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Seminário

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE TECNOLOGIA 
DEPARTAMENTO DE MATERIAIS
Fabricação de Vidro Oco
Ana Amélia Seixas
Ana Beatriz Vieira
Olívia Macêdo
João Pessoa – 2017 
Vidro de Sopro
Os produtos derivados do vidro oco podem ser processados a quente de forma prensada ou soprada, por meio de processos mecanizados e automáticos. 
O mercado de vidro oco é composto por dois grandes segmentos: vidro para embalagem e vidro para uso doméstico. 
Por ser um material física e quimicamente inerte, o vidro é superior no acondicionamento de alimentos e bebidas, já que não transfere sabores indesejáveis aos produtos. 
O vidro também supera a concorrência de outros produtos de embalagem, como é o caso das latas, do polietileno tereftalato (PET), do policloreto de vinila (PVC), no isolamento entre o produto e o ambiente, protegendo o conteúdo da umidade, da temperatura e do oxigênio do ar. 
A diferença no vidro de embalagem ocorre fundamentalmente no formato e na coloração. Apesar de não existir restrição quanto ao uso da cor, há alguns produtos que utilizam embalagens quase exclusivamente de uma cor definida, como acontece com as garrafas de cerveja, que são predominantemente de cor âmbar.
Uma das principais vantagens da utilização do vidro como material de embalagem está associada ao aspecto da reciclagem, uma vez que o vidro é retornável, reutilizável e totalmente reciclável.
O vidro para uso doméstico pode ser dividido em dois grandes grupos: o de vidro sodocálcico (8 a 12% de óxido de cálcio e 12 a 17% de óxido alcalino), que compreende pratos, copos e xícaras, e o de vidro borossilicato, que engloba travessas, jarras e prato de microondas.
As peças de vidro são sopradas dentro de moldes de ferro fundido, os quais podem ser apenas polidos no seu interior ou revestidos de um camada de cortiça.
Podem ainda ser sopradas com o vidro parado ou então girando dentro do molde, dependendo do tipo de acabamento superficial que se deseja.
Processo Manual: 
O vidreiro usa um tubo de aço de 1.2 a 1.5 metros, que tem o nome de cana, para colher o vidro fundido.
A habilidade do vidreiro permite que ele colha a quantidade de vidro adequada ao tamanho da peça que quer fabricar. 
2- O vidro tem uma tensão superficial suficientemente baixa para molhar qualquer material quente, ficando assim o vidro aderido à ponta da cana.
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A partir daí, o vidreiro pode soprar o vidro através da cana contra as paredes do molde ou através de sopros sucessivos e usando ferramentas adequadas obter outras peças.
3- A peça de vidro já formada e presa ainda à cana pode ser reaquecida para receber qualquer complemento.
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Extração
Preparação da Bolha
Sopro
Gambo
Jarra
Corte
Fabricação automática de frascos e garrafas
Começou a dar certo quando se abandonou a ideia de copiar o processo manual;
Desenvolvida por Ashley, por volta de 1880;
Atualmente, a fabricação de garrafas é dividida em duas etapas;
Fabricação automática de frascos e garrafas
Os moldes são aquecidos com queimadores ou arrefecimento por circulação de água;
Problemas de alimentação das máquinas se tornaram mais desafiadores do que a própria criação do processo/máquinas;
BOUCHER, francesa e SCHILLER, alemã;
Fabricação automática de frascos e garrafas
Surgiram duas soluções para o problema de alimentação das máquinas; 
Owens é o criador do primeiro, em 1906, nos E.U.A.;
Foi o que primeiro permitiu uma alimentação automática e teve uma popularidade considerável, porém seu procedimento vem sendo abandonado, uma vez que requer grandes investimentos com molde maquinaria;
Fabricação automática de frascos e garrafas
Tendência atual: sistema de alimentação por gotas criado por PEILLER, em 1911, e desenvolvido a nível comercial em 1922, pela HARTFORD;
Owens foi quem também fabricou a primeira máquina para a produção de garrafas totalmente automática;
Vantagem: elevada produção de garrafas a uma elevada velocidade;
Desvantagem: a troca de moldes requer uma quantidade de ajustes e regulações; Este tipo de máquina segue sendo utilizado, principalmente nos E.U.A.;
Fabricação automática de frascos e garrafas
Máquinas WESTLAKE: utilizam o sistema de alimentação de Owens e são máquinas do tipo rotativo e por sopro (principais produtos: bulbos de lâmpadas e garrafas térmicas e taças);
Alimentação por injeção: mais popular na Alemanha e França;
LYNCH: um dos modelos de máquinas mais populares do tipo rotativo. Pode produzir diversos produtos, inclusive produtos prensados;
Fabricação automática de frascos e garrafas
Máquina O’NEILL: funcionamento semelhante ao da anterior. Foi muito utilizada nos E.U.A., tendo uma modificação mais popular na Argentina (máquina FADEMPLIVI);
Máquina ROIRANT: de origem Belga e tipo rotativo;
A mais recente derivação das máquinas rotativas são as HEYE, que, além de produzirem a altas velocidades, produzem embalagens mais leves;
Fabricação automática de frascos e garrafas
Uma nova concepção: máquinas IS (Individual Selection). Inventadas em 1925, pela HARTFORD, para serem utilizadas com o alimentador por gotas (também desenvolvido por essa empresa);
Pode trabalhar tanto por sopro (para garrafas e frascos de gargalo estreito), quanto por prensagem (para frascos de boca larga e jarros);
Principal vantagem: as seções trabalham individualmente;
Máquina a cinta (Ribbon Machine)
As peças são sopradas a partir de uma fita (Ribbon em inglês);
É formada por dois rolos metálicos colocados por debaixo do feeder (alimentador);
O vidro ao passar pelos dois rolos é achatado e se transforma em uma fita;
A fita de vidro assim formada é levada por uma esteira metálica para a máquina Ribbon onde passa por duas esteiras sincronizadas, esteira superior tem os bicos sopradores e esteira inferior estão presos os moldes;
Desse modo bulbos e outras peças de vidros de formatos variados podem ser sopradas em altas velocidades de até 15 peças por segundo.
Fabricação de artigos prensados 
O processo do vidro prensado é parecido com o soprado, só há algumas modificações, nas seguintes etapas de seu processo:
Etapa 1 - Carregamento:
A gota de vidro chega dentro do pré-molde e se deposita sobre um pino de prensagem.
Etapa 2 - Prensagem:
O vidro prensado contra o fundo do pré-molde, é forçado a escoar entre o pino de prensagem e as paredes do pré-molde, até a formação do gargalo. Neste processo o gargalo é a ultima região do parison (pré-forma) a ser formada.
Fabricação de artigos prensados 
Etapa 3 – Transferência:
O parison preso pelo gargalo é transferido desde o pré molde até o molde, onde a conformação final será realizada.
Etapa 4 – Assopro final:
Injeta-se ar comprimido dentro do parison, lhe dando o formato final dentro do molde.
 
Etapa 5 – Extração:
Após o assopro final e a abertura do molde, um mecanismo de garras pega o artigo pela região do gargalo e o coloca sobre uma placa de ventilação onde o artigo será resfriado.
Processo de Prensagem
Moldes
Possuem um elevado grau de perfeição tanto na sua tolerância dimensional como no seu acabamento superficial e em suas propriedades térmicas dadas as múltiplas exigências que lhes são imposta.
Moldes
A seleção de materiais para moldes, deve levar em consideração os seguintes aspectos:
Propriedades mecânicas;
Propriedades térmicas; 
Superfície do molde em contato com o vidro;
Propriedades químicas. 
Materiais utilizados para fabricação de moldes
Material
Uso típico
Fundição ferrosa(com agregado de pequenas porcentagens de Cr e Cu).
Moldes em geral para garrafas, frascos,artigosprensados, etc.
Aços para alta temperatura (ligas Cr-Ni-Fe 18/8, 25/15,20/35, 15/60, ligas especiaisNi-Cr-W-Cu-Fe e outras).
Peças especiais (anéis), moldes para artigos prensados de alta qualidade.
LigasCr-Ni(20/80).
Moldes para frascos e peças pequenas.
Bronze (com 7% de Al, ecom 7% Al e 22%Ni)
Mandris,peças especiais .
UNIVERSIDADE FEDERALDA PARAÍBA
CENTRO DE TECNOLOGIA 
DEPARTAMENTO DE MATERIAIS
Fabricação de Vidro Oco
Ana Amélia Seixas
Ana Beatriz Vieira
Olívia Macêdo
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