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Cargas Elétricas no Solo

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Cargas Elétricas no Solo 
 
Em geral as partículas coloidais expõem seus grupos funcionais ao meio líquido polar 
(água do solo) e podem expressar o desbalanço eletrônico na forma de cargas elétricas. As 
cargas elétricas dos colóides podem ser negativas ou positivas. As cargas negativas existentes no 
solo podem ser classificadas em cargas permanentes e cargas dependentes do pH. 
As cargas elétricas permanentes somente são significativas em argilominerais 2:1 
(montmorilonita, vermiculita e ilita, entre outros). Nós consideramos cargas elétricas 
permanentes porque elas são originárias da imperfeição durante a formação e se localizam no 
interior da rede cristalina do mineral (Figura 1). Na lâmina tetraedral, alguns átomos de Si
+4
 
são substituídos por átomos de Al
+3
. O mesmo fenômeno ocorre na lâmina octaédrica, cuja 
substituição isomórfica mais comum é a do Al
+3
 pelo Mg
+2
. A menor valência do Al e Mg em 
relação ao Si e Al, respectivamente, dão origem ao déficit de cargas positivas, que se traduz no 
maior número de cargas negativas na partícula, que se distribuem em todos os átomos de 
oxigênio vizinhos. Este tipo de carga é mais comum nas argilas 2:1 expansivas. 
 
Figura 1: Representação da substituição isomórfica na estrutura dos argilo -minerais. 
 
As cargas negativas dependentes de pH encontram-se nas bordas dos argilominerias 
(grupos funcionais silanol e aluminol), na superfície dos óxidos e da matéria orgânica (Figura 2). 
Elas ocorrem em maior quantidade em solos tropicais, solos estes que, em sua maioria, possuem 
argilas do tipo 1:1 e óxidos de Fe e Al no sistema coloidal. Nesses solos, como a quantidade de 
cargas permanentes é muito baixa, a matéria orgânica passa a ser a fonte principal de cargas 
negativas, especialmente quando o solo é ácido (pH < 5,5) (Figura 3). O aumento dessas cargas 
com o pH tem grande importância prática em termos de acidez potencial, disponibilidade de 
nutrientes e de elementos tóxicos e nos fenômenos de dispersão e floculação do solo. 
 
Figura 2: Origem das cargas elétricas negativas dependentes do pH no húmus e nos 
argilominerais. 
 
Figura 3: Relação entre o pH da solução do solo e a variação nas cargas negativas (permanentes e 
dependentes do pH).

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