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CENTRO UNIVERSITÁRIO ALVES FARIA (UNIALFA) Adelmo Henrique Cechelero Evilásio Siqueira do Nascimento Junior Luccy Anne Nunes A. Pimentel Marianna Alves Ferreira Vangislaine Oliveira da Silva CÓRREGO CASCAVEL GOIÂNIA MAIO DE 2018 CÓRREGO CASCAVEL Alunos (as): Adelmo Henrique Cechelero Evilásio Siqueira do Nascimento Junior Luccy Anne Nunes A. Pimentel Marianna Alves Ferreira Vangislaine Oliveira da Silva Trabalho apresentado como requisito para aprovação na disciplina de Hidrologia e Construções Hidráulica, do curso de Engenharia civil, do Centro Universitário Alves Faria (UNIALFA). Prof.: Waldir Souto Goiânia/GO 2018 SUMÁRIO 1 Introdução.......................................................................................................4 1.1 Córrego Cascavel........................................................................................5 1.1.1 BACIA HIDROGRÁFICA .........................................................................6 1.1.2 PROBLEMAS...........................................................................................7 1.1.2.1 Ocupação Irregular............................................................................7 1.1.2.1.1 Causas ...............................................................................................7 1.1.2.1.2 Consequências .................................................................................8 1.1.2.2 Poluição .............................................................................................8 1.1.2.2.1 Causas................................................................................................9 1.1.2.2.2 Consequências .................................................................................9 1.1.2.2.3 Casos .................................................................................................9 1.1.2.3 Erosões ............................................................................................11 1.1.2.3.1 Causas..............................................................................................11 1.1.2.3.2 Consequências ...............................................................................12 1.1.2.3.3 Casos ...............................................................................................12 1.1.2.4 Inundações na região .....................................................................13 1.1.2.4.1 Causas .............................................................................................13 1.1.2.4.2 Consequências ...............................................................................14 1.1.2.4.3 Casos ...............................................................................................14 1.1.2.5 Secas ...............................................................................................15 1.1.2.6 Assoreamento .................................................................................15 1.1.2.6.1 Causas .............................................................................................15 1.1.2.6.2 Consequências ...............................................................................15 1.1.2.6.3 Casos ...............................................................................................16 1.1.2.7 Ausência de mata ciliar ..................................................................16 1.1.2.7.1 Causas .............................................................................................16 1.1.2.7.2 Consequências ...............................................................................16 1.1.3 Soluções ...............................................................................................17 2 MEMORIAL DE CÁLCULOS ....................................................................17 2.1 Coeficiente de Compacidade (𝑲𝑲𝑪𝑪) ..........................................................18 2.2 Fator de forma (𝑲𝑲𝒇𝒇) ...................................................................................18 2.3 Tempo de concentração (𝑻𝑻𝑪𝑪) ...................................................................19 3 Conclusão .....................................................................................................23 4 Referências Bibliográficas...........................................................................24 1 INTRODUÇÃO Córrego é o nome dado à uma pequena passagem de água corrente, também denominado "corpo de água" ou "conduta de água", e que possui dimensão menor ao de um riacho. Os córregos são de extrema importância para a manutenção e existência das bacias hidrográficas, devido ao seu papel de fluxo d'água. Esses pequenos corpos de água corrente também são responsáveis pelo início da formação de um rio. Geralmente, os córregos nascem em regiões mais elevadas, descendo pelo relevo e erosando o solo por onde passa, formando os caminhos de água. São de extrema importância para a manutenção e existência das bacias hidrográficas, devido ao seu papel de fluxo d'água. A cidade possui ao todo 85 mananciais catalogados pela Agência Municipal de Meio Ambiente (AMMA), sendo apenas dois rios em seu município, o Rio Meia Ponte e o Rio Dourados que recentemente foi “promovido” de ribeirão a rio devido às suas características e 3 ribeirões: João Leite, Capivara e Anicuns, sendo que apenas o ribeirão Anicuns possui suas nascentes dentro do município de Goiânia. Tem 80 córregos, dentro os principais podemos destacar os córregos Cascavel, Botafogo, Macambira e Caveirinha. Todos esses 85 mananciais infelizmente possuem algum tipo de degradação, com variados níveis de gravidade. Dentre os problemas podemos destacar a ausência de mata ciliar em diversos pontos, ocupação irregular dos fundos de vale, poluição por resíduos sólidos ou esgotos, assoreamento, erosão, entre outros. Do ponto de vista hidrográfico, Goiânia e sua região metropolitana se localizam numa região onde há 22 sub-bacias hidrográficas, as quais deságuam nos ribeirões Anicuns, Dourados e João Leite. Todas as sub-bacias pertencem à bacia hidrográfica do rio Meia Ponte, afluente direto do rio Paranaíba. Desde sua fundação, a cidade teve um crescimento populacional desordenado que trouxe problemas ambientais como consequência, com destaque para as erosões, principalmente a fluvial, que vem comprometendo a qualidade de seus cursos d'água. Nascente do Cascavel encontra-se em uma área com poucos remanescentes da flora nativa devido aos impactos antropogênicos (são aqueles causados pela ação do homem) que descaracterizam a região autóctone (natural). O entorno do mesmo é ocupado por residências, hortaliças e empreendimentos variados, ocasionando à desfiguração da paisagem natural em virtude do processo de urbanização, que constantemente reduz os espaços de infiltração das águas pluviais; rebaixamento do lençol freático em virtude das áreas impermeabilizadas e redução dos níveis das águas superficiais em período de estiagem; sobrecarga da rede pluvial; aumento no volume de escoamento de águas pluviais; maior propensão à inundação da área e contribui com os processos erosivos. A cidade de Goiânia cresceu além do planejado e o zoneamento foi reformulado. Os mananciais que, inicialmente seriam preservados foram inteiramente circundados por residências, comércio e/ou indústria. Contudo, a falta de rigor da legislação, da monitoração e a especulação imobiliária resultou numa expansão urbana descontrolada, que porsua vez, provocou danos nos cursos d’água que serpenteia o núcleo urbano. 1.1 Córrego Cascavel O Córrego Cascavel nasce na Vila Rosa e percorre aproximadamente 11 km até chegar a sua foz no ribeirão Anicuns na Vila Irany. Figura 1 - Córrego Cascavel (imagem retirada do autocad). 1.1.1 BACIA HIDROGRÁFICA Uma bacia hidrográfica de um curso de água é uma área de captação natural da água da precipitação que faz convergir os escoamentos para um único ponto de saída, seu exutório. É composta basicamente de um conjunto de superfícies vertentes de uma rede de drenagem formada por cursos de água que confluem até resultar um leito único no exutório. Bacia hidrográfica é, portanto, uma área definida topograficamente, drenada por um curso d’água ou por um sistema conectado de cursos d’água, de forma tal que toda a vazão efluente seja descarregada por uma simples saída. Pode ser considerada um sistema físico onde a entrada é o volume de água precipitado e a saída é o volume de água escoado pelo exutório, considerando-se como perdas intermediárias os volumes evaporados e transpirados e também os infiltrados profundamente. Após delimitação da bacia hidrográfica do córrego Cascavel, como pode ser visto na figura 2 abaixo, pôde-se concluir que esta possui área de aproximadamente 35 km² e perímetro de aproximadamente 26 km. Figura 2 – Córrego Cascavél Figura 3 – Bacia do Córrego Cascavel com curvas de nível. Figura 4 – Bacia do Córrego Cascavel. Sua nascente localiza-se na Parte I do Parque Cascavel, região sul de Goiânia. A bacia é formada pelo córrego cascavel e seus afluentes e vertentes, sendo estes os córregos Mingau, Serrinha e Vaca Brava. A área encontra-se quase que totalmente antropizada, com a presença de edificações urbanas, comerciais e industriais, além da presença de ruas e avenidas pavimentadas. 1.1.2 PROBLEMAS 1.1.2.1 Ocupação Irregular A ocupação desordenada é um dos problemas urbanos contemporâneos. 1.1.2.1.1 Causas O crescimento populacional, está aliado à falta de uma política habitacional eficaz, provoca uma preocupante situação de uso e ocupação do solo em áreas naturalmente de riscos à habitação humana. 1.1.2.1.2 Consequências Ocupação irregular é agravado, sobretudo, pela constante retirada de mata ciliar, ameaçando a presença da população local em áreas de encostas sujeitas à erosão, assoreamento, enchentes e inundações. Desse modo, áreas urbanas que deveriam estar protegidas em virtude de serem classificadas como áreas de proteção permanente são ocupadas. Figura 3 – Ocupação Irregular 1.1.2.2 Poluição Os problemas advindos de urbanizações desordenadas trazem graves consequências ambientais, dentre elas a contaminação dos cursos d’água que atravessam os grandes centros urbanos. Diante desta problemática torna-se necessário o monitoramento da qualidade da água em diversos trechos destes cursos para que se possa determinar quais as possíveis fontes de contaminação atuantes, assim como sua correta localização e adoção de medidas necessárias. Os cursos d’água possuem atuação na depuração da matéria orgânica, mas quando a carga de esgoto lançada se torna exacerbada, como a que ocorre em um crescimento urbano desordenado, o curso d’água não consegue decompor toda a matéria orgânica presente, tornando impossível a vida aquática, além do aparecimento de certas doenças. E é neste contexto que as estações de tratamento de esgotos aliadas a educação ambiental têm como função evitar a descarga direta dos esgotos nos cursos d’água, prevenindo a contaminação e favorecendo tanto a vida aquática como a prática do lazer. 1.1.2.2.1 Causas Problema causado principalmente pelo lançamento de esgoto e lixo clandestinos, restos de materiais de construção, etc. 1.1.2.2.2 Consequências • Morte de peixes: esgoto clandestino tóxico; • Mau cheiro; • Provoca doenças: dengue. 1.1.2.2.3 Casos Os comerciantes e moradores ao longo da Alameda Cascavel, entre a Vila Aurora e o Setor Coimbra, em Goiânia, estão com problemas com o mau cheiro do córrego de mesmo nome da via. No local, o despejo de esgoto acumulado somado ao lixo, colchões, capim auto e até restos de materiais de construção, colaboram para o odor. A Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) informou que não há registros oficiais de denúncias sobre o mau cheiro no córrego. A orientação da Amma, para os moradores da região é que denúncias sejam protocoladas, para que uma vistoria da agência seja realizada no local. O mau cheiro devido aos problemas de esgoto também atinge outros bairros de Goiânia. Acontece que depois do córrego Cascavel deixar o parque, ele passa a ser vítima de agressões. Logo após a ponte da Av. Guarapari, já é possível se observar um lançamento de esgoto clandestino descendo pela galeria de água pluvial. Foi feita ligação justamente numa tubulação que foi feita para receber água das chuvas, comprometendo a partir daí a qualidade de suas águas. Figura 4 – Poluição Figura 5 – Poluição Figura 6 – Poluição 1.1.2.3 Erosões Erosão fluvial refere-se a um desgaste da superfície do talude e do talvegue, se processando por corrosão ou solução, onde a água decompõe quimicamente as rochas fazendo com que os elementos que formam os minerais sejam solubilizados e transportados pela água; ou por abrasão, onde o trabalho mecânico elaborado pelo intemperismo e fricção do silte, areia, cascalho e matacão levados pela corrente, sobre as rochas, tem como resultado o desgaste do leito. Ocorre ainda a ação hidráulica, que é o impacto do fluxo de água sobre os detritos de rochas deslocando-os no sentido da corrente. 1.1.2.3.1 Causas O desenvolvimento destas erosões foi relacionado principalmente a sobrecarga do sistema de macrodrenagem urbana: ausência de mecanismos de dissipação de energia nos lançamentos de água pluvial, lançamentos concentrados em um único ponto; desmatamentos e ocupação com edificações na área de preservação permanente (APP). Constataram-se ainda episódios repetidos de inundações, desmoronamentos ao longo de toda a área. A existência de um trecho de 4 km canalizado, no leito do córrego Cascavel ampliou os estágios de degradação ambiental no manancial. 1.1.2.3.2 Consequências A análise dos impactos ambientais, especialmente das erosões fluviais foi realizada considerando como unidade de análise a bacia hidrográfica. No entanto, todos os cursos d`água apresenta características de ocupação em estágios diferenciados que consequentemente se refletem nos estágios das erosões fluviais. Conforme vistorias realizadas ao longo da sub- bacia foram identificadas 24 lançamentos de água pluvial, sendo que destes 8 encontram-se concentrados na área de drenagem do afluente córrego Serrinha, que por conta deste fator apresenta erosões fluviais com altura de 8,00 metros. Constatou-se que nos mananciais desta sub-bacia (córregos Vaca Brava, Serrinha e Mingau) apresentam grandes extensões de erosões fluviais, que chegam a atingir 14 metros de profundidade e comprometem obras particulares e públicas. 1.1.2.3.3 Casos Sujeira de proporções impressionantes, que pode ser foco de dengue e outras epidemias, e para as erosões. O local em questão sofre de erosões em estágio avançado, conforme sustentou o Ministério Público de Goiás (MPGO). Para conter o problema, a Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) fez um aterro, masos materiais empregados são resíduos da construção civil e não são adequados, conforme apontam os estudos. Entre os acordos, estava a recanalização e reurbanização, medidas que não tiveram prosseguimento e que seriam feitas pela Agência Municipal de Obras (Amob). Figura 7 – Erosões 1.1.2.4 Inundações na região Transbordamento do córrego e a inundação pode ser entendida como um fenômeno que faz parte da dinâmica fluvial, e que corresponde ao extravasamento das águas de um curso de água para as áreas marginais, quando a vazão é superior à capacidade de descarga da calha. Nesses acontecimentos as águas dos cursos d’água atingem as várzeas, também denominadas planícies de inundação. 1.1.2.4.1 Causas As inundações podem ser classificadas em três tipos: O primeiro tipo, que se refere às inundações devido à urbanização, ocorre devido à impermeabilização de pequenas e médias bacias hidrográficas urbanas. O efeito da urbanização no ciclo das águas se dá pela remoção da cobertura vegetal original e sua substituição por estruturas impermeáveis, resultando na redução da infiltração de água no solo (impermeabilização) e diminuição da evapotranspiração. Isso provoca aumento do escoamento superficial, que se traduz em condições de vazões de cheia dos cursos d’água urbanos. O segundo, diz respeito às inundações em áreas ribeirinhas, são aquelas que fazem parte da dinâmica natural de uma drenagem. Neste caso a ocupação não é a causa da inundação e o acidente ocorre porque áreas naturalmente inundáveis foram ocupadas. Já o terceiro tipo relaciona-se às inundações localizadas, que podem ser provocadas por: estrangulamento da seção do rio, remanso, erros de execução e projeto de drenagem de rodovias e avenidas, entre outros. Dentre esses fatores pode-se destacar o estrangulamento da seção por pontes e bueiros, a construção de aterros no leito do rio, assoreamento da drenagem por sedimentos e/ou lixo. 1.1.2.4.2 Consequências As inundações trazem consequências danosas principalmente para as populações ribeirinhas. A ocupação das áreas marginais dos rios prejudica primeiramente a parcela da população que se instalou no leito do rio. Porém, ao se instalar nas áreas naturalmente inundáveis, essa mesma população que sofre com esse fenômeno passa a contribuir para que as consequências se estendam a um número ainda maior de pessoas. Nas notícias sobre esses fenômenos veiculadas em jornais da cidade são relatadas as consequências, compreendendo transtornos no trânsito com pontes interditadas, desvio do tráfego e engarrafamentos. Prejuízos materiais incluem destruição de móveis, alimentos e eletrodomésticos em casas inundadas e/ou alagadas e danos em carros cujos motoristas arriscaram a travessia. Danos sociais incluem desconforto, revolta e medo da população atingida. Outros danos provocados pelas inundações podem incluir a ocorrência de doenças como leptospirose e disenteria, entre outras. 1.1.2.4.3 Casos 02/2018: O córrego Cascavel transbordou e alagou o Centro Médico da Companhia de Urbanização de Goiânia, a Comurg, localizado na Vila Aurora. A água chegou a 50cm de altura e prontuários e documentos das áreas da saúde e segurança do trabalho da Companhia foram danificados. 1.1.2.5 Secas No ano de 2014 se destaca como o pior nível hidrológico da série histórica iniciada em 1931, no Brasil. Porém, para o representante em Goiás da ABRH, a degradação e destruição dos mananciais goianos é o preço que toda a população paga pela especulação imobiliária, pelos desmatamentos de margens, lançamento clandestino de esgoto e de entulho nas águas, assoreamento e a ocupação irregular de faixa de Zona de Proteção Ambiental (ZPA-I). Com a falta de conscientização da população, o descaso e a ineficiência do poder público em todas as suas instâncias poderão provocar em Goiás nos períodos de seca graves crises de água. 1.1.2.6 Assoreamento O assoreamento é o acúmulo de sedimentos (areia, terra, rochas), lixo e outros materiais levados até o leito dos cursos d'água pela ação da chuva, do vento ou do ser humano. Trata-se de um processo natural que pode ser intensificado pela ação humana. Em alguns casos, o curso d'água pode até deixar de existir em decorrência desse fenômeno. 1.1.2.6.1 Causas A retirada da mata ciliar nas margens dos rios é uma das principais causas da intensificação do processo de assoreamento. Quando se retira a cobertura vegetal, o solo e as rochas que estão nas margens são carregados com facilidade para o fundo dos rios. Esse fenômeno de desbarrancamento das margens é contínuo e, na ocorrência de chuvas, intensifica-se; deposição de lixo, resíduos e esgoto. Geografia do terreno (Parque cascavel): “Por ser uma baixada, quando vem a chuva, leva para o córrego a água, mas também areia e detritos, acumulando no leito”. Erosão no córrego cascavel. 1.1.2.6.2 Consequências O assoreamento reduz o volume de água, torna-a turva e impossibilita a entrada de luz, dificultando a fotossíntese e impedindo a renovação do oxigênio para algas e peixes. Por essa razão, em muitos casos, extingue-se a vida nesse curso d'água; Como o leito do rio está ocupado por detritos, quando ocorrem chuvas intensas, a água transborda e pode causar verdadeiras tragédias, dependendo do local onde está situado o curso d'água. 1.1.2.6.3 Casos Assoreamento do lago no parque Cascavel (03/2017). Em 2009, o então prefeito Iris Rezende (PMDB) construiu o Parque Cascavel para presentear o setor imobiliário, que planejava se expandir para região do Jardim Atlântico, próximo ao Parque Amazônia. Junto com a expansão veio o prejuízo ao meio ambiente, já que no local fica a nascente do córrego Cascavel. Em 2014 o lago do Parque desapareceu, ficando totalmente assoreado. Este é um problema recorrente que tem trazido diversos transtornos, tanto para a harmonia paisagística, quanto a saúde do próprio lago e do córrego Cascavel. Houve em 2017 uma audiência pública no Parque Cascavel para debater medidas de preservação do córrego de mesmo nome, que tem nascente no local. O projeto consiste na construção de uma barreira de contenção para que areia e detritos trazidos pelas chuvas não atinjam o leito do córrego, causando a degradação e assoreamento. 1.1.2.7 Ausência de mata ciliar A mata ciliar é a vegetação que acompanha o curso d’água, ou seja, é a cobertura nativa que fica às margens dos córregos. Ela defende os córregos contra o assoreamento. Assim, evita que ocorra o alargamento desses locais e, consequentemente, a diminuição da profundidade da água. 1.1.2.7.1 Causas Construção de edifícios em áreas alagadas. 1.1.2.7.2 Consequências Degradação dos mananciais: A retirada da mata que protege as nascentes causa sérios problemas ao bem que está cada vez mais escasso em todo o mundo: a água. Erosão dos solos: sem as árvores, o solo de muitas localidades fica desprotegido, sendo facilmente impactado pela ação dos agentes erosivos, tais como a água das chuvas, além de outros elementos. Com a consequente erosão, ocorre a perda de muitas áreas. 1.1.3 Soluções • Investimentos públicos para revitalização da nascente (caso esteja degradada) e de outras regiões degradadas; • Retirada do entulho; • Incentivo a programas de conscientização da população quanto aos prejuízos causados pela poluição do córrego, bem como o aumento da fiscalização sobre a área e aplicação de punições rigorosas aos infratores em caso de lançamento de lixo e esgoto clandestinos; • Recomposição vegetal das margens; • Solução para o assoreamentodo córrego Cascavel seria a construção de uma barreira para que essa areia e detritos fiquem retidos em lugar apropriado para serem retirados periodicamente. 2 MEMORIAL DE CÁLCULOS Ao delimitarmos o curso principal do córrego utilizando o Google Earth (figura 2), notamos que o comprimento do curso d’água principal (L) = 11 km. Como dito anteriormente, foram-se obtidos os seguintes parâmetros com a delimitação da bacia hidrográfica: • Área da Bacia Hidrográfica = 35 Km² • Perímetro da Bacia = 26 Km O desnível (∆𝐻𝐻) encontrado, obtido através da diferença entre as curvas de nível do ponto inicial do córrego até o exutório, é de 105 m. A partir dos resultados supracitados, podemos calcular os seguintes fatores: 2.1 Coeficiente de Compacidade (𝑲𝑲𝑪𝑪): O Coeficiente de compacidade (𝐾𝐾𝐶𝐶) que é a relação entre o perímetro da bacia e a circunferência de um círculo de área igual a da bacia, é calculado a partir da equação: 𝐾𝐾𝐶𝐶 = 0,28 ∗ 𝑃𝑃 √𝐴𝐴 Sendo: P = Perímetro da bacia em km; A = Área da bacia em km². Esse coeficiente é um número adimensional que varia com a forma da bacia independente do seu tamanho, assim quanto mais irregular ela for, maior será o coeficiente de compacidade, ou seja, quanto mais próxima da unidade, mais circular será a bacia e será mais sujeita a enchentes. Para a bacia estudada, obtivemos o seguinte resultado: 𝐾𝐾𝐶𝐶 = 0,28 ∗ 26 √35 𝐾𝐾𝐶𝐶 = 1,23 2.2 Fator de forma (𝑲𝑲𝒇𝒇): O Fator de forma (𝐾𝐾𝑓𝑓) é a relação entre a largura média e o comprimento axial da bacia (da foz ao ponto mais longínquo do espigão). Ele é calculado a partir da equação: 𝐾𝐾𝑓𝑓 = 𝐴𝐴𝐿𝐿2 Sendo: A = Área da bacia em km²; L = Comprimento axial em Km; Uma bacia com fator de forma baixo indica que a mesma é menos sujeita a enchentes que outra, de mesmo tamanho. Para a bacia estudada, obtivemos o seguinte resultado: 𝐾𝐾𝑓𝑓 = 35262 𝐾𝐾𝑓𝑓 = 0,29 2.3 Tempo de concentração (𝑻𝑻𝑪𝑪): O tempo de concentração é aquele necessário para que toda a água precipitada na bacia hidrográfica passe a contribuir na seção considerada. É obtido através da formula: 𝑇𝑇𝐶𝐶 = 0,95 ∗ � 𝐿𝐿3∆𝐻𝐻�0,385 Sendo: L = Comprimento do rio principal (Km); ∆𝐻𝐻 = Diferença de Nível. Para a bacia estudada, obtivemos o seguinte resultado: 𝑇𝑇𝐶𝐶 = 0,95 ∗ �113105�0,385 𝑇𝑇𝐶𝐶 = 2,53 ℎ𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜 3 Conclusão O córrego Cascavel é um dos principais recursos fluviais da cidade, foi observado que há muitos problemas, como está localizado em Goiânia, sendo um dos principais recursos fluviais da cidade, esses impasses tendem a piorar com a falta de consciência da população e falta de investimentos públicos. A ocupação irregular, poluição, ausência de mata auxiliar são reflexos de uma má gestão, bem como a falta de apoio das pessoas. 4 Referências Bibliográficas https://guiaecologico.wordpress.com/2009/10/10/por-um-corrego-vivo-corrego-cascavel/ http://www.goiania.go.gov.br/shtml/amma/mananciais.shtml https://www.opopular.com.br/editorias/cidades/c%C3%B3rrego-cascavel-transborda-e-alaga- centro-m%C3%A9dico-da-comurg-em-goi%C3%A2nia-1.1465788 https://www.jornalopcao.com.br/ultimas-noticias/assoreamento-corrego-cascavel-e-tema-de- audiencia-publica-89785/ https://guiaecologico.wordpress.com/2017/03/17/semana-da-agua-audiencia-publica-debate- assoreamento-no-parque-cascavel/ https://goias24horas.com.br/38865-isto-e-sustentabilidade-lago-parque-cascavel-desparece- e-parque-fica-assoreado/ https://guiaecologico.wordpress.com/2010/10/28/empresaspessoas-inescrupulosas- envenenam-o-corrego-cascavel-em-goiania/ http://ohoje.com/noticia/cidades/n/119522/t/parque-cascavel-um-golpe-imobiliario-que- ainda-atrai https://secom.ufg.br/p/17420-dreno-pode-ser-responsavel-por-mais-uma-seca-em-lago http://www.jornalopcao.com.br/posts/reportagens/goiania-a-cidade-seca http://www.ohoje.com/noticia/cidades/n/126878/t/populacao-reclama-de-mau-cheiro-no- corrego-cascavel http://www.geomorfologia.ufv.br/simposio/simposio/trabalhos/trabalhos_completos/eixo11/ 005.pdf http://g1.globo.com/goias/videos/v/erosao-as-margens-do-corrego-cascavel-preocupa- moradores-em-goiania/2323147/ http://g1.globo.com/goias/noticia/2013/12/mesmo-com-chuvas-lago-do-parque-cascavel- esta-praticamente-vazio.html http://www.cpgss.pucgoias.edu.br/ArquivosUpload/2/file/MCAS/Marco%20Vin%C3%ADcius% 20G%20de%20M%20e%20Cunha.pdf http://www.gynbr.com.br/2015/02/aqui-jaz-o-corrego-cascavel.html https://guiaecologico.wordpress.com/2010/10/28/empresaspessoas-inescrupulosas- envenenam-o-corrego-cascavel-em-goiania/ http://www.ohoje.com/noticia/cidades/n/126878/t/populacao-reclama-de-mau-cheiro-no- corrego-cascavel http://www.tjgo.jus.br/index.php/home/imprensa/noticias/161-destaque1/7157-prefeitura- de-goiania-tem-seis-meses-para-prevenir-erosao-nas-margens-do-corrego-cascavel http://www.geomorfologia.ufv.br/simposio/simposio/trabalhos/trabalhos_completos/eixo3/0 49.pdf file:///C:/Users/Asuspc/Downloads/13796-54824-1-PB.pdf https://www.opopular.com.br/editorias/cidades/c%C3%B3rrego-cascavel-transborda-e-alaga- centro-m%C3%A9dico-da-comurg-em-goi%C3%A2nia-1.1465788 ( https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/geografia/o-que-e-assoreamento.htm https://secom.ufg.br/p/17420-dreno-pode-ser-responsavel-por-mais-uma-seca-em-lago https://escolakids.uol.com.br/desmatamento-causas-e-consequencias.htm http://www.uc.pt/fluc/cegot/VISLAGF/actas/tema2/clarisse https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/biologia/forma-da-bacia- hidrografica/42222 Goiânia/GO
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