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Poder Executivo 25.09.14

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40 Bimestre - Aula do dia 25/09/2014 Dto Constitucional
Poder Executivo
 
- Expressão de conteúdo incerto, ora exprime a função (CF, art. 76), ora o órgão (cargo e ocupante, CF, art. 2º). 
 
- Envolve poderes, faculdades e prerrogativas da mais variada natureza. Trata-se de órgão constitucional (supremo) que desempenha a prática de atos de chefia de estado, de governo e de administração.
 
O Executivo reveste, na prática, as mais diversas formas. 
 Assim é que existem:
o executivo monocrático (rei, imperador, ditador, presidente);
o executivo colegial (dois homens com poderes iguais, como os cônsules romanos); 
o executivo diretorial (grupo de homens em comitê), como era na ex-URSS e ainda é na Suíça) 
e o executivo dual (próprio do parlamentarismo, um Chefe de Estado e um Conselho de Ministros, ou seja, um indivíduo isolado e um comitê).
 
- Sua função tradicional é administrar o Estado de acordo com as leis elaboradas pelo Poder Legislativo
- Em sua origem, dentro do modelo clássico de menor intervenção possível do Estado na ordem econômica e social, possuía dupla missão: 
 
a. defesa externa 
b. segurança interna. 
 
Com a passagem do Estado liberal para o Estado social e a sua maior intervenção na ordem econômica, o Poder Executivo passou a acumular cada vez mais tarefas. 
 
Foi assim que passou também para o Estado:
 
o comando da atividade econômica;
a realização de obras de infraestrutura;
atividades de assistência social, 
ampla iniciativa legislativa nos mais variados temas.
- Concretamente, é sua atribuição o governo e a administração do Estado. 
 
Governo, como o conjunto de órgãos que tomam decisões políticas fundamentais. 
Administração, como o conjunto de órgãos que implementam essas decisões.
 
No nosso direito constitucional, ele é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado (CF, art. 76). 
O Brasil adotou o presidencialismo como sistema de governo (ADCT, art. 2º).
O Presidente da República acumula as funções de Chefe de Estado (representação externa e interna do Estado) e Chefe de Governo (liderança política e administrativa dos órgãos de Estado). 
- Eleito com mandato fixo, não depende de maioria política no Congresso Nacional para investir-se no cargo ou nele permanecer.
	- A razão disso é que os constituintes recusaram adotar para o Brasil o sistema de governo parlamentar. Remeteram a um plebiscito a realizar-se em 7 de setembro de 1993 a decisão de manter o presidencialismo ou acolher o parlamentarismo (ADCT, art. 2º).
	- O plebiscito, que de verdade se realizou, não na data inicialmente prevista (21/04/93), concluiu, por grande maioria de votos pela manutenção da República presidencialista.
Eleição e Mandato no Executivo
Preenchendo as condições constitucionais de elegibilidade (CF, art 14, $ 3), o Presidente da Republica é eleito simultaneamente com um vice-presidente.
A eleição realizar-se-á em primeiro turno, no primeiro domingo de outubro, e, em segundo turno, e se houver, no ultimo domingo de outubro, do ano anterior ao do termino do mandado presidencial vigente (CF, art 77).
Ficou consolidado o direito de o povo eleger o presidente da republica pelo sufrágio universal e voto direto e secreto.(art 14 CF)
Igualmente foi mantido o principio da maioria absoluta para eleição presidencial ( CF, art 77 $ 2)
Reputa-se eleito presidente o candidato que, registrado por partido politico, obtiver maioria absoluta de votos, não computados os brancos e os nulos.
 
Não alcançando essa maioria, far-se-á uma segunda eleição, isto é, um segundo turno de votação, concorrendo apenas os dois candidatos mais votados, tendo-se como eleito aquele que conseguir a maioria dos votos válidos (CF, art. 77, § 3º)
São expressões equivalentes "maioria de votos válidos" entre dois candidatos (CF, at. 77, § 3º) e "maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos" (CF, art. 77, § 2º).
A eleição em dois turnos tem por finalidade assegurar que a pessoa eleita para o cargo de presidente da república, de primordial importância para o Estado, tenha obtido a maioria dos votos válidos. 
Essa eleição por maioria absoluta não significa necessariamente que seja realizada em dois turnos. Se um dos candidatos obtiver já no primeiro turno mais da metade dos votos, excluídos os em branco, será considerado eleito para o cargo de presidente da república.
A eleição em dois turnos mantém a universalidade do sufrágio direto e secreto, pois os eleitores que não tenham participado do primeiro turno de votação poderão votar no segundo.
O princípio da maioria absoluta é que levou os constituintes a determinarem que, se, antes do segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação (CF, art. 77, § 4º)
Isso visa evitar conchavos entre os candidatos mais votados, de modo que um concordasse em desistir, com o que o outro seria considerado eleito, mesmo sem satisfazer o princípio da maioria absoluta. 
Se todos os candidatos desistirem, a Constituição não aponta a solução. Mas se tivermos em mente que o princípio é o da maioria absoluta, e não dos dois turnos, parece plausível admitir a anulação da eleição, que resultara fraudada.
O eleito conquista um mandato de quatro anos (CF, art 82), do qual tomara posse, no dia primeiro de janeiro do ano seguinte ao de sua eleição, perante ao Congresso Nacional.
A duração do mandato do Presidente da Republica, tem variado na historia constitucional brasileira. Já foi fixado em seis anos ( CF de 1937 e emenda de numero 8/77 a de 1969), em cinco (CF 1946 a 1969) e em quatro (CF de 189l; 1934; 1967 e1988).
A emenda constitucional 16/97 inovou na ordem constitucional brasileira, ao admitir a reeleição do presidente da republica para um único período subsequente (CF art 14 $5).
Aula do dia 29/09/2014 Segunda feira.
Decorrências da presidência
 
A eleição do presidente implica automaticamente a do vice-presidente com ele registrado, que sequer é votado.
 
Ao vice cabe substituir o presidente, nos casos de impedimento, suceder-lhe no caso de vaga e auxiliá-lo, sempre que por ele convocado para missões específicas (CF, art. 79, parágrafo único). 
Outros substitutos são o presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal, que serão chamados, se ocorrer o impedimento concomitante do presidente e do vice, no caso de vacância de ambos os cargos (art. 80).
Impedimentos e Vacância.
Determina a Constituição que cabe ao Vice-Presidente substituir o Presidente nos casos de impedimento, e suceder-lhe no caso de vaga (art 70).
Os impedimentos são os afastamentos temporários do Presidente, como a hipótese de ausência dos pais, situações em que caberá ao Vice-Presidente sustitui-lo no exercício pleno da Presidencia.
O Presidente e o Vice-Presidente da Republica na poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do Pais por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo (C.F. art, 83) – Segundo a Jurisprudencia do STF, essa regra é de observância obrigatória pelos estados-membros, isto é, estende-se ao respectivos governadores (não podem, também, os demais entes federados fixarem período inferior a quinze dias para ausência do respectivo chefe do Executivo.
A vacância é o afastamento definitivo do Presidente da Republica, e poderá decorrer de morte, renuncia ou perda do cargo imposta pela condenação por crime comum ou de responsabilidade. Nas hipóteses de vacância, caberá ao Vice-Presidente suceder ao Presidente, cumprindo integralmente o mandato faltante.
 Vamos examinar as diferentes situações possíveis, e que não podem ser confundidas.
Vacância só do cargo de Presidente – o Vice-Presidente assumira e exercerá integralmente o mandato faltante, sem o Vice-Presidente;
Vacância só do cargo de Vice-Presidente – o Presidente exercerá integralmente o mandato faltante, sem Vice-Presidente.Nessas duas situações, como não haverá Vice-Presidente, caso haja impedimento ou vacância do Presidente, serão sucessivamente chamados ao exercício temporário da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputado, o do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal. Esses, vale repisar, só exercerão a Presidência temporariamente (o único que sucede o Presidente definitivamente, por todo o mandato faltante, é o Vice-Presidente), ate que ocorra nova eleição, nesta forma:
- Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente nos primeiros dois anos do mandato, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a ultima vaga;
- Se a vacância ocorrer nos últimos dois anos do mandato: a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da ultima vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei, hipótese excepcional de eleição indireta para a Presidência da Republica.
Em qualquer desses casos, o Vice-Presidente ou os candidatos eleitos somente completarão o período de seus antecessores (período faltante do mandato), cumprindo o chamado “mandato Tampão”.
Se ainda não transcorreu nem a metade do mandato, justifica-se a realização de uma eleição direta, pois o eleito terá um prazo razoável para governar (lembre-se de que o mandato é “tampão”).
Por outro lado, se já transcorreu mais da metade do mandato, e o novo Presidente só vai completar o período restante, “não compensa”a realização de nova eleição direta. Nesse caso, os representantes do povo no Poder Legislativo irão eleger o presidente para o mandato “tampão”(eleição indireta).
Qualquer um que vier a substituir o Presidente da Republica (Vice-Presidente, Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente do Senado Federal ou Presidente do Supremo Tribunal Federal) exercera plenamente os poderes e competências do Presidente da Republica, podendo praticar quaisquer atos presidenciais, tais como editar medidas provisórias, apresentar projeto de lei, etc...
As atribuições do Executivo
- O presidente da República deve exercer o poder dentro dos limites estabelecidos pela carta política, sob pena de afastamento pela prática de crime de responsabilidade.
 
- São múltiplas as suas atribuições. A CF (art. 84) consigna as privativas e de prática diuturna. Existem outras, no entanto, em decorrência de sua posição constitucional.
 
Como Chefe de Estado, mantém relações com Estado estrangeiro, celebra tratados, convenções e atos internacionais (incisos VII, VIII), nomeia ministros dos tribunais superiores, por ser função de magistratura suprema (inciso XIV), nomeia um terço dos membros do Tribunal de Contas da União, órgão não executivo (inciso XV), declara a guerra e celebra a paz (incisos XIX e XX).
Como Chefe do Governo, nomeia e exonera os ministros de Estado, inicia o processo legislativo, sanciona e promulga leis, veta projetos de lei, decreta o estado de defesa, o estado de sítio e a intervenção federal, remete mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional, concede indulto e comuta penas (incisos I, III, IV, V, IX, X, XI e XII).
Como Chefe da Administração, exerce a direção superior da administração federal, organizando o seu funcionamento e extinguindo as funções ou cargos públicos, nomeia o Advogado-Geral da União, órgão do Poder Executivo, presta contas ao Congresso Nacional, referentes ao exercício anterior, provê e extingue cargos públicos federais (incisos II, XVI, XXIV e XXV). 
Entre as suas atribuições, destaca-se a de "expedir decretos e regulamentos" para a fiel execução das leis (inciso IV, última parte).
A faculdade de regulamentar é atribuída também aos chefes do Poder Executivo nas demais esferas de poder político (governadores e prefeitos), por disposições semelhantes das respectivas constituições estaduais e leis orgânicas municipais. 
Se o regulamento é o ato normativo expedido pelo Poder Executivo, não pode contrariar leis nem criar direitos e obrigações. 
Somente a lei pode criar obrigações, em razão do princípio constitucional da legalidade: "Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei" (art. 5, II). 
A lei depende da Constituição (art. 59, II, III e IV). Nela encontra o seu fundamento de validade. Ao contrário, o regulamento depende da lei, onde se encontra a sua base de legitimidade (inciso IV).
Apesar de ser também norma abstrata e geral, difere o regulamento da lei, por não importar em modificação da ordem jurídica. 
O meio pelo qual o presidente da República pratica os atos de sua competência é o decreto. 
Todos os seus atos inclusive os regulamentos, que contêm disposições gerais, são editados na forma de decretos. Entre eles estão a organização e funcionamento da administração federal e a extinção de funções ou cargos públicos (inciso VI, alíneas a e b).
Responsabilidade do Executivo
Não existe governante irresponsável nos regimes democráticos. Nem há democracia representativa sem eleição. 
As autoridades eleitas para exercitar o governo devem responder pelo uso que dele fizerem. Como diz Paulo Brossard de Souza Pinto, in O impeachment, pág 9, Livraria do Globo, 1965, "governo irresponsável, embora originário de eleição popular, pode ser tudo, menos governo democrático".
No sistema parlamentarista, a responsabilidade do governo apura-se perante o Parlamento, com o voto de desconfiança ou a moção de censura.
No presidencialismo, o próprio presidente é responsável, ficando sujeito a sanções de perda do cargo por infrações definidas como crime de responsabilidade, apuradas em processo administrativo pelas Casas do Congresso Nacional.
- Esses crimes serão:
 
infrações políticas, quando atentarem contra a existência da União, contra o livre exercício do Poder Legislativo, contra o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais, contra a segurança interna do país (CF, art. 85, I-IV). 
Serão crimes funcionais, no caso de atentarem contra a probidade da administração, a lei orçamentária e o cumprimento das leis e das decisões judiciais (art.85, V-VII).
 
 O procedimento para julgamento dos crimes de responsabilidade começa com a sua denúncia, que pode ser apresentada por qualquer cidadão (lei 1079/50, art. 14). Compete à Câmara dos Deputados o juízo de admissibilidade da acusação, com o quórum qualificado de 2/3 dos votos (art. 51, I e 86).
Admitida a acusação, cabe ao Senado Federal, sob a presidência do presidente do Supremo Tribunal Federal, o processo e julgamento do mérito da acusação (art. 52, I e 86). 
O Senado Federal atua, nesse caso, como órgão judicante, e o Ministro do Supremo atua com o objetivo de assegurar uma direção imparcial e técnica a um órgão de composição essencialmente política.
A Constituição estabelece duas sanções para os condenados pela prática de crime de responsabilidade: 
perda do cargo e 
inabilitação por oito anos para o exercício de função pública (art. 52, parágrafo único). 
É isso que caracteriza o chamado impeachment.
A ideia subjacente era a de que "inabilitação" importava numa consequência advinda da decretação da perda do cargo. Mas o Senado Federal, no caso Collor de Mello, deu outra interpretação ao texto, de onde proveio a compreensão de que a renúncia ao cargo, durante o processo de julgamento, não implica a sustação deste, que prosseguirá para confirmar a inabilitação pelo prazo indicado.
Deu-se à perda do cargo pela renúncia o mesmo efeito da perda por decisão do juízo político. 
CRIMES COMUNS:- O que são crimes comuns?
 
- São aqueles do Código Penal + crimes eleitorais + contravenções penais.
 
-Local de julgamento STF
 
-A autorização da Câmara dos Deputados não vincula o STF.
 
Tipos de imunidades do Presidente da República:
 
 O Presidente da República não tem imunidade material.
 
I - Infrações comuns: 
 
- O Presidente da República não será preso, nas infrações comuns, enquanto não sobrevier sentença condenatória (art. 86§ 3º, CF)→ não será preso cautelarmente (prisão em flagrante, provisória, preventiva...), independentementedo crime ser inafiançável, ou não.
II- Infrações comuns, SEM conexão com seu mandato:
 
- O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não responderá pela prática de atos estranhos ao exercício de suas funções presidenciais (que tenham sido praticados antes ou durante o seu mandato).
 
- Ao terminar seu mandato, será processado e julgado na Justiça Comum de 1ª instância (perderá o foro por prerrogativa de função). A prescrição do crime ficará suspensa.
 
- O foro por prerrogativa de função só diz respeito a ações de natureza penal.
 
III- Infrações comuns COM relação com seu mandato:
 
- Praticado um crime comum, na vigência de seu mandato, em que haja conexão com seu mandato→ a Câmara deverá autorizar o processo (2/3)→ o Presidente da República será processado perante o STF→ Se condenado → a decisão condenatória com trânsito em julgado acarretará a suspensão de seus direitos políticos e, em consequência, a cessação imediata de seu mandato ( a perda do mandato é consequência da própria condenação e não dependerá de nenhum outro ato formal).
Se o Presidente cometer alguma infração de natureza civil, administrativa, fiscal ou tributária, elas poderão ser apuradas no STF?
Sim, será em 1º grau.
 
PRESTAÇÃO DE CONTAS
 
- O Presidente da República deverá prestar contas (referentes ao exercício anterior) anualmente, ao Congresso, dentro de 60 dias após a abertura da sessão legislativa. As contas serão analisadas da seguinte forma:
 
TOMAR → CÂMARA
APRECIAR → TCU
EMITIR PARECER→ COMISSÃO MISTA DE ORÇAMENTO E FINANÇAS
JULGAR → CONGRESSO
AULA DO DIA 30/09/2014 ANTECIPADA
- GOVERNADORES DE ESTADO
 
- Os Governadores não têm nenhuma imunidade processual conferida ao Presidente da República (quanto às prisões cautelares e quanto à prática de atos estranhos ao exercício de suas funções presidenciais). 
 
O STF entende (ADI 978) que só pode ser estendida aos Governadores a imunidade formal que condiciona o processo e julgamento do Presidente da República à autorização prévia da Câmara dos Deputados. 
 
Assim, as Constituições Estaduais e a Lei Orgânica do DF poderão prever que os respectivos Governadores só poderão ser processados e julgados perante o STJ depois da prévia autorização, por 2/3 dos seus membros, da Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa correspondente.
 
- Foro por prerrogativa de função
 
- O Governador será julgado :
a) crimes comuns → STJ
b) crimes de responsabilidade → dependem da Constituição Estadual
O Poder Executivo Municipal é representado pelo prefeito e pelo vice-prefeito
O Prefeito é o Chefe do Poder Executivo.
Pela legislação vigente, para ser prefeito, a pessoa deve ter nacionalidade brasileira, ter em pleno exercício dos seus direitos políticos, deve ter domicilio no município a que pretende se candidatar, idade mínima de vinte um anos e estar filiado a um partido politico.
O prefeito eleito toma posse em 1 de janeiro do ano subsequente as eleições em sessão na Câmara dos Vereadores do Município.
O Prefeito exerce funções executivas e administrativas. É responsável pela condução das politicas publicas nos municípios e pelo bom funcionamento da maquina administrativa.
Foro por prerrogativa de função:
O prefeito será julgado:
Crimes comuns – TJ
Crimes de responsabilidade – depende da Lei Orgânica (normalmente pela Câmara de Vereadores).
SISTEMA CONSTITUCIONAL DE CRISES: É o conjunto ordenado de normas constitucionais, que, informadas pelos princípios da necessidade e da temporariedade, tem por objeto as situações de crises e por finalidade a manutenção ou restabelecimento da normalidade constitucional.
1 - ESTADO DE DEFESA (art. 136) 
	O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.
OBJETIVO E CONSEQUENCIAS. 
O objetivo principal do estado de defesa é preservar ou estabelecer a ordem e a paz social, mediante fatos como:
A instabilidade institucional grave e imediata
Calamidades de grandes proporções na natureza.
As consequências durante o estado de defesa poderão ser:
Restrição aos direitos de reunião, sigilo de correspondências telegráficas e telefônicas
Ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos (somente na hipótese de calamidade publica);
Prisão por crime contra o Estado, determinada diretamente pelo executor do Estado de Defesa (esta prisão não poderá ser superior a 10 dias e será imediatamente comunicada ao juiz competente que a relaxara no caso de ilegalidade, sendo ainda vedada a incomunicabilidade do preso).
CONTROLE DO ESTADO DE DEFESA.
	O Estado de defesa dar-se-á a partir de decreto emitido pelo Presidente da Republica sem necessidade de autorização anterior do Congresso. Ainda deve ouvir o Conselho da Republica e da Defesa Nacional, sem estar obrigado a seguir o parecer dos mesmos.
	Porem ate 24 horas após de decretado o estado de defesa deve o Presidente apresentar a justificativa perante o Congresso que ai sim poderá confirmar ou revogar a medida
	O Congresso Nacional apreciara o decreto dentro de 10 dias contados de seu recebimento, devendo continuar funcionando enquanto vigorar o estado de defesa. Se o Congresso estiver de recesso, devera reunir-se em 5 dias.
	 Rejeitado o decreto, cessa imediatamente o estado de defesa.
	O Congresso permanecera em funcionamento ate o termino das medidas coercitivas
DURACAO E LIMITACAO DO ESTADO DE DEFESA
A duração do estado de defesa devera ser de no máximo 30 dias, sendo admitida apenas uma prorrogação, pelo mesmo período.
De acordo com o art 136 CF/88 o estado de defesa limita-se aos “local restritos e determinados “definidos pelo decreto presidencial.
ESTADO DE SÍTIO (art. 137 a 139, CF)
Consiste na instauração de uma legalidade extraordinária, por determinado tempo em certas áreas (que poderá ser o território nacional inteiro)
	O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar autorização ao Congresso Nacional para decretar o estado de sítio nos casos de:
	I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa. Poderá ser decretado por 30 dias + 30 dias + 30 dias + 30 dias..... → Cada prorrogação deverá ser autorizada novamente pelo Congresso. 
	II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira. Poderá durar indefinidamente, pelo tempo que for necessário.
 Estado de guerra é a situação em que uma nação, com ou sem a declaração da guerra, inicia hostilidades contra outra, suspendendo todas as garantias constitucionais consideradas prejudiciais à segurança nacional.
	O decreto do estado de sítio indicará :sua duração; as normas necessárias a sua execução; e as garantias constitucionais que ficarão suspensas;
	Depois de publicado o decreto, o Presidente da República designará o executor das medidas específicas e as áreas abrangidas. 
	O estado de sítio não poderá, no caso do inciso I, ser decretado por mais de 30 dias, nem prorrogado, de cada vez, por prazo superior; no do inciso II, poderá ser decretado por todo o tempo que perdurar a guerra ou a agressão armada estrangeira.
Na vigência do Estado de Sítio, SÓ poderão ser tomadas as seguintes medidas:
I - 	obrigação de permanência em localidade determinada;
II - 	detenção em edifício não destinado a acusados por crimes comuns;
III-	restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à 	prestação de informações e à liberdade de imprensa;
IV-	suspensão da liberdade de reunião;
V- 	busca e apreensão em domicílio;
VI-	intervenção nas empresas de serviços públicos;
VII-	requisição de bens.Não se inclui nas restrições cabíveis durante o estado de sítio, a possibilidade de vedação à difusão de pronunciamentos de parlamentares efetuados em suas Casas legislativas, desde que liberada pela respectiva Mesa.
Em caso de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira, a CF estabelece limites às medidas coercitivas contra as pessoas. Portanto, é possível que outras medidas mais amplas poderão ser tomadas, mas para que isso ocorra, será preciso que haja:
justificação quanto à necessidade de adoção de medidas pelo Presidente da Republica
aprovação das medidas coercitivas pelo Congresso, por maioria absoluta
previsão expressa da adoção das medidas no decreto que instituir o estado de defesa.
Apesar de os pressupostos para a decretação do estado de sitio serem situações de alcance ou repercussão nacional, as medidas coercitivas não necessariamente abrangerão todas as áreas do território nacional (mas podem ter tal abrangência, necessário, diferentemente do que ocorre na decretação de estado de defesa.
É possível haver o controle judicial, mas só de legalidade, de mérito não.
A Mesa do Congresso, ouvidos os lideres partidários designara comissão de 5 membros para acompanhar e fiscalizar a exceção das medidas.
O Congresso permanecera em funcionamento ate o termino das medidas coercitivas.
Poder Judiciário
- Conceito: Poder judiciário é o próprio poder soberano do Estado na função de ministrar e administrar a justiça dentro dos limites de sua soberania (ex. dentro dos limites territoriais da lei brasileira). 
- O Poder Judiciário é um dos três poderes do Estado moderno na divisão preconizada por Montesquieu em sua teoria da separação dos poderes. 
- Este poder tem as atribuições de julgar, aplicar as leis, garantir a execução das mesmas e reparar as relações jurídicas violadas. ...
- O Poder Judiciário do Brasil é o conjunto dos órgãos públicos aos quais a Constituição Federal brasileira atribui a função jurisdicional, ou seja, de solucionar as lides que lhes são encaminhadas. 
- O Poder Judiciário é regulado pela Constituição Federal nos seus artigos 96 a 126
Em geral, os órgãos judiciários brasileiros exercem dois papéis. 
 
O primeiro, do ponto de vista histórico, é a função jurisdicional, também chamada jurisdição. Trata-se da obrigação e da prerrogativa de compor os conflitos de interesses em cada caso concreto, através de um processo judicial, com a aplicação de normas gerais e abstratas.
 
2. O segundo papel é o controle de constitucionalidade.
 
O judiciário é o derradeiro dos “poderes”, agindo após a atuação do Legislativo, com a criação das leis, e do Executivo, visto que lhe é incumbido à missão primordial de trazer justiça aos casos concretos, aplicando as leis para dirimir litígios; e suas decisões, diferentemente do Executivo, no contencioso administrativo, e do Legislativo, no impeachment, possuem força definitiva de coisa julgada.
Neste ponto reside a importância da função judiciária, na definitividade de suas decisões, trazendo segurança aos particulares por meio da imutabilidade do quanto sentenciado pelo Estado Juiz.
 
- Para a proteção dos direitos humanos e a liberdade dos cidadãos, inclusive em desfavor do governo e da administração, é necessário a existência de uma função estatal independente, não sujeita aos poderes e desmandos do chefe do executivo, nem aos interesses particulares dos parlamentares, e para tanto se sobrepõe o Poder Judiciário, como função autônoma, cuja imparcialidade se erige em direito constitucionalmente previsto, como garantia de plena justiça.
- E para o bom desempenho das atividades a que estão responsáveis, o judiciário e seus integrantes, é que lhes são conferidos garantias que, segundo José Afonso da Silva são constituídas por: 
 
1) garantias institucionais, que resguardam o Poder Judiciário como uma das funções do Estado, e que por sua vez separa-se em garantias de autonomia orgânico-administrativa, e financeira; e 
 
 
2) garantias funcionais, ou de órgãos, que garantem a independência e a imparcialidade.
 
Garantias Institucionais do Judiciário
 
 	A Carta Constitucional de 1988, reportando-se ao princípio da separação dos poderes, assegura ao Judiciário a garantia de autonomia orgânico – administrativa e a garantia da independência financeira, conforme se depreende dos artigos 96 e 99:
 
	Segundo lições do professor José de Albuquerque Rocha, acerca das garantias constitucionalmente previstas para o poder Judiciário no âmbito administrativo - financeiro, a autonomia administrativa, chamada de autogoverno da magistratura, significa a capacidade conferida ao Judiciário de ministrar seus órgãos, abrangendo o pessoal e os meios financeiros, necessários ao desempenho das funções jurisdicionais
Garantias funcionais do Judiciário
 
Os privilégios funcionais conferidos constitucionalmente em favor dos juízes para a manutenção de sua autonomia e para o exercício de sua função jurisdicional com a respeitabilidade e confiança a que este múnus público exige, segundo José Afonso da Silva: “... podem ser agrupadas em duas categorias: 
 
(a) garantias de independência dos órgãos judiciários; 
 
(b) garantias de imparcialidade dos órgãos judiciários. 
		
1 - As garantias de independência, seguindo a classificação de José Afonso da Silva, são a vitaliciedade, a inamovibilidade e irredutibilidade de vencimentos, e estão presentes no texto constitucional no artigo 95.
A vitaliciedade, garante ao titular nomeado ou concursado a perpetuidade no cargo que exerce na Administração Pública. Deve restar claro que não se trata de prerrogativa da pessoa do juiz e sim do poder Judiciário, como um todo, pois pensada para resguardar esta instituição concedendo-lhe condições favoráveis ao bom desempenho da função a que esta responsável.
 
O exercício da função judiciária, através da prerrogativa da vitaliciedade concede a permanência e a definitividade necessárias, para que os juízes não se sintam jungidos às decisões a serem tomadas nas demandas que se lhe apresentam.
 
A perda de tal garantia com a desvinculação ao cargo só ocorre a pedido do magistrado; por meio de processo judicial, geralmente penal, em que se comprova infração com abuso de poder ou violação do dever inerente à função pública, sendo que é facultado ao juiz a ampla defesa e o contraditório; bem como por aposentadoria compulsória, que é a garantia de inatividade remunerada aos setenta anos de idade, com subsídios proporcionais; ou por disponibilidade.
Já a inamovibilidade, prevista no artigo 95, II, da Carta Magna, se refere a fixação do juiz ao cargo e ao local para onde foi designado para a prática de suas funções, não devendo ser removido sem o seu prévio consentimento, garantindo-lhe que exercerá sua atividade sem pressões político – econômicas, pois, do contrário, o magistrado estaria à mercê de remoções “arranjadas”, tudo para que não contrarie interesses do “poder” vigente no local de suas atividades jurisdicionais. 
 
Inclusive, pode também o magistrado, por meio desta prerrogativa, recusar promoção na carreira, quando restar claro que se trata de manobra política para afastá-lo da prática de sua função naquela localidade determinada. 
 
Nem mesmo o tribunal a que o magistrado esta vinculado poderá enviá-lo para desempenho da função judiciária em outro local diferente, a não ser por interesse público, mediante voto de dois terços do tribunal, assegurada a ampla defesa. 
A irredutibilidade de subsídios é a terceira das garantias instituídas pela Constituição Federal à magistratura, e significa que não poderão ser reduzidos os proventos percebidos pelo desempenho de sua função, sendo que ficam adstritos aos limites fixados no artigo 37, X a XII da Carta Magna. 
 
Esta prerrogativa tem ligação direta com a imparcialidade do juiz quando de suas decisões judiciais, pois este tem a segurança de que seus julgamentos e suas posições não se vincularão ao recebimento de seus proventos, como afirmaMarcus Vinícius Amorim de Oliveira: “Com efeito, a mera hipótese de o magistrado sofrer redução em seu salário em decorrência de algum ato judicial implicaria em motivo de inibição no exercício da judicatura.”
2 - No respeito às garantias de imparcialidade dos órgãos judiciários, estão presentes no texto constitucional, no artigo 95, parágrafo único, sob a forma de impedimentos, com o fim de salvaguardar a independência e a imparcialidade do magistrado. Vejamos.
Organização do Poder Judiciário:
- É com este proposta que se organiza uma espécie de “esquema” de apresentação do exercício da jurisdição no Brasil, indo do STF até o juiz estadual de primeira instância.
 - Os órgãos judiciários brasileiros podem ser classificados quanto ao número de julgadores (órgãos singulares e colegiados), quanto à matéria (órgãos da justiça comum e da justiça especial) e do ponto de vista federativo (órgãos estaduais e federais).
 
 - Um Tribunal Regional Federal é órgão colegiado, enquanto que um Juiz Federal é considerado órgão singular. 
 
- Da mesma maneira, o Tribunal de Justiça de um estado é órgão colegiado, sendo o Juiz de Direito um órgão singular.
 
- Os Tribunais e Juízes estaduais, os Tribunais Regionais Federais e os Juízes Federais são considerados órgãos de justiça comum. 
- Já os Tribunais e Juízes do Trabalho, Eleitorais e Militares formam a justiça especial, por decidirem sobre matérias específicas de cada área de atuação.
 
- Do ponto de vista federativo – Temos a Justiça Estadual (juízes de direito, Tribunal de Justiça, Justiça Militar Estadual) e a Federal (Juízes Federais; TRFs; Juízes do Trabalho; TRTs; TST; Juízes Eleitorais; TREs; TSE; Justiça Militar da União – STM e Conselhos de Justiça – especial e permanente).
 
- Órgão de Convergência e órgãos de Superposição (isso cai na prova)
 
De Convergência: o STF e os Tribunais Superiores (STJ, TST, TSE e STM) são órgãos de convergência – (todas as matérias convergem aos Tribunais Superiores, que são os responsáveis pela última decisão nas causas de sua competência). Ressalvado o controle de constitucionalidade que é sempre do STF. 
De Superposição - O STF e o STJ – são conhecidos na doutrina como Órgãos de Superposição, pois não pertencem a qualquer justiça, acumulando as funções de órgão de convergência e órgão de superposição. Isto porque, embora não pertençam a nenhuma Justiça, as suas decisões se sobrepõem às decisões proferidas pelos órgãos inferiores das Justiças Comum e Especial. 
	As decisões do STJ se sobrepõem àquelas da Justiça Federal Comum, da Estadual e daquela do Distrito Federal e Territorial, ao passo que as decisões do STF se sobrepõem a todas as Justiças e Tribunais. 
Características Gerais dos órgãos do Poder Judiciário
 
Supremo Tribunal Federal (STF) 
	O Supremo foi criado em 1828 como Supremo Tribunal de Justiça, e instalado em 1829, tendo 17 ministros e competência limitada. É o órgão judicial brasileiro mais antigo.
	Com o advento da República, o governo provisório tratou de organizar o Supremo Tribunal de justiça, sendo que, através do decreto 848 de 1890 tal órgão passou a se chamar Supremo Tribunal Federal, sendo elevado à categoria de corte máxima de justiça do país, cujas bases foram inspiradas na suprema corte dos Estados Unidos (a constituição americana serviu de modelo inspiratório). 
	O Supremo foi criado para ser um órgão inacessível à “influências da desordem, das paixões, dos interesses e das inclinações corruptíveis”.
 
	Trata-se do tribunal eminentemente “constitucional” na sistemática jurisdicional pátria, responsável pelo julgamento dos casos mais notórios de eventuais ofensas à Constituição Federal.
O STF não é uma Corte só de controle e guarda da Constituição, uma vez que, na estrutura pátria, também se vê às voltas com o julgamento de recursos extraordinários (controle constitucional difuso), conflitos de competência entre tribunais, conflito entre Estado estrangeiro e a União, a revisão criminal de seus julgados, dentre outras matérias nas quais o foco não é um julgamento apenas de ordem constitucionalista mas que são abordadas matérias constitucionais.
 
O Supremo Tribunal Federal (STF) é o guardião da Constituição Federal. 
 
Compete-lhe, dentre outras tarefas, julgar as causas em que esteja em jogo uma alegada violação da Constituição Federal, o que ele faz ao apreciar uma ação direta de inconstitucionalidade ou um recurso contra decisão que, alegadamente, violou dispositivo da Constituição.
 
Na CF/88, o STF é disciplinado nos arts. 101/103.
 
É composto por 11 Ministros, escolhidos entre cidadãos com mais de 35 anos e menos de 65 anos, de notável saber jurídico e conduta ilibada. 
Os Ministros são nomeados pelo Presidente da República, mas a escolha passa pela apreciação do Senado Federal. (na história republicana brasileira, ao longo de 114 anos, o Senado Federal rejeitou 5 indicações presidenciais, todas no governo de Floriano Peixoto). 
 
Competência do STF – 
 
ORIGINÁRIA (artigo 102, I, “a” a “r”) é quando o Supremo é acionado diretamente, ou seja, quando o processo trata de questões afetas somente a ele, só o Supremo deve decidir. Estas lides não chegam ao seu exame através de recursos ordinários ou extraordinários, pois nesses casos o Supremo julga como ÚNICA instância, por se tratar de temas os quais a constituição lhe reserva competência originária. Essas matérias estão elencadas no art. 102, I da CF/88 (exemplo Ação Direta de Inconstitucionalidade).
RECURSAL – é quando o Supremo aprecia matéria que chegou ao seu exame através da interposição de recurso. Pode ser RECURSAL ORDINÁRIA, que se fundamentada em recurso ordinário (art. 102, II) e RECURSAL EXTRAORDINÁRIA, que advém de recurso extraordinário (art. 102, III), sendo que na competência recursal o supremo analisa a lide em última instância.
O STF pode editar súmulas vinculantes, segundo previsão do art. 103-A, inserido pela EC 45/05, onde, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, e por votação de 2/3 dos membros do tribunal, poderá editar súmula com efeito vinculante aos demais órgãos do poder judiciário e da administração publica direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, podendo proceder a revisão ou cancelamento das súmulas. As súmulas podem ser elaboradas de ofício pelo próprio STF ou por provocação
(hoje temos 32 súmulas vinculantes).
Aula do dia 09/10/2014
2.	Superior Tribunal de Justiça (STJ) 
	O STJ é uma criação da constituição de 1988, cuja função principal é uniformizar a aplicação do direito federal. Com a criação do STJ algumas competências do STF foram transferidas aquele órgão, que passou a defender o plano jurídico-processual, o princípio da incolumidade do direito objetivo.
	O STJ tem sede em Brasília e jurisdição em todo território nacional.
	É composto por 33 Ministros, no mínimo (art. 104. lei ordinária federal poderá ampliar o número de Ministros do STJ), sendo 1/3 de juízes dos Tribunais Regionais Federais; 1/3 de desembargadores dos Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio tribunal; 1/6 de advogados e 1/6 de membros do Ministério Público Federal, Estadual, do Distrito Federal e Territórios, alternadamente (art. 104, I e II).
	Os requisitos para ser Ministro do STJ estão no art. 104, ou seja, ser brasileiro – nato ou naturalizado, com mais de 35 anos e menos de 65, de notável sabe jurídico e reputação ilibada
 Competência do STJ
	As competências do STJ são bem amplas, uma vez que incorporou quase todas as competências do antigo Tribunal Federal de Recursos, extintos quando da criação do STJ, além daquelas competências que herdou do STF.
	Também tem competência ORIGINÁRIA E RECURSAL. 
	Sua competência originária está no art. 105, I, e, da mesma forma que o STF, é aquela que permite que o órgão seja acionado diretamente, para apreciação de matéria em única instância. Essa competência originária permite ao STJ que ele processe e julgue os casos em que altas autoridadesda República pratiquem atos atentatórios às liberdades públicas. Esses atos são aqueles que não estão sob a jurisdição do STF.
	A competência recursal do STJ possibilita que este seja provocado por meio dos recursos constitucionais ordinário e especial, de modo que vai analisar a questão em última instância. 
	O recurso ordinário é cabível nos casos relacionados no art. 105, II e o recurso especial no inciso III do mesmo artigo.
3. Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
 
- Embora não exerça jurisdição propriamente, um estudo completo da estrutura básica do Poder Judiciário não poderia deixar de abordar este Conselho, instituído no artigo 103-B da CF/88 pela Emenda Constitucional 45/04.
 
- Tal Conselho, objeto de muita controvérsia e discussões acerca de sua constitucionalidade, deve ser composto por 15 membros, com mandato de dois anos, permitida uma recondução. 
 
- Interessante na composição deste Conselho é a inclusão de membros indicados pelo Ministério Público, pela OAB e dois cidadãos com notório saber jurídico indicados pelo Poder Legislativo.
 
- Cabe ao Conselho Nacional de Justiça o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário, bem como zelar pelo cumprimento dos deveres funcionais dos juízes.
4. Justiça Federal (Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais)
 
- A Justiça Federal é prevista na Constituição Federal nos arts. 106/110 e é composta pelos Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais.
 
 - À Justiça Federal compete processar e julgar todos os feitos em que a União, autarquias, empresas públicas e fundações públicas e federais sejam autoras, rés ou intervenientes, bem assim os processos criminais quando se tratar de crimes que o Brasil, por convenção internacional, obrigou-se a coibir.
 
- Os Tribunais Regionais Federais são compostos por no mínimo 07 juízes, recrutados, quando possível, na região do Tribunal. 
 
- São nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de 30 e menos de 65 anos, sendo certo que 1/5 dos nomeados deve ser dentre advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público Federal com mais de 10 anos de carreira. Os outros membros são escolhidos mediante a promoção de juízes federais com mais de 05 anos de exercício, promovidos por antiguidade ou merecimento.
5. Justiça do Trabalho
 
- A Justiça do Trabalho é prevista nos arts. 111/116 da CF/88. É composta pelo Tribunal Superior de Trabalho (TST), Tribunais Regionais do Trabalho (TRT) e Juízes do Trabalho. 
 
- Tribunal Superior do Trabalho é composto por 27 Ministros, todos escolhidos dentre brasileiros com mais de 35 e menos de 65 anos. São nomeados pelo Presidente da República, dependendo de aprovação do Senado Federal. 
 
- A composição do TST deve conter um 1/5 de membros entre advogados com mais de 10 anos de efetividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de 10 anos de efetivo exercício. 
 
- Os demais membros devem ser indicados através de promoção entre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho oriundos da Magistratura.
- Já os Tribunais Regionais do Trabalho são compostos por no mínimo 07 juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região. São nomeados pelo Presidente da República, dentre brasileiros com mais de 35 e menos de 65 anos, sendo 1/5 dentre advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de 10 anos de efetivo exercício e os demais retirados mediante promoção de juízes do trabalho, seja por merecimento, seja por antiguidade. 
 
- Os órgãos da Justiça do Trabalho são o Tribunal Superior do Trabalho (TST), os Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) e os Juízes do Trabalho. 
 
- Compete-lhe julgar as causas oriundas das relações de trabalho. 
 
- Os Juízes do Trabalho formam a primeira instância da Justiça do Trabalho e suas decisões são apreciadas em grau de recurso pelos TRTs. 
O TST, dentre outras atribuições, zela pela uniformidade das decisões da Justiça do Trabalho. 
A justiça do trabalho, em 31.12.2004, teve a sua competência fortemente ampliada, para processar e julgar toda e qualquer causa decorrente das relações de trabalho, o que inclui os litígios envolvendo os sindicatos de trabalhadores, sindicatos de empregadores, análise das penalidades administrativas impostas pelos órgãos do governo incumbidos da fiscalização do trabalho e direito de greve.  
6. Justiça Eleitoral
 
	- A Justiça Eleitoral, prevista nos arts. 118/121, é formada pelo Tribunal Superior Eleitoral, pelos Tribunais Regionais Federais, pelos juízes eleitorais e pelas juntas eleitorais. 
	- Nos termos do artigo 121 § 2º - da CF – os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por 2 anos, no mínimo e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria.
	- O Tribunal Superior Eleitoral é composto por no mínimo 07 membros, escolhidos (mediante eleição secreta) dentre 03 juízes entre os Ministros do Supremo Tribunal Federal e 02 juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça. Os outros dois membros são escolhidos pelo Presidente da República dentre advogados notável saber jurídico e idoneidade moral (através de um lista sêxtupla encaminhada pelo STF).
	- O Presidente e Vice-presidente do TSE: serão eleitos pelo TSE, dentro Ministros do STF;
	- O Corregedor Eleitoral do TSE: será eleito pelo TSE, dentro Ministros do STJ.
- Os Tribunais Regionais Eleitorais (há um em cada capital de Estado e no Distrito Federal) são compostos de 07 juízes, sendo eleitos, por voto secreto, dois juízes entre Desembargadores de Justiça e 02 juízes entre juízes de direito escolhidos pelo Tribunal de Justiça; um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou, não havendo tal tribunal no Estado, um juiz federal escolhido pelo Tribunal Regional Federal respectivo e dois juízes nomeados pelo Presidente da República dentre advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral (escolhidos dentre 6 advogados indicados pelo Tribunal de Justiça).
	- O Presidente e Vice-presidente do TRE serão eleitos pelo TRE respectivo, dentre os desembargadores.
	- Os Juízes Eleitorais, nos termos do artigo 32 do CE, são os próprios juízes de direito em efetivo exercício e, na falta destes, os seus substitutos legais, da própria organização judiciária do Estado ou do DF, que gozem das prerrogativas do artigo 95 da CF.
- Juntas Eleitorais – O Artigo 121 estatui que lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais.
	- O Código eleitoral estabelece que as Juntas Eleitorais são compostas por 1 juiz de direito, que será o presidente, e de 2 ou 4 cidadãos de notória idoneidade. 
	- As juntas são formadas em época de eleição (60 dias antes) e são responsáveis pela apuração das eleições; resolver eventuais impugnações e demais incidentes verificados durante os trabalhos da contagem e da apuração; expedir os boletins de apuração e diploma aos eleitos para cargos municipais. 
	- Compete a justiça eleitoral julgar as causas relativas à legislação eleitoral. Os TREs decidem em grau de recurso as causas apreciadas em primeira instância pelos Juízes Eleitorais e O TSE, dentre outras atribuições, zela pela uniformidade das decisões da Justiça Eleitoral.
	- A Justiça Eleitoral desempenha, ademais, um papel administrativo, de organização e normatização das eleições no Brasil.
Aula do dia 13/10/2014
7. Justiça Militar
 
A Justiça Militar, prevista na Constituição Federal nos arts. 122/124, é composta pelo Superior Tribunal Militar, pelos Tribunais Militares Estaduais pelos juízes militares.
 
O Superior Tribunal Militar é composto por 15 membros vitalícios, nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a indicação pelo Senado Federal. 
 
Na indicação do Presidente,03 devem ser oficiais generais da Marinha, 04 do Exército e 03 da Aeronáutica. 
 
Já os ministros civis, dentre 35 e 65 anos, devem ser escolhidos dentre 03 advogados de notório saber jurídico e conduta ilibada (com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional) e dois dentre juízes auditores e membros do Ministério Público da Justiça Militar.
 
A Justiça Militar compõe-se do Superior Tribunal Militar (STM) e dos Tribunais e Juízes Militares, com competência para julgar os crimes militares definidos em lei. 
- No Brasil, a Constituição Federal organizou a Justiça Militar tanto nos Estados como na União. 
	A CF distingue a Justiça Militar Federal de um lado (artigo 124) e a estadual, também especializada, de outro (artigo 125, §§ 3º, 4º e 5º).
	- A Justiça Militar Estadual existe nos 26 Estados-membros da Federação e no Distrito Federal, sendo constituída em primeira instância pelo Juiz de Direito e pelos Conselhos de Justiça Especial e Permanente, presididos pelos Juiz de Direito. 
	- Em Segunda Instância, nos Estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul pelos Tribunais de Justiça Militar e nos demais Estados pelos Tribunais de Justiça.
	O STM (Superior Tribunal Militar) além de competências originárias funciona como tribunal recursal em relação ao militares federais. (não examina matérias provenientes da Justiça Estadual ou Distrital).
8. Tribunais e Juízes dos Estados
Residualmente, compete à Justiça Estadual tudo o que não for de competência das justiças especiais ou especializadas, nem da justiça federal. 
A Constituição Federal determina que os estados organizem a sua Justiça Estadual, observando os princípios constitucionais federais. 
 
Como regra geral, a Justiça Estadual compõe-se de duas instâncias, o Tribunal de Justiça (TJ) e os Juízes Estaduais. 
 
Os Tribunais de Justiça dos estados possuem competências definidas na Constituição de nosso país, bem como na Lei de Organização Judiciárias dos Estados. 
 
Basicamente, o TJ tem a competência de, em segundo grau, revisar as decisões dos juízes e, em primeiro grau, determinadas ações em face de determinadas pessoas.
 
É facultado aos estados criar a justiça militar estadual, com competência sobre a polícia militar estadual. 
 
Os integrantes dos TJs são chamados Desembargadores. Os Juízes Estaduais são os chamados Juízes de Direito.
 
Previstos nos arts. 125/126 da CF/88, também devem se reportar às Constituições Estaduais, principalmente no que concerne à fixação de competência.
Assim como na Justiça Federal e na Justiça do Trabalho, também há a possibilidade, implementada pela Emenda Constitucional 45/04, dos Tribunais de Justiça dinamizarem a Justiça itinerante.
9 - Justiça de Paz (artigo 98, II da CF)
 
- Terá competência para, na forma da lei, celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação. 
 
- Salvo no Estado de Minas Gerais, não há informações acerca da criação de referida justiça em outra localidade. 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE aula do dia 13/10/14
 1 – INTRODUÇÃO E CONCEITO
	Exercer o controle de constitucionalidade das leis e atos normativos significa aquilatar sua consonância com a carta Magna. 
	Sem um efetivo sistema de controle dos atos normativos que garanta uma compatibilidade vertical do ordenamento, a Constituição torna-se apenas um belo documento de intenções, mas completamente suscetível à afoita legiferância dos poderes constituídos. 
	O objetivo maior do Direito Constitucional é o que se chama de “filtragem constitucional”. Isso quer dizer que todas as espécies normativas do ordenamento jurídico devem existir, ser consideradas como válidas e analisadas sempre sob à luz da Constituição Federal. 
Através dessa observância é que se afere se elas são ou não constitucionais. É nesse momento que entra o controle de constitucionalidade, para observar se as leis e normas estão compatíveis com a Carta Magna.
 Chama-se de compatibilidade vertical, pois é a CF quem rege todas as outras espécies normativas de modo hierárquico, tanto do ponto de vista formal (procedimental), quanto material (conteúdo da norma).
 Quando se tem a ideia de controle de constitucionalidade, significa dizer então que é feita uma verificação para saber se as leis ou atos normativos estão compatíveis com a Constituição Federal, tanto sob o ponto de vista formal, quanto o material.
Para Michel Temer, “controlar a constitucionalidade de ato normativo significa impedir a subsistência da eficácia da norma contrária à Constituição”.
2 - FUNDAMENTOS: 
 	Os fundamentos do controle de constitucionalidade residem, segundo a maior parte dos doutrinadores, na supremacia e na rigidez da norma constitucional. 
	A rigidez importa na impossibilidade de alteração do texto constitucional por norma de jaez (natureza) ordinária. 
	Já a supremacia indica a existência de um escalonamento normativo em cujo cimo localiza-se a Constituição, de modo que todas as demais normas componentes desse seriado hierárquico de regras encontrarão nela a forma de elaboração legislativa (alinhamento) e seu conteúdo (matéria). 
 	Não se dá conteúdo à Constituição a partir das leis. A forma a adotar-se para explicitação dos conceitos opera sempre “de cima para baixo”, o que serve para dar segurança ao ordenamento jurídico (compatibilidade vertical). 
OBS - Existem constituições que não são escritas e flexíveis como é o caso da Inglaterra. Nessas circunstâncias não se admiti o controle de constitucionalidade. No Brasil a Constituição Federal é rígida e escrita, há, portanto, o controle da mesma.
 
3 – Classificação
O controle de constitucionalidade pode ser divido:
 a. Quanto ao momento:
 Preventivo - aquele que tem por finalidade impedir que um projeto de lei inconstitucional venha a ser uma lei.
 Repressivo - é utilizado quando a lei já está em vigor. Caso haja um erro do lado preventivo, pode se desfazer essa lei que escapou dos trâmites legais e passou a ser uma lei inconstitucional.
b. Quanto ao órgão que exerce o controle de constitucionalidade:
 Político - ato de bem governar em prol do interesse público. É a corte constitucional, não integra a estrutura do Poder Judiciário.
 Jurisdicional - é exercido por um órgão do Poder Judiciário. Só o juiz ou tribunal pode apreciar o controle constitucional sob o aspecto jurisdicional.
Aula do dia 16/10/2014
O controle preventivo - (a priori) fica precipuamente a cargo do Poder Legislativo, através de suas comissões, e do Executivo, por meio da sanção ou veto ao projeto de lei (artigo 66). Seu objetivo é impedir a inserção no ordenamento jurídico de uma lei contrária à Constituição. 
 	O Judiciário, nesta fase, apenas excepcionalmente procede à análise do projeto de lei, exercendo o controle da constitucionalidade do procedimento legislativo de sua elaboração e votação. Mas como regra, não exerce o Judiciário o controle preventivo, já que mero projeto de lei não obriga ninguém. 
O controle repressivo (a posteriori), com o fito de expurgar do ordenamento jurídico a norma inconstitucional. Atua o Poder Judiciário com envergadura para produzir coisa julgada.
 	O Poder Executivo e Legislativo não realizam o controle repressivo no sentido de fulminar por vício de inconstitucionalidade a validade da norma por eles próprios elaboradas e aprovadas. (não é pacífico o entendimento) 
 	Na verdade pode o legislativo produzir uma outra norma que faça revogar aquela anterior, bem como pode o Executivo editar uma Medida Provisória para suspender os efeitos da lei que considera inconstitucional. 
4 - Espécies de Inconstitucionalidade 
a. Inconstitucionalidade por ação e por omissão
 Tanto o agir quanto o não agir podem ser inconstitucionais. 
 Ao se fazer um ato ou editar uma lei contrários à Carta Maior está sendo cometida uma inconstitucionalidade por ação, ou inconstitucionalidade positiva,ou, ainda, inconstitucionalidade por ato comissivo. 
 Já quando o poder político deixa de editar uma lei exigida pela Constituição, temos aí uma inconstitucionalidade omissiva, ou negativa. 
b. Inconstitucionalidade material e formal (Vícios)
 	Em direito, quando se menciona o aspecto "material" de algum fenômeno está sempre se falando do conteúdo; já quando se fala em aspecto "formal" o enfoque é no mecanismo, no ritual. 
 	Aqui não é diferente. Inconstitucionalidade material ocorre quando o conteúdo de um ato jurídico é contrário à Lei Maior. 
	Inconstitucionalidade formal, por sua vez, surge quando os procedimentos adotados na elaboração de um ato se chocam com a Constituição, ainda que seu conteúdo final possa ser compatível. 
	O nível formal inclui não apenas vícios no procedimento em si, mas também vícios de competência: se uma norma for criada por alguém que a Lei Maior não disse ser competente para tanto, temos aí também uma inconstitucionalidade formal. 
 Os vícios de inconstitucionalidade (Material e formal) só ocorrem por ação – Positiva (por atuação). 
 OBS – Para Pedro Lenza existe, ainda, o vício de decoro parlamentar – caso de comprovada compra de votos para aprovar esta ou aquela lei
5) Sistemas de controle de constitucionalidade Judicial: 
Difuso 
Concentrado 
Misto 
 	Os sistemas difuso e concentrado são originais (em essência). 
	O sistema misto foi criado pelo Ordenamento Jurídico brasileiro. 
	A diferença entre os dois sistemas (difuso e concentrado) está no órgão do Poder Judiciário que é responsável pelo controle da constitucionalidade
a. O controle difuso é "espalhado". Ele é dado indistintamente a todos os órgãos do Poder Judiciário. É o sistema típico do direito norte-americano. 
 	Por exemplo: um indivíduo não quer pagar determinado tributo, pois alega que este foi criado por uma lei inconstitucional; ele ajuíza uma ação pedindo ao Poder Judiciário a satisfação do seu direito; o Poder Judiciário, por sua vez, não vai dizer que a lei é inconstitucional para todos, mas apenas para o caso concreto. 
 	O juiz vai ver se aquela lei é ou não compatível com a Constituição somente dentro do caso concreto (somente com eficácia entre as partes). 
 	Se a constitucionalidade já foi apreciada por outros órgãos do Poder Judiciário (STJ, STF), sendo no controle difuso (no caso concreto), as decisões só surtem efeito entre as partes. 
É livre o convencimento do juiz, de modo que ele é livre para apreciar a questão (isto é típico da função jurisdicional). As decisões anteriores só servem como convencimento. 
 	No entanto, a ADC e a ADIN, no controle concentrado, são julgadas uma única vez, e geram decisões que surtem efeitos para todos. 
 b. O controle concentrado é típico da Europa (principalmente na Áustria e na Alemanha). 
 	O controle da constituição não é dado a todos os órgãos do Poder Judiciário, mas apenas a uns poucos, quando não a somente um. 
	Nestes países, existe o Tribunal Constitucional. O juiz, ao julgar um caso concreto em que haja questionamento de uma norma com relação à sua compatibilidade com a Constituição, pára o processo e o remete ao Tribunal Constitucional, que decide somente a constitucionalidade; após a decisão, o processo volta para o juiz de primeiro grau. 
É de lá o surgimento das ADINs (alguns órgãos podem ajuizar demanda (ações) diretamente para o Tribunal Constitucional). 
No Brasil também tem o controle concentrado: o STF tem a possibilidade única de julgar a ADIN e a ADC. 
 No nosso Ordenamento Jurídico, o STF julga ADIN e ADC, e o TJ julga representação de inconstitucionalidade, que é a ação direta em nível estadual (art. 125, §2º). 
 As ações diretas de inconstitucionalidade fazem o controle concentrado da inconstitucionalidade: 
 Em nível federal, face à CRFB, pelo STF 
Em nível estadual, face à Constituição do Estado, pelo TJ
c. Sistema Misto - O Brasil reuniu os dois sistemas ao mesmo tempo (controle misto: difuso e concentrado), e conseguiu desenvolver o segundo melhor controle da constitucionalidade do mundo (o primeiro melhor é o de Portugal). Países como Áustria e Alemanha, por exemplo, possuem um controle da constitucionalidade concentrado muito bem realizado. Os EUA possuem apenas o controle difuso. 
 	A Constituição do Império não previa o controle da constitucionalidade. Este surgiu apenas com a primeira constituição republicada, em 1891, porém apenas através do sistema difuso. O sistema concentrado surgiu com a Constituição de 1946 – EC nº 16 de 26.11.65 – criou no Brasil uma nova modalidade de ADIn. 
 	O Brasil nitidamente encontra-se num processo que partiu do controle difuso e tende a chegar ao controle concentrado puro (realizado pelo STF).
5.1) Sistema Difuso ou por Via de Exceção
 	O controle difuso, repressivo, ou posterior, é também chamado de controle pela via da exceção ou defesa, ou controle aberto, sendo realizado por qualquer juízo ou tribunal do Poder Judiciário. 
 
	O Controle difuso verifica-se em um caso concreto, e a declaração da inconstitucionalidade dá-se de forma incidental (incidenter tantum), prejudicialmente ao exame de mérito. 
 	Pede-se algo ao juízo, fundamentando-se na inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo, ou seja, a alegação de inconstitucionalidade será a causa de pedir processual. 
 No Brasil o sistema é misto, ou seja, difuso e concentrado. Possui sua origem do modelo americano, criado em 1803, onde possuía como premissa a decisão arbitrária e inafastável.
Inspirado nesse modelo, a constituição de 1891 iniciou o controle de constitucionalidade. A partir daí qualquer juiz monocrático, ou tribunal (órgão jurisdicional colegiado), poderia deixar de aplicar a norma no caso concreto. 
	Esse sistema é exercido no âmbito do caso concreto tendo, portanto, natureza subjetiva, por envolver interesses de autor e réu. 
	Assim, permite a todo e qualquer juiz analisar o controle de constitucionalidade. Este por sua vez, não julga a inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo, apenas aprecia a questão e deixa de aplicá-la por achar inconstitucional àquele caso específico que está julgando.
	Exemplo: “A” entra com uma ação em face de “B” de reintegração de posse, baseada em uma lei “x”, onde “B”, por sua vez entra com uma resistência alegando que aquela lei que “A” utilizou como recurso é considerada inconstitucional.
	O juiz irá apreciar a questão prejudicial, que é possessória, sem a qual não há como dar a sua sentença final. 	Assim, após essa fase, o juiz faz o julgamento do mérito do processo como procedente ou improcedente a ação. 
A Alegação de Inconstitucionalidade será incidental ao julgamento da lide ou, noutros termos, será matéria de defesa (exceção)
O Resultado da ação acolherá ou não o pedido do autor e terá a inconstitucionalidade da norma (ou sua constitucionalidade) como fundamento de decidir.
Quanto a questão estiver sendo analisada pelo tribunal, deverá o relator, antes de proferir seu voto em relação ao objeto principal da demanda, encaminhar o feito para o plenário ou para o órgão especial, se houver, que decidirá, incidental e previamente, sobre a inconstitucionalidade da lei pelo voto da maioria absoluta de seus membros ( artigo 97 da CF )
Essa ocorrência é a chamada cláusula de reserva de plenário, onde nela especifica que ao ser declarada a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, esta deve ser feita através da maioria absoluta da totalidade dos membros do tribunal, sob pena de nulidade da decisão. 
A última palavra acerca da inconstitucionalidade da norma será dada pelo STF em sede de Recurso Extraordinário (RE) de cujo julgamento não caberá mais recurso.
No sistema difuso, tanto autor quanto réu pode propor uma questão de inconstitucionalidade, pois o caso concreto é inter-partes. 
	Assim, a abrangência da decisão que será sentenciada pelo juiz, é apenas entre as partes envolvidas no processo. Consequentemente terá efeito retroativo, pois foi aplicado o dogma da nulidade. 
	Há a possibilidade de que a decisãoproferida em um caso concreto tenha a sua abrangência ampliada, passando a ser oponível contra todos (eficácia erga omnes). 
	A constituição prevê que poderá o Senado Federal suspender a execução de lei (municipal, estadual ou federal), declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal. Tal atribuição prevista no artigo 52, X, CF, permitirá, portanto, a ampliação dos efeitos da declaração de inconstitucionalidade originária de casos concretos (via difusa). 
A suspensão da execução será procedida por meio de resolução do Senado federal, que é provocado pelo STF, cujos efeitos vincularão a todos apenas após a publicação da resolução. Nesses casos o efeito é irretroativo, pois é para terceiros. 
	O Senado não está obrigado a suspender a lei. Sua postura, nesta hipótese, decorre de um juízo de conveniência e oportunidade. 
	Cabe ressaltar que o Senado Federal entra nesses casos para tornar essas decisões ex nunc, ou seja, fazer com que seus efeitos passem a valer erga omnes, a partir de sua publicação.
	Ressalta-se que a hipótese comporta caso de suspensão da lei, não de revogação. O Senado não pode revogar uma lei. Uma lei é revogada por outra da mesma natureza hierárquica ou superior, ou seja, lei é revogada por lei ou norma mais elevada. E quem aprova uma lei não é o Senado Federal, mas o Congresso. 
5.2.) Sistema Concentrado
 
	As ações diretas no sistema concentrado tem por mérito a questão da inconstitucionalidade das leis ou atos normativos federais e estaduais. 
	Não se discuti nenhum interesse subjetivo, por não haver partes (autor e réu) envolvidas no processo. Logo, ao contrário do sistema difuso, o sistema concentrado possui natureza objetiva, com interesse maior de propor uma ADIN para discutir se uma lei é ou não inconstitucional e na manutenção da supremacia constitucional.
	Vale lembrar que em regra o controle concentrado se dá de forma direta, por ação, e o controle difuso ocorre de maneira incidental, por exceção.
	Como o objetivo principal da ação é o reconhecimento da constitucionalidade ou inconstitucionalidade da norma jurídica, não se admite a transação ou desistência.
	As normas revogadas ou cuja eficácia já tenha exaurido, ainda que hostil à Constituição, não podem ser objeto de controle concentrado. 
Somente as leis e atos normativos em vigor passam pelo crivo do STF em sede de controle Abstrato.
	Se no Curso da Ação direta, for revogada ou suspensa a norma cuja constitucionalidade se discute, a demanda será extinta por perda do objeto (Eventuais danos referentes a situações concretas serão analisadas em ação própria intentada pelo prejudicado).
Casos em que não cabe a ADIN:
 Leis anteriores a atual constituição - se propõe em casos de leis contemporâneas a atual Constituição. É permitido a análise em cada caso concreto da compatibilidade ou não da norma editada antes da atual constituição com seu texto. É o fenômeno da recepção, quando se dá uma nova roupagem formal a uma lei do passado que está entrando na nova CF.
Contra atos administrativos ou materiais.
Contra leis municipais
	O STF tem o efeito da “Ampla Cognição”, ou seja, amplo conhecimento para julgar o processo. Não está limitado aos fundamentos do requerente (pedido mediato), está apenas ao pedido imediato.
Ações que fazem parte do Sistema Concentrado
1) Ação declaratória de inconstitucionalidade (ADIN):
a) Genérica
	Conceito – O que se busca com a ADIn genérica é o controle de constitucionalidade de ato normativo em tese abstrato, marcado pela generalidade, impessoalidade e abstração.
	Assim como a Ação direta de Constitucionalidade, que será estudada mais à frente, a ADIn tem seu procedimento regrado pela lei 9.868/99.
	Objetivo – é a invalidação da lei ou ato normativo federal, estadual ou distrital (este último quando expedido no exercício da competência atribuída aos Estados).
OBS – 1 – Leis – Entende-se por lei todas as espécies normativas do artigo 59 da CF, quais sejam: EC, Leis complementares, leis ordinárias, Leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções.
	Tem por objetivo retirar do ordenamento jurídico a lei contemporânea estadual ou federal, que seja incompatível com a CF, com a finalidade de obter a invalidade dessa lei, pois relações jurídicas não podem se basear em normas inconstitucionais. Dessa maneira fica garantida a segurança das relações.
2 – Atos Normativos – São atos revestidos de indiscutível caráter normativo (Ex. Resoluções administrativas dos tribunais; regimentos internos dos tribunais, etc...)
	As leis e atos normativos municipais contrários à CF não podem ser objeto de ADIn perante o STF. Neste casa, os TJs dos Estados poderão julgar tais normas, desde que contrariem também a CE no tocante aos preceitos de repetição obrigatória.
Legitimados - Tem legitimidade para propor uma ADIN somente as pessoas arroladas no artigo 103 da CF. Ver na CF.
O STF exige a chamada “Relação de Pertinência Temática”, que nada mais é do que a demonstração da utilidade na propositura daquela ação, interesse, utilidade e legitimidade para propô-la. Isso é usado nos casos em que os legitimados não são universais, que estão no artigo 103, incisos IV, V e IX.
Interveniente obrigatório – o Advogado-Geral da União participa do processo na condição de curador especial para sustentar a constitucionalidade da norma impugnada que, aliás, já surge com tal presunção. (A presunção de estar condizente com a Constituição decorre de a lei ter sido submetida ao crivo dos Poderes Legislativos e Executivos quando ainda era mero projeto).
A propositura de uma ação desse tipo, não está sujeita a nenhum prazo de natureza prescricional ou de caráter decadencial, pois de acordo com o vício imprescritível, os atos constitucionais não se invalidam com o passar do tempo.
Não é permitida a intervenção de terceiros no controle concentrado, em virtude de sua natureza. 
Procedimento no STF - O procedimento que uma ação direta de inconstitucionalidade deve seguir está prescrito na Lei No 9.868/99 – Exige-se quorum mínimo de 8 ministros para se instalar a sessão de julgamento da ADIn e a inconstitucionalidade deve ser reconhecida pela maioria absoluta dos membros do STF. 
Declarada a inconstitucionalidade, não haverá necessidade de se oficiar ao Senado para que este suspenda a norma, pois a decisão do STF já é suficiente para esvaí-la do ordenamento jurídico, já que age como “legislador negativo”.
 - Essa retirada de validade da norma se dá apenas no aspecto da efetividade/eficácia da norma, já que o Judiciário não pode revogar uma lei (lei é sempre revogada por outra lei)
 - Efeitos – Uma vez declarada a inconstitucionalidade da lei ou ato normativo em discussão, a decisão terá os seguintes efeitos:
•	Ex tunc, retroativo como consequência do dogma da nulidade, que por ser inconstitucional, torna-se nula, por isso perde seus efeitos jurídicos. 
•	Erga omnes, será assim oponível contra todos.
•	Vinculante, relaciona-se aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública Federal, Estadual e Municipal. Uma vez decidida procedente a ação dada pelo STF, sua vinculação será obrigatória em relação a todos os órgãos do Poder Executivo e do Judiciário, que daí por diante deverá exercer as suas funções de acordo com a interpretação dada pelo STF.
OBS – A decisão não vincula o Poder Legislativo, que pode, não obstante o posicionamento do Tribunal, dispor, em novo ato legislativo, sobre a mesma matéria versada em legislação anteriormente declara inconstitucional,. 	
Represtinatório - em princípio é possível que determinada lei anteriormente revogada seja restaurada em decorrência da revogação daquela inconstitucional.
OBS – Excepcionalmente porém, pode o Supremo, presente a necessidade de segurança jurídica e interesse social, estabelecer outros efeitos (ex nunc ou pro futuro) para a decisão exarada no ADIn (“manipulação dos efeitos de declaração ou técnica da modulação dos efeitos”). O STF pode, inclusive, decidir sobre se haverá ou não recuperaçãoda lei revogada pela norma declarada inconstitucional.
 - Liminar – Havendo perigo de lesão irreparável, poderá o STF conceder medida cautelar para suspender liminarmente a eficácia e a vigência da norma impugnada. Essa decisão, todavia, produzirá efeitos ex nunc, salvo se o tribunal excepcionalmente lhe emprestar efeitos retroativos. 
OBS - Em regra, a norma sobre qual recai ação direta cuja providência cautelar tenha sido deferida, deixa não só de produzir efeitos (perda de eficácia) como tem sua vigência suspensa, ou seja, permite que eventuais normas pretéritas por ela revogadas retornem sua vigência.
Vinculação do pedido – Em sede de ação direta de inconstitucionalidade, o tribunal fica vinculado ao pedido (como sói acontecer em qualquer ação), mas não à causa de pedir (diferentemente do que ocorre nas ações de índole subjetivas).
- Isso significa dizer que pode o STF declarar a inconstitucionalidade de determinada norma mediante fundamento diverso daquele aventado pelo autor da ação.
b) (ADIn) Por omissão – artigo 103, § 2º da CF. – Regulamentado pela lei 12.063/2009 (disciplina processual)
A Constituição Federal determinou que o Poder Público competente adotasse as providências necessárias em relação a efetividade de uma determinada norma constitucional. Dessa maneira, quando esse poder cumpre com a obrigação que lhe foi atribuída pela CF, está tendo uma conduta positiva, garantindo a sua finalidade que é a de garantir a aplicabilidade e eficácia da norma constitucional.
Quando o Poder Público deixa de regulamentar ou criar uma nova lei ou ato normativo, ocorre uma inconstitucionalidade por omissão. Resulta então, da inércia do legislador, falta de ação para regulamentar uma lei inconstitucional.
 Essa conduta é tida como negativa. E é a incompatibilidade entre a conduta positiva exigida pela Constituição e a conduta negativa do Poder público omisso, que resulta na chamada inconstitucionalidade por omissão.
O objetivo da ação direta de Inconstitucionalidade por omissão é, segundo Alexandre de Moraes, dar total eficácia às normas constitucionais (de eficácia limitada) que necessitam de complementação ou regulação infraconstitucional. A inconstitucionalidade reside justamente na inércia do poder público.
Os mecanismos usados para evitar a inércia do Poder Público são o Mandado de Injunção na via difusa O (art. 5º LXXI) e a ação direta de inconstitucionalidade por omissão na via concentrada.
A medida está prevista no artigo 103, § 2º da CF. 
Infere-se do dispositivo acima que são legitimados passivos da ação direta de inconstitucionalidade por omissão quaisquer órgãos – sejam do Poder Legislativo, do Executivo ou do Judiciário – Encarregados da produção da norma faltante ou até mesmo da iniciativa do projeto da norma ainda inexistente (e inexistente justamente por falta dessa iniciativa).
As omissões objeto dessa espécie de ação direta de inconstitucionalidade referem-se à ausência de normas federais, estaduais ou distritais relativas à competências Estaduais.
Os legitimados para propor esse tipo de ADIn são os mesmos da ADIn genérica e o procedimento a ser seguido também.
O Advogado-Geral da União não participa do feito, já que não existe norma infraconstitucional a ser defendida nem há que se falar em “defesa da inércia legislativa”.
Ao declarar a ADIn por omissão, o STF deverá dar ciência ao Poder ou órgão competente para, se for um órgão administrativo, adotar as providências necessárias em 30 dias. Caso seja o Poder Legislativo, deverá fazer a mesma coisa do órgão administrativo, mas sem prazo preestabelecido. 
Uma vez declara a inconstitucionalidade e dada a ciência ao Poder Legislativo, fixa-se judicialmente a ocorrência da omissão, com seus efeitos.
Os efeitos retroativos da ADIn por omissão são ex tunc e erga omnes, permitindo-se sua responsabilização por perdas e danos, na qualidade de pessoa de direito público da União Federal, se da omissão ocorrer qualquer prejuízo.
Dessa maneira a decisão nesse tipo de ADIn tem caráter obrigatório ou mandamental, pois o que se pretende constitucionalmente é a obtenção de uma ordem judicial dirigida a outro órgão do Estado.
A lei nº 12.063/2009 - inovou a matéria, passando a admitir medida cautelar em ADO. 
c) (ADIN) Interventiva
A representação interventiva é uma medida excepcionalíssima prevista no artigo 34, VII da CF e fundamenta-se na defesa da observância dos Princípios Sensíveis. 
Tem a finalidade de declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual contrário aos princípios relacionados no artigo 34, II da CF – e a consequente intervenção federal no Estado ou Distrito Federal objetivando restabelecer a ordem constitucional na unidade federativa. 
O objeto do processo pode não ser a declaração de inconstitucionalidade em tese de um ato estadual, mas sim, a solução de um conflito entre União e Estado-membro, que pode desembocar em uma intervenção. 
São assim denominados, pois sua inobservância pelos Estados-membros ou Distrito Federal no exercício de suas competências, pode acarretar a sanção politicamente mais grave que é a intervenção na autonomia política.
Dessa maneira, toda vez que o Poder Público, no exercício de sua competência venha a violar um dos princípios sensíveis, será passível de controle concentrado de constitucionalidade, pela via de ação interventiva. 
Quem decreta a intervenção é o chefe do Poder Executivo (Presidente da República), mas depende da requisição do Supremo Tribunal Federal, o qual se limitará a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade. 
A representação interventiva é uma ação que possui uma natureza (finalidade) jurídico-político.
Ao ser violado o princípio sensível pelo governo e o STF processar e julgar procedente a representação interventiva, o Presidente da República fica obrigado a expedir o decreto interventivo, sustando os efeitos da lei, para que deixe de utilizá-la por ser inconstitucional.
Assim, declara a inconstitucionalidade formal ou material da lei ou ato normativo estadual. Essa é a dimensão jurídica. 
Caso o governo insista, o Presidente vai expedir um novo decreto afastando o governador do cargo.
Com isso, decreta a intervenção federal no Estado-membro ou Distrito Federal, constituindo-se um controle direto, para fins concretos. Essa a dimensão política.
Na ADIN por intervenção, não é viável a concessão de liminar.
A legitimidade para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade por intervenção está prevista na CF, artigo 36, III. – Procurador Geral da República. 
Essa espécie de ADIN é provocada por requisição. Uma vez decretada a intervenção, não haverá controle político, pois a CF exclui a necessidade de apreciação pelo Congresso Nacional. Sua duração, bem como os limites, serão fixados no Decreto presidencial, até que ocorra o retorno da normalidade do pacto federativo.
2) Ação declaratória de constitucionalidade (ADC ou ADECON): (tem objetivo oposto ao da ADIN)
A ação declaratória de constitucionalidade é uma modalidade de controle por via principal, concentrado e abstrato, cuja finalidade da medida é muito clara: afastar a incerteza jurídica e evitar as diversas interpretações e contrastes que estão sujeitos os textos normativos. 
A lei tem Presunção Relativa e com a ADECON busca-se definir sua presunção Absoluta – 
Há casos em que câmaras ou turmas de um mesmo tribunal firmam linhas jurisprudenciais contrárias.
Isso tudo envolve um grande número de pessoas, onde por essa razão se faz necessário uma segurança jurídica acerca das razões de interesses públicos, a qual é estabelecida pela ação direta de constitucionalidade, para assim tornar mais rápida a definição do Poder Judiciário.
De acordo com o artigo 102 da CF, cabe ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar a ação declaratória constitucional.
Em relação a legitimidade para a propositura dessa ação a Carta Magna elenca em seu artigo 103. Todos os agentes políticos e órgãos previstos no dispositivo constitucional

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