema 1 – Mod. RP do MIT João Onofre P. Pinto Um circuito simplificado, desprezando Rm e levando Lm para a entrada (para grande máquinas). Circuito Equivalente por Fase Simplificado Acionamentos Elétricos – 2013.1 – Tema 1 – Mod. RP do MIT João Onofre P. Pinto A corrente Ir neste circuito é dada por: O Torque do motor usando este circuito é dado por: 2 2 2( / ) ( ) s r s r e ls lr VI R R s L Lω = + + + 2 2 2 23 2 ( / ) ( ) sr e e s r e ls lr VRPT s R R s L Lω ω ⎛ ⎞= ⎜ ⎟ + + +⎝ ⎠ Circuito Equivalente por Fase Simplificado – cont. Acionamentos Elétricos – 2013.1 – Tema 1 – Mod. RP do MIT João Onofre P. Pinto A curva torque-velocidade como uma função do escorregamento pode ser calculado da equação dada anteriormente. Curva Torque-Velocidade do MI Acionamentos Elétricos – 2013.1 – Tema 1 – Mod. RP do MIT João Onofre P. Pinto Três regiões na curva toque-velocidade: 1) Região Plugging (frenagem) (1<s<2) Rotor gira na direção oposta ao fluxo do entreferro. Pode acontecer, por exemplo, se o rotor alimentar sequência de fase reversa à do rotor. 2) Região “Motora (0<s<1) Te=0 em s=0. A medida que s aumenta (velocidade diminui), Te aumenta até que o torque máximo (torque de quebra (breakdown)) seja atingido. A partir deste ponto, Te decresce com o aumento de s. Curva Torque-Velocidade do MI – cont. Acionamentos Elétricos – 2013.1 – Tema 1 – Mod. RP do MIT João Onofre P. Pinto 3) Região Regenerativa (s<0) Aqui a máquina de indução opera como um gerador. O rotor gira mais rápido que o fluxo do entreferro, resultando em escorregamento negativo. Curva Torque-Velocidade do MI – cont. Acionamentos Elétricos – 2013.1 – Tema 1 – Mod. RP do MIT João Onofre P. Pinto Ref: R. Krishnan, “Electric Motor Drives” Curva Torque-Velocidade do MI – cont. Acionamentos Elétricos – 2013.1 – Tema 1 – Mod. RP do MIT João Onofre P. Pinto Característica de Desempenho do MI Acionamentos Elétricos – 2013.1 – Tema 1 – Mod. RP do MIT João Onofre P. Pinto O torque de partida de um motor de indução é obtido, substituindo s=1, resultando em: 2 2 2 23 2 ( ) ( ) sr e e s r e ls lr VRPT R R L Lω ω ⎛ ⎞= ⎜ ⎟ + + +⎝ ⎠ Torque de Partida do MI Acionamentos Elétricos – 2013.1 – Tema 1 – Mod. RP do MIT João Onofre P. Pinto Este torque pode ser melhorado para motores com partida direta aumentando-se a resistência rotórica. Isto pode ser obtido contectando resistores externos no caso de rotores com anéis. Entretanto, com rotores em gaiolas de esquilo onde o rotor é curto circuitado, rotores com barras profundas ou gaiolas duplas podem ser usado para aumentar o torque de partida. Torque de Partida do MI – cont. Acionamentos Elétricos – 2013.1 – Tema 1 – Mod. RP do MIT João Onofre P. Pinto Uma forma de caracterizar um MI é com os ensaios a vazio de de rotor bloqueado os quais levam ao modelo do circuito equivalente por fase discutido anteriormente. iar ias vas =M Caracterizando MI Acionamentos Elétricos – 2013.1 – Tema 1 – Mod. RP do MIT João Onofre P. Pinto Podemos caracterizar um MI com as variáveis Rs, Lls, M, Llr, Rr determinados através de ensaios de laboratório usando excitação trifásica balanceada. Este circuito descreve a impedância percebida por fase em uma máquina conectada em fase-neutro. Tudo na caixa tracejada é uma quantidade do roto que foi “referenciada”para o estator por um transformador ideal no modelo da máquina. A partir de agora, assuma que Llr, Rr e iar são referidos para o estator. Caracterizando MI – cont. Acionamentos Elétricos – 2013.1 – Tema 1 – Mod. RP do MIT João Onofre P. Pinto • Ensaio a vazio (s=0) Circuito Equivalente: Caracterizando MI – cont. Acionamentos Elétricos – 2013.1 – Tema 1 – Mod. RP do MIT João Onofre P. Pinto • O Ensaio a Vazio (s=0) leva a: Em regime permanente senoidal, ignorando as resistências: Mas -ias = (ibs+ics) ∴ Do modelo do transformador: as as s bs ab cs abv i X i X i X= + + 3[ ] 2as as s ab as ls sr v i X X i L Lω ⎡ ⎤= − = +⎢ ⎥⎣ ⎦ Las [ ]as as lsv i L Mω= + => 3 2 sr M L= Caracterizando MI – cont. Acionamentos Elétricos – 2013.1 – Tema 1 – Mod. RP do MIT João Onofre P. Pinto • O ensaio de rotor bloqueado (s=1) permite estimar Lls e Llr. O circuito equivalente em rotor bloqueado é mostrado abaixo: Caracterizando MI - MI Acionamentos Elétricos – 2013.1 – Tema 1 – Mod. RP do MIT João Onofre P. Pinto • Ensaio Ohmimêtro/Perdas de potência dá Rs e Rr. Assim, com Llr, Rr e todos ir’s entendidas como quantidades rotóricas referidas, os ensaior do “lado do estator” indentificam todos os parâmetros do modelo do MI. Caracterizando MI – cont. Acionamentos Elétricos – 2013.1 – Tema 1 – Mod. RP do MIT João Onofre P. Pinto Modelo Trifásico do MI – Método das Variáveis de Estado Acionamentos Elétricos – 2013.1 – Tema 1 – Mod. RP do MIT João Onofre P. Pinto Equações de tensão do Estator: asas as s dv i r dt λ = + bs bs bs s dv i r dt λ = + cs cs cs s dv i r dt λ = + Equações de Tensão Acionamentos Elétricos – 2013.1 – Tema 1 – Mod. RP do MIT João Onofre P. Pinto Equações de Tensão do Rotor: arar ar r dv i r dt λ = + br br br r dv i r dt λ = + cr cr cr r dv i r dt λ = + Equações de Tensão – cont. Acionamentos Elétricos – 2013.1 – Tema 1 – Mod. RP do MIT João Onofre P. Pinto Equações do Fluxo Concatenado Acionamentos Elétricos – 2013.1 – Tema 1 – Mod. RP do MIT João Onofre P. Pinto Para construir uma equação para simulação, poderiamos diferenciar cada expressão de λ, como: Mas, como Lsr depende da posição, a qual geralmente é função do tempo, os termos trigonométricos levam a uma complicação extratosférica! A transformada de Park vem para nos salvar! as as d dv dt dt λ = = [first row of matrix] Modelo do IM
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