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Trabalho Córrego Cascavel

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ALVES FARIA (UNIALFA) 
 
Adelmo Henrique Cechelero 
Evilásio Siqueira do Nascimento Junior 
Luccy Anne Nunes A. Pimentel 
Marianna Alves Ferreira 
Vangislaine Oliveira da Silva 
 
 
 
 
CÓRREGO CASCAVEL 
 
 
 
 
 
 
GOIÂNIA 
MAIO DE 2018 
CÓRREGO CASCAVEL 
 
 
 
Alunos (as): 
Adelmo Henrique Cechelero 
Evilásio Siqueira do Nascimento Junior 
Luccy Anne Nunes A. Pimentel 
 Marianna Alves Ferreira 
Vangislaine Oliveira da Silva 
 
 
 
Trabalho apresentado como 
requisito para aprovação na 
disciplina de Hidrologia e 
Construções Hidráulica, do 
curso de Engenharia civil, do 
Centro Universitário Alves 
Faria (UNIALFA). 
 
 
Prof.: Waldir Souto 
 
 
 
 
Goiânia/GO 
2018 
 
SUMÁRIO 
 
1 Introdução.......................................................................................................4 
1.1 Córrego Cascavel........................................................................................5 
1.1.1 BACIA HIDROGRÁFICA .........................................................................6 
1.1.2 PROBLEMAS...........................................................................................7 
1.1.2.1 Ocupação Irregular............................................................................7 
1.1.2.1.1 Causas ...............................................................................................7 
1.1.2.1.2 Consequências .................................................................................8 
1.1.2.2 Poluição .............................................................................................8 
1.1.2.2.1 Causas................................................................................................9 
1.1.2.2.2 Consequências .................................................................................9 
1.1.2.2.3 Casos .................................................................................................9 
1.1.2.3 Erosões ............................................................................................11 
1.1.2.3.1 Causas..............................................................................................11 
1.1.2.3.2 Consequências ...............................................................................12 
1.1.2.3.3 Casos ...............................................................................................12 
1.1.2.4 Inundações na região .....................................................................13 
1.1.2.4.1 Causas .............................................................................................13 
1.1.2.4.2 Consequências ...............................................................................14 
1.1.2.4.3 Casos ...............................................................................................14 
1.1.2.5 Secas ...............................................................................................15 
1.1.2.6 Assoreamento .................................................................................15 
1.1.2.6.1 Causas .............................................................................................15 
1.1.2.6.2 Consequências ...............................................................................15 
1.1.2.6.3 Casos ...............................................................................................16 
1.1.2.7 Ausência de mata ciliar ..................................................................16 
1.1.2.7.1 Causas .............................................................................................16 
1.1.2.7.2 Consequências ...............................................................................16 
1.1.3 Soluções ...............................................................................................17 
2 MEMORIAL DE CÁLCULOS ....................................................................17 
2.1 Coeficiente de Compacidade (𝑲𝑲𝑪𝑪) ..........................................................18 
2.2 Fator de forma (𝑲𝑲𝒇𝒇) ...................................................................................18 
2.3 Tempo de concentração (𝑻𝑻𝑪𝑪) ...................................................................19 
3 Conclusão .....................................................................................................23 
4 Referências Bibliográficas...........................................................................24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
Córrego é o nome dado à uma pequena passagem de água 
corrente, também denominado "corpo de água" ou "conduta de água", e que 
possui dimensão menor ao de um riacho. Os córregos são de extrema 
importância para a manutenção e existência das bacias hidrográficas, devido 
ao seu papel de fluxo d'água. Esses pequenos corpos de água corrente 
também são responsáveis pelo início da formação de um rio. 
Geralmente, os córregos nascem em regiões mais elevadas, 
descendo pelo relevo e erosando o solo por onde passa, formando os 
caminhos de água. São de extrema importância para a manutenção e 
existência das bacias hidrográficas, devido ao seu papel de fluxo d'água. 
A cidade possui ao todo 85 mananciais catalogados pela Agência 
Municipal de Meio Ambiente (AMMA), sendo apenas dois rios em seu 
município, o Rio Meia Ponte e o Rio Dourados que recentemente foi 
“promovido” de ribeirão a rio devido às suas características e 3 ribeirões: João 
Leite, Capivara e Anicuns, sendo que apenas o ribeirão Anicuns possui suas 
nascentes dentro do município de Goiânia. Tem 80 córregos, dentro os 
principais podemos destacar os córregos Cascavel, Botafogo, Macambira e 
Caveirinha. 
Todos esses 85 mananciais infelizmente possuem algum tipo de 
degradação, com variados níveis de gravidade. Dentre os problemas podemos 
destacar a ausência de mata ciliar em diversos pontos, ocupação irregular dos 
fundos de vale, poluição por resíduos sólidos ou esgotos, assoreamento, 
erosão, entre outros. 
Do ponto de vista hidrográfico, Goiânia e sua região metropolitana 
se localizam numa região onde há 22 sub-bacias hidrográficas, as quais 
deságuam nos ribeirões Anicuns, Dourados e João Leite. Todas as sub-bacias 
pertencem à bacia hidrográfica do rio Meia Ponte, afluente direto do rio 
Paranaíba. Desde sua fundação, a cidade teve um crescimento populacional 
desordenado que trouxe problemas ambientais como consequência, com 
destaque para as erosões, principalmente a fluvial, que vem comprometendo a 
qualidade de seus cursos d'água. 
Nascente do Cascavel encontra-se em uma área com poucos 
remanescentes da flora nativa devido aos impactos antropogênicos (são 
aqueles causados pela ação do homem) que descaracterizam a região 
autóctone (natural). O entorno do mesmo é ocupado por residências, hortaliças 
e empreendimentos variados, ocasionando à desfiguração da paisagem natural 
em virtude do processo de urbanização, que constantemente reduz os espaços 
de infiltração das águas pluviais; rebaixamento do lençol freático em virtude 
das áreas impermeabilizadas e redução dos níveis das águas superficiais em 
período de estiagem; sobrecarga da rede pluvial; aumento no volume de 
escoamento de águas pluviais; maior propensão à inundação da área e 
contribui com os processos erosivos. 
A cidade de Goiânia cresceu além do planejado e o zoneamento foi 
reformulado. Os mananciais que, inicialmente seriam preservados foram 
inteiramente circundados por residências, comércio e/ou indústria. Contudo, a 
falta de rigor da legislação, da monitoração e a especulação imobiliária resultou 
numa expansão urbana descontrolada, que porsua vez, provocou danos nos 
cursos d’água que serpenteia o núcleo urbano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.1 Córrego Cascavel 
O Córrego Cascavel nasce na Vila Rosa e percorre 
aproximadamente 11 km até chegar a sua foz no ribeirão Anicuns na Vila Irany. 
 
 
Figura 1 - Córrego Cascavel (imagem retirada do autocad). 
 
1.1.1 BACIA HIDROGRÁFICA 
 
Uma bacia hidrográfica de um curso de água é uma área de 
captação natural da água da precipitação que faz convergir os escoamentos 
para um único ponto de saída, seu exutório. É composta basicamente de um 
conjunto de superfícies vertentes de uma rede de drenagem formada por 
cursos de água que confluem até resultar um leito único no exutório. Bacia 
hidrográfica é, portanto, uma área definida topograficamente, drenada por um 
curso d’água ou por um sistema conectado de cursos d’água, de forma tal que 
toda a vazão efluente seja descarregada por uma simples saída. Pode ser 
considerada um sistema físico onde a entrada é o volume de água precipitado 
e a saída é o volume de água escoado pelo exutório, considerando-se como 
perdas intermediárias os volumes evaporados e transpirados e também os 
infiltrados profundamente. 
Após delimitação da bacia hidrográfica do córrego Cascavel, como 
pode ser visto na figura 2 abaixo, pôde-se concluir que esta possui área de 
aproximadamente 35 km² e perímetro de aproximadamente 26 km. 
 
Figura 2 – Córrego Cascavél 
 
 
Figura 3 – Bacia do Córrego Cascavel com curvas de nível. 
 
 
 
Figura 4 – Bacia do Córrego Cascavel. 
 
Sua nascente localiza-se na Parte I do Parque Cascavel, região sul 
de Goiânia. A bacia é formada pelo córrego cascavel e seus afluentes e 
vertentes, sendo estes os córregos Mingau, Serrinha e Vaca Brava. 
A área encontra-se quase que totalmente antropizada, com a 
presença de edificações urbanas, comerciais e industriais, além da presença 
de ruas e avenidas pavimentadas. 
 
1.1.2 PROBLEMAS 
 
1.1.2.1 Ocupação Irregular 
A ocupação desordenada é um dos problemas urbanos 
contemporâneos. 
 
1.1.2.1.1 Causas 
 O crescimento populacional, está aliado à falta de uma política 
habitacional eficaz, provoca uma preocupante situação de uso e ocupação do 
solo em áreas naturalmente de riscos à habitação humana. 
 
1.1.2.1.2 Consequências 
 Ocupação irregular é agravado, sobretudo, pela constante retirada 
de mata ciliar, ameaçando a presença da população local em áreas de 
encostas sujeitas à erosão, assoreamento, enchentes e inundações. Desse 
modo, áreas urbanas que deveriam estar protegidas em virtude de serem 
classificadas como áreas de proteção permanente são ocupadas. 
 
Figura 3 – Ocupação Irregular 
 
 
 
 
1.1.2.2 Poluição 
 Os problemas advindos de urbanizações desordenadas trazem 
graves consequências ambientais, dentre elas a contaminação dos cursos 
d’água que atravessam os grandes centros urbanos. Diante desta problemática 
torna-se necessário o monitoramento da qualidade da água em diversos 
trechos destes cursos para que se possa determinar quais as possíveis fontes 
de contaminação atuantes, assim como sua correta localização e adoção de 
medidas necessárias. Os cursos d’água possuem atuação na depuração da 
matéria orgânica, mas quando a carga de esgoto lançada se torna exacerbada, 
como a que ocorre em um crescimento urbano desordenado, o curso d’água 
não consegue decompor toda a matéria orgânica presente, tornando 
impossível a vida aquática, além do aparecimento de certas doenças. E é neste 
contexto que as estações de tratamento de esgotos aliadas a educação 
ambiental têm como função evitar a descarga direta dos esgotos nos cursos 
d’água, prevenindo a contaminação e favorecendo tanto a vida aquática como 
a prática do lazer. 
1.1.2.2.1 Causas 
Problema causado principalmente pelo lançamento de esgoto e lixo 
clandestinos, restos de materiais de construção, etc. 
1.1.2.2.2 Consequências 
• Morte de peixes: esgoto clandestino tóxico; 
• Mau cheiro; 
• Provoca doenças: dengue. 
 
1.1.2.2.3 Casos 
Os comerciantes e moradores ao longo da Alameda Cascavel, entre 
a Vila Aurora e o Setor Coimbra, em Goiânia, estão com problemas com o mau 
cheiro do córrego de mesmo nome da via. No local, o despejo de esgoto 
acumulado somado ao lixo, colchões, capim auto e até restos de materiais de 
construção, colaboram para o odor. A Agência Municipal do Meio Ambiente 
(Amma) informou que não há registros oficiais de denúncias sobre o mau 
cheiro no córrego. A orientação da Amma, para os moradores da região é que 
denúncias sejam protocoladas, para que uma vistoria da agência seja realizada 
no local. O mau cheiro devido aos problemas de esgoto também atinge outros 
bairros de Goiânia. 
Acontece que depois do córrego Cascavel deixar o parque, ele 
passa a ser vítima de agressões. Logo após a ponte da Av. Guarapari, já é 
possível se observar um lançamento de esgoto clandestino descendo pela 
galeria de água pluvial. Foi feita ligação justamente numa tubulação que foi 
feita para receber água das chuvas, comprometendo a partir daí a qualidade de 
suas águas. 
Figura 4 – Poluição 
 
 
Figura 5 – Poluição 
 
 
 
 
Figura 6 – Poluição 
 
 
 
1.1.2.3 Erosões 
Erosão fluvial refere-se a um desgaste da superfície do talude e do 
talvegue, se processando por corrosão ou solução, onde a água decompõe 
quimicamente as rochas fazendo com que os elementos que formam os 
minerais sejam solubilizados e transportados pela água; ou por abrasão, onde 
o trabalho mecânico elaborado pelo intemperismo e fricção do silte, areia, 
cascalho e matacão levados pela corrente, sobre as rochas, tem como 
resultado o desgaste do leito. Ocorre ainda a ação hidráulica, que é o impacto 
do fluxo de água sobre os detritos de rochas deslocando-os no sentido da 
corrente. 
 
1.1.2.3.1 Causas 
O desenvolvimento destas erosões foi relacionado principalmente a 
sobrecarga do sistema de macrodrenagem urbana: ausência de mecanismos 
de dissipação de energia nos lançamentos de água pluvial, lançamentos 
concentrados em um único ponto; desmatamentos e ocupação com edificações 
na área de preservação permanente (APP). Constataram-se ainda episódios 
repetidos de inundações, desmoronamentos ao longo de toda a área. A 
existência de um trecho de 4 km canalizado, no leito do córrego Cascavel 
ampliou os estágios de degradação ambiental no manancial. 
 
1.1.2.3.2 Consequências 
A análise dos impactos ambientais, especialmente das erosões 
fluviais foi realizada considerando como unidade de análise a bacia 
hidrográfica. No entanto, todos os cursos d`água apresenta características de 
ocupação em estágios diferenciados que consequentemente se refletem nos 
estágios das erosões fluviais. Conforme vistorias realizadas ao longo da sub-
bacia foram identificadas 24 lançamentos de água pluvial, sendo que destes 8 
encontram-se concentrados na área de drenagem do afluente córrego 
Serrinha, que por conta deste fator apresenta erosões fluviais com altura de 
8,00 metros. Constatou-se que nos mananciais desta sub-bacia (córregos Vaca 
Brava, Serrinha e Mingau) apresentam grandes extensões de erosões fluviais, 
que chegam a atingir 14 metros de profundidade e comprometem obras 
particulares e públicas. 
 
1.1.2.3.3 Casos 
Sujeira de proporções impressionantes, que pode ser foco de 
dengue e outras epidemias, e para as erosões. O local em questão sofre de 
erosões em estágio avançado, conforme sustentou o Ministério Público de 
Goiás (MPGO). Para conter o problema, a Agência Municipal do Meio 
Ambiente (Amma) fez um aterro, masos materiais empregados são resíduos 
da construção civil e não são adequados, conforme apontam os estudos. Entre 
os acordos, estava a recanalização e reurbanização, medidas que não tiveram 
prosseguimento e que seriam feitas pela Agência Municipal de Obras (Amob). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 7 – Erosões 
 
 
 
 
1.1.2.4 Inundações na região 
Transbordamento do córrego e a inundação pode ser entendida 
como um fenômeno que faz parte da dinâmica fluvial, e que corresponde ao 
extravasamento das águas de um curso de água para as áreas marginais, 
quando a vazão é superior à capacidade de descarga da calha. Nesses 
acontecimentos as águas dos cursos d’água atingem as várzeas, também 
denominadas planícies de inundação. 
 
1.1.2.4.1 Causas 
As inundações podem ser classificadas em três tipos: O primeiro 
tipo, que se refere às inundações devido à urbanização, ocorre devido à 
impermeabilização de pequenas e médias bacias hidrográficas urbanas. O 
efeito da urbanização no ciclo das águas se dá pela remoção da cobertura 
vegetal original e sua substituição por estruturas impermeáveis, resultando na 
redução da infiltração de água no solo (impermeabilização) e diminuição da 
evapotranspiração. Isso provoca aumento do escoamento superficial, que se 
traduz em condições de vazões de cheia dos cursos d’água urbanos. O 
segundo, diz respeito às inundações em áreas ribeirinhas, são aquelas que 
fazem parte da dinâmica natural de uma drenagem. Neste caso a ocupação 
não é a causa da inundação e o acidente ocorre porque áreas naturalmente 
inundáveis foram ocupadas. Já o terceiro tipo relaciona-se às inundações 
localizadas, que podem ser provocadas por: estrangulamento da seção do rio, 
remanso, erros de execução e projeto de drenagem de rodovias e avenidas, 
entre outros. Dentre esses fatores pode-se destacar o estrangulamento da 
seção por pontes e bueiros, a construção de aterros no leito do rio, 
assoreamento da drenagem por sedimentos e/ou lixo. 
 
1.1.2.4.2 Consequências 
As inundações trazem consequências danosas principalmente para 
as populações ribeirinhas. A ocupação das áreas marginais dos rios prejudica 
primeiramente a parcela da população que se instalou no leito do rio. Porém, 
ao se instalar nas áreas naturalmente inundáveis, essa mesma população que 
sofre com esse fenômeno passa a contribuir para que as consequências se 
estendam a um número ainda maior de pessoas. Nas notícias sobre esses 
fenômenos veiculadas em jornais da cidade são relatadas as consequências, 
compreendendo transtornos no trânsito com pontes interditadas, desvio do 
tráfego e engarrafamentos. Prejuízos materiais incluem destruição de móveis, 
alimentos e eletrodomésticos em casas inundadas e/ou alagadas e danos em 
carros cujos motoristas arriscaram a travessia. Danos sociais incluem 
desconforto, revolta e medo da população atingida. Outros danos provocados 
pelas inundações podem incluir a ocorrência de doenças como leptospirose e 
disenteria, entre outras. 
 
1.1.2.4.3 Casos 
 02/2018: O córrego Cascavel transbordou e alagou o Centro Médico 
da Companhia de Urbanização de Goiânia, a Comurg, localizado na Vila 
Aurora. A água chegou a 50cm de altura e prontuários e documentos das áreas 
da saúde e segurança do trabalho da Companhia foram danificados. 
1.1.2.5 Secas 
No ano de 2014 se destaca como o pior nível hidrológico da série 
histórica iniciada em 1931, no Brasil. Porém, para o representante em Goiás da 
ABRH, a degradação e destruição dos mananciais goianos é o preço que toda 
a população paga pela especulação imobiliária, pelos desmatamentos de 
margens, lançamento clandestino de esgoto e de entulho nas águas, 
assoreamento e a ocupação irregular de faixa de Zona de Proteção Ambiental 
(ZPA-I). Com a falta de conscientização da população, o descaso e a 
ineficiência do poder público em todas as suas instâncias poderão provocar em 
Goiás nos períodos de seca graves crises de água. 
 
1.1.2.6 Assoreamento 
O assoreamento é o acúmulo de sedimentos (areia, terra, rochas), 
lixo e outros materiais levados até o leito dos cursos d'água pela ação da 
chuva, do vento ou do ser humano. Trata-se de um processo natural que pode 
ser intensificado pela ação humana. Em alguns casos, o curso d'água pode até 
deixar de existir em decorrência desse fenômeno. 
 
1.1.2.6.1 Causas 
A retirada da mata ciliar nas margens dos rios é uma das principais 
causas da intensificação do processo de assoreamento. Quando se retira a 
cobertura vegetal, o solo e as rochas que estão nas margens são carregados 
com facilidade para o fundo dos rios. Esse fenômeno de desbarrancamento 
das margens é contínuo e, na ocorrência de chuvas, intensifica-se; deposição 
de lixo, resíduos e esgoto. Geografia do terreno (Parque cascavel): “Por ser 
uma baixada, quando vem a chuva, leva para o córrego a água, mas também 
areia e detritos, acumulando no leito”. Erosão no córrego cascavel. 
 
1.1.2.6.2 Consequências 
O assoreamento reduz o volume de água, torna-a turva e 
impossibilita a entrada de luz, dificultando a fotossíntese e impedindo a 
renovação do oxigênio para algas e peixes. Por essa razão, em muitos casos, 
extingue-se a vida nesse curso d'água; Como o leito do rio está ocupado por 
detritos, quando ocorrem chuvas intensas, a água transborda e pode causar 
verdadeiras tragédias, dependendo do local onde está situado o curso d'água. 
 
1.1.2.6.3 Casos 
Assoreamento do lago no parque Cascavel (03/2017). 
Em 2009, o então prefeito Iris Rezende (PMDB) construiu o Parque 
Cascavel para presentear o setor imobiliário, que planejava se expandir para 
região do Jardim Atlântico, próximo ao Parque Amazônia. 
Junto com a expansão veio o prejuízo ao meio ambiente, já que no 
local fica a nascente do córrego Cascavel. Em 2014 o lago do Parque 
desapareceu, ficando totalmente assoreado. 
Este é um problema recorrente que tem trazido diversos transtornos, 
tanto para a harmonia paisagística, quanto a saúde do próprio lago e do 
córrego Cascavel. Houve em 2017 uma audiência pública no Parque Cascavel 
para debater medidas de preservação do córrego de mesmo nome, que tem 
nascente no local. O projeto consiste na construção de uma barreira de 
contenção para que areia e detritos trazidos pelas chuvas não atinjam o leito do 
córrego, causando a degradação e assoreamento. 
 
 
1.1.2.7 Ausência de mata ciliar 
A mata ciliar é a vegetação que acompanha o curso d’água, ou seja, 
é a cobertura nativa que fica às margens dos córregos. Ela defende os 
córregos contra o assoreamento. Assim, evita que ocorra o alargamento 
desses locais e, consequentemente, a diminuição da profundidade da água. 
 
1.1.2.7.1 Causas 
Construção de edifícios em áreas alagadas. 
 
1.1.2.7.2 Consequências 
Degradação dos mananciais: A retirada da mata que protege as 
nascentes causa sérios problemas ao bem que está cada vez mais escasso em 
todo o mundo: a água. Erosão dos solos: sem as árvores, o solo de muitas 
localidades fica desprotegido, sendo facilmente impactado pela ação dos 
agentes erosivos, tais como a água das chuvas, além de outros elementos. 
Com a consequente erosão, ocorre a perda de muitas áreas. 
 
 
1.1.3 Soluções 
• Investimentos públicos para revitalização da nascente (caso esteja 
degradada) e de outras regiões degradadas; 
• Retirada do entulho; 
• Incentivo a programas de conscientização da população quanto aos 
prejuízos causados pela poluição do córrego, bem como o aumento da 
fiscalização sobre a área e aplicação de punições rigorosas aos 
infratores em caso de lançamento de lixo e esgoto clandestinos; 
• Recomposição vegetal das margens; 
• Solução para o assoreamentodo córrego Cascavel seria a construção 
de uma barreira para que essa areia e detritos fiquem retidos em lugar 
apropriado para serem retirados periodicamente. 
 
2 MEMORIAL DE CÁLCULOS 
 
Ao delimitarmos o curso principal do córrego utilizando o Google 
Earth (figura 2), notamos que o comprimento do curso d’água principal (L) = 11 
km. 
Como dito anteriormente, foram-se obtidos os seguintes parâmetros 
com a delimitação da bacia hidrográfica: 
 
• Área da Bacia Hidrográfica = 35 Km² 
• Perímetro da Bacia = 26 Km 
 
O desnível (∆𝐻𝐻) encontrado, obtido através da diferença entre as 
curvas de nível do ponto inicial do córrego até o exutório, é de 105 m. 
A partir dos resultados supracitados, podemos calcular os seguintes 
fatores: 
 
2.1 Coeficiente de Compacidade (𝑲𝑲𝑪𝑪): 
O Coeficiente de compacidade (𝐾𝐾𝐶𝐶) que é a relação entre o 
perímetro da bacia e a circunferência de um círculo de área igual a da bacia, é 
calculado a partir da equação: 
𝐾𝐾𝐶𝐶 = 0,28 ∗ 𝑃𝑃
√𝐴𝐴
 
 
Sendo: 
P = Perímetro da bacia em km; 
A = Área da bacia em km². 
Esse coeficiente é um número adimensional que varia com a forma 
da bacia independente do seu tamanho, assim quanto mais irregular ela for, 
maior será o coeficiente de compacidade, ou seja, quanto mais próxima da 
unidade, mais circular será a bacia e será mais sujeita a enchentes. 
Para a bacia estudada, obtivemos o seguinte resultado: 
𝐾𝐾𝐶𝐶 = 0,28 ∗ 26
√35 
𝐾𝐾𝐶𝐶 = 1,23 
 
2.2 Fator de forma (𝑲𝑲𝒇𝒇): 
O Fator de forma (𝐾𝐾𝑓𝑓) é a relação entre a largura média e o 
comprimento axial da bacia (da foz ao ponto mais longínquo do espigão). Ele é 
calculado a partir da equação: 
 
𝐾𝐾𝑓𝑓 = 𝐴𝐴𝐿𝐿2 
Sendo: 
A = Área da bacia em km²; 
L = Comprimento axial em Km; 
Uma bacia com fator de forma baixo indica que a mesma é menos 
sujeita a enchentes que outra, de mesmo tamanho. 
Para a bacia estudada, obtivemos o seguinte resultado: 
𝐾𝐾𝑓𝑓 = 35262 
𝐾𝐾𝑓𝑓 = 0,29 
 
2.3 Tempo de concentração (𝑻𝑻𝑪𝑪): 
O tempo de concentração é aquele necessário para que toda a água 
precipitada na bacia hidrográfica passe a contribuir na seção considerada. 
É obtido através da formula: 
𝑇𝑇𝐶𝐶 = 0,95 ∗ � 𝐿𝐿3∆𝐻𝐻�0,385 
Sendo: 
L = Comprimento do rio principal (Km); 
∆𝐻𝐻 = Diferença de Nível. 
 
Para a bacia estudada, obtivemos o seguinte resultado: 
 
𝑇𝑇𝐶𝐶 = 0,95 ∗ �113105�0,385 
 
 
𝑇𝑇𝐶𝐶 = 2,53 ℎ𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜𝑜 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 Conclusão 
 
O córrego Cascavel é um dos principais recursos fluviais da cidade, foi 
observado que há muitos problemas, como está localizado em Goiânia, 
sendo um dos principais recursos fluviais da cidade, esses impasses 
tendem a piorar com a falta de consciência da população e falta de 
investimentos públicos. A ocupação irregular, poluição, ausência de mata 
auxiliar são reflexos de uma má gestão, bem como a falta de apoio das 
pessoas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 Referências Bibliográficas 
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https://guiaecologico.wordpress.com/2017/03/17/semana-da-agua-audiencia-publica-debate-
assoreamento-no-parque-cascavel/ 
https://goias24horas.com.br/38865-isto-e-sustentabilidade-lago-parque-cascavel-desparece-
e-parque-fica-assoreado/ 
https://guiaecologico.wordpress.com/2010/10/28/empresaspessoas-inescrupulosas-
envenenam-o-corrego-cascavel-em-goiania/ 
http://ohoje.com/noticia/cidades/n/119522/t/parque-cascavel-um-golpe-imobiliario-que-
ainda-atrai 
https://secom.ufg.br/p/17420-dreno-pode-ser-responsavel-por-mais-uma-seca-em-lago 
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http://g1.globo.com/goias/noticia/2013/12/mesmo-com-chuvas-lago-do-parque-cascavel-
esta-praticamente-vazio.html 
http://www.cpgss.pucgoias.edu.br/ArquivosUpload/2/file/MCAS/Marco%20Vin%C3%ADcius%
20G%20de%20M%20e%20Cunha.pdf 
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file:///C:/Users/Asuspc/Downloads/13796-54824-1-PB.pdf 
https://www.opopular.com.br/editorias/cidades/c%C3%B3rrego-cascavel-transborda-e-alaga-
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