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Consumo de carne cunícula

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10ª Jornada Científica e Tecnológica e 7º Simpósio da Pós-Graduação do IFSULDEMINAS. ISSN: 2319-0124. 
10ª Jornada Científica e Tecnológica e 7º Simpósio da Pós-Graduação do IFSULDEMINAS. ISSN: 2319-0124. 
CONSUMO DE CARNE CUNÍCULA NOS CURSOS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DO 
IFSULDEMINAS- CAMPUS MACHADO 
 
Bruna C. W. de REZENDE1; Caroline S. ANDRADE2 
 
 
RESUMO 
A carne de coelho é considerada uma carne branca por ter um teor baixo de gordura, além disso, ela tem mais proteína do 
que a carne bovina e suína. Sabe-se que o consumo da carne de coelhos no Brasil ainda é insignificante quando comparada 
com outros animais de produção, principalmente bovinos, suínos e frangos, o que já faz parte da cultura e realidade 
financeira dos brasileiros. Com isso este trabalho consiste em buscar informações sobre o conhecimento da 
comercialização da carne cunícula, o consumo e a aceitação, entre os alunos de ciências Agrárias do IFSULDEMINAS-
campus machado. Deste modo identificou-se que o consumidor reconhece a carne de coelho como um produto saudável, 
mas, o consumo ainda é inexpressivo, devido á falta de disponibilidade do comércio e questão cultural. 
 
Palavras-chave: Coelhos;Comercialização;Proteína. 
 
1. INTRODUÇÃO 
No Brasil o consumo de carne cunícula é considerado pequeno levando em consideração que 
o consumo médio está em torno de 0,12 kg/hab./ano, carne bovina, 37,4 kg/hab./ano e a carne de 
frango a 43,9 kg/hab./ano (IBGE, 2011). 
Segundo Combes (2004) a carne cunícula é provida de vitaminas do complexo B (B2, B3, B5, 
B12). Tendo como composição os ácidos graxos em quantidade e proporção adequada para fins 
alimentares (COBOS; CAMBERO; ORDÓÑEZ; 2004). Para cada parte da carcaça a composição 
química da carne cunícula tem variância especialmente no teor de gordura (PLA; PASCUAL; 
ARIÑO, 2004). 
Fonte de proteínas e outros nutrientes, na alimentação humana a carne de coelho chega a ser 
extremamente importante. Quando comparada a outras carnes como a carne bovina, ovina e suína é 
considerada relativamente magra e mais saudável. Além de ser frequentemente recomendada por 
nutricionistas em decorrência das suas características como, alta digestibilidade, calorias, gorduras e 
 
1Graduanda em zootecnia, IFSULDEMINAS – Campus Machado. E-mail: brunawestin13@gmail.com 
2Graduanda em zootecnia, IFSULDEMINAS – Campus Machado. E-mail: carolineandrade04@hotmail.com 
10ª Jornada Científica e Tecnológica e 7º Simpósio da Pós-Graduação do IFSULDEMINAS. ISSN: 2319-0124. 
colesterol reduzidos e altamente palatável (HERNÁNDEZ et al., 2000). 
Vista como atividade sustentável, a criação racional dos animais possibilita atingir elevada 
produtividade, já que tem um período de reprodução muito curto. Mesmo que ocupando uma pequena 
área agrícola útil, tem baixo desperdício de insumos causando assim baixo impacto ambiental 
(MACHADO; FERREIRA, 2011). Coelhos são animais herbívoros podendo assim ser alimentados 
com restos culturais de outras áreas de produção, como verduras, palhas de feijão e arroz (RIOS et 
al., 2011). 
Diante do exposto, este trabalho tem como objetivo avaliar como está difundido consumo da 
carne de coelho dentro das turmas de ciências agrárias nos cursos superiores do IFSULDEMINAS - 
Campus Machado. 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
2.1 CUNICULTURA 
A cunicultura é uma atividade estratégica por apresentar características como: ser sustentável, 
produzindo grande quantidade de alimentos de alta qualidade nutricional em curto espaço de tempo, 
elevada produtividade, possibilidade de aproveitamento de subprodutos, reduzida necessidade de 
água e causar menor impacto ambiental. Está inserida no agronegócio e pode ser também uma 
alternativa complementar para agricultura familiar, porém no Brasil, encontra-se de forma incipiente, 
em ambos os setores (SOUZA, 2007). 
O coelho apresenta possibilidade de comercialização, praticamente, em sua totalidade, como 
a carne, pêlo, urina, confecção de objetos de artesanato, entre outros produtos que podem ser 
elaborados a partir do coelho. Este ramo do agronegócio é pouco aproveitado no Brasil, possibilitando 
grande potencial de crescimento (SANTOS, 2010). 
 
2.1.1 PRODUÇÃO, CONSUMO E QUALIDADE DA CARNE DE COELHO 
 
Segundo Vieira (2008), no Brasil o consumo dessa carne não é comum, apesar da carne de 
coelho ser bem aceita na culinária e ao paladar dos brasileiros, para ele a carne não está bem difundida, 
pela falta de oferta do produto e de organização no setor, que não estimula o consumo e não divulga 
as qualidades e benefícios da carne de coelho. 
Na última década, tem evoluído a consciência das pessoas sobre as vantagens do consumo da 
carne de coelho. Também aumentou a produção em alguns países, como um meio para minimizar a 
escassez mundial de alimentos e ofertar alternativas de produtos cárneos. Isso é em grande parte 
atribuível à alta taxa de reprodução de coelho; curto período de preparação pra venda; rápida taxa de 
crescimento; alto potencial de seleção genética, alimentação eficiente e da terra a utilização do espaço 
10ª Jornada Científica e Tecnológica e 7º Simpósio da Pós-Graduação do IFSULDEMINAS. ISSN: 2319-0124. 
(CHEEKE, 1980). 
A carne de coelho é mais magra e saudável, quando comparada às carnes bovinas, ovina e 
suína, é facilmente digerida, com reduzidas calorias, gorduras e colesterol além de ser saborosa e 
recomendada por nutricionistas quando compradas a outras carnes (HERNÁNDEZ et al., 2000). Pode 
ser considerada mais nutritiva por ser rica principalmente em proteínas, ser magra e possuir baixo 
teor de colesterol, com valores de 21,79g/100g de proteína e 2,32g/100g de lipídios totais (USDA, 
2012). 
A produção de carne, na cunicultura brasileira tem como principal entrave superar os hábitos 
culturais brasileiros, além da pouca oferta do produto, elevando o custo de produção e a restrição de 
mercado. Entretanto a cunicultura Pet, através de animais companhia, vem crescendo 
consideravelmente. A escassez de pesquisas, de programas de melhoramento genético e incentivos 
governamentais também são fatores limitantes à produção de coelhos no Brasil. No entanto, 
configura-se como um mercado de ótimas expectativas devido ao elevado volume de animais 
comercializados atualmente, a facilidade de manejo, alta prolificidade, baixíssimo índice poluidor, e 
a carne ser de excelente qualidade (FERREIRA et al., 2012). 
 
3. MATERIAL E MÉTODOS 
O estudo foi realizado no IFSULDEMINAS – Campus Machado. Para a coleta de dados foram 
entrevistados 5 alunos de cada sala totalizando 80 alunos voluntários, no mês de Abril de 2018. Como 
instrumento de coleta de dados, utilizou-se questionários compostos de nove perguntas onde o 
objetivo foi avaliar: o consumo da carne cunícula, o porque e as causas de não consumir. 
Os cursos escolhidos foram os de Ciência e Tecnologia de Alimentos, Engenharia Agronômica 
e Zootecnia, pois são cursos de ciências agrárias e detém de certo conhecimento de produção animal, 
por estarem inseridos no meio agrário foram escolhidos como meio de pesquisa. 
Com os dados que coletados realizou-se análises descritivas que corresponderam à análise da 
distribuição das frequências (absolutas e percentuais). 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
Das 80 pessoas entrevistadas, 45% consomem a carne cunícula e 55% não consomem 
conforme a figura 1. 
 Dentre os consumidores da carne cunícula 81% consideram a carne com a palatabilidade boa. 
A percepção e a qualidade da carne estão relacionadas com o sabor, aroma, suculência e maciez, 
sendo essas características de grande importância na decisão de compra pelo consumidor (MOELLER 
et al., 2010). 
 Considerando o valor nutricional 92% dosconsumidores classificaram a carne cunícula como 
10ª Jornada Científica e Tecnológica e 7º Simpósio da Pós-Graduação do IFSULDEMINAS. ISSN: 2319-0124. 
magra, 8% a consideraram sem valor nutricional. 86% dos consumidores recomendam a carne, 14% 
não recomendam sem apresentarem justificativa. 
Os consumidores consideram a carne de coelho um alimento saudável, baixo em calorias, fácil 
de digerir e que tem um baixo teor em colesterol. Compram-na pelo seu sabor, pouca gordura e 
elevada qualidade. Um dos pontos fortes para aqueles que valorizam a carne de coelho é a grande 
variedade de pratos para cozinhá-la (PAC, 2013). 
 
 
 
 
55% dos alunos entrevistados optam por não consumir a carne de coelho, alegam como 
justificativa a disponibilidade de mercado em 14% dos casos, levando em conta que 20% dos 
entrevistados não sabem que a carne é comercializada legalmente. Ainda na categoria pessoas que 
optam por não consumir 59% dos questionados alegam a falta de oportunidade e 27% tem algum 
preconceito. 
Os aspectos culturais limitam o consumo da carne, levando em conta que muitos não 
reconhecem o coelho como um animal de produção, mas sim como animal de estimação. No Brasil a 
criação de coelhos para consumo humano não é comum. Um dos desafios que se impõem ao segmento 
é desenvolver competências e profissionalização da administração, é necessário adotar uma visão 
orientada para o mercado, lançando mão de modernas estratégias mercadológicas (TEJON; XAVIER, 
2009). 
Dentre os cursos de ciências agrárias do IFSULDEMINAS- Campus Machado, a engenharia 
agronômica foi a que mais consumiu a carne cunícula segundo as análises de dados chegando a 
44,44%. Acredita-se que a influência rural vinda da criação tenha influenciado nos resultados, já que 
Figura 1: Consumo geral 
da carne cunícula 
45%
55%
Consumo geral da carne cunícula
SIM
NÃO
10ª Jornada Científica e Tecnológica e 7º Simpósio da Pós-Graduação do IFSULDEMINAS. ISSN: 2319-0124. 
são oriundos de um meio mais rústico no qual há uma grande variedade de espécies de carnes 
cultivadas. Com 33,33% a ciência e tecnologia de alimentos tem um consumo muito mais difundido 
que a zootecnia com 22,22%. (Figura 2) Estima-se que a zootecnia tenha seus estudos mais voltados 
para animais que já tem sua cultura de comercialização, coelhos não são vistos como alimento para 
muitas pessoas, inclusive zootecnistas que zelam tanto pelo bem estar dos animais. 
 
 
 
5. CONCLUSÕES 
Foi possível constatar, que o consumo da carne de coelho não se encontram bem difundido 
entre os alunos de ciências agrárias, onde a maioria dos entrevistados nunca havia consumido, e 
alegaram a falta de oportunidade como á principal causa. Observou-se também que dentre os cursos 
avaliados, o curso de Engenharia agronômica possuiu uma porcentagem maior comparado aos outros 
cursos de ciências agrárias, por apresentar graduandos com o perfil voltado mais para o meio rural. 
Sendo meio relativo, pois a zootecnia possui um ramo forte de produtos da base de origem animal, 
mas os alunos apresentam maior interesse pela área pet, zelando pelo cuidado e assim, 
comprometendo com o consumo da carne cunícula. 
 
REFERÊNCIAS 
CHEEKE, P.R. The potential role of the rabbit in meeting world food needs. Journal of Applied 
Rabbit Research. v.3, p. 3-5, 1980. 
HERNÁNDEZ, P.; PLA, M.;OLIVER, M. A.; BLASCO, A. Relationships between meat quality 
measurements in rabbits fed with three diets of different fat type and content. Meat Science, 
Barking, v. 55, n.4, p. 379-384, 2000. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1207/S15327736M 
Figura 2: 
Taxa de consumidores por curso 
00
05
10
15
20
25
30
35
40
45
Taxa de consumidores por curso
ENGENHARIA AGRONÔMICA
ZOOTECNIA
CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE
ALIMENTOS
10ª Jornada Científica e Tecnológica e 7º Simpósio da Pós-Graduação do IFSULDEMINAS. ISSN: 2319-0124. 
E1403_3. Acesso em 28 mar. 2018. 
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Produção da Pecuária Municipal. 
Disponível:<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/ppm/2010/ppm2010.pdf>. Acesso 
em: 28 de mar. 2018. 
MACHADO, L. C.; FERREIRA, W.M. A Cunicultura e o Desenvolvimento Sustentável. ACBC. 
2011. Disponível em: . Acesso em: 02. Abril. 2018. 
MOELLER, S. J. Consumer perceptions of pork eating quality as affected by pork quality 
attributes and end-point cooked temperature. Meat Science, v. 84, n. 1, p. 14-22, 2010. 
PAC, Programa Agricultura Comum. Lisboa, 2013. Disponível em 
http://www.aspoc.pt/attachments/article/191/Cunicultura%20-%20PAC%202013.pdf . Acesso em: 
18 jun. 2018. 
PLA M, PASCUAL, M., ARIÑO, B. Protein, fat and moisture content of retail cuts of rabbit meat 
evaluated with the NIRS methodology. World Rabbit Sci., v.12, p.149–158. 2004. 
SANTOS, F. B. Cunicultura: análise de viabilidade de gerar uma empresa voltada para criação 
de 500 coelhos por mês em Feira de Santana, Bahia. 2010. 93p. Monografia (Bacharel em 
Administração). Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, 2010. Disponível em: . 
Acesso em: 28 mar. 2018. 
SOUZA, D. V.; Características de qualidade da carne de coelhos alimentados com ração 
contendo farelo de coco. Ceará: Universidade Federal do Ceará, 2007. 60p. Dissertação (Mestrado 
em Tecnologia de Alimentos), Fortaleza, 2007. 
TEJON, J. L.; XAVIER, C. Marketing e agronegócio: a nova gestão Diálogo com a sociedade. São 
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.

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