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FICHA TÉCNICA: ANTÔNIO CARLOS ALVES Antônio Carlos Alves professor, Bacharel e Licenciado em portugus- literaturas pela UFRJ. Tambm Especialista em Lngua Portuguesa (com o curso “Estudo de Texto: leitura, produ o textual e ensino de portugus”), Mestre em Potica e Doutor em Teoria Literria, todos pela UFRJ. Na rea do magistrio, leciona(ou): Academia do Concurso Pblico; Estcio Concursos; Estcio Gradua o (em Letras); CPCA (Curso de Portugus do Professor Celso Arag o); Companhia dos Mdulos; CTC (Centro de Treinamento para Concursos); Curso Atryo; Mtodo Concursos; Curso Hlio Alonso (Mier); IBAE; ETEC Concursos; Multiplus Cursos & Concursos, CURSO MAXX, CEPAD, Curso cone, Manhattan Cursos Online, etc. Livros publicados: ALVES, Antnio Carlos. Portugus NCE/UFRJ: Provas comentadas do NCE, UFRJ. Rio de Janeiro: Editora Ferreira, 2007. ALVES, Antnio Carlos. Portugus CESGRANRIO: Provas comentadas da Funda o Cesgranrio. Rio de Janeiro: Editora Ferreira, 2008.Antônio Carlos Alves SUMÁRIO 1- PERÍODO SIMPLES (CLASSES GRAMATICAIS) ........................................................................................... 1 2 - VOZES VERBAIS............................................................................................................................................. 2 3 - PERÍODOS COMPOSTOS (REGÊNCIA ANTES DE PRONOME RELATIVO) ................................................... 3 4- PONTUAÇÃO ................................................................................................................................................... 4 5- REGÊNCIA ....................................................................................................................................................... 8 6- CRASE.............................................................................................................................................................. 8 7- COLOCAÇÃO PRONOMINAL .......................................................................................................................... 9 8- CONCORDÂNCIA VERBAL.............................................................................................................................. 9 9- QUESTÕES MISTAS ...................................................................................................................................... 12 10- ORTOGRAFIA .............................................................................................................................................. 17 11- FLEXÃO VERBAL ........................................................................................................................................ 18 12- CORRELAÇÃO DE TEMPOS VERBAIS ....................................................................................................... 18 13- REESCRITURA DE FRASES........................................................................................................................ 19 14- INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS ................................................................................................................... 27 15- REDAÇÃO OFICIAL ..................................................................................................................................... 48 GABARITOS ....................................................................................................................................................... 49 Prof. Antônio Carlos Alves 1 FCC 2012 - Exercícios nível superior 1- PERÍODO SIMPLES (CLASSES GRAMATICAIS) 01- (FCC-2012-TRT-6ª-ANALISTA JUDICIÁRIO-ADMINISTRATIVO) Transpondo-se para a voz passiva a frase Sempre haverá quem rejeite a interferência do Estado nas questões religiosas, mantendo-se a correta correlao entre tempos e modos verbais, ela ficar: (A) Ter havido sempre quem tem rejeitado que o Estado interferisse nas questes religiosas. (B) A interferncia do Estado nas questes religiosas sempre haver de ser rejeitada por algu m. (C) Sempre haver de ter quem rejeite que o Estado interferisse nas questes religiosas. (D) A interferncia do Estado nas questes religiosas sempre tem encontrado quem a rejeita. (E) As questes religiosas sempre havero de rejeitar que o Estado venha a interferir nelas. 02- (FCC-2012-TST-ANALISTA JUDICIÁRIO-JUDICIÁRIO) A forma destacada que apresenta o processo verbal em potncia, aproximando-se, assim, do substantivo, : (A) Creio ser razoável perguntar... (B) Há uma passagem... (C) “Os historiadores quebram a cabea procurando a melhor maneira de formular...” (D) “... que eram, poca, o ncleo do capitalismo mundial.” (E) “Definir a diferena entre partes avanadas e atrasadas...” 03. (FCC-2012-BB-ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO) A frase em que ambos os elementos sublinhados so complementos verbais : (A) (...) as leis foram feitas pelos ricos (...) (B) Viu-se o enforcamento, em Lyon, de uma moça (...) (C) Subtraíra dezoito toalhas de uma taberneira que não lhe pagava salário. (D) E a lei o terá feito assim (...) (E) (...) ela é culpada de todos os seus crimes. Prof. Antônio Carlos Alves 2 FCC 2012 - Exercícios nível superior 2 - VOZES VERBAIS 01- (FCC-2012-TRT 11ª-ANALISTA JUDICIÁRIO-ADMINISTRATIVA) Existe transposição de uma voz verbal para outra em: (A) Variam os níveis de percepção de uma fotografia = São vários os níveis de percepção de uma fotografia. (B) As fotografias são uma espécie de espelhos = As fotografias tornam-se uma espécie de espelhos. (C) A percepção de uma imagem muda com o passar do tempo = O passar do tempo muda a percepção de uma imagem. (D) Os olhares hão de descongelar cada imagem = Cada imagem há de ser descongelada pelos olhares. (E) Certas fotos se assemelham a espelhos = Há espelhos aos quais certas fotos se tornam semelhantes. 02- (FCC-2012-TST-ANALISTA JUDICIÁRIO-ADMINISTRATIVA) Transpondo-se para a voz passiva a construção Os ateus despertariam a ira de qualquer fanático, a forma verbal obtida será: (A) seria despertada. (B) teria sido despertada. (C) despertar-se-á. (D) fora despertada. (E) teriam despertado. 03. (FCC-2012-TST-ANALISTA JUDICIÁRIO-ADMINISTRATIVA) ... com que abro a minha crônica. Transpondo a frase acima para a voz passiva, a forma verbal encontrada é: (A) é aberta . ( B) foi aberta. ( C) havia sido aberta. ( D) tinha aberto. (E) abriu-se. Prof. Antônio Carlos Alves 3 FCC 2012 - Exercícios nível superior 3 - PERÍODOS COMPOSTOS (REGÊNCIA ANTES DE PRONOME RELATIVO) 01- (FCC-2012-TRT 11ª-ANALISTA JUDICIÁRIO-ADMINISTRATIVA) No contexto do primeiro pargrafo, o segmento Todavia, existe algo que descongela essa imagem pode ser substitudo, sem prejuzo para a correo e a coerncia do texto, por: (A) Tendo isso em vista, h que se descongelar essa imagem. (B) Ainda assim, h mais que uma imagem descongelada. (C) Apesar de tudo, essa imagem descongela algo. (D) H, no obstante, o que faz essa imagem descongelar. (E) H algo, outrossim, que essa imagem descongelar. 02- (FCC-2012-TRT-6ª-ANALISTA JUDICIÁRIO-ADMINISTRATIVO) O Estado deve ficar fora das atividades de que o setor privado já dá conta. A nova redao da frase acima estar correta caso se substitua o elemento sublinhado por (A) a que o setor privado j vem colaborando. (B) com as quais o setor privado j vem cuidando. (C) nas quais o setor privado j vem interferindo. (D) em cujas o setor privado j vem demonstrando interesse. (E) pelas quais o setor privado j vem administrando. 03 (FCC-2012-BB-ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO) Est correto o emprego de AMBOS os elementos sublinhados na frase: (A) A reao que ocorreu do anncio do fim dosexerccios caligrficos manifestou-se sobre a forma de um vago descontentamento. (B) Os motivos porque muitos se recusam a aceitar o fim da caligrafia no so claros, talvez por que caream de um fundamento mais objetivo. (C) As reformas curriculares as quais pouca gente adere, no incio, podem ganhar com o tempo uma relevncia a que ningu m suspeitava. (D) O custo cognitivo do qual, segundo alguns, as crianas pagaro com o fim da caligrafia simplesmente no existe – essa a certeza na qual se apega o neurocientista Roberto Lent. (E) Os sentimentos nostlgicos, de que muitos so tomados, levam-nos a recusar o fim da prtica da caligrafia, cujos benefcios esto sendo por outros contestados. Prof. Antônio Carlos Alves 4 FCC 2012 - Exercícios nível superior 04. (FCC-2012-BB-ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO) Está correto o emprego do elemento sublinhado na frase: (A) Os velórios em que acorrem os fãs de celebridades são propícios à multiplicação dos chavões. (B) A criatividade à qual tanto se distanciam os cultores dos chavões é esbanjada pelos grandes artistas. (C) O riso inteligente, de cujo se manifestou nos melhores momentos de Chico Anysio, continuará a surtir seus efeitos por muito tempo. (D) Alguns bordões de seu humor, cuja força se comprova com o passar do tempo, incorporaram-se à fala cotidiana. (E) A celebração injustificável, em cuja tentação deveríamos resistir, acaba consagrando o brilho fácil dos medíocres. 05. (FCC-2012-BB-ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO) Ficava difícil se apoiar em algum chavão. O período acima passa de composto a simples caso se substitua o elemento sublinhado por (A) para algum chavão apoiá-lo. (B) que algum chavão o apoiasse. (C) apoiá-lo em algum chavão. (D) algum chavão vir a apoiá-lo. (E) o apoio em algum chavão. 4- PONTUAÇÃO 01- (FCC-2012-TRT 11ª-ANALISTA JUDICIÁRIO-ADMINISTRATIVA) Está plenamente adequada a pontuação da seguinte frase: (A) As fotografias, por prosaicas que possam ser, representam um corte temporal, brecha no tempo por onde entra nosso olhar, capturado que foi pela magia da imagem e por ela instado a uma viagem imaginária. (B) As fotografias, por prosaicas que possam ser representam um corte temporal; brecha no tempo, por onde entra nosso olhar capturado, que foi pela magia da imagem, e por ela instado a uma viagem imaginária. (C) As fotografias por prosaicas, que possam ser, representam um corte temporal: brecha no tempo por onde entra nosso olhar, capturado que foi, pela magia da imagem, e por ela instado a uma viagem imaginária. (D) As fotografias por prosaicas, que possam ser representam, um corte temporal, brecha no tempo por onde entra nosso olhar capturado, que foi pela magia da imagem e por ela instado a uma viagem imaginária. (E) As fotografias por prosaicas que possam ser, representam um corte temporal, brecha no tempo por onde entra nosso olhar, capturado, que foi pela magia da imagem e, por ela, instado a uma viagem imaginária. Prof. Antônio Carlos Alves 5 FCC 2012 - Exercícios nível superior 02- (FCC-2012-TRT-6ª-ANALISTA JUDICIÁRIO-ADMINISTRATIVO) A pontuação está plenamente adequada no período: (A) Muito se debate, nos dias de hoje, acerca do espaço que o ensino religioso deve ou não ocupar dentro ou fora das escolas públicas; há quem não admita interferência do Estado nas questões de fé, como há quem lembre a obrigação que ele tem de orientar as crianças em idade escolar. (B) Muito se debate nos dias de hoje, acerca do espaço, que o ensino religioso deve ou não ocupar dentro ou fora das escolas públicas: há quem não admita interferência do Estado, nas questões de fé, como há quem lembre, a obrigação que ele tem de orientar as crianças em idade escolar. (C) Muito se debate nos dias de hoje, acerca do espaço que o ensino religioso, deve ou não ocupar dentro ou fora das escolas públicas, há quem não admita interferência do Estado nas questões de fé, como há quem lembre a obrigação: que ele tem de orientar as crianças em idade escolar. (D) Muito se debate, nos dias de hoje, acerca do espaço que o ensino religioso deve, ou não, cupar dentro, ou fora, das escolas públicas; há quem não admita interferência, do Estado, nas questões de fé; como há quem lembre a obrigação, que ele tem de orientar as crianças em idade escolar. (E) Muito se debate, nos dias de hoje acerca do espaço que o ensino religioso deve, ou não, ocupar dentro ou fora das escolas públicas: há quem não admita interferência do Estado, nas questões de fé, como há quem lembre, a obrigação, que ele tem de orientar as crianças, em idade escolar. 03- (FCC-2012-TRT-6ª-ANALISTA JUDICIÁRIO-JUDICIÁRIA) A pontuação está plenamente adequada na seguinte frase: (A) O autor ainda que de modo respeitoso, não deixa de discordar de dom Odilo Scherer, que se pronunciou numa entrevista recente, a respeito da cobrança segundo ele inadmissível por serviços de saúde. (B) O autor, ainda que de modo respeitoso não deixa de discordar de dom Odilo Scherer, que se pronunciou, numa entrevista recente a respeito da cobrança, segundo ele inadmissível, por serviços de saúde. (C) O autor, ainda que, de modo respeitoso, não deixa de discordar de dom Odilo Scherer, que se pronunciou numa entrevista recente a respeito da cobrança, segundo ele inadmissível, por serviços de saúde. (D) O autor, ainda que de modo respeitoso, não deixa de discordar de dom Odilo Scherer, que se pronunciou, numa entrevista recente, a respeito da cobrança, segundo ele inadmissível, por serviços de saúde. (E) O autor, ainda que de modo respeitoso não deixa de discordar, de dom Odilo Scherer, que se pronunciou, numa entrevista, recente, a respeito da cobrança segundo ele, inadmissível, por serviços de saúde. 04- (FCC-2012-TST-ANALISTA JUDICIÁRIO-ADMINISTRATIVA) Está plenamente adequada a pontuação da seguinte f rase: (A) O texto é polêmico, de vez que, busca estabelecer um equilíbrio de julgamento, num terreno em que via de regra dominam as paixões, já que tanto a religião como a ciência advogam para si mesmas, o estatuto do conhecimento verdadeiro. (B) O texto é polêmico, de vez que busca estabelecer, um equilíbrio de julgamento, num terreno em que via de regra dominam as paixões; já que tanto a religião como a ciência advogam para si mesmas, o estatuto do conhecimento verdadeiro. (C) O texto é polêmico, de vez que: busca estabelecer um equilíbrio de julgamento num terreno em que, via de regra, dominam as paixões já que tanto a religião, como a ciência, advogam para si mesmas o estatuto do conhecimento verdadeiro. (D) O texto é polêmico, de vez que busca estabelecer um equilíbrio de julgamento num terreno em que, via de regra, dominam as paixões, já que tanto a religião como a ciência advogam para si mesmas o estatuto do conhecimento verdadeiro. (E) O texto é polêmico de vez, que busca estabelecer um equilíbrio de julgamento, num terreno em que via de regra, dominam as paixões já que, tanto a religião como a ciência, advogam, para si mesmas, o estatuto do conhecimento verdadeiro. Prof. Antônio Carlos Alves 6 FCC 2012 - Exercícios nível superior (FCC-2012-TST-ANALISTA JUDICIRIO-JUDICIRIO) Instruo: Para responder a questo de nmero 5, considere o texto a seguir. “Gene da longevidade” pode aumentar risco de Alzheimer Se h centenrios na sua famlia, grande a chance de voc tambm ter vida longa. Disseminada na cultura popular, essa no o ganhou respaldo cientfico em 2010, quando neuro-cientistas da Universidade de Boston identificaram, em uma pesquisa com 1.055 pessoas com mais de 90 anos, “genes da longevidade” − 150 variantes genticas associadas propens o para viver mais. Agora, um estudo publicado no peridico Aging Cell sugere que uma delas aumenta orisco de desenvolver Alzheimer. Ao analisarem tecidos cerebrais de 590 pessoas que morreram com mais de 90 anos, pesquisadores do Centro Mdico da Universidade de Rush, em Chicago, observaram que uma variante, a protena de transferncia de steres de colesterol (CEPT, na sigla em ingls), est relacionada a maior quantidade de placas amiloides, caractersticas da doena neurodegenerativa. Os resultados contradizem um estudo divulgado pouco tempo antes no Journal of American Medical Association, que sugeriu que a CEPT estava relacionada a maior agilidade mental em pessoas com mais de 70 anos − resultado mais evidente em voluntrios descendentes de judeus do leste europeu. Qual estudo est “certo”? “Talvez nenhum. H muitas outras variantes, talvez ainda desconhecidas; seria precipitado relacionar a CEPT diretamente propens o para desenvolver a demncia”, diz o neurocientista David Bennet, um dos autores da pesquisa da Universidade de Rush. (Adaptado de Neurocircuito. Patologia. Mente Cérebro: Psicologia, psicanlise, neurocincia. So Paulo: Duetto, Ano IX,n. 229. p. 76) 05- (FCC-2012-TST-ANALISTA JUDICIÁRIO-JUDICIÁRIO) Est correta a seguinte afirmao sobre a pontuao do texto: (A) O uso de aspas em “Gene da longevidade”, no ttulo, explicita o receio do autor em assumir como correta uma expresso que considera pouco razovel. (B) Em [...] pesquisadores do Centro Mdico da Universidade de Rush, em Chicago, observaram [...], a supresso da primeira vrgula no altera a correo da frase. (C) Os parnteses em (CEPT, na sigla em ingls) acolhem especificao que, por sua vez, antecedida pela exposio de uma causa. (D) As aspas em “certo” sugerem uma especfica concepo: a de que a pesquisa um processo de paulatina descoberta, que no se pauta pela oposio entre certo e errado. (E) Alterando a pontuao do trecho “Talvez nenhum. H muitas outras variantes...”, redao correta, que preserva o sentido, a seguinte: “Talvez nenhum, por que h muitas outras variantes”. 06- (FCC-2012-TST-ANALISTA JUDICIÁRIO-JUDICIÁRIO) Pois se, por exemplo, criticamos a falta de liberdade e a injustia social, seria sempre em nome de valores que ainda n o se realizaram, mas a respeito dos quais ns, ocidentais, saberamos, de antem o, seu sentido. Do ponto de vista da pontuao, o padro culto escrito abonaria tamb m, sem prejuzo do sentido original, a substituio proposta no seguinte segmento: (A) "Pois se por exemplo,". (B) "Pois se, por exemplo:". (C) "em nome de valores, que ainda no se realizaram,". (D) "saberamos de antemo, seu sentido.". (E) "mas a respeito dos quais ns ocidentais saberamos, de antemo, seu sentido." Prof. Antônio Carlos Alves 7 FCC 2012 - Exercícios nível superior 07- (FCC-2012-BB-ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO) A frase cuja pontuao est plenamente adequada : (A) O filsofo Martin Heidegger, considerado um dos maiores pensadores do s culo passado declarou, em palestra pronunciada em 1942 seu descontentamento, diante do prestgio crescente para ele inteiramente nocivo, da escrita mecanizada. (B) O filsofo Martin Heidegger, considerado um dos maiores pensadores do s culo passado, declarou, em palestra pronunciada em 1942, seu descontentamento diante do prestgio crescente, para ele inteiramente nocivo, da escrita mecanizada. (C) O filsofo Martin Heidegger, considerado um dos maiores pensadores, do s culo passado, declarou em palestra pronunciada, em 1942, seu descontentamento: diante do prestgio crescente para ele inteiramente nocivo, da escrita mecanizada. (D) O filsofo Martin Heidegger, considerado um dos maiores pensadores do s culo passado, declarou em palestra pronunciada em 1942, seu descontentamento – diante do prestgio crescente – para ele inteiramente nocivo da escrita mecanizada. (E) O filsofo Martin Heidegger considerado um dos maiores pensadores do s culo passado, declarou em palestra pronunciada, em 1942 seu descontentamento, diante do prestgio, crescente para ele, inteiramente nocivo, da escrita mecanizada. 08- (FCC-2012-BB-ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO) N o procuremos neles a beleza que arrebata logo o olhar: muitas vezes seu aspecto – como o das criaturas humanas – inbil e desajeitado. Na frase acima, o sinal de dois-pontos pode ser substitudo, sem prejuzo para o sentido, pela expresso: (A) dado que (B) por conseguinte (C) mesmo quando (D) muito embora (E) medida que 09- (FCC-2012-BB-ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO) Atente para as seguintes frases: I. Quem nos ensina a olhar so os pintores e fotgrafos, que andam em volta dos objetos procura de novos ngulos. II. Felizes as pessoas que, todos os dias, sabem encontrar companhia em tudo o que as cerca. III. Em silncio, nos oferecero sua muda companhia. A supresso da(s) vrgula(s) acarretar mudana de sentido para o que est APENAS em (A) I. (B) II. (C) II e III. (D) I e II. (E) III. Prof. Antônio Carlos Alves 8 FCC 2012 - Exercícios nível superior 5- REGÊNCIA 01- (FCC-2012-TST-ANALISTA JUDICIÁRIO-JUDICIÁRIO) “O que definia o s culo XIX era a mudana: mudana em termos de e em funo dos objetivos das regies dinmicas do Atlntico norte, que eram, poca, o ncleo do capitalismo mundial.” Estrutura que considera, como a destacada acima, corretamente as regncias, encontra-se em frases que seguem, com EXCEO desta nica: (A) Comprovou que e alegou de que os documentos eram originais. (B) Segurou o menino com e pela mo esquerda. (C) Por conta de e para saldar as dvidas, penhorou seu nico imvel. (D) Necessitava de e exigia os documentos que haviam ficado retidos indevidamente. (E) Os estados se unificaram em e por uma slida confederao. 02- (FCC-2012-TST-ANALISTA JUDICIÁRIO-JUDICIÁRIO) A frase em que a regncia est em conformidade com o padro culto escrito : (A) Em seu fingimento, s restou de que dissesse ao ex-scio que sentia saudades dele. (B) Tudo isso considerado, necessrio fazer que ele sinta o peso da responsabilidade. (C) Em ateno por seu talento indiscutvel, o pouparam as devidas multas. (D) Passou os documentos a mo do t cnico e no os perdeu de vista at ao final da reunio. (E) Inconformado de que eles propalavam injrias a seu respeito, decidiu denunci-los. 6- CRASE 01. (FCC-2012-BB-ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO) Quanto necessidade do emprego do sinal de crase, est plenamente correta a frase: (A) Voltaire, a despeito de ser um aristocrata, no se aliava sempre nobreza, chegando a execr-la pelas injustas sanes que ela impunha s classes desfavorecidas. (B) Pouco a pouco, alguns dos ideais de justia social que Voltaire aspirava tornaram-se realidade, graas as iniciativas polticas que a democracia instigou. (C) No se pode esperar que, curto prazo, se facultem a todos os cidados os privil gios que alguns sistemas judicirios estendem uma seleta comunidade de bem-nascidos. (D) No assiste ningu m o direito de discriminar entre pobres e ricos, quando se cuida de levar a justia um pequeno ou grave delito. (E) As pessoas ricas, quem a justia pouco atinge, no cabe reivindicar penas rigorosas para os delitos atribudos s pobres. Prof. Antônio Carlos Alves 9 FCC 2012 - Exercícios nível superior 7- COLOCAÇÃO PRONOMINAL 01- (FCC-2012-TST-ANALISTA JUDICIÁRIO-ADMINISTRATIVA) As decisões mais graves são sempre difíceis: os que devem tomar tais decisões medem essas decisões pelos mais variados critérios, avaliam essas decisões conforme algum interesse em vista. Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por: (A) as devem tomar - medem-nas - avaliam-nas (B) devemtomá-las - lhes medem - as avaliam (C) lhes devem tomar - medem-nas - avaliam-nas (D) devem as tomar - medem-lhes - avaliam-lhes (E) devem tomar-lhes - as medem - as avaliam 02- (FCC-2012-BB-ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO) Solidão? Muitos de nós tememos a solidão, julgamos invencível a solidão, atribuímos à solidão os mais terríveis contornos, mas nunca estamos absolutamente sós no mundo. Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo- se os elementos sublinhados, na ordem dada, por: (A) lhe tememos - a julgamos invencível - a atribuímos (B) tememo-la - julgamo-la invencível - atribuímo-la (C) tememos a ela - lhe julgamos invencível - lhe atribuímos (D) a tememos - julgamo-la invencível - atribuímos-lhe (E) a tememos - julgamos invencível a ela - lhe atribuímos 8- CONCORDÂNCIA VERBAL 01- (FCC-2012-TRT 11ª-ANALISTA JUDICIÁRIO-ADMINISTRATIVA) O verbo indicado entre parênteses deverá ser flexionado no plural para preencher corretamente a lacuna da frase: (A) Nem todos discriminam, numa foto, os predicados mágicos que a ela se ...... (atribuir) nesse texto. (B) Os tempos que ...... (documentar) uma simples foto, aparentemente congelada, são complexos e estimulantes. (C) A associação entre músicos e fotógrafos profissionais ...... (remeter) às especificidades de cada tipo de sintaxe. (D) A poucos ...... (costumar) ocorrer que as fotografias podem enfeixar admiráveis atributos estéticos, como obras de arte que são. (E) Imaginem-se os sustos que não ...... (ter) causado aos nativos de tribos remotas a visão de seus rostos fotografados! Prof. Antônio Carlos Alves 10 FCC 2012 - Exercícios nível superior 02- (FCC-2012-TRT 11ª-ANALISTA JUDICIÁRIO-ADMINISTRATIVA) As normas de concordância verbal encontram-se plenamente observadas em: (A) A utilidade dos dicionários, mormente quando se trata de palavras polissêmicas, manifestam-se nas argumentações ideológicas. (B) Não se notam, entre os preconceituosos, qualquer disposição para discutir o sentido de um juízo e as consequências de sua difusão. (C) Não convém aos injustiçados reclamar por igualdade de tratamento quando esta pode levá-los a permanecer na situação de desigualdade. (D) Como discernimento e preconceito são duas acepções de discriminação, hão que se esclarecer o sentido pretendido. (E) Uma das maneiras mais odiosas de refutar os argumentos de alguém surgem na utilização de preconceitos já cristalizados. 03- (FCC-2012-TRT-6ª-ANALISTA JUDICIÁRIO-ADMINISTRATIVO) A concordância verbal está plenamente observada na frase: (A) Provocam muitas polêmicas, entre crentes e materialistas, o posicionamento de alguns religiosos e parlamentares acerca da educação religiosa nas escolas públicas. (B) Sempre deverão haver bons motivos, junto àqueles que são contra a obrigatoriedade do ensino religioso, para se reservar essa prática a setores da iniciativa privada. (C) Um dos argumentos trazidos pelo autor do texto, contra os que votam a favor do ensino religioso na escola pública, consistem nos altos custos econômicos que acarretarão tal medida. (D) O número de templos em atividade na cidade de São Paulo vêm gradativamente aumentando, em proporção maior do que ocorrem com o número de escolas públicas. (E) Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação como a regulação natural do mercado sinalizam para as inconveniências que adviriam da adoção do ensino religioso nas escolas públicas. 04- (FCC-2012-TRT-6ª-ANALISTA JUDICIÁRIO-JUDICIÁRIA) O verbo indicado entre parênteses deve flexionar-se no plural para preencher corretamente a lacuna da seguinte frase: (A) Nenhuma das concepções de dignidade, postuladas por diferentes crenças, ...... (alcançar) uma validade efetivamente universal. (B) Não se ...... (atribuir) às burocracias, nesse texto, o mérito de tomar a iniciativa de atender aos interesses públicos. (C) A terceirização e a comercialização da saúde, para dom Odilo Scherer, ...... (constituir) um profundo desrespeito aos mais pobres. (D) Raramente se ...... (dispensar) aos mais pobres o mesmo cuidado médico das clínicas particulares. (E) Quantas vezes já se ...... (aplicar) aos burocratas dos serviços essenciais alguma sanção por sua negligente abulia? 05- (FCC-2012-TST-ANALISTA JUDICIÁRIO-ADMINISTRATIVA) As normas de concordância verbal estão plenamente acatadas em: (A) Aos ateus não se devem dispensar o mesmo tratamento de que foram vítimas os primeiros adeptos do cristianismo. (B) Nunca faltaram aos homens de todas as épocas o recurso das crenças no sobrenatural e a empolgação pelas artes da magia. (C) Não se deixam levar pelas crenças transcendentes quem só costuma atender as exigências do pensa mento racional. (D) Poupem-se da ira dos fanáticos de sempre aquele tipo de pesquisador que se baseia tão somente nos fenômenos que se podem avaliar. (E) Nunca se abrandaram nos homens e mulheres que não se valem da fé religiosa a reação hostil dos que se proclamam filhos de Deus. Prof. Antônio Carlos Alves 11 FCC 2012 - Exercícios nível superior 06- (FCC-2012-TST-ANALISTA JUDICIÁRIO-ADMINISTRATIVA) O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se no singular para preencher adequadamente a lacuna da frase: (A) A nenhuma de nossas escolhas ...... (poder) deixar de corresponder nossos valores éticos mais rigorosos. (B) Não se ...... (poupar) os que governam de refletir sobre o peso de suas mais graves decisões. (C) Aos governantes mais responsáveis não ...... (ocorrer) tomar decisões sem medir suas consequências. (D) A toda decisão tomada precipitadamente ...... (costumar) sobrevir consequências imprevistas e injustas. (E) Diante de uma escolha, ...... (ganhar) prioridade, recomenda Gramsci, os critérios que levam em conta a dor humana. 07. (FCC-2012-BB-ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO) As normas de concordância verbal estão plenamente observadas na frase: (A) A repercussão daquelas alterações curriculares em várias escolas americanas manifestaram-se, no Brasil, como tímidos protestos. (B) Devem-se concluir da frequência e da quantidade de mensagens emitidas por celular que os jovens americanos estão escrevendo como nunca. (C) Segundo alguns especialistas, reserva-se às crianças que deixarem de aprender a letra cursiva indesejáveis surpresas quanto ao desempenho cognitivo. (D) Não se imagine que ocorram, com o fim dos exercícios de caligrafia, segundo Roberto Lent, quaisquer ônus ao desempenho biológico de grupos neuronais. (E) A alternativa entre retornar à caligrafia ou esquecê-la para sempre podem parecer drásticas, mas é o que se impõe no momento de definição dos currículos escolares. Prof. Antônio Carlos Alves 12 FCC 2012 - Exercícios nível superior 9- QUESTÕES MISTAS (FCC-2012-TST-ANALISTA JUDICIRIO-JUDICIRIO) Instruo: Para responder a questo de nmero 1, considere o texto a seguir. Os intrpretes do Brasil e das naes egressas de sistemas coloniais partem, desde os meados do sculo XX, da aceita o tcita ou manifesta de uma dualidade fundamental: centro versus periferia. Creio ser razovel perguntar se essa oposi o estrutural ou histrica; e, em consequncia, se esttica ou dinmica, se est fixada para todo o sempre como um conceito ontolgico, ou se est sujeita ao tempo, logo possibilidade de varia o e mudana. H uma passagem em A era dos imp rios de Eric Hobsbawm em que o historiador exprime a sua perplexidade em face do discurso sobre a diferena entre “partes avanadas e atrasadas, desenvolvidas e n o desenvolvidas do mundo”: “Definir a diferena entre partes avanadas e atrasadas, desenvolvidas e no desenvolvidas do mundo um exerccio complexo e frustrante, pois tais classificaes so por natureza estticas e simples, ea realidade que deveria se adequar a elas no era nenhuma das duas coisas. O que definia o s culo XIX era a mudana: mudana em termos de e em funo dos objetivos das regies dinmicas do Atlntico norte, que eram, poca, o ncleo do capitalismo mundial. Com algumas excees marginais e cada vez menos importantes, todos os pases, mesmo os at ento mais isolados, estavam, ao menos perifericamente, presos pelos tentculos dessa transformao mundial. Por outro lado, at os mais ‘avanados’ dos pases ‘desenvolvidos’ mudaram parcialmente atrav s da adaptao da herana de um passado antigo e ‘atrasado’, e continham camadas e parcelas da sociedade resistentes transformao. Os historiadores quebram a cabea procurando a melhor maneira de formular e apresentar essa mudana universal, por m diferente em cada lugar, a complexidade de seus padres e interaes e suas principais tendncias.” 231. Eric Hobsbawm, A era dos impérios. 1875-1914, 11. ed.So Paulo: Paz e Terra, 2007. p.46. (Alfredo Bosi, “O mesmo e o diferente”. IN Ideologia e contraideologia. So Paulo: Companhia das Letras, 2010. p. 227-228) Prof. Antônio Carlos Alves 13 FCC 2012 - Exercícios nível superior 01- (FCC-2012-TST-ANALISTA JUDICIÁRIO-JUDICIÁRIO) Anlise cuidadosa comprova a correo do seguinte comentrio: (A) a substituio de “essa mudana universal” pelo pronome conveniente poderia gerar as seguintes formulaes do segmento: “procurando a melhor maneira de a formular e apresentar” ou “procurando a melhor maneira de formul-la e apresent-la”. (B) se, em vez de Creio ser razoável perguntar, houvesse a formulao “ importante que todos creemos ser razovel perguntar”, a correo da frase estaria preservada. (C) em “O que definia o s culo XIX era a mudana”, o pronome destacado recupera a ideia expressa no segmento imediatamente anterior. (D) a transposio da frase “todos os pases [...] estavam [...] presos pelos tentculos dessa transformao mundial” a voz ativa gera a forma “conseguiram prender”. (E) os segmentos da aceitação tácita e de uma dualidade fundamental so ambos exigidos por forma verbal. Ateno: As questes de nmeros 2 a 4 referem-se ao texto que segue. Valores ocidentais Quando o discurso político alcança seu nível mais raso, os "valores ocidentais" aparecem. Normalmente, eles são utilizados para expor "aquilo pelo qual lutamos", aquilo que pretensamente faria a diferença e a superioridade moral de nossa forma de vida -esta que encontraria sua melhor realização no interior das sociedades democráticas liberais. Nesse sentido, mesmo quando criticamos nossas sociedades ocidentais, não seríamos capazes de sair do horizonte normativo que define o conjunto de seus valores. Pois se, por exemplo, criticamos a falta de liberdade e a injustiça social, seria sempre em nome de valores que ainda não se realizaram, mas a respeito dos quais nós, ocidentais, saberíamos, de antemão, seu sentido. Para aqueles que impostam a voz na hora de falar em nome dos valores ocidentais, não há conflitos a respeito do que liberdade, justiça e autonomia significam. Não passa pela cabeça deles que talvez estejamos diante de palavras que não têm conteúdo normativo específico, mas são algo como significantes vazios, disputados por interpretações divergentes próprias a uma sociedade marcada por antagonismos fundamentais. Por isso, se há algo que determina o que há de 1 5 10 15 20 25 30 Prof. Antônio Carlos Alves 14 FCC 2012 - Exercícios nível superior mais importante na tradição ocidental é exatamente a ideia de que não temos clareza a respeito do que nossos valores significam. Pois o que nos leva a criticar aspectos fundamentais de nossa sociedade não é um déficit a propósito da realização de valores, mas um sentimento que Freud bem definiu como mal-estar, ou seja, um sofrimento indefinido que nos lembra a fragilidade de toda normatividade social extremamente prescritiva. Isso talvez nos explique por que os gregos, estes que teriam inventado a democracia ocidental com seus valores, na verdade, legaram-nos apenas um valor fundamental: a suspeita de si. Uma suspeita que se manifesta por meio da exigência de saber acolher o que nos é estranho, o que não porta mais nossa imagem, o que não tem mais a figura de nossa humanidade. Quem leu as tragédias de Sófocles sabe como sua questão fundamental é o que ocorre quando a polis não sabe mais acolher o que ainda não tem lugar no interior de nossas formas de vida. Por outro lado, quando Ulisses, o herói de Homero, perdia-se em sua errância sem fim, suas palavras para os habitantes de outras terras eram sempre a exigência de abrigar o estrangeiro. Por isso, o melhor que temos a fazer diante dos que sempre pregam os valores ocidentais é lembrá-los das palavras de Nietzche: "Muitas vezes, é necessário saber se perder para poder encontrar-se". (Vladimir Safatle. Folha de S.Paulo, opinião, terça-feira,13 de dez. de 2011. p. 2) Prof. Antônio Carlos Alves 15 FCC 2012 - Exercícios nível superior 02. (FCC-2012-TCE-SP-AGENTE DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA) A afirmação correta é: (A) (linhas 31 e 32) Se Freud tivesse se referido a mais de um sentimento, o padrão culto escrito exigiria, no plural, a forma "os mal-estar". (B) (linha 14) a palavra ainda introduz mais um argumento a favor da conclusão desejada, como em "É necessário ainda observar a urgência dessa medida judicial". (C) (linhas 18 e 19) Em não há conflitos a respeito do que liberdade, justiça e autonomia significam, a substituição de há por "existe" mantém a correção da frase. (D) (linhas 44 e 45) Em Quem leu as tragédias de Sófocles sabe como sua questão fundamental é o que ocorre quando a polis ..., o pronome possessivo pode remeter tanto às tragédias quanto a Sófocles. (E) (linhas 53 e 54) Em lembrá-los das palavras de Nietzche, o pronome empregado é exigido pela regência do verbo, não havendo possibilidade de o padrão culto aceitar outra formulação, como, por exemplo " lembrar a eles". 03. (FCC-2012-TCE-SP-AGENTE DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA) Afirma-se com correção: (A) (linhas 1 e 2) o emprego de mais raso evidencia que, para o autor, é da constituição do discurso político ser "raso". (B) (linha 2) as aspas em "valores ocidentais" sinalizam tanto que a expressão constitui uma citação, quanto que foi referida com ironia no discurso político. (C) (linha 3) ao detalhar "aquilo pelo qual lutamos", o autor esquiva-se a assumir o que é dito sobre a diferença e a superioridade moral de nossa forma de vida. (D) (linha 8) a expressão Nesse sentido orienta o leitor a entender o que segue como expressão de uma finalidade. (E) (linha 8) a expressão mesmo quando equivale a "em todas as oportunidades em que". 04. (FCC-2012-TCE-SP-AGENTE DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA) Isso talvez nos explique por que os gregos, estes que teriam inventado a democracia ocidental com seus valores, na verdade, legaram-nos apenas um valor fundamental: a suspeita de si. O que se destaca na frase acima está grafado em conformidade com o padrão culto escrito, assim como o está o destacado em: (A) Cumprimentou-o efusivamente por que tem por ele grande carinho. (B) Vive me remedando, não sei bem o porque. (C) Porque você fez isso eu nem imagino. (D) Isso quer dizer exatamente o quê? (E) Em quê eu posso ajudá-lo? Prof. Antônio Carlos Alves 16 FCC 2012 - Exercícios nível superior (FCC-2012-TCE-SP-AGENTE DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA) Atenção: A questão de número 5 refere-se ao texto que segue. [...] N o sei se V. Exa. Revma. como eu. Eu gosto de contemplar o passado, de viver a vida que foi, de pensar nos homensque antes de ns, ou honraram a cadeira que V. Exa. Revma. ocupa, ou espreitaram, como eu, as vidas alheias. Outras vezes estendo o olhar pelo futuro adiante, e vejo o que h de ser esta boa cidade de S. Sebasti o, um sculo mais tarde, quando o bonde for um veculo t o desacreditado como a gndola, e o atual chapu masculino uma simples reminiscncia histrica. Podia contar-lhe em duas ou trs colunas o que vejo no futuro e o que revejo no passado; mas, alm de que n o quisera tomar o precioso tempo de V. Exa. Reverendssima, tenho pressa de chegar ao ponto principal desta carta, com que abro a minha crnica. E vou j a ele. (Machado de Assis. História de quinze dias: crônicas. 1877, 1 de janeiro. IN Obra completa, v. III, Rio de Janeiro: José Aguilar, 1962. p. 352-353) 05. (FCC-2012-TCE-SP-AGENTE DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA) É correto afirmar: (A) A substituição de n o quisera tomar o precioso tempo de V. Exa. Reverendssima por "não quisera tomar à V. Exa. Reverendíssima o precioso tempo" mantém a correção da frase. (B) Substituindo o segmento destacado em vejo o que h de ser esta boa cidade de S. Sebasti o por "as coisas que hão de ocorrer nesta boa cidade de S. Sebastião", a correção original estará mantida. (C) Na expressão pelo futuro adiante, a substituição do termo destacado por um seu sinônimo produziria corretamente a forma "pelo futuro a fora". (D) O antônimo de adiante está corretamente grafado assim: "atraz". (E) Se fosse outra a formulação de com que abro a minha crnica, estaria correta assim: "cujo início de minha crônica é com ela". (FCC-2012-BB-ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO) Atenção: As questões de números 6 e 7 referem-se ao texto abaixo. Adeus, caligrafia O anncio do fim dos exerccios para aprimoramento da letra cursiva – as velhas prticas de caligrafia – ocorreu recentemente em Indiana, nos Estados Unidos. Dezenas de escolas j adotaram o currculo que desobriga os estudantes de ter uma “boa letra” – j dada como anacronismo. O fim do ensino da letra cursiva nos EUA provocou no Brasil uma onda, se n o de protestos, ao menos de lamento e nostalgia. As lamrias tm um precedente ilustre: “A escrita mecanizada priva a m o da dignidade no domnio da palavra escrita e degrada a palavra, tornando-a um simples meio para o trfego da comunica o”, queixou-se, h quase setenta anos, o filsofo Martin Heidegger. “Ademais, a escrita mecanizada tem a vantagem de ocultar a caligrafia e, portanto, o carter do indivduo”. Heidegger reclamava, numa palestra que fez em 1942, da ado o progressiva das mquinas de escrever. Os jovens americanos nunca escreveram tanto como hoje. Segundo estudos realizados recentemente, o adolescente daquele pas manda e recebe todo ms cerca de 3.300 mensagens de texto por celular. O fim do ensino da letra cursiva reflete esses novos hbitos – um dia tambm foi preciso tirar do currculo a marcenaria para meninos e a costura para as meninas. As crianas que deixarem de aprender letra cursiva (tambm j chamada de “letra de m o”) pagar o um certo custo cognitivo, ao menos segundo alguns estudiosos. A escrita manual estimularia os processos de memoriza o e representa o verbal. A prtica do desenho de letras favoreceria a atividade cerebral em regies ligadas ao processamento visual. Mas a substitui o da escrita manual pela digita o n o assusta o neurocientista Roberto Lent. “N o h grande diferena entre traduzir ideias em smbolos com movimentos cursivos ou por meio da percuss o de teclas. Ambas s o atividades motoras e envolvem grupos neuronais diferentes da mesma rea do crebro”, afirmou. Para ele, as implicaes culturais da mudana s o mais preocupantes do que as de fundo biolgico. “Ser interessante para a humanidade n o saber mais escrever a m o?” – indaga. O tempo dir. (Adaptado da Revista PIAUÍ 59, agosto/2011. p.74) Prof. Antônio Carlos Alves 17 FCC 2012 - Exercícios nível superior 06. (FCC-2012-BB-ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO) Está correta a seguinte afirmação sobre um aspecto da construção do texto: (A) No segmento O fim da letra cursiva provocou uma onda, se não de protestos, uma alternativa válida, no contexto, para a grafia do elemento sublinhado é senão. (B) Em A escrita mecanizada priva a mão da dignidade, o verbo em destaque está empregado com o mesmo sentido que tem na frase Ele priva da amizade de um grande escritor. (C) Na afirmação O fim do ensino da letra cursiva reflete esses novos hábitos, há uma relação de causalidade entre os elementos sublinhados. (D) A construção um dia também foi preciso tirar do currículo tem o mesmo sentido de um dia foi preciso tirar também do currículo. (E) Na frase Ambas são atividade motoras, o termo sublinhado refere-se ao segmento explicitado como implicações culturais da mudança. 07. (FCC-2012-BB-ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO) Está correta a seguinte observação sobre um aspecto da redação do texto: (A) a expressão em vez de ficar à espreita da ocasião tem o mesmo sentido de além de especular acerca da ocasião. (B) na expressão entregá-la aos carrascos, o pronome sublinhado refere-se ao antecedente ocasião. (C) na frase põe assim na balança uma vida preciosa contra dezoito toalhas, os elementos sublinhados indicam uma justa equivalência. (D) no segmento a ponto de entregar seu criado (...) para que ele seja enforcado, o elemento sublinhado tem o valor de chegando a. (E) na expressão ele vai roubar alhures, o termo sublinhado é objeto direto do verbo roubar. 10- ORTOGRAFIA 01. (FCC-2012-BB-ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO) A frase que respeita a ortografia é: (A) Antes de cochilar, era-lhe natural fazer um exame de consciência e reiterar a si próprio seu empenho em vencer a itemperança. (B) O desleixo com que passou a manuzear os objetos da coleção fez o respeitado colecionador optar pela despensa do já antigo colaborador. (C) O debate recrudesceu, mas os mais bem-intencionados foram hábeis em dirimir as provocações, às vezes pungentes, das lideranças que se confrontavam. (D) Estava bastante ciente de que era à sua gulodice que podia creditar a desinteria que o abatera às vésperas do exótico casamento. (E) O poder descricionário dos ditadores, responsável por tantas atrocidades em tantas partes do mundo, é analisado na obra com um rigor admirável. Prof. Antônio Carlos Alves 18 FCC 2012 - Exercícios nível superior 11- FLEXÃO VERBAL 01-(FCC-2012-TST-ANALISTA JUDICIÁRIO-ADMINISTRATIVA) A flexão de todas as formas verbais está plenamente adequada na frase: (A) Os que virem a desrespeitar quem não tem fé deverão merecer o repúdio público de todos os homens de bem. (B) Deixar de professar uma fé não constitue delito algum, ao contrário do que julgam os fanáticos de sempre. (C) Ninguém quererá condenar um ateu que se imbui do valor da ética e da moral no convívio com seus semelhantes. (D) Se não nos dispormos a praticar a tolerância, que razão teremos para nos vangloriarmos de nossa fé religiosa? (E) Quem requiser respeito para a fé que professa deve dispor-se a respeitar quem não adotou uma religião. 12- CORRELAÇÃO DE TEMPOS VERBAIS 01- (FCC-2012-TRT 11ª-ANALISTA JUDICIÁRIO-ADMINISTRATIVA) Estamos vivendo uma época em que a bandeira da discriminação se apresenta em seu sentido mais positivo: trata-se de aplicar políticas afirmativas para promover aqueles que vêm sofrendo discriminações históricas. Mantém-se adequada correlação entre tempos e modos verbais com a substituição das formas sublinhadas no trecho acima, na ordem dada, por: (A) Estávamos - apresentava - tratava-se - vinham (B) Estaríamos - apresentara - tratava-se - viessem (C) Estaremos - apresente - tratar-se-ia - venham (D) Estávamos - apresentou - tratar-se-á - venham (E) Estaremos - apresentara- tratava-se - viessem 02- (FCC-2012-TRT-6ª-ANALISTA JUDICIÁRIO-JUDICIÁRIA) Atente para as seguintes frases: I. Seria ótimo que a Igreja Católica venha a escolher, no próximo ano, um tema tão importante como o que já elegera para a campanha da fraternidade deste ano. II. Se todas as religiões adotassem exatamente o mesmo sentido para o termo dignidade, este alcançaria o valor universal que cada uma delas postula. III. Quando viermos a nos entender quanto ao que fosse dignidade, esse termo poderia ser utilizado sem gerar tantas controvérsias. Ocorre adequada correlação entre os tempos e os modos verbais no que está em (A) I, II e III. (B) I e II, apenas. (C) II e III, apenas. (D) I e III, apenas. (E) II, apenas. Prof. Antônio Carlos Alves 19 FCC 2012 - Exercícios nível superior 03- (FCC-2012-BB-ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO) Façamo-nos videntes: olhemos devagar para a cor das paredes. A frase acima permanecerá correta caso se substituam as formas sublinhadas por: (A) Faça-se vidente - olha (B) Faz-te vidente - olha (C) Fazei-vos videntes - olheis (D) Façam-se videntes - olhai (E) Faça-te vidente - olhes 04- (FCC-2012-BB-ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO) Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto: (A) Repugna-se Voltaire que sejam aplicadas tão duras penas à pessoas cuja culpa maior consiste em sofrerem de carências diversas. (B) O incidente de Lyon, de cuja vítima acabou sendo uma pobre moça, revoltou Voltaire, que aliás questionou seus efeitos. (C) Voltaire analisa tanto quanto as condições sociais as condições econômicas, para avaliar sua justa contraposição em cada caso. (D) Quando os interesses econômicos do patrão se fazem pesar, nem sempre a aplicação de uma pena drástica chega às suas causas. (E) A aplicação dos criminosos de leis desumanas pode redundar não na correção, mas no agravamento e na multiplicação dos crimes. 13- REESCRITURA DE FRASES 01- (FCC-2012-TRT 11ª-ANALISTA JUDICIÁRIO-ADMINISTRATIVA) Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto: (A) Apesar de se ombrearem com outras artes plásticas, a fotografia nos faz desfrutar e viver experiências de natureza igualmente temporal. (B) Na superfície espacial de uma fotografia, nem se imagine os tempos a que suscitarão essa imagem aparentemente congelada... (C) Conquanto seja o registro de um determinado espaço, uma foto leva-nos a viver profundas experiências de caráter temporal. (D) Tal como ocorrem nos espelhos da Alice, as experiências físicas de uma fotografia podem se inocular em planos temporais. (E) Nenhuma imagem fotográfica é congelada suficientemente para abrir mão de implicâncias semânticas no plano temporal. Prof. Antônio Carlos Alves 20 FCC 2012 - Exercícios nível superior 02- (FCC-2012-TRT 11ª-ANALISTA JUDICIÁRIO-ADMINISTRATIVA) É preciso reelaborar, para sanar falha estrutural, a redação da seguinte frase: (A) O autor do texto chama a atenção para o fato de que o desejo de promover a igualdade corre o risco de obter um efeito contrário. (B) Embora haja quem aposte no critério único de julgamento, para se promover a igualdade, visto que desconsideram o risco do contrário. (C) Quem vê como justa a aplicação de um mesmo critério para julgar casos diferentes não crê que isso reafirme uma situação de injustiça. (D) Muitas vezes é preciso corrigir certas distorções aplicando-se medidas que, à primeira vista, parecem em si mesmas distorcidas. (E) Em nossa época, há desequilíbrios sociais tão graves que tornam necessários os desequilíbrios compensatórios de uma ação corretiva. 03- (FCC-2012-TRT-6ª-ANALISTA JUDICIÁRIO-ADMINISTRATIVO) Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto: O articulista da Folha de S. Paulo (A) propugna de que tanto o liberalismo quanto o ateísmo podem convergir, para propiciar a questão do ensino público da religião. (B) defende a tese de que não cabe ao Estado, inclusive por razões econômicas, promover o ensino religioso nas escolas públicas. (C) propõe que se estenda à bancada religiosa a decisão de aceitar ou rejeitar, segundo seus interesses, o ensino privado da religião. (D) argumenta que no caso do ensino religioso, acatado pelos liberais, não se trata de ser a favor ou contra, mas arguir a real competência. (E) insinua que o ensino público da religião já se faz a contento, por que as emissoras de comunicação intentam-no em grande escala. 04- (FCC-2012-TRT-6ª-ANALISTA JUDICIÁRIO-ADMINISTRATIVO) (...) ele afirma que não faz sentido nem obrigar uma pessoa a rezar nem proibi-la de fazê-lo. Mantém-se, corretamente, o sentido da frase acima substituindo-se o segmento sublinhado por: (A) nem impor a alguém que reze, nem impedi-la de fazer o mesmo. (B) deixar de obrigar uma pessoa a rezar, ou lhe proibir de o fazer. (C) seja obrigar que uma pessoa reze, ou mesmo que o deixe de o praticar. (D) coagir alguém a que reze, ou impedi-lo de o fazer. (E) forçar uma pessoa para que reze, ou não fazê-la de modo algum. Prof. Antônio Carlos Alves 21 FCC 2012 - Exercícios nível superior 05- (FCC-2012-TRT-6ª-ANALISTA JUDICIÁRIO-JUDICIÁRIA) Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto. (A) Presume-se que o autor não defenda a ideia de que deva o Estado assumir inteira responsabilidade pela prestação de quaisquer serviços públicos de alto custo. (B) Não seria possível, para o autor, que os serviços mais onerosos aos cofres públicos compitam ao Estado resolver com seus próprios meios. (C) Uma vez que se atendam as leis do mercado, até mesmo o Estado poderia precaver as ações na área da saúde, sem desmerecer uma sociedade democrática. (D) Entre o que se prega nas religiões e o que implica as leis de mercado, as questões de saúde nada têm a haver com a suposta dignidade humana. (E) Apenas nas crenças que não operam restrições a medidas de saúde, leva-se em conta o valor universal da dignidade humana, para ser bem demonstrado. 06- (FCC-2012-TRT-6ª-ANALISTA JUDICIÁRIO-JUDICIÁRIA) É verdade que colocar um preço em procedimentos médicos nem sempre leva ao melhor dos desfechos. O sentido essencial e a correção da frase acima mantêm-se na seguinte construção: (A) Nem sempre é certo que a melhor finalidade se alcança através de procedimentos médicos aos quais incorre um determinado preço. (B) Nada garante, de fato, que estipular um pagamento por procedimentos médicos implique a melhor solução de um caso. (C) Uma ótima conclusão não é simplesmente obtida em favor de se haver afixado um preço aos procedimentos médicos. (D) A despeito de se estipular um preço para procedimentos médicos, não é usual que cheguem a um termo satisfatório. (E) Pela razão de se taxar procedimentos médicos não redunda automaticamente no melhor dos benefícios. 07- (FCC-2012-TST-ANALISTA JUDICIÁRIO-ADMINISTRATIVA) Está inteiramente clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto: (A) O autor é um médico já notório por cujas observações em programas de televisão, inclusive uma famosa campanha antitabagista. (B) O autor é um médico experiente, que se vale de sua fluência verbal tanto na imprensa escrita como na televisão. (C) Muita gente identifica o autor enquanto um médico capaz, além de saber comentar assuntos vários, mesmo sendo opinativo. (D) Ao autor muitos já se inflamaram por conta de suas opiniões radicais com que se dissuadiram tantos fumantes. (E) Buscando um equilíbrio diante da medicina e da comunicação, o autor investe em temas tão científicos quanto leigos. 08- (FCC-2012-TST-ANALISTA JUDICIÁRIO-ADMINISTRATIVA) Está inadequado o emprego do elemento sublinhado na seguinte frase: (A) Sou ateu e peço que me deem tratamentosimilar ao que dispenso aos homens religiosos. (B) A intolerância religiosa baseia-se em preconceitos de que deveriam desviar-se todos os homens verdadeiramente virtuosos. (C) A tolerância é uma virtude na qual não podem prescindir os que se dizem homens de fé. (D) O ateu desperta a ira dos fanáticos, a despeito de nada fazer que possa injuriá-los ou desrespeitá-los. (E) Respeito os homens de fé, a menos que deixem de fazer o mesmo com aqueles que não a têm. Prof. Antônio Carlos Alves 22 FCC 2012 - Exercícios nível superior 09- (FCC-2012-TST-ANALISTA JUDICIÁRIO-ADMINISTRATIVA) Formula-se com correo e coerncia o sentido da preocupao de Gramsci na seguinte frase: (A) Uma das maiores angstias humanas est em terem que tomar decises autoritrias e improcedentes. (B) Saber quem arcar com o nus de uma escolha a premissa para uma deciso importante. (C) A finalidade de toda deciso urgente de estabelecer quem mais deve sofrer com ela. (D) Ningu m deve sofrer com o peso de uma deciso mau tomada, mormente nos casos mais graves. (E) Sabendo-se de antemo quem sofre ao tomar uma deciso, evita-se muitos males. (FCC-2012-TST-ANALISTA JUDICIRIO-JUDICIRIO) Instrução: Para responder às questões de números 10 a 12, considere o texto a seguir. “Gene da longevidade” pode aumentar risco de Alzheimer Se h centenrios na sua famlia, grande a chance de voc tambm ter vida longa. Disseminada na cultura popular, essa no o ganhou respaldo cientfico em 2010, quando neuro-cientistas da Universidade de Boston identificaram, em uma pesquisa com 1.055 pessoas com mais de 90 anos, “genes da longevidade” − 150 variantes genticas associadas propens o para viver mais. Agora, um estudo publicado no peridico Aging Cell sugere que uma delas aumenta o risco de desenvolver Alzheimer. Ao analisarem tecidos cerebrais de 590 pessoas que morreram com mais de 90 anos, pesquisadores do Centro Mdico da Universidade de Rush, em Chicago, observaram que uma variante, a protena de transferncia de steres de colesterol (CEPT, na sigla em ingls), est relacionada a maior quantidade de placas amiloides, caractersticas da doena neurodegenerativa. Os resultados contradizem um estudo divulgado pouco tempo antes no Journal of American Medical Association, que sugeriu que a CEPT estava relacionada a maior agilidade mental em pessoas com mais de 70 anos − resultado mais evidente em voluntrios descendentes de judeus do leste europeu. Qual estudo est “certo”? “Talvez nenhum. H muitas outras variantes, talvez ainda desconhecidas; seria precipitado relacionar a CEPT diretamente propens o para desenvolver a demncia”, diz o neurocientista David Bennet, um dos autores da pesquisa da Universidade de Rush. (Adaptado de Neurocircuito. Patologia. Mente Cérebro: Psicologia, psicanlise, neurocincia. So Paulo: Duetto, Ano XIX,n. 229. p. 76) 10- (FCC-2012-TST-ANALISTA JUDICIÁRIO-JUDICIÁRIO) Assinale a alternativa correta acerca de reformulao de fragmento do terceiro pargrafo do texto. (A) apropriada ao contexto a substituio de pouco tempo antes por “fazia pouco tempo". (B) Viola o padro culto escrito da lngua, no que se refere concordncia, a seguinte reformulao: “David Bennet, um dos autores que participou da pesquisa da Universidade de Rush”. (C) Preservado o sentido, apropriada esta reformulao da parte inicial do discurso de David Bennet: “Talvez nenhum, medida que h muitas outras variantes, talvez ainda desconhecidas;”. (D) O segmento que sugeriu pode ser substitudo por “sugerindo”, sem prejuzo para a clareza do trecho. (E) apropriada, do ponto de vista da flexo verbal, a substituio de Os resultados contradizem por “Se os resultados contradizerem”. Prof. Antônio Carlos Alves 23 FCC 2012 - Exercícios nível superior 11- (FCC-2012-TST-ANALISTA JUDICIÁRIO-JUDICIÁRIO) H muitas outras variantes, talvez ainda desconhecidas; seria precipitado relacionar a CEPT diretamente propens o para desenvolver a demncia”, diz o neurocientista David Bennet [...]. Assinale a alternativa em que uma nova redao preserva o sentido, a correo e a clareza do fragmento reproduzido acima. (A) Diz o neurocientista David Bennet: “− Ia ser precipitado relacionar a CEPT diretamente com propenso de desenvolver demncia, j que existe muitas variantes, quem sabe desconhecidas.” (B) Diz o neurocientista David Bennet: “Seria precipitado relacionar diretamente a CEPT a propenso em desenvolver demncia. H, talvez, muitas outras variantes, ainda desconhecidas.” (C) Diz o neurocientista, David Bennet: “Seria precipitado, no desenvolver da demncia, relacionar diretamente a CEPT essa propenso, posto que tm muitas outras variantes, ainda, quem sabe, desconhecidas.” (D) O neurocientista David Bennet, diz que seria prematuro, posto que h outras variantes, ainda que por ventura, desconhecidas, relacionar, diretamente, a CEPT propenso para desenvolver a demncia. (E) Diz o neurocientista David Bennet: − Existem numerosas outras variantes, quem sabe ainda desconhecidas. Relacionar diretamente a CEPT propenso para desenvolver demncia seria precipitado. 12. (FCC-2012-TST-ANALISTA JUDICIÁRIO-JUDICIÁRIO) H uma passagem em A era dos imprios de Eric Hobsbawm em que o historiador exprime a sua perplexidade em face do discurso sobre a diferena entre “partes avanadas e atrasadas, desenvolvidas e n o desenvolvidas do mundo”: Considerado o fragmento acima, a alterao que mant m o sentido original e o respeito s regras do padro culto escrito a proposta em: (A) colocao de uma vrgula aps a palavra imprios. (B) substituio de em face do discurso por “frente o discurso”. (C) substituio de em face do discurso sobre a diferena por “face face com o discurso a cerca da diferena”. (D) substituio de “partes avanadas e atrasadas, desenvolvidas e n o desenvolvidas do mundo” por “partes mundiais avanadas e atrasadas, desenvolvidas e no desenvolvidas”. (E) substituio de em que o historiador exprime a sua perplexidade em face do discurso por “na qual o historiador exprime a prpria perplexidade diante do discurso”. 13. (FCC-2012-TCE-SP-AGENTE DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA) O segmento do texto que est adequadamente traduzido : (A) palavras que n o tm contedo normativo especfico / vocbulos que no adquiriram significado relevante no que se refere prescrio de normas. (B) n o um dficit a propsito da realiza o de valores / no se trata daquilo que falta para completar a enumerao dos quesitos a serem observados. (C) o que n o porta mais nossa imagem / aquilo que no tem mais analogia com o que somos. (D) quando a polis n o sabe mais acolher o que ainda n o tem lugar no interior de nossas formas de vida / quando os cidados ignoram aqueles que habitam outra cidade que no seja a sua. (E) perdia-se em sua errncia sem fim / agia de forma temerria, sem atentar para os objetivos das suas aes. Prof. Antônio Carlos Alves 24 FCC 2012 - Exercícios nível superior 14. (FCC-2012-TCE-SP-AGENTE DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA) Está em conformidade com o padrão culto escrito a seguinte frase: (A) Eram tantos os salvo-condutos expedidos aleatoriamente, que eles intervieram para regulamentar a sua concessão. (B) No caso de ele propuser um abatimento no aluguel, o proprietário exigirá contrapartidas. (C) Combinamos todos que, assim que o vermos chegar, apresentaremos os abaixo-assinados que exigirão dele uma atitude digna. (D) O chefe tanto se incomodou com os bate-bocas na cozinha, que explodiu: − Deixem que eu fateio tudo isso sozinho! (E) Ele é que mantem o arquivo em ordem, como se fosse um sentinela sempre alerta. Valores ocidentais Quando o discursopolítico alcança seu nível mais raso, os "valores ocidentais" aparecem. Normalmente, eles são utilizados para expor "aquilo pelo qual lutamos", aquilo que pretensamente faria a diferença e a superioridade moral de nossa forma de vida -esta que encontraria sua melhor realização no interior das sociedades democráticas liberais. Nesse sentido, mesmo quando criticamos nossas sociedades ocidentais, não seríamos capazes de sair do horizonte normativo que define o conjunto de seus valores. Pois se, por exemplo, criticamos a falta de liberdade e a injustiça social, seria sempre em nome de valores que ainda não se realizaram, mas a respeito dos quais nós, ocidentais, saberíamos, de antemão, seu sentido. Para aqueles que impostam a voz na hora de falar em nome dos valores ocidentais, não há conflitos a respeito do que liberdade, justiça e autonomia significam. Não passa pela cabeça deles que talvez estejamos diante de palavras que não têm conteúdo normativo específico, mas são algo como significantes vazios, disputados por interpretações divergentes próprias a uma sociedade marcada por antagonismos fundamentais. 1 5 10 15 20 25 Prof. Antônio Carlos Alves 25 FCC 2012 - Exercícios nível superior Por isso, se há algo que determina o que há de mais importante na tradição ocidental é exatamente a ideia de que não temos clareza a respeito do que nossos valores significam. Pois o que nos leva a criticar aspectos fundamentais de nossa sociedade não é um déficit a propósito da realização de valores, mas um sentimento que Freud bem definiu como mal-estar, ou seja, um sofrimento indefinido que nos lembra a fragilidade de toda normatividade social extremamente prescritiva. Isso talvez nos explique por que os gregos, estes que teriam inventado a democracia ocidental com seus valores, na verdade, legaram-nos apenas um valor fundamental: a suspeita de si. Uma suspeita que se manifesta por meio da exigência de saber acolher o que nos é estranho, o que não porta mais nossa imagem, o que não tem mais a figura de nossa humanidade. Quem leu as tragédias de Sófocles sabe como sua questão fundamental é o que ocorre quando a polis não sabe mais acolher o que ainda não tem lugar no interior de nossas formas de vida. Por outro lado, quando Ulisses, o herói de Homero, perdia-se em sua errância sem fim, suas palavras para os habitantes de outras terras eram sempre a exigência de abrigar o estrangeiro. Por isso, o melhor que temos a fazer diante dos que sempre pregam os valores ocidentais é lembrá-los das palavras de Nietzche: "Muitas vezes, é necessário saber se perder para poder encontrar-se". (Vladimir Safatle. Folha de S.Paulo, opinião, terça-feira,13 de dez. de 2011. p. 2) 30 35 40 45 50 55 Prof. Antônio Carlos Alves 26 FCC 2012 - Exercícios nível superior 15. (FCC-2012-TCE-SP-AGENTE DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA) Por isso, se há algo que determina o que há de mais importante na tradição ocidental é exatamente a ideia de que não temos clareza a respeito do que nossos valores significam. Considerada a frase acima, em seu contexto, outra redação para o segmento destacado, que mantém a correção e o sentido originais, é: (A) em havendo algo que determina o que há de mais importante na tradição ocidental, esse algo é precisamente a ideia. (B) dado que existe algo que determina o que há de mais importante na tradição ocidental será estritamente a ideia. (C) na dependência de haver algo determinante do que há de mais importante na tradição ocidental é bem a ideia. (D) à medida que existir algo que determina o que há de mais importante na tradição ocidental seria, em rigor, a ideia. (E) considerando algo a determinar o que há de mais importante na tradição ocidental, é na verdade a ideia. 16. (FCC-2012-TCE-SP-AGENTE DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA) A frase redigida em conformidade com o padrão culto escrito é: (A) A desobediência às regras prescritas acabaram provocando mais lesões na coluna, o que determinou a urgência da cirurgia e a necessidade do auxílio de mais especialistas. (B) Não sabia bem a que se devia, em todo aquele tumultuado processo, as múltiplas idas e vindas de documentos e pareceres técnicos, mas acompanhou-as pacientemente. (C) Considerou indiscernível, dado o avançado estágio de sua doença, os últimos manuscritos do autor, o que motivou que os remetesse a colega para nova avaliação. (D) Eram vários e bastante distintos os estudos acerca dessas produções populares, uma das quais, nas últimas semanas, vêm merecendo elogios e indicação para publicação. (E) Na concessão de bolsas de estudos oficiais, vimos que a maioria dos estudantes realmente não dispõe do mais ínfimo recurso, e isso foi uma das coisas que mais nos impressionaram. 17. (FCC-2012-TCE-SP-AGENTE DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA) A contraposição dessa forma obsoleta de interpretar a nossa herança cultural, efetiva, veio através uma estudiosa brasileira com influente livro, onde se pode dizer que abriu caminho para novas contribuições do tema, relevantemente. A falta de clareza e de correção da frase acima está devidamente reparada em: (A) Foi estudiosa brasileira que escreveu livro influente a responsável pela contraposição efetiva dessa forma interpretativa de nossa herança cultural, obsoleta, de que se pode dizer que foram abertos caminhos para novas contribuições do tema, o que é relevante. (B) Sendo forma de interpretar a nossa herança cultural obsoleta recebeu contraposição efetivamente, vindo através de estudiosa brasileira e seu influente livro, que se pode dizer abriu caminho a novas contribuições para o tema relevante. (C) A nossa herança cultural pela interpretação obsoleta teve efetivamente sua contraposição por meio de influente livro de uma estudiosa brasileira, com que se diz que abriu caminho para novas contribuições ao tema, sendo relevante. (D) A efetiva contraposição a essa forma obsoleta de interpretar a nossa herança cultural veio de uma estudiosa brasileira em influente livro, do qual se pode dizer que abriu caminho a novas e relevantes contribuições para o tema. (E) O influente livro pelas mãos de uma estudiosa brasileira realizou efetiva contraposição a essa forma de interpretar a nossa herança cultural, que, por ser obsoleta, foi efetiva, abrindo caminhos trilhados por novas e relevantes contribuições para o tema. Prof. Antônio Carlos Alves 27 FCC 2012 - Exercícios nível superior 18. (FCC-2012-TCE-SP-AGENTE DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA) A redação clara e correta é: (A) Discutia ao mínimo motivo que ela podia dar, gerando ambiente de discórdia que deixava os filhos tensos temendo por desenrolar da briga, que causasse mais problemas do que eles tinham. (B) Concomitantemente à indicação dos finalistas e à decisão de como seria composto o júri que presidiria à última fase da seleção, revelou-se a identidade do patrocinador que havia desejado permanecer incógnito até quase o fim do concurso. (C) Do sucesso anteriormente conhecido, próprio de recém- lançados pela gravadora, conheceu dias menos gloriosos devido o fato de seu estilo musical ser saturado e pela invasão de produções estrangeiras também. (D) Aquilo que se imaginava extinto não desapareceu logo, por isso fazendo a revisão dos fatos é que se viu a permanência indesejada, que mereceu tanta crítica propondo ação imediata de aniquilamento. (E) No capítulo descrevendo a cena histórica da destituição do presidente, tem-se os acontecimentos e os resultados a curto e longo prazo, que definiram não só a sucessão, porém o destino do país igualmente. 14- INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS (FCC-2012-TRT 11ª-ANALISTA JUDICIÁRIO-ADMINISTRATIVA) Atenção: As questões de números 1 a 3 referem-se ao texto seguinte. Fotografias Todafotografia um portal aberto para outra dimens o: o passado. A cmara otogrfica uma verdadeira mquina do tempo, transformando o que naquilo que j n o mais, porque o que temos diante dos olhos transmudado imediatamente em passado no momento do clique. Costumamos dizer que a fotografia congela o tempo, preservando um momento passageiro para toda a eternidade, e isso n o deixa e ser verdade. Todavia, existe algo que descongela essa imagem: nosso olhar. Em francs, imagem e magia contm as mesmas cinco letras: image e magie. Toda imagem magia, e nosso olhar a varinha de cond o que descongela o instante aprisionado nas geleiras eternas do tempo fotogrfico. Toda fotografia uma espcie de espelho da Alice do Pas das Maravilhas, e cada pessoa que mergulha nesse espelho de papel sai numa dimens o diferente e vivencia experincias diversas, pois o lado de l como o albergue espanhol do ditado: cada um s encontra nele o que trouxe consigo. Alm disso, o significado de uma imagem muda com o passar do tempo, at para o mesmo observador. Variam, tambm, os nveis de percep o de uma fotografia. Isso ocorre, na verdade, com todas as artes: um msico, por exemplo, capaz de perceber dimenses sonoras inteiramente insuspeitas para os leigos. Da mesma forma, um fotgrafo profissional l as imagens fotogrficas de modo diferente daqueles que desconhecem a sintaxe da fotografia, a “escrita da luz”. Mas difcil imaginar algum que seja insensvel magia de uma foto. (Adaptado de Pedro Vasquez, em Por trás daquela foto. São Paulo: Companhia das Letras, 2010) 01- (FCC-2012-TRT 11ª-ANALISTA JUDICIÁRIO-ADMINISTRATIVA) O segmento do texto que ressalta a ação mesma da percepção de uma foto é: (A) A cmara fotogrfica uma verdadeira mquina do tempo. (B) a fotografia congela o tempo. (C) nosso olhar a varinha de cond o que descongela o instante aprisionado. (D) o significado de uma imagem muda com o passar do tempo. (E) Mas difcil imaginar algum que seja insensvel magia de uma foto. Prof. Antônio Carlos Alves 28 FCC 2012 - Exercícios nível superior 02-(FCC-2012-TRT 11ª-ANALISTA JUDICIÁRIO-ADMINISTRATIVA) No contexto do último parágrafo, a referência aos vários níveis de percepção de uma fotografia remete (A) à diversidade das qualidades intrínsecas de uma foto. (B) às diferenças de qualificação do olhar dos observadores. (C) aos graus de insensibilidade de alguns diante de uma foto. (D) às relações que a fotografia mantém com as outras artes. (E) aos vários tempos que cada fotografia representa em si mesma. 03- (FCC-2012-TRT 11ª-ANALISTA JUDICIÁRIO-ADMINISTRATIVA) Atente para as seguintes afirmações: I. Ao dizer, no primeiro parágrafo, que a fotografia congela o tempo, o autor defende a ideia de que a realidade apreendida numa foto já não pertence a tempo algum. II. No segundo parágrafo, a menção ao ditado sobre o albergue espanhol tem por finalidade sugerir que o olhar do observador não interfere no sentido próprio e particular de uma foto. III. Um fotógrafo profissional, conforme sugere o terceiro parágrafo, vê não apenas uma foto, mas os recursos de uma linguagem específica nela fixados. Em relação ao texto, está correto o que se afirma SOMENTE em: (A) I e II. (B) II e III. (C) I. (D) II. (E) III. (FCC-2012-TRT 11ª-ANALISTA JUDICIÁRIO-ADMINISTRATIVA) Atenção: As questões de números 4 a 7 referem-se ao texto seguinte. Discriminar ou discriminar? Os dicionários não são úteis apenas para esclarecer o sentido de um vocábulo; ajudam, com frequência, a iluminar teses controvertidas e mesmo a incendiar debates. Vamos ao Dicionário Houaiss, ao verbete discriminar, e lá encontramos, entre outras, estas duas acepções: a) perceber diferenças; distinguir, discernir; b) tratar mal ou de modo injusto, desigual, um indivíduo ou grupo de indivíduos, em razão de alguma característica pessoal, cor da pele, classe social, convicções etc. Na primeira acepção, discriminar é dar atenção às diferenças, supõe um preciso discernimento; o termo transpira o sentido positivo de quem reconhece e considera o estatuto do que é diferente. Discriminar o certo do errado é o primeiro passo no caminho da ética. Já na segunda acepção, discriminar é deixar agir o preconceito, é disseminar o juízo preconcebido. Discriminar alguém: fazê-lo objeto de nossa intolerância. Diz-se que tratar igualmente os desiguais é perpetuar a desigualdade. Nesse caso, deixar de discriminar (no sentido de discernir) é permitir que uma discriminação continue (no sentido de preconceito). Estamos vivendo uma época em que a bandeira da discriminação se apresenta em seu sentido mais positivo: trata-se de aplicar políticas afirmativas para promover aqueles que vêm sofrendo discriminações históricas. Mas há, por outro lado, quem veja nessas propostas afirmativas a forma mais censurável de discriminação... É o caso das cotas especiais para vagas numa universidade ou numa empresa: é uma discriminação, cujo sentido positivo ou negativo depende da convicção de quem a avalia. As acepções são inconciliáveis, mas estão no mesmo verbete do dicionário e se mostram vivas na mesma sociedade. (Aníbal Lucchesi, inédito) Prof. Antônio Carlos Alves 29 FCC 2012 - Exercícios nível superior 04- (FCC-2012-TRT 11ª-ANALISTA JUDICIÁRIO-ADMINISTRATIVA) A afirmação de que os dicionários podem ajudar a incendiar debates confirma-se, no texto, pelo fato de que o verbete discriminar (A) padece de um sentido vago e impreciso, gerando por isso inúmeras controvérsias entre os usuários. (B) apresenta um sentido secundário, variante de seu sentido principal, que não é reconhecido por todos. (C) abona tanto o sentido legítimo como o ilegítimo que se costuma atribuir a esse vocábulo. (D) faz pensar nas dificuldades que existem quando se trata de determinar a origem de um vocábulo. (E) desdobra-se em acepções contraditórias que correspondem a convicções incompatíveis. 05- (FCC-2012-TRT 11ª-ANALISTA JUDICIÁRIO-ADMINISTRATIVA) Diz-se que tratar igualmente os desiguais é perpetuar a desigualdade. Da afirmação acima é coerente deduzir esta outra: (A) Os homens são desiguais porque foram tratados com o mesmo critério de igualdade. (B) A igualdade só é alcançável se abolida a fixação de um mesmo critério para casos muito diferentes. (C) Quando todos os desiguais são tratados desigualmente, a desigualdade definitiva torna-se aceitável. (D) Uma forma de perpetuar a igualdade está em sempre tratar os iguais como se fossem desiguais. (E) Critérios diferentes implicam desigualdades tais que os injustiçados são sempre os mesmos. 06- (FCC-2012-TRT 11ª-ANALISTA JUDICIÁRIO-ADMINISTRATIVA) Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em: (A) iluminar teses controvertidas (1o parágrafo) = amainar posições dubitativas. (B) um preciso discernimento (2o parágrafo) = uma arraigada dissuasão. (C) disseminar o juízo preconcebido (2o parágrafo) = dissuadir o julgamento predestinado. (D) a forma mais censurável (3o parágrafo) = o modo mais repreensível. (E) As acepções são inconciliáveis (3o parágrafo) = as versões são inatacáveis. 07- (FCC-2012-TRT 11ª-ANALISTA JUDICIÁRIO-ADMINISTRATIVA) Está correto o emprego da expressão sublinhada em: (A) Os dicionários são muito úteis, sobretudo para bem discriminarmos o sentido das palavras em cujas resida alguma ambiguidade. (B) O texto faz menção ao famoso caso das cotas, pelas quais muitos se contrapuseram por considerá-las discriminatórias. (C) Por ocasião da defesa de políticas afirmativas, com as quais tantos aderiram, instaurou-se um caloroso debate público. (D) Um dicionário pode oferecer muitas surpresas, dessas em que não conta quem vê cada palavra como a expressão de um único sentido. (E) Esclarece-nos
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