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Diagnóstico por imagem Resumo av3

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Diagnóstico por imagem
- AV2: Raphael Chagas.
Introdução.
Todos os tipos de substâncias encontradas na natureza são combinações de um número relativamente pequeno de matéria química básica, denominada elemento. E cerca de 98% do planeta é constituído basicamente por seis elementos principais: ferro, oxigênio, magnésio, silício, enxofre e níquel.
Esses elementos, por sua vez, são constituídos por átomos, que são estas variações nesta estrutura dão origem à radioatividade.
Número de massa (A) – nº prótons + nº nêutrons
Número atômico (Z) – nº prótons
1.2 A radioatividade: é derivada de um núcleo instável maior ponto energético - emissão espontânea de partículas ou radiação chegando ao núcleo estável, menor ponto energético.
A radiação acontece quando o elemento quer chegar a estabilidade, e para isso tem a emissão de radiação (excesso de energia) e consequentemente na transformação em outro átomo. No caso a Radiação é a transmissão de energia (energia que se move) de um sistema para outro por meio de ondas eletromagnéticas (calor, luz, raios UV, raio-x e gama) ou então de partículas dotadas de massa (radiação alfa e beta), CAUSANDO DANOS BIOLOGICOS.
A radiação pode ser classificada de acordo com o efeito que produz na matéria com a qual interage:
Ionizante = é aquela cujo fótons ou partículas produzem íons na matéria com a qual interagem. Esta ionização pode produzir danos nos tecidos biológicos.
Não-ionizante = luz e calor.
DECAIMENTO.
Nessas definições de termos também temos o decaimento. O decaimento radioativo natural ocorre quando o núcleo do átomo de algum elemento químico é instável e, então, ele como que “se parte”, liberando radiações eletromagnéticas e desintegrando-se. Um núcleo é instável quando ele possui mais de 84 prótons (todos os elementos com número atômico (Z) igual ou superior a 84, isto é, do polônio em diante). As radiações alfa e beta são partículas que possuem massa e são eletricamente carregadas.
Os raios gama são ondas eletromagnéticas que diferenciam-se dos raios X devido à sua origem (Nuclear)
Os raios X são emissões eletromagnéticas de natureza semelhante à luz visível.
Quanto aos tipos principais de radiações, temos:
Alfa - α: Particulada, tem massa, por isso maior interação com a matéria; 2 prótons e 2 nêutrons unidos no núcleo; Seu decaimento pode ser seguido por um decaimento - ou ou ambos; Alto poder de ionização, energia na faixa de 3 a 9 MeV; Alcance curto (10-6 cm), aproximadamente 0,03 mm no tecido corporal; Muitos radionuclídeos naturais como, urânio, tório, bismuto, radônio emitem várias radiações alfa, em suas transições nucleares
Radiação alfa
A radiação alfa é, na verdade, um feixe de partículas. O decaimento alfa acontece quando um núcleo (natural ou produzido artificialmente), em geral pesado, emite uma partícula composta por dois prótons e dois nêutrons, ou seja, por um núcleo de hélio. Alguns exemplos de emissores alfa são o urânio-238, o urânio-235, o plutônio-239 e o paládio-231. A partir da definição de emissão alfa, observamos que, caso o núcleo tenha uma desproporção entre prótons e nêutrons, a emissão alfa não será capaz de igualar o número de prótons e o de nêutrons, uma vez que, a cada radiação alfa, o átomo perde 2 prótons e 2 nêutrons. Para exemplificar, imagine um átomo hipotético Y que apresente 100 prótons (número atômico) e 115 nêutrons (número de massa = 100 + 115 = 215). 
Portanto, chegamos a uma conclusão importante: somente a emissão alfa não é suficiente para estabilizar um núcleo que apresenta diferença entre número de prótons e de nêutrons; logo, em busca da estabilidade, o átomo Y deverá, além da emissão alfa, emitir outras partículas radioativas, como veremos adiante. Contudo, já que a emissão alfa, por si só, não estabiliza o núcleo, por que ela acontece? Bem, como a emissão alfa ocorre em átomos com número de massa muito elevado, e, a cada emissão, o número de massa diminui, parece que o objetivo da emissão alfa é justamente diminuir a massa do núcleo; afinal, excesso de massa não deixa de ser excesso de energia, se considerarmos a massa como energia condensada. Por outro lado, é claro que, para igualar o número de prótons e nêutrons, isto é, equilibrar o núcleo, outros tipos de emissão são necessários.
Agora, vamos discutir algumas características da radiação alfa. Se levarmos em consideração que ela apresenta massa (2 prótons e 2 nêutrons), poderemos concluir que essa radiação é um corpo de tamanho considerável (levando em conta a escala dos tamanhos atômicos). Assim, a radiação alfa tem alta probabilidade de colidir com outros átomos e produzir ionização. Como uma pedra arremessada contra uma tela: quanto maior a pedra, maior a possibilidade de colidir contra a malha da tela e ter sua trajetória interrompida ou desviada.
Beta – β: Os pósitrons tem meia vida curta, sofrendo uma “aniquilação”. Os Efeitos equivalentes, sendo necessários blindagem. Seu poder de penetração é pequeno e depende de sua energia. Logo, para o tecido humano, consegue atravessar espessura de alguns milímetros.Esta propriedade, permite aplicações médicas em superfícies da pele ou na aceleração da cicatrização de cirurgias plásticas ou do globo ocular.
b.1: Beta menos (β-) – Emissão de Elétrons. Também chamado de “Radiação Beta – (Négatron)”: Particulada, tem massa, por isso maior interação com a matéria; ocorre em núcleos ricos em nêutrons. A partícula beta negativa ou négatron se assemelha a um elétron, ou seja, é uma partícula com massa muito pequena; porém, ao contrário dos elétrons que habitam a eletrosfera, as partículas beta se encontram no núcleo, isto é, a partícula beta é o elétron do núcleo. Estranho, não? Pois é, como dissemos, a física teve de criar vários modelos de partículas fundamentais, além dos conhecidos prótons, nêutrons e elétrons, para explicar os fenômenos que ocorrem nos núcleos atômicos. Para entender a emissão da partícula beta (–), imagine o seguinte: como ela se encontra no núcleo, tem massa muito pequena e carga negativa, cada vez que emite tal partícula o núcleo fica menos negativo (ou mais positivo), ou seja, o efeito observado é de como se um nêutron se transformasse em um próton. Imagine um átomo de carbono com 6 prótons e 8 nêutrons (6C14). Como a diferença entre o número de prótons e nêutrons é diferente de zero, o núcleo desse átomo está instável, não é mesmo? Imagine, então, que ocorra uma emissão de radiação beta(–). O que acontecerá? Neste caso, irá perder-se um nêutron e se ganhará um próton; assim, o número de massa não será alterado, mas o número atômico aumentará em 1 unidade. Como o número atômico terá mudado, o átomo deixará de ser carbono e passará a ser nitrogênio – no caso 6C14 passa a ser 7N14, que, agora, sim, é estável, já que tem igual número de prótons e de nêutrons. Concluímos que: A cada emissão beta(–), o número atômico aumenta em 1 unidade e o número de massa se mantém constante. A cada emissão beta(–) um nêutron se transforma em um próton. Como as partículas beta têm muito menos massa que as alfa, seu poder de colisão (ioniza- ção) é menor; porém, elas apresentam maior poder de penetração; para detê-las, é necessária uma folha de alumínio.
Resumindo as principais características das radiações beta: são partículas; são bastante ionizantes, porém menos ionizantes que as partículas alfa; são mais penetrantes que as partículas alfa; são eventualmente utilizadas em humanos.
b.2: Beta mais (β+) – Pósitrons: A “Radiação Beta + (Pósitron)”: Ocorre em núcleos deficientes em nêutrons ou ricos em prótons. Após a emissão do pósitron o núcleo pode permanecer excitado, e é perdido na forma de uma emissão gama na casa de 1,27 MeV. Os físicos nucleares identificaram outra partícula no núcleo, a qual denominaram pósitron, que, na realidade, é um elétron de carga positiva (isso mesmo!), que se situa no núcleo - em razão das suas características, os pósitrons são também conhecidos como antielétrons. A emissão de radiação beta positiva (pósitron) causa um efeito no núcleoque faz com que próton se transforme em nêutron. Logo: A cada emissão beta (+) o número atômico diminui em 1 unidade e o número de massa se mantém constante.
Ou seja: A cada emissão beta (+) um próton se transforma em um nêutron. Agora que já estudamos as emissões beta, vamos entender como os físicos nucleares criam radionuclídeos emissores desse tipo de radiação. Basta pegar um átomo estável (com mesmo número de prótons e nêutrons), bombardear seu núcleo e criar isótopos desse átomo com números de massa diferentes (excesso ou falta de nêutrons). Vejamos um exemplo hipotético: imagine um átomo estável ZXA. Se, por meio de reações nucleares, criarmos o isótopo ZXA+1 (excesso de nêutron), ele irá emitir radiação beta(–) para se estabilizar. Agora, se criamos o isótopo ZXA–1 (déficit de nêutron), ele irá emitir radiação beta (+) para buscar a estabilidade. Vamos agora estudar o terceiro tipo de radiação nuclear. PET-scan As emissões beta (+) são utilizadas em um exame diagnóstico de altíssima precisão denominado PET-scan. O termo PET significa tomografia com emissão de pósitrons. O princípio desse exame se baseia no fato de que tecidos com maior atividade metabólica consomem mais glicose – é o que ocorre em células tumorais, células inflamatórias ou áreas cerebrais que estejam mais ativas em determinados momentos. Logo, se conseguirmos visualizar esses tecidos, poderemos diagnosticar precocemente vários tipos de câncer ou então estudar as funções do cérebro com o paciente acordado, solicitando a ele que execute tarefas diferentes e observando que área cerebral fica mais ativa.
Gama – γ: São fótons emitidos pelo núcleo do átomo durante uma transição (excesso de energia); Surgem após o núcleo emitir uma partícula (radiação alfa, beta, etc); São muito penetrantes. Apesar de se originarem do núcleo atômico, as radiações gama são diferentes das radiações alfa e beta, uma vez que essas são partículas, enquanto a radiação gama é uma onda.NETRONS
São emitidos pelo núcleo do átomo; não possuem carga – grande poder de penetração; É um dos tipos de radiação mais nocivos à saúde; Uso médico restrito.
Existem vários modelos e teorias para tentarmos explicar como o núcleo emite as radiações gama; entretanto, basta sabermos que estas normalmente acompanham a emissão de partículas alfa ou beta. Estudamos no capítulo anterior a natureza das radiações gama. Na verdade, elas nada mais são do que ondas eletromagnéticas de altíssima frequência (acima de 1020 Hz). 
Vamos recordar o espectro eletromagnético, já estudado anteriormente, que destaca o poder de transferência de energia das ondas desse espectro (muitas das quais de natureza ionizante).
As ondas com frequência muito elevada (acima de 1016 Hz), por transportarem muita quantidade de energia, têm capacidade de extrair elétrons, sendo, portanto, ionizantes, apesar de sua natureza ondulatória. As ondas ionizantes são os raios X (que discutiremos mais adiante) e os raios gama.
Observe, que, após uma emissão gama, não ocorre alteração no número atômico nem no número de massa do átomo emissor. Em razão da sua natureza ondulatória e da ausência de massa, a radiação gama apresenta duas importantes diferenças em relação às emissões alfa e beta. Em primeiro lugar, seu potencial de ionização é menor, mas isso não significa que seja desprezível; ao contrário, a exposição a radiações gama pode provocar grandes danos aos tecidos. Em segundo lugar, seu potencial de penetração é muito maior, tanto é que, para deter uma radiação gama, é necessária uma parede de chumbo. Por esse motivo, os centros de medicina nuclear precisam ser construídos com paredes que possuam camadas de chumbo, e os funcionários devem utilizar aventais de chumbo.
Chamamos de camada semirredutora (CSR) a medida da espessura de qualquer material necessária para reduzir a intensidade do feixe radioativo à metade. A CSR apresenta um comportamento exponencial, assim como a meia-vida de decaimento. O conceito de camada semirredutora é muito importante em proteção radiológica. Veja, na Figura a seguir, a diferença de penetrância das radiações nucleares. Logo, as principais características das radiações gama são as seguintes: As radiações gama são ondas eletromagnéticas; normalmente acompanham a emissão alfa e/ou beta; são ionizantes, porém menos ionizantes que as partículas alfa e beta; são bem mais penetrantes que as partículas alfa e beta; são utilizadas em humanos.
Raios-x: A radiografia se trata de um exame em que os tecidos são atravessados por raios (radiações X), que sensibilizam um filme de acordo com a densidade de cada tecido. Na realidade, os raios X queimam o filme (chapa), fazendo-o ficar preto, porém, de acordo com a densidade de determinado tecido, os raios X não o atravessam tão bem, e daí o filme fica menos preto. Os ossos, por exemplo, por serem mais densos, não permitem que os raios X cheguem completamente ao filme e, portanto, aparecem quase brancos nas chapas. 
Dessa maneira, a radiografia discrimina tecidos com quatro densidades diferentes: densidade óssea, densidade de partes moles, densidade de gordura e densidade aérea. Basta olhar uma radiografia para perceber que não é possível verificar muitos detalhes através dela, porém, por ser um exame de baixo custo, ainda tem grande utilidade.
Atualmente, sabemos que os raios X podem acompanhar emissões nucleares; porém, a maneira mais comum de se obter os raios X é por meio do choque de elétrons submetidos a um campo elétrico de altíssima voltagem, no interior de uma ampola. Sabemos que os raios X podem ser produzidos quando elétrons são acelerados em direção a um alvo metálico (p. ex., o tungstênio).
O choque do feixe de elétrons (que saem do cátodo) com o ânodo (alvo) produz os raios X.
Chamamos esse processo de raios X de frenagem. Com a frenagem dos elétrons, sua energia cinética é transferida ao espaço na forma de uma perturbação eletromagnética que se propaga na forma de ondas (como a energia cinética da pedra que cai na piscina e transfere energia para a água, produzindo ondas sobre a lâmina de água).
Como os raios X são formados a partir do choque de um feixe de elétrons, fica claro que os raios X são uma radiação que se origina na eletrosfera, e não no núcleo atômico, diferindo portanto das radiações alfa, beta e gama, que são emitidas pelo núcleo do átomo. Por se tratar de uma radiação eletromagnética, assim como a radiação gama, os raios X apresentam alta penetrância. Barreiras de chumbo são necessárias para uma adequada radioproteção em ambientes nos quais existem aparelhos de radiografia.
Quanto ao poder de ionização dos raios X, precisamos tecer alguns comentários importantes. O que determina o poder de ionização dos raios X não são suas características intrínsecas, mas, sim, a voltagem que colocamos no aparelho. Em uma radiografia convencional, ficamos expostos aos raios X por apenas uma fração de segundos e o aparelho é calibrado com uma voltagem que faz com que o grau de ionização seja desprezível. Mesmo assim, gestantes devem evitar ao máximo a exposição aos raios X.
Entretanto, se a voltagem for muito aumentada e o tempo de exposição for alargado, os raios X, podem apresentar um grau de ionização maior que os raios gama. Desse modo, os raios X podem ser utilizados em radioterapia para exterminar células de tumores malignos. Em síntese, apresentamos as principais características dos raios X: As radiações X: são ondas eletromagnéticas; originam-se na eletrosfera; apresentam poder de ionização variável; são tão penetrantes quanto as radiações gama; são utilizadas em humanos.
Diagnostico de imagem: Na realização de um exame radiológico, a partir da interação dos raios X com a matéria, a última etapa da cadeia de obtenção de uma imagem radiográfica é o registro da imagem da anatomia de interesse sobre um elemento sensível a radiação. O elemento sensor, que será o filme radiográfico, está posicionado atrás do paciente, dentro de um acessório chamado chassi, que é colocado em uma gaveta (porta-chassi), sob a mesade exames. Para alguns tipos de exames, o chassi pode ser posicionado em suportes verticais acoplados ao Bucky vertical (grade antidifusora), ou ainda sob pacientes radiografados em leitos.
O filme radiográfico é pouco sensível à radiação X, pois somente 5percent dos fótons incidentes são absorvidos e contribuem para a formação da imagem, sendo necessário a utilização de um outro material para detectar e registrar a imagem formada pela radiação ao atravessar o paciente. Os melhores elementos de interação com a radiação são os fósforos (convertem ondas eletromagnéticas em luz). Porém os fósforos não tem capacidade de registrar a imagem por um longo período. Um acessório chamado tela intensificadora (écran), composta de uma lâmina plástica recoberta com fósforo, é colocada na frente do filme para converter a radiação X em luz. Assim, o filme é construído para ser sensível à luz, e não à radiação. Por esse motivo, o filme deve ser protegido da luz para que não vele durante o manuseio, antes ou após o exame radiográfico.
Contraste virtual: O corpo humano apresenta índices de absorção de radiação bastante diferenciados. Sabemos, por exemplo, que para que os ossos sejam penetrados por raios X, estes precisam ser de maior energia do que para a penetração de tecidos moles. Após a interação da radiação com as diferentes estruturas do corpo, emerge destas uma radiação cuja a distribuição é diferente daquela que penetrou no corpo, devido ao fato de, no trajeto, haver transposto estruturas de características diferenciadas. A essa nova distribuição de energias que compõem o feixe, dá-se o nome de contraste virtual.
A quantidade de contraste virtual produzida é determinada pelas características do contraste físico do objeto (número atômico, densidade e espessura) e também pelas características de penetração (espectro de energia dos fótons) do feixe de raios X. O contraste e reduzido conforme aumenta a penetração dos raios X através do objeto.
Imagem latente: Quando o feixe de radiação emerge do paciente e interage com os elementos sensíveis presentes no filme ocorre um fenômeno físico que faz a estrutura física dos microcristais de haletos de prata do filme radiográfico ser modificada, formando o que se conhece como Imagem Latente. A visualização somente será possível pelo processo de revelação, que fará com que aqueles microcristais que foram sensibilizados sofram uma redução de maneira a se transformarem em prata metálica enegrecida. É importante lembrar que a imagem já esta formada, porém não pode ser visualizada, por isso deve-se ter cuidado na sua manipulação.
Apenas quando a prata for enegrecida, suspensa na gelatina, a imagem será visível na radiografia e supõe-se que conterá as informações acerca das estruturas irradiadas.
Fatores influentes na imagem: Pode-se avaliar a imagem radiográfica a partir de quatro fatores:
A. DensidadeTodos estes quatro fatores e a forma como podem ser controlados ou afetados serão descritos, começando com a densidade
C. Detalhe
B. Contraste
D. Distorção
A. Densidade
Definição: Densidade radiográfica (óptica) pode ser descrita como o grau de enegrecimento da radiografia processada.
Quanto maior o grau de enegrecimento, é menor a quantidade de luz que atravessará a radiografia quando colocada na frente de um negatoscópio ou de um foco de luz.
Fatores de controle: O fator primário de controle da densidade é o mAs, que controla a quantidade de raios X emitida pelo tubo de raios X durante uma exposição. Assim, a duplicação do mAs duplicará a quantidade de raios X emitida e a densidade.
Regra de mudança da densidade: O ajuste de corrente (mAs) deve ser alterado em no mínimo 30 a 35 (por cento) para que haja uma modificação notável na densidade radiográfica. Portanto, se uma radiografia for subexposta o suficiente para ser inaceitável, um aumento de 30percent a 35percent produziria uma alteração notável, mas geralmente não seria suficiente para corrigir a radiografia. Uma boa regra geral sugere que a duplicação geralmente é a alteração mínima do mAs necessário para corrigir uma radiografia subexposta (uma que seja muito clara).
B. Contraste
Definição: O contraste radiográfico é definido como a diferença de densidade em áreas adjacentes de uma radiografia ou outro receptor de imagem. Também pode ser definido como a variação na densidade. Quanto maior esta variação, maior o contraste. Quanto menor esta variação ou menor a diferença de densidade de áreas adjacentes, menor o contraste.
O objetivo ou função do contraste é tornar mais visível os detalhes anatômicos de uma radiografia. Portanto, o contraste radiográfico ótimo é importante, sendo essencial uma compreensão do contraste na avaliação da qualidade. Um contraste menor significa escala de cinza mais longa, menor diferença entre densidades adjacentes.
Fatores de controle: O fator de controle primário para contraste é a alta-tensão (kV). A kV controla a energia ou a capacidade de penetração do feixe primário. Quanto maior a kV, maior a energia e mais uniforme é a penetração do feixe de raios X nas várias densidades de massa de todos os tecidos. Assim, maior kV produz menor variação na atenuação (absorção diferencial), resultando em menor contraste.
A alta-tensão (kV) também é um fator de controle secundário da densidade. Maior kV, em raios X de maior energia, e estes chegando ao filme produzem um aumento correspondente da densidade geral. Uma regra simples e prática afirma que um aumento de 15 (por cento) na kV produzirá aumento da densidade igual ao produto produzido pela duplicação do mAs.
Sumário: Deve ser usada a maior kV e o menor mAs que proporcionem informação diagnóstica suficiente em cada exame radiográfico. Isto reduzirá a exposição do paciente e, em geral resultará em radiografias com boas informações diagnósticas (o equipamento deve permitir).
C. Detalhe
Definição: O detalhe pode ser definido como a nitidez de estruturas na radiografia. Essa nitidez dos detalhes da imagem é demonstrada pela clareza de linhas estruturais finas e pelas bordas de tecidos ou estruturas visíveis na imagem radiográfica. A ausência de detalhes é conhecida como borramento ou ausência de nitidez.
Fatores de controle: A radiografia ideal apresentará boa nitidez da imagem. O maior impedimento para a nitidez da imagem relacionado ao posicionamento é o movimento.
Outros fatores que influenciam no detalhe são tamanho do ponto focal, DFoFi (Distância foco-filme) e DOF (Distância objeto-filme). O uso de menor ponto focal resulta em menor borramento geométrico, ou seja, em uma imagem mais nítida ou melhores detalhes. Portanto, o pequeno ponto focal selecionado no painel de controle deve ser usado sempre que possível.
A perda de detalhes é causada com maior freqüência por movimento, seja voluntário ou involuntário, basicamente controlado pelo uso de dispositivos de imobilização, controle respiratório e uso de pequenos tempos de exposição.
O uso do pequeno ponto focal, a menor DOF possível e uma DFoFi maior, também melhora os detalhes registrados ou a definição na radiografia conforme descrito e ilustrado adiante.
Sumário para controle de detalhes:
1. Pequeno ponto focal – usar pequeno ponto focal, sempre que possível, para melhorar os detalhes.
2. Menor tempo de exposição – usar menor tempo de exposição possível para controle voluntário e movimento involuntário.
3. Velocidade filme/écran – Usar velocidade filme-écran mais rápida para controlar os movimento voluntário e involuntário.
4. DFoFi – usar maior DFoFi para melhorar os detalhes.
5. DOF – usar menor DOF para melhorar os detalhes.
D. Distorção
Definição: O quarto fator de qualidade da imagem é a distorção, que pode ser definida como a representação errada do tamanho ou do formato do objeto projetado em meio de registro radiográfico. A ampliação algumas vezes é relacionada como um fator separado, mas, como é uma distorção do tamanho, pode ser incluída com a distorção do formato. Portanto, a distorção, seja de formato ou de tamanho, é uma representaçãoerrada do objeto verdadeiro e, como tal, é indesejável.
Entretanto, nenhuma radiografia é uma imagem exata da parte do corpo que esta sendo radiografada. Isso é impossível porque há sempre alguma ampliação e/ou distorção devido á DFoFi e à divergência do feixe de raios X. Portanto, a distorção deve ser minimizada e controlada.
 
Divergência do feixe de raios X: Este é um conceito básico, porém importante, a ser compreendido em um estudo de posicionamento radiográfico. A divergência do feixe de raios X ocorre porque os raios X originam-se de uma fonte estreita no tubo e divergem ou espalham-se para cobrir todo o filme ou receptor de imagem.
O tamanho do feixe de raios X é limitado por colimadores ajustáveis, que absorvem os raios X periféricos dos lados, controlando, assim, o tamanho do campo de colimação. Quanto maior o campo de colimação e menor o DFoFi, maior o ângulo de divergência nas margens externas. Isso aumenta o potencial de distorção nestas margens externas.
Sumário: A distorção, que é um erro na representação do tamanho e do formato da imagem radiográfica, pode ser minimizada por quatro fatores de controle:
1. DFoFi – Aumento da DFoFi diminui a distorção (também aumenta a definição).
Obs.1: A distância DFoFi padrão é de 102 a 107 cm, apesar de haver estudos flexibilizando essa distância para até 122 cm a fim de reduzir a exposição do paciente e de melhorar os detalhes por minimizar a divergência do feixe. Mas em função do aumento do fator mA (aumento de 50percent na mudança de 102 para 122 cm) a distância padrão acima permanece.
 
2. DOF – Diminuição da DOF diminui a distorção (combinada a um pequeno ponto focal, a diminuição da DOF também aumenta a definição).
 
3. Alinhamento do objeto – A distorção é diminuída com o alinhamento correto do objeto filme (o plano do objeto está paralelo ao plano do filme).
 
4. RC – O posicionamento correto do RC reduz a distorção porque a porção mais central do feixe de raios X com a menor divergência é mais bem utilizada.
 
MEIA-VIDA (T1/2)
Tempo necessário para que metade dos átomos emita radiação. (tempo de desintegração).
Cada elemento tem um valor de meia-vida característico
Exemplo: o iodo-131, possui uma meia vida física de aproximadamente oito dias, isto quer dizer que a cada oito dias a atividade de uma amostra deste elemento se reduz à metade.
T ½ = 10h. Qual a porcentagem desintegrada e a que sobrou após 30h ?
Ao interagirem com a matéria, as radiações transferem parte ou toda sua energia para os átomos ou moléculas por onde passam.
Principais consequências: Excitação (As radiações interagem transferindo parte ou toda energia para os elétrons dos materiais alvo. Aumenta a energia do elétron.) e Ionização (Quando uma quantidade suficiente de energia é depositada, o elétron pode ser arrancado do campo elétrico do núcleo e o átomo é IONIZADO. A IONIZAÇÃO é processo de remoção do elétron por deposição de energia em um átomo. O potencial de ionização de um átomo é a quantidade de energia necessária para ionizar o seu elétron menos fortemente ligado. Ou seja, Aumenta a avidez e é mais nociva do que a excitação).
 
Radiações diretamente ionizantes – consiste de partículas carregadas que interagem diretamente com a matéria;
Radiações indiretamente ionizantes – incluem partículas neutras como os nêutrons, e fótons de alta energia tais como raios X e gama. Transferem energia para os elétrons, e estes provocam ionização.
Possibilidades da radiação incidindo em uma célula:
Atingir uma molécula:
a.1) Produzir dano: Reversível ou Irreversível
a.2) Pode ou não levar à indução de efeito biológico: morte celular ou reprodução - perpetuação do dano.
O fenômeno da indução de efeitos biológicos pela interação da radiação com organismos vivos é de natureza PROBABILÍSTICA.
Danos Diretos: A radiação interage diretamente com um átomo da célula A interação	pode produzir dano molécula da célula
Exemplo: quebra de fita de DNA.
Danos Indiretos: Danos em moléculas de água - radiólise da água e a Produção de radicais livres e Combinações	químicas	entre	radicais	livres gerando mais radicais livres e Desativar certas moléculas chamadas de radicais livres. No organismo humano, os radicais livres usualmente vêm na forma de oxigênio atômico, eletricamente desequilibrado. O átomo de oxigênio precisa ser oxidado (isto é receber um elétron) e este processo de oxidação pode ser muitas vezes nocivo (cancerígeno, por exemplo).
Sequência de eventos: 
Efeitos físicos. 
Físicos e químicos 
Químicos
Químicos e biológico
Biológicos. 
Classificam-se conforme sua variação quanto:
ao tempo de manifestação
ao tipo de célula atingida
à quantidade de energia depositada
Efeitos Agudos:
característicos de exposições a doses elevadas e manifestam-se em, no máximo, dois (seres humanos). Exemplos: eritema, síndrome aguda
Efeitos Tardios:
característicos de exposições a pequenas doses, manifestam-se em anos ou dezenas	de anos (seres humanos). ex: câncer. 
TIPO DE CÉLULA ATINGIDA:
Efeitos Somáticos:
alterações provocadas pela interação da radiação ionizante com qualquer célula do organismo, exceto as reprodutivas
manifestam-se no próprio indivíduo irradiado
ex: câncer e catarata.
Efeitos Genéticos (hereditários):
- Alterações provocadas pela interação da radiação ionizantes com as células reprodutivas do organismo. Manifestam-se nos descendentes do individuo irradiado. 
Ex: Mutações genicas. 
Efeitos Estocásticos:
Ocorrem com doses pequenas de radiação, Não apresentam	um limiar de dose para	sua ocorrência. A probabilidade	de ocorrência	aumenta com o aumento da dose. Por menor que seja a dose, está sempre associada uma probabilidade diferente de zero para a ocorrência deste tipo de efeito
Ex: Cancer. 
Efeitos Determinísticos (não-estocásticos): Ocorrem com doses elevadas de radiação, Apresentam um limiar de dose para sua ocorrência, A gravidade do efeito aumenta com o aumento da dose.
Exemplos: eritema, catarata. 
O fracionamento da dose pode diminuir o efeito, tanto a probabilidade quanto a gravidade. Tempo para ação dos mecanismos de reparo Técnica muito utilizada em radioterapia e maior recuperação dos tecidos sãos.
As blindagens são utilizadas para deter a propagação das radiações, evitando assim, exposições desnecessárias de pessoas envolvidas com fontes ou equipamentos que emitem radiação ionizante.
A minimização da dose depende da distância, tempo e tipo de blindagem: A radioproteção do pessoal que trabalha com radiação ionizante e do público é obtida garantindo que as doses de radiação absorvidas pelos indivíduos sejam mantidas abaixo dos níveis admissíveis. O aumento da distância interposta entre a fonte de radiação e os lugares em que as pessoas se encontram constitui um meio eficaz para reduzir as doses de radiação Muitas vezes somente este recurso é insuficiente e, portanto devem ser utilizados materiais como blindagem que absorvam a proporção necessária de radiação de modo que seja transmitida por eles uma dose menor que aquela correspondente aos limites autorizados. A ação como blindagem de um material é o resultado da interação da radiação com o mesmo. Então, a atenuação da taxa de dose deve-se à absorção de energia e à dispersão que o material provoca

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