Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prof.: Wendel Fonseca da Silva MÁQUINAS DE FLUXO Bombas – Seleção e Defeitos MÁQUINAS DE FLUXO Bombas – Seleção e Defeitos CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA Prof.: Wendel Fonseca da Silva SELEÇÃO DA BOMBA • O engenheiro e responsável pela escolha da bomba mais adequada para determinado serviço. • A bomba deverá executar o serviço desejado satisfatoriamente. • Como sabemos, a seleção do equipamento dependerá de vários fatores como: – Perda de carga do sistema; – Vazão; – Condições de operação; – Dentre outras coisas, etc.... 2 BOMBAS CENTRÍFUGAS OU TURBOBOMBAS Prof.: Wendel Fonseca da Silva SELEÇÃO DA BOMBA • Vários métodos, práticos e com bons resultados podem ser aplicados: – Equações: universal, Hazen-Williams e Flamant; – Fair-Whipple-Hsiao; – Chézy; – Ábacos (fabricantes, clássicos); – Tabelas (fabricantes, literatura); – Programas (fabricantes, ou clássicos). • O mais simples, e de aplicação direta as fórmulas empíricas são de ampla utilização em sistemas hidráulicos: – Equação de Darcy, Etc.. 3 BOMBAS CENTRÍFUGAS OU TURBOBOMBAS Mais usado Prof.: Wendel Fonseca da Silva SELEÇÃO DA BOMBA Velocidade do Escoamento • Uma das formas de utilização prática a respeito de velocidades adotadas (quando não informadas diretamente) é o método da velocidade econômica. – Velocidade de aspiração (sucção): menor ou igual a 1,5m/s (limite 2,0m/s) – Velocidade de recalque: menor ou igual a 2,5m/s (limite 3,0m/s) Diâmetro dos tubos – Recalque: É assumido o diâmetro comercial imediatamente maior do que o valor calculado (quando este não der o valor exato comercialmente). – Sucção: define-se esta tubulação usando-se o um diâmetro comercial imediatamente superior ao definido anteriormente para recalque, analisando-se, sempre , o NPSHd do sistema. 4 BOMBAS CENTRÍFUGAS OU TURBOBOMBAS Prof.: Wendel Fonseca da Silva SELEÇÃO DA BOMBA Sumário dos Elementos Essenciais que Orientam a Seleção • Natureza do Líquido a ser Bombeado – Água doce ou salgada, óleo combustível ou lubrificante, gasolina, diesel, etc; – Temperatura do líquido; – Densidade relativa; – Viscosidade; – A bomba deverá executar o serviço desejado satisfatoriamente – Grau de pureza ou de suspensão de impurezas no líquido bombeado; – PH do líquido bombeado. 5 BOMBAS CENTRÍFUGAS OU TURBOBOMBAS Prof.: Wendel Fonseca da Silva SELEÇÃO DA BOMBA Sumário dos Elementos Essenciais que Orientam a Seleção • Vazão do Líquido Bombeado – Para vazão variável • Qmínima= ? • Qmáxima = ? • Qnormal = ? – Para constante⇒ Qdesejada = ? 6 BOMBAS CENTRÍFUGAS OU TURBOBOMBAS Prof.: Wendel Fonseca da Silva SELEÇÃO DA BOMBA Sumário dos Elementos Essenciais que Orientam a Seleção • Condições de Sucção – Altura estática geométrica positiva ou negativa 7 BOMBAS CENTRÍFUGAS OU TURBOBOMBAS Hs Hs Negativa Prof.: Wendel Fonseca da Silva SELEÇÃO DA BOMBA Sumário dos Elementos Essenciais que Orientam a Seleção • Condições de Sucção – Pressão manométrica no reservatório de sucção (quando houver) – Comprimentos e diâmetros dos tubos de sucção e dos acessórios (válvulas, reduções, derivações, curvas, etc) ⇒ para determinação das perdas de carga na linha de sucção). 8 BOMBAS CENTRÍFUGAS OU TURBOBOMBAS Prof.: Wendel Fonseca da Silva SELEÇÃO DA BOMBA Sumário dos Elementos Essenciais que Orientam a Seleção • Condições de Recalque – Altura estática geométrica (valor); se variável, qual o valor máximo e mínimo? – Pressão manométrica no reservatório de recalque (quando houver) – Comprimentos e diâmetros dos tubos de recalque e dos acessórios (válvulas, reduções, derivações, curvas, etc) ⇒ para determinação das perdas de carga na linha de sucção) 9 BOMBAS CENTRÍFUGAS OU TURBOBOMBAS Prof.: Wendel Fonseca da Silva SELEÇÃO DA BOMBA Sumário dos Elementos Essenciais que Orientam a Seleção • Serviço Contínuo ou Intermitente – Qual o grau de permanência em serviço? ⇒ Haverá uma bomba reserva ou não? • Capacidade – A bomba trabalhará só, – em paralelo, em série – ou em uma associação mista? 10 BOMBAS CENTRÍFUGAS OU TURBOBOMBAS Prof.: Wendel Fonseca da Silva SELEÇÃO DA BOMBA Sumário dos Elementos Essenciais que Orientam a Seleção • Situação da instalação da bomba – Horizontal ou vertical – Espaço disponível. • Acionador – Eletricidade, turbina a vapor, motores de combustão interna; – Qual é a característica da energia elétrica ou da instalação de vapor ou outra energia. 11 BOMBAS CENTRÍFUGAS OU TURBOBOMBAS Prof.: Wendel Fonseca da Silva SELEÇÃO DA BOMBA Especificação da Bomba • Então!!!!!! Para especificação de uma bomba temos que conhecer as duas grandezas principais. • Teremos que ter os Requisitos da: – Vazão Q a ser recalcada – E da altura total de elevação H 12 BOMBAS CENTRÍFUGAS OU TURBOBOMBAS Prof.: Wendel Fonseca da Silva SELEÇÃO DA BOMBA Especificação - Roteiro 13 BOMBAS CENTRÍFUGAS OU TURBOBOMBAS Vazão (Q) Material das tubulações Desnível (Hg) Diâmetro das tubulações Perdas de cargas nos tubos e acessórios Diferença de Pressão entre Reservatórios Altura Manométrica (H) ESCOLHA DA BOMBA NOS GRÁFICOS DOS FABRICANTES Prof.: Wendel Fonseca da Silva SELEÇÃO DA BOMBA Especificação - Roteiro • 1° passo – pré seleção do (s) modelo (s) disponível (is) 14 BOMBAS CENTRÍFUGAS OU TURBOBOMBAS Ex. Ex. • Q = 45 m³/h • H = 30 mca Bomba Modelo Bomba Modelo 40-125 Catalogo KSB Pag. 1 Modelo MEGANORM 3500 rpm Prof.: Wendel Fonseca da Silva SELEÇÃO DA BOMBA Especificação - Roteiro • 1° passo – pré seleção do (s) modelo (s) disponível (is) 15 BOMBAS CENTRÍFUGAS OU TURBOBOMBAS Catalogo KSB Pag. 1 Modelo MEGANORM Ex. Ex. • Q = 45 m³/h • H = 30 mca Bomba modelo Bomba modelo 50-250 1750 rpm Prof.: Wendel Fonseca da Silva SELEÇÃO DA BOMBA Especificação - Roteiro • 2° passo – Achar as curvas características da bomba 16 BOMBAS CENTRÍFUGAS OU TURBOBOMBAS H Q d2 d1 d3 d4 ηt1 ηt1 ηt2 ηt2 ηt3 ηt3ηt4 ηt4 ηtmáx n = Cte Q H d - Curvas de mesmo diâmetro (padrões do fabricante) ηt- Curvas de mesmo rendimento total da bomba Prof.: Wendel Fonseca da Silva SELEÇÃO DA BOMBA Especificação - Roteiro • 2° passo – Achar as curvas características da bomba 17 BOMBAS CENTRÍFUGAS OU TURBOBOMBAS Modelo MEGANORM 3500 rpm Requisitos: • Q = 45 m³/h • H = 30 mca Bomba 40-125 Pag. 17 De acordo com a curva: Ø – 130mm NPSHr – 3m P – 7,5 cv Ƞ - 65 a 70% Prof.: Wendel Fonseca da Silva SELEÇÃO DA BOMBA Especificação - Roteiro • 2° passo – Achar as curvas características da bomba 18 BOMBAS CENTRÍFUGAS OU TURBOBOMBAS Modelo MEGANORM 1750 rpm Requisitos: • Q = 45 m³/h • H = 30 mca Bomba 50-250 pag. 48 De acordo com a curva: Ø – 258,2 mm (interp.) NPSHr – 1,8 m P – 7,8 cv interp. = 10 cv (motor comerc.) Ƞ - 62 a 64% Prof.: Wendel Fonseca da Silva SELEÇÃO DA BOMBA Especificação - Roteiro • Potência necessária ao acionamento da bomba: • Potência instalada – 1o Critério: Potência do motor padronizada imediatamente superior à potência calculada. Conforme tabela motores comercial. 19 BOMBAS CENTRÍFUGAS OU TURBOBOMBAS t e HQP η ρ 75 .. = 1/4 1 ½ 7 ½ 25 50 150 1/3 2 10 30 60 200 1/2 3 12 35 80 250 3/4 5 15 40 100 - 1 6 20 45 125 - • Exemplo: Pe = 2,5 [CV] ⇒ Escolhe-se Pe = 3 [CV] Prof.: Wendel Fonseca da Silva SELEÇÃO DA BOMBA Especificação - Roteiro • Potência instalada – 2o Critério: Utilizar margem de segurança conf. Tab. e padronizar a potência imediatamentesuperior à potência necessária calculada com margem: 20 BOMBAS CENTRÍFUGAS OU TURBOBOMBAS t e HQP η ρ 75 .. = Exemplo: Pe = 2,5 [CV] ⇒ Pe = 2,5.1,3 = 3,25 [CV] Escolhe-se a potência de eixo do motor ⇒ Pe = 5 [CV] Potência Necessária Margem de Segurança (Recomendada) Até 2 [CV] 50% De 2 a 5 [CV] 30% De 10 a 15 [CV] 20% De 15 a 20 [CV] 15% Acima de 20 [CV] 10 % 1/4 1 ½ 7 ½ 25 50 150 1/3 2 10 30 60 200 1/2 3 12 35 80 250 3/4 5 15 40 100 - 1 6 20 45 125 - Prof.: Wendel Fonseca da Silva SELEÇÃO DA BOMBA Especificação – Considerações finais • Pontos de Operação – A bomba deverá operar nas condições de vazão e altura especificadas. – No ponto de operação de máximo rendimento, SE POSSIVEL. • Eficiência - é importante – Está relacionada com o custo operacional – Para bombas grandes e pequenas – No ponto de operação normal e fora dele 21 BOMBAS CENTRÍFUGAS OU TURBOBOMBAS Prof.: Wendel Fonseca da Silva SELEÇÃO DA BOMBA Especificação – Considerações finais • Potência Consumida • Folgas entre a potência consumida e do acionador – Folga grande - consumo operacional. – Folga pequena - impedimento ao atendimento a todas condições de operação. • Flexibilidade Operacional – Flexibilidade para futuras trocas de vazão. – É uma qualidade pretendida. 22 BOMBAS CENTRÍFUGAS OU TURBOBOMBAS Prof.: Wendel Fonseca da Silva SELEÇÃO DA BOMBA Especificação – Considerações finais • Condições de Sucção • Padronização – A possibilidade de utilização de bombas semelhantes e a troca de componentes agem como fatores de redução de custos de operação e manutenção • Características de Construção – Facilidades de desmontagem, montagem e deslocamento 23 BOMBAS CENTRÍFUGAS OU TURBOBOMBAS reqdisp NPSHNPSH > Prof.: Wendel Fonseca da Silva SELEÇÃO DA BOMBA Especificação – Considerações finais • Tradição do Fabricante – Neste item são analisados não só a confiabilidade do equipamento, bem como, as condições de garantia e assistência técnica. 24 BOMBAS CENTRÍFUGAS OU TURBOBOMBAS Prof.: Wendel Fonseca da Silva BOMBAS CENTRÍFUGAS OU TURBOBOMBAS 25 DEFEITOS MAIS COMUNS Bomba funciona mas não há recalque: • Vazão e/ou pressão nulas ou insuficientes – A canalização de sucção e a bomba não estão completamente cheias de água; – Profundidade de sucção elevada (maior do que 8 mca ao nível do mar); – Entrada de ar pela canalização de sucção; – Válvula de pé presa, parcial ou totalmente entupida, ou subdimensionada; – Motor com sentido de rotação invertido; – Altura de recalque maior para a qual a bomba foi dimensionada; Prof.: Wendel Fonseca da Silva BOMBAS CENTRÍFUGAS OU TURBOBOMBAS 26 DEFEITOS MAIS COMUNS Bomba funciona mas não há recalque: • Vazão e/ou pressão nulas ou insuficientes – Canalização de sucção e recalque de pequeno diâmetro ou obstruída; – Vazão e/ou pressão nulas ou insuficientes – Rotor da bomba furado ou entupido; – Vedações da bomba defeituosas provocando entrada de ar; – Corpo da bomba furado ou entupido; – Selo mecânico com vazamento; – Viscosidade ou peso específico do líquido diferente do indicado. Prof.: Wendel Fonseca da Silva BOMBAS CENTRÍFUGAS OU TURBOBOMBAS 27 DEFEITOS MAIS COMUNS Bomba perde escorvamento após a partida. • Deixa gradativamente de bombear água – Profundidade de sucção elevada (maior do que 8 mca para altitudes ao nível do mar); – Entrada de ar pela tubulação de sucção ou pela válvula de pé (nível de água muito baixo); – Nos sistemas de circuito fechado quando a tubulação de retorno da água cai em cima ou próxima da tubulação de sucção ocorrendo a formação de bolhas de ar (aeração da água). – Selo mecânico com vazamento; Prof.: Wendel Fonseca da Silva BOMBAS CENTRÍFUGAS OU TURBOBOMBAS 28 DEFEITOS MAIS COMUNS Bomba com o corpo super aquecido • A tub. de sucção e a bomba estão vazias ou c/ pouca água (perda escorva); • Eixos desalinhados; • Rotor arrastando na carcaça; • Mancais ou rolamentos defeituosos; • Motor ou mancal com sentido de rotação invertido; • Altura de recalque maior que aquela p/ a qual a bomba foi dimension.; • Canalização de recalque entupida. Prof.: Wendel Fonseca da Silva BOMBAS CENTRÍFUGAS OU TURBOBOMBAS 29 DEFEITOS MAIS COMUNS Mancal com corpo super aquecido • Rolamentos com falta ou excesso de lubrificação; • Lubrificante inadequado ou com excesso de uso; • Eixo torto ou desalinhado; • Rolamentos montados com excesso de pressão (interferência); • Rotação de uso acima da especificada em projeto. Prof.: Wendel Fonseca da Silva BOMBAS CENTRÍFUGAS OU TURBOBOMBAS 30 DEFEITOS MAIS COMUNS Motor elétrico não gira (travado) • Eixo empenado ou preso; • Energia elétrica deficiente (queda de tensão ou ligação inadequada); • Rotor arrastando na carcaça (caracol); • Mancais ou rolamentos defeituosos ou sem lubrificação; • Motor em curto ou queimado; • Ligação errada dos fios do motor; • Problemas no acionamento elétrico. Prof.: Wendel Fonseca da Silva BOMBAS CENTRÍFUGAS OU TURBOBOMBAS 31 DEFEITOS MAIS COMUNS Motor elétrico com super aquecimento (Amperagem alta) • Bomba trabalhando fora da faixa de operação; • Bitolas dos fios de instalação do motor inferior ao indicado pela NBR 5410; • Energia elétrica deficiente (queda de tensão ou ligação inadequada); • Falta de lubrificação ou defeito dos rolamentos e mancais; • Rotor preso ou raspando na carcaça; • Ventilação do motor bloqueada ou insuficiente; • Gaxeta muito apertada; • Eixos desalinhados ou empenados; • Viscosidade ou peso específico do líquido diferente do indicado. Prof.: Wendel Fonseca da Silva BOMBAS CENTRÍFUGAS OU TURBOBOMBAS OBRIGADO PELA ATENÇÃO 32
Compartilhar