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SEGURANÇA DO TRABALHO NAS OPERAÇÕES DE SOLDA OXIACETILÊNICA

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SEGURANÇA DO TRABALHO NAS OPERAfÍES DE 
SOLDA OXIACETILENICA 
COMISSÃO mCiú..-'. D E C Í E R C A tiVClEe^.r/"^ 
Mi I 
Presidente 
Nildò Mazzini 
Superintendente 
Jofre Alves de Carvalho 
Tf 
(^2 h m 
SEGURANÇA DO TRABALHO NAS OPERAÇÕES 
DE SOLDA OXIACETILtNICA 
Autor: RUI DE OLIVEIRA MAGRINI 
EngzirLhzÁJLo m2,ccLnÁ.co e de Se,gaA.ança 
do Jfidbatko, da. Vlvlòão dz Sígu^an 
ça do TfiaboLlho da. ruUVACENTÍÍO. 
Colaborador: 
ISAC HEITOR FREITAS FORTES 
TzcnÕtogo e Supz^v¿ÁoK dz SzguA.anç.a 
do iKabatko, da, V¿vÁ.oao dz SzguAja..a.ça 
do Trabalho da. FUWPACEWTRÖ. 
Preparação de Texto: 
JOSf CARLOS C. CROZERA 
Ilustrações: 
RICARDO DA COSTA SERRANO 
DÍCIO CARDOSO 
1 CAPA: 
JOSÉ ALBERTO FERNANDES 
São Paulo 
1984 
COMISSÃO ¡\JAC10ML DE EMERGIA N U C L E A R / S P ! 
\. P. E. N . 
CATALOGA^ ÍkO NA F O N T E ! S D B / F U N D A C E N T R O 
Ml 78s MAGRINI, Rui de Oliveira 
Segurança do trabalho nas operações de solda 
oxiacetilenica. São Paulo, FUNDAGENTRO, 1984. 
66p. il. 
1. Solda oxiacetilenica - Segurança do Traba 
lho I. FORTES, Isac Heitor Freitas, colab. 
TRO III. titulo ! 
CDU 621 . 791 .5|:614.8 
CIS Hwig As 
II. FUNDACEN" 
Indices para o catálogo sistemático 
I • ' 
1. Segurança do trabalho - Solda; a gás 614.8:621.791 . 5* 
As Hwig; ** 
1 
I ! 
2. Segurança do Trabalho - Solda oxiaceti lênica 614.8:621.791.5* 
\ As Hwig ** 
3. Solda a gás - Segurança do trabalho 621.791.5:614.8* 
Hwig As ** 
4. Solda oxiacetilenica - Segura^nça do trabalho 621,791.5:614.8* 
Hwig As ** 
FUNDACENTRO "^"^ 
Rua Capote Valente, 710 - CEP 05409 
São Paulo, SP - Brasil - Caixa Postal 30291 
Tiragem 2.000 exemplares 
* Classificação Decimal Universal 
** Classificação do "Centre International d'Informations de 
Sécurité et du Travail" 
Dedicatoria 
Ao òoZdadoH-íò qtie.,co^fLtndo 
d(L& obn.(Lò QM mztdtviKQloi. 
' • ' 
Agradecimentos 
A todos os funcionarios da 
FUNDACENTRO que tdireta ou indireta 
mente,colaboraram na realização 
deste trabalho. 
SUMARIO 
1 - INTRODUÇÃO 1 
2 - O SISTEMA OXIACITILÊNICO 3 
2.1 O acetileno 3 
2.2 O oxigênio 3 
2.3 O maçarico e a chama oslacettlênica 7 
2.4 O sistema oxfacetilênico basteo 16 
3 - A SEGURAÜÇA DO SISTEMA OXIACETILENICO 19 
3.1 Riscos decorrentes da utilização do acetileno 19 
3.2 Dispositivos e requisitos de segurança para o uso do acetileno 19 
3.3 AnlHse de riscos decorrentes da utilização do oxigênio 34 
3.4 Dispositivos e requisitos de segurança para o uso do oxigênio 34 
4 - OPERAÇÕES SEGURAS 47 
5 -. BIBLIOGRAFIA 65 
I I » »111 I III iif'i "— — - ,^ j 
1 INTRODUÇÃO 
Entende-se como soldagem a técnica de reunir duas 
ou mais partes constitutivas de um todo, assegurando a contj_ 
nuidade do material e, conseqüentemente, suas características 
mecânicas e químicas. 
Desde o forjamento da "Espada de Damasco" (1.300 
anos antes da nossa era) ate nossos dias, a técnica empregada 
para para obter a solda tem sofrido uma evolução constante, e 
xistindo hoje grande variedade de processos (Figura 1). 
Analisando os diversos processos, podemos obser 
var que o emprego de grande quantidade de energia encontra-se 
presente em todos, dando origem, geralmente, a fonte de ris^ 
C O S de acidentes ao homem. 
Pretendemos, nesse manual, destacar o processo oxj^ 
acetilênico de soldagem, uma vez que é amplamente utilizado 
na indústria, e apresentar dados para que os profissionais es^ 
pecializados em Segurança do Trabalho possam incorporar era 
suas atividades o controle dos riscos de acidentes advindos 
dessas operações. 
50 
40 -
NÚMERO DE 
PROCESSOS 
DE 
SOLDAGEM 
30 -
20 -
10 -
LASER (1962) 
ELECTRON-BEAN (1959) 
PLASMA (1961) 
ELECTROSLAS (1951) 
ARCO SUBMERSO (1940) 
1800 
OXIACETILENO ( l885)^^^ ,^^RESISTéNCIA( 1886) 
ELETRODO CARVÃO (1881) 
ETPiy?(lg09) 
1850 
I 
1900 
CRONOLOGIA 
950 2000 
i 
F i g u r a 1. Aum e n t o d a qu a n t i d a d e de processo s de soldagem. 
•. V.-
2 O SISTEMA OXIACETILÊNICO 
2.1 O acetileno 
Acetileno, ou etino, é o hidrocarboneto, de 
formula estrutural H-C=-H. 
Industrialmente, é obtido através da hi d r õ M 
se do carbeto (ou carbureto) de cálcio - CaC^. A Figura 2 coji 
tém 0 fluxograma da obtenção do acetileno a partir deste pro 
cesso, que pode ser representado pelas seguintes equações: 
a) obtenção da cal viva: 
CaCOs - - ^ CaO + CO2 
b) síntese do carbeto em forno elétrico: 
Cao + 3 C 2.200OC ^CaCg + CO 
c) hidrólise do carbeto: 
CaCa + ^ °" àCa (0H)2 + H - C = C - H 
H OH ^ 
acetileno 
Para utilização em soldagem, o acetileno é 
oferecido em cilindros, normalmente com a capacidade máxima de 
gas permitida para 9 kg. 
Também são' disponTveis no mercado pequenas 
unidades geradoras de acetileno, que fornecem cerca de 2.000 l 
de gás por hora, em regime normal de funcionamento. O princTipio 
de geração é o mesmo ja mencionado, podendo haver variações na 
forma em que o carbureto entra em contato com a água. Assim,po 
demos encontrar basicamente dois tipos de geradores: o gerador 
de contato, descrito na Figura 3, e o gerador por queda d'água, 
descrito na Figura 4. 
2.2 O oxigênio 
O oxigênio e utilizado na soldagem em razão 
da sua característica de ser um gás comburente. Para aquecer o 
metal até seu ponto de fusão, emprega-se a chama resultante da 
•vr"":"".-- • • 0.: L ; : r ; c à HVC^ ' ' \ 
CAlí^ÁREOÍCaCOj) 
fõmo 
coqueria 
queima i queimo 
(CaO) 
CAL\¿LVA 
CARVÃO 
_ J ^gós 
dcolrão 
da 
hulha 
forno 
elétrico 
(CoCg) 
CARBETO DE CALCIO 
AGUA 
9 
•ACETILENO 
( C 2 H 2 ) 
gerador 
lac^leno 
F i g u r a 2. O b t e n ç ã o i n d ú s t r i a ! d o a c e t i l e n o . 
o 
o 
O 
M rn 
O 
c: 
c:> 
rn 
:/> 
O) 
-a 
NÃO ENTRA \ 
EM CONTATO 1 
COM A / 
Á G U A ^ X 
F i g u r a 3. Gerador de acetileno por contato. 
-CESTA DE 
CAC, 
CÂMARA DE 
C 2 H 2 
-ÁGUA 
P / CONSUMO 
CT» 
VÁLVULA- r 
tf 
-CAMARA 
•C,H 2 " 2 
P/ CONSUMO 
F i g u r a 4. G e r a d o r de acetileno nor q u e d a de água. 
combustão, isto é, da reação química processada entre o acetj^ 
leno e o comburente. 
O comburente a ser utilizado poderia ser 
oxigênio puro ou ar atmosférico (mistura de gases que contém, 
entre outros constituintes, cerca de 21% de oxigênio, 78% de 
nitrogênio, 1% de gases nobres) porem quando se utiliza o ox^ 
gênio puro, todas as reações da combustão são intensificadas e 
a temperatura da chama é fortemente aumentada, além do que',mu2^ 
tas substâncias que não queimam em contato com o ar queimam fa 
cilmente na presença do oxigênio puro. 
Existem três processos principais para a ob^ 
tenção de oxigênio: eletrõlise da agua, reações químicas e li_ 
quefação do ar. 
Industrialmente, é empregado em maior esca 
Ia o processo de liquefação do ar, visando atender a demanda de 
oxigênio utilizado em serviços de solda, corte a quente, serv^ 
ços hospitalares etc. 
Esse processo consiste em separar os diver 
S O S componentes do ar, por meio da compressão, da expansão, da 
liquefação e do fracionamento, conforme representado na Fig£ 
ra 5. 
O oxigênio pode ser fornecido no estado IT 
quido, em recipientes criogénicos, providos de vaporizadores; 
porém, para pequenos consumos, são mais uti 1 izados os cilindros-
sem-costura, para gases comprimidos a alta pressão. Um cilin 
dro destes, possuindo 50,3 l de volume geométrico, irá conter 
9,3 m^ de oxigênio, ã pressão de 185 jígf/cm^. 
2.3 O maçarico e a chama oxiacetilenica 
Como já foi visto, o processo oxiacetilênico 
de solda ou corte caracteriza-se pelo emprego do calor da cha 
ma resultante da reação de acetileno com oxigênio. 
O maçarico é o dispositivoque recebe esses 
dois gases separadamente e mistura-os em proporções e veloci^ 
dades determinadas, de maneira que possibilite a combustão.A 
Figura 6 contém a representação esquemática de um maçarico e 
seus principais componentes. 
Oxigênio 
liquido \ 
Tanque de 
K^oxigênio liquido 
< J 
itrogênio gasoso 
Compressor de 
alta pressão FWVWH 
Secador 
Resfriador posterior 
] trocador 
de calor 
de Ar 
Purificador 
de ar 
Compressor de 
baixa pressão 
Tomada de 
ar novo 
Expansor 
Coluna de 
destilação 
r 
Sub-
resfriador 
Válvula dè expansão 
AbsoTvedor de 
hidrocarbonetos 
F i g u r a 5. Obten ç ã o de oxigênio por liguefação do ar 
(Segundo V a n Wy l e n ¡e Sonntag - Fu n d a m e n t o s 
da T e r m o d i n â m i c a c l á s s i c a - Edgar B l ü c h e r Ed.) 
Vi4vULA 
D E O X I G Ê N I O 
E N T R A D A 
D E 
OXIGÊNIO 
E N T R A D A 
D E A C E T I L E N O 
M I S T U R A D O R 
O U 
I N J E T O R 
V Á L V U L A 
D E A C E T I L E N O 
C A B O O U 
P U N H O 
B I C O 
O U E X T E N S Ã O 
O R I F I C I O 
D E SA6A 
D A M I S T U R A 
F i g u r a 6. P a r t e s c o n s t i t u t i v a s de um m a ç a r i c o . 
10 
A chama oxiacetilenica forma-se na região 
próxima ao orificio de saTda da mistura, fora do maçarico. O 
processamento da reação ocorre em duas fases: 
1^ o acetileno combina-se com o oxigênio, produzindo monõxido 
de carbono e hidrogênio, gases também inflamãveis: 
C2H2 + O2 •—^ZCO + H2 i (Equação 1) 
2? o monõxido ae earoono e o hidrogênio são queimados: 
2C0 + O2 ^2CUi + calor (Equação 2) 
I 
2H2 + O2 ^2H20 + calor (Equação 3) 
Dessa forma, tem-se como resultado final a 
produção de dióxido de carbono, água e calor: 
2C2H2 + 502-^ ^4 CO2 + 2H2O + calor (Equação 4) 
quantidade suficiente para 
elevar.a temperatura até 
3.300 C, aproximadamente 
A seleção da extensáo do maçarico deve ser 
i 
feita de acordo com o trabalho a ser realizado. O parâmetro 
mais importante para essa escolha é a espessura do material a 
ser soldado (ver tabela da Figura 7). 
Para operações de corte com o sistema oxia^ 
cetilênico, utilizam-se maçaricòs especiais, uma vez que esse 
processo se fundamenta na reação química rápida entre o ferro 
fortemente aquecido e o oxigênio. 
No maçarico de corte, o oxigênio e o acetj^ 
leno são misturados e queimados para formar a chama de aquec_;[ 
mento, através de orifTcios que'circundam o bico de corte. Na 
parte central do bico, através de um orifício de diâmetro maior 
do que os que alimentam a chama de aquecimento, é fornecido o 
jato de oxigênio necessário para efetuar o corte do metal,quan 
do este já estiver no ponto de ¡ignicao (aquecido ao rubro). O 
fluxo de oxigênio de corte é controlado por válvula independen 
te, a válvula de corte (ver Figura 8 , maçarico de corte). 
Quando o ferro aquecido ao rubro é exposto 
a um fluxo de oxigênio de alta pureza, uma intensa reação ocor 
do 
Bico 
Espessura do material 
a ser soldado (mm) 
Comprimento 
da chama (nïïn) 
Pressão do gás (*) Consumo aproxi 
mado de gás do 
Bico 
Espessura do material 
a ser soldado (mm) 
Comprimento 
da chama (nïïn) (Ibf/pol^) pe'Vn l A 
1 1,6 4,8 1 7 5 141,5' 
2 1,6 a 3,2 6,3 2 14 6 170 
3 3,2 a 4,8 7,9 2 14 9 254,5 
4 4,8 a 6,3 9,6 3 21 12 340 
5 6,3 a 9,6 11,2 4 28 21 594,5 
6 9,6 a 12 ,7 12 5 35- 23 651,5 
7 12,7 a 15,9 • 12 ,7 6 42 36 1019,5 
8 15,9 a 25,4 14,3 7 49 50 1.416 
9 25,4 ou mais 15,8 8 56. 58 1642,5 
10 trabalhos pesados 19,0 9 63 100 2..83'2 
11 trabalhos pesados 19,0 10 70 106 3-000 
12 trabalhos pesados 19,0 11 77 108 3.058 
(*) - a pressão e o consimo têm valores iguais para o O2 e para 0 C^É^ 
F i g u r a 7 . Seleção do bico do m a ç a r i c o p a r a soldagem, 
COMISSÃO rJAír'';:'^ 
12 
OXIGÊNIO OXIGÊNIO VÁLVULA .DE CORTE 
DE CORTE DE AQUECIMENTO 
0M6ÉNI0 
l-JATO DE OXIGÊNIO DE CORTE 
2-MBTURA OXICOMBÜSTÍVEL. 
3-CHAMA DE PRE AQÜECMENTO 
4-SANGRIAOU'bORTE" 
5- dMOOS LEVADOS PELO JA1b DE I 
ACETILENO 
F i g u r a 8. M a ç a r i c o de corte 
13 
PONTODE 
MAIOR TEMPERATURA 
(APRC»(.32O0PC) 
4 0 0 « C T E M P ^ T U R A DE IGNIQÃO 
E ^ O N I A N E A D A M B T U R A 
" C H A M A PRMtfRiA 
INVOLUCRO EXTERNO: 
2C0+(02+4l^)*eC02*4N¿H36000CAL 
H2«J^0f4r^^0+2N2-í58.OOOCAL 
Figura 9 . C h a m a o x i a c e t i l e n i c a neutra. 
I 
Í4-
re, com desprendimento de calor suficiente para oxidar o ferro; 
o oxido de ferro é fundido e arrastado pela corrente de oxige 
nio, expondo, assim, mais metal ã ação oxidante do oxigênio. 
j Os maçaricòs de corte, mediante seleção ade 
quada de bicos, permitem cortar chapas de variadas espessuras, 
que vão desde 1 mm até 300 mm. 
Considerando as equações da combustão,obser 
vemos.como a aparência física da chama pode ser afetada. 
Quando 1 volume de oxigênio e 1 volume de 
acetileno são expelidos pelo bico do maçarico, tem lugar, a 1-
fase da reação,formando um cone brilhante, bem definido. Na su 
perfTcie interna desse cone (interno), o acetileno decompõe-se 
em C (carbono) e H (hidrogênio) gasosos, com o carbono combi_ 
nando com 1 volume de oxigênio para formar CO (monõxido de caj^ 
bono). No ar exterior ao cone interno, o CO e o H2 combinam com 
o oxigênio do ar. Quando uma mistura de 1 por 1 volume de oxj^ 
gênio e acetileno ê expelida pelo bico do maçarico, a chama re 
sultante ê dita NEUTRA. (Ver Figura 9). 
O cone interno da chama neutra varia de 1,5 
mm a 2,5 cm de comprimento, dependendo do tamanho do bico do 
maçarico. Se aumentarmos o bico do maçarico, produziremos uma 
chama maior, porque aumentam as quantidades de gases. 
A chama neutra é de grande importância não 
sõ pelo grande uso em sóidas e cortes, como tammbêm para ser 
vir de base ao soldador para regulagem de outros tipos de cha 
ma. Ela deve ser empregada nos seguintes tipos de solda: 
a) sóidas de aço carbono: 
- baixo teor de carbono (até 0,10%); 
- médio teor de carbono (0,10% a 0,25%); 
- alto teor de carbono (0,25% a 0,55%); 
b) sóidas de aços fundidos; 
c) sóidas de aços com tratamentos térmicos especiais; j: 
d) sóidas de aços-ligas: 
- aço-nTquel; 
- aço-cromo; , 
<3 
1 5 
e) sóidas de ligas de aço soldaveis especificadas pela S.A.E.: 
(Society of Automobile Enginners) 
- cromo-vanádio; 
- cromo-molibdênio; 
- cromo-nTquel ; 
- cromo-niquel-manganês; 
- manganês-molibdênio; 
- níquel-manganês; 
- cromo-manganês-molibdênio; 
- cromo-manganês-molibdênio-vanãdio; 
f) solaas de superfícies duras; 
g) sol da de alumíni o; 
- chapa de alumínio; 
- alumínio fundido. 
Quando ha excesso de oxigênio na mistura, a 
chama apresenta apenas duas zonas, como no caso da chama neu 
tra, diferenciando-se desta pelo tamanho e pelo formato do co 
ne interno, que ê menor e afunilado nos lados, adquirindo uma 
tonalidade purpúrea, fazendo-se ouvir um ruído característico. 
Nesta chama, denominada CHAMA OXIDANTE, o 
acetileno também se decompõe em carbono e hidrogênio gasosos no 
cone interno. Uma vez que na chama oxidante ha excesso de ox}_ 
gênio em relação ao carbono; para a queima, o hidrogênio tam 
bém combinará com o oxigênio na superfície do cone interno, e, 
em alguns casos, o monõxido de carbono também queimará, origi^ 
nando o dióxido de carbono. Ainda que esSes dois gases, vapor 
d'água e gás carbônico, sejam normalmente estáveis, mesmo na 
temperatura da chama envoltória, a temperatura nas bordas do 
cone interno e suficientemente alta para torná-los instáveis, 
formando-se por isso agentes fortemente oxidantes. 
A chama oxidante, portanto, nunca deve ser 
empregada para soldar aços. Em face da possibilidade de elevar 
a temperatura até cerca de 260 °C acima da chama neutra, a cha 
ma oxidante pode ser empregada para a soldagem docobre e do 
1 a tão. 
Observando-se a Equação 1, página 1 0 , nota-
16 
se que, se houver mais de 1 volume de acetileno para cada vol£ 
me de oxigênio, haverá necessidade de acréscimo de carbono no 
lado direiro da equação. Uma vez que o cone interno representa 
a combustão de CO e H2 com o oxigênio do ar, esse terceria 2 0 
na, ou viéu de excesso de acetileno, como é chamada, indica o 
excesso Ide carbono que combina, nas bordas externas do véu,com 
o oxigênio do ar, como reação primária. O comprimento deste véu 
pode ser tomado para medir a quantidade em excesso de acetile^ 
no na chama. ^ 
Em síntese, se denominarmos r como regula 
gem da chama, sendo: 
volume de Oa ter-se-á: 
volume de C2H2 
com r = 1 chama neutra; 
com r > 1 chama oxidante, que leva a seguinte reação: 
CO2 + C 2C0 
H2O + C H2 + CO 
O monõxido de carbono (CO) forma-se com a 
retirada de carbono do aço e, conseqüentemente, com a queda de 
sua resistência. 
(com r ü 1,5 têm-se temperaturas da ordem de 3.150 °C, 
que são empregadas no corte oxiacetilênico); 
e com r < 1 chama carburante que introduz carbono na 
poça de fusão: C2H2 ->• 2C -t^ H2 + 73.600 cal 
+ calor suficiente para 
elevar a temperatura até 
a casa dos 3.000 H. 
2,4 O sistema oxiacetilênico básico 
Ao maçarico conectam-se mangueiras e ãs vãj[ 
vulas dos cilindros conectam-se reguladores de pressão, conf^ ' 
gurando-se, assim, o sistema oxiaoetilêniao básico ( represei! 
tado na Figura 10), constituído de: 
- cilindros de gases; i 
- válvulas dos cilindros; 
17 
- reguladores de pressão; 
- mangueiras; 
- maçarico. 
Associados a esse sistema deve haver uma ban^ 
cada para a execução dos serviços alem de uma série de disposi_ 
tivos de segurança, que serão detalhados no Capitulo III A SE 
GURANÇA DO SISTEMA OXIACETILÊNICO. 
• o 
¿=4 
\/\\ - Cijindros 
2/2 - Volvulos dos cilindros 
3/3' - Regulador de pressão 
3a/3Ía-Manómetros de alta pressão 
3b/áb-Manómetros de baixa pressão 
4/4' - Mongueiras 
5/5' - Válvulas do maçarico 
6 - Maçarico 
F i g ú r a l o . O sistema ^5^^^V|^i : ; í t<?O^ásig0 .£^-£RQ|A N U C L E A R / S P 
19 
3 A SEGURANÇA DO SISTEMA OXIACETILÊNICO 
3.1 Riscos decorrentes da utilização do acetileno 
Quanto ã toxicidade, o acetileno e considerado a£ 
fixiante e anestésico,é experimentos voltados a demonstrar que se 
pode respirar acetileno em altas concentrações, sem conseqüên 
cias crônicas graves, e que concentrações de 100 mg/£ podem ser 
toleradas por intervalos de tempo de 30 minutos a 1 hora. 
Nas condições normais de temperatura a pre¿ 
são, o acetileno é um gãs altamente inflamavel, apresentando os 
seguintes limites de inf1amabi1 idade, no ar em volume: 
- inferior: 2,5%; 
- superior: 81%. 
* A Figura 11 mostra uma comparação entre os 
limites de i nf 1 amabi 1 i dade do acetileno e os limites de infla^ 
mabilidade dos gases liquefeitos de petróleo (GLP). A ampla faj_ 
xa característica do acetileno indica que nas pequenas conceji 
trações deste gãs, em mistura com o ar, começam a existir ris^ 
cos de explosão, que persistem até que a concentração de acet2_ 
leno atinja valores elevados. 
E importante notar que em casos de grandes v£ 
zamentos de acetileno no ar, o limite inferior de inflamabiH 
dade (25%) poderia ser facilmente atingido, caracterizando, as^ 
sim, risco de explosão evidente, associado ao risco de asfj_ 
x i a. 
Se o acetileno puro é comprimido a pressões 
superiores a atmosférica (1 atm), ele pode sofrer um processo 
de rãpida decomposição, com a ruptura da tripla ligação existeji 
te entre os átomos de carbono (H - C E C - H). Essa decomposi_ 
ção manifesta-se na forma de explosão, e quanto maior a pres^ 
são, menor a energia necessária para o seu desencadeamento. 
Além dessas características, o acetileno po 
de reagir quimicamente, formando aceti 1 etcís al tamente explosj^ 
vos, quando em contato com cobre, prata ou mercúrio. 
3.2 Dispositivos e requisitos de segurança para o uso de acetileno 
a) Cilindro de acetileno ' 
em 
A C E T I L E N O 
B U T A N O 
B U T E N O S 
P R O P A N O 
C O 
"2 
1 0 
2.5 
1^ 9fi 
20 
12.5 
30 40 
_60_ TO 
7.4 
7,3 
80 
I 
81 
_90_ 100 
— I 
o 
CO 
Figura 11. Limites de Explos ividade {% em volume, no ar) 
0? 
. 21 
reservatórios especiais ou em cilindros especialmente fabric^ 
dos para esse fim - cilindros de acetileno. 
A carcaça do cilindro de acetileno e compos^ 
ta por duas chapas de aço repuxadas, ligadas entre si por um 
cordão de solda. 
O aço utilizado, bem como a solda, deve e_s 
tar de acordo com certas características físicas e químicas,de 
forma que os cilindros possam suportar testes de pressão hidro£ 
tãtica a uma pressão igual a 3 vezes a pressão de serviço. 
A Figura 12 contem a representação de um c^ 
lindro usualmente disponível no mercado. 
O cilindro de acetileno deve ter seu inte 
rior totalmente preenchido com massa porosa, composta de carvão 
de lenha, terra infusoria (material constituído essencialmente 
por silica hidratada), asbesto e um cimento de ligação. Na sua 
fabricação, a massa é misturada com água ate tomar uma consi£ 
tência pastosa, e é introduzida nos cilindros, que são sacudj^ 
dos continuamente e depois mantidos em estufas a temperatura pro 
xima a 250 °C, para expelir a ãgua até o peso ficar constante. 
Isso ocasiona uma ligação do cimento, ficando os cilindros, no 
final da operação de secagem, completamente cheios da massa po 
rosa. A Figura 13 contem a fotografia de um cilindro de acetj^ 
leno em corte, mostrando a massa porosa em seu interior.(Obser 
vação: nessa figura, a massa porosa apresenta uma trinca trans_ 
versai, decorrente de quedas e de impactos bruscos contra o 
ci1indro). 
Além da massa porosa, o cilindro de acetile 
no, para poder receber o gãs, deve estar cheio de acetona(CH3. 
CO. C H 3 ) , na qual o acetileno ira dissolver-se. O acetilenodͣ 
solvido na acetona distribui-se uniformemente por todos os po 
ros da massa, evitando a formação de bolsões, onde o acetileno 
livre, em estado gasoso, formaria aglomerados, que, com o mie 
nor impacto, poderia decompor-se e ocasionar a explosão do ci_ 
1 indro. 
A acetona a ser utilizada para esse fim de 
ve ter controlada uma série de características, tais como pure 
za (mínimo de 99,5%), peso específico, acidez, presença de sub¿ 
tância não volátil (máximo de 10" g/m£) e completa solubil^ 
22 
S306-
-e311.4- 35.5 
(dimensões em milTmetros) 
ESPECIFICAÇÕES DO CILINDRO 
- Capacidade: 9 k|g de acetileno 
- Volume geométrijco: 55 ¿ 
- Pressão de trabalho: 1 7 , 5 kgf/cm" 
2 
- Pressão de teste: 53 kgf/cm 
- Espessura mTnima da parede: 2 , 8 1 mm 
ESPECIFICAÇÕES DO MATERIAL 
- Propriedades mecânicas: 
. MTnima resistência a tração: 46 kgf/mm 
- Propriedades químicas: 
c Mn S : P Nb 
0 , 2 3 1 ,35 0 ,0 5 0 ,04 0 , 0 5 
(% raá|x 
.) 
Figura 1 2 , Cilindro de Acetileno 
23 
F i g u r a 1 3 . C i l i n d r o de acetileno em c o r t e . 
24 
dade em água. 
Uma vez que o acetileno se encontra dissoJ_ 
vido na acetona, torna-se impossível determinar a quantidadede 
gás existente no cilindro por meio da pressão indicada nos ma^ 
nômetros, como se faz com os cilindros de oxigênio. O manómetro 
de alta pressão indica a pressão da solução no cilindro, valor 
este que varia em função da temperatura. Um cilindro cheio,por 
exemplo, estará submetido a pressão de 17 logf/cm^, ã tempera^ 
tura de 21°C, e com a mesma quantidade de acetileno em seu i n 
terior estará submetido ã pressão de 7 kgf/cm^ a 0°C. 
O procedimento para a determinação da quaji 
tidade de acetileno existente no cilindro pode ser baseado na 
massa (M) do gás, obtida através da pesagem do cilindro. O vo 
lume (V), nas condições normais de pressãoe temperatura, pode 
rã, então, ser determinado por meio da conversão: 
V (m^) = M ( kg) X 0,9 
V (pés cúbicos) = M (kg) x 32,4 
V (m^) =• M (£b) X 0,4 
V (pés cúbicos) = M (£b) X 14,7 
Dentro do cilindro, no topo da massa porosa, 
logo abaixo da rosca do colarinho, existe uma cavidade ciliji 
drica que permite a colocação de amianto, feltro e telas, con£ 
tituindo um conjunto cuja função é evitar a entrada de chamas 
para dentro do cilindro e reter as impurezas que porventura e^ 
xistam dentro dos mesmos. 
Os cilindros de acetileno normalmente são 
equipados com "bujões fusíveis" - pequenos "plugs" àtarraxados 
no topo e/ou no fundo do cilindro - cuja parte central é com 
posta de chumbo, estanho e bismuto, fundindo-se em" temperaturas 
próximas a 100°C, funcionando, assim, como dispositivo de ali 
vio em situações anormais de alta temperatura, como num incên^ 
dio, por exemplo, evitando a explosão do cilindro. 
Todos os cilindros devem possuir em seus co 
larinhos, as marcações que possibilitem a total identificação 
de seus caracteres. Essas marcações devem ser bem visíveis, de 
modo que permitam o fácil reconhecimento, e devem conter: 
- o número de fabricação do cilindro; 
25 
- a identificação do fabricante; 
- a data do teste de fabricação do cilindro (mes e ano); 
- a pressão de trabalho; 
- a tara do cilindro èm kg. 
De.acordo com as normas técnicas nacionais, 
os cilindros de acetileno podem ser pintados em cor bordo para 
sua identificação. 
- Condições para o armazenamento de cilindros de acetileno 
O armazenamento de cilindros de acetileno 
deve ser estruturado conforme as normas técnicas nacionais e 
internacionais e a legislação sobre inflamãveis. 
A temperatura do cilindro não deve ultrapas^ 
sar 50°C, em virtude do aumento da pressão interna,decorrente 
do acréscimo da energia cinética do sistema acetileno-acetona. 
Os cilindros devem, portanto, ser armazenados longe de quais^ 
quer fontes de calor. 
Substancias inflamãveis ou combustíveis não 
devem ser alojadas nas proximidades de acetileno, pois constji 
tuem risco de incendio e devem, portanto, ser consideradas fojí 
tes de calor em potencial. 
Os cilindros de acetileno não devem ser sub 
metidos a impactos (queda, choque mecânico etc.), o que pode 
danificar o cilindro, a válvula, os bujões fusíveis e até me£ 
mo quebrar a massa porosa, o que constituiria sério risco de 
explosão, dado que, na região da fissura, parte do acetileno 
estaria submetida a pressões superiores a 1 atm, sem o efeito 
de proteção da massa porosa. 
O arranjo físico deve ser estudado de maneja 
ra que os cilindros de acetileno permaneçam em locais proteg^ 
dos contra impactos, fora de áreas de circulação, áreas de tra^ 
jeto de pessoas ou de equipamentos. 
Se o local de armazenamento não for espec^ 
ficamente construído para esse fim, a quantidade armazenada de^ 
ve ser limitada a 10 cilindros de 8 kg, ou equivalente, além 
dos cilindros em uso. 
O local de armazenamento deve ser bem venti 
1. P. £. f^. 
26 
lado, coberto, protegido contra os raios solares e contra a umi_ 
dade, que pode provocar a corrosão externa da base dos ciliji 
dros. 
Os cilindros de acetileno não devem ser ar^ 
mazenados' próximos aos de oxigênio, dentro de predios. A sepa 
ração entre esses dois gases, pode ser obtida mediante o dista£ 
ciamento mínimo de 6 m ou de parede não inflamável de 1,5 m de 
altura com resistência ao fogo de no mínimo 30 minutos. 
O armazenamento de cilindros, cheios ou va^ ^ 
zios, deve estar afastado de, no mínimo, 4 m dos cilindros em 
uso. 
E necessária a separação entre os cilindros 
vazios e os cheios. Para efeito de sinalização, devem-se mar 
car os cilindros vazios, a giz, com a palavra "VAZIO". 
Os cilindros vazios devem permanecer com as 
válvulas fechadas. Urna vez que contêm acetona, que poderia ser 
liberada com o aumento de temperatura. 
Os cilindros de acetileno devem permanecer 
sempre na vertical, seja no armazenamento, no transporte ou na 
sua utilização. Se um cilindro de acetileno for inclinado, d^ 
rante seu uso, a acetona poderá ser consumida pelo maçarico, o 
que não só poderá influir na qualidade da soldagem, como tam 
bém na segurança do cilindro, uma vez que parte do acetileno pa£ 
sará a estar submetida a pressões superiores a 1 atm., sem o 
efeito de proteção da acetona. 
Com exceção dos cilindros em uso, todos os 
demais devem possuir os capacetes de proteção das válvulas atar 
rachados durante todo o tempo. 
A área de armazenamento de acetileno deve 
ser sinalizada com placas de advertência, proibindo fumar, pro 
duzir ou alimentar chamas. 
- Condições paira o manuseio e para a utilização de cilindros' de acetileno 
As marcas estampadas nos cilindros do aceti^ 
leno devem ser preservadas sem alterações. 
As válvulas dos cilindros, assim como quaj_ 
quer outro componente do sistema oxiacetilênico, não devem ser 
27 
reparadas pelo usuario, somente os serviços de assistência té£ 
nica dos fornecedores ê que são autorizados a proceder opera 
ções dessa natureza. 
Jamais devem ser obstruídos os dispositivos 
de segurança das válvulas e dos cilindros. 
Os cilindros de acetileno devem ser mant£ 
dos afastados de chamas e de faíscas, e.sob hipótese alguma,po 
derã ser permitido o contato de chamas com os dispositivos de 
segurança. Se um cilindro estiver sendo utilizado em ãreas de 
solda oxiacetilenica ou de solda a arco elétrico, todas as me 
didas devem ser adotadas para evitar o contato de cilindros com 
o circuito elétrico. O contato de um eletrodo de solda energ^ 
zado com um cilindro de gas implica não sÓ a condenação do c^ 
lindro, como também riscos de explosão. 
E inadmissível a transferência de acetileno 
de um cilindro para outro, mesmo que este último esteja provj^ 
do de massa porosa e de acetona. 
b) Tampa de proteção da válvula do cilindro 
A válvula do cilindro de acetileno deve ser 
obrigatoriamente coberta por uma tampa, que é rosqueada ao co 
larinho do cilindro. Somente durante a utilização do cilindro 
é que a tampa de proteção pode ser removida. 
Na falta da tampa de proteção, um golpe àci_ 
dental sobre a válvula pode levar ã quebra da mesma com a con 
sequente inundação do ambiente, possibilitando a ocorrência de 
explosões. 
c) Tubulação de acetileno 
Como foi visto, o acetileno em contato com 
cobre, prata ou mercúrio reage quimicamente, dando origem a 
acetiletos explosivos. Essa reatividade impede que sejam util£ 
zados tubos de cobre para conduzir acetileno, sendo, portanto, 
recomendado o emprego de tubos de aço para esse fim. 
De acordo com as normas do Ministerio do 
Trabalho e do Sistema Nacional de Metrologia, a tubulação de 
acetileno deve ser pintada em amarelo para efeito de sinaliza 
ção de segurança. 
~ —> 
2;8 
d) Mangueira para acetileno 
Ao maçarico conectam-se mangueiras especia]_ 
mente desenvolvidas para serviços de soldagem em geral, con£ 
truidas c¡om carcaça trançada de fibra sintética, apresentando 
resistência a pressão, alta flexibilidade e baixo peso. A Fig_u 
ra 14 contém a descrição bãsica de uma mangueira e as especifji_ 
cações recomendadas para serviços de solda. 
A mangueira para acetileno deve possuir co 
bertura em vermelho. 
E fundamental para a segurança, que as maji 
gueiras, estejam sempre em bom estado de conservação, devendo, 
portanto, ser evitados dobramentos, escoriações, amassamentos 
etc. 
e) Conexões 
Ainda para efeito de segurança, de maneira 
que se evitem trocas indevidas, todas as peças de conexão em 
linha de acetileno devem possuir rosca ã esquerda, e devem ser 
identificadas com pequenos sulcos ou chanfros escavados nos caji 
tos externos dos sextavados (ver'Figura 15). 
f) Válvulas anti-retrócesso 
Para obter coni segurança a mistura do acetj_ 
leno com o oxigênio no maçarico,;hã necessidade de se traba^ 
lhar com pressões bem balanceadas, devendo ser a pressão do 
combústivel igual ã do comburente,. Se ocorrer o desequilíbrio 
das pressões, um gás pode penetrar pelos "dutos" de admissão do 
outro gás, provocando, assim, a iínversão de fluxo. Esse des£ 
quilíbrio pode ser causado por obistrução dò bico do maçarico,ex 
cessiva aproximação da ponteira ã| poça de fusão da solda, irra^ 
diação do calor da chama para o maçarico ou mesmo pela dilat£ 
ção das partes calibradas do maçalrico. 
Com desequilíbrios dessa natureza, não só o 
gás, como também a chama podem "cjaminhar" pelos tubos, com o 
risco de ésta processar-se dentro, de um dos cilindros, uma vez 
que ali estarão presentes o combustível e o comburente. Esse 
fenômeno é conhecido como retrocesso de chama. 
Para evitar essas ocorreincias, que podem ser 
29 
TUBO INTERNOd) 
CARCAÇA(2) 
COBERTURAS) 
1 . Tubo Interno: Tem a finalidade de conduàr o material e resistir à ação deste. 
2. Carcaça: é a parte da mangueira que tem por finalidade suportara carga (pressão dê tra-
balho), flexão e outros esforços a que ela ê submetida; 
Obs.: para simplificar qualquer tipo de especificação, relaetoriam-se as pressões de trabalho 
em classes conforme a tabela abaixo; 
Pressão dé Trabalho 
Classe Lb/pol^ k g / c m ^ 
Z 75 5 
1 150 10 
II 225 15 
III 300 20 
3, Cobertura: sua função é proteger a carcaça contra qualquer ação externa que possa 
danificá-la: abrasão, chuva, sol, calor, óleo, graxa, etc 
Bitola N » de 
Uonas/ 
Trança 
Diâmetro 
E x t e m o 
(rnm) 
Carga de 
Trabalho 
Carga de 
Ruptura 
C o m p r . 
M á x i m o 
m 
Peso A p r o x . por Metro (kg) 
po! m m 
N » de 
Uonas/ 
Trança 
Diâmetro 
E x t e m o 
(rnm) lb/po|2 k g / c m 2 lb/po|2 k g / c m 2 
C o m p r . 
M á x i m o 
m Preta Vermelha Verde 
1/4" 6 1 13,2 200 13 1000 66 210 0,140 0,148 0,150 
5/16" 8 1 14,8 200 13 1000 66 210 0,169 0,179 0,181 
3/8" 10 1 16,5 200 13 1000 66 210 0,189 0,200 0.202 
F i g u r a 14. M a n g u e i r a s para_ s e r v i ç o s d e s o l d a . 
1 ; COMISSÃO mciomi DE emergia nuclear/sp' 
30 
\ l i 
1 
V.2 • mm 
Figura 15. Conexões com indicação para uso on linhas de 
acetileno 
31 
desastrosas, recorre-se ã utilização de válvulas anti-retroces^ 
so, podendo ser destacados os seguintes tipos: 
- válvulas de retenção, que permitem o fluxo do gás somente em 
um sentido (cilindro para o maçarico), impedindo o retroces^ 
so do gãs mediante um dispositivo de vedação (ver Figura 16). 
E importante frisar que esse tipo de válvu 
Ia impede somente o retrocesso do gás, não impedindo o retro 
cesso da chama, porque a velocidade de propagação desta é muj_ 
to grande (aprox. 350 m / s ) , superando a velocidade do desloca 
mento do dispositivo de vedação. 
- 7aZ.yuZ.as hidrãuliaas anti-retrooesso de chama (Figura 17).E£ 
se dispositivo é recomendado em instalações onde haja bate 
rias de cilindros de acetileno. Após sair do cilindro, o ace 
tileno é obrigado a borbulhar em água, inundar uma câmara e, 
em seguida, ter acesso a tubulação que alimenta o maçarico. 
Em caso de retrocesso, havendo chama, esta e extinta ao en 
trar em contato com a água e o acetileno que retrocede do ma 
çarico fica contido na cámara, uma vez que não vence a ten 
são superficial e não penetra na água. 
E importantíssimo considerar que esse tipo 
de válvula deve permanecer somente na vertical e nunca pode f£ 
car sem ãgua, o que traz o grave risco de explosão da cámara 
em caso de retrocesso, cujas conseqüências podem ser observadas 
na parte b da Figura 17. 
- Válvula anti-retrocesso com dispositivo poroso de extinção 
de chama. Esse dispositivo vem atualmente recebendo grande a 
tenção por parte de usuários e de fabricantes de componentes, 
uma vez que reúne condições de eficiência (quando bem esco 
Ihido), versatilidade (não requer posição vertical) e preço 
razoável. 
No percurso normal do fluxo o acetileno e 
obrigado a atravessar um filtro, com poros da ordem de 20 mí 
crons; em caso de retrocesso, esse filtro extingue a chama. Há 
diversas concepções deste tipo de válvula, conforme a existêjn 
cia ou não de funções complementares, por exemplo, associada 
com válvula de retenção, ou com válvula que bloqueia também o 
fluxo normal do gãs apôs um retrocesso. A instalação desta vál 
32 
//////• 
CILINDRO- f MAÇARICO 
DISPOSITIVO D E VEDAÇÃO 
/y/n/ 
y/////n mim 
CILINDRO MAÇARICO 
F i g u r a 16. Válviula de retenção. 
a) Representação gráfica. 
F i g u r a 17. V á l v u l a h i d r á u l i c a . 
b) v á l v u l a h i d r á u l i c a que sofreu explosão 
p o r f a l t a de água. 
C O 
34 
vula é de grande importância, recomendando-se a maior proximj_ 
dade ã mistura O2 - C2H2. 
i Já existe, sob patente francesa, maçarico 
provido de válvula anti-retrocesso incorporada, que representa 
atualmente a condição mais próxima ã ideal (ver Figura 18). . 1 
I 
3.3'Análise di riscos decorrentes da utilização do oxigênio 
Do ponto de vista da toxicidade, deve-se coni 
siderar que o oxigênio, apesar de indispensável ao ser humano, ® 
não deve ser respirado puro. 
O ar, mistura que conta com cerca de 21% de 
oxigênio, ê a mistura apropriada para a respiração humana em 
condições normais. Em ocasiões especificas o oxigênio puro po 
de ser administrado sob orientação médica, observando-se sem 
pre a necessidade de umidificaçao para evitar o ressecamento d?..s 
vias respiratórias. 
Devido ao fato de ser comburente, o oxigê 
nio apresenta uma série de riscos ao trabalhador. A reação en 
tre oxigênio e hidrocarbonetos pode processar-se de forma vio 
lenta, sem a necessidade da presença de chama, como por exem 
pio, no caso de graxa ou Óleo. E freqüente a ocorrência de aci_ 
dentes dessa natureza, em virtude da contaminação de equipameji 
tos de oxigênio com Óleo ou graxa que levam ã explosão de váj_ 
vulas, reguladores de pressão, manómetros etc. 
A alta pressão com que o oxigênio é comprJ_ 
mido dentro dos cilindros - cerca, de 180 atm. - constitui mais 
um risco; a energia armazenada, se liberada de uma sÓ vez,será 
altamente destruidora, pois a massa de oxigênio que ocupa 50 
litros tenderá a ocupar um volume 180 vezes maior. 
Equipamentos criogénicos conservam oxigênio 
no estado líquido a temperaturas inferiores a 150°C negativos. 
Nessas condições, o oxigênio pode causar graves queimaduras quan^ 
do entra em contato com partes do corpo, uma vez que destrõi a 
estrutura celular pelo congelamento da água e dos demais lTqu£ 
dos constituintes do organismo. 
3.4 Dispositivos e requisitos de segurança para o uso de oxigênio 
a) Cilindro de oxigênio 
35 
válvula de retenção 
para Impedir o 
retrocesso de acetileno. 
Válvula de retenção 
para impedir o 
retrocesso de oxigênio. 
Filtro poroso para 
impedir o retroces 
so de chama. 
F i g u r a 18. M a ç a r i c o p r o v i d o de di s p o s i t i v o s de segurança. 
(Cortesia de E t s . E . Dubê , 
36 
Gases comprimidos a altas pressões devem 
ser acondicionados em cilindros devidamente construídos para 
esse fim. No caso do oxigênio, o cilindro deve ser sem cost£ 
ra, fabricado por extrusão com Aço Médio Manganês (AISI 1541) 
ou Aço Cromo - Molibdênio (AISJ 4130), e estar de acordo com 
normas técnicas nacionais (EB926) e/ou internacionais (DOT 3AA) 
A Figura 19 contem diversos modelos e espe 
cificaçoes de cilindros fabricados no Brasil e a Figura 20 a 
presenta o fluxograma de fabricação desses cilindros. 
Segundo normas técnicas nacionais, os c^ 
lindros de oxigênio devem ser pintados em preto, para designar 
oxigênio industrial, ou em verde, quando contiverem oxigênio 
mediei nal. 
- Precauções gerais para o manuseio e o armazenamento de oi 
li ndx'os de oxigênio:- nunca se deve deixar cair cilindros, nem permitir que se 
choquem uns contra os outros; 
- armazenar os cilindros em locais abertos, protegidos coji 
tra o excesso de umidade, temperatura execessiva e contra 
os raios solares; 
- a tampa de proteção deve permanecer no cilindro até que 
ele seja posicionado junto a um suporte ou conectado em 
bateria; 
- deve-se evitar arrastar, rolar e deslizar cilindros; 
- jamais podem ser alterados válvulas, disco de ruptura, ou 
qualquer dispositivo de segurança de cilindros; 
- nunca armazenar juntos ci1 indros cheios e vazios; quando um 
cilindro vazio é acoplado a um sistema pressurizado podem 
ocorrer sucções perigosas; 
- nenhuma parte do cilindro pode ser submetida a temperatjj 
ras maiores do que 50°C, não se deve permitir o contato de 
chamas com parte alguma do cilindro; 
- nunca devem ser colocados cilindros em locais onde possam 
eles tornarem-se parte de um circuito elétrico; quando e£ 
tiver sendo efetuada solda elétrica nas proximidades,todo 
cuidado deve ser tomado para que o eletrodo não encoste 
37 
M O D E L O 
N R Í M B T R O 
E X T E F N O 
(RTM) 
V Q M Y E 
G E C M B T K T C D 
(£) 
P E S O 
(KG) 
O A V I P R R -
(NM) 
PRKSSÍO EE 
SER;IÇO 
OCGF/ON^) 
C A P A C I D A D E 
(M^ de GAS) 
5 0 . 2 3 5 . 1 8 5 iMeMn 2 3 5 , 0 50 66 1 . 425 1 8 5 9 , 2 5 
4 3 . 2 3 5 . 1 5 5 MeMn 2 3 5 , 0 43 59 1 . 2 5 5 1 5 5 6 , 7 4 
4 0 . 2 3 5 . 1 8 5 MeMn 2 3 5 , 0 40 5 5 1 . 1 6 5 1 8 5 7 , 4 0 
3 0 . 2 3 5 . 1 8 5 MeMn 2 3 5 , 0 30 4 5 905 1 8 5 5 , 5 5 
1 0 . 1 6 5 . 1 5 0 MeMn (*) 1 6 5 , 1 1 0 , 0 • 1 3 ' . 6 0 5 1 5 0 1 , 5 0 
7 . 1 6 5 . 1 5 0 MeMn (*) 1 6 5 , 1 7 , 0 1 0 4 5 5 1 5 0 1 , 0 5 
3 . 1 4 0 . 1 5 0 MeMn (*) 1 3 9 , 7 3 ,6 5 • 3 2 0 1 5 0 0 , 5 4 
3 . 1 1 4 . 1 5 0 MeMn (*) 1 1 4 , 3 3 , 0 4 400 1 5 0 0 , 4 5 
5 0 . 2 1 9 . 2 0 0 CrMo 2 1 9 , 1 50 67 1 . 6 2 0 200 1 0 , 0 
4 3 . 2 1 9 . 1 5 5 CrMo 2 1 9 , 1 43 . 60 1 . 4 2 0 1 5 5 6 , 7 
4 0 . 2 1 9 . 2 0 0 CrMo 2 1 9 , 1 40 5 6 1 . 3 2 0 200 8 ,0 
(*) Apli c a ç ã o t í p i c a : Oxigênio M e d i c i n a l 
1'EORES A P R E S E N T A D O S P E L O A Ç O Cr - M o 4130 
C Si Mn P S Cr Mo 
máximo 
0,35 
0,10 
a 
0,35 
0,10 
a 
0.90 
máximo 
0,05 
máximo 
0,05 
0,80 
a 
1 ,20 
0,15 
a 
0,25' 
Figura 19. E s p e c i f i c a ç õ e s de cilindros p a r a o x i g ê n i o 
fabricados no B r a s i l . 
00 
1 ~ Recebimento do tubo 
2 ~ Estocagem 
3 - Inspeção de recebimento e retirada 
de amostra para a}ntra-análise 
4 - Corte do tubo 
5 - \9 modição de espessura de parede-
-micrflmetro 
6 - Inspeção visual do tubo 
7 - Conformaçio do fundo 
8 - Prensagem do fundo 
9~ Inspeção-perpendicularidade e estabi-
lidade 
10- Conformação do pescoço 
11 - In^wçSb - forma do ombro e com-
primento 
17- Usinagem do pescoço 
18- Inspe^o de rosca 
Í9— Limpeza interna 
14- Jrteamento 
15-29 mediçSo de espessura de parede-
ultrs-som 
16- TestedepartfculasmagnéticasfrnaBna-
flux) 
12- Tratamento térmico 
13- Retirada dos corpos d» prova para tes-
tes de tt-açSo. alongamento e achata-
mento 
20- Teste de vazamento 
21 - Testo hidrostático 
22- Marcaçíoe cravação do colar 
23- Pintura 
F i g u r a 20. F l u x o g r a m a de fabricação de cilindros.(Cortesia d a Cilbras 
de Cilindros L t d a ) . 
24- Inveçio final 25 — Estocagsm 36— Embvi^ ie 
- E m p r e s a Brasileira 
39 
no cilindro; 
Como os demais componentes do sistema oxia 
cetilênico, o cilindro de oxigênio deve ser preservado contra 
qualquer contaminação com Óleo, graxa, gordura e outros produ^ 
tos combustíveis. Assim: 
- a cor do cilindro deve ser preservada para garantir a iden 
tificação do seu conteúdo; 
- não devem ser utilizados chaves ou martelos para.abrir ou fe 
char válvulas de cilindros. 
b) Válvula do cilindro 
A fabricação da válvula do cilindro de oxi^ 
gênio deve respeitar normas técnicas internacionalmente reco 
nhecidas. A peculiaridade dessas válvulas, em termos de segu^ 
rança, é a possibilidade de alojamento de um disco de ruptura, 
que se rompe quando a pressão do gãs, internamente ao cilin 
dro, ultrapassa valores preestabelecidos, com isso o gás esca 
pa ao ambiente, permitindo o alivio e evitando explosões (ver 
Figura 21). 
E necessário notar que o disco de ruptura 
responde ã pressão homogeneamente distribuída dentro do ci_ 
lindro. Quando há, por exemplo, uma exposição uniforme ao ca_ 
lor - caso de cilindro exposto ao sol ou a incêndio - ocorre um 
aumento da pressão, em virtude do aumento da energia cinética 
das moléculas do O2, o que leva ã ruptura do disco e que promo 
ve o alivio e o rebaixamento da pressão. 
(Note-se que o gás será perdido e que o ambiente poderá ser 
inundado, o que também pode apresentar novo risco, com o en 
riquecimento da atmosfera comburente). 
Exposições do cilindro de oxigênio a alta 
quantidade de calor concentrada em pequenas áreas são perigo 
sas - há registro de explosões de cilindros em virtude da expo 
sição a chama de maçarico: a região afetada pelo calor funde-
se antes que seja superada a inércia do processo de ruptura do 
disco e ocorre a explosão. 
A Figura 22 contém os dois casos descritos 
acima; a seqüência 1 representa o funcionamento do disco de 
ruptura quando a exposição ao calor é sufi ci entemente grada ti -
; : ; i i , ' i í S : : / r DE E í X n G - A « Ü C L E A R / S P 
u e . £ . íi. 
40 
D I S C O 
D E R U P T U R A 
F i g u r a 21. V á l v u l a de c i l i n d r o de o x i g ê n i o . 
O : 
7> 
o 
o 
13 ^ 
. rn 
m m 
Z m 
• :o 
o 
EXPOSIÇÃOI 
AO 
CALOR 
AUMENTA A 
TEMPERATURAJ 
DO CORPO DO, 
CILINDRO 
CALORÉ: AUMENTA^ AUMENTA RUPTURAL O CILINDRO' 
CEDIDO ECIN DAS A DO ' ESVAZIA 
AO GÁS MOLÉCULAS! PRESSÃO DISCO/ 
ALIVIA 
PRESSÃOI 
EVITA-SE 
EXPLOSÃO 
PERDE-SE^ 
INUNDA-SE 
O AMBIENTEI 
ENRIQUECIMENTO! 
DA ATMOSFERA 
COMBURENTE, 
FUSÃO DA: 
REGIÃO 
AFETADA 
E X P L O S Ã O 
c: 
o 1— 
m 
> 
F i g u r a 22. F u n c i o n a m e n t o d o disco de ruptura, 
42 
va e uniforme e a seqüência 2 representa a exposição a calor cojí 
centrado, como o da chama de um maçarico. 
c) Tampa de proteção da válvula do cilindro 
i A tampa de proteção da válvula do cilindro, 
ou capacete de cilindro, como é usualmente denominada, deve ser ros 
queada aoj colarinho do cilindro è cobrir totalmente aválvUla. 
Ela protege a^válvula contra danos quando o 
cilindro é movimentado ou quandoié acidentalmente golpeado. 
Na falta da tampa de proteção, podem ocorrer 
acidentes com gravíssimas conseqüências. Há registros de casos 
i 
em que um cilindro é golpeado, ocasionando a ruptura da válvu^ 
Ia e provocando a propulsão do cilindro como um foguete dentro 
da oficina, podendo causar inúmeros acidentes. 
d) Regulador de pressão 
A alta pressão (185 Kgf/cm^) em que o oxigê 
nio é mantido dentro de um cilindro deve, obrigatoriamente,ser 
reduzida a pressões de operação do maçarico. Essa redução ê ob 
tida pelo emprego do Regulador dè Pressão, que mantém a pres 
sãoude operação em valor desejado e relativamente constante,in 
sensível ãs variações da pressão no cilindro e ãs variações da 
vazão do gãs consumido. 
• A Figura 23 contém uma descrição esquemát^ 
ca de um Regulador de Pressão, exibindo em corte seus princiais 
componentes: 
A pressão Pa |do gás na câmara C2 mantém - se 
constante graças ao equilíbrio mantido pela admissão do gãs 
comandada pelo diafragma: 
- quando Pz tende a aumentar, o diafragma comanda o fechamento 
da. válvula; 
- quando P2 tende a diminuir, o ¡diafragma comanda a abertura 
dai V ã 1 V u 1 a. 
Obtém-se dessja forma o equilíbrio entre as 
duas tendências, possibilitando jo fornecimento do gãs a uma 
pressão constante (ver Figura24). 
A escolha da pressão (constante), com a qual 
43 
MANÓMETRO 
QUE INDICA A PRESSÃ3 
DO GAS NO aUNDRO 
CÂMARA l< 
ymCA 
DO a 
MANÓMETRO QUE 
A PRESSÃO 
DO GAS FORNECIDO 
AO MAÇARICO 
P A R A F U S O 
DE R E 6 U L A 6 E M 
IMH 
'//mnmmmm 
G A S 
D O C I L I N D R O 
D I A F R A G M A 
G A S R ^ R A 
O M A Ç A R I C O 
M O L A 
D E A Q O N A M E N T O 
D O D I A F R A G M A 
F i g u r a 2 3 . O R e g u l a d o r de P r e s s ã o . 
44 
ill 
F i g u r a 2 4 . E q u i l í b r i o de t e n d ê n c i a s p e r m i t i n d o o f o r n e c i m e n t o 
de p r e s s ã o constante por meio do r e g u l a d o r de 
p r e s s ã o . 
45 
se quer trabalhar, é obtida por meio do parafuso de regulagem, 
o que interfere no equilíbrio representado na Figura 24: 
- girando-se o parafuso de regulagem no sentido horário, a mo 
Ia é comprimida contra o diafragma, forçando a abertura da 
válvula e ^ ^permi ti ndo que o equilíbrio seja mantido em uma 
pressão PT > P2 .(ver Figura 25). 
- girando-se o parafuso de regulagem no sentido anti-horário,a 
mola é descomprimida, tornando o diafragma susceptível ao des 
locamente no sentido de fechar a válvula, o i^ue será seguido 
de um rebaixamento da pressão de equilibrio de Pz para P2 < 
P 2 ( ver Figura 26). 
Há quem considere o Regulador de Pressão em 
si como um dispositivo de segurança, uma vez que seu funciona-
mento normal evita uma série de anomalias, podendo, até mesmo, 
reter retrocessos de fluxo de gás. Deve-se observar, porém,que 
o Regulador de Pressão é estritamente necessário ao Sistema Oxia 
cetilênico, o que pode caracterizar sua existência como cond^ 
ção de operação do sistema. 
Existem, disponíveis no mercado, diversos mo 
delos e diversas características de reguladores, que podem ser 
de um ou de vários estágios. Do ponto de vista de segurança, é 
importante ressaltar a existência de regulador de pressão de 
oxigênio provido de disco de ruptura, alojado na cámara de bai_ 
xa pressão, vindo a conferir maior segurança ao sistema. 
e) Mangueira para oxigênio 
A mangueira para oxigênio deve possuir as 
mesmas características físicas e químicas aplicáveis ãs manguej_ 
ras para acetileno. 
46 
F i g u r a 2 5 . A ç ã o do p a r a f u s o de r e g u l a g e m p e r m i t i n d o o aUmento 
d a p r e s s ã o de e q u i l í b r i o . 
I 
F i g u r a .26. Ação do p a r a f u s o de r e g u l a g e m , p e r m i t i n d o a 
d i m i n u i ç ã o d a p r e s s ã o de èfjuilíbrio. 
47 
4 OPERAÇÕES SEGURAS 
Neste capTtulo .apresentamos a metodologia se 
gundo a qual devem ser realizadas as operações de solda oxiace 
tilênica, acompanhada de comentários quanto aos riscos e as res 
pectivas medidas de controle, constituindo, assim, uma Análise 
de Riscos do Trabalho na soldagem oxiacetilenica. 
A apresentação desta Análise de Riscos cons^ 
tará, pois, de 3 elementos principais: a operação (apresentada 
passo a passo), o risco que eventualmente cada passo da opera-
ção encerreea medida preventiva para o controle do risco,confor 
me a seguinte diagramação-chave: 
(OPERAÇÃO A ) 
( PASSO A) DA OPERAÇÃO ) 
(Texto 
ri S C O 
passo 
X] referente ao 
encerrado pelo 
A T ) 
(Texto Y-j referente 
ã medida preventiva 
apl i cãvel ao passo Ai) 
COMISSÃO' r:/\::c::; 1':e::z.a arei-
E. ísi. 
48 
OPERAÇÃO 1 - PREPARAÇÃO DO EQUIPAMENTO OXIACETILÊNICO DE SOLDAGEM 
1.1 obter ailindros cheios 
Se os cilindros forem arra£ 
tados ou rolados sobre os corpos, 
poderão ocorrer impactos que da 
nificariam vãlvulas ou disposit^ 
vos de segurança. 
Transportar os cj^ 
lindros em carrinhos espe 
cialmente destinados para 
este fim ou rolando-os em 
torno do perímetro da base, 
com uma pequena inclinação. 
Se os cilindros ficarem soj^ 
tos, haverã o risco de quedas que 
poderão atingir vãl vulas,dispos^, 
tivos de segurança ou até mesmo 
provocar contusões no trabalhador. 
Prender os cilindros 
com firmeza na bancada, ou 
na parede ou no piso ,ou ,airi_ 
da, em carrinho apropriado 
para esse fim. 
1.2 Remover o capacete do cilindro de oxigênio 
Se o capacete for danifica 
do, sua rosca poderã perder a coji 
tinuidade dos fios e não mais se 
adaptar ao colarinho do cilindro, 
Se o capacete do cilindro 
de oxigênio for contaminado com 
Óleo ou graxa, poderã provocar in^ 
cêndios em caso de contatos com 
oxigênio puro. 
Retirar com cuidado 
e guardar o capacete em Io 
cal onde não haja riscos de 
amassamentos, nem de conta^ 
minação com Óleo ou graxa. 
T.3 Abrir a válvula dos cilindros de oxigênio 
Essa medida visa expulsar 
do bocal da vãlvula, detritos que 
ali poderiam estar alojados. 
Hã o risco de impactos de 
particulas contra o operador e 
também o risco de incêndio,se a^ 
guma substância combustível(prin 
cipai mente Óleo ou graxa)es ti ver 
ao alcance do jato de oxigênio. 
Não permanecer em 
frente ã vãlvula, não permj_ 
tir a presença de pessoas e 
nem de materiais combustíveis 
na trajetória do jato de oxj^ 
gênio. 
49 
1,4 Instalar o regulador de pressão de oxigênio 
Se o regulador ficar mal co 
locado, poderão ocorrer vazameii 
tos pelas conexões. 
Instalar o regulador 
utilizando uma chave que 
se ajuste perfeitamente no 
sextavado da conexão. Ap.er 
tar bem, mas não forçar de 
mas i adámente, para não da 
nificar a rosca. 
Notar que as conexões 
na linha de oxigênio po£ 
suem rosca direita. 
1.5 Remover o capacete do cilindro de acetileno 
Se o capacete for danifica Retirar com cuidado 
do, sua rosca poderã perder a con e guardar o capacete em lo 
tinuidade dos fios e não mais se cal onde não haja riscos de 
adaptar ao colarinho do cilindro. amassamentos. 
1.6 Ahriv a válvula do cilindro de acetileno 
Assim como no caso do ciliji 
dro de oxigênio, essa medida visa 
expulsar os detritos que ocasional_ 
mente se alojam no bocal da vãlv£ 
la e, portanto, os riscos são anã 
logos: projeção de partículas e 
risco de incendio. Nesse caso, po 
rém, o risco de incêndio caracte 
riza-se pela possibilidade de o 
jato de acetileno alcançar chamas 
ou fagulhas em sua trajetóri a ,ou, 
ainda, pela possibilidade de for^ 
mar-se uma mistura explosiva, se 
urna quantidade exagerada de acet^ 
leno foi liberada para a atmosfera. 
Não permanecer em frejí 
te ã vãlvula; não permitir 
a presença de pessoas e nem 
de chamas ou fagulhas na 
trajetória do jato de ace 
ti 1eno. 
Não manter a vãlvula 
aberta durante muito tempo. 
1.7 Instalar o regulador de pressão de acetileno 
Se o regulador ficar mal in£ Instalar o regulador 
r 
^ o ^ ^ ! S G A O r : A C : G : J A L ns E N E R G Í A N Ü G L Í ^ ^ - / ^ 
5 0 
talado, poderão ocorrer vazamentos 
pelas conexões 
utilizando uma chave que 
se ajuste perfeitamente no 
sextavado da conexão.Aper 
tar bem, mas não forçar de 
masiadamente, para não áà 
nificar a rosca. 
Notar que as cone 
xões na linha de acetileno 
possuem rosca esquerda. 
1.8 Instalar as mangueiras 
A confusão de mangueiras P£ 
de levar ã instalação de componen-
tes para acetileno na linha de ox^ 
gênio e vice-versa, o que pode cai£ 
sar acidentes, uma vez que o acet^ 
leno impregna internamente os djj 
tos com hidrocarbonetos, os quais 
se inflamam quando entram em conta 
to com o oxigênio. 
Uti1 i zar conexão de 
rosca esquerda para ligar 
a mangueira vermelha ao re 
guiador de pressão de ace 
tileno e conexão de rosca 
direita para ligar a majn 
gueira verde ao regulador 
de pressão de oxigênio. 
Apertar as conexões 
com chave, atentando para 
que não seja aplicado m ^ 
mento excessivo para não 
prejudicar a rosca. 
Uti 1 i zar braçadeiras. 
1.9 Alimentar a linha de oxigênio 
Abertura repentina da vãlvu^ 
Ia de oxigênio pode danificar o re 
guiador de pressão a ponto de criaro risco de explosão do manómetro. 
Se a mangueira for conectada 
ao maçarico contendo impurezas èm 
seu interior, poderão ocorrer entu^ 
Não permanecer em 
frente ã face do manómetro. 
Abrir a vãlvula do 
cilindro vagarosamente ate 
que uma ligeira pressão se 
ja indicada no manómetro 
de alta pressão e em se 
guida abrir a vãlvula ãtê 
o fim. 
Girar o parafuso de 
regulagem no sentido hora 
rio até que Uma ligeira 
11, 
51 
pimentos ou perda de carga no fluxo 
de oxigênio, o que implicará em ri£ 
C O S decorrentes da operação do si£ 
tema em pressões inadequadas ,uma vez 
que nestes casos a tendência ê au 
mentar a pressão a montante. 
pressão seja indicada no 
manómetro de baixa pres_ 
são, essa medida servirá 
para purgar a mangueira. 
Voltar em seguida o para 
fuso no sentido anti- h£ 
rário de modo a aliviar 
a pressão. 
1.10 Alimentar a linha de acetileno 
Dada a sua inf1amabi 1 idade ,hã 
o risco de incêndio quando acetile-
no é liberada a atmosfera. 
Se a mangueira for conectada 
ao maçarico contendo impurezas em 
seu interior, poderão ocorrer entu^ 
pimentos ou perda de carga no fluxo 
do acetileno, o que implicará ri£ 
C O S decorrentes da operação do si£ 
tema em pressões inadequadas. 
Certificar-se de 
que não há chamas abertas 
ou fontes de fagulhas no 
ambiente. 
Abrir a válvula do 
cilindro vagarosamente atê 
que uma ligeira pressão 
seja indicada no manÔme 
tro de alta pressão e em 
seguida abrir atê comple 
tar uma volta e meia no 
volante da válvula; não 
tentar abrir mais a vãl^ 
vula, porque este e o 
seu 1imite máximo. 
Girar o parafuso de 
regulagem no sentido ho 
rário atê que uma lige^ 
ra pressão seja indicada 
no manómetro de baixa 
pressão; essa medida ser 
virá para purgar a majn 
gueira. Voltar em seguj_ 
da o parafuso no sentido 
anti-horário ; de modo que 
se alivie a pressão. 
1.11 Instalar o maçarico na extremidade das mangueiras 
Uti 1 i zar conexão de A confusão de mangueiras nes 
;COiV!!S5A0 ; : A C : O m D£ ENERGÍA NüC l . r 
!. P. E. M. 
52 
ta fase pode provocar inversão de rosca esquerda para ligar 
fluxo, isto é, fluxo de acetileno a mangueira vermelha á co 
em tubulação de oxigênio ou vice- nexáo da válvula de aceti 
versa, 0 que pode levar ao retro^ leno do maçarico, e cone 
cesso de chama. • xão de rosca direita para i • 
ligar a mangueira verde ã 
• conexão da válvula de oxj_ 
gênio do maçarico. < 
1.12 Ajustara pressão na linha de oxigênio 
Se a válvula de oxigênio do Segurar o maçarico 
maçar i co for mantida fechada, nao 
1 
de maneira que o oxigênio 
será possível ajustar a pressão ide a ser liberado pelo bico 
trabalho e, portanto, haverá obr^ não atinja as vestes do 
gatoriamente a liberação de oxigê operador, nem qualquer su 
nio para a atmosfera, criando-se o perfTcie que possa estar 
risco de incêndio, se alguma subs contaminada por Óleo, gra 
tância combustível estiver ao al xa ou outras substancias 
canee do jato de oxigênio. combustTveis. Abrir, em 
seguida, a válvula de oxi 
gênio do maçarico,girar o 
parafuso de regulagem no 
sentido horário até o ma 
nõmetro de baixa pressão 
indicar a pressão deseja 
da e, logo apÓs, fechar a 
válvula de oxigênio do ma 
çarico. i \ 
Verificar se a vál 
vula de oxigênio do maça 
Si 
rico ficou devidamente fe 
i 
chada. 
1.13 Ajustar a pressão na linha 'de aoetileno 
Assim como no ajuste ante Segurar o maçarico 
rior, neste caso haverã liberação d e m a n e i r a que o acetile 
de gãs para a atmosfera. Uma v,ez no a ser liberado não se 
que 0 acetileno ê i nfl amável ,cariac ja direcionado a pessoas. 
teri za-se 0 risco de incendio pella 
1 
1 
chamas ou fagu1 has.Abrir, 
53 
possibilidade de o jato de acetile 
no alcançar chamas ou fagulhas em 
sua trajetória. 
em seguida, a válvula de 
acetileno do maçarico, g^ 
rar o parafuso de regula-
gem no sentido horário até 
o manómetro de baixa pre£ 
são indicar a pressão d£ 
sejada e, logo após, fe 
char a válvula de acetile 
no do maçarico. 
Verificar se a vá^ 
vula de acetileno do ma^ 
çarico ficou devidamente 
fechada. 
1.14 Yevifioav vazamentos 
Se forem utilizadas chamas 
ou materiais combustíveis para a 
detecção de vazamentos, os riscos 
de incendio e de explosão serão 
aumentados e a finalidade desta 
fase de operação não será cumprj^ 
da, uma vez que visa eliminar tais 
ri seos. 
Não utilizar chamas 
para pesquisar vazamentos, 
não utilizar produtos ã 
base de óleo e não utili^ 
zar sabões exageradamente 
gordurosos. 
Utilizar espuma de 
sabão neutro e verificar 
todas as conexões. Se apa 
recerem bolhas indicativas 
de vazamentos, devem ser 
eliminados por meio do re£ 
perto da conexão ou do em 
prego de produtos adequa 
dos para a vedação ou me 
diante a substituição de 
elementos defeituosos. 
OPERAÇÃO 2 - ACENDIMENTO DO MAÇARICO 
2.1 Abrir a válvula de acetileno do maçarico 
Se a válvula for exagerada^ 
mente aberta, poderão ocorrer cha 
mas perigosas em razão do tamanho 
Girar somente 1/2 
volta do volante da 
vãlvula, i 
C P £ G . " ; ; : : S A Q N A C I O R I A L D E E N E R G I A N U C L E A R / Ü 
I I. P . E. N. 
54 
e da sua falta de controle. 
2.2 Acender o acetileno 
Se forem utilizados isqueiros 
comuns, poderão ocorrer serias ,ex 
plosões em virtude da quantidade 'de 
gãs comprimida no isqueiro. 
Se o maçarico não for segjj 
rado corretamente pelo operador,! 
riscos de incêndio poderão deco;r 
rer da aproximação de materiais cojm 
b u s t T v e i s com a zona de igniçãoje 
I 
poderão haver riscos de queimadu^ 
ras, se houver aproximação do ma_ 
çarico com partes do corpo. 
Se o maçarico for aberto 
dando vazão de acetileno ã atmos 
fera, e decorrer um intervalo de 
tempo exagerado ate que se acen 
da a chama, haverã o enriqueci 
mento da atmosfera com acétile 
no e o conseqüente risco de ex 
plosão. 
Utilizar somente i£ 
queiro apropriado para o 
acendimento de gãs;ele 
ve produzir somente cente 
lhas e não possuir reser 
vatõrio de combustível. 
Se ocorrer um esto_u 
ro ou se a chama se afas^ 
tar do bico, ou produzir 
fuligem, deve-se corrigir 
a vazão. 
Deve-se ter certeza 
de que o maçarico não e£ 
tarã apontado contra qua1_ 
quer material inflamavel 
ou contra pessoas. 
Pode-se utilizar 1 u^ 
vas de raspa de couro e 
óculos de segurança. 
Indivíduos destros 
devem segurar o isqueiro 
com a mão esquerda e o ma^ 
çarico com a mão direita. 
A centelha do i£ 
queiro deverá ser produzj^ 
da próximo ã saída do bi_ 
C O do maçarico. 
Deve-se produzir a 
centelha do isqueiro logo 
em seguida a abertura da 
vãlvula. 
Se depois de alguns 
segundos de vazão de ace 
tileno ã atmosfera não for 
obtida a ignição, deve-se 
fechar a válvula do maç£ 
rico e promover-se a ven 
55 
tilação do ambiente, antes 
de qualquer nova tentativa, 
Deve-se evitar a in 
sistência com maçaricos de 
feituosos, ã menor suspej^ 
ta. 
2.3 Regular a chama 
A regulagem da chama,obtida 
com a variação da quantidade rela 
tiva entre o oxigênio e o acetile 
no, permite obter uma concentra^ 
ção de calor muito grande, que lj_ 
bera radiações infravermelhas,que 
podem causar lesões aos olhos do 
operador. (Radiações ultravioletas , 
embora em quantidades muito reduzj_ 
das, também podem ocorrer em cha^ 
mas, a temperaturas altas, na pro 
porção de 0,47% a 3.273 Kelvin.Po 
rém os riscos ao soldador são re 
motos, uma vez que tal radiação 
seria "filtrada" pelo próprio ar, 
ou pelo equipamento utilizado pa 
ra a proteção contra os raios iin 
fravermelhos). 
Na regulagem da chama para 
Para obter a regul£ 
gem da chama, o soldador 
deve proteger seus oThos com 
óculos providos de: 
- armação tipo concha, b^ 
partida, de PVC ou mate 
rial similar; 
- elãsticode retenção; 
- dispositivo para ventila 
ção i ndi reta ; 
- vãlvula de transpi ração ; 
- 1 entes circulares com 50mm 
ou retangulares,108 x 51 
mm, endurecidas ou prote 
gidas por anteparos re 
sistentes a impacto; na 
cor verde-escuro (as le£ 
tes azul-cobalto não pro 
tegem, uma vez que não 
filtram adequadamente a 
radiação), devendo pos 
suir tonalidade conforme 
norma ANSI: 
. 3 ou 4 para brasagem, 
. 4 ou 5 para solda até 
3,2 mm; 
. 5 ou 6 para solda de 
3,2 a 12,7 mm, 
. 6 ou 8 para solda acj^ 
ma de 12,7 mm, 
Devem-se manipular 
56 
variar a quantidade relativa entre 
o oxigênio e o acetileno, e neceis 
sária a manipulação das válvulas d'o 
maçarico; dessa forma, se uma ou 
ambas as válvulas forem abertas re 
penti ñámente, uam serie de riscos 
será criada em razão da possibili2 
dade de ocorrer o retrocesso de ch£ 
1 
ma e, ate mesmo, de explosão, como 
conseqüência de ambiente inundado 
com a mistura aceti 1 eno-ox i geni o .¡ 
Gom a regulagem da chama e 
possTvel obter grande quantidade de 
calor, alcançando-se dessa forma ;a 
temperatura máxima que o sistema po 
de fornecer, o que aumenta de ma 
neira significativa o risco de quej^ 
maduras ao menor contato. i 
Se houver contato da chama com Uni 
dos cilindros, ou com partes que 
contenham gãs pre ssur i zado , ainda qiie 
durante apenas alguns segundos, ex 
plosoes violentas poderão ocorrer. 
Se ocorrer o aquecimento do 
bujão fusível do cilindro de acetj_ 
leno, ele poderá fundir-se , 1 iberan 
do acetileno ã atmosfera, potencia 
1 izando assim ó risco de incendio 
e/ou de explosáo. 
OPERAÇÃO 3 - SOLDAGEM 
3.1 Permissão para soldar 
Uma serie de riscos de incén^ 
dio poderá estar presente na opetà 
ção de soldagem, se a permissão do 
as válvulas do maçarico 
cuidadosamente, devagar, 
urna de cada vez, observají 
do-se se o comportamento 
da chama corresponde ao 
efeito desejado. 
Deve-se conhecer o 
gradiente de temperaturas 
da chama e todo cuidado de 
ve ser tomado para se ev^ 
tarem contatos com qual_ 
quer uma das zonas da cha_ 
ma, uma vez que as meno 
res temperaturas são da 
ordem de 400°C (ver Figu 
ra 9). 
Impedir o contato,por 
menor que seja, da c^ tiama 
com qualquer objeto que 
não seja a região a ser 
soldada. 
Antes de conceder per 
missão para soldar, um su 
pervisor de segurança con 
57 
serviço não for condicionada ã 
inspeção prévia. 
> 
tra incêndio deve inspecionar 
a ãrea de trabalho e confir 
mar que foram adotadas as me 
didas para a prevenção de i n 
cêndios, de acordo com as nor 
mas vigentes. Devem ser dest£ 
cados os seguintes pontos(con 
forme norma NFPA - National Pire 
Protection Association).. 
a) O equipamento de solda de^ 
ve estar em bom estado. 
b) Deve ser colocado material 
incombustível sob o posto 
de trabalho, para recolher 
fagulhas. 
c) Dentro de um raio de 10 m 
a contar do local de solda: 
- o piso deve ser varrido 
e estar isento de mate 
riais combustíveis; 
- pisos combustíveis devem 
ser molhados, cobertos com 
areia úmida, metal ou oiu 
tras formas de proteção; 
- líquidos combustíveis ou 
inflamãveis devem ser re 
tirados ou protegidos com 
cobertas incombustíveis, 
guardas ou proteção meta 
1 i ca. 
d) Se o trabalho for realiza 
do sobre paredes ou teto: 
- a construção deve ser i n 
combustTvei e não possuir 
revestimento combustTvei; 
- combustíveis eventualmen^ 
te existentes no lado o 
posto ã parede devem ser 
reti rados. 
58 
e) Recipientes ou ambientes 
confinados que tenham co_n 
tido inflamáveis devem ser 
purgados - (ver item 3.4). 
f) Deve ser assegurada a su 
pervisão durante a operação 
e a inspeção final deve ser 
realizada (ver item 4.3) 
por pessoal treinado e equi_ 
pado com aparelhos de com 
bate a incêndio adequados e 
em quantidade suficiente. 
3.2 Solda na posição plana 
Peças a serem soldadas po 
dem provocar acidentes em razão 
do peso ou de bordos salientes 
ou cortantes. 
Se o material a ser soJ_ 
dado for apoiado em superfícies 
inadequadas, poderão ocorrer a 
cidentes em virtude do aqueci-
mento excessivo. 
As radiações produzidas 
pela chama podem provocar l£ 
soes nos olhos do sol dador ,coii 
forme foi visto na operação de 
regulagem de chama. Na solda_ 
gem propriamente d i ta,este ri£ 
C O é acentuado, em razáo da 
atenção com que o soldador de 
ve observar a chama e do tempo 
que se mantém com visão concen 
Utilizar luvas de raspa 
de couro para manusear as pe 
ças e para soldar. 
Observar que as lu 
vas, bem como as mãos, de_ 
vem estar totalmente iseji 
tas de õleo ou graxa. 
O material a ser sol_ 
dado não deve estar apoiado 
em cilindros (cheios ou va 
zios), nem sobre piso de 
concreto; deve ser utiliza-
da a bancada ou blocos de 
material imcombustivel.(ver 
Figura 27) 
Deve ser utilizado o 
equipamento de proteção iii 
dividual adequado, conforme 
descrito no item referente 
ã regulagem da chama. 
59 
P O R T A - M A C A R I C O D E 
S E G U R A N Ç A 
T I J O L O S R E F R A T A R I O S 
R E S E R V A I 
D E Á8UA 
P O R T A V A R E T A 
PORTA ESCOVAS 
(MEDIDAS EM mm) 
F i g u r a 2 7 . Bancada p a r a s o l d a ' o x i a c e t i í e n í c ã . 
60 
trada ã poça de fusão. 
Tocar a poça de fusão com 
a chama primaria, ou aproximar 
exageradarnente o maçarico da zo 
na de solàagem, são procedimen-
tos errados, que, além, de cau^-
sarem defeitos na junta soldada, 
criam o risco de retrocessos de 
chama e, conseqüentemente,de ex 
plosões. 
Chama oxidante ( com ex 
cesso de oxigênio), além de pro 
duzir porosidades e outros de^ 
feitos, e de não ser recomenda^ 
da para a soldagem de aços,pode 
produzir centelhamento excess^ 
vo. 
Chama dividida indica a 
presença de impurezas na região 
interna do bico do maçarico, o 
que pode ser também detectado pe 
Ia mudança do som característi-
co da chama. 
Nestes casos ,exis tem ri_s 
C O S de obturação total ou par^ 
ciai do bico do maçarico, o que 
pode levar a conseqüências dj^ 
versas, desde um simples engoli_ 
mento de chama, até a explosão pro 
vocada por retrocesso de chama. 
Existe também o risco de ' proj£ 
ção das impurezas na poça de fu^ 
são, além de a chama produzida 
com bicos semi-obstruTdos não 
ser adequada para a soldagem. 
Embora não produza altas 
concentrações de fumos metãlj^ 
como o processo a arco elétrico, 
o processo oxiacetilênico tam 
Manter a distância cor 
reta entre o maçarico e a zo 
na de fusão, utilizando-se co 
mo referência a zona de maior 
temperatura da chama. 
Soldar com a chama cor 
retamente regulada, conforme 
especificações do processo. 
Deve-se, nestes casos, 
apagar a chama (conforme pro 
cedimento adequado, descrito 
no item 4) e limpar o bico 
do maçarico com agulha apr£ 
priada para esse fim, e com 
uma pequena vazão de oxige 
nio, obtida com uma ligeira 
abertura na vãlvula de oxigê 
nio do maçarico. 
Além de se procederem 
exames de reconhecimento do 
local e de se submeter o so2_ 
dador a exames médicos, reco 
61 
bém libera fumos, conseqüentes 
da condensação de vapores da po 
ça de fusão, que, associados aos 
gases de combustão (CO e CO^) e 
ã fosfina e outros gases que são 
comumente encontrados como impu 
rezas no acetileno, podem cau^ 
sar lesões ou irritações ao ap£ 
relho respiratório do soldador e 
de seus auxiliares, pri n cipalmeji 
te quando se trabalha no inte 
rior de ambientes confinados. 
menda-se que a concentração 
dos contaminantes atmosfér^ 
C O S seja avaliada e comparada 
com os limites de tolerância 
estabelecidos para cada sub£ 
tância. 
Para cada caso especTfi^ 
C O , com base no procedimento 
acima delineado, deverão ser 
concebidos meios de controle 
e de proteção, empregando-se 
técnicas de .venti 1ação dilui_ 
dora ou exaustora,associadas 
ã utilização de mascaras pro 
vidas de filtros químicos,se 
estas se fizerem necessárias 
como equipamento complonentar 
ou de utilização provisória. 
3.3 Solda na posição sobre-aabeça 
Nessa posição, em que a 
junta a ser soldada encontra-se 
acima da cabeça do soldador, além 
do desconforto e do esforço pa 
ra segurar o maçarico com o b^ 
C O voltado para cima, e para maji 
ter-se com a sua cabeça inclina 
da para trás, o soldador estará 
exposto aos riscos existentes na 
sol da , pos i ção &íibreca beça,acre£ 
cidos dos riscos de respingos de 
metal fundido que se solta da 
poça de fusão com a ação da gra_ 
vidade e de centelhas que caem. 
3.4 Solda em condições especiais 
Em estruturas metálicas,hã 
O soldador deverá ado 
tar todos os procedimentos de 
segurança aplicáveis ã solda 
na posição plana e mais: utj_ 
lizar protetor facial de a c ^ 
tato, gorro e blusão de ras^ 
pa de couro, manter a aten^ 
ção constante ao risco e adap 
tar-se convenientemente ã e£ 
sa posição de soldagem. 
Recomenda-se que some£ 
te soldadores qualificados pa 
ra esse fim realizem solda 
na posição sobre-cabeça, o 
que irá garantir a qualidade 
da solda e a segurança da o^ 
peração. 
Adotar planos de apoi|o 
62 
possibilidades de o soldador en 
contrar-se exposto a risco de 
quedas de níveis diferentes. 
A solda no interior de re 
cipientes ou de vasos que te' 
nham contido produtos inflama 
veis ou que contenham dispersões 
de poeiras inflamáveis submete 
o soldador ao risco de expio 
são do ambiente. 
adequados, evitando-se a im 
provisação de andaimes e pas 
sarelas, e utilizar cinto de 
segurança. 
Para soldar dentro de 
ambientes fechados, deve - se 
ter certeza de que existirá ar 
suficiente para a respiração 
do trabalhador e que a atmo£ 
fera não é explosiva. 
Se o recipiente conte 
ve material inflamavel,é ne 
cessário que seja purgado com 
gás inerte ou dióxido de car 
bono ou nitrogênio. Antes de 
se proceder a soldagem, cojí 
vêm avaliar a explosividade 
do ambiente com o auxTlio de 
um expl osimetro ou instrümejí 
to equivalente. 
OPERAÇÃO 4 - APAGAR A CHAMA E GUARDAR O EQUIPAMENTO 
4.1 .- Apagar o maçarico 
Se a válvula de oxigênio 
for fechada antes da válvula de 
acetileno, há riscos de retroces^ 
so de chama, uma vez que o ace_ 
tileno continuaria a queimar na 
cámara de mistura provocando a 
produção de fuligem nos bicos e 
o entupimento. 
Se o maçarico for depos^ 
tado sobre bancada onde houver 
Óleo, graxa ou outro material com 
bustTvel ou inflamável, poderá 
contaminar-se, criando o risco 
de incêndio ou explosões para o 
momento em qu# for utilizado no^ 
Fechar a válvula de 
acetileno do maçarico e, em 
seguida, fechar a válvula de 
oxigênio. 
Depositar o maçarico 
em superficies adequadas. 
Recomenda-se a utiliza 
ção de suportes previamente 
construidos para receber o 
maçarico, podendo ser do tj_ 
po "ecohomi ¿ador"', que, inte 
63 
vãmente. 
Ao finalizar a soTdagem, a 
peça encontra-se aquecida,o que 
leva ao risco de sérias queima^ 
duras. 
grado ao sistema de suprimeji 
to de gãs, intercepta o f^u 
xo dos gases, reduzindo ou a^ 
pagando a chama quando o maça 
rico não estã sendo utilizado, 
Pegar a peça somente com 
tenazes e luva de raspa de co£ 
ro e escrever a palavra "que£ 
te". 
J 
4.2 Desativar o suprimento de gãs 
Se o si stema permanecer pre£ 
surizado por muito tempo, o en 
velhecimento das mangueiras e 
dos diafragmas dos reguladores de 
pressão serã acelerado, além do 
que, o menor vazamento que aci_ 
dentalmente possa existir serã 
suficiente para inundar o local 
e caracterizar o risco de expio 
são. 
Se o serviço tiver de 
ser interrompido por mais de 
meia hora, deve-se soltar a 
pressão do regulador, na se 
qüência de operações abaixo de£ 
crita, primeiro para o acet2_ 
leno e, em seguida, para o oxi_ 
gênio: 
a) fechar a vãlvula do ciliji 
dro; 
b) abrir a vãlvula do maçarj_ 
CO até que o ponteiro do 
manómetro de alta. pressão 
do regulador chegue a zero; 
c) soltar o parafuso de reg_u 
lagem girando-o no sentido 
anti-horario até ficar sol_ 
to; 
d) fechar a vãlvula do maçari^ 
co; 
e) detectar vazamentos. 
Se o regulador estiver 
fora de uso durante dias se 
guidos, deve-se girar o para 
fuso de regulagem no sentido 
anti-horirio, o suficiente p^ a 
ra desencostar a haste da se 
de. .. . ! 
64 
4.3 Inspeção final ; 
i 
Durante a soldagem existe ! 
0 risco die ignição de materiais ; 
estranhos ao serviço que podem., 
acidentalmente, tomar contatocom ^ 
centelhas, fagulhas ou metal a j 
quecido, caracterizando-se, de^ i 
sà forma, a possibi 1 idade de ocor ' 
rerem incêndios que se avolumam ^ 
após o encerramento das opera^ , 
ções de solda. 
Após o término do ser 
viço de solda, dentro de um 
intervalo não superior a 30 
minutos, deve ser feita in£ 
peção final em toda area, de 
modo que se certifique deque 
não existem chamas ou brasas 
acesas. 
4 
65' 
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