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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 2 
 
 
SUMÁRIO 
 
ESTADO, GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ..................................................... 3 
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ........................................................... 27 
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA BRASILEIRA ...................................................... 58 
PODERES ADMINISTRATIVOS ................................................................................. 95 
ATOS ADMINISTRATIVOS ..................................................................................... 122 
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ............................................................ 168 
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO ............................................................... 196 
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - LEI N. 8.429/1992 ........................................ 234 
AGENTES PÚBLICOS E LEI N. 8.112/90 ................................................................ 277 
 
 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 3 
 
ESTADO, GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
1 - ESTADO 
Pessoa Jurídica de Direito Público, capaz de adquirir direitos e obrigações. O conceito de 
Estado não é fixo no tempo ou no espaço. A figura do Estado só se faz presente a partir da 
constituição, nessa ordem, por um POVO, por um TERRITÓRIO e por um GOVERNO 
SOBERANO. 
 
OBS: alguns autores incluem a FINALIDADE (produzir o bem comum) como sendo elemento 
do Estado, porém, nem todos possuem essa posição. 
OBS: a UNIFORMIDADE LINGUÍSTICA não é elemento de formação dos Estados. 
 
 
1.1 - FORMAS DE ESTADO 
A Federação é a Forma de Estado adotada no Brasil. (Fe = FE) 
 
ELEMENTOS 
DO ESTADO
POVO
TERRITÓRIO
GOVERNO 
SOBERANO
ESTADO
DESCONCENTRAÇÃO 
POLÍTICA
EXECUTIVO
LEGISLATIVO
JUDICIÁRIO
DESCENTRALIZAÇÃO 
POLÍTICA
UNIÃO
ESTADOS
DF
MUNICÍPIOS
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 4 
 
 
OBS: todos os entes federativos são AUTÔNOMOS, ou seja, podem criar suas próprias 
normas (legislar), mas não são SOBERANOS ou INDEPENDENTES. 
A soberania é atributo da REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, atributo que significa o 
reconhecimento que o Estado brasileiro tem perante os demais Estados Soberanos. 
OBS: a FORMA FEDERATIVA DE ESTADO é cláusula pétrea prevista no §4º do art. 60 da 
CF/88. 
 
 
 
FORMAS DE ESTADO
CONFEDERAÇÃO: é a reunião de 
Estados Soberanos. Ex. EUA
ESTADO UNITÁRIO: único centro de 
Poder, responsável por todas as 
atribuições políticas. Ex. Uruguai
ESTADO FEDERAL: diferentes pólos 
de poder político que atuam de 
forma autônoma entre si. Ex. Brasil
UNIÃO
ESTADOS
DISTRITO FEDERAL
MUNICÍPIOS
AUTO-ORGANIZAÇÃO (criar a sua 
própria Constituição) 
AUTOGOVERNO (eleger os seus 
dirigentes)
AUTOADMINISTRAÇÃO (organizar 
os seus serviços)
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 5 
 
2 – GOVERNO 
Segundo Hely Lopes Meirelles, governo é o conjunto de poderes e órgãos 
constitucionais responsáveis por estabelecer as políticas públicas do Estado, cujas 
atribuições decorrem diretamente da Constituição. 
Assim, o conceito de Governo, enquanto responsável pela função política do Estado, está 
relacionado ao comando, coordenação, direção e fixação de objetivos, diretrizes e de 
planos para a atuação estatal (as denominadas políticas públicas). Difere do conceito 
de Administração Pública, pois esta, como veremos, se resume ao aparelhamento de que 
dispõe o Estado para a mera execução das políticas de Governo. 
 
2.1 - FORMA DE GOVERNO 
É a maneira como se dá a instituição do poder na sociedade e a relação entre governantes e 
governados. 
 
STF – RE 229.096: no direito internacional, apenas a República Federativa do Brasil tem 
competência para firmar tratados, dela não dispondo a União, os Estados, o Distrito Federal e 
os Municípios. O Presidente não subscreve tratados como chefe de Governo, mas sim, como 
chefe de Estado. 
 
2.2 - SISTEMA DE GOVERNO 
No Presidencialismo, existe independência entre Poderes. O chefe do Executivo é Chefe de 
Estado e Chefe de Governo. 
No Parlamentarismo, há colaboração entre os Poderes. A chefia de Estado é exercida pelo 
Presidente ou pelo Monarca, e a chefia de Governo, pelo 1º Ministro ou pelo Conselho de 
Ministros. 
 
FORMAS DE 
GOVERNO
FO GO - RE MO
REPÚBLICA
- elegibilidade dos governantes
- temporariedade do mandato
- prestação de contas
MONARQUIA
- hereditariedade dos governantes
- vitaliciedade do mandato
- não prestação de contas
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 6 
 
 
 
3 - ESTADO DE DIREITO 
O Estado cria as leis (sentido amplo – normas) para que a todos sejam impostas, inclusive a 
si mesmo. 
OBS: a presunção de legitimidade, aplicável a todo e qualquer ato praticado pelo Estado, 
deriva do Estado de Direito. De fato, se o Estado é de Direito e, assim, pressupõem-se que 
cumpra a lei, todo e qualquer ato proveniente do Estado é produzido, presumidamente, de 
acordo com a ordem jurídica e, portanto, é legítimo. 
 
 
4 - ESTADO DEMOCRÁTICO 
Compromisso formal de evolução para a ideia de Constituição Dirigente, preocupada com os 
direitos de primeira e segunda gerações. 
 
5 - TRIPARTIÇÃO DOS PODERES 
O Poder de um Estado é UNO, indivisível. No entanto, o Poder pode ser exercido por outros 
órgãos, com o objetivo de possibilitar um controle recíproco, constituindo o que chamamos na 
doutrina constitucionalista como sistema de “FREIOS E CONTRAPESOS”. 
O exercício do Poder, no Brasil, dá-se por precipuidade (preponderância, 
especialização) de função, portanto, não há exclusividade. 
OBS: Não foi adotado o modelo de separação estanque entre os poderes. 
 FUNÇÃO TÍPICA FUNÇÃO ATÍPICA 
PODER EXECUTIVO Administrar Legislar 
PODER LEGISLATIVO Legislar e Fiscalizar Administrar e Julgar 
PODER JUDICIÁRIO Julgar Administrar e Legislar 
 
SISTEMA DE 
GOVERNO
SI GO - PRE PAR
PRESIDENCIALISMO
PARLAMENTARISMO
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 7 
 
OBS: apenas o Poder Executivo não possui função jurisdicional (não julga com definitividade), 
julga apenas administrativamente. Ex. PAD. 
OBS: a Jurisdição é quase totalmente monopolizada pelo Poder Judiciário e apenas em casos 
excepcionais pode ser exercida pelo Legislativo. Ex. Julgar o Presidente da República nos 
crimes de responsabilidade. 
OBS: todos os poderes exercem atividades de natureza administrativa, e não apenas o 
Executivo. 
OBS: O Ministério Público não é considerado um novo Poder, para fins de prova. 
 
 
6 - RAMOS DO DIREITO 
 
A característica marcante do direito privado é a igualdade nas relações jurídicas, eis que se 
ocupa de situações nas quais os interesses da coletividade não estão em jogo, tutelando 
apenas interesses particulares. 
A característica marcante do direito público é a desigualdade nas relações jurídicas, 
decorrente do princípio amplamente aceito de que o interesse público (da coletividade) 
deve prevalecer sobre os interesses individuais. 
 
 
7 – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Em sentido estrito, o conceito de administração pública envolve todo o aparelhamento 
estatal voltado à execução das políticas públicas. Contrapõe-se, portanto, ao conceito de 
Governo:enquanto este estabelece, aquela executa as políticas públicas. Nas palavras de 
Hely Lopes Meireles, “a Administração não pratica atos de governo; pratica tão-somente, 
DIREITO
PRIVADO
- regula as relações entre os homens
- governado pela autonomia de vontade
- direito civil
direito comercial
PÚBLICO
- regula o interesse da sociedade (interesse 
público)
- trata da organização do Estado
- direito constitucional
- direito administrativo
- direito tributário
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 8 
 
atos de execução, os chamados atos administrativos, com poderes de decisão limitados a 
atribuições de natureza executiva, conforme definidos em lei”. 
Em sentido subjetivo, orgânico ou formal (quem), a expressão Administração Pública 
designa os entes (sujeitos) que exercem a atividade administrativa e compreende pessoas 
jurídicas, órgãos e agentes públicos. 
Em sentido objetivo, funcional ou material (o que), a expressão administração pública 
designa a natureza da atividade exercida e corresponde à própria função administrativa, 
compreendendo as atividades de polícia administrativa, serviço público, fomento e 
intervenção. 
As funções de governo são aquelas relacionadas com a atividade política do Estado, ações de 
comando, coordenação, direção e fixação das diretrizes políticas, desempenhada pelo 
conjunto de Poderes e órgãos de estatura constitucional; portanto, é mais afeta ao direito 
constitucional. Já a funções administrativas se referem às atividades concretas e imediatas 
desempenhadas pelos órgãos administrativos para executar as diretrizes políticas, visando à 
satisfação dos interesses públicos; constitui, portanto, matéria objeto do direito 
administrativo. 
A expressão administração pública, quando tomada em sentido amplo, e considerando seu 
aspecto objetivo, engloba as funções administrativas e as funções de governo; quando 
tomada em sentido estrito, abrange apenas as funções administrativas. 
 
 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
SENTIDO 
AMPLO RESTRITO 
SUBJETIVO, ORGÂNICO 
OU FORMAL (FOS) 
(QUEM) 
ORGÃOS GOVERNAMENTAIS 
E 
ADMINISTRATIVOS 
APENAS ÓRGÃOS 
ADMINISTRATIVOS 
OBJETIVO, MATERIAL OU 
FUNCIONAL (FuMOb) 
(O QUÊ) 
FUNÇÕES POLÍTICAS 
E 
ADMINISTRATIVAS 
APENAS FUNÇÕES 
ADMINISTRATIVAS 
 
Polícia administrativa: abrange as atividades administrativas que implicam restrições ou 
condicionamentos aos direitos individuais impostos em prol do interesse de toda coletividade, 
como ordens, notificações, licenças, autorizações, fiscalização, sanções. 
Serviço público: toda atividade executada diretamente pela Administração Pública formal ou 
por particulares delegatários que tenham por fim satisfazer as necessidades coletivas, sob 
regime predominantemente público. Exemplos: serviço postal, serviços de telecomunicações, 
transporte ferroviário, rodoviário e aéreo etc. 
Fomento: compreende a atividade administrativa de incentivo à iniciativa privada de 
utilidade ou interesse público, tais como o financiamento sob condições especiais, a 
concessão de benefícios ou incentivos fiscais etc. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 9 
 
Intervenção: é entendida como sendo a regulamentação e fiscalização da atividade 
econômica de natureza privada (intervenção indireta), por exemplo, mediante a atuação de 
agências reguladoras, bem assim a atuação do Estado diretamente na ordem econômica, 
geralmente por meio das empresas estatais (intervenção direta). 
 
 
8 – DIREITO ADMINISTRATIVO 
É o ramo do Direito Público que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas 
administrativas que integram a Administração Pública, a atividade jurídica não contenciosa 
que exerce e os bens de que se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública. 
 
ESCOLAS E CRITÉRIOS CONCEITO E OBJETO 
Serviço Público 
Regras de organização e gestão dos serviços públicos, em 
sentido amplo e estrito. 
Poder Executivo 
Disciplina a organização e a atividade do Poder Executivo, 
apenas. 
Relações Jurídicas 
Conjunto de normas que regem as relações entre a 
Administração e os administrados. 
Teleológico 
o direito administrativo pode ser visto como o sistema dos 
princípios jurídicos que regulam a atividade do Estado para o 
cumprimento de seus fins. 
Negativo ou Residual 
Toda atividade do Estado que não esteja compreendida na 
função legislativa ou na jurisdicional. 
Distinção entre atividade 
jurídica e social do 
Estado 
o direito administrativo é o conjunto dos princípios que 
regulam a atividade jurídica não contenciosa do Estado 
e a constituição dos órgãos e meios de sua ação em geral. 
Administração Pública 
Conjunto de princípios que regem a Administração Pública, 
considerando as atividades, os órgãos e entidades, sua 
organização e as relações com os particulares (critério mais 
aceito pela doutrina). 
Legalista, exegética 
Conjunto de regras positivadas em leis e regulamentos que 
tratam de Administração Pública, interpretadas pelos tribunais 
administrativos (França). 
 
 
9 - OBJETO DO DIREITO ADMINISTRATIVO: 
- Todas as relações internas à administração pública – entre os órgãos e entidades 
administrativas, uns com os outros, e entre a administração e seus agentes; 
- Todas as relações entre a administração e os administrados, regidas pelo direito público ou 
pelo privado; 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 10 
 
- As atividades de administração pública em sentido material exercidas por particulares sob 
regime de direito público, a exemplo da prestação de serviços públicos mediante contratos de 
concessão ou de permissão. 
 
 
10 – FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO 
As fontes indicam a origem/procedência das normas e princípios de Direito Administrativo. 
Constituem, assim, todos os elementos, de onde surgem normas de direito administrativo, 
compreendendo quaisquer manifestações, escritas ou não, que surtam efeitos jurídico-
administrativos. 
LEI – A lei é fonte primária e principal do direito administrativo. Deve ser considerada em 
sentido amplo (vai desde a constituição até os atos administrativos inferiores) 
DOUTRINA – teses e teorias (fonte secundária ou indireta). 
JURISPRUDÊNCIA – reiteradas (várias) decisões semelhantes não vinculantes (fonte 
secundária e não escrita); decisões vinculantes e com eficácia erga omnes (fontes principais). 
COSTUMES E PRAXES ADMINISTRATIVAS – apenas se não forem contra a lei (fonte 
secundária e não escrita). 
OBS: em decorrência do princípio da Legalidade, a Lei é a fonte mais importante do Direito 
Administrativo. 
OBS: alguns doutrinadores incluem os Princípios como fontes também. 
 
 
 
11 – SISTEMAS ADMINISTRATIVOS 
Forma adotada pelo Estado para solucionar os litígios decorrentes da sua atuação. 
FONTES
LE DO JU CO
LEI
DOUTRINA
JURISPRUDÊNCIA
COSTUMES
PRIMÁRIA 
PRINCIPAL 
PRIMORDIAL 
 
S 
E 
C 
U 
N 
D 
Á 
R 
I 
A 
S 
E 
S 
C 
R 
I 
T 
A 
NÃO 
E 
S 
C 
R 
I 
T 
A 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 11 
 
Sistema francês ou do contencioso administrativo: 
- dualidade de jurisdição; 
- o Poder Judiciário não pode intervir nas funções administrativas; 
- a própria Administração resolve as lides administrativas. 
Sistema inglês ou de jurisdição única: 
- todos os litígios podem ser levados ao Judiciário, que é o único competente para proferirdecisões com autoridade final e conclusiva, com força de coisa julgada. 
Sistema administrativo brasileiro: 
- sistema inglês ou de jurisdição única. As decisões dos órgãos administrativos, em regra, 
não têm caráter conclusivo perante o Poder Judiciário, podendo ser revistas na via judicial. 
OBS: o que caracteriza o sistema é a predominância da jurisdição comum (formada pelos 
órgãos do Poder Judiciário) ou da especial (formada pelos tribunais de natureza 
administrativa), e não a exclusividade de uma ou outra. Isso porque, segundo ensina Hely 
Lopes Meireles, nenhum país possui um sistema de controle puro, seja através do Poder 
Judiciário, seja através de tribunais administrativos. 
OBS: embora todos os atos administrativos possam ser submetidos à apreciação judicial, os 
chamados atos políticos, em regra, não se sujeitam a esse controle. Como exemplo, pode-se 
citar a sanção/veto a um projeto de lei ou o estabelecimento das políticas públicas pelo Chefe 
do Poder Executivo; e o julgamento dos processos de impeachment do Presidente da 
República pelo Senado Federal. 
OBS: necessidade de esgotar a via administrativa: 
- justiça desportiva 
- reclamação contra descumprimento de súmula vinculante 
- habeas data 
- mandado de segurança, caso seja possível interpor recurso administrativo com efeito 
suspensivo. 
 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 12 
 
12 – QUESTÕES 
01 (2016/FCC/SEGEP-MA/Auditor Fiscal da Receita Estadual) São fontes do Direito 
Administrativo: 
I. lei. 
II. razoabilidade. 
III. moralidade. 
IV. jurisprudência. 
V. proporcionalidade. 
Está correto o que consta APENAS ema) I e II. 
b) II e IV. 
c) I e IV. 
d) III e V. 
e) IV e V. 
GABARITO: LETRA D 
COMENTÁRIO: 
Questão bem tranquila. São fontes do direito administrativo a lei, a doutrina, os costumes 
e a jurisprudência (LE DO JU CO). 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
02 (2011/FCC/TRE-PE/Analista Judiciário - Área Judiciária) No que concerne às fontes 
do Direito Administrativo, é correto afirmar que: 
a) o costume não é considerado fonte do Direito Administrativo. 
b) uma das características da jurisprudência é o seu universalismo, ou seja, enquanto a 
doutrina tende a nacionalizar-se, a jurisprudência tende a universalizar-se. 
c) embora não influa na elaboração das leis, a doutrina exerce papel fundamental apenas nas 
decisões contenciosas, ordenando, assim, o próprio Direito Administrativo. 
d) tanto a Constituição Federal como a lei em sentido estrito constituem fontes primárias do 
Direito Administrativo. 
e) tendo em vista a relevância jurídica da jurisprudência, ela sempre obriga a Administração 
Pública. 
GABARITO: LETRA D 
COMENTÁRIO: 
Letra a) o costume é sim, considerado fonte do direito administrativo. 
Letra b) a banca inverteu os conceitos. Na verdade, a jurisprudência tende a nacionalizar-se 
e a doutrina tende a universalizar-se. 
Letra c) ao contrário do afirmado na alternativa, a doutrina influencia na elaboração das leis, 
exercendo papel fundamental tanto nas decisões contenciosas como nas não-contenciosas, 
ordenando, assim, o próprio direito administrativo. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 13 
 
Letra d) a lei como fonte do direito administrativo deve ser vista de forma ampla, ou seja, 
desde a Constituição até as normas inferiores. Assim, é correto quando a alternativa afirma 
que a lei em sentido estrito e a Constituição constituem fontes primárias do direito 
administrativo. 
Letra e) Via de regra, a jurisprudência não obriga a administração pública. No entanto, as 
Súmulas Vinculantes editadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) obrigam (vinculam) o 
próprio Poder Judiciário e também toda a administração pública. 
Cuidado com as palavras que restringem ou extrapolam o sentido do texto (sempre, nunca, 
jamais, exclusivamente, privativamente). Essas palavras normalmente tornam a assertiva 
ou a alternativa incorreta. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
04 (2008/FCC/TCE-CE/Analista de Controle Externo - Auditoria de Obras Públicas) 
No Brasil, o Direito Administrativo é ramo do Direito que tem como característica, no que diz 
respeito a suas fontes, 
a) a codificação em nível federal, em respeito ao princípio da estrita legalidade. 
b) o papel da jurisprudência como criadora de normas aplicáveis à Administração e 
integradora de lacunas legais. 
c) a pluralidade de leis em níveis federal, estadual e municipal e o papel precípuo da doutrina 
na unificação da respectiva interpretação. 
d) o papel integrativo da analogia, dos costumes e dos princípios gerais do direito, mesmo em 
caráter praeter legem ou contra legem. 
e) a prevalência de normas de caráter administrativo, como decretos, portarias e resoluções, 
ainda que em face da aplicação da lei formal. 
GABARITO: LETRA C 
COMENTÁRIO: 
Letra a) o direito administrativo, no Brasil, não é codificado, isto é, não possuímos um 
código de direito administrativo como no direito penal, civil e processual, etc. 
Letra b) de forma geral, a jurisprudência não é fonte de normas aplicáveis à 
Administração. Excepcionalmente, as Súmulas Vinculantes editadas pelo STF são fontes 
primárias do direito administrativo. 
A jurisprudência (reiteradas decisões dos tribunais sobre determinado tema) influencia a 
maneira como as regras podem ser entendidas e aplicadas. 
Letra c) Segundo Alexandre Mazza, a doutrina não cria diretamente a norma, mas 
esclarece o sentido e o alcance das regras jurídicas conduzindo o modo como os operadores 
do direito devem compreender as determinações legais. 
Letra d) a analogia e os princípios gerais do direito não são consideradas fontes do direito 
administrativo. Os costumes são fontes do direito administrativo, no entanto, desde que não 
contrariem as disposições de leis. 
Letra e) completamente errada a alternativa. As normas de caráter administrativo jamais 
irão prevalecer em face de lei formal (lei formal é a lei que passou pelo processo legislativo 
constitucional, ou seja, foi discutida e aprovada pelo Poder Legislativo) 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 14 
 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
05 (2007/FCC/MPU/Analista – Orçamento) A reiteração dos julgamentos num mesmo 
sentido, influenciando a construção do Direito, sendo também fonte do Direito Administrativo, 
diz respeito à 
a) jurisprudência. 
b) doutrina. 
c) prática costumeira. 
d) analogia. 
e) lei. 
GABARITO: Letra A 
COMENTÁRIO: 
Sem dificuldade para acertar essa questão. Sempre que falar em reiteradas decisões de 
tribunais em um mesmo sentido a questão está se referindo à jurisprudência. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
06 (2017/CESPE/TRF - 1ª REGIÃO/Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador) 
Tendo como referência a doutrina jurídica majoritária, julgue o item a seguir, a respeito de 
conceitos, princípios e classificações do direito administrativo. 
O conceito de administração pública, em seu aspecto orgânico, designa a própria função 
administrativa que é exercida pelo Poder Executivo. 
Gabarito: Errada 
Comentário: 
O conceito de administração pública, em seu aspecto orgânico, designa os órgãos, entidades 
e agentes públicos a ela pertencentes.--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
07 (2017/CESPE/Prefeitura de Fortaleza – CE/Procurador Municipal) Acerca do 
direito administrativo, julgue o item que se segue. 
A regulação das relações jurídicas entre agentes públicos, entidades e órgãos estatais cabe ao 
direito administrativo, ao passo que a regulação das relações entre Estado e sociedade 
compete aos ramos do direito privado, que regulam, por exemplo, as ações judiciais de 
responsabilização civil do Estado. 
GABARITO: ERRADA 
COMENTÁRIO: 
A primeira parte da assertiva realmente está correta, porquanto cabe ao direito 
administrativo a relação das relações jurídicas entre os agentes públicos, entidades e órgãos 
do Estado. No entanto, também cabe ao direito público as relações entre o Estado e a 
sociedade (o direito administrativo é um dos ramos do direito público). 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 15 
 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
08 (2017/CESPE/Prefeitura de Fortaleza – CE/Procurador Municipal) Acerca do 
direito administrativo, julgue o item que se segue. 
Conforme a doutrina, diferentemente do que ocorre no âmbito do direito privado, os 
costumes não constituem fonte do direito administrativo, visto que a administração pública 
deve obediência estrita ao princípio da legalidade. 
GABARITO: ERRADO 
COMENTÁRIO: 
Assertiva incorreta, pois os costumes são considerados fontes do direito administrativo. Basta 
lembrar no mnemônico LE DO JU CO. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
09 (2017/CESPE/TRE-PE/Analista Judiciário - Área Administrativa) O direito 
administrativo é 
a) um ramo estanque do direito, formado e consolidado cientificamente. 
b) um ramo do direito proximamente relacionado ao direito constitucional e possui interfaces 
com os direitos processual, penal, tributário, do trabalho, civil e empresarial. 
c) um sub-ramo do direito público, ao qual está subordinado. 
d) um conjunto esparso de normas que, por possuir características próprias, deve ser 
considerado de maneira dissociada das demais regras e princípios. 
e) um sistema de regras e princípios restritos à regulação interna das relações jurídicas entre 
agentes públicos e órgãos do Estado. 
GABARITO: Letra B 
COMENTÁRIO: 
Letra a) o direito administrativo não é ramo estanque, é mutável e continua em constante 
evolução (não está formado e nem consolidado cientificamente). 
Letra b) alternativa correta, o direito administrativo realmente é um ramo do direito público 
e está muito próximo do direito constitucional (por exemplo, existe um capítulo na 
constituição “todinho” destinado ao trato da Administração Pública). Também está correto 
afirmar que o direito administrativo possui interfaces com outros ramos do direito, inclusive 
direito privado. 
Letra c) o direito administrativo realmente é considerado um sub-ramo do direito público, 
porém está errado afirmar que é subordinado ao direito público. 
Letra d) dissociado não. É um conjunto de regras e princípios próprios, mas interpretado em 
conjunto com os demais ramos do direito público e privado. 
Letra e) o direito administrativo não regula apenas as relações jurídicas entre agentes 
públicos e órgãos do Estado, mas também relações que os particulares pactuam com o 
Estado, como ocorre no exercício do poder de polícia administrativa. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 16 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
10 (2016/CESPE/PC-GO/Agente de Polícia) A respeito de Estado, governo e 
administração pública, assinale a opção correta. 
a) Governo é o órgão central máximo que formula a política em determinado momento. 
b) A organização da administração pública como um todo é de competência dos dirigentes de 
cada órgão, os quais são escolhidos pelo chefe do Poder Executivo. 
c) Poder hierárquico consiste na faculdade de punir as infrações funcionais dos servidores. 
d) Território e povo são elementos suficientes para a constituição de um território. 
e) República é a forma de governo em que o povo governa no interesse do povo. 
GABARITO: Letra E 
COMENTÁRIO: 
Letra a) segundo Hely Lopes Meirelles, governo é o conjunto de poderes e órgãos 
constitucionais responsáveis por estabelecer as políticas públicas do Estado. Assim, 
não podemos afirmar que se trata de um órgão central máximo que formula a política em 
determinado momento. 
Letra b) não, a organização da administração pública é de competência da LEI, no caso da 
esfera federal, o Decreto 200/1967. Também é errado afirmar que os dirigentes são 
escolhidos pelo chefe do Poder Executivo, alguns até podem ser, mas não são todos. 
Letra c) é o Poder Disciplinar que possui a faculdade de punir as infrações funcionais dos 
servidores. 
Nesse caso específico de punir servidores, imediatamente usamos o poder disciplinar e 
mediatamente o poder hierárquico para punir servidores. 
Letra d) errada também. Estudamos que os elementos essenciais para a constituição de um 
Estado é PTG (povo, território e governo soberano). 
Letra e) isso mesmo, república é a forma de governo em que o povo governa no interesse 
do povo. O povo escolhe, por eleição, representantes do próprio povo. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
11 (2016/CESPE/PC-PE/Agente de Polícia) Considerando as fontes do direito 
administrativo como sendo aquelas regras ou aqueles comportamentos que provocam o 
surgimento de uma norma posta, assinale a opção correta. 
FORMAS DE 
GOVERNO
FO GO - RE MO
REPÚBLICA
- elegibilidade dos governantes
- temporariedade do mandato
- prestação de contas
MONARQUIA
- hereditariedade dos governantes
- vitaliciedade do mandato
- não prestação de contas
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 17 
 
a) A lei é uma fonte primária e deve ser considerada em seu sentido amplo para abranger 
inclusive os regulamentos administrativos. 
b) O acordo é uma importante fonte do direito administrativo por ser forma de regulamentar 
a convivência mediante a harmonização de pensamentos. 
c) Os costumes, pela falta de norma escrita, não podem ser considerados como fonte do 
direito administrativo. 
d) A jurisprudência é compreendida como sendo aquela emanada por estudiosos ao 
publicarem suas pesquisas acerca de determinada questão jurídica. 
e) Uma doutrina se consolida com reiteradas decisões judiciais sobre o mesmo tema. 
GABARITO: Letra A 
COMENTÁRIO: 
Letra a) é o nosso gabarito. Realmente a lei, como fonte do direito administrativo, deve ser 
vista em seu sentido amplo, não apenas a lei formal, mas todas as espécies de normas, da 
constituição até os regulamentos inferiores. 
Letra b) acordo não é fonte do direito administrativo. São fontes, a lei, a doutrina, a 
jurisprudência e os costumes (LE DO JU CO) 
Letra c) os costumes podem sim ser fontes do direito administrativo, quando não há norma 
escrita sobre determinado tema. 
Letra d, e) as alternativas estão invertidas. 
A doutrina é compreendida como sendo aquela emanada por estudiosos ao publicarem suas 
pesquisas acerca de determinada questão jurídica. 
Uma jurisprudência se consolida com reiteradas decisões judiciais sobre o mesmo tema. 
 
---------------------------------------------------------------------------------------------------12 (2016/CESPE/PC-PE/Escrivão de Polícia Civil) Acerca de conceitos inerentes ao 
direito administrativo e à administração pública, assinale a opção correta. 
a) O objeto do direito administrativo são as relações de natureza eminentemente privada. 
b) A divisão de poderes no Estado, segundo a clássica teoria de Montesquieu, é adotada pelo 
ordenamento jurídico brasileiro, com divisão absoluta de funções. 
c) Segundo o delineamento constitucional, os poderes do Estado são independentes e 
harmônicos entre si e suas funções são reciprocamente indelegáveis. 
d) A jurisprudência e os costumes não são fontes do direito administrativo. 
e) Pelo critério legalista, o direito administrativo compreende os direitos respectivos e as 
obrigações mútuas da administração e dos administrados. 
GABARITO: Letra C 
COMENTÁRIO: 
Letra a) o objeto do direito administrativo são as relações de natureza eminentemente 
pública. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 18 
 
Letra b) a divisão de poderes no Estado, segundo a clássica teoria de Montesquieu, é 
adotada pelo ordenamento jurídico brasileiro por precipuidade (preponderância, 
especialização) de função, portanto não há exclusividade. 
Letra c) a alternativa está em consonância com o art. 2º da Constituição (art. 2º São 
poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o 
Judiciário). 
Letra d) tanto a jurisprudência como os costumes são fontes do direito administrativo. Além 
deles, a lei e a doutrina também o são. 
Letra e) Segundo Di Pietro, no critério legalista, o direito administrativo é um conjunto de 
normas que regem as relações entre a Administração e os administrados. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
13 (2016/CESPE/TRT - 8ª Região (PA e AP)/Analista Judiciário - Área 
Administrativa) A respeito dos elementos do Estado, assinale a opção correta. 
a) Povo, território e governo soberano são elementos indissociáveis do Estado. 
b) O Estado é um ente despersonalizado. 
c) São elementos do Estado o Poder Legislativo, o Poder Judiciário e o Poder Executivo. 
d) Os elementos do Estado podem se dividir em presidencialista ou parlamentarista. 
e) A União, o estado, os municípios e o Distrito Federal são elementos do Estado brasileiro. 
GABARITO: Letra A 
COMENTÁRIO: 
Letra a) é o gabarito da questão. Povo, território e governo soberano (PTG) são elementos 
indissociáveis do Estado. 
Letra b) o Estado, nesse caso, é Pessoa Jurídica de Direito Público. Entes despersonalizados 
são apenas os órgãos públicos. 
Letra c) Os elementos do Estado são povo, território e governo soberano. Os Poderes 
Legislativo, Executivo e Judiciário são poderes do Estado. 
Letra d) presidencialista e parlamentarista são os sistemas de governo (SI GO PRE PAR). 
Letra e) consoante o art. 18 da CF/88, a União, os Estados, o DF e os Municípios são entes 
federativos do Estado brasileiro. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
14 (2016/CESPE/DPU/Analista Técnico – Administrativo) Acerca da organização 
administrativa da União, da organização e da responsabilidade civil do Estado, bem como do 
exercício do poder de polícia administrativa, julgue o item que se segue. 
A repartição do poder estatal em funções — legislativa, executiva e jurisdicional — não 
descaracteriza a sua unicidade e indivisibilidade. 
GABARITO: Correto 
COMENTÁRIO: 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 19 
 
A divisão do poder estatal em funções realmente não descaracteriza a sua unicidade e 
indivisibilidade. 
O Poder de um Estado é UNO, indivisível. No entanto, o Poder pode ser exercido por outros 
órgãos, com o objetivo de possibilitar um controle recíproco, constituindo o que chamamos na 
doutrina constitucionalista como sistema de “FREIOS E CONTRAPESOS”. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
15 (2016/CESPE/DPU/Técnico em Assuntos Educacionais) Em relação à administração 
pública direta e indireta e às funções administrativas, julgue o item a seguir. 
A função administrativa é exclusiva do Poder Executivo, não sendo possível seu exercício 
pelos outros poderes da República. 
GABARITO: Errada 
COMENTÁRIO: 
Todos os Poderes exercem atividades de natureza administrativa, e não apenas o Executivo. 
O exercício do Poder, no Brasil, dá-se por precipuidade (preponderância, 
especialização) de função, portanto, não há exclusividade. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
16 (2016/CESPE/DPU/Técnico em Assuntos Educacionais) Em relação à administração 
pública direta e indireta e às funções administrativas, julgue o item a seguir. 
A aplicação da lei pelo Poder Executivo, no exercício da função administrativa, depende de 
provocação do interessado, sendo vedada a aplicação de ofício. 
GABARITO: Errado 
COMENTÁRIO: 
A aplicação da lei pelo Poder Executivo, no exercício da função administrativa, pode ser tanto 
por provocação do interessado como de ofício. 
No entanto, a aplicação da lei pelo Poder Judiciário, no exercício da função jurisdicional, 
depende de provocação do interessado, sendo vedada a aplicação de ofício. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
17 (2015/CESPE/TRE-MT/Analista) Com relação ao direito administrativo e à 
administração pública, assinale a opção correta. 
a) A administração pública em sentido estrito abrange os órgãos governamentais, 
encarregados de traçar políticas públicas, bem como os órgãos administrativos, aos quais 
cabe executar os planos governamentais. 
b) As atividades de polícia administrativa, de prestação de serviço público e de fomento são 
próprias da administração pública em sentido objetivo. 
c) Consoante o critério do Poder Executivo, o direito administrativo pode ser conceituado 
como o conjunto de normas que regem as relações entre a administração pública e os 
administrados. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 20 
 
d) As principais fontes do direito administrativo brasileiro, que não foi codificado, são o 
costume e a jurisprudência. 
e) A administração pública em sentido subjetivo não se faz presente nos Poderes Legislativo e 
Judiciário. 
GABARITO: Letra B 
COMENTÁRIO: 
Letra a) em sentido estrito, a administração pública abrange apenas os órgãos 
administrativos. Vide quadro abaixo. 
Letra b) é o gabarito da questão. São 4 as atividades administrativas em sentido objetivo: 
polícia administrativa, serviço público, fomento e intervenção administrativa. 
Letra c) o critério das relações jurídicas é o conjunto de normas que regem as relações entre 
a administração e os administrados. 
O critério do Poder Executivo disciplina a organização e a atividade deste Poder, apenas. 
Assim, segundo esse critério, não poderia haver exercício da atividade administrativa nos 
demais Poderes. 
Letra d) a fonte principal é a lei. São, ainda, fontes secundárias do direito administrativo, a 
jurisprudência, os costumes e a doutrina. 
Letra e) a administração em sentido subjetivo, orgânico ou formal representa os órgãos, 
pessoas e entidades integrantes de todos os Poderes da República. 
 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
SENTIDO 
AMPLO RESTRITO 
SUBJETIVO, ORGÂNICO 
OU FORMAL (FOS) 
(QUEM) 
ORGÃOS GOVERNAMENTAIS 
E 
ADMINISTRATIVOSAPENAS ÓRGÃOS 
ADMINISTRATIVOS 
OBJETIVO, MATERIAL OU 
FUNCIONAL (FuMOb) 
(O QUÊ) 
FUNÇÕES POLÍTICAS 
E 
ADMINISTRATIVAS 
APENAS FUNÇÕES 
ADMINISTRATIVAS 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
18 (2015/CESPE/STJ/Técnico Judiciário – Administrativo) Julgue o item seguinte, 
acerca do direito administrativo e da prática dos atos administrativos. 
Conceitualmente, é correto considerar que o direito administrativo abarca um conjunto de 
normas jurídicas de direito público que disciplina as atividades administrativas necessárias à 
realização dos direitos fundamentais da coletividade. 
GABARITO: Correto 
COMENTÁRIO: 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 21 
 
Segundo Rafael Carvalho Rezende Oliveira, o direito administrativo é o ramo do direito 
público que tem por objeto as regras e os princípios aplicáveis à atividade preordenada à 
satisfação dos direitos fundamentais. Como se observa, a assertiva está correta. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
19 (2014/CESPE/TJ-SE/Titular de Serviços de Notas e de Registros) Considerando os 
conceitos do direito administrativo e os princípios do regime jurídico-administrativo, assinale 
a opção correta. 
a) O princípio da proteção à confiança legitima a possibilidade de manutenção de atos 
administrativos inválidos. 
b) Consoante o critério da administração pública, o direito administrativo é o ramo do direito 
que tem por objeto as atividades desenvolvidas para a consecução dos fins estatais, excluídas 
a legislação e a jurisdição. 
c) Adotando-se o critério do serviço público, define-se direito administrativo como o conjunto 
de princípios jurídicos que disciplinam a organização e a atividade do Poder Executivo e de 
órgãos descentralizados, além das atividades tipicamente administrativas exercidas pelos 
outros poderes. 
d) São fontes primárias do direito administrativo os regulamentos, a doutrina e os costumes. 
e) Dado o princípio da supremacia do interesse público sobre o privado, é possível à 
administração pública, mediante portaria, impor vedações ou criar obrigações aos 
administrados. 
GABARITO: Letra A 
COMENTÁRIO: 
Letra a) o princípio da proteção à confiança, segundo Di Pietro, leva em conta a boa-fé do 
cidadão, que acredita e espera que os atos praticados pelo Poder Público sejam lícitos e, 
nessa qualidade, serão mantidos e respeitados pela própria Administração e por terceiros, 
inclusive mantendo atos ilegais ou inconstitucionais, fazendo prevalecer esse princípio em 
detrimento do princípio da legalidade. 
Letra b) Consoante o critério residual ou negativo, o direito administrativo é o ramo do 
direito que tem por objeto as atividades desenvolvidas para a consecução dos fins estatais, 
excluídas a legislação e a jurisdição. 
Segundo o critério da Administração Pública, o direito administrativo é o conjunto de 
princípios que regem a Administração Pública, considerando as atividades, os órgãos e 
entidades, sua organização e as relações com os particulares. 
Letra c) o critério trazido diz respeito ao critério do Poder Executivo. 
O critério do serviço público é o conjunto de regras de organização e gestão dos serviços 
públicos, em sentido amplo e estrito. 
Letra d) a doutrina e os costumes são fontes secundárias do direito administrativo, apenas 
os regulamentos são considerados, no caso, fontes primárias. 
Letra e) Segundo o princípio da legalidade, sob o prisma dos particulares, ninguém é 
obrigado a deixar de fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Assim, a 
administração pública não pode criar obrigações ou vedações aos particulares sem previsão 
em lei. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 22 
 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
20 (2014/CESPE/TJ-SE/Titular de Serviços de Notas e de Registros) A respeito dos 
princípios, das fontes e do conceito de direito administrativo, assinale a opção correta. 
a) De acordo com o STF, os tratados internacionais de direito administrativo serão fontes do 
direito administrativo pátrio desde que sejam incorporados ao ordenamento jurídico interno 
mediante o mesmo procedimento previsto na CF para a incorporação dos tratados 
internacionais de direitos humanos. 
b) O princípio administrativo da autotutela é considerado um princípio onivalente. 
c) O princípio administrativo do interesse público é um princípio implícito da administração 
pública. 
d) De acordo com o critério das relações jurídicas, o direito administrativo pode ser visto 
como o sistema dos princípios jurídicos que regulam a atividade do Estado para o 
cumprimento de seus fins. 
e) Consoante o critério da distinção entre atividade jurídica e social do Estado, o direito 
administrativo é o conjunto dos princípios que regulam a atividade jurídica não contenciosa 
do Estado e a constituição dos órgãos e meios de sua ação em geral. 
GABARITO: Letra E 
COMENTÁRIO: 
Letra a) não há nenhum fundamento sobre o assunto no STF. Errada a alternativa. 
Letra b) Segundo a doutrina de Cretella Júnior, princípios onivalentes são aqueles 
encontrados em toda construção científica elaborada pelo homem. É evidente que 
este não é o caso do princípio da autotutela, o qual ostenta alcance bem mais restrito, 
limitado à ciência do Direito e, ainda assim, situado no âmbito do Direito Administrativo. 
Letra c) o princípio do interesse público está previsto no art. 2º da Lei n. 9.784/99, sendo, 
portanto, explícito para a administração pública. 
Letra d) De acordo com o critério teleológico, o direito administrativo pode ser visto como o 
sistema dos princípios jurídicos que regulam a atividade do Estado para o cumprimento de 
seus fins. 
O critério das relações jurídicas assevera que o direito administrativo é um conjunto de 
normas que regem as relações entre a administração e os administrados. 
Letra e) trouxe o conceito adotado pela doutrinadora Di Pietro para o critério da distinção 
entre atividade jurídica e social do Estado. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
21 (2014/CESPE/TJ-CE/Analista Judiciário - Área Administrativa) No que se refere ao 
Estado, governo e à administração pública, assinale a opção correta. 
a) O Estado liberal, surgido a partir do século XX, é marcado pela forte intervenção na 
sociedade e na economia. 
b) No Brasil, vigora um sistema de governo em que as funções de chefe de Estado e de chefe 
de governo não são concentradas na pessoa do chefe do Poder Executivo. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 23 
 
c) A administração pública, em sentido estrito, abrange a função política e a administrativa. 
d) A administração pública, em sentido subjetivo, diz respeito à atividade administrativa 
exercida pelas pessoas jurídicas, pelos órgãos e agentes públicos que exercem a função 
administrativa. 
e) A existência do Estado pode ser mensurada pela forma organizada com que são exercidas 
as atividades executivas, legislativas e judiciais. 
GABARITO: Letra E 
COMENTÁRIO: 
Letra a) pelo contrário, o Estado liberal, é marcado pela abstenção do Estado na sociedade e 
na economia. Quase tudo era deixado na mão da iniciativa privada. O liberalismo preocupava-
se em assegurar os direitos fundamentais dos cidadãos, ou seja, os direitos de primeira 
geração (vida, liberdadee igualdade). 
Letra b) no Brasil, adotamos o sistema presidencialista de governo, em que uma das suas 
características é o acúmulo das funções de chefe de Estado e de Governo pelo Presidente da 
República. 
Letra c) em sentido estrito abrange os órgãos administrativos e a função administrativa. Em 
sentido amplo abrange os órgãos governamentais e administrativos e as funções políticas e 
administrativas. 
Letra d) em sentido subjetivo, a administração pública refere-se aos órgãos, entidades e 
agentes públicos que a formam. 
Letra d) exato, a existência do Estado pode ser mensurada pela forma organizada com que 
são exercidas as atividades executivas, legislativas e judiciais. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
22 (2014/CESPE/TJ-CE/Analista Judiciário - Área Administrativa) Com relação ao 
conceito, ao objeto e às fontes do direito administrativo, assinale a opção correta. 
a) Consoante o critério negativo, o direito administrativo compreende as atividades 
desenvolvidas para a consecução dos fins estatais, incluindo as atividades jurisdicionais, 
porém excluindo as atividades legislativas. 
b) Pelo critério teleológico, o direito administrativo é o conjunto de princípios que regem a 
administração pública. 
c) Para a escola exegética, o direito administrativo tinha por objeto a compilação das leis 
existentes e a sua interpretação com base principalmente na jurisprudência dos tribunais 
administrativos. 
d) São considerados fontes primárias do direito administrativo os atos legislativos, os atos 
infralegais e os costumes. 
e) De acordo com o critério do Poder Executivo, o direito administrativo é conceituado como o 
conjunto de normas que regem as relações entre a administração e os administrados. 
GABARITO: Letra C 
COMENTÁRIO: 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 24 
 
ESCOLAS E CRITÉRIOS CONCEITO E OBJETO 
Serviço Público 
Regras de organização e gestão dos serviços públicos, em 
sentido amplo e estrito. 
Poder Executivo 
Disciplina a organização e a atividade do Poder Executivo, 
apenas. 
Relações Jurídicas 
Conjunto de normas que regem as relações entre a 
Administração e os administrados. 
Teleológico 
o direito administrativo pode ser visto como o sistema dos 
princípios jurídicos que regulam a atividade do Estado para o 
cumprimento de seus fins. 
Negativo ou Residual 
Toda atividade do Estado que não esteja compreendida na 
função legislativa ou na jurisdicional. 
Distinção entre atividade 
jurídica e social do 
Estado 
o direito administrativo é o conjunto dos princípios que 
regulam a atividade jurídica não contenciosa do Estado 
e a constituição dos órgãos e meios de sua ação em geral. 
Administração Pública 
Conjunto de princípios que regem a Administração Pública, 
considerando as atividades, os órgãos e entidades, sua 
organização e as relações com os particulares (critério mais 
aceito pela doutrina). 
Legalista, exegética 
Conjunto de regras positivadas em leis e regulamentos que 
tratam de Administração Pública, interpretadas pelos tribunais 
administrativos (França). 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
23 (2014/CESPE/TJ-CE/Analista Judiciário - Área Judiciária) No que se refere ao 
regime jurídico administrativo, assinale a opção correta. 
a) A criação de órgão público deve ser feita, necessariamente, por lei; a extinção de órgão, 
entretanto, dado não implicar aumento de despesa, pode ser realizada mediante decreto. 
b) A autotutela administrativa compreende tanto o controle de legalidade ou legitimidade 
quanto o controle de mérito. 
c) A motivação deve ser apresentada concomitantemente à prática do ato administrativo. 
d) De acordo com o princípio da publicidade, que tem origem constitucional, os atos 
administrativos devem ser publicados em diário oficial. 
e) No Brasil, ao contrário do que ocorre nos países de origem anglo-saxã, o costume não é 
fonte do direito administrativo. 
GABARITO: Letra B 
COMENTÁRIO: 
Letra a) segundo o art. 84, VI, da CF/88, tanto a criação como a extinção de órgãos públicos 
deve ser feita por meio de lei. 
Letra b) é o gabarito da questão. Súmula n. 473/STF. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 25 
 
Letra c) a motivação deve ser prévia ou concomitante à edição do ato. 
Letra d) somente os atos que visem a produção de efeitos externos ou que onerem o 
patrimônio público devem ser publicados em diário oficial. 
Letra e) o costume é fonte secundária do direito administrativo. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
24 (2018/CESPE/PGM – AM/Procurador Municipal) Quanto às transformações 
contemporâneas do direito administrativo, julgue o item subsequente. 
Um dos aspectos da constitucionalização do direito administrativo se refere à releitura dos 
seus institutos a partir dos princípios constitucionais. 
GABARITO: Correto 
COMENTÁRIO: 
Segundo o que preleciona Estorninho (1999), o princípio da juridicidade da administração, 
entendido como a subordinação ao direito como um todo, implicando submissão a princípios 
gerais de direito, à Constituição, a normas internacionais, a disposições de caráter 
regulamentar, a atos constitutivos de direitos, etc. 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
25 (2018/CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência) Julgue o item que se segue, a 
respeito de aspectos diversos relacionados ao direito administrativo. 
Entre as fontes de direito administrativo, as normas jurídicas administrativas em sentido 
estrito são consideradas lei formal e encontram sua aplicabilidade restrita à esfera político-
administrativa. 
GABARITO: Errada 
COMENTÁRIO: 
As leis formais (aquelas que passaram pelo processo legislativo constitucional) não 
encontram sua aplicabilidade restrita à esfera político-administrativa, elas também podem 
atingir a esfera dos administrados, criando obrigações ou restrições aos particulares. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
26 (2018/CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência) Julgue o item que se segue, a 
respeito de aspectos diversos relacionados ao direito administrativo. 
A jurisprudência administrativa constitui fonte direta do direito administrativo, razão por que 
sua aplicação é procedimento corrente na administração e obrigatória para o agente 
administrativo, cabendo ao particular sua observância no cotidiano. 
GABARITO: Errada 
COMENTÁRIO: 
Jurisprudência são fontes secundárias (indiretas) do direito administrativo e consistem em 
reiteradas decisões de tribunais em um mesmo sentido. 
Via de regra, a jurisprudência não vincula a Administração e os demais órgãos do judiciário, 
no entanto, as Súmulas Vinculantes editadas pelo STF são consideradas fontes primárias do 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 26 
 
direito administrativo e vinculam tanto a administração pública como o próprio Poder 
Judiciário. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
27 (2018/CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência) Julgue o item que se segue, a 
respeito de aspectos diversos relacionados ao direito administrativo. 
De forma indireta, no direito administrativo, as fontes inorganizadas influem na produção dodireito positivo, apesar de as atividades opinativas e interpretativas serem consideradas fontes 
que influem nessa produção. 
GABARITO: Correta 
COMENTÁRIO: 
As fontes inorganizadas são as fontes não escritas do direito administrativo (jurisprudência e 
costumes). Essas fontes influenciam na produção de novas leis, na medida em que o 
legislador se utiliza dessas fontes para a criação de novas lei no ordenamento jurídico. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
GABARITO 
 
1-C 2-D 3-D 4-C 5-A 6-E 7-E 8-E 9-B 10-E 
11-A 12-C 13-A 14-C 15-E 16-E 17-B 18-C 19-A 20-E 
21-E 22-C 23-B 24-C 25-E 26-E 27-C 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 27 
 
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
1 – REGIME JURÍDICO-ADMINISTRATIVO 
Regime quer dizer o conjunto de normas e de princípios aplicáveis a uma determinada 
situação. 
A expressão regime jurídico da Administração Pública é utilizada para designar, em 
sentido amplo, os regimes de direito público e de direito privado a que pode submeter-se a 
Administração Pública. Já a expressão regime jurídico-administrativo é reservada tão 
somente para abranger o conjunto de traços, de conotações, que tipificam o Direito 
Administrativo, colocando a Administração Pública numa posição privilegiada, vertical, na 
relação jurídico-administrativa. 
 
O Regime Jurídico-administrativo é um conjunto de prerrogativas e sujeições concedido à 
Administração Pública, para melhor cumprimento dos interesses públicos. 
CESPE/TCU/2009 – O Regime jurídico-administrativo fundamenta-se, conforme entende a 
doutrina, nos princípios da supremacia do interesse público sobre o privado e na 
indisponibilidade do interesse público. 
 
1.1 – SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O PRIVADO 
Significa que a Administração Pública é colocada em posição VERTICAL (diferenciada) quando 
comparada aos particulares, ou seja, ela possuirá prerrogativas (privilégios). No caso de 
confronto entre o interesse individual e o público, será o público que prevalecerá. 
É princípio implícito da Administração Pública. 
O princípio da supremacia do interesse público sobre o privado não é absoluto, comportando 
limites e relativizações. Ex. direitos individuais, direito adquirido, coisa julgada, ato jurídico 
perfeito, etc. 
Regime Jurídico da Administração
(Regime Jurídico Administrativo – em sentido 
amplo )
REGIME DE DIREITO PRIVADO
- Horizontalidade
- Não tem prerrogativas e sim, restrições de Direito Público.
- Art. 173 CF/88
- Ex. Petrobrás
REGIME DE DIREITO PÚBLICO (Regime Jurídico 
Administrativo – em sentido estrito)
- Verticalidade
- Tem prerrogativas e restrições
- Ex. INSS, BACEN
SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O PRIVADO
INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 28 
 
 
1.2 – INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO 
Esse princípio faz com que a Administração, por intermédio de seus agentes, não tenha 
vontade própria, por estar investida no papel de satisfazer a vontade de terceiros, quais 
sejam, o coletivo, a sociedade. Assim, diz-se que a Administração Pública sofre restrições 
em sua atuação. Ex. Licitação, concurso público, etc. 
Interesse público primário: representa a Administração Pública no sentido finalístico, 
extroverso, ou seja, é o interesse público propriamente dito, pois dirigido diretamente aos 
cidadãos (de dentro do Estado para fora – Administração Extroversa) 
Interesse público secundário: diz respeito aos interesses do próprio Estado, internos, 
introversos, portanto inconfundíveis com os primários. Ex. locação de imóvel para guardar 
livros enquanto a biblioteca seja reformada. 
Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino asseveram que o princípio da indisponibilidade do 
interesse público está diretamente presente em toda e qualquer atuação da Administração 
Pública, ao contrário do que ocorre com o princípio da supremacia do interesse público, que, 
de forma direta, fundamenta essencialmente os atos de império do Poder Público, nos quais 
ele se coloca em posição vertical em relação aos administrados. 
Por fim, Maria Sílvia Di Pietro afirma que, por não ser possível à Administração dispor dos 
interesses públicos, “os poderes que lhe são atribuídos têm o caráter de poder-dever; são 
poderes que ela não pode deixar de exercer, sob pena de responder por omissão. Assim, a 
autoridade não pode renunciar ao exercício das competências que lhe são outorgadas por lei; 
não pode deixar de punir quando constate a prática de ilícito administrativo; não pode deixar 
de exercer o poder de polícia para coibir o exercício dos direitos individuais em conflito com o 
bem-estar coletivo; não pode deixar de exercer os poderes decorrentes da hierarquia; não 
pode fazer liberalidade com o dinheiro público. Cada vez que ela se omite no exercício dos 
seus poderes, é o interesse público que está sendo prejudicado. 
========================================================== 
PRINCÍPIOS EXPRESSOS PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS 
São aqueles que estão escritos com todas 
as letras em uma norma de caráter geral 
(se aplica a toda a Adm Pub Brasileira) 
Ex. Legalidade 
São aqueles que não estão expressos em 
uma norma de caráter geral. Ex. 
Razoabilidade. 
 
 
OBS: A lei 9.784/99, art 2º, traz expressamente o princípio da razoabilidade, porém, essa 
lei é de caráter geral apenas para a Administração Pública Federal, e não para toda a 
Administração Pública brasileira, por isso esse princípio é considerado implícito. 
 
Colisão entre princípios: 
No caso de conflito entre princípios, haverá uma ponderação de valores. 
OBS: NÃO há hierarquia entre os princípios da Administração Pública. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 29 
 
 
PRINCÍPIOS BÁSICOS (EXPRESSOS OU 
EXPLÍCITOS) 
PRINCÍPIOS GERAIS 
LIMPE – art 37, caput, CF/88 
- Legalidade 
- Impessoalidade 
- Moralidade 
- Publicidade 
- Eficiência 
OBS:o princípio da EFICIÊNCIA, foi 
incluído na CF/88 pela EC 19/98, tornando-
se princípio expresso. 
Todos os demais princípios: Ex. 
- Razoabilidade e Proporcionalidade 
- Supremacia do interesse público 
- Indisponibilidade de interesse público 
- Autotutela 
- Continuidade 
- etc 
 
COPESE/UFT/DPE-TO/2012 - A administração pública direta e indireta de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios 
de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. 
 
OBS: os princípios constitucionais se aplicam a toda Administração Pública, ou seja, tanto a 
administração direta como a indireta de todos os poderes (executivo, legislativo e judiciário) 
e de todos os entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). 
 
 
2 – PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
2.1 - PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 
O princípio da Legalidade significa a subordinação da Administração Pública à vontade 
popular, sendo assim, a Administração Pública só pode praticar as condutas previstas em lei. 
Possui duas asserções: 
 
EM RELAÇÃO AOS PARTICULARES EM RELAÇÃO À ADM PUB 
- Art 5°, II, CF/88 = Ninguém será obrigado 
a fazer ou deixar de fazer alguma coisa 
senão em virtude de lei. 
- o particular só deixará de agir quando a lei 
proibir. 
- o particular poderá fazer tudo o que a lei 
não proíbe (autonomia de vontade) 
- A Administração Pública só poderá fazer o 
que a lei permitir(vontade legal) 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 30 
 
OBS: surge como decorrência natural da indisponibilidade do interesse público. 
OBS: pode sofrer CONSTRIÇÕES em virtude de situações excepcionais. É o que ocorre 
quando tem que se cumprir um ato mesmo não previsto em lei em sentido estrito (criada 
pelo Poder Legislativo). Ex.: Medidas Provisórias e Decretos Autônomos, não são Leis criadas 
pelo Poder Legislativo, mas possuem força de lei. O PRINCÍPIO DA LEGALIDADE NÃO É 
ABSOLUTO. 
OBS: A atividade administrativa não pode ser exercida contra legem nem praeter legem, 
mas apenas secundum legem. 
ESAF: Em face da sistemática constitucional do Estado brasileiro, regido que é pelo 
fundamento do Estado Democrático de Direito, a plenitude da vigência do princípio da 
legalidade (art. 37, caput, CF/88) pode sofrer constrição provisória e excepcional. 
CESPE/2010: Em decorrência do princípio da legalidade, a Administração Pública não pode, 
por simples ato administrativo, conceder direitos de qualquer espécie, criar obrigações ou 
impor vedações aos administrados, para tanto, ela depende de lei. 
CESPE/IBAMA/2012 - De acordo com a CF, a medida provisória, o estado de defesa e o 
estado de sítio constituem exceção ao princípio da legalidade na administração pública. 
CESPE/MPE-RR/2012 - Segundo jurisprudência do STJ, a administração, por estar 
submetida ao princípio da legalidade, não pode levar a termo interpretação extensiva ou 
restritiva de direitos, quando a lei assim não o dispuser de forma expressa. 
 
 
2.2 - PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE 
Pode ser estudado sob 3 aspectos (acepções) distintos: 
1 – dever de tratamento isonômico aos administrados 
O princípio da impessoalidade, para fins de concurso público, pode ser confundido com o 
princípio da isonomia, ou seja, eles se confundem. A realização e concurso público é 
consequência da aplicação do princípio da impessoalidade/isonomia. 
 
2 – dever de sempre satisfazer o interesse público 
O administrador público deve sempre buscar a satisfação do interesse público, isto é, deve 
seguir a finalidade de todas a leis. O princípio da impessoalidade é sinônimo do princípio da 
finalidade. 
 
3 – imputação dos atos praticados pelos agentes públicos à pessoa jurídica em que 
atuam. 
Art 37 § 1° - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos 
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo 
constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou 
servidores públicos. 
OBS: o princípio que justifica a manutenção dos efeitos dos atos praticados por um 
funcionário de fato é o princípio da impessoalidade. É o caso do servidor que ingressou no 
serviço público para um cargo de nível superior e depois de algum tempo foi descoberto que 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 31 
 
ele apresentou um diploma falso no ato da posse. Os atos praticados por esse servidor 
continuam valendo, pois, apesar de não ser um servidor de direito, ele era um servidor de 
fato, agindo em nome do Estado. 
ESAF/2008 – O princípio constitucional do direito administrativo, cuja observância forçosa, 
na prática dos atos administrativos, importa assegurar que, o seu resultado, efetivamente, 
atinja o seu fim legal, de interesse público, é o da impessoalidade. 
CESPE/TJ-AL/2012 - Em decorrência dos princípios da impessoalidade e da boa-fé, 
reconhecem-se como válidos os atos praticados por agente de fato, ainda que este tivesse 
ciência do ilícito praticado. 
ESAF/SEFAZ-CE/2007 – São exemplos da aplicação do princípio da impessoalidade, exceto 
a)licitação 
b)concurso público 
c)precatório 
d)otimização da relação custo/benefício (eficiência) 
e)ato legislativo perfeito 
 
 
2.3 – PRINCÍPIO DA MORALIDADE 
Impõe que os agentes públicos atuem com honestidade, boa-fé e lealdade, respeitando a 
isonomia e demais preceitos éticos, sempre perseguindo a boa administração. 
MORAL ADMINISTRATIVA MORAL COMUM 
- são as condutas que o agente público deve 
tomar no exercício da função pública. Ex: 
não chegar atrasado, agir com discrição, 
probidade, etc. 
- são as condutas que o agente público 
deve tomar fora da administração pública, 
fora do exercício da atividade. Apesar de 
em várias situações as duas se 
interligarem, elas não se confundem. 
 
Moralidade administrativa (relacionada a boa-fé, lealdade e justeza) X Probidade 
administrativa (relacionada a má qualidade da administração). 
A moralidade é o gênero e a probidade é uma das espécies da moralidade administrativa. A 
probidade é um aspecto da moralidade administrativa. A moralidade e a probidade 
não são sinônimas. 
OBS: a moralidade administrativa constitui requisito de validade do ato administrativo. 
 
 
2.4 – PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE 
Apresenta uma dupla acepção, a saber: 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 32 
 
a) exigência de publicação em órgão oficial como requisito de eficácia dos atos 
administrativos que devam produzir efeitos externos e dos atos que impliquem ônus para o 
patrimônio público. 
b) exigência de transparência da autuação administrativa. 
Art 5° XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu 
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, 
sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à 
segurança da sociedade e do Estado. 
OBS: Em regra os atos da Administração Pública devem ser divulgados pelo Diário Oficial. Se 
o município não tiver DO, publica em quadro de avisos. Caso o ato do município seja de 
publicação obrigatória em DO, o ato será publicado no DO do estado ao qual pertence o 
referido município. 
OBS: a publicação do ato administrativo em órgão oficial de imprensa não é condição de 
sua validade, mas sim de condição de eficácia e moralidade. 
CESPE/TJ-AL/2012 - O princípio da publicidade assegura a divulgação ampla dos atos 
praticados pela administração pública, quer tratem eles de assuntos de interesse particular, 
quer tratem de assuntos de interesse coletivo ou geral, ressalvadas as hipóteses de sigilo 
previstas em lei. 
 
 
2.5 – PINCÍPIO DA EFICIÊNCIA 
Somente foi incorporado na CF/88 pela EC-19/98, tornando o princípio da eficiência expresso 
para toda a Administração Pública brasileira. 
Impõe à Administração Pública direta e indireta a obrigação de realizar suas atribuições com 
rapidez, perfeição e rendimento. 
OBS: O princípio da eficiência relaciona-se com a Administração gerencial, enquanto o 
princípio da legalidade relaciona-se com a Administração burocrática. 
O princípio da eficiência é uma consequência do princípio da economicidade, essa economia 
está diretamente relacionada com o custo-benefício. 
A ênfase se dá nos resultados alcançados pela Administração Pública e não nos meios para 
alcançar os resultados. 
 
Pode ser estudado sob dois aspectos: 
1) em relação ao modo de atuação do agente público; e 
2) em relação ao modo de estruturar e disciplinar a Administração Pública (administração 
gerencial). 
 
 
3 –PRINCÍPIOS GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 33 
 
3.1 – PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE 
Em regra, esses princípios são implícitos. 
O princípio da razoabilidade é conseqüência dodevido processo legal, e se reflete no bom 
senso das atividades administrativas. 
O princípio da proporcionalidade impõe à administração a adequação entre meios e 
fins, sendo vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior 
àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público (lei 9.784/99, art 2°, 
VI). 
Um ato razoável deve ser um ato adequado, necessário e proporcional, ocorrendo dessa 
forma que alguns autores dizem que o princípio da proporcionalidade deriva do princípio da 
razoabilidade. 
CESPE/TER-RJ/2012 - No âmbito da administração pública, a correlação entre meios e fins 
é uma expressão cujos sentido e alcance costumam ser diretamente associados ao princípio 
da eficiência. (FALSO – AO PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE) 
 
 
3.2 – PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA 
SÚMULA 473 STF – A Administração pode anular seus próprios atos quando eivados de 
vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo 
de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos 
os casos, a apreciação judicial. 
Os atos ilegais devem ser anulados e os legais podem ser revogados. 
SÚMULA 346 STF – A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios 
atos. 
O Poder Judiciário não pode revogar atos administrativos editados pela Administração 
Pública, mas poderá revogar os seus próprios atos quando editados no exercício da função 
administrativa, quando inconvenientes ou inoportunos. 
PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA PRINCÍPIO DA TUTELA ADMINISTRATIVA 
- é a Adm Pub como um todo revendo 
os seus próprios atos, anulando-os ou 
revogando-os. 
- também é chamado de princípio do controle. 
- controle finalístico, tutela administrativa ou 
supervisão ministerial. 
- tem relação de vinculação, e não de 
subordinação. 
- está presente na administração pública indireta. 
 
ESAF/ATRF/2012 - A Súmula n. 473 do Supremo Tribunal Federal – STF enuncia: “A 
administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam 
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou 
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a 
apreciação judicial”. Por meio da Súmula n. 473, o STF consagrou o princípio da autotutela. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 34 
 
ESAF/AFRF/2012 - A possibilidade jurídica de submeter-se efetivamente qualquer lesão de 
direito e, por extensão, as ameaças de lesão de direito a algum tipo de controle denomina-se 
princípio da sindicabilidade. 
ESAF/CGU/2012 - O princípio que instrumentaliza a Administração para a revisão de seus 
próprios atos, consubstanciando um meio adicional de controle da sua atuação e, no que toca 
ao controle de legalidade, representando potencial redução do congestionamento do Poder 
Judiciário, denomina-se autotutela. 
 
 
3.3 – PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA 
CF/88 art 5°, XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a 
coisa julgada. 
Lei 9.784/99, art 2° Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, 
entre outros, os critérios de: XIII - interpretação da norma administrativa da forma que 
melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de 
nova interpretação. 
CESPE/2004 – A vedação de aplicação retroativa de nova interpretação de norma 
administrativa encontra-se consagrada no ordenamento jurídico pátrio e decorre do princípio 
da segurança jurídica. 
CESPE/ANATEL/2012 - O princípio da segurança jurídica resguarda a estabilidade das 
relações no âmbito da administração; um de seus reflexos é a vedação à aplicação retroativa 
de nova interpretação de norma em processo administrativo. 
 
 
3.4 – PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS PÚBLICOS 
LEI 8985/95, art 6°, § 3o - Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua 
interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso, quando: 
I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e, 
II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade. 
ESAF/2012/CGU – A impossibilidade de o particular prestador de serviço público por 
delegação interromper sua prestação é restrição que decorre do princípio da continuidade do 
serviço público. 
 
 
3.5 – PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO 
O princípio da motivação impõe a Administração Pública a obrigação de apresentar as razões 
de fato (o acontecimento, a circunstância real) e as razões de direito (o dispositivo legal) que 
a levaram a praticar determinado ato. 
A motivação é a apresentação dos motivos por escrito. Motivo e Motivação não são 
expressões sinônimas. A motivação faz parte da forma do ato, isto é, ela integra o elemento 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 35 
 
forma e não o elemento motivo. Se o ato deve ser motivado para ser válido, e a motivação 
não é feita, o ato é nulo por vício de forma (vício insanável) e não por vício de motivo. 
Não é um princípio de caráter absoluto, existem exceções ao princípio da motivação: 
- cargos em comissão e cargos de confiança. 
TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES: consiste em, simplesmente, explicitar que a 
administração pública está sujeita ao controle administrativo e judicial (portanto, controle de 
legalidade ou legitimidade) relativo à existência e à pertinência ou adequação dos motivos – 
fático e legal – que ela declarou como causa determinante da prática de um ato. 
Aplica-se tanto aos atos vinculados como aos discricionários. 
 
ATOS QUE NECESSARIAMENTE DEVEM SER MOTIVADOS: 
Lei 9.784/99 Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos 
e dos fundamentos jurídicos, quando: 
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; 
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; 
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública; 
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório; 
V - decidam recursos administrativos; 
VI - decorram de reexame de ofício; 
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, 
laudos, propostas e relatórios oficiais; 
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo. 
 
MOTIVAÇÃO ALIUNDE (em outro lugar): Art 50 § 1o A motivação deve ser explícita, clara 
e congruente, podendo consistir em declaração de concordância com fundamentos de 
anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte 
integrante do ato. 
CESPE/2008 – Pelo princípio da motivação, é possível a chamada motivação aliunde, ou 
seja, a mera referência, no ato, à sua concordância com anteriores pareceres, informações, 
decisões ou propostas, como forma de suprimento da motivação do ato. 
CESPE/ABIN/2008 - Não viola o princípio da motivação dos atos administrativos o ato da 
autoridade que, ao deliberar acerca de recurso administrativo, mantém decisão com base em 
parecer da consultoria jurídica, sem maiores considerações. 
 
 
3.6 – PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE 
A finalidade legalmente estabelecida para as entidades da Administração Pública indireta não 
pode ser administrativamente alterada pelos seus dirigentes, sob pena de responsabilização 
nas esferas penal, administrativas e cível. 
 
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PROF. EVANDRO ZILLMER 37 
 
4 - QUESTÕES: 
01 (2017/CESPE/MPE-RR/Promotor de Justiça) De acordo com o entendimento do STF, 
no que se refere à inscrição de candidatos que possuam tatuagens gravadas na pele, não 
havendo lei que disponha sobre o tema, os editais de concursos públicos 
a) estão impedidos de restringi-la, com exceção dos casos em que essas tatuagens violem 
valores constitucionais. 
b) devem restringi-la com base na relação objetiva e direta entre tatuagem e conduta 
atentatória à moral e aos bons costumes. 
c) estão impedidos de restringi-la, para garantir o pleno e livre exercício da função pública. 
d) devem restringi-la, quando se tratar de cargo efetivo da polícia militar. 
 
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02 (2017/FCC/DPE-PR/Defensor Público) Sobre Agentes Públicos e Princípios e Regime 
Jurídico Administrativo, é correto afirmar:a) O princípio da impessoalidade destina-se a 
proteger simultaneamente o interesse público e o interesse privado, pautando-se pela 
igualdade de tratamento a todos administrados, independentemente de quaisquer 
preferências pessoais. 
b) São entes da Administração Indireta as autarquias, as fundações públicas, as empresas 
públicas, as sociedades de economia mista, e as subsidiárias destas duas últimas. As 
subsidiárias não dependem de autorização legislativa justamente por integrarem a 
Administração Pública Indireta. 
c) As contas bancárias de entes públicos que contenham recursos de origem pública p 
rescindem de autorização específica para fins do exercício do controle externo. 
d) Os atos punitivos são os atos por meio dos quais o Poder Público aplica sanções por 
infrações administrativas pelos servidores públicos. Trata-se de exercício de Poder de Polícia 
com base na hierarquia. 
e) A licença não é classificada como ato negocial, pois se trata de ato vinculado, concedida 
desde que cumpridos os requisitos objetivamente definidos em lei. 
 
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03 (2017/CESPE/Prefeitura de Fortaleza – CE/Procurador Municipal) Acerca do 
direito administrativo, julgue o item que se segue. 
Considerando os princípios constitucionais explícitos da administração pública, o STF estendeu 
a vedação da prática do nepotismo às sociedades de economia mista, embora elas sejam 
pessoas jurídicas de direito privado. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
04 (2017/CESPE/TJ-PR/Juiz de Direito) De acordo com o art. 54 da Lei n.º 9.784/1999, 
o direito da administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos 
favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram 
praticados, salvo comprovada má-fé. Trata-se de hipótese em que o legislador, em 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 38 
 
detrimento da legalidade, prestigiou outros valores. Tais valores têm por fundamento o 
princípio administrativo da 
a) presunção de legitimidade. 
b) autotutela. 
c) segurança jurídica. 
d) continuidade do serviço público. 
 
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05 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Analista Judiciário - Área Administrativa) 
Em importante julgamento proferido pelo Supremo Tribunal Federal, foi considerada 
inconstitucional lei que destinava verbas públicas para o custeio de evento cultural 
tipicamente privado, sem amparo jurídico-administrativo. Assim, entendeu a Corte Suprema 
tratar-se de favorecimento a seguimento social determinado, incompatível com o interesse 
público e com princípios que norteiam a atuação administrativa, especificamente, o princípio 
daa) presunção de legitimidade restrita. 
b) motivação. 
c) impessoalidade. 
d) continuidade dos serviços públicos. 
e) publicidade. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
06 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Técnico Judiciário - Área Administrativa) Em 
importante julgamento proferido pelo Superior Tribunal de Justiça, reconheceu a Corte 
Superior a impossibilidade de acumulação de cargos públicos de profissionais da área da 
saúde quando a jornada de trabalho superar sessenta horas semanais. Assim, foi considerada 
a legalidade da limitação da jornada de trabalho do profissional de saúde para sessenta horas 
semanais, na medida em que o profissional da área da saúde precisa estar em boas condições 
físicas e mentais para bem exercer as suas atribuições, o que certamente depende de 
adequado descanso no intervalo entre o final de uma jornada de trabalho e o início da outra, 
o que é impossível em condições de sobrecarga de trabalho. Tal entendimento está em 
consonância com um dos princípios básicos que regem a atuação administrativa, qual seja, o 
princípio da 
a) publicidade. 
b) motivação. 
c) eficiência. 
d) moralidade. 
e) impessoalidade. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 39 
 
07 (2017/CESPE/TRE-PE/Analista Judiciário - Área Administrativa) O princípio da 
razoabilidade 
a) se evidencia nos limites do que pode, ou não, ser considerado aceitável, e sua 
inobservância resulta em vício do ato administrativo. 
b) incide apenas sobre a função administrativa do Estado. 
c) é autônomo em relação aos princípios da legalidade e da finalidade. 
d) comporta significado unívoco, a despeito de sua amplitude, sendo sua observação pelo 
administrador algo simples. 
e) pode servir de fundamento para a atuação do Poder Judiciário quanto ao mérito 
administrativo. 
 
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08 (2017/FCC/TRT - 11ª Região (AM e RR)/Técnico Judiciário - Área 
Administrativa) A atuação da Administração é pautada por determinados princípios, alguns 
positivados em âmbito constitucional ou legal e outros consolidados por construções 
doutrinárias. Exemplo de tais princípios são a tutela ou controle e a autotutela, que diferem 
entre si nos seguintes aspectos: 
a) a autotutela é espontânea e se opera de ofício, enquanto a tutela é exercida sempre 
mediante provocação do interessado ou de terceiros prejudicados. 
b) a autotutela se dá no âmbito administrativo, de ofício pela Administração direta ou 
mediante representação, e a tutela é exercida pelo Poder Judiciário. 
c) ambas são exercidas pela própria Administração, sendo a tutela expressão do poder 
disciplinar e a autotutela do poder hierárquico. 
d) a tutela decorre do poder hierárquico e a autotutela é expressão da supremacia do 
interesse público fundamentando o poder de polícia. 
e) é através da tutela que a Administração direta exerce o controle finalístico sobre entidades 
da Administração indireta, enquanto pela autotutela exerce controle sobre seus próprios atos. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
09 (2017/FCC/TRE-SP/Técnico Judiciário - Área Administrativa) Considere a lição de 
Maria Sylvia Zanella Di Pietro: A Administração não pode atuar com vistas a prejudicar ou 
beneficiar pessoas determinadas, uma vez que é sempre o interesse público que tem que 
nortear o seu comportamento. (Direito Administrativo, São Paulo: Atlas, 29ª edição, p. 99). 
Essa lição expressa o conteúdo do princípio da 
a) impessoalidade,expressamente previsto na Constituição Federal, que norteia a atuação da 
Administração pública de forma a evitar favorecimentos e viabilizar o atingimento do 
interesse público, finalidade da função executiva. 
b) legalidade, que determina à Administração sempre atuar de acordo com o que estiver 
expressamente previsto na lei, em sentido estrito, admitindo-se mitigação do cumprimento 
em prol do princípio da eficiência. 
c) eficiência, que orienta a atuação e o controle da Administração pública pelo resultado, de 
forma que os demais princípios e regras podem ser relativizados. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 40 
 
d) supremacia do interesse público, que se coloca com primazia sobre os demais princípios e 
interesses, uma vez que atinente à finalidade da função executiva. 
e) publicidade, tendo em vista que todos os atos da Administração pública devem ser de 
conhecimento dos administrados, para que possam exercer o devido controle. 
 
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10 (2017/CESPE/SEDF/Professor da Educação Básica) A respeito dos princípios da 
administração pública e da organização administrativa, julgue o item a seguir. 
Se uma autoridade pública, ao dar publicidade a determinado programa de governo, fizer 
constar seu nome de modo a caracterizar promoção pessoal, então, nesse caso, haverá, pela 
autoridade, violação de preceito relacionado ao princípio da impessoalidade. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
11 (2017/CESPE/SEDF/Professor de Educação Básica) Acerca de administração 
pública, organização do Estado e agentes públicos, julgue o item a seguir. 
O direito de petição é um dos instrumentos para a concretização do princípio da publicidade. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
12 (2017/CESPE/SEDF/Professor de Educação Básica) No que se refere ao controle e à 
responsabilidade da administração, julgue o item subsequente. 
A legalidade de qualquer ato administrativo pode ser submetida à apreciação judicial. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
13 (2017/CESPE/SEDF/Nível Médio) Em relação aos princípios da administração pública 
e à organização administrativa, julgue o item que se segue. 
O administrador, quando gere a coisa pública conforme o que na lei estiver determinado, 
ciente de que desempenha o papel de mero gestor de coisa que não é sua, observa o 
princípio da indisponibilidade do interesse público. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
14 (2017/CESPE/SEDF/Direito) Mauro editou portaria disciplinando regras de remoção no 
serviço público que beneficiaram, diretamente, amigos seus. A competência para a edição do 
referido ato normativo seria de Pedro, superior hierárquico de Mauro. Os servidores que se 
sentiram prejudicados com o resultado do concurso de remoção apresentaram recurso quinze 
dias após a data da publicação do resultado. 
Nessa situação hipotética, ao editar a referida portaria, Mauro violou os princípios da 
legalidade e da impessoalidade. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 41 
 
15 (2017/CESPE/SEDF/Administrador) À luz da legislação que rege os atos 
administrativos, a requisição dos servidores distritais e a ética no serviço público, julgue o 
seguinte item. 
Legalidade e publicidade são princípios constitucionais expressos aplicáveis à administração 
pública direta e indireta do DF. 
 
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16 (2016/CESPE/FUB/Assistente - Apoio administrativo) Acerca dos princípios 
fundamentais que regem a administração pública brasileira, julgue o item a seguir. 
O princípio fundamental do controle determina que o controle das atividades da administração 
federal seja exercido em todos os seus níveis e órgãos, sem exceções 
 
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17 (2016/CESPE/FUB/Assistente - Apoio administrativo) Acerca dos princípios 
fundamentais que regem a administração pública brasileira, julgue o item a seguir. 
Os princípios que regem a administração pública federal brasileira estão estabelecidos no 
Título I – Dos Princípios Fundamentais, da Constituição Federal de 1988. 
 
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18 (2016/CESPE/FUB/Assistente - Apoio administrativo) Acerca dos princípios 
fundamentais que regem a administração pública brasileira, julgue o item a seguir. 
Entre esses princípios inclui-se aquele que autoriza que o administrador público federal, em 
determinadas situações, delegue competência para a prática de atos administrativos. 
 
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19 (2016/CESPE/FUB/Assistente - Apoio administrativo) No que diz respeito aos 
poderes e deveres dos administradores públicos, julgue o item que se segue. 
O dever do administrador público de agir de forma ética e com boa-fé se refere ao seu dever 
de eficiência. 
 
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20 (2016/CESPE/FUB/Auxiliar de Administração) Com relação à administração pública, 
julgue o item que se segue. 
Como um dos princípios da administração pública brasileira, a publicidade destina-se a 
garantir a transparência dos atos dos agentes públicos 
 
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21 (2016/FCC/PGE-MT/Analista – Administrador) A respeito dos princípios básicos da 
Administração pública no Brasil, é INCORRETO afirmar que o princípio 
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a) de impessoalidade demanda objetividade no atendimento do interesse público, vedada a 
promoção pessoal de agentes públicos. 
b) de legalidade demanda atuação da Administração pública conforme a lei e o Direito. 
c) de moralidade demanda atuação da Administração pública segundo padrões éticos de 
probidade, decoro e boa-fé. 
d) da eficiência demanda celeridade na atuação da Administração pública, se necessário em 
contrariedade à lei, dada a primazia do resultado sobre a burocracia. 
e) de publicidade demanda a divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as 
hipóteses de sigilo previstas no ordenamento jurídico. 
 
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22 (2016/FCC/PGE-MT/Analista – Administrador) Os atos e provimentos 
administrativos são imputáveis não ao funcionário que o pratica, mas ao órgão ou entidade 
administrativa em nome do qual age o funcionário. Este é um mero agente da Administração 
Pública, de sorte que não é ele o autor institucional do ato. Ele é apenas o órgão que 
formalmente manifesta a vontade estatal. (José Afonso da Silva em Comentário Contextual à 
Constituição) 
Esse comentário refere-se ao princípio da Administração pública da 
a) impessoalidade. 
b) legalidade. 
c) moralidade. 
d) eficiência. 
e) publicidade. 
 
---------------------------------------------------------------------------------------------------23 (2016/FCC/PGE-MT/Técnico Administrativo) A Mesa Diretora da Assembleia 
Legislativa do Estado pretende ordenar a contratação de serviços de manutenção de ar 
condicionado. No que tange à principiologia aplicável a tal contratação, há de se conhecer que 
ela se sujeita 
a) ao princípio da separação dos poderes, por força do qual o Poder Legislativo deve criar as 
próprias regras de contratação de serviços, independentemente do que disponham as normas 
gerais de licitação e contratação públicas. 
b) aos princípios do processo legislativo, por tratar-se de atividade de Administração pública 
desempenhada pelo Poder Legislativo. 
c) aos princípios do processo judicial, por ser o Poder Judiciário o órgão responsável pela 
revisão de contratações realizadas no âmbito dos demais Poderes do Estado. 
d) ao princípio da separação dos poderes, por força do qual o regramento aplicável às 
contratações a cargo do Poder Legislativo deve ser distinto do aplicável às contratações a 
cargo do Poder Executivo. 
e) aos princípios da Administração pública, por tratar-se de atividade da Administração 
pública, ainda que desempenhada pelo Poder Legislativo. 
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24 (2016/FCC/PGE-MT/Analista – Contabilidade) Considere a seguinte citação: Um 
problema subjacente ao denominado orçamento baseado em desempenho envolve o desafio 
da clareza. O termo é um dos muitos descritores diferentes (e o mais comum) utilizados para 
descrever a conexão entre informações sobre desempenho, por um lado, e recursos 
governamentais, por outro. Em alguns círculos, entretanto, esse termo passou a conotar a 
substituição da alocação ‘política’ de recursos por algum algoritmo mágico que aloca recursos 
com base nos dados sobre desempenho. (Hilton, RM e Joyce, PG. Informações sobre 
desempenho orçamentário em perspectiva histórica e comparativa. In: Administração Pública: 
coletânea. ENAP, Brasília: 2010, 382). 
O uso da palavra "desempenho" no trecho acima remete o leitor ao princípio constitucional da 
Administração pública da: 
a) Presunção de Legitimidade. 
b) Supremacia do Interesse Público. 
c) Impessoalidade. 
d) Legalidade. 
e) Eficiência. 
 
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25 (2016/FCC/TRT - 20ª REGIÃO (SE)/Analista Judiciário - Área Administrativa) Em 
importante julgamento proferido pelo Supremo Tribunal Federal, considerou a Suprema 
Corte, em síntese, que no julgamento de impeachment do Presidente da República, todas as 
votações devem ser abertas, de modo a permitir maior transparência, controle dos 
representantes e legitimação do processo. Trata-se, especificamente, de observância ao 
princípio da 
a) publicidade. 
b) proporcionalidade restrita. 
c) supremacia do interesse privado. 
d) presunção de legitimidade. 
e) motivação. 
 
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26 (2016/CESPE/PC-GO/Escrivão de Polícia Civil) Sem ter sido aprovado em concurso 
público, um indivíduo foi contratado para exercer cargo em uma delegacia de polícia de 
determinado município, por ter contribuído na campanha política do agente contratante. 
Nessa situação hipotética, ocorreu, precipuamente, violação do princípio da 
a) supremacia do interesse público. 
b) impessoalidade. 
c) eficiência. 
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d) publicidade. 
e) indisponibilidade. 
 
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27 (2016/FCC/AL-MS/Nível Médio) O regime jurídico administrativo tipifica o próprio 
direito administrativo e confere à Administração 
a) prerrogativas instrumentais à consecução de fins de interesse geral, não a sujeitando, no 
entanto, a restrições, isso em razão do princípio da supremacia do interesse público sobre o 
privado. 
b) prerrogativas não aplicáveis ao particular e instrumentais à cura do interesse público, tais 
como a autotutela e o poder de polícia, dentre outras tantas, que lhe permitem assegurar a 
supremacia do interesse público sobre o privado. 
c) privilégios em face do particular, que podem ser exercidos de forma ampla e irrestrita, em 
razão de sua posição vertical face aos mesmos. 
d) restrições e prerrogativas necessárias à consecução dos seus fins, que são igualmente 
identificáveis nas relações entre os privados em razão do princípio da isonomia. 
e) amplo poder em face do particular, que se sujeita aos seus comandos independentemente 
do fim objetivado, uma vez que o agir administrativo é presumidamente de acordo com a lei. 
 
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28 (2016/FCC/AL-MS/Assistente Legislativo) A Administração pública está sujeita a 
regime jurídico administrativo, quea) não se aplica às hipóteses de desconcentração do 
serviço público, método de gestão administrativa utilizado para flexibilização do regime 
jurídico aplicável à atuação da Administração. 
b) não se aplica às hipóteses de descentralização do serviço público, que passa a ser de 
competência de pessoas jurídicas com personalidade própria e distinta do Estado. 
c) não se aplica às autarquias, porque integrantes da Administração pública indireta. 
d) aplica-se às autarquias, pessoas jurídicas de direito público que integram a Administração 
pública indireta do Estado. 
e) pode ser afastado por decisão discricionária do Administrador, desde que justificada, em 
razão dos princípios da eficiência e economicidade. 
 
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29 (2016/FCC/SEGEP-MA/Tecnologia da Informação) Sobre os princípios da 
Administração pública é exemplo de infração ao princípio da: 
I. legalidade, atuação administrativa conforme o Direito. 
II. moralidade, desapropriar imóvel pelo fato de a autoridade pública pretende prejudicar um 
inimigo. 
III. publicidade, se negar a publicar as contas de um Município. 
IV. eficiência, prefeito que contrata a filha para ser assessora lotada em seu gabinete. 
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Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e II. 
b) II e III. 
c) III e IV. 
d) I e III. 
e) II e IV. 
 
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30 (2016/CESPE/TCE-PR/Analista de Controle) Quando a União firma um convênio com 
um estado da Federação, a relação jurídica envolve a União e o ente federado e não a União e 
determinado governador ou outro agente. O governo se alterna periodicamente nos termos 
da soberania popular, mas o estado federado é permanente. A mudança de comando político 
não exonera o estado das obrigações assumidas. Nesse sentido, o Supremo Tribunal Federal 
(STF) tem entendido que a inscrição do nome de estado-membro em cadastro federal de 
inadimplentes devido a ações e(ou) omissões de gestões anteriores não configura ofensa ao 
princípio da administração pública denominado princípio do(a) 
a) intranscendência. 
b) contraditório e da ampla defesa. 
c) continuidade do serviço público. 
d) confiança legítima. 
e) moralidade. 
 
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31 (2016/CESPE/TCE-PR/Analista de Controle)O princípio da proteção à confiança da 
administração pública 
a) determina que a administração pública atenda apenas ao que a lei impõe. 
b) dá à administração pública o poder da execução imediata das decisões administrativas, 
possibilitando a criação de obrigações para o particular. 
c) corresponde ao aspecto subjetivo do princípio da segurança jurídica. 
d) é considerado uma imposição da limitação à discricionariedade da administração pública. 
e) é um dos princípios expressamente arrolados no art. 37 da Constituição Federal de 1988. 
 
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32 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo) Acerca de função administrativa 
e atos administrativos, julgue o item a seguir. 
Em razão do princípio da indisponibilidade do interesse público, o Estado somente poderá 
exercer sua função administrativa sob o regime de direito público. 
 
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33 (2016/CESPE/TCE-PA/Auxiliar Técnico – Administração) No que se refere aos 
princípios da administração pública, julgue o item subsequente. 
O princípio da publicidade viabiliza o controle social da conduta dos agentes administrativos. 
 
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34 (2016/CESPE/TCE-PA/Auxiliar Técnico – Administração) No que se refere aos 
princípios da administração pública, julgue o item subsequente. 
O princípio da precaução impõe à administração, diante de situações e ações que envolvam 
risco, a adoção de medidas preventivas contra a ocorrência de dano para a coletividade. 
 
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35 (2016/CESPE/TCE-PA/Auxiliar Técnico – Administração) No que se refere aos 
princípios da administração pública, julgue o item subsequente. 
O princípio da eficiência norteia essencialmente a prestação de serviços públicos à 
coletividade, sem impactar, necessariamente, rotinas e procedimentos internos da 
administração. 
 
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36 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Direito) Acerca dos servidores 
públicos, dos poderes da administração pública e do regime jurídico-administrativo, julgue o 
item que se segue. 
A supremacia do interesse público sobre o interesse particular, embora consista em um 
princípio implícito na Constituição Federal de 1988, possui a mesma força dos princípios que 
estão explícitos no referido texto, como o princípio da moralidade e o princípio da legalidade. 
 
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37 (2016/FCC/Copergás – PE/Engenheiro civil) Considere: 
I. Determinado Estado da Federação fiscaliza a atividade de autarquia estadual, com o 
objetivo de garantir a observância de suas finalidades institucionais. 
II. A Administração pública pode, através dos meios legais cabíveis, impedir quaisquer atos 
que ponham em risco a conservação de seus bens. 
III. Os atos da Administração pública revestem-se de presunção relativa, sendo o efeito de tal 
presunção a inversão do ônus da prova. 
No que concerne aos princípios do Direito Administrativo, 
a) todos os itens relacionam-se corretamente a princípios do Direito Administrativo, quais 
sejam, princípios da tutela, autotutela e presunção de legitimidade, respectivamente. 
b) nenhum deles está relacionado a princípios do Direito Administrativo. 
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c) apenas os itens I e II relacionam-se corretamente a princípios do Direito Administrativo, 
quais sejam, princípios da tutela e da autotutela, respectivamente, estando o item III 
incorreto. 
d) apenas o item II relaciona-se corretamente a princípio do Direito Administrativo, qual seja, 
o princípio da tutela, estando os itens I e III incorretos. 
e) apenas os itens I e II relacionam-se corretamente a princípios do Direito Administrativo, 
quais sejam, princípios da especialidade e da tutela, respectivamente, estando o item III 
incorreto. 
 
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38 (2016/FCC/Copergás – PE/Analista – Administrador) O Governador de determinado 
Estado praticou ato administrativo sem interesse público e sem conveniência para a 
Administração pública, visando unicamente a perseguição de Prefeito Municipal. Trata-se de 
violação do seguinte princípio de Direito Administrativo, dentre outros, 
a) publicidade. 
b) impessoalidade. 
c) proporcionalidade. 
d) especialidade. 
e) continuidade do serviço público. 
 
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39 (2016/FCC/Copergás – PE/Auxiliar administrativo) Um dos princípios do Direito 
Administrativo denomina-se especialidade. Referido princípio 
a) decorre dos princípios da legalidade e da indisponibilidade do interesse público e concerne 
à ideia de descentralização administrativa. 
b) tem aplicabilidade no âmbito dos órgãos públicos, haja vista a relação de coordenação e 
subordinação que existe dentro dos referidos órgãos. 
c) aplica-se somente no âmbito da Administração direta. 
d) decorre do princípio da razoabilidade e está intimamente ligado ao conceito de 
desconcentração administrativa. 
e) relaciona-se ao princípio da continuidade do serviço público e destina-se tão somente aos 
entes da Administração pública direta. 
 
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40 (2016/CESPE/PC-PE/Delegado de Polícia) Considerando os princípios e fundamentos 
teóricos do direito administrativo, assinale a opção correta. 
a) As empresas públicas e as sociedades de economia mista, se constituídas como pessoa 
jurídica de direito privado, não integram a administração indireta. 
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b) Desconcentração é a distribuição de competências de uma pessoa física ou jurídica para 
outra, ao passo que descentralização é a distribuição de competências dentro de uma mesma 
pessoa jurídica, em razão da sua organização hierárquica. 
c) Em decorrência do princípio da legalidade, é lícito que o poder público faça tudo o que não 
estiver expressamente proibido pela lei. 
d) A administração pública, em sentido estrito e subjetivo, compreende as pessoas jurídicas, 
os órgãos e os agentes públicos que exerçam função administrativa. 
e) No Brasil, por não existir o modelo da dualidade de jurisdição do sistema francês, o 
ingresso de ação judicial no Poder Judiciário para questionar ato do poder público é 
condicionado ao prévio exaurimento da instância administrativa. 
 
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41 (2016/CESPE/PC-PE/Delegado de Polícia) Tendo como referência a jurisprudência 
majoritária do STF acerca dos princípios expressos e implícitos da administração pública e do 
regime jurídico-administrativo, assinale a opção correta. 
a) Se houver repasse de verbas federais a município, a aplicação desses recursos pelo 
governo municipal não será objeto de fiscalização do órgão controlador federal, dado o 
princípio da autonomia dos entes federados. 
b) A alteração, por meiode portaria, das atribuições de cargo público não contraria direito 
líquido e certo do servidor público investido no cargo, diante da inexistência de direito 
adquirido a regime jurídico. 
c) A administração pública não pode, mediante ato próprio, desconsiderar a personalidade 
jurídica de empresa fiscalizada por tribunal de contas; a esse caso não se aplica a doutrina 
dos poderes implícitos. 
d) Segundo o STF, a vedação ao nepotismo decorre diretamente de princípios constitucionais 
explícitos, como os princípios da impessoalidade, da moralidade administrativa e da 
igualdade, não se exigindo a edição de lei formal para coibir a sua prática. 
e) De acordo com o princípio da eficiência, a administração pode revogar seus próprios atos, 
quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos. 
Também pode anulá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, hipótese na qual 
devem ser respeitados os direitos adquiridos. 
 
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42 (2016/CESPE/PC-PE/Agente de Polícia) O diretor-geral da polícia civil de 
determinado estado exarou um ato administrativo e, posteriormente, revogou-o, por 
entender ser inconveniente sua manutenção. 
Nessa situação hipotética, o princípio em que se fundamentou o ato de revogação foi o 
princípio da 
a) segurança jurídica. 
b) especialidade. 
c) autotutela. 
d) supremacia do interesse público. 
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e) publicidade. 
 
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43 (2016/CESPE/PC-PE/Escrivão de Polícia Civil) Assinale a opção correta acerca da 
administração pública. 
a) O mandado de segurança não constitui meio adequado para o controle judicial de ato 
administrativo eivado de ilegalidade. 
b) O ato complexo é o que resulta da vontade única de um órgão, mas depende da 
verificação por parte de outro para se tornar exequível. 
c) A licença é exemplo de ato administrativo enunciativo 
d) A possibilidade que tem a administração pública de, nos termos da lei, constituir terceiros 
em obrigações mediante atos unilaterais constitui aplicação do princípio da supremacia do 
interesse público. 
e) O poder discricionário é aquele que é concedido à administração, de modo explícito ou 
implícito, para a prática de atos administrativos com liberdade na escolha de sua 
conveniência, oportunidade, conteúdo, forma e finalidade. 
 
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44 (2016/CESPE/TCE-SC/Auditor) O Tribunal de Contas de determinado estado da 
Federação, ao analisar as contas prestadas anualmente pelo governador do estado, verificou 
que empresa de publicidade foi contratada, mediante inexigibilidade de licitação, para 
divulgar ações do governo. Na campanha publicitária promovida pela empresa contratada, 
constavam nomes, símbolos e imagens que promoviam a figura do governador, que, em 
razão destes fatos, foi intimado por Whatsapp para apresentar defesa. Na data de 
visualização da intimação, a referida autoridade encaminhou resposta, via Whatsapp, 
declarando-se ciente. Ao final do procedimento, o Tribunal de Contas não acolheu a defesa do 
governador e julgou irregular a prestação de contas. 
A partir da situação hipotética apresentada, julgue o item a seguir. 
Dado o teor da campanha publicitária, é correto inferir que, na situação, se configurou ofensa 
aos princípios da impessoalidade e da moralidade. 
 
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45 (2016/CESPE/TCE-SC/Auditor de Controle Externo – Direito) Em relação aos 
consórcios públicos, aos princípios do direito administrativo e à organização da administração 
pública, julgue o item a seguir. 
De acordo com a jurisprudência do STF, em exceção ao princípio da publicidade, o acesso às 
informações referentes às verbas indenizatórias recebidas para o exercício da atividade 
parlamentar é permitido apenas aos órgãos fiscalizadores e aos parlamentares, dado o 
caráter sigiloso da natureza da verba e a necessidade de preservar dados relacionados à 
intimidade e à vida privada do parlamentar. 
 
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46 (2016/CESPE/INSS/Técnico do Seguro Social) Julgue o item que se segue, acerca 
da administração pública. 
Na análise da moralidade administrativa, pressuposto de validade de todo ato da 
administração pública, é imprescindível avaliar a intenção do agente. 
 
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47 (2016/CESPE/INSS/Técnico do Seguro Social) Julgue o item que se segue, acerca 
da administração pública. 
Em decorrência do princípio da impessoalidade, as realizações administrativo-governamentais 
são imputadas ao ente público e não ao agente político. 
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48 (2016/CESPE/INSS/Técnico do Seguro Social) Julgue o próximo item, a respeito dos 
atos administrativos. 
Em decorrência do princípio da autotutela, não há limites para o poder da administração de 
revogar seus próprios atos segundo critérios de conveniência e oportunidade. 
 
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49 (2016/FCC/TRT - 1ª REGIÃO (RJ)/Juiz do trabalho) São princípios previstos na 
Constituição Federal e que devem ser obedecidos pela Administração Pública Direta e Indireta 
de qualquer dos poderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios: 
I. Pessoalidade 
II. Legalidade 
III. Formalidade 
IV. Eficiência 
Está correto o que consta em 
a) I e III, apenas. 
b) II e IV, apenas. 
c) I, II, III e IV. 
d) I e IV, apenas. 
e) II e III, apenas. 
 
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50 (2016/CESPE/TRT - 8ª Região (PA e AP)/Analista Judiciário - Área 
Administrativa) A respeito dos princípios da administração pública, assinale a opção correta. 
a) Decorre do princípio da hierarquia uma série de prerrogativas para a administração, 
aplicando-se esse princípio, inclusive, às funções legislativa e judicial. 
b) Decorre do princípio da continuidade do serviço público a possibilidade de preencher, 
mediante institutos como a delegação e a substituição, as funções públicas temporariamente 
vagas. 
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c) O princípio do controle ou tutela autoriza a administração a realizar controle dos seus atos, 
podendo anular os ilegais e revogar os inconvenientes ou inoportunos, independentemente de 
decisão do Poder Judiciário. 
d) Dado o princípio da autotutela, a administração exerce controle sobre pessoa jurídica por 
ela instituída, com o objetivo de garantir a observância de suas finalidades institucionais. 
e) Em decorrência do princípio da publicidade, a administração pública deve indicar os 
fundamentos de fato e de direito de suas decisões. 
 
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51 (2016/CESPE/TRT - 8ª Região (PA e AP)/Técnico Judiciário - Área 
Administrativa) A respeito dos princípios da administração pública, assinale a opçãocorreta. 
a) Em decorrência do princípio da autotutela, apenas o Poder Judiciário pode revogar atos 
administrativos. 
b) O princípio da indisponibilidade do interesse público e o princípio da supremacia do 
interesse público equivalem-se. 
c) Estão expressamente previstos na CF o princípio da moralidade e o da eficiência. 
d) O princípio da legalidade visa garantir a satisfação do interesse público. 
e) A exigência da transparência dos atos administrativos decorre do princípio da eficiência. 
 
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52 (2016/CESPE/TRT - 8ª Região (PA e AP)/Analista Judiciário - Serviço Social) 
Assinale a opção correta a respeito dos princípios da administração pública. 
a) O princípio da eficiência deve ser aplicado prioritariamente, em detrimento do princípio da 
legalidade, em caso de incompatibilidade na aplicação de ambos. 
b) Os institutos do impedimento e da suspeição no âmbito do direito administrativo são 
importantes corolários do princípio da impessoalidade. 
c) A administração deve, em caso de incompatibilidade, dar preferência à aplicação do 
princípio da supremacia do interesse público em detrimento do princípio da legalidade. 
d) A publicidade, princípio basilar da administração pública, não pode sofrer restrições. 
e) A ofensa ao princípio da moralidade pressupõe afronta também ao princípio da legalidade. 
 
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53 (2016/FCC/TRT - 23ª REGIÃO (MT)/Analista Judiciário - Área Administrativa) 
Manoela foi irregularmente investida no cargo público de Analista do Tribunal Regional do 
Trabalho da 23ª Região, tendo, nessa qualidade, praticado inúmeros atos administrativos. O 
Tribunal, ao constatar o ocorrido, reconheceu a validade dos atos praticados, sob o 
fundamento de que os atos pertencem ao órgão e não ao agente público. Trata-se de 
aplicação específica do princípio da 
a) impessoalidade. 
b) eficiência. 
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c) motivação. 
d) publicidade. 
e) presunção de veracidade. 
 
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54 (2016/FCC/TRT - 23ª REGIÃO (MT)/Técnico de Administração) O Supremo 
Tribunal Federal, em importante julgamento, considerou legítima a publicação, inclusive em 
sítio eletrônico mantido pela Administração pública, dos nomes dos seus servidores e do valor 
dos correspondentes vencimentos e vantagens pecuniárias, não havendo qualquer ofensa à 
Constituição Federal, bem como à privacidade, intimidade e segurança dos servidores. Pelo 
contrário, trata-se de observância a um dos princípios básicos que regem a atuação 
administrativa, qual seja, o princípio específico da 
a) proporcionalidade. 
b) eficiência. 
c) presunção de legitimidade. 
d) discricionariedade. 
e) publicidade. 
 
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55 (2016/CESPE/TRE-PI/Técnico de Administração) Determinada autoridade 
administrativa deixou de anular ato administrativo ilegal, do qual decorriam efeitos favoráveis 
para seu destinatário, em razão de ter decorrido mais de cinco anos desde a prática do ato, 
praticado de boa-fé. Nessa situação hipotética, a atuação da autoridade administrativa está 
fundada no princípio administrativo da 
a) tutela. 
b) moralidade. 
c) segurança jurídica. 
d) legalidade. 
e) especialidade. 
 
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56 (2016/CESPE/TRE-PI/Técnico de Administração) O regime jurídico-administrativo 
caracteriza-se 
a) pelas prerrogativas e sujeições a que se submete a administração pública. 
b) pela prevalência da autonomia da vontade do indivíduo. 
c) por princípios da teoria geral do direito. 
d) pela relação de horizontalidade entre o Estado e os administrados. 
e) pela aplicação preponderante de normas do direito privado. 
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57 (2016/CESPE/TRE-PI/Analista Judiciário) Acerca do princípio da segurança jurídica, 
assinale a opção correta. 
a) Em relação a situações jurídicas que se prolonguem no tempo, não há vedação à 
retroatividade de nova interpretação normativa adotada pela administração. 
b) A garantia do contraditório e da ampla defesa no processo administrativo disciplinar 
relaciona-se à segurança jurídica. 
c) Conforme a teoria do agente de fato, o servidor público cuja investidura haja se dado em 
situação de ilegalidade será mantido no cargo após o decurso de prazo considerado razoável. 
d) A vedação ao comportamento contraditório estende-se à administração pública, o que a 
impede de praticar atos que sejam contrários a posicionamentos por ela assumidos ou que 
desconstituam situações aperfeiçoadas em razão de sua omissão ou falta de atuação 
imediata. 
e) O prazo decadencial de cinco anos para que a administração anule atos eivados de vícios 
atenta contra a segurança jurídica e a legalidade ao admitir que atos nulos continuem a 
produzir efeitos ainda que seja comprovada má-fé daquele que o praticou ou daquele que 
seja destinatário beneficiário. 
 
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58 (2018/CESPE/TCM-BA/Auditor) A administração possui posição de superioridade em 
relação aos administrativos, além de possuir prerrogativas e obrigações que não são 
extensíveis aos particulares. Além disso, os assuntos públicos possuem preferência em relação 
aos particulares. Essas características da administração pública decorrem do princípio da 
a) supremacia do interesse público, previsto expressamente na legislação ordinária. 
b) presunção de legitimidade, previsto implicitamente na Constituição Federal e na legislação 
ordinária. 
c) supremacia do interesse público, previsto implicitamente na Constituição Federal e 
expressamente na legislação ordinária. 
d) legalidade, previsto expressamente na Constituição Federal e na legislação ordinária. 
e) segurança jurídica, previsto expressamente na Constituição Federal. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
59 (2018/FCC/SEGEP-MA/Agente Estadual Agropecuário) Os princípios que balizam a 
atuação da Administração pública 
a) decorrem do regime publicístico e não estão explícitos em normas específicas, salvo a 
moralidade, que possui assento constitucional. 
b) estão todos subordinados ao princípio da legalidade, erigido pela Constituição Federal como 
cláusula pétrea. 
c) estão, em sua maioria, explícitos na Constituição Federal e comportam harmonização e 
ponderação, sem prevalência apriorística de um sobre o outro. 
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PROF. EVANDRO ZILLMER 54 
 
d) comportam gradação para fins de aplicação em situações concretas, sendo os da 
moralidade e eficiência considerados prevalentes. 
e) dependem, para sua aplicação, de positivação em legislações específicas, em decorrência 
justamente da legalidade, considerado um princípio implícito decorrente do regime 
democrático. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
60 (2018/CESPE/STJ/Analista Judiciário - Área Judiciária) Considerando a doutrina ea 
jurisprudência dos tribunais superiores no tocante aos princípios administrativos e a licitação, 
julgue o item que se segue. 
Embora sem previsão expressa no ordenamento jurídico brasileiro, o princípio da confiança 
relaciona-se à crença do administrado de que os atos administrativos serão lícitos e, portanto, 
seus efeitos serão mantidos e respeitados pela própria administração pública. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
61 (2018/CESPE/STJ/Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador) Acerca dos 
princípios e dos poderes da administração pública, da organização administrativa, dos atos e 
do controle administrativo, julgue o item a seguir, considerando a legislação, a doutrina e a 
jurisprudência dos tribunais superiores. 
Situação hipotética: O prefeito de determinado município promoveu campanha publicitária 
para combate ao mosquito da dengue. Nos panfletos, constava sua imagem, além do símbolo 
da sua campanha eleitoral. 
Assertiva: No caso, não há ofensa ao princípio da impessoalidade. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
62 (2018/CESPE/STJ/Analista Judiciário - Área Administrativa) Em relação aos 
princípios aplicáveis à administração pública, julgue o próximo item. 
Em decorrência do princípio da segurança jurídica, é proibido que nova interpretação de norma 
administrativa tenha efeitos retroativos, exceto quando isso se der para atender o interesse 
público. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
63 (2018/CESPE/STJ/Analista Judiciário - Área Administrativa) Em relação aos 
princípios aplicáveis à administração pública, julgue o próximo item. 
O princípio da proporcionalidade, que determina a adequação entre os meios e os fins, deve 
ser obrigatoriamente observado no processo administrativo, sendo vedada a imposição de 
obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao 
atendimento do interesse público. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 55 
 
64 (2018/CESPE/STJ/Analista Judiciário - Área Administrativa) Em relação aos 
princípios aplicáveis à administração pública, julgue o próximo item. 
A indicação dos fundamentos jurídicos que determinaram a decisão administrativa de realizar 
contratação por dispensa de licitação é suficiente para satisfazer o princípio da motivação. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
65 (2018/CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência) Julgue o item que se segue, a 
respeito de aspectos diversos relacionados ao direito administrativo. 
São considerados princípios informativos da atividade administrativa a legalidade e a 
supremacia do interesse público, sendo o primeiro mencionado na Constituição vigente, e o 
segundo, fundamentado nas próprias ideias do Estado em favor da defesa, da segurança e do 
desenvolvimento da sociedade. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
66 (2018/CESPE/ABIN/Oficial Técnico de Inteligência) Julgue o item que se segue, a 
respeito de aspectos diversos relacionados ao direito administrativo. 
O núcleo do princípio da eficiência no direito administrativo é a procura da produtividade e 
economicidade, sendo este um dever constitucional da administração, que não poderá ser 
desrespeitado pelos agentes públicos, sob pena de responsabilização pelos seus atos. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
67 (2018/CESPE/STM/Técnico Judiciário - Área Administrativa) A respeito dos 
princípios da administração pública, de noções de organização administrativa e da 
administração direta e indireta, julgue o item que se segue. 
O princípio da impessoalidade está diretamente relacionado à obrigação de que a autoridade 
pública não dispense os preceitos éticos, os quais devem estar presentes em sua conduta. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
68 (2018/CESPE/STM/Técnico Judiciário - Área Administrativa) A respeito dos 
princípios da administração pública, de noções de organização administrativa e da 
administração direta e indireta, julgue o item que se segue. 
Embora não estejam previstos expressamente na Constituição vigente, os princípios da 
indisponibilidade, da razoabilidade e da segurança jurídica devem orientar a atividade da 
administração pública. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
69 (2018/CESPE/PC-MA/Escrivão de Polícia Civil) A conduta do agente público que 
busca o melhor desempenho possível, com a finalidade de obter o melhor resultado, atende ao 
princípio da 
a) eficiência. 
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b) legalidade. 
c) impessoalidade. 
d) moralidade. 
e) publicidade. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
70 (2018/CESPE/PC-MA/Escrivão de Polícia Civil) A revisão, de ofício, pela 
administração pública, de decisões sancionatórias aplicadas a servidor público por meio de 
regular processo administrativo é 
a) vedada, em razão da necessidade de provocação do servidor público. 
b) permitida, ainda que tenha ocorrido a preclusão administrativa, em razão do princípio da 
autotutela. 
c) permitida, em decorrência do princípio da oficialidade. 
d) permitida apenas se as alegações da revisão coincidirem com as suscitadas pela parte no 
decorrer do processo. 
e) vedada, em obediência ao princípio da economia processual. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
71 (2018/CESPE/PC-MA/Escrivão de Polícia Civil) O preenchimento de cargos públicos 
mediante concurso público, por privilegiar a isonomia entre os concorrentes, constitui 
expressão do princípio constitucional fundamental 
a) federativo. 
b) da eficiência. 
c) da separação de poderes. 
d) do valor social do trabalho. 
e) republicano. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
72 (2018/CESPE/CGM de João Pessoa – PB/Auditor de Controle Interno) Com relação 
aos princípios aplicáveis à administração pública e ao enriquecimento ilícito por agente público, 
julgue o item a seguir. 
Decorre do princípio de autotutela o poder da administração pública de rever os seus atos 
ilegais, independentemente de provocação. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
73 (2018/CESPE/CGM de João Pessoa – PB/Auditor de Controle Interno) Com relação 
ao controle no âmbito da administração pública, julgue o item seguinte. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 57 
 
O controle administrativo deriva do poder-dever de autotutela que a administração pública tem 
sobre seus próprios atos e agentes. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
74 (2018/CESPE/CGM de João Pessoa – PB/Técnico de Controle Interno) Acerca da 
administração pública e da organização dos poderes, julgue o item subsequente à luz da CF. 
O princípio da eficiênciadetermina que a administração pública direta e indireta adote critérios 
necessários para a melhor utilização possível dos recursos públicos, evitando desperdícios e 
garantindo a maior rentabilidade social. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
 
 
 
GABARITO 
1-A 2-C 3-C 4-C 5-C 6-C 7-A 8-E 9-A 10-C 
11-C 12-C 13-C 14-C 15-C 16-C 17-E 18-C 19-E 20-C 
21-D 22-A 23-E 24-E 25-A 26-B 27-B 28-D 29-B 30-A 
31-C 32-E 33-C 34-C 35-E 36-C 37-A 38-B 39-A 40-D 
41-D 42-C 43-D 44-C 45-E 46-E 47-C 48-E 49-B 50-B 
51-C 52-B 53-A 54-E 55-C 56-A 57-B 58-C 59-C 60-C 
61-E 62-E 63-C 64-E 65-C 66-C 67-E 68-C 69-A 70-C 
71-E 72-C 73-C 74-C 
 
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ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA BRASILEIRA 
 
1 ORGÃOS PÚBLICOS 
São centros de competência despersonalizados cuja atuação é imputada a pessoa que 
integram. 
 
Teoria do Órgão ou da Imputação (imputação volitiva) – o órgão atua por intermédio 
de seus agentes, e a atuação do órgão é imputada à pessoa jurídica que ele integra. Teoria 
adotada no Brasil para justificar a relação entre o Estado e os seus agentes. 
Para Di Pietro, essa teoria (teoria da imputação) é utilizada, também, para justificar a 
validade dos atos praticados por “funcionário de fato”, porque se considera que o ato 
praticado por ele é ato do órgão, imputável, portanto, à administração pública. 
 
(CESPE/2015/Telebrás) A teoria do órgão, segundo a qual os atos e provimentos 
administrativos praticados por determinado agente são imputados ao órgão por ele 
integrado, é reflexo importante do princípio da impessoalidade. 
 
Teoria do Mandato – por essa teoria, a relação entre o Estado e seus agentes públicos teria 
por base o contrato de mandato (procuração). Assim, por meio de uma procuração, o 
Estado outorgaria poderes aos seus agentes para atuarem em nome do próprio Estado 
Essa teoria foi criticada pela doutrina, pois o Estado não possui vontade própria, não podendo 
outorgar o mandato. Ainda não ficava claro, por essa teoria, quem seria responsabilizado 
quando o mandatário exorbitasse dos poderes conferidos no mandato. 
 
Teoria da Representação – de acordo com essa teoria, o agente seria uma espécie de tutor 
ou curador do Estado, ou seja, o agente seria equiparado aos representantes das pessoas 
incapazes no direito civil. 
Essa teoria também foi muito criticada pela doutrina, já que comparava uma pessoa jurídica 
(o Estado) ao incapaz. Outro aspecto criticado foi a possibilidade de o próprio Estado conferir 
representante a si mesmo. 
 
1.1 CRIAÇÃO E EXTINÇÃO DE ÓRGÃOS 
A criação formal de órgãos, bem como a sua extinção, depende de LEI (CF, art. 48, XI). A 
iniciativa dessa lei é privativa do chefe do Poder Executivo, quando o órgão a ser criado 
ou extinto for do âmbito desse Poder. Por simetria, sua aplicação é obrigatória a todos os 
entes federativos (E, DF e M). 
OBS: PRINCÍPIO DA ORGANIZAÇÃO LEGAL DO SERVIÇO PÚBLICO: via de regra, os 
cargos, empregos, funções, órgãos e ministérios devem ser criados por LEI. 
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EXCEÇÕES: 
1) a criação, transformação e a extinção dos cargos, empregos e funções da Câmara 
dos Deputados e do Senado Federal se dá por meio de Resolução da própria casa legislativa. 
2) a criação e a extinção dos cargos do Poder Judiciário serão efetuadas por meio de LEI 
de iniciativa do STF, Tribunais Superiores e dos Tribunais de Justiça, conforme o caso. 
3) a extinção de funções ou cargos públicos quando VAGOS é de competência privativa 
do Presidente da República, por meio de DECRETO AUTÔNOMO. 
4) dispor sobre a organização e o funcionamento da administração federal, quando não 
implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos, é 
competência privativa do Presidente da República, exercida por meio de DECRETO 
AUTÔNOMO. 
 
1.2 CARACTERÍSTICAS: 
- estão presentes na estrutura da administração direta e indireta. 
- não possuem personalidade jurídica própria 
- surgem da desconcentração administrativa 
- não possuem patrimônio próprio 
- via de regra, não possuem capacidade processual (estar em juízo) 
- sempre integram a estrutura de uma pessoa jurídica 
- podem firmar contrato de gestão, nos termos do art. 37 § 8° da CF/88. 
- os órgãos públicos necessariamente possuem funções, cargos e agentes. 
- alguns possuem relativa autonomia gerencial, orçamentária e financeira. 
 
OBS: o Ministério Público é um órgão que possui capacidade processual ativa, podendo 
ajuizar as ações previstas no art. 129 da CF/88. 
OBS: segundo o STF, certos órgãos (independentes e autônomos) podem ir à justiça em 
defesa de sua competência quando violada por uma 3ª pessoa. É possível inclusive a 
interposição de mandado de segurança quando na defesa de direito líquido e certo. É a 
chamada capacidade processual, restrita e específica, para defesa em juízo de suas 
atribuições administrativas. 
 
 
CRIAÇÃO
EXTINÇÃO
TRANSFORMAÇÃO
CARGOS
EMPREGOS
FUNÇÕES PÚBLICAS
ÓRGÃOS
MINISTÉRIOS
COMPETÊNCIA:
CONGRESSO 
NACIONAL
ATRAVÉS DE LEI 
DE INICIATIVA 
DO PRESIDENTE 
DA REPÚBLICA
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ORGÃOS ENTIDADES 
- nem todos gozam de autonomia - possuem autonomia administrativa 
- não possuem patrimônio próprio - possuem patrimônio próprio 
- Regra: não possuem capacidade 
processual. 
- Exceção: alguns possuem personalidade 
judicária (independentes e autônomos) 
- possuem capacidade processual e 
personalidade jurídica. 
 
 
1.3 CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS 
ÓRGÃOS
QUANTO A SUA 
ESTRUTURA
SIMPLES
Formado por um só centro de competência, não 
possuindo divisões internas. Ex. escolas
COMPOSTO
Possui mais de um centro de competência, com divisões 
internas. Ex. Ministérios.
QUANTO A SUA 
ATUAÇÃO ESTATAL
SINGULAR
As decisões são tomadas por um único agente. Ex. 
Presidência da república
COLEGIADO
As decisões são tomadas por mais de um agente. Ex. 
Senado, tribunais, etc.
QUANTO A SUA 
POSIÇÃO ESTATAL
INDEPENDENTE
Previsto diretamente na CF/88, não sendo 
subordinado a nenhum outro órgão. Ex. Presidência 
da república, câmara, senado, tribunais, TCU, MP
AUTÔNOMO
é subordinado ao independente, possuindo ampla 
autonomia administrativa, financeira e orçamentária. 
Ex. AGU, ministérios, casa civil.
SUPERIOR
Possui poder de decisão, direção e controle, porém, 
sem autonomia financeira ou orçamentária. Ex. PF, 
RFB
SUBALTERNO
órgão de mera execução, sempre subordinado a 
vários níveis hierárquicos superiors. Ex. Delegacias, 
escolas.
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2 – CENTRALIZAÇÃO, DESCENTRALIZAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO 
 
CENTRALIZAÇÃO: o Estado executa suas tarefas diretamente, por meio dos órgãos e 
agentes integrantes da administração direta. 
 
DESCENTRALIZAÇÃO: ocorre quando a entidade política transfere para outra pessoa parte 
de suas atribuições. Pressupõe a existência de duas pessoas distintas: o ente descentralizador 
e a pessoa que recebeu a atribuição. Entre elas não há subordinação, mas apenas 
vinculação, existindo o chamado controle finalístico. A descentralização pode ser 
implementada por OUTORGA ou DELEGAÇÃO. 
 
DESCONCENTRAÇÃO: mera técnica administrativa de distribuição internade 
competências mediante criação de órgãos públicos. Pressupõe a existência de apenas uma 
Pessoa Jurídica, pois os órgãos não possuem personalidade jurídica própria. Na 
desconcentração haverá o chamado controle hierárquico (subordinação). Há o 
surgimento dos órgãos públicos. 
OBS: A distribuição de competências entre os órgãos de uma mesma pessoa jurídica 
denomina-se desconcentração, podendo ocorrer em razão da matéria, da hierarquia 
ou por critério territorial. 
 
CONCENTRAÇÃO: técnica administrativa que promove a extinção de órgãos públicos. Tanto 
a concentração quanto a desconcentração podem ser utilizadas no âmbito da Administração 
Direta e Indireta. 
 
ESTADO
DESCONCENTRAÇÃO 
POLÍTICA
EXECUTIVO
LEGISLATIVO
JUDICIÁRIO
DESCENTRALIZAÇÃO 
POLÍTICA
UNIÃO
ESTADOS
DF
MUNICÍPIOS
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DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA: é a transferência da titularidade e/ou 
execução de uma atividade administrativa de uma Pessoa Jurídica a outra. 
 
 
OBS: NÃO há nenhuma forma de hierarquia na descentralização administrativa. Na 
relação entre a administração direta e indireta, diz-se que há vinculação (e não 
subordinação). A administração direta exerce o controle finalístico (ou tutela 
administrativa ou supervisão ministerial) sobre a administração indireta. Para o exercício 
desse controle deve haver expressa previsão legal, que vai determinar os limites e os 
instrumentos de controle (atos de tutela). 
 
 
 
ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA
DIRETA
(centralização 
administrativa)
ÓRGÃOS PÚBLICOS
INDIRETA
(descentralização
administrativa)
AUTARQUIA
FUNDAÇÃO
EP
SEM
DESCENTRALIZAÇÃO 
ADMINISTRATIVA
TERRITORIAL OU GEOGRÁFICA
Criação de um ente, dentro de certa localidade, 
ou território, com capacidade de auto-
organização. Ex. Territórios federais
POR OUTORGA (serviços, funcional ou técnica)
Corresponde à Adm. Indireta (autarquias, 
fundações, SEM e EP). Ocorre a transferência de 
titularidade e execução da atividade por lei. O 
prazo é indeterminado.
POR DELEGAÇÃO (ou colaboração)
É a delegação de certa atividade, por meio de ato 
ou contrato.
- concessionários
- permissionários
- autorizatários
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DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA 
POR OUTORGA POR DELEGAÇÃO 
1- por Lei 
2 - transfere a titularidade e execução 
do serviço 
3- normalmente por prazo indeterminado 
4 – o Estado cria uma nova pessoa jurídica 
5 – correspondem as entidades da 
Administração Indireta 
6- fundamenta-se no princípio da 
especialização (ou da especialidade). 
1 – por ato unilateral ou contrato 
2 – transfere apenas a execução do 
serviço 
3 – sempre por prazo determinado 
(contrato) e normalmente indeterminado 
(ato unilateral) 
4- já existe uma pessoa jurídica criada 
5- não fazem parte da administração 
pública indireta 
 
 
 
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA BRASILEIRA 
ENTIDADES POLÍTICAS ENTIDADES ADMINISTRATIVAS 
 
ADMINISTRAÇÃO DIRETA 
1- UNIÃO 
2- ESTADOS 
3 – DISTRITO FEDERAL 
4 – MUNICÍPIOS 
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 
1- AUTARQUIAS 
2- FUNDAÇÕES PÚBLICAS 
3 – EMPRESAS PÚBLICAS (EP) 
4 – SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA (SEM) 
 
 
AO LADO DO ESTADO 
 
ENTIDADES PARAESTATAIS 
 - Serviços Sociais Autônomos (SSA) 
 - Organizações Sociais (OS) 
 - Organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIP) 
 - Instituições comunitárias de educação superior (ICES) 
 - as denominadas “entidades de apoio” 
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OBS: as entidades paraestatais são entes privados que não integram a administração direta 
ou indireta, mas que exercem atividades de interesse público sem finalidade lucrativa. 
Integram o chamado TERCEIRO SETOR. 
 
PRIMEIRO SETOR – ESTADO 
SEGUNDO SETOR – INICIATIVA PRIVADA COM FINS LUCRATIVOS 
TERCEIRO SETOR – INICIATIVA PRIVADA SEM FINS LUCRATIVOS 
 
3 – ADMINISTRAÇÃO INDIRETA – ENTIDADES ADMINISTRATIVAS 
São pessoas jurídicas instituídas pelos entes políticos para o exercício de atividades 
administrativas. Sua principal característica é possuir personalidade jurídica própria. 
 
3.1 CRIAÇÃO E EXTINÇÃO (ART. 37. XIX, CF/88) 
a) as AUTARQUIAS são criadas por lei específica de iniciativa privativa do chefe do 
Poder Executivo. O fato de ser criada por lei específica significa que a autarquia 
adquire personalidade jurídica própria no dia em que a lei entrar em vigor, sem 
necessidade de registro. 
 
b) as FUNDAÇÕES PÚBLICAS, as EMPRESAS PÚBLICAS e as SOCIEDADES DE 
ECONOMIA MISTA terão a sua autorização determinada em lei específica, de 
iniciativa do chefe do executivo. Nesse caso a lei apenas autoriza a criação que 
ocorrerá em um momento posterior. Para que tais entidades sejam efetivamente 
instituídas será necessário editar um decreto bem como promover o registro nos 
órgãos competentes. 
OBS: apesar de não estar previsto de forma literal no texto da constituição, a doutrina e o 
STF entendem que as fundações públicas podem ser criadas com personalidade jurídica de 
direito público, diretamente por lei, caso em que elas serão uma espécie do gênero 
autarquias. Caso na prova vier apenas Fundação Pública, sem especificar se de direito público 
ou privado, considere fundação pública de direito privado, conforme o texto constitucional. 
OBS: as entidades administrativas podem ser criadas no âmbito da U, E, DF e M. 
OBS: a extinção ou modificação das entidades administrativas também será precedida de lei 
específica, de iniciativa do chefe do executivo, obedecendo, nesses casos, o princípio do 
paralelismo das formas. 
OBS: é possível a instituição de entidades administrativas vinculadas aos poderes legislativo 
e judiciário. Nesse caso a iniciativa da lei caberá ao chefe do respectivo poder. 
OBS: segundo a CF/88, lei complementar vai definir as áreas de atuação de todas as 
fundações públicas. 
OBS: para instituir uma EP ou SEM deverá existir uma lei específica autorizativa. Para 
instituir uma subsidiária deve ter autorização legislativa (não precisa de lei específica). 
Segundo o STF, é constitucional a lei específica que autoriza uma EP ou SEM e desde 
já permite a instituição de subsidiárias. 
 
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3.2 CARACTERÍSTICAS COMUNS DAS ENTIDADES ADMINISTRATIVAS 
- possuem personalidade jurídica própria 
- possuem autonomia administrativa e financeira 
- integram a administração indireta 
- surgem da descentralização administrativa 
- possuem patrimônio próprio 
- possuem capacidade processual (estar em juízo) 
- devem fazer concurso e licitação (OBS: Lei 13.303/16) 
- devem prestar contas 
- não são subordinadas, mas apenas vinculadas aos entes políticos 
- sofrem o chamado controle finalístico 
- não podem legislar 
- podem editar atos de caráter normativo 
- sujeitam-se ao controle e fiscalização pelo Poder Legislativo 
- seus agentes, sujeitam-se à Lei de Improbidade administrativa (Lei n. 8.429/92) 
OBS: legislar significa editar lei em sentido estrito, podendo inovar na ordem jurídica e criar 
obrigações. Apenas os entes políticos podem legislar. Os atos de caráter normativo 
apenas complementam/regulamentam uma lei, não podendo inovar a ordem jurídica nem 
criar obrigações não previstas em lei. 
OBS: o único ato de caráter normativo que podeinovar a ordem jurídica é o decreto 
autônomo, previsto no art. 84, VI, da CF/88. 
 
3.3 ENIDADES EM ESPÉCIE 
3.3.1 AUTARQUIAS 
São entidades administrativas autônomas, criadas por lei específica, com personalidade 
jurídica de direito público, para o desempenho de atividades típicas do Estado. Ter 
personalidade jurídica de direito público significa possuir as mesmas prerrogativas do Estado. 
Assim, as autarquias podem prestar serviços públicos, exercer poder de polícia, fiscalizar, 
regular, bem como qualquer atividade que exija supremacia. 
NATUREZA JURÍDICA: são entidades administrativas de direito público. 
EXEMPLOS DE AUTARQUIAS: agências reguladoras, BACEN, INSS, IBAMA, INCRA, 
DETRAN-DF, USP, UFRJ, etc. 
PATRIMÔNIO: possuem patrimônio próprio e seus bens são públicos. Os bens públicos das 
autarquias possuem as seguintes características: 
Inalienabilidade: não podem ser vendidos enquanto estiverem vinculados a uma 
finalidade pública. 
Imprescritibilidade: não podem ser adquiridos por usucapião. 
Impenhorabilidade: não podem ser objeto de penhora judicial. As autarquias pagam 
suas dívidas por meio de precatórios. 
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Não-onerabilidade: os bens públicos das autarquias não podem ser oferecidos em 
garantia. 
REGIME DE PESSOAL: as autarquias estão submetidas ao regime jurídico único e por isso 
só podem adotar o vínculo estatutário. 
IMUNIDADE DE IMPOSTOS: tal como o Estado, as autarquias não pagam impostos sobre 
seus serviços, renda e patrimônio. Tal imunidade não abrange as taxas e as contribuições. 
PRIVILÉGIOS PROCESSUAIS: as autarquias possuem privilégios quando estão litigando 
judicialmente, como por exemplo, prazo em dobro para contestar e recorrer e duplo grau 
de jurisdição obrigatório nas sentenças que lhe sejam desfavoráveis. 
NOVIDADE CPC/2015: 
Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas 
respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em 
dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem 
terá início a partir da intimação pessoal. 
§ 1º A intimação pessoal far-se-á por carga, remessa ou meio eletrônico. 
§ 2o Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei 
estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o ente público. 
Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, 
computar-se-ão somente os dias úteis. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos 
processuais. 
FORO JUDICIAL: as autarquias federais, nos litígios comuns, sendo autoras, rés, 
assistentes ou oponentes, têm suas causas processadas e julgadas na Justiça Federal. Os 
mandados de segurança contra atos coatores praticados por agentes autárquicos federais 
também são processados e julgados na Justiça Federal. 
PRESCRIÇÃO QUINQUENAL: as dívidas passivas das autarquias prescrevem em 5 anos. 
RESPONSABILIDADE CIVIL: responsabilidade objetiva 
AUTARQUIA CORPORATIVA PROFISSIONAL: constituída para atividade de fiscalização e 
regulamentação de determinadas profissões. São os conselhos de classe. 
OBS: os conselhos de classe, apesar de serem classificados como autarquias, adotam vínculo 
celetista. 
OBS: O STF decidiu que a OAB não se enquadra como um conselho de classe, não precisa de 
concurso, licitação, e nem de prestar contas. Assim, o STF entende que a OAB não possui 
classificação no direito brasileiro, não integra a administração pública brasileira, sendo 
considerada uma instituição “SUI GENERIS”. 
AUTARQUIA POLÍTICA OU TERRITORIAL: os territórios, quando existirem, terão a 
natureza jurídica de autarquia federal. 
OBS: os territórios são criados por lei complementar. Cada território elegerá 4 deputados 
federais. O território pode ser dividido em municípios. 
AUTARQUIA EM REGIME ESPECIAL: é aquela que recebeu da lei instituidora determinadas 
características que lhe garante maior autonomia. Ex. Agências Reguladoras, BACEN, etc. 
ESPÉCIES DE AUTARQUIAS 
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 - autarquia comum 
 - autarquia fundacional ou fundação autárquica 
 - autarquia territorial 
 - autarquia profissional ou corporativa 
 - autarquia interfederativa (consórcios públicos – associação pública) 
 
AGÊNCIA REGULADORA X AGÊNCIA EXECUTIVA 
O quadro abaixo sintetiza as principais diferenças e semelhanças entre as agências 
reguladoras e as agências executivas.1 
AGÊNCIAS REGULADORAS AGÊNCIAS EXECUTIVAS 
Não se trata de uma nova espécie de 
entidade integrante da administração 
pública indireta 
Não se trata de uma nova espécie de 
entidade integrante da administração pública 
indireta 
São autarquias sob regime especial 
Podem ser autarquias ou fundações 
públicas 
Trata-se de denominação utilizada pela 
doutrina e em leis administrativas 
Trata-se de qualificação formal, prevista 
na Lei 9.649/1998, arts. 51 e 52. 
Não é uma qualificação formal, atribuída por 
algum ato administrativo, com 
consequências jurídicas definidas. O grau de 
autonomia da entidade depende dos 
instrumentos específicos que a respectiva lei 
instituidora estabeleça. 
A qualificação formal como “agência 
executiva” tem consequências jurídicas 
definidas (ampliação de autonomia) e é 
conferida à autarquia ou à fundação pública 
mediante decreto. 
Não existe a figura da “desqualificação” 
de agência reguladora. 
Pode ocorrer a desqualificação da 
entidade, mediante decreto, caso ela 
descumpra exigências estabelecidas na 
legislação ou no contrato de gestão. A 
desqualificação em nada afeta a natureza da 
entidade, que continua sendo a mesma 
autarquia ou fundação pública. 
Atuam especificamente na área de 
regulação 
Não é prevista alguma área específica de 
atuação 
Pode, ou não, haver norma, na lei 
instituidora, impondo a celebração de 
contrato de gestão com o poder público. 
A celebração de contrato de gestão com o 
poder público é condição obrigatória para a 
obtenção da qualificação. Exige-se, ainda, 
que a entidade tenha um plano estratégico 
de reestruturação e de desenvolvimento 
institucional em andamento. 
É possível uma agência reguladora ser Uma autarquia qualificada como agência 
 
1 Resumo de direito administrativo descomplicado / Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo – 9. ed. rev. E atual. – Rio de 
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2016; p. 50 e 51. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 68 
 
qualificada como agência executiva, caso 
preencha os requisitos legais e requeira a 
qualificação. 
executiva pode, ou não, ser uma agência 
reguladora. 
 
3.3.2 FUNDAÇÕES PÚBLICAS 
As fundações públicas são patrimônio público personificado em que o seu instituidor é um 
ente político. Este ente político faz uma dotação patrimonial e destina recursos orçamentários 
para a manutenção da entidade. 
O objeto das fundações deve ser uma atividade de interesse social, exercida sem o intuito 
de lucro, como educação, saúde, assistência social, pesquisa científica, proteção ao meio 
ambiente, etc. 
De acordo com a parte final do inciso XIX do art. 37, da Constituição, Lei Complementar 
estabelecerá as áreas em que poderão atuar as fundações públicas (tanto as de direito 
público como as de direito privado). Essa lei ainda não foi editada. 
OBS: a diferença entre uma autarquia e uma fundação autárquica é meramente conceitual. A 
autarquia é um serviçopúblico personificado, em regra, típico de Estado, enquanto a 
fundação autárquica é um patrimônio personalizado destinado a uma finalidade 
determinada – de interesse social. O regime jurídico de ambas é idêntico, em tudo. 
Criação e extinção: diretamente por lei (se de dir. público); autorizada por lei, mais registro 
(se de dir. privado). 
OBS: quando a fundação pública for criada diretamente por lei, ela será considerada uma 
espécie do gênero autarquia (fundação autárquica ou autarquia fundacional) e, quando a 
fundação pública tiver a sua criação autorizada em uma lei, ela será considerada fundação 
pública de direito privado e será uma das 4 entidades da administração indireta. 
Regime jurídico: direito público ou privado. 
Prerrogativas: mesmas que as autarquias (se de dir. público); imunidade tributária (dir. 
público ou privado). 
Patrimônio: bens públicos (se de dir. público); bens privados, sendo que os bens 
empregados na prestação de serviços públicos possuem prerrogativas de bens públicos (se de 
dir. privado). 
Pessoal: regime jurídico único (se de dir. público); regime jurídico único ou celetista 
divergência doutrinária (se de dir. privado). 
Foro judicial: igual às autarquias (se de dir. público); p/ doutrina, Justiça Estadual (se de 
dir. privado); p/ jurisprudência, Justiça Federal (se de dir. privado federal). 
MINISTÉRIO PÚBLICO: no que toca às fundações públicas, o MP nada mais faz do que 
exercer o mesmo controle a que está submetida toda a administração pública, direta e 
indireta, deflagrado quando se verificam indícios de irregularidades. As fundações públicas 
não estão sujeitas ao controle pelo MP previsto no art. 66 do Código Civil (o MP velará pelas 
fundações privadas) 
Outras: contratos das fundações de dir. privado são regidos pela Lei de Licitações. 
 
3.3.3 EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA: 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 69 
 
Criação e extinção: autorizada por lei, mais registro. Na esfera federal, no poder executivo, 
a iniciativa da lei autorizadora é privativa do Presidente da República, tanto para a criação 
como para a extinção. 
OBS: Subsidiárias: depende de autorização legislativa; pode ser genérica, na lei que 
autorizou a criação da matriz. 
Objeto: atividades econômicas, com intuito de lucro. 
Pode ser: 
(i) intervenção direta no domínio econômico (só nos casos de segurança nacional ou 
relevante interesse coletivo; ou monopólio) ou 
(ii) prestação de serviços públicos. 
Personalidade jurídica: direito privado 
Regime jurídico: 
direito privado (exploradores de atividade empresarial); 
direito público (prestadoras de serviço público). 
Sujeições ao direito público: controle pelo Tribunal de Contas; concurso público; licitação 
na atividade-meio. 
Estatuto: aplicável às exploradoras de atividade empresarial. Prevê sujeição ao regime 
próprio das empresas privadas e estatuto próprio de licitações e contratos. Lei 
13.303/2016. 
Patrimônio: bens privados. Nas prestadoras de serviço público, os bens empregados na 
prestação dos serviços possuem prerrogativas de bens públicos. 
Pessoal: celetista. Sem estabilidade. Demissão exige motivação. Não cabe ao Legislativo 
aprovar o nome de dirigentes. É possível mandado de segurança contra atos dos dirigentes 
em licitações. 
Falência e execução: não se sujeitam 
 
DIFERENÇAS ENTRE AS EP e SEM 
Forma jurídica: 
SEM = sociedades anônimas; 
EP = qualquer forma admitida em direito. 
 
Composição do capital: 
SEM = público (majoritário) e privado; 
EP = exclusivamente público, podendo participar mais de uma entidade pública. 
 
Foro judicial: 
SEM federal = Justiça Estadual, regra; ou, se a União atuar como assistente ou oponente = 
Justiça Federal. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 70 
 
EP federal = Justiça Federal, sempre. 
EP ou SEM estadual ou municipal = Justiça Estadual. 
Ações trabalhistas = Justiça do Trabalho. 
 
Abaixo, apresentamos um quadro sinóptico geral com os principais pontos, coincidentes e 
divergentes, relativos aos regimes jurídicos das empresas públicas e sociedades de economia 
mista exploradoras de atividades econômicas, de um lado, e prestadoras de serviços públicos, 
de outro2 
EP e SEM – ATIVIDADES ECONÔMICAS EP e SEM – SERVIÇOS PÚBLICOS 
Criação autorizada em lei específica (CF, 
art. 37, XIX) 
Criação autorizada em lei específica (CF, art. 
37, XIX) 
Personalidade jurídica de direito privado Personalidade jurídica de direito privado 
Sujeição ao controle finalístico (tutela) pela 
administração direta 
Sujeição ao controle finalístico (tutela) pela 
administração direta 
Atividade sujeita predominantemente ao 
regime de direito privado (CF, art. 173) 
Atividade sujeita predominantemente ao 
regime de direito público (CF, art. 175) 
Não podem gozar de privilégios fiscais não 
extensivos às empresas privadas (CF, art. 
173, § 2°). Vedação não aplicável no 
caso de monopólio. 
Podem gozar de privilégios fiscais 
exclusivos. 
Não fazem jus à imunidade tributária 
recíproca (CF, art. 150, VI, “a”, e § 2°) 
Fazem jus à imunidade recíproca (STF) 
Exigência de concurso público para a 
contratação de pessoal (CF, art. 37, II) 
Exigência de concurso público para a 
contratação de pessoal (CF, art. 37, II) 
Pessoal permanente sujeito ao regime 
trabalhista (empregados públicos, regidos 
pela CLT) 
Pessoal permanente sujeito ao regime 
trabalhista (empregados públicos, regidos 
pela CLT) 
Os seus empregados públicos não fazem jus 
à estabilidade do art. 41 da Constituição. 
Não há jurisprudência firmada no 
âmbito do STF quanto à exigência, ou 
não, de motivação escrita do ato de 
dispensa desses empregados públicos. 
Os seus empregados públicos não fazem jus 
à estabilidade do art. 41 da Constituição. A 
dispensa desses empregados públicos 
exige motivação escrita (STF). 
Remuneração do pessoal não sujeita ao teto 
constitucional, exceto se a entidade receber 
recursos públicos para o pagamento de 
despesas de pessoal ou de custeio em geral 
(CF, art. 37, XI, e § 9°) 
Remuneração do pessoal não sujeita ao teto 
constitucional, exceto se a entidade receber 
recursos públicos para o pagamento de 
despesas de pessoal ou de custeio em geral 
(CF, art. 37, XI, e § 9°) 
É inconstitucional a exigência de aprovação É inconstitucional a exigência de aprovação 
 
2 Resumo de direito administrativo descomplicado / Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo – 9. ed. rev. E atual. – Rio de 
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2016; p. 63 e 64. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 71 
 
prévia do Poder Legislativo como condição 
para o Chefe do Poder Executivo nomear ou 
exonerar os dirigentes da entidade (STF) 
prévia do Poder Legislativo como condição 
para o Chefe do Poder Executivo nomear ou 
exonerar os dirigentes da entidade (STF) 
Sujeitas a controle pleno pelo Poder 
Legislativo (CF, art. 49, X) 
Sujeitas a controle pleno pelo Poder 
Legislativo (CF, art. 49, X) 
Todos os seus atos estão sujeitos a controle 
de legalidade ou legitimidade pelo Poder 
Judiciário, desde que provocado (CF, art. 
5°, XXXV) 
Todos os seus atos estão sujeitos a controle 
de legalidade ou legitimidade pelo Poder 
Judiciário, desde que provocado (CF, art. 5°, 
XXXV) 
Sujeitas a controle pelos tribunais de 
contas, sem peculiaridades 
Sujeitas a controlepelos tribunais de contas, 
sem peculiaridades 
NÃO sujeitas ao art. 37, § 6°, da 
Constituição (responsabilidade civil 
objetiva) 
Sujeitas ao art. 37, § 6°, da Constituição 
(responsabilidade civil objetiva) 
Não sujeitas a licitação para contratos 
relativos às suas atividades-fim. Sujeitas a 
licitação nas demais hipóteses. Previsão 
constitucional de regime próprio de licitação 
a ser estabelecido em lei ordinária da União, 
de caráter nacional (art. 173, § 1°, III) Foi 
editada a Lei 13.303/2016 que trouxe 
as novas regras de licitação para as EP 
e SEM que prestam atividade 
econômica. 
Sujeitas às normas ordinárias de 
licitações públicas. Não há previsão 
constitucional de criação, para elas, de 
regime diferenciado de licitação 
Não sujeitas a falência (Lei 11.101/2005, 
art. § 2°, I) 
Não sujeitas a falência (Lei 11.101/2005, art. 
§ 2°, I) 
Seus bens não se enquadram como bens 
públicos; estão sujeitos a regime de direito 
privado 
Seus bens não se enquadram como bens 
públicos, mas os que forem diretamente 
empregados na prestação do serviço 
público podem sujeitar-se a restrições 
próprias dos bens públicos. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 72 
 
 
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA – ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 
 AUTARQUIA 
FUNCAÇÃO 
PÚBLICA DE 
DIREITO 
PÚBLICO 
FUNDAÇÃ
O PÚBLICA 
EMPRESA PÚBLICA – EP 
SOCIEDADE DE 
ECONOMIA MISTA - 
SEM 
LEI 
ESPECÍFICA 
CRIA 
DIRETAMENTE 
CRIA DIRETAMENTE 
AUTORIZA 
A CRIAÇÃO 
AUTORIZA A CRIAÇÃO AUTORIZA A CRIAÇÃO 
NATUREZA 
JURÍDICA 
PESSOA JURÍCIA 
DE DIREITO 
PÚBLICO 
PESSOA JURÍCIA 
DE DIREITO 
PÚBLICO 
PESSOA 
JURÍCIA DE 
DIREITO 
PRIVADO 
PESSOA JURÍCIA DE 
DIREITO PRIVADO 
PESSOA JURÍCIA DE 
DIREITO PRIVADO 
CONCURSO 
PÚBLICO 
SIM SIM SIM SIM SIM 
LICITAÇÃO 
SIM 
(LEI 8.666/93) 
 
SIM 
(LEI 8.666/93) 
 
SIM 
(LEI 
8.666/93) 
 
SERVIÇO PÚBLICO (ART 
175/CF) = SIM (LEI 
8.666/93) 
ATIV. ECONÔMICA 
(ART.173/CF) = SIM (LEI 
13.303/16) 
SERVIÇO PÚBLICO (ART 
175/CF) = SIM (LEI 
8.666/93) 
ATIV. ECONÔMICA 
(ART.173/CF) = SIM (LEI 
13.303/16) 
PATRIMÔNIO BENS PUBLICOS BENS PÚBLICOS 
BENS 
PRIVADOS 
BENS PRIVADOS – 
OBS: quando prestam 
serviços públicos, os bens 
empregados diretamente 
na prestação do serviço 
podem sujeitar-se a 
restrições próprias dos 
bens públicos 
BENS PRIVADOS – 
OBS: quando prestam 
serviços públicos, os bens 
empregados diretamente 
na prestação do serviço 
podem sujeitar-se a 
restrições próprias dos 
bens públicos 
REGIME DE 
PESSOAL 
ESTATUTÁRIO ESTATUTÁRIO CLT CLT CLT 
FORO 
JUDICIAL 
JUSTIÇA 
FEDERAL 
JUSTIÇA FEDERAL 
JUSTIÇA 
ESTADUAL 
JUSTIÇA FEDERAL JUSTIÇA ESTADUAL 
RESPONSABIL
IDADE 
CIVIL 
OBJETIVA OBJETIVA SUBJETIVA 
OBJETIVA (ART. 175/CF) 
– prestadora de serviço 
público. 
SUBJETIVA (ART. 
173/CF) – exploradora de 
atividade econômica. 
 
OBJETIVA (ART. 175/CF) 
– prestadora de serviço 
público. 
SUBJETIVA (ART. 
173/CF) – exploradora de 
atividade econômica 
RECUPERAÇÃ
O JUCICIAL 
(FALÊNCIA) 
NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO 
FORMA 
JURÍDICA 
 
QUALQUER FORMA 
ADMITIDA EM DIREITO 
SOCIEDADE ANÔNIMA 
S/A 
COMPOSIÇÃO 
DO CAPITAL 
 100% PÚBLICO 
MAJORITARIAMENTE 
PÚBLICO 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 73 
 
4 - QUESTÕES: 
01 (2017/FCC/DPE-PR/Defensor Público) Em seu sentido subjetivo, o termo 
Administração pública designa os entes que exercem a atividade administrativa. Desse modo, 
a Defensoria Pública do Estado do Paraná, 
a) é pessoa jurídica de direito público e possui capacidade processual, podendo ser 
configurada como autarquia sui generis – sociedade pública de advogados, embora não seja 
instituição autônoma com sede constitucional. 
b) possui capacidade processual para ingressar com ação para a defesa de suas funções 
institucionais por expressa previsão legal, embora não seja pessoa jurídica de direito público. 
c) é pessoa jurídica de direito público e possui capacidade processual, podendo, caso haja 
expressa previsão legal, integrar a pessoa jurídica “Estado do Paraná” por ser instituição 
autônoma com sede constitucional. 
d) integra a pessoa jurídica de direito público “Estado do Paraná” e possui capacidade 
jurídica, sendo representada, em juízo, pela Procuradoria do Estado em toda espécie de 
processo judicial de seu interesse. 
e) integra a pessoa jurídica de direito público “Estado do Paraná” e possui capacidade 
jurídica, sendo representada, em juízo, pela Procuradoria do Estado em toda espécie de 
processo judicial de seu interesse, exceto ações trabalhistas que tramitarem na Justiça do 
Trabalho. 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------- 
02 (2017/FCC/DPE-PR/Defensor Público) Sobre Agentes Públicos e Princípios e Regime 
Jurídico Administrativo, é correto afirmar: 
a) O princípio da impessoalidade destina-se a proteger simultaneamente o interesse público e 
o interesse privado, pautando-se pela igualdade de tratamento a todos administrados, 
independentemente de quaisquer preferências pessoais. 
b) São entes da Administração Indireta as autarquias, as fundações públicas, as empresas 
públicas, as sociedades de economia mista, e as subsidiárias destas duas últimas. As 
subsidiárias não dependem de autorização legislativa justamente por integrarem a 
Administração Pública Indireta. 
c) As contas bancárias de entes públicos que contenham recursos de origem pública 
prescindem de autorização específica para fins do exercício do controle externo. 
d) Os atos punitivos são os atos por meio dos quais o Poder Público aplica sanções por 
infrações administrativas pelos servidores públicos. Trata-se de exercício de Poder de Polícia 
com base na hierarquia. 
e) A licença não é classificada como ato negocial, pois se trata de ato vinculado, concedida 
desde que cumpridos os requisitos objetivamente definidos em lei. 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------- 
03 (2017/CESPE/Prefeitura de Fortaleza – CE/Procurador Municipal) Em cada um do 
item a seguir é apresentada uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada, 
a respeito da organização administrativa e dos atos administrativos. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 74 
 
Ao instituir programa para a reforma de presídios federais, o governo federal determinou que 
fosse criada uma entidade para fiscalizar e controlar a prestação dos serviços de reforma. 
Nessa situação, tal entidade, devido à sua finalidade e desde que criada mediante lei 
específica, constituirá uma agência executiva. 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------- 
04 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Analista Judiciário - Área Administrativa) 
Quanto à estrutura, os órgãos públicos podem ser classificados em simples, também 
denominados de unitários, e compostos. Acerca do tema, considere: 
I. São constituídos por um único centro de atribuições. 
II. Possuem subdivisões internas. 
III. São exemplos de tais órgãos, as Secretarias de Estado. 
IV. São exemplos de tais órgãos, os Ministérios. 
No que concerne às características e exemplos de órgãos simples ou unitários, está correto o 
que se afirma APENAS em 
a) Ie IV. 
b) I e II. 
c) II e III. 
d) IV. 
e) I. 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------- 
05 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Analista Judiciário – Engenharia) Com 
relação à Administração indireta, no que concerne às características das autarquias, 
considere: 
I. As autarquias só por lei podem ser criadas. 
II. Apenas no caso de exaustão dos recursos da autarquia é que incidirá a responsabilidade 
do Estado, que é subsidiária. 
III. As autarquias não são subordinadas a órgão algum do Estado, mas apenas controladas. 
IV. Os bens e rendas das autarquias, não apenas quando vinculados a suas finalidades 
essenciais, mas em toda e qualquer circunstância, possuem imunidade tributária. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I, II e IV. 
b) III. 
c) II e IV. 
d) I, II e III. 
e) I e III. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 75 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------- 
06 (2017/CESPE/TRE-PE/Analista Judiciário - Área Administrativa) As entidades 
autônomas integrantes da administração indireta que atuam em setores estratégicos da 
atividade econômica, zelando pelo desempenho das pessoas jurídicas e por sua consonância 
com os fins almejados pelo interesse público e pelo governo são denominadas 
a) agências autárquicas executivas. 
b) serviços sociais autônomos. 
c) agências autárquicas reguladoras. 
d) empresas públicas. 
e) sociedades de economia mista. 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------- 
07 (2017/CESPE/TRE-PE/Técnico Judiciário - Área Administrativa) As autarquias 
a) são criadas, extintas e organizadas por atos administrativos. 
b) têm sua criação e sua extinção submetidas a reserva legal, podendo ter sua organização 
regulada por decreto. 
c) têm sua criação submetida a reserva legal, mas podem ser extintas por decreto, podendo 
ter sua organização regulada por atos administrativos. 
d) são criadas e organizadas por decreto e podem ser extintas por essa mesma via 
administrativa. 
e) são criadas e extintas por decreto, podendo ter sua organização regulada por atos 
administrativos. 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------- 
08 (2017/CESPE/TRE-PE/Técnico Judiciário - Área Administrativa) As empresas 
públicas 
a) admitem a criação de subsidiárias, exigindo-se, para tanto, autorização legislativa. 
b) dispensam, para sua extinção, autorização legislativa. 
c) integram a administração direta. 
d) possuem regime jurídico de direito público. 
e) são criadas por lei. 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------- 
09 (2017/FCC/TRT - 11ª Região (AM e RR)/Analista Judiciário - Área 
Administrativa) Considere: 
I. Não gozam de autonomia administrativa nem financeira. 
II. Estão sujeitos à subordinação e ao controle hierárquico de uma chefia. 
III. São considerados, dentre outras hipóteses, órgãos de comando. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 76 
 
IV. Entram nessa categoria as Secretarias de Estado. 
Os órgãos públicos, quanto à posição estatal, classificam-se em independentes, autônomos, 
superiores e subalternos. No que concerne aos órgãos públicos superiores, está correto o que 
se afirma APENAS em 
a) III e IV. 
b) III. 
c) I, II e III. 
d) I e II. 
e) II e IV. 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------- 
10 (2017/FCC/TRE-SP/Analista Judiciário - Área Administrativa) A Administração 
pública, quando se organiza de forma descentralizada, contempla a criação de pessoas 
jurídicas, com competências próprias, que desempenham funções originariamente de 
atribuição da Administração direta. Essas pessoas jurídicas, 
a) quando constituídas sob a forma de autarquias, podem ter natureza jurídica de direito 
público ou privado, podendo prestar serviços públicos com os mesmos poderes e 
prerrogativas que a Administração direta. 
b) podem ter natureza jurídica de direito privado ou público, mas não estão habilitadas a 
desempenhar os poderes típicos da Administração direta. 
c) desempenham todos os poderes atribuídos à Administração direta, à exceção do poder de 
polícia, em qualquer de suas vertentes, privativo da Administração direta, por envolver 
limitação de direitos individuais. 
d) quando constituídas sob a forma de autarquias, possuem natureza jurídica de direito 
público, podendo exercer poder de polícia na forma e limites que lhe tiverem sido atribuídos 
pela lei de criação. 
e) terão natureza jurídica de direito privado quando se tratar de empresas estatais, mas seus 
bens estão sujeitos a regime jurídico de direito público, o que também se aplica no que 
concerne aos poderes da Administração, que desempenham integralmente, especialmente 
poder de polícia. 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------- 
11 (2017/FCC/TRE-SP/Técnico Judiciário - Área Administrativa) O controle exercido 
pela Administração direta sobre a Administração indireta denomina-se 
a) poder de tutela e permite a substituição de atos praticados pelos entes que integram a 
Administração indireta que não estejam condizentes com o ordenamento jurídico. 
b) poder de revisão dos atos, decorrente da análise de mérito do resultado, bem como em 
relação aos estatutos ou legislação que criaram os entes que integram a Administração 
indireta. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 77 
 
c) controle finalístico, pois a Administração direta constitui a instância final de apreciação, 
para fins de aprovação ou homologação, dos atos e recursos praticados e interpostos no 
âmbito da Administração indireta. 
d) poder de tutela, que não pressupõe hierarquia, mas apenas controle finalístico, que analisa 
a aderência da atuação dos entes que integram a Administração indireta aos atos ou leis que 
os constituíram. 
e) poder de autotutela, tendo em vista que a Administração indireta integra a Administração 
direta e, como tal, compreende a revisão dos atos praticados pelos entes que a compõem 
quando não guardarem fundamento com o escopo institucional previsto em seus atos 
constitutivos. 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------- 
12 (2017/FCC/TRE-SP/Analista Judiciário - Área Judiciária) A figura do contrato de 
gestão está prevista no ordenamento para disciplinar diferentes relações jurídicas, entre as 
quais figuram: 
I. a fixação de metas de desempenho visando à ampliação da autonomia gerencial, 
orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da Administração direta e indireta. 
II. a disciplina para permissão de serviço público em caráter precário, não passível de 
concessão. 
III. o estabelecimento de indicadores de desempenho para fins de participação nos lucros ou 
resultados de empregados públicos submetidos ao regime celetista. 
Está correto o que consta APENAS em 
a) II. 
b) I e II. 
c) I. 
d) I e III. 
e) II e III. 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------- 
13 (2017/CESPE/SEDF/Professor da Educação Básica) A respeito dos princípios da 
administração pública e da organização administrativa, julgue o item a seguir. 
Uma autarquia é entidade administrativa personalizada distintado ente federado que a criou 
e se sujeita a regime jurídico de direito público no que diz respeito a sua criação e extinção, 
bem como aos seus poderes, prerrogativas e restrições. 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------- 
14 (2017/CESPE/SEDF/Professor da Educação Básica) A respeito dos princípios da 
administração pública e da organização administrativa, julgue o item a seguir. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 78 
 
Embora sejam entidades dotadas de personalidade jurídica de direito privado, as empresas 
públicas, como regra geral, estão obrigadas a licitar antes de celebrar contratos destinados à 
prestação de serviços por terceiros. 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------- 
15 (2017/CESPE/SEDF/Professor de Educação Básica) Acerca de administração 
pública, organização do Estado e agentes públicos, julgue o item a seguir. 
As autarquias e as empresas públicas têm personalidade jurídica de direito público, e as 
sociedades de economia mista têm personalidade jurídica de direito privado. 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------- 
16 (2017/CESPE/SEDF/Professor de Educação Básica) Acerca de administração 
pública, organização do Estado e agentes públicos, julgue o item a seguir. 
Somente as pessoas administrativas, seja qual for seu nível federativo ou sua natureza 
jurídica, podem participar do capital das empresas públicas. 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------- 
17 (2017/CESPE/SEDF/Tecnologia da Informação) João, servidor público ocupante do 
cargo de motorista de determinada autarquia do DF, estava conduzindo o veículo oficial 
durante o expediente quando avistou sua esposa no carro de um homem. Imediatamente, 
João dolosamente acelerou em direção ao veículo do homem, provocando uma batida e, por 
consequência, dano aos veículos. O homem, então, ingressou com ação judicial contra a 
autarquia requerendo a reparação dos danos materiais sofridos. A autarquia instaurou 
procedimento administrativo disciplinar contra João para apurar suposta violação de dever 
funcional. 
No que se refere à situação hipotética apresentada, julgue o item a seguir. 
João é servidor de entidade integrante da administração indireta. 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------- 
18 (2017/CESPE/SEDF/Nível Médio) Em relação aos princípios da administração pública 
e à organização administrativa, julgue o item que se segue. 
Por terem personalidade jurídica de direito privado, as sociedades de economia mista não se 
subordinam hierarquicamente ao ente político que as criou. Exatamente por isso elas não 
sofrem controle pelos tribunais de contas. 
 
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19 (2017/CESPE/SEDF/Nível Médio) Em relação aos princípios da administração pública 
e à organização administrativa, julgue o item que se segue. 
Quando a União cria uma nova secretaria vinculada a um de seus ministérios para repassar a 
ela algumas de suas atribuições, o ente federal descentraliza uma atividade administrativa a 
um ente personalizado. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 79 
 
 
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20 (2017/CESPE/SEDF/Direito) O prefeito de determinado município utilizou recursos do 
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos 
Profissionais da Educação (FUNDEB) para pagamento de professores e para a compra de 
medicamentos e insumos hospitalares destinados à assistência médico-odontológica das 
crianças em idade escolar do município. 
Mauro, chefe do setor de aquisições da prefeitura, propositalmente permitia que o estoque de 
medicamentos e insumos hospitalares chegasse a zero para justificar situação emergencial e 
dispensar indevidamente a licitação, adquirindo os produtos, a preços superfaturados, da 
empresa Y, pertencente a sua sobrinha, que desconhecia o esquema fraudulento. 
A respeito da situação hipotética apresentada e de aspectos legais e doutrinários a ela 
relacionados, julgue o item a seguir. 
A criação de um órgão denominado setor de aquisições na citada prefeitura constitui exemplo 
de desconcentração. 
 
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21 (2016/CESPE/FUB/Assistente - Apoio administrativo) Acerca dos princípios 
fundamentais que regem a administração pública brasileira, julgue o item a seguir. 
De acordo com o princípio fundamental da descentralização, é possível descentralizar 
atividades da administração federal para empresas privadas. 
 
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22 (2016/CESPE/FUB/Assistente - Apoio administrativo) Acerca da estrutura da 
administração federal brasileira, julgue o item seguinte. 
Empresas públicas são aquelas entidades da administração indireta que possuem 
personalidade jurídica de direito privado e cujo capital admite recursos da iniciativa privada, 
desde que, no mínimo, 51% dele consista de recursos públicos. 
 
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23 (2016/CESPE/FUB/Assistente - Apoio administrativo) Acerca da estrutura da 
administração federal brasileira, julgue o item seguinte. 
Fundações públicas são entidades da administração indireta dotadas de personalidade jurídica 
de direito público 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------- 
24 (2016/CESPE/FUB/Assistente - Apoio administrativo) Acerca da estrutura da 
administração federal brasileira, julgue o item seguinte. 
Na administração indireta estão incluídas as fundações públicas, as empresas públicas e as 
autarquias. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 80 
 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------- 
25 (2016/CESPE/FUB/Assistente - Apoio administrativo) Acerca da estrutura da 
administração federal brasileira, julgue o item seguinte. 
As entidades da administração indireta estão incluídas na estrutura administrativa da 
Presidência da República e dos ministérios, sendo a eles subordinadas independentemente do 
enquadramento de sua principal atividade. 
 
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26 (2016/FCC/PGE-MT/Analista – Direito) O Estado do Mato Grosso deseja instituir uma 
fundação. Nesse caso, a Constituição Federal exige que a autorização de sua instituição e a 
definição das áreas de sua atuação, respectivamente, devem ser estabelecidas mediante 
a) lei específica e lei complementar. 
b) lei complementar e lei específica. 
c) lei específica e lei específica. 
d) lei complementar e lei complementar. 
e) lei específica e lei delegada. 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------- 
27 (2016/CESPE/ANVISA/Técnico Administrativo) Julgue o item subsequente, relativos 
a organização administrativa. 
Não existe hierarquia entre o Ministério da Saúde e a ANVISA. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------28 (2016/CESPE/PC-GO/Agente de Polícia) A administração direta da União inclui 
a) a Casa Civil. 
b) o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). 
c) as agências executivas. 
d) o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). 
e) a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------- 
29 (2016/CESPE/FUNPRESP-JUD/Secretário Executivo) Em relação à organização 
administrativa e às concessões e permissões do serviço público, julgue o item a seguir. 
O Tribunal Regional Federal é órgão descentralizado da União que possui personalidade 
jurídica própria, portanto compõe a administração pública indireta. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 81 
 
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30 (2016/FCC/DPE-ES/Defensor Público) O regime jurídico constitucional e legal vigente 
aplicável às entidades da administração indireta dispõe que 
a) os servidores das fundações criadas pelo Poder Público sempre se vinculam ao regime 
geral de previdência social. 
b) a remuneração dos empregados das empresas estatais que se dediquem à atividade 
econômica em sentido estrito não está sujeita ao teto remuneratório constitucional. 
c) as associações públicas não são consideradas entidades da administração indireta, em 
razão de seu regime especial. 
d) aos dirigentes das agências executivas é assegurado o desempenho de mandato fixo, 
durante o qual não podem ser exonerados, senão por motivo justo, apurado mediante 
processo administrativo em que estejam assegurados a ampla defesa e o contraditório. 
e) estão sujeitos ao regime jurídico único os servidores da administração pública direta, das 
autarquias e fundações públicas. 
 
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31 (2016/FCC/AL-MS/Nível Médio) Determinado ente federado pretende descentralizar 
serviço público de sua competência transferindo-o para pessoa jurídica de direito público. 
Para tanto, 
a) deverá criar por lei específica autarquia, que passará a integrar a Administração indireta do 
Estado. 
b) poderá instituir autarquia ou empresa pública, ambas por lei autorizativa, devendo, no 
entanto, motivar sua decisão. 
c) deverá instituir por lei autarquia, que passará integrar a Administração direta do Estado. 
d) poderá instituir autarquia, empresa pública ou sociedade de economia mista, a primeira 
por lei, as demais por atos próprios, após a edição de lei autorizativa da instituição. 
e) deverá criar por lei geral autarquia, que passará a integrar a Administração indireta do 
Estado. 
 
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32 (2016/FCC/AL-MS/Nível Médio) O Estado, pela técnica da descentralização, pode criar 
pessoas jurídicas com personalidade própria e distinta daquele, dentre as quais figuram as 
autarquias e as sociedades de economia mista 
a) que se sujeitam a regime jurídico de direito privado e contratam seu pessoal pela 
Consolidação da Leis do Trabalho, não podendo admitir, mesmo que por concurso público, 
servidor público estatutário. 
b) que, respectivamente, sujeitam-se a regime jurídico de direito público e regime jurídico de 
direito privado, sendo o regime estatutário o aplicável aos empregados de ambas as 
entidades. 
c) criadas por lei específica sob o regime jurídico de direito privado, razão pela qual integram 
a Administração pública indireta. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 82 
 
d) que não estão sujeitas a controle hierárquico do ente criador porque submetidas a regime 
de direito privado. 
e) que integram a Administração indireta do Estado, sendo a primeira sujeita a regime 
jurídico de direto público e a segunda de direito privado, ambas não submetidas a controle 
hierárquico do ente instituidor, mas tão somente finalístico. 
 
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33 (2016/FCC/AL-MS/Assistente Legislativo) Conforme estabelece a Lei n° 9.784/1999, 
órgão é a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura 
da Administração indireta 
a) que detém personalidade jurídica própria, ao contrário da entidade que não é dotada de 
personalidade jurídica própria e distinta do ente instituidor. 
b) destituído de personalidade jurídica própria, tal qual as entidades que integram a 
Administração pública indireta e agem em nome do ente instituidor. 
c) que com elas não se confunde, a despeito de ser uma de suas partes integrantes, não 
possuindo personalidade jurídica própria, ao contrário das entidades que são dotadas de 
personalidade jurídica própria. 
d) representativo do fenômeno denominado descentralização por serviço, o que o distingue 
da entidade que constitui unidade de atuação dotada de personalidade jurídica, característica 
do fenômeno da desconcentração. 
e) que congrega atribuições exercidas pelos agentes públicos, razão pela qual com eles se 
confunde para todos os fins de direito. 
 
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34 (2016/FCC/AL-MS/Direito) Considere: 
I. Poder de promover desapropriações e instituir servidões nos termos de declaração de 
utilidade ou necessidade pública, ou interesse social, realizada pelo Poder Público. 
II. Possibilidade de ser contratado pela Administração direta ou indireta dos entes da 
Federação consorciados, com dispensa de licitação. 
III. Limites mais elevados para fins de escolha da modalidade de licitação. 
IV. Poder de dispensar a licitação na celebração de contrato de programa com ente da 
Federação ou com entidade de sua Administração indireta, para a prestação de serviços 
públicos de forma associada nos termos do autorizado em contrato de consórcio público ou 
em convênio de cooperação. 
São privilégios dos consórcios públicos o que se afirma em 
a) I e III, apenas. 
b) I, II, III e IV. 
c) II e IV, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) I e IV, apenas. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
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-------------------------------------------------------------------------------------------------- 
35 (2016/FCC/AL-MS/Direito) No que concerne à descentralização por serviços, também 
denominada de descentralização funcional ou técnica, considere: 
I. Cria-se pessoa jurídica de direito público ou privado e a ela atribui-se a titularidade e a 
execução de determinado serviço público. 
II. No Brasil, essa criação ou autorização de instituição somente pode dar-se por meio de lei 
específica. 
III. Corresponde, basicamente, às autarquias, mas abrange também as sociedades de 
economia mista e as empresas públicas, dentre outras. 
IV. Os consórcios públicos não prestam serviço público mediante descentralização. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) III. 
b) I e III. 
c) I, II e III. 
d) II e IV. 
e) I e IV. 
 
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36 (2016/FCC/SEGEP-MA/Tecnologia da Informação) São exemplos de autarquias: 
a) Banco do Brasil S.A. e Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil. 
b) Caixa Econômica Federal e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. 
c) Petróleo Brasileiro S.A. e Instituto Nacional de Seguridade Social. 
d) Casada Moeda do Brasil e Serviço Federal de Processamento de Dados. 
e) Instituto Nacional de Seguridade Social e Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico 
Nacional. 
 
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37 (2016/CESPE/TCE-PR/Auditor) Na organização administrativa do poder público, as 
autarquias públicas são 
a) entidades da administração indireta com personalidade jurídica, patrimônio e receita 
próprios. 
b) sociedades de economia mista criadas por lei para a exploração de atividade econômica. 
c) organizações da sociedade civil constituídas com fins filantrópicos e sociais. 
d) órgãos da administração direta e estão vinculadas a algum ministério. 
e) organizações sociais sem fins lucrativos com atividades dirigidas ao ensino e à pesquisa 
científica. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 84 
 
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38 (2016/FCC/SEGEP-MA/Auditor Fiscal da Receita Estadual) As autarquias devem ser 
criadas por 
a) lei e com personalidade jurídica de direito público. 
b) decreto pelo Ministério ou Secretaria ao qual estejam vinculadas e podem ter 
personalidade jurídica de direito privado ou de direito público. 
c) decreto quando tiverem personalidade jurídica de direito privado; e lei quando tiverem 
personalidade jurídica de direito público. 
d) lei e sua personalidade jurídica pode ser definida via decreto. 
e) lei e podem atuar no mercado financeiro, uma vez que podem ter personalidade jurídica de 
direito privado. 
 
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39 (2016/FCC/SEGEP-MA/Auditor Fiscal da Receita Estadual) São exemplos de 
empresa pública e sociedade de economia mista, respectivamente: 
a) Banco do Brasil S.A. e Caixa Econômica Federal. 
b) Agência Nacional de Energia Elétrica e Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. 
c) Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e Caixa Econômica Federal. 
d) Companhia Nacional de Abastecimento e Banco do Brasil S.A. 
e) Banco do Brasil S.A. e Companhia Nacional de Abastecimento. 
 
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40 (2016/FCC/SEGEP-MA/Auditor Fiscal da Receita Estadual) São exemplos de órgãos 
da Administração pública direta: 
I. Partidos Políticos e Congresso Nacional. 
II. Secretaria Estadual de Finanças e Secretaria Municipal de Planejamento. 
III. Secretaria Estadual de Finanças e Partidos Políticos. 
IV. Secretaria Municipal de Planejamento e Ministério do Turismo. 
V. União e Instituto Nacional de Seguridade Social. 
Está correto o que consta APENAS em 
a) I e III. 
b) II e III. 
c) II e IV. 
d) IV e V. 
e) I e V. 
 
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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 85 
 
41 (2016/CESPE/TCE-PR/Analista de Controle) Em relação à administração pública 
direta e indireta, assinale a opção correta. 
a) O vínculo entre o poder público e as organizações da sociedade civil de interesse público é 
estabelecido mediante a celebração de contrato de gestão, no qual deverão estar previstos os 
direitos e as obrigações dos pactuantes e destinado à formação de vínculo de cooperação 
entre as partes para o fomento e a execução das atividades de interesse público. 
b) Organizações sociais são pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas 
atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à 
proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde. 
c) Os serviços sociais autônomos, que são instituídos pelo poder público por meio de lei, 
integram a administração pública. 
d) Não é obrigatória a participação de agentes do poder público no conselho de administração 
das organizações sociais, exigindo-se, contudo, que seja formado por membros 
representantes de entidades da sociedade civil e por membros com notória capacidade 
profissional e reconhecida idoneidade moral, a serem eleitos pelos integrantes do conselho. 
e) A qualificação das organizações sociais será concedida pelo Ministério da Justiça por meio 
de ato vinculado. 
 
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42 (2016/CESPE/TCE-PR/Analista de Controle) Assinale a opção correta, a respeito das 
autarquias, fundações públicas, sociedades de economia mista e empresas públicas. 
a) A extinção das empresas públicas e das sociedades de economia mista somente pode 
ocorrer por meio de lei autorizadora. 
b) Poderá o Estado instituir fundações públicas quando pretender intervir no domínio 
econômico. 
c) Cabe às autarquias a execução de serviços públicos de natureza social, de atividades 
administrativas e de atividades de cunho econômico e mercantil. 
d) As empresas públicas, as sociedades de economia mista e as autarquias têm personalidade 
jurídica de direito privado. 
e) Tanto as sociedades de economia mista quanto as empresas públicas devem ter a forma 
de sociedades anônimas. 
 
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43 (2016/FCC/SEGEP-MA/Procurador do Estado) Uma empresa pública e uma 
sociedade de economia mista, ambas dedicadas à atividade bancária e controladas pelo 
mesmo ente político, decidem, por seus órgãos deliberativos competentes, promover 
conjuntamente a criação de uma outra entidade, voltada a prestar serviços de tecnologia da 
informação necessários à automação de suas respectivas atividades-fim. A previsão é de que 
tal entidade contará com a participação de capital privado em sua composição acionária. Em 
vista de tais características, é certo tratar-se de 
a) parceria público-privada, na modalidade de concessão administrativa, em que as empresas 
que promoveram a criação da nova entidade serão usuárias dos serviços por ela prestados. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 86 
 
b) consórcio público, na modalidade de direito privado, sendo que será constituído por 
contrato cuja celebração dependerá da prévia subscrição de protocolo de intenções pelas 
entidades partícipes. 
c) sociedade em comandita por ações, sendo que as empresas estatais figurarão como sócios 
comanditados e os eventuais acionistas privados serão os sócios comanditários. 
d) agência executiva, visto que se trata de entidade com a finalidade específica de executar 
tarefas de forma descentralizada. 
e) sociedade subsidiária, sendo que sua criação depende de prévia autorização legislativa. 
 
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44 (2016/FCC/Prefeitura de Teresina – PI/Advogado) Uma empresa pública pretende 
ampliar seu quadro de servidores em razão de ter celebrado, recentemente, um novo 
contrato para prestação dos serviços públicos que são seu escopo institucional. Considerando 
que essa empresa foi contratada por dispensa de licitação por um ente público para a 
prestação desses serviços, 
a) a contratação de seus servidores também poderá ser feita com dispensa de licitação, de 
forma que não será necessária a realização de concurso. 
b) será necessária a realização de concurso público de provas e títulos, mas o regime jurídico 
a que estarão sujeitos seus servidores não se altera, pois é definido pelos administradores da 
mesma,mediante aprovação do Conselho de Administração. 
c) a contratação de seus servidores ainda dependerá da realização de concurso público, 
independentemente do regime jurídico que vierem a se submeter, celetistas ou estatutários, 
na forma da lei. 
d) os servidores que vierem a ser contratados se submeterão ao regime celetista e a prévio 
concurso público, tendo em vista que a atividade desenvolvida pela empresa não interfere 
nesse vínculo, podendo ser dispensados posteriormente por decisão motivada. 
e) pode haver contratação de servidores vinculados ao contrato de prestação de serviços em 
execução, remunerados diretamente pelas receitas oriundas desse instrumento, não gerando 
vínculo funcional com a empresa estatal. 
 
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45 (2016/FCC/Prefeitura de Teresina – PI/Analista – Administrador) Pessoa jurídica 
de direito privado, constituída sob a forma da legislação brasileira, com parte do capital 
pertencente a entes públicos, na condição de detentores do controle, prestadora de serviço 
público, sujeita a regime licitatório para contratação das atividades meio, descreve uma 
a) sociedade de economia mista. 
b) autarquia. 
c) fundação. 
d) empresa pública. 
e) autarquia especial. 
 
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46 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo) Com relação à organização 
administrativa e às licitações, julgue o próximo item. 
Em razão da complexidade das atividades incumbidas à administração pelas normas 
constitucionais e infralegais, existem, nos estados, diversas secretarias de estado com 
competências específicas, notadamente em função da matéria. Essa distribuição de 
atribuições denomina-se descentralização administrativa. 
 
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47 (2016/CESPE/TCE-PA/Auxiliar Técnico – Administração) A respeito da 
administração direta e indireta e da centralização e da descentralização administrativa, julgue 
o item seguinte. 
A descentralização administrativa pressupõe a transferência, pelo Estado, da execução de 
atividades administrativas a determinada pessoa, sempre que o justificar o princípio da 
eficiência. 
 
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48 (2016/CESPE/TCE-PA/Auxiliar Técnico – Administração) A respeito da 
administração direta e indireta e da centralização e da descentralização administrativa, julgue 
o item seguinte. 
Compõem a administração indireta os órgãos públicos internos, as autarquias, as empresas 
públicas, as sociedades de economia mista e as fundações públicas. 
 
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49 (2016/CESPE/TCE-PA/Auxiliar Técnico – Administração) A respeito da 
administração direta e indireta e da centralização e da descentralização administrativa, julgue 
o item seguinte. 
A centralização consiste na execução das tarefas administrativas pelo próprio Estado, por 
meio de órgãos internos integrantes da administração direta. 
 
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50 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Direito) O Congresso Nacional 
aprovou uma reforma administrativa proposta pelo presidente da República que reduziu o 
número de ministérios. Nesse contexto, o Ministério do Trabalho e Emprego e o Ministério da 
Previdência Social foram fundidos, tornando-se Ministério do Trabalho e Previdência Social. A 
partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir. 
A fusão do Ministério do Trabalho e Emprego com o Ministério da Previdência Social 
mencionada é exemplo de concentração administrativa. 
 
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51 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Administração) Julgue o 
próximo item, relativo à legislação administrativa. 
Como é uma autarquia do tipo especial, a Agência de Regulação e Controle de Serviços 
Públicos do Estado do Pará (ARCON–PA), criada por lei para fiscalizar e regular a prestação 
dos serviços públicos concedidos, não possui autonomia financeira nem administrativa. 
 
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52 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Administração) Julgue o 
próximo item, relativo à legislação administrativa. 
As empresas públicas, entidades dotadas de personalidade jurídica de direito privado, cuja 
criação é autorizada por lei, possuem patrimônio próprio e podem ser unipessoais ou 
pluripessoais. 
 
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53 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Administração) A respeito da 
administração direta, indireta e fundacional, julgue o item a seguir. 
As autarquias e as empresas públicas integram a administração indireta e assemelham-se 
quanto ao modo de criação e ao regime jurídico, pois a criação de ambas depende de 
autorização legislativa e ambas se submetem tanto ao regime público como ao regime 
privado. 
 
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54 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Administração) A respeito da 
administração direta, indireta e fundacional, julgue o item a seguir. 
Agências reguladoras federais, como a Agência Nacional de Energia Elétrica, a Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária e a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e 
Biocombustíveis, embora possuam características especiais conferidas pelas leis que as 
criaram, são consideradas autarquias. 
 
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55 (2016/FCC/PGE-MT/Procurador) O Estado X pretende criar estrutura administrativa 
destinada a zelar pelo patrimônio ambiental estadual e atuar no exercício de fiscalização de 
atividades potencialmente causadoras de dano ao meio ambiente. Sabe-se que tal estrutura 
terá personalidade jurídica própria e será dirigida por um colegiado, com mandato fixo, sendo 
que suas decisões de caráter técnico não estarão sujeitas à revisão de mérito pelas 
autoridades da Administração Direta. Sabe-se também que os bens a ela pertencentes serão 
considerados bens públicos. Considerando-se as características acima mencionadas, 
pretende-se criar uma 
a) agência reguladora, pessoa de direito público, cuja criação se dará diretamente por lei. 
b) agência executiva, órgão diretamente vinculado ao Poder Executivo, cuja criação se dará 
diretamente por lei. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
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c) associação pública, pessoa de direito privado, cuja criação será autorizada por lei e se 
efetivará com a inscrição de seus atos constitutivos no registro competente. 
d) agência executiva, entidade autárquica de regime especial, estabelecido mediante 
assinatura de contrato de gestão. 
e) fundação pública, pessoa de direito privado, cuja criação será autorizada por lei e se 
efetivará com a inscrição de seus atos constitutivos no registro competente. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------56 (2016/FCC/Copergás – PE/Auxiliar administrativo) Uma empresa pública federal 
pretende constituir-se sob a forma de sociedade unipessoal. Outra empresa pública federal 
pretende constituir-se sob a forma de empresa pública unipessoal. A propósito do tema, é 
correto afirmar que 
a) ambas são admitidas no âmbito federal e, apesar de distintas, nenhuma delas apresenta 
Assembleia Geral. 
b) não se admite, no âmbito federal, a criação de empresas públicas com formas inéditas 
como as citadas no enunciado. 
c) as formas de empresa pública citadas no enunciado são as mesmas, isto é, tratam-se de 
empresas públicas idênticas. 
d) as formas de empresas citadas são admitidas no âmbito federal e a diferença entre elas é 
que na empresa pública unipessoal existe a Assembleia Geral, enquanto na sociedade 
unipessoal não. 
e) as formas de empresas citadas são admitidas no âmbito federal e a diferença entre elas é 
que na sociedade unipessoal existe a Assembleia Geral, enquanto na empresa pública 
unipessoal não. 
 
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57 (2016/CESPE/PC-PE/Delegado de Polícia) Considerando os princípios e fundamentos 
teóricos do direito administrativo, assinale a opção correta. 
a) As empresas públicas e as sociedades de economia mista, se constituídas como pessoa 
jurídica de direito privado, não integram a administração indireta. 
b) Desconcentração é a distribuição de competências de uma pessoa física ou jurídica para 
outra, ao passo que descentralização é a distribuição de competências dentro de uma mesma 
pessoa jurídica, em razão da sua organização hierárquica. 
c) Em decorrência do princípio da legalidade, é lícito que o poder público faça tudo o que não 
estiver expressamente proibido pela lei. 
d) A administração pública, em sentido estrito e subjetivo, compreende as pessoas jurídicas, 
os órgãos e os agentes públicos que exerçam função administrativa. 
e) No Brasil, por não existir o modelo da dualidade de jurisdição do sistema francês, o 
ingresso de ação judicial no Poder Judiciário para questionar ato do poder público é 
condicionado ao prévio exaurimento da instância administrativa. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
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58 (2016/CESPE/PC-PE/Escrivão de Polícia Civil) Com referência à administração 
pública direta e indireta, assinale a opção correta. 
a) Os serviços sociais autônomos, por possuírem personalidade jurídica de direito público, são 
mantidos por dotações orçamentárias ou por contribuições parafiscais. 
b) A fundação pública não tem capacidade de autoadministração. 
c) Como pessoa jurídica de direito público, a autarquia realiza atividades típicas da 
administração pública. 
d) A sociedade de economia mista tem personalidade jurídica de direito público e destina-se à 
exploração de atividade econômica. 
e) A empresa pública tem personalidade jurídica de direito privado e controle acionário 
majoritário da União ou outra entidade da administração indireta. 
 
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59 (2016/CESPE/INSS/Analista do Seguro Social) Conforme o Decreto n.º 7.556/2011, 
o INSS é uma autarquia federal vinculada ao MPS e tem por finalidade promover o 
reconhecimento de direito ao recebimento de benefícios administrados pela previdência 
social, assegurando agilidade e comodidade aos seus usuários e ampliação do controle social. 
Considerando essa informação, julgue o item seguinte, acerca da administração direta e 
indireta. 
Os institutos da desconcentração e da descentralização, essenciais à organização e repartição 
de competências da administração pública, podem ser exemplificados, respectivamente, pela 
relação entre o MPS e a União e pela vinculação entre o INSS e o MPS. 
 
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60 (2016/CESPE/INSS/Analista do Seguro Social) Conforme o Decreto n.º 7.556/2011, 
o INSS é uma autarquia federal vinculada ao MPS e tem por finalidade promover o 
reconhecimento de direito ao recebimento de benefícios administrados pela previdência 
social, assegurando agilidade e comodidade aos seus usuários e ampliação do controle social. 
Considerando essa informação, julgue o item seguinte, acerca da administração direta e 
indireta. 
O INSS integra a administração direta do governo federal, uma vez que esse instituto é uma 
autarquia federal vinculada ao MPS. 
 
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61 (2016/CESPE/Prefeitura de São Paulo – SP/Assistente de Gestão) No que se 
refere à administração pública direta e indireta, assinale a opção correta. 
a) As pessoas administrativas que formam a administração pública indireta são aquelas 
dotadas de personalidade jurídica de direito público (como as autarquias e as fundações 
públicas). 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 91 
 
b) Na esfera municipal, a administração direta é formada pelos órgãos que compõem a 
prefeitura e a câmara municipal, além das fundações e das empresas públicas de âmbito 
local. 
c) A administração indireta compreende as pessoas administrativas que, vinculadas à 
respectiva administração direta, desempenham atividades administrativas de forma 
descentralizada. 
d) Tanto a administração direta quanto a indireta são compostas por órgãos e por pessoas 
jurídicas administrativas, com a diferença de que todas as que integram a administração 
indireta estão submetidas a regime de direito privado. 
e) O aspecto mais relevante que caracteriza a administração indireta é o fato de ela ser, ao 
mesmo tempo, titular e executora de serviço público. 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------- 
62 (2016/CESPE/TRT - 8ª Região (PA e AP)/Técnico Judiciário - Área 
Administrativa) Com base nas disposições constitucionais e no regime jurídico referentes à 
administração indireta, assinale a opção correta. 
a) Os conselhos profissionais são considerados autarquias profissionais ou corporativas. 
b) Conforme a Constituição Federal de 1988 (CF), a nomeação dos presidentes das entidades 
da administração pública indireta independe de aprovação prévia do Senado Federal. 
c) As sociedades de economia mista que exploram atividade econômica não estão sujeitas à 
fiscalização do Tribunal de Contas da União. 
d) O consórcio público integra a administração direta de todos os entes da Federação 
consorciados, ainda que detenha personalidade jurídica de direito público. 
e) Existe relação de hierarquia entre a autarquia e o ministério que a supervisiona. 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------- 
63 (2016/CESPE/TRT - 8ª Região (PA e AP)/Técnico Judiciário - Área 
Administrativa) A autarquia 
a) é pessoa jurídica de direito público. 
b) inicia-se com a inscrição de seu ato constitutivo em registro público. 
c) subordina-se ao ente estatal que a instituir 
d) é uma entidade de competência política, desprovida de caráter administrativo. 
e) integra a administração pública direta. 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------- 
64 (2016/CESPE/TJ-AM/Juiz de Direito) No que se refere às sociedades de economia 
mista e às empresas públicas, assinale a opção correta. 
a) A pessoa federativa aque estejam vinculadas as sociedades de economia mista possui 
responsabilidade solidária quanto aos atos ilícitos praticados por agentes dessas sociedades. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 92 
 
b) A composição do capital das sociedades de economia mista é o resultado da conjugação de 
recursos públicos e privados, sendo os recursos privados inadmitidos na composição do 
capital das empresas públicas. 
c) As empresas públicas assumem obrigatoriamente a forma de sociedades anônimas, 
enquanto as sociedades de economia mista podem-se revestir de qualquer das formas 
admitidas em direito. 
d) O protesto apresentado por empresa pública federal em execução que tramite na justiça 
estadual desloca a competência para a justiça federal. 
e) A legislação relativa ao regime falimentar não se aplica às empresas públicas e às 
sociedades de economia mista, assim como os regimes de execução e penhora. 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------- 
65 (2016/CESPE/TRE-PI/Técnico de Administração) Entidade administrativa, com 
personalidade jurídica de direito público, destinada a supervisionar e fiscalizar o ensino 
superior, criada mediante lei específica, 
a) é regida, predominantemente, pelo regime jurídico de direito privado. 
b) integra a administração direta. 
c) possui autonomia e é titular de direitos e obrigações próprios. 
d) tem natureza de empresa pública. 
e) é exemplo de entidade resultante da desconcentração administrativa. 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------- 
66 (2016/CESPE/TRE-PI/Técnico de Administração) O Tribunal Regional Eleitoral do 
Piauí (TRE/PI), cuja sede se encontra na capital do estado, integra a administração 
a) direta federal. 
b) direta fundacional federal. 
c) indireta estadual. 
d) autárquica indireta federal. 
e) indireta autárquica estadual. 
 
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67 (2016/CESPE/TRE-PI/Analista Judiciário) A cidade de Parintins, no Amazonas, 
detém a maior proporção do Brasil de funcionários públicos em relação ao total de 
trabalhadores formais — lá são 3.971 servidores públicos, que correspondem a 62,71% desse 
total, considerados apenas os estatutários. Internet: : <http://exame.abril.com.br > (com 
adaptações). 
Tendo o texto acima como referência inicial e supondo que a notícia apresentada tenha sido 
confirmada por diversos organismos renomados pelo elevado grau assertivo em suas 
pesquisas e que a realidade apresentada permaneça até o presente, assinale a opção correta 
acerca de aspectos diversos do direito administrativo. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 93 
 
a) As contratações de agentes públicos para o exercício de cargo efetivo e permanente no 
referido município devem ocorrer mediante concurso, cuja validade inicial pode ser de até 
dois anos, prorrogável, uma vez, por igual período. 
b) A existência do elevado número de servidores públicos é suficiente para concluir que o 
chefe do Poder Executivo municipal, por utilizar a técnica administrativa da concentração, 
agiu contrariamente ao princípio da eficiência, estando, pois, sujeito à ação de improbidade, 
cuja prescrição ocorre no prazo de cinco anos, a contar da abertura do respectivo processo 
administrativo disciplinar. 
c) O mesário convocado para servir no dia das eleições é considerado servidor público 
estatutário. 
d) A administração pública, em sentido objetivo, compreende as pessoas jurídicas de direito 
público e seus agentes. 
e) Com base no entendimento do STF, é correto afirmar que o prefeito de Parintins pode 
nomear sobrinha para ocupar cargo de confiança em órgão da administração, uma vez que a 
vedação à nomeação de parentes alcança apenas aqueles em linha reta ou por afinidade. 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------- 
68 (2016/CESPE/DPU/Técnico em Assuntos Educacionais) Em relação à administração 
pública direta e indireta e às funções administrativas, julgue o item a seguir. 
Em regra, as sociedades de economia mista devem realizar concurso público para contratar 
empregados. 
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69 (2016/CESPE/DPU/Agente Administrativo) A respeito da centralização, 
descentralização, concentração e desconcentração e da organização administrativa da União, 
julgue o item subsequente. 
A desconcentração de serviços é caracterizada pelas situações em que o poder público cria, 
por meio de lei, uma pessoa jurídica e a ela atribui a execução de determinado serviço. 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------- 
70 (2016/CESPE/DPU/Agente Administrativo) A respeito da centralização, 
descentralização, concentração e desconcentração e da organização administrativa da União, 
julgue o item subsequente. 
Se determinada atribuição administrativa for outorgada a órgão público por meio de uma 
composição hierárquica da mesma pessoa jurídica, em uma relação de coordenação e 
subordinação entre os entes, esse fato corresponderá a uma centralização. 
 
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71 (2016/CESPE/DPU/Agente Administrativo) Acerca da gestão de contratos, julgue o 
item subsecutivo. 
Órgãos e entidades públicos, tanto da administração direta quanto da indireta, podem 
aumentar a sua autonomia gerencial, orçamentária e financeira mediante contratos firmados, 
conforme previsão legal. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 94 
 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------- 
72 (2016/CESPE/DPU/Analista Técnico – Administrativo) Uma autarquia federal, 
desejando comprar um bem imóvel — não enquadrado nas hipóteses em que a licitação é 
dispensada, dispensável ou inexigível — com valor de contratação estimado em R$ 
50.000,00, efetuou licitação na modalidade concorrência. 
Considerando a situação descrita, julgue os itens a seguir, acerca da organização 
administrativa da União, das licitações e contratos administrativos e do disposto na Lei n.º 
8.112/1990. 
É prerrogativa da referida autarquia, que certamente foi criada por meio de lei específica, a 
impenhorabilidade dos seus bens. 
 
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73 (2016/CESPE/DPU/Técnico em Assuntos Educacionais) Em relação à administração 
pública direta e indireta e às funções administrativas, julgue o item a seguir. 
A criação de autarquia federal depende de edição de lei complementar. 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------- 
74 (2016/CESPE/DPU/Técnico em Assuntos Educacionais) Em relação à administração 
pública direta e indireta e às funções administrativas, julgue o item a seguir. 
Cria-se empresa pública e autoriza-se seu imediato funcionamento por meio de publicação de 
lei ordinária específica. 
 
-------------------------------------------------------------------------------------------------- 
 
GABARITO: 
1-B 2-C 3-E 4-E 5-D 6-C 7-B 8-A 9-C 10-D 
11-D 12-C 13-C 14-C 15-E 16-C 17-C 18-E 19-E 20-C 
21-C 22-E 23-E 24-C 25-E 26-A 27-C 28-A 29-E 30-E 
31-A 32-E 33-C 34-B 35-C 36-E 37-A 38-A 39-D 40-C 
41-B42-A 43-E 44-D 45-A 46-E 47-C 48-E 49-C 50-C 
51-E 52-C 53-E 54-C 55-A 56-E 57-D 58-C 59-C 60-E 
61-C 62-A 63-A 64-B 65-C 66-A 67-A 68-C 69-E 70-E 
71-C 72-C 73-E 74-E 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 95 
 
PODERES ADMINISTRATIVOS 
 
É o conjunto de prerrogativas de direito público que a ordem jurídica confere aos agentes 
administrativos para o fim de permitir que o Estado alcance seus fins. 
O fundamento para a existência dos Poderes Administrativos é o princípio da Supremacia do 
Interesse Público sobre o Privado. 
Os poderes administrativos são considerados poderes instrumentais, pois destinam-se a 
instrumentalizar o administrador público para atingir a satisfação dos interesses públicos. 
Diferem assim, dos poderes políticos (Executivo, Legislativo e Judiciário), que são 
considerados poderes estruturais, pois formam a estrutura do Estado na constituição. 
 
ABUSO DE PODER 
É o exercício ilegítimo das prerrogativas conferidas pelo ordenamento jurídico à 
administração pública. 
 
OBS: pode ocorrer abuso de poder tanto em atos comissivos como omissivos. 
OBS: embora nem toda ilegalidade decorra de conduta abusiva, todo abuso de poder se 
reveste de ilegalidade. 
OBS: o maior exemplo em provas de concurso de desvio de finalidade é a remoção como 
forma de punição. 
OBS: os atos praticados com desvio de poder (finalidade) serão sempre nulos. Já os 
atos praticados com excesso de poder podem ser convalidados, quando o vício de 
competência for em relação à pessoa ou quando não se trate de competência exclusiva. 
 
1 – PODER VINCULADO 
ABUSO DE PODER
é o gênero que 
possui duas 
espécies
EXCESSO DE PODER: 
é quando o agente público extrapola na 
competência. VÍCIO NA COMPETÊNCIA
DESVIO DE PODER OU FINALIDADE:
é quando o agente público é 
competente, porém, busca finalidade 
diversa da prevista em lei. VÍCIO NA 
FINALIDADE
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 96 
 
É aquele em que o agente não tem liberdade de atuação, isto é, não admite juízo de 
conveniência e oportunidade por parte do administrador público, pois a lei discrimina 
todos os elementos necessários à sua prática. 
Alguns autores entendem que o poder vinculado não constitui propriamente uma 
prerrogativa, e sim um DEVER que obriga o administrador público a se conduzir 
rigorosamente em conformidade com os parâmetros legais. Ex. aplicação de multa de 
trânsito. 
 
2 – PODER DISCRICIONÁRIO 
É aquele que confere prerrogativa para a Administração praticar atos discricionários, ou 
seja, atos cuja execução admitem certa margem de flexibilidade por parte dos agentes 
públicos. 
O juízo de conveniência e oportunidade constitui o denominado mérito administrativo, que 
se concretiza nas hipóteses em que a própria norma legal estabelece. 
O poder discricionário fundamenta não só a prática, mas também a revogação de atos 
discricionários que a Administração Pública tenha praticado e que, num momento posterior, 
passe a considerar inoportunos e inconvenientes. 
CESPE/CNJ/2013 – O exercício do poder discricionário pode concretizar-se tanto no 
momento em que o ato é praticado, bem como posteriormente, como no momento em que a 
administração decide por sua revogação. 
OBS: O controle judicial dos atos discricionários deve se concentrar nos aspectos vinculados 
do ato (competência, finalidade e forma). O judiciário não pode aferir os critérios 
administrativos (conveniência e oportunidade) firmados em conformidade com os parâmetros 
legais. 
OBS: os limites do poder discricionário, além da própria lei, são os princípios implícitos da 
razoabilidade e da proporcionalidade. A extrapolação de qualquer um deles configura 
arbitrariedade (atuação ilegal ou ilegítima). 
 
3 – PODER HIERÁRQUICO 
É aquele que permite ao superior hierárquico exercer determinadas prerrogativas sobre os 
seus subordinados, especialmente as de dar ordens, fiscalizar, controlar, aplicar 
sanções e avocar competências. 
OBS: no âmbito dos poderes legislativo e judiciário haverá hierarquia, desde que no exercício 
da função administrativa. Quando no exercício da função típica desses poderes, não haverá 
hierarquia. 
OBS: segundo a doutrina pátria dominante, a delegação e a avocação de competências 
decorrem do poder hierárquico. 
OBS: quanto à aplicação de sanções, registre-se que só decorrem do poder hierárquico as 
sanções disciplinares, quais sejam, aquelas aplicadas aos servidores públicos que 
cometam infrações funcionais. Assim, as sanções aplicadas a particulares não têm como 
fundamento o poder hierárquico, afinal, não há hierarquia entre a Administração e os 
administrados. Tais sanções (aos particulares) decorrem do exercício do poder 
disciplinar ou do poder de polícia, conforme o caso. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 97 
 
OBS: importante ressaltar que o poder hierárquico não depende de lei que 
expressamente o preveja ou que estabeleça o momento do seu exercício ou os aspectos a 
serem controlados. Ele é inerente à organização administrativa hierárquica, possuindo caráter 
irrestrito, permanente e automático. Nesse aspecto, difere da tutela administrativa, 
exercida pela administração direta sobre as entidades da administração indireta, que só pode 
ser exercida nos termos e limites previstos em lei. 
OBS: decorre do poder hierárquico a autotutela exercida pela administração pública sobre 
seus próprios atos, que inclui a possibilidade de revisão e anulação dos mesmos. 
BIZU 
- deve haver relação de subordinação. 
- sempre ocorre no âmbito de uma mesma pessoa jurídica. 
- não há hierarquia entre pessoas jurídicas diferentes, entre os poderes da 
república e nem entre Administração e administrados. 
- decorre do poder hierárquico: dar ordens, fiscalizar, controlar, aplicar sanções, 
delegar e avocar competências 
- o controle hierárquico é irrestrito, permanente e automático. 
- pode ocorrer de ofício ou por provocação. 
 
DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA 
Um órgão e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua 
competência a outros órgãos e agentes mesmo que estes não lhe sejam subordinados, 
quando for conveniente e houver razões de índole técnica, jurídica, territorial, social ou 
econômica. A delegação de competências é um ato discricionário. 
A delegação de competências pode ser revogada a qualquer tempo e tanto a delegação 
quanto a revogação devem ser publicadas no Diário Oficial. 
Caso a delegação for para um subordinado, este deverá aceitá-la, caso a delegação for para 
um não subordinado, este poderá rejeitá-la. 
A competência é irrenunciável, sendo assim, mesmo havendo delegação, o delegante 
continua competente em relação aos atos que delegou. 
As decisões tomadas por delegação considerar-se-ão editadas pelo delegado, assim, caso o 
delegado causar um dano, será ele o responsável. 
 
Atos que não podem ser delegados: 
- a edição de atos de caráter normativo 
- a decisão de recursos administrativos 
- os atos de competência exclusiva 
- os atos políticos (só os atos administrativos são delegáveis) 
 
Avocação de competência: 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 98 
 
Ocorre quando o superior chama para si competência de subordinado. Somente pode 
ocorrer em caráter excepcional e com motivos devidamente justificados. A avocação 
desonera o subordinado de toda responsabilidade pelo ato avocado pelo superior.4 – PODER DISCIPLINAR 
O poder disciplinar pode ser entendido como a possibilidade de a Administração aplicar 
sanções àqueles que, submetidos à sua ordem administrativa interna, cometem infrações. 
 
 
 
Detalhe a ser observado é que não são apenas os servidores públicos que se submetem ao 
poder disciplinar da Administração. Determinados particulares também estão sujeitos. É o 
caso, por exemplo, dos que firmam contratos com o Poder Público, que estarão sujeitos às 
sanções disciplinares pelo vínculo estabelecido por meio do instrumento contratual. Claro que, 
para tanto, as sanções devem estar previstas no contrato firmado, sobretudo especificando as 
infrações puníveis. 
O poder disciplinar é correlato com o poder hierárquico, mas com ele não se 
confunde. No uso do poder hierárquico, a Administração Pública distribui e escalona as suas 
funções executivas; já no uso do poder disciplinar ela controla o desempenho dessas funções 
e a conduta interna de seus servidores, responsabilizando-os pelas faltas cometidas. 
Note que, quando a Administração pune infrações funcionais de seus servidores, faz uso tanto 
do poder disciplinar como do poder hierárquico. Ao contrário, quando pune infrações 
administrativas cometidas por particulares, por exemplo, quando descumprem um contrato 
administrativo firmado com o Poder Público, incide apenas o poder disciplinar, pois não existe 
relação de hierarquia. 
A doutrina enfatiza que o poder disciplinar da Administração Pública não se confunde com o 
poder punitivo do Estado, o qual é exercido pelo Poder Judiciário com o objetivo de 
reprimir crimes, contravenções e demais infrações de natureza cível e penal previstos em lei. 
Com efeito, o poder punitivo do Estado incide sobre qualquer pessoa que pratique algum ato 
infrator tipificado em lei, enquanto o poder disciplinar alcança somente pessoas que possuam 
algum vínculo jurídico específico com a Administração Pública, seja vínculo funcional (ex: 
servidores e empregados públicos), seja contratual (ex: empresas particulares contratadas 
pelo Poder Público ou que firmam convênios de repasse de recursos públicos). 
 
 
PODER
DISCIPLINAR
Punir infrações funcionais de seus 
servidores (vínculo funcional com 
a administração)
Punir infrações administratrivas de 
particulares com vínculo específico
com a administração. Ex. contrato
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 99 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 – PODER REGULAMENTAR 
Prerrogativa dada à Administração Pública, mais precisamente ao chefe do Executivo, de 
editar atos gerais para detalhar, esmiuçar as leis e, por conseguinte, permitir sua efetiva 
concretização. 
De modo geral, não são instrumentos que devam trazer novidades para o Direito. No entanto, 
alguns autores o consideram espécie do gênero poder normativo. 
Possuem natureza derivada (atos secundários) uma vez que deverão estar adstritos aos 
limites impostos pelas leis. 
Sofre controle de legalidade a cargo do Poder Judiciário e controle político, exercido, na esfera 
federal, exclusivamente pelo Congresso Nacional (sustação do ato). 
OBS: O regulamento ou decreto regulamentar, na esfera federal, é o que está previsto no 
art. 84, IV, CF/88. 
OBS: Existe ainda o decreto autônomo (art. 84. VI, CF/88), que é editado pelo chefe do 
poder executivo diretamente a partir do texto constitucional, sem base em uma lei, sem estar 
regulamentando uma lei. É considerado ato primário, pois decorre diretamente da 
constituição. Ele inova o direito, criando, por força própria, situações jurídicas, direitos e 
obrigações. 
 
6 – PODER DE POLÍCIA 
É a faculdade colocada à disposição do Estado para condicionar, limitar e restringir o uso 
de bens, atividades e direitos individuais, em benefício do coletivo e do próprio Estado. 
A polícia administrativa atua de forma eminentemente preventiva, pois o ordenamento 
prevê as limitações administrativas, por meio de diplomas limitadores e sancionadores da 
conduta daqueles que utilizam bens ou exercem atividades que possam afetar a coletividade. 
Em regra, a competência para exercer o poder de polícia é da entidade federativa à qual a 
CF/88 conferiu o poder de regular a matéria. 
OBS: o exercício do poder de polícia reflete o sentido objetivo da administração pública, 
o qual se refere à própria atividade administrativa exercida pelo Estado. 
 
 
BIZU: 
- punir infrações funcionais a servidores 
- punir particulares com vínculo específico com a administração 
pública 
- nos casos de sanções à servidores, o poder disciplinar 
deriva do poder hierárquico 
- poder disciplinar é diferente de poder punitivo do Estado. 
- o dever de punir é VINCULADO, mas a gradação da punição, EM 
REGRA, é discricionária. 
- o ato de aplicação da punição deve ser sempre motivado. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 100 
 
PODER DE POLÍCIA ORIGINÁRIO E DELEGADO: 
 
ORIGINÁRIO: exercido pelas pessoas políticas que integram o Estado (U, E, DF e M). 
DELEGADO: exercido pelas pessoas administrativas de Direito Público do Estado, 
componentes da Administração Indireta. 
 
POLÍCIA ADMINISTRATIVA X POLÍCIA JUDICIÁRIA 
 
POLÍCIA ADMINISTRATIVA POLÍCIA JUDICIÁRIA 
- incide nas infrações administrativas. 
- exercida sobre atividades privadas, bens 
ou direitos. 
- desempenhada por órgãos administrativos 
de caráter fiscalizador 
- incide nas infrações de natureza penal. 
- incide diretamente sobre pessoas. 
- executada por corporações específicas 
como a polícia civil e a Polícia Federal. OBS: 
a polícia militar pode exercer tanto a 
função de polícia administrativa como a 
de polícia judiciária. 
 
FASES OU CICLOS DO PODER DE POLÍCIA: 
 
ORDEM DE POLÍCIA: é o preceito legal, a satisfação da reserva constitucional. 
CONSENTIMENTO DE POLÍCIA: o ato administrativo de anuência (nem sempre será 
necessário). 
FISCALIZAÇÃO DE POLÍCIA: verificação do cumprimento das ordens de polícia ou para se 
observarem abusos. 
SANÇÃO DE POLÍCIA: submissão coercitiva do infrator a medidas inibidoras. 
- multas administrativas 
- interdição de estabelecimentos comerciais 
- suspensão de exercícios de direitos 
- demolição de construções irregulares 
- embargo administrativo de obras 
- destruição de gêneros alimentícios impróprios para o consumo 
- apreensão de mercadorias irregularmente entradas no território nacional 
 
OBS: são delegáveis apenas os atos de consentimento e fiscalização de polícia 
 
PRESCRIÇÃO DA AÇÃO PUNITIVA 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 101 
 
A ação punitiva da Administração Pública Federal Direta e Indireta, no exercício do poder de 
polícia, objetivando apurar infrações à legislação em vigor, prescreve em 5 anos, a contar 
da data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que 
tiver cessado (e não do conhecimento do fato). 
 
ATRIBUTOS DO PODER DE POLÍCIA 
 
AUTOEXECUTORIEDADE: consiste na possibilidade de os atos decorrentes do exercício do 
poder de polícia ser imediata e diretamente executados pela própria Administração, 
independentemente de autorização ou intervenção por ordem judicial. 
COERCIBILIDADE: em razão desse atributo, as medidas adotadas pela Administração no 
exercício do poder de polícia podem ser impostas de maneira coativa aos administrados, 
independentemente de prévia manifestação judicial. 
DISCRICIONARIDADE: a Administração detém razoável liberdade de atuação no exercício 
do poderde polícia. Dentro dos limites dados pela lei, poderá valorar critérios de conveniência 
e oportunidade para a prática dos atos de polícia administrativa, determinando critérios para 
definição, por exemplo, de quais atividades irá fiscalizar, bem como as sanções aplicáveis em 
decorrência de certa infração, as quais devem estar previstas em lei. 
 
 
SANÇÃO
ADMINISTRATIVA
PODER 
DISCIPLINAR
Punir infrações funcionais de seus 
servidores (vínculo funcional com a 
administração)
Punir infrações administratrivas de 
particulares com vínculo específico com a 
administração. Ex. contrato
PODER DE 
POLÍCIA
Punir infrações administrativas de 
particulares com vínculo geral com a 
administração. Ex. multa de trânsito
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 102 
 
7 - QUESTÕES 
01 (2017/FCC/TJ-SC/Juiz de Direito) Sobre o exercício do poder disciplinar da 
Administração Pública, é correto afirmar que tal poder 
a) é exercido somente em face de servidores regidos pelas normas estatutárias, não se 
aplicando aos empregados públicos, regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho. 
b) admite a aplicação de sanções de maneira imediata, desde que tenha havido prova 
inconteste da conduta ou que ela tenha sido presenciada pela autoridade superior do servidor 
apenado. 
c) é aplicável aos particulares, sempre que estes descumpram normas regulamentares 
legalmente embasadas, tais como as normas ambientais, sanitárias ou de trânsito. 
d) é extensível a sujeitos que tenham um vínculo de natureza especial com a Administração, 
sejam ou não servidores públicos. 
e) não contempla, em seu exercício, a possibilidade de afastamentos cautelares de servidores 
antes que haja o prévio exercício de ampla defesa e contraditório. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
02 (2017/CESPE/Prefeitura de Fortaleza – CE/Procurador Municipal) Acerca do 
direito administrativo, julgue o item que se segue. 
O exercício do poder de polícia reflete o sentido objetivo da administração pública, o qual se 
refere à própria atividade administrativa exercida pelo Estado. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
03 (2017/CESPE/Prefeitura de Fortaleza – CE/Procurador Municipal) Com relação a 
processo administrativo, poderes da administração e serviços públicos, julgue o item 
subsecutivo. 
O exercício do poder regulamentar é privativo do chefe do Poder Executivo da União, dos 
estados, do DF e dos municípios. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
04 (2017/CESPE/Prefeitura de Fortaleza – CE/Procurador Municipal) Com relação a 
processo administrativo, poderes da administração e serviços públicos, julgue o item 
subsecutivo. 
Situação hipotética: Um secretário municipal removeu determinado assessor em razão de 
desentendimentos pessoais motivados por ideologia partidária. 
Assertiva: Nessa situação, o secretário agiu com abuso de poder, na modalidade excesso de 
poder, já que atos de remoção de servidor não podem ter caráter punitivo. 
 
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05 (2017/CESPE/TRE-PE/Analista Judiciário - Área Administrativa) Considerando que 
os poderes administrativos são prerrogativas que se outorgam aos agentes do Estado com 
vistas a viabilizar a consecução do interesse público, assinale a opção correta. 
a) Abuso de poder e desvio de poder são espécies do gênero excesso de poder que, presentes 
quando da prática de um ato administrativo, ensejam sua nulidade. 
b) Os poderes administrativos são facultados ao administrador, que pode ou não lhes fazer 
uso, conforme critério subjetivo e as peculiaridades do caso concreto. 
c) O não exercício de poderes administrativos não resulta necessariamente em conduta 
omissiva ilegal, sobretudo em hipóteses em que a reserva do possível justifique a 
impossibilidade de um agir estatal. 
d) O agente público que, motivadamente, não necessitar dos poderes administrativos para o 
desempenho de suas atribuições pode a eles renunciar. 
e) Há desvio de poder sempre que o agente transcende os limites de sua competência. 
 
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06 (2017/CESPE/TRE-PE/Analista Judiciário - Área Administrativa) Determinada 
agência reguladora, atuando em sua esfera de atribuições, editou ato normativo de apurada 
complexidade técnica com vistas a elucidar conceitos legais e regular determinado segmento 
de atividades consideradas estratégicas e de interesse público. 
Nessa situação hipotética, a atuação da agência configurou exercício do poder 
a) de polícia. 
b) regulamentar. 
c) discricionário. 
d) disciplinar. 
e) hierárquico. 
 
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07 (2017/CESPE/TRE-PE/Técnico Judiciário - Área Administrativa) O poder de polícia 
a) é indelegável. 
b) é delegável no âmbito da própria administração pública, em todas as suas dimensões, a 
pessoas jurídicas de direito privado e, também, a particulares. 
c) é suscetível de delegação no âmbito da própria administração pública, desde que o 
delegatário não seja pessoa jurídica de direito privado. 
d) pode ser delegado em sua dimensão fiscalizatória a pessoa jurídica de direito privado 
integrante da administração pública. 
e) pode ser delegado em suas dimensões legislativa e sancionadora a pessoa jurídica de 
direito privado integrante da administração pública. 
 
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08 (2017/CESPE/TRE-PE/Técnico Judiciário - Área Administrativa) Assinale a opção 
correta com relação ao poder hierárquico. 
a) Decorre do poder hierárquico o poder de revisão, por superior, dos atos praticados por 
subordinado. 
b) A disciplina funcional guarda relação com o poder disciplinar, não se ligando ao poder 
hierárquico. 
c) A avocação é regra ampla e geral cuja difusão deve ser estimulada em prol da eficiência. 
d) A hierarquia administrativa é restrita ao Poder Executivo. 
e) Subordinação e vinculação, como decorrências do poder hierárquico, são institutos que se 
confundem e que se caracterizam pelo controle que se dá no âmbito de um mesmo ente. 
 
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09 (2017/FCC/TRE-SP/Técnico Judiciário - Área Administrativa) Dentre as diversas 
atividades realizadas pelo Estado, no desempenho de suas funções executivas, representam 
expressão de seu poder de polícia: 
a) a regulação ou poder regulamentar, que visam conformar, de forma restritiva ou indutiva, 
as atividades econômicas aos interesses da coletividade, podendo abranger medidas 
normativas, administrativas, materiais, preventivas e fiscalizatórias e sancionatórias. 
b) as medidas disciplinares e hierárquicas adotadas para conformação da atuação dos 
servidores públicos e dos contratados pela Administração às normas e posturas por essas 
impostas. 
c) a fiscalização e autuação de condutores exercidas pelas autarquias que desempenham 
serviços públicos rodoviários. 
d) a autotutela exercida pela Administração pública sobre seus próprios atos, que incluia 
possibilidade de revisão e anulação dos mesmos. 
e) a imposição de multas contratuais a empresas estatais exploradoras de atividades 
econômicas ou prestadoras de serviços públicos, que também exercem poder de polícia ao 
impor multas a usuários dos serviços e atividades que prestam. 
 
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10 (2017/FCC/TRE-SP/Técnico Judiciário - Área Administrativa) Os servidores 
públicos estão sujeitos à hierarquia no exercício de suas atividades funcionais. Considerando 
esse aspecto, 
a) o poder disciplinar a que estão sujeitos é decorrente dessa hierarquia, visto que guarda 
relação com o vínculo funcional existente e observa a estrutura organizacional da 
Administração pública para identificação da autoridade competente para apuração e punição 
por infrações disciplinares. 
b) submetem-se ao poder de tutela da Administração, que projeta efeitos internos, sobre 
órgãos e servidores, e externos, atingindo relações jurídicas contratuais travadas com 
terceiros. 
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c) conclui-se que o poder hierárquico é premissa para o poder disciplinar, ou seja, este 
somente tem lugar onde se identificam relações jurídicas hierarquizadas, funcional ou 
contratualmente, neste caso, em relação à prestação de serviços terceirizados. 
d) o poder hierárquico autoriza a edição de atos normativos de caráter autônomo, com força 
de lei, no que se refere à disciplina jurídica dos direitos e deveres dos servidores públicos. 
e) somente o poder hierárquico e o poder disciplinar produzem efeitos internos na 
Administração pública, tendo em vista que o poder de polícia e o poder regulamentar visam à 
produção de efeitos na esfera jurídica de direito privado, não podendo atingir a atuação de 
servidores públicos. 
 
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11 (2017/FCC/TRE-SP/Analista Judiciário - Área Judiciária) Suponha que o Secretário 
de Transportes de determinado Estado tomou conhecimento, por intermédio de matéria 
jornalística, da existência de longas filas para carregamento dos cartões de utilização dos 
trens administrados por uma sociedade de economia mista vinculada àquela Pasta. Diante 
dos fatos apurados, decidiu avocar, para área técnica da Secretaria, algumas atividades de 
gerenciamento e logística desempenhadas por uma das Diretorias da referida empresa. 
Fundamentou sua decisão no exercício dos poderes hierárquico e disciplinar. Considerando a 
situação narrada, 
a) a atuação do Secretário justifica-se do ponto de vista da hierarquia, porém não sob 
aspecto disciplinar, eis que não identificada infração administrativa. 
b) a decisão baseia-se, legitimamente, apenas no poder disciplinar, que compreende o 
controle e a supervisão. 
c) descabe a invocação dos poderes citados, sendo certo que a atuação da Secretaria deve se 
dar nos limites do poder de tutela. 
d) a decisão somente será justificável, sob o fundamento de poder hierárquico, se constada a 
existência de desvio de conduta pelos administradores da empresa. 
e) a decisão extrapolou a competência disciplinar, que somente pode ser exercida para 
corrigir desvios na organização administrativa da entidade. 
 
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12 (2017/CESPE/PC-GO/Delegado de Polícia) De acordo com a legislação e a doutrina 
pertinentes, o poder de polícia administrativa 
a) pode manifestar-se com a edição de atos normativos como decretos do chefe do Poder 
Executivo para a fiel regulamentação de leis. 
b) é poder de natureza vinculada, uma vez que o administrador não pode valorar a 
oportunidade e conveniência de sua prática, estabelecer o motivo e escolher seu conteúdo. 
c) pode ser exercido por órgão que também exerça o poder de polícia judiciária. 
d) é de natureza preventiva, não se prestando o seu exercício, portanto, à esfera repressiva. 
e) é poder administrativo que consiste na possibilidade de a administração aplicar punições a 
agentes públicos que cometam infrações funcionais. 
 
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13 (2017/CESPE/PC-GO/Delegado de Polícia) A respeito dos poderes e deveres da 
administração, assinale a opção correta, considerando o disposto na CF. 
a) A lei não pode criar instrumentos de fiscalização das finanças públicas, pois tais 
instrumentos são taxativamente listados na CF. 
b) A eficiência, um dever administrativo, não guarda relação com a realização de supervisão 
ministerial dos atos praticados por unidades da administração indireta. 
c) O abuso de poder consiste em conduta ilegítima do agente público, caracterizada pela 
atuação fora dos objetivos explícitos ou implícitos estabelecidos pela lei. 
d) A capacidade de inovar a ordem jurídica e criar obrigações caracteriza o poder 
regulamentar da administração. 
e) As consequências da condenação pela prática de ato de improbidade administrativa 
incluem a perda dos direitos políticos e a suspensão da função pública. 
 
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14 (2017/CESPE/SEDF/Professor da Educação Básica) No que se refere aos poderes 
administrativos, aos atos administrativos e ao controle da administração, julgue o item 
seguinte. 
A avocação se verifica quando o superior chama para si a competência de um órgão ou 
agente público que lhe seja subordinado. Esse movimento, que é excepcional e temporário, 
decorre do poder administrativo hierárquico. 
 
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15 (2017/CESPE/SEDF/Professor da Educação Básica) No que se refere aos poderes 
administrativos, aos atos administrativos e ao controle da administração, julgue o item 
seguinte. 
O poder de polícia administrativo é uma atividade que se manifesta por meio de atos 
concretos em benefício do interesse público. Por conta disso, a administração pode delegar 
esse poder a pessoas da iniciativa privada não integrantes da administração pública. 
 
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16 (2017/CESPE/SEDF/Professor da Educação Básica) No que se refere aos poderes 
administrativos, aos atos administrativos e ao controle da administração, julgue o item 
seguinte. 
A administração, ao editar atos normativos, como resoluções e portarias, que criam normas 
estabelecedoras de limitações administrativas gerais, exerce o denominado poder 
regulamentar. 
 
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17 (2017/CESPE/SEDF/Professor de Educação Básica) Acerca de administração 
pública, organização do Estado e agentes públicos, julgue o item a seguir. 
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O abuso de poder pelos agentes públicos pode ocorrer tanto nos atos comissivos quanto nos 
omissivos. 
 
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18 (2017/CESPE/SEDF/Professor de Educação Básica) Com relação aos poderes e atos 
administrativos, julgue o próximo item. 
A coercibilidade, uma característica do poder de polícia, evidencia-se no fato de a 
administração não depender da intervençãode outro poder para torná-lo efetivo. 
 
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19 (2017/CESPE/SEDF/Tecnologia da Informação) José, chefe do setor de recursos 
humanos de determinado órgão público, editou ato disciplinando as regras para a participação 
de servidores em concurso de promoção. 
A respeito dessa situação hipotética, julgue o item seguinte. 
A edição do referido ato é exemplo de exercício do poder regulamentar. 
 
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20 (2017/CESPE/SEDF/Nível Médio) Maurício, chefe imediato de João (ambos servidores 
públicos distritais), determinou que este participasse de reunião de trabalho em Fortaleza – 
CE nos dias nove e dez de janeiro. João recebeu o valor das diárias. No dia oito de janeiro, 
João sofreu um acidente de carro e, conforme atestado médico apresentado para Maurício, 
teve de ficar de repouso por três dias, razão pela qual não pôde viajar. Essa foi a primeira vez 
no bimestre que João teve de se afastar do serviço por motivo de saúde. 
Acerca dessa situação hipotética e de aspectos legais e doutrinários a ela relacionados, julgue 
o item a seguir. 
A competência de Maurício para determinar que João participasse da reunião de trabalho 
decorre do poder hierárquico. 
 
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21 (2017/CESPE/SEDF/Nível Médio) No que se refere aos poderes administrativos, aos 
atos administrativos e ao controle da administração, julgue o item seguinte. 
O fato de a administração pública internamente aplicar uma sanção a um servidor público que 
tenha praticado uma infração funcional caracteriza o exercício do poder de polícia 
administrativo. 
 
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22 (2017/CESPE/SEDF/Direito) Mauro editou portaria disciplinando regras de remoção no 
serviço público que beneficiaram, diretamente, amigos seus. A competência para a edição do 
referido ato normativo seria de Pedro, superior hierárquico de Mauro. Os servidores que se 
sentiram prejudicados com o resultado do concurso de remoção apresentaram recurso quinze 
dias após a data da publicação do resultado. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
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Nessa situação hipotética, 
Mauro não agiu com abuso de poder. 
 
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23 (2016/CESPE/FUB/Assistente - Apoio administrativo) No que diz respeito aos 
poderes e deveres dos administradores públicos, julgue o item que se segue. 
Assim como o administrador de empresas privadas, o administrador público tem o poder de 
agir, o que lhe faculta a escolha de agir ou não no exercício de sua função. 
 
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24 (2016/FCC/PGE-MT/Analista – Administrador) Discricionariedade administrativa é o 
dever-poder da Administração pública de, diante do caso concreto, 
a) tomar duas ou mais decisões, sendo todas elas válidas perante o Direito. 
b) decidir, com base em razões de conveniência e oportunidade, independentemente da lei. 
c) decidir, conforme a vontade do agente público. 
d) decidir, nos termos da Constituição Federal. 
e) decidir, conforme as melhores razões de Estado. 
 
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25 (2016/FCC/PGE-MT/Técnico Administrativo) Os poderes hierárquicos do Chefe do 
Poder Executivo compreendem a possibilidade de 
a) dar ordens aos gestores que lhe estejam hierarquicamente subordinados, desde que 
compatíveis com o Direito. 
b) dar ordens aos gestores públicos, inclusive àqueles que pertençam à Administração pública 
indireta. 
c) avocar competências de seus subordinados, a exemplo, invariavelmente, das de caráter 
normativo. 
d) dar ordens aos gestores que lhe estejam hierarquicamente subordinados, ainda que 
contrárias ao Direito. 
e) demitir, a seu exclusivo critério, gestores que lhe sejam subordinados, inclusive os 
estáveis. 
 
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26 (2016/CESPE/ANVISA/Técnico Administrativo) O teto de um imóvel pertencente à 
União desabou em decorrência de fortes chuvas, as quais levaram o poder público a decretar 
estado de calamidade na região. Maria, servidora pública responsável por conduzir o processo 
licitatório para a contratação dos serviços de reparo pertinentes, diante da situação de 
calamidade pública, decidiu contratar mediante dispensa de licitação. Findo o processo de 
licitação, foi escolhida a Empresa Y, que apresentou preços superiores ao preço de mercado, 
mas, reservadamente, prometeu, caso fosse contratada pela União, realizar, com generoso 
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desconto, uma grande reforma no banheiro da residência de Maria. Ao final, em razão da 
urgência, foi firmado contrato verbal entre a União e a Empresa Y e executados tanto os 
reparos contratados quanto a reforma prometida. 
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item que se segue. 
Maria agiu com excesso de poder ao escolher a Empresa Y. 
 
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27 (2016/FCC/TRT - 20ª REGIÃO (SE)/Analista Judiciário - Área Administrativa) 
Considere as seguintes assertivas concernentes ao poder regulamentar: 
I. O regulamento de execução é hierarquicamente subordinado a uma lei prévia, além de ser 
ato de competência privativa do Chefe do Poder Executivo. 
II. O poder regulamentar da Administração pública, também denominado de poder 
normativo, não abrange, exclusivamente, os regulamentos; ele também se expressa por 
outros atos, tais como por meio de instruções, dentre outros. 
III. Os atos pelos quais a Administração pública exerce o seu poder regulamentar, assim 
como a lei, também emanam atos com efeitos gerais e abstratos. 
IV. O ato normativo, em hipóteses excepcionais, poderá criar direitos não previstos em lei, 
sem implicar em ofensa ao princípio da legalidade. 
Está correto o que se afirma em 
a) I e IV, apenas. 
b) I, II, III e IV. 
c) I e III, apenas. 
d) II e IV, apenas. 
e) I, II e III, apenas. 
 
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28 (2016/FCC/TRT - 20ª REGIÃO (SE)/Técnico Judiciário – Administrativo) 
Considere as seguintes assertivas concernentes ao poder disciplinar: 
I. A Administração pública, ao tomar conhecimento de infração praticada por servidor, deve 
instaurar o procedimento adequado para sua apuração. 
II. A Administração pública pode levar em consideração, na aplicação da pena, a natureza e a 
gravidade da infração e os danos que dela provierem para o serviço público. 
III. No procedimento administrativo destinado a apurar eventual infração praticada por 
servidor, devem ser assegurados o contraditório e a ampla defesa com os meios e recursos a 
ela inerentes. 
IV. A falta grave é punível com a pena de suspensão e caberá à Administração pública 
enquadrar ou não um caso concreto em tal infração. 
O poder disciplinar, em algumas circunstâncias, é considerado discricionário. Há 
discricionariedade APENAS nos itens 
a) I e IV. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
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b) I e II. 
c) I e III. 
d) III e IV. 
e) II e IV. 
 
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29 (2016/CESPE/PC-GO/Agente de Polícia) Com relação aos poderes administrativos e 
ao uso e abuso desses poderes, assinale a opção correta. 
a) O poder de polícia refere-se às relações jurídicas especiais, decorrentes de vínculos 
jurídicos específicos existentes entre o Estado e o particular. 
b) O poder disciplinar, mediante o qual a administração pública está autorizada a apurar e 
aplicar penalidades, alcança tão somente os servidores que compõem o seu quadro de 
pessoal. 
c) A invalidação, por motivos de ilegalidade, de conduta abusiva praticada por 
administradores públicos ocorre no âmbito judicial, mas não na esfera administrativa. 
d) Poder regulamentar é a competência atribuída às entidades administrativas para a edição 
de normas técnicas de caráter normativo, executivo e judicante. 
e) Insere-se no âmbito do poder hierárquico a prerrogativa que os agentes públicos possuem 
de rever os atos praticados pelos subordinados para anulá-los, quando estes forem 
considerados ilegais, ou revogá-los por conveniência e oportunidade, nos termos da legislação 
respectiva. 
 
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30 (2016/FCC/AL-MS/Nível Médio) A Administração pública, após regular processo 
administrativo, penalizou servidor seu lotado junto à Secretaria dos Transportes, por ter 
deixado de praticar ato de sua competência, sem justificativa juridicamente aceitável. A 
hipótese trata do exercício do poder 
a) de polícia administrativa, fundamentado na hierarquia e na sujeição geral que liga os 
servidores à Administração contratante. 
b) disciplinar, que encontra fundamento de validade na lei e é decorrência do princípio 
hierárquico. 
c) poder regulamentar, uma vez que a punição se caracteriza como ato geral e abstrato, 
exceto no que concerne ao interessado sancionado. 
d) de polícia, que encontra fundamento na lei e no princípio da supremacia do interesse 
público sobre o privado. 
e) disciplinar, que não decorre da hierarquia, mas do fato de o particular estar sujeito à 
disciplina administrativa. 
 
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PROF. EVANDRO ZILLMER 111 
 
31 (2016/FCC/AL-MS/Nível Médio) A vigilância sanitária, após inspeção realizada em 
estabelecimento comercial especializado no fornecimento de refeições, em razão das 
péssimas condições de higiene e do desrespeito às posturas municipais, que colocavam em 
risco iminente os frequentadores do local, interditou o local. No caso, a Administração 
a) exerceu irregularmente o denominado poder de polícia, porquanto não recorreu 
previamente ao judiciário tampouco possibilitou a prévia defesa do particular. 
b) agiu arbitrariamente, porquanto mesmo frente ao perigo iminente, ante o princípio da livre 
iniciativa, tinha a obrigação de conferir ao particular o prévio exercício do direto de defesa em 
procedimento específico. 
c) exerceu regularmente o poder de polícia, em especial considerando cuidar-se de medida de 
urgência, que dispensa o exercício prévio do direito de defesa. 
d) agiu dentro da lei, exercendo o poder normativo exteriorizado pela cassação do alvará de 
funcionamento do estabelecimento comercial. 
e) exerceu irregularmente o poder de polícia, porquanto este se caracteriza por ser uma 
atividade negativa, o que implica reconhecer que era vedado, na hipótese, o exercício de 
atividade material pela Administração. 
 
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32 (2016/FCC/AL-MS/Auxiliar de Enfermagem) Rafael, servidor público estadual e 
chefe de determinada repartição, no exercício de seu poder hierárquico, editou ato normativo, 
qual seja, resolução, a fim de ordenar a atuação de seus subordinados. A propósito do tema, 
a conduta de Rafael está 
a) correta, pois o poder hierárquico é mais abrangente e sempre engloba o poder normativo 
da Administração pública, também denominado de poder regulamentar. 
b) correta, pois insere-se dentro das atribuições próprias do poder hierárquico. 
c) incorreta, pois não se insere no âmbito de atribuições próprias do poder hierárquico, mas 
sim, do poder disciplinar. 
d) incorreta, pois não se insere no âmbito de atribuições próprias do poder hierárquico, mas 
sim, do poder de polícia, que também vigora entre os servidores e órgãos públicos. 
e) incorreta, pois não se insere no âmbito de atribuições próprias do poder hierárquico, mas 
sim, do poder normativo. 
 
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33 (2016/CESPE/TCE-PR/Analista de Controle) Assinale a opção correta, acerca dos 
poderes da administração pública. 
a) O poder regulamentar consiste na prerrogativa conferida à administração pública para 
alterar a legislação vigente sempre que o interesse público assim o exigir. 
b) O poder-dever da administração pública de punir as faltas cometidas por servidores 
públicos é imprescritível e demanda prévia apuração em processo administrativo em que 
sejam assegurados o contraditório e a ampla defesa. 
c) Em razão do poder-dever de agir do administrador público, toda omissão da administração 
pública é ilegal. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 112 
 
d) Configura-se excesso de poder no caso em que o agente, embora no âmbito da sua 
competência, não considera o interesse público, que deve nortear a atuação administrativa. 
e) Embora nem toda ilegalidade decorra de conduta abusiva, todo abuso de poder se reveste 
de ilegalidade. 
 
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34 (2016/FCC/SEGEP-MA/Auditor Fiscal da Receita Estadual) O poder de polícia 
caracteriza-se como atividade da Administração pública que impõe limites ao exercício de 
direitos e liberdades, tendo em vista finalidades de interesse público. Considere os atos ou 
contratos administrativos a seguir: 
I. concessão de serviços públicos. 
II. autorização para vendas de material de fogos de artifícios. 
III. permissão de serviços públicos. 
IV. concessão de licença ambiental para construção. 
Caracterizam-se como manifestação do poder de polícia APENAS os constantes em 
a) I e II. 
b) II e III. 
c) III e IV. 
d) II e IV. 
e) I e III. 
 
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35 (2016/FCC/SEGEP-MA/Auditor Fiscal da Receita Estadual) O processo disciplinar é 
derivado dos poderes: 
a) hierárquico e disciplinar. 
b) regulamentar e de polícia. 
c) disciplinar e de polícia. 
d) de polícia e hierárquico. 
e) hierárquico e regulamentar. 
 
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36 (2016/CESPE/TCE-PR/Nível Superior) Um agente de determinada autarquia estadual, 
em fiscalização de rotina, autuou estabelecimento comercial em razão de infração 
administrativa verificada. Procedeu ainda, naquela mesma ocasião, à interdição cautelar do 
estabelecimento em questão. 
Acerca dessa situação hipotética, do poder de polícia e da disciplina dos atos administrativos, 
assinale a opção correta. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 113 
 
a) Osatos administrativos praticados são dotados de presunção de veracidade e legitimidade, 
bem como de presunção absoluta de conformidade à lei. 
b) Se, na situação hipotética em questão, o administrador público tivesse agido motivado por 
vingança pessoal contra o proprietário do estabelecimento comercial, estaria configurada a 
nulidade do ato por abuso de poder na modalidade excesso de poder. 
c) Se, na situação hipotética em apreço, fosse aplicada pena de multa ao estabelecimento 
comercial, sua cobrança poderia ser executada diretamente pela administração pública. 
d) Na hipótese apresentada, a aplicação de punição administrativa ao estabelecimento 
comercial submete-se ao princípio da legalidade, uma vez que somente lei pode instituir 
sanções administrativas. 
e) Na hipótese em apreço, a interdição cautelar do estabelecimento comercial não poderia 
prescindir da observância do devido processo legal e somente poderia ser efetivada após o 
exercício do direito de defesa por parte do interessado. 
 
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37 (2016/FCC/SEGEP-MA/Procurador do Estado) A atividade de polícia administrativa 
a) pode ser exemplificada pela atuação das corregedorias, ao fiscalizar a atividades dos 
órgãos públicos. 
b) sempre é exercida de forma discricionária, sendo que tal característica é impositiva, em 
razão do princípio da proporcionalidade. 
c) nem sempre é prestada de forma gratuita pela Administração, havendo situações que 
implicam em onerosidade de seu exercício. 
d) é irrenunciável, de modo que não é possível a revogação de medidas de polícia 
administrativa, uma vez que tenham sido aplicadas pela autoridade competente. 
e) é dotada do atributo de imperatividade, que consiste na possibilidade que a Administração 
tem de executar suas decisões com seus próprios meios, sem necessidade de provocação do 
Poder Judiciário. 
 
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38 (2016/FCC/Prefeitura de Teresina – PI/Advogado) Nas palavras de José dos Santos 
Carvalho Filho, quando o “agente que elege a situação fática geradora da vontade, 
permitindo, assim, maior liberdade de atuação, embora sem afastamento dos princípios 
administrativos”, está se referindo ao poder discricionário dos agentes públicos, que demanda 
a 
a) previsão legal das opções postas ao administrador, bem como possibilita revogação pela 
própria Administração ou pelo Judiciário, preservado o mérito do ato administrativo. 
b) existência de opções juridicamente válidas para que o administrador possa exercer seu 
juízo de conveniência e oportunidade, o que não afasta a possibilidade de controle dessa 
atuação, tanto pela Administração, quanto pelo Judiciário e pelo Tribunal de Contas. 
c) revisão dos atos discricionários pela própria Administração ou pelo Poder Judiciário, não 
retroagindo efeitos seja no caso da anulação ou da revogação, em razão da presunção de 
veracidade que reveste os atos administrativos. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 114 
 
d) possibilidade de anulação de atos discricionários somente pela própria administração ou 
pelo Tribunal de Contas, nos casos de atos administrativos. 
e) análise pelo Poder Judiciário de todos os aspectos dos atos discricionários, anulando-os ou 
revogando-os diante do controle de políticas públicas realizado por esse Poder. 
 
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39 (2016/FCC/Prefeitura de Teresina – PI/Analista – Administrador) Os poderes da 
Administração pública lhe foram atribuídos para possibilitar o exercício de suas funções, que 
sempre devem ser norteadas em benefício da coletividade. Conferem, portanto, prerrogativas 
à Administração pública, que não são ilimitadas. É exemplo disso 
a) o poder normativo conferido à Administração, por meio da edição de decreto autônomo, 
que somente pode ter lugar sempre que houver lacunas ou ausência de lei. 
b) o poder hierárquico, que atribui dever de subordinação dos servidores aos seus superiores, 
cabendo a estes a apuração de infrações e aplicação de penalidades disciplinares. 
c) o exercício do poder disciplinar, que se estende aos particulares e empresas contratados 
pelo poder público para prestação de serviços em repartições públicas. 
d) o exercício do poder de polícia, que pode limitar os direitos individuais com algum grau de 
discricionariedade, mas sempre deve ter previsão legal. 
e) o exercício do poder normativo-disciplinar, que se exterioriza na edição de normas de 
conduta disciplinar, com elenco de infrações e sanções. 
 
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40 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Administração) Com relação 
à improbidade administrativa, julgue o próximo item. 
O abuso de poder é considerado crime de administração pública e é julgado na esfera cível. 
 
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41 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo) A respeito dos agentes públicos 
e dos poderes da administração pública, julgue o item que se segue. 
Quando um servidor detentor de cargo de chefia assina expediente em concordância com o 
conteúdo de ato elaborado por servidor subordinado, está caracterizada uma expressão do 
poder hierárquico. 
 
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42 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo) A respeito dos poderes da 
administração pública e dos serviços públicos, julgue o item que se segue. 
A prerrogativa da administração de impor sanções a seus servidores, independentemente de 
decisão judicial, decorre imediatamente do poder disciplinar e mediatamente do poder 
hierárquico. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 115 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
43 (2016/CESPE/TCE-PA/Auxiliar Técnico – Administração) Julgue o item 
subsequente, acerca dos atos e dos poderes administrativos. 
A discricionariedade administrativa fundamenta-se, entre outros elementos, na incapacidade 
da lei de prever todas as situações possíveis e regular minuciosamente a maneira de agir do 
agente público diante de cada uma delas. Assim, confere-se ao agente a prerrogativa de 
eleger, entre as condutas viáveis, a que se apresentar mais conveniente e oportuna à luz do 
interesse público. 
 
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44 (2016/CESPE/TCE-PA/Auxiliar Técnico – Administração) Julgue o item 
subsequente, acerca dos atos e dos poderes administrativos. 
Os atos decorrentes do poder regulamentar têm natureza originária e visam ao 
preenchimento de lacunas legais e à complementação da lei. 
 
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45 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Direito) O Congresso Nacional 
aprovou uma reforma administrativa proposta pelo presidente da República que reduziu o 
número de ministérios. Nesse contexto, o Ministério do Trabalho e Emprego e o Ministério da 
Previdência Social foram fundidos, tornando-se Ministério do Trabalho e Previdência Social. A 
partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir. 
A referida reforma administrativa poderia ter se materializado com a edição de decreto 
autônomo,em decorrência do poder regulamentar do presidente da República. 
 
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46 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Direito) Com base no 
disposto nas súmulas do Supremo Tribunal Federal relativas a direito administrativo, julgue o 
item subsequente. 
Insere-se na esfera de poder discricionário da administração pública a decisão de incluir o 
exame psicotécnico como fase de concurso para provimento de cargos públicos, o que pode 
ser feito mediante previsão em edital. 
 
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47 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Direito) Acerca dos servidores 
públicos, dos poderes da administração pública e do regime jurídico-administrativo, julgue o 
item que se segue. 
Situação hipotética: O proprietário de determinado restaurante recebeu notificação na qual 
constava a determinação de que a obra que havia sido irregularmente realizada na calçada do 
referido estabelecimento, para a colocação de mesas, teria de ser demolida. 
Assertiva: Nesse caso, decorrendo o prazo sem cumprimento da ordem, a administração 
poderá promover a demolição sob o manto da autoexecutoriedade dos atos administrativos e 
do poder de polícia. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 116 
 
 
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48 (2016/CESPE/PC-PE/Delegado de Polícia) Acerca dos poderes e deveres da 
administração pública, assinale a opção correta. 
a) A autoexecutoriedade é considerada exemplo de abuso de poder: o agente público poderá 
impor medidas coativas a terceiros somente se autorizado pelo Poder Judiciário. 
b) À administração pública cabe o poder disciplinar para apurar infrações e aplicar 
penalidades a pessoas sujeitas à disciplina administrativa, mesmo que não sejam servidores 
públicos. 
c) Poder vinculado é a prerrogativa do poder público para escolher aspectos do ato 
administrativo com base em critérios de conveniência e oportunidade; não é um poder 
autônomo, devendo estar associado ao exercício de outro poder. 
d) Faz parte do poder regulamentar estabelecer uma relação de coordenação e subordinação 
entre os vários órgãos, incluindo o poder de delegar e avocar atribuições. 
e) O dever de prestar contas aos tribunais de contas é específico dos servidores públicos; não 
é aplicável a dirigente de entidade privada que receba recursos públicos por convênio. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
49 (2016/CESPE/PC-PE/Agente de Polícia) Após investigação, foi localizada, no interior 
da residência de Paulo, farta quantidade de Cannabis sativa, vulgarmente conhecida por 
maconha, razão por que Paulo foi preso em flagrante pelo crime de tráfico de drogas. No 
momento de sua prisão, Paulo tentou resistir, motivo pelo qual os policiais, utilizando da força 
necessária, efetuaram sua imobilização. 
Nessa situação hipotética, foi exercido o poder administrativo denominado 
a) poder disciplinar, o qual permite que se detenham todos quantos estejam em 
desconformidade com a lei. 
b) poder regulamentar, que corresponde ao poder estatal de determinar quais práticas serão 
penalizadas no caso de o particular as cometer. 
c) poder hierárquico, devido ao fato de o Estado, representado na ocasião pelos policiais, ser 
um ente superior ao particular. 
d) poder discricionário, mas houve abuso no exercício desse poder, caracterizado pela 
utilização da força para proceder à prisão. 
e) poder de polícia, que corresponde ao direito do Estado em limitar o exercício dos direitos 
individuais em benefício do interesse público. 
 
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50 (2016/CESPE/TCE-SC/Auditor) Com base na doutrina e nas normas de direito 
administrativo, julgue o item que se segue. 
Situação hipotética: Diante da ausência de Maria, servidora pública ocupante de cargo de 
nível superior, João, servidor público ocupante de cargo de nível médio, recém-formado em 
Economia, elaborou determinado expediente de competência exclusiva do cargo de nível 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 117 
 
superior ocupado por Maria. Assertiva: Nessa situação, o servidor agiu com abuso de poder 
na modalidade excesso de poder. 
 
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51 (2016/CESPE/TCE-SC/Auditor de Controle Externo – Direito) Julgue o próximo 
item, a respeito de atos administrativos e poderes administrativos. 
O abuso de poder administrativo pode assumir tanto a forma comissiva quanto omissiva. 
 
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52 (2016/FCC/Prefeitura de Campinas – SP/Procurador) A desconcentração e a 
descentralização são formas de organização administrativa para exercício das funções 
executivas. Em relação aos poderes da Administração e essa forma de organização tem-se 
que 
a) o poder hierárquico mostra-se presente tanto na desconcentração, quanto na 
descentralização, na medida em que a Administração Central possui poder para autorizar ou 
rever atos praticados pelos órgãos e entes abrangidos por aquela organização administrativa. 
b) o poder normativo evidencia-se por meio dos decretos autônomos, adequados para 
instituição de pessoas jurídicas de direito público ou privado, por meio das quais se opera a 
descentralização. 
c) o poder normativo manifesta-se quando há utilização do método descentralização, pois é 
necessária edição de leis para instituição de outras pessoas jurídicas para as quais serão 
delegadas competências. 
d) o poder hierárquico manifesta-se presente nas relações de desconcentração, porque há 
relação de subordinação entre os órgãos da Administração e a Administração central, o que 
não se replica com as relações travadas entre esta e os entes da Administração indireta, 
ainda que se evidencie o poder de tutela. 
e) a desconcentração não se relaciona com o poder discricionário da Administração pública, 
porque este é restrito à Administração e Central, tendo em vista que os órgãos da 
Administração não são dotados de autonomia e personalidade jurídica própria, características 
que devem estar presentes para o exercício das atribuições inerentes àquele poder. 
 
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53 (2016/CESPE/TRT - 8ª Região (PA e AP)/Técnico Judiciário - Área 
Administrativa) Assinale a opção correta, a respeito dos poderes da administração. 
a) A autoexecutoriedade inclui-se entre os poderes da administração 
b) A existência de níveis de subordinação entre órgãos e agentes públicos é expressão do 
poder discricionário 
c) Poder disciplinar da administração pública e poder punitivo do Estado referem-se à 
repressão de crimes e contravenções tipificados nas leis penais. 
d) O poder regulamentar refere-se às competências do chefe do Poder Executivo para editar 
atos administrativos normativos. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 118 
 
e) O poder de polícia não se inclui entre as atividades estatais administrativas. 
 
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54 (2016/CESPE/TRT - 8ª Região (PA e AP)/Técnico Judiciário- Área 
Administrativa) A respeito do poder de polícia, assinale a opção correta. 
a) A competência, a finalidade, a forma, a proporcionalidade e a legalidade dos meios 
empregados pela administração são atributos do poder de polícia. 
b) O poder de polícia, quanto aos fins, pode ser exercido para atender a interesse público ou 
particular. 
c) O exercício do poder de polícia pode ser delegado a entidades privadas. 
d) A atuação do poder de polícia restringe-se aos atos repressivos 
e) Prescreve em cinco anos a pretensão punitiva da administração pública federal, direta e 
indireta, no exercício do poder de polícia. 
 
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55 (2016/FCC/Prefeitura de São Luiz – MA/Procurador Municipal) Determinada lei 
municipal, promulgada no início deste ano, estabelece que compete à Guarda Municipal, 
concomitantemente às suas demais atribuições, atuar na fiscalização, no controle e na 
orientação do trânsito, podendo para esse fim, inclusive, autuar condutores e aplicar multas 
previstas na legislação federal pertinente. À luz da disciplina constitucional e da 
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre a matéria, referida lei municipal é 
a) compatível com a Constituição da República, podendo a Guarda Municipal, inclusive, autuar 
condutores e aplicar multas previstas na legislação federal, por se tratar de legítimo exercício 
de poder de polícia, não exclusivo das entidades policiais. 
b) compatível com a Constituição da República apenas no que se refere à orientação do 
trânsito, atividade inerente às funções constitucionalmente atribuídas ao Município, em 
matéria de segurança viária. 
c) incompatível com a Constituição da República, por atribuir à Guarda Municipal funções de 
segurança pública, privativas das polícias militares estaduais. 
d) incompatível com a Constituição da República, por atribuir à Guarda Municipal funções 
estranhas à proteção de bens, serviços e instalações municipais. 
e) incompatível com a Constituição da República, por implicar invasão da competência 
privativa da União para legislar sobre trânsito e transporte. 
 
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56 (2016/CESPE/TJ-AM/Juiz de Direito) Os poderes administrativos são prerrogativas 
outorgadas aos agentes públicos para a consecução dos interesses da coletividade. A respeito 
desses poderes, assinale a opção correta. 
a) O pagamento de multa aplicada em decorrência do poder de polícia não pode configurar 
condição para que a administração pratique outro ato em favor do interessado. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 119 
 
b) O poder restritivo da administração, consubstanciado no poder de polícia, não se limita 
pelos direitos individuais. 
c) O poder vinculado refere-se à faculdade de agir atribuída ao administrador. 
d) Entre os poderes administrativos incluem-se o poder disciplinar, o poder regulamentar e o 
poder jurídico. 
e) Poder regulamentar é a prerrogativa concedida à administração pública de editar atos 
gerais para complementar as leis e permitir a sua efetiva aplicação. 
 
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57 (2016/FCC/TRT - 23ª REGIÃO (MT)/Analista Judiciário - Área Judiciária) O 
exercício dos poderes inerentes à função executiva e a regular atuação da Administração 
pública não estão dissociados da influência dos princípios que regem a Administração pública 
em toda sua atuação. Essa relação 
a) existente entre o poder disciplinar e o princípio da legalidade informa o poder de tutela 
exercido sobre os atos praticados pelos entes que integram a Administração indireta, 
permitindo que a Administração central promova a revisão dos mesmos para adequá-los à 
legalidade. 
b) que se forma entre o princípio da legalidade e o poder regulamentar autoriza a edição de 
atos de natureza originária nas hipóteses de organização administrativa e, nos demais casos, 
sempre que houver lacuna ou ausência de lei. 
c) expressa-se, no caso do poder de polícia, à submissão ao princípio da supremacia do 
interesse público, que fundamenta a atuação da Administração pública quando não houver 
fundamento legal para embasar as medidas de polícia. 
d) de subordinação aos princípios da legalidade e da impessoalidade não afasta a 
possibilidade de a Administração pública adotar medidas administrativas de urgência ou de 
firmar relações jurídicas diretamente com alguns administrados, sem submissão a 
procedimento de seleção público, desde que haja previsão legal para tanto. 
e) que impõe presunção de legitimidade e veracidade aos atos praticados pela Administração 
pública não admite revisão administrativa, somente questionamento judicial, cabendo ao 
administrado o ônus da prova em contrário. 
 
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58 (2016/FCC/TRT - 23ª REGIÃO (MT)/Analista Judiciário - Área Administrativa) 
Considere: 
I. A Administração pública não pode, no exercício do poder de polícia, utilizar-se de meios 
diretos de coação, sob pena de afronta ao princípio da proporcionalidade. 
II. O objeto da medida de polícia, isto é, o meio de ação, sofre limitações, mesmo quando a 
lei lhe dá várias alternativas possíveis. 
III. A impossibilidade de licenciamento de veículo enquanto não pagas as multas de trânsito 
corresponde a exemplo da utilização de meios indiretos de coação, absolutamente válido no 
exercício do poder de polícia. 
Está correto o que consta em 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 120 
 
a) I, II e III. 
b) II e III, apenas. 
c) I e III, apenas. 
d) I, apenas. 
e) II, apenas. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
59 (2016/CESPE/TRE-PI/Técnico de Administração) Determinada autoridade sanitária, 
após apuração da infração, em processo administrativo próprio, aplicou a determinada 
farmácia a pena de apreensão e inutilização de medicamentos que haviam sido colocados à 
venda, sem licença do órgão sanitário competente, por violação do disposto nas normas 
legais e regulamentares pertinentes. 
Nessa situação hipotética, a autoridade sanitária exerceu o poder 
a) hierárquico, em sua acepção de fiscalização de atividades. 
b) hierárquico, em sua acepção de imposição de ordens. 
c) disciplinar, em razão de ter apurado infração e aplicado penalidade. 
d) regulamentar, em razão de ter constatado violação das normas regulamentares 
pertinentes. 
e) de polícia, em razão de ter limitado o exercício de direito individual em benefício do 
interesse público. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
60 (2016/CESPE/TRE-PI/Analista Judiciário) Determinado agente público, valendo-se 
de sua função e no exercício do poder de polícia, aplicou multa manifestamente descabida a 
um desafeto pessoal. 
Nessa situação, o ato administrativo 
a) funda-se em discricionariedade administrativa, razão por que somente está sujeito a 
controle pela via administrativa, restando a via judicial como alternativa subsidiária. 
b) é passível de convalidação, se evidenciada a existência de razão justificadora da sanção. 
c) atenta contra a moralidade administrativa, se conhecidos os verdadeiros motivos 
subjacentes à sua prática. 
d) foi praticado com excesso de poder. 
e) dispensa motivação expressa, o que dificulta seu controle. 
 
---------------------------------------------------------------------------------------------------61 (2016/CESPE/DPU/Nível Superior) Tendo como referência as normas do direito 
administrativo, julgue o próximo item. 
Constitui manifestação do poder disciplinar da administração pública a aplicação de sanção a 
sociedade empresarial no âmbito de contrato administrativo. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 121 
 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
62 (2016/CESPE/DPU/Nível Superior) Tendo como referência as normas do direito 
administrativo, julgue o próximo item. 
A interdição de restaurante por autoridade administrativa de vigilância sanitária constitui 
exemplo de manifestação do exercício do poder de polícia. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
63 (2016/CESPE/DPU/Técnico em Assuntos Educacionais) No que se refere aos 
poderes da administração pública e aos serviços públicos, julgue o item subsecutivo. 
Configura-se desvio de poder ou de finalidade quando o agente atua fora dos limites de suas 
atribuições, ou seja, no caso de realizar ato administrativo não incluído no âmbito de sua 
competência. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
64 (2016/CESPE/DPU/Técnico em Assuntos Educacionais) No que se refere aos 
poderes da administração pública e aos serviços públicos, julgue o item subsecutivo. 
O poder de polícia, decorrente da supremacia geral do interesse público, permite que a 
administração pública condicione ou restrinja o exercício de atividades, o uso e gozo de bens 
e direitos pelos particulares, em nome do interesse público. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
 
 
GABARITO 
1-D 2-C 3-C 4-E 5-C 6-B 7-D 8-A 9-C 10-A 
11-C 12-C 13-C 14-C 15-E 16-E 17-C 18-E 19-C 20-C 
21-E 22-E 23-E 24-A 25-A 26-E 27-E 28-E 29-E 30-B 
31-C 32-B 33-E 34-D 35-A 36-D 37-C 38-B 39-D 40-E 
41-C 42-C 43-C 44-E 45-E 46-E 47-C 48-B 49-E 50-C 
51-C 52-D 53-D 54-E 55-A 56-E 57-D 58-B 59-E 60-C 
61-C 62-C 63-E 64-C 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 122 
 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
 
Ato administrativo é uma espécie de ato jurídico de direito público, ou seja, suas 
características distinguem-no do ato jurídico de direito privado. Ex. atributos dos atos 
administrativos 
Segundo Di Pietro, é uma declaração unilateral do Estado ou de quem o represente que 
produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob o regime jurídico de Direito 
Público e sujeita a controle pelo Poder Judiciário. 
 
1 ATOS DA ADMINISTRAÇÃO 
São todos os atos editados pela Administração Pública, independentemente se forem regidos 
predominantemente pelo direito privado ou pelo direito público. Podemos dizer que os atos da 
administração incluem os atos administrativos (regidos pelo direito público). 
São espécies de atos da administração: 
a) atos de direito privado (a exemplo de uma doação ou locação) 
b) atos materiais (atos que envolvem apenas a execução de uma atividade – demolição) 
c) atos de conhecimento, opinião, juízo ou valor (atestados e certidões) 
d) atos políticos 
e) atos normativos 
f) atos administrativos propriamente ditos 
 
1.1 FATOS DA ADMINISTRAÇÃO E FATOS ADMINISTRATIVOS 
Podemos afirmar que FATO é um acontecimento. Alguns fatos, inclusive, podem acontecer 
independentemente da vontade da administração. 
ATO ADMINISTRATIVO
DECLARAÇÃO UNILATERAL
EXERCÍCIO DA FUNÇÃO ADMINISTRATIVA
REALIZADO POR AGENTE PÚBLICO OU 
PARTICULARES EM COLABORAÇÃO
REGIDO PELO DIREITO PÚBLICO
PRODUZ EFEITOS JURÍDICOS IMEDIATOS
SUJEITO AO CONTROLE JUDICIAL
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 123 
 
Fatos da Administração são os acontecimentos no âmbito da administração pública e que 
não possuem repercussão no Direito Administrativo. Ex. café derramado na toalha pelo 
servidor (não há efeito jurídico nesse acontecimento, basta a toalha ser limpa novamente). 
Fatos Administrativos são os acontecimentos no âmbito da administração pública e que 
possuem repercussão no Direito Administrativo. Ex. se o mesmo café derramado na toalha 
danificar a referida toalha, causando um prejuízo de trinta reais, o servidor terá que indenizar 
a administração pública nesse valor. 
OBS: também serão considerados fatos administrativos qualquer realização material 
decorrente da função administrativa (atos materiais). Ex. construção de uma estrada, 
limpeza de ruas, interdição de estabelecimento. Normalmente os atos materiais são 
decorrentes de um ato administrativo. 
OBS: a OMISSÃO da administração pública é considerada um fato administrativo, quando 
esse silêncio produzir efeitos jurídicos. Ex: a decadência do direito de a administração anular 
um ato administrativo. 
OBS: por fim, os eventos naturais e que produzam efeitos jurídicos no âmbito da 
administração, também serão considerados fatos administrativos. Ex. morte de um servidor, 
nascimento de filho de servidora, raio que incendiou a repartição pública. 
 
ELEMENTOS (Co Fi Fo Mo Ob) e ATRIBUTOS (PATI) do ato administrativo 
 
ELEMENTOS: partes do ato ATRIBUTOS: características do ato 
COmpetência: poder atribuído 
FInalidade: interesse público (resultado 
mediato) 
FOrma: como o ato vem ao mundo 
Motivo: pressupostos de fato e de direito 
Objeto: conteúdo (resultado imediato) 
 
Presunção de legitimidade: conformidade 
do ato com a ordem jurídica e veracidade 
dos fatos (sempre existe). 
Autoexecutoriedade: permite que a 
Administração atue independente de 
autorização judicial. 
Tipicidade: vem sempre definido em lei. 
Imperatividade: faz com que o destinatário 
deva obediência ao ato, independente de 
concordância. 
 
 
2 ELEMENTOS OU REQUISITOS DO ATO ADMINISTRATIVO 
2.1 COMPETÊNCIA 
A competência ou o sujeito do ato administrativo é o poder legal conferido ao agente público 
para o desempenho das atribuições do seu cargo. 
O elemento competência sempre será vinculado. 
Caso o agente público atue fora dos limites da sua competência, temos presente o abuso de 
poder, na modalidade excesso de poder. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 124 
 
Nem sempre o ato com vício de competência deve, obrigatoriamente, ser anulado. Exceto 
quanto tratar-se de competência exclusiva ou competência em razão da matéria, o ato 
poderá ser CONVALIDADO. 
 
CARACTERÍSTICAS DA COMPETÊNCIA: 
1 – é irrenunciável – como é prevista em lei, é de exercício obrigatório pelo agente público. 
2 – é inderrogável – a competência não se transfere por acordo ou vontade das partes. 
3 – é improrrogável – significa que a inércia das partes em não alegar a incompetência de 
determinado sujeito não o torna competente. Ex. multa de trânsito expedida por autoridade 
incompetente. 
4 – é intransferível – a titularidade sempre permanece a mesma, na delegação ou 
avocação, o que se transfere temporariamente é o exercício da competência. 
5 – é imprescritível – o exercício da competência não prescreve com o lapso temporal. 
 
DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA 
Os artigos 11 ao 14, da lei 9.784/99, trazem algumas condições e características acerca da 
delegação de competência: 
- a regra geral é a possibilidade de delegação de competência, a qual somente não é 
admitida se houver impedimento legal; 
- a delegação pode ser feita para órgãos ouagentes subordinados, mas ela também é 
possível mesmo que não exista subordinação hierárquica; 
- a delegação deve ser de apenas parte da competência do órgão ou agente, não de todas as 
suas atribuições; 
- a delegação será sempre por prazo determinado; 
- o ato de delegação é um ato discricionário e é revogável a qualquer tempo pelo 
delegante; 
- o ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial; 
- o ato praticado por delegação deve mencionar expressamente esse fato e é considerado 
adotado pelo delegado, ou seja, a responsabilidade recai sobre ele. 
 
Atos que não podem ser delegados (art. 13 da Lei 9.784/99): 
1- A edição de atos de caráter normativo 
2- A decisão de recursos administrativos 
3- As matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. 
 
AVOCAÇÃO DE COMPETÊNCIA 
É o ato em que o superior hierárquico traz para si o exercício temporário de determinada 
competência atribuída por lei a subordinado. 
OBS: não é possível a avocação de competência quando se tratar de competência 
exclusiva do subordinado. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 125 
 
 
2.2 FINALIDADE 
A finalidade é requisito essencial de validade dos atos administrativos, que constitui o 
seu necessário direcionamento a um fim de interesse público, indicado expressa ou 
implicitamente na norma legal, embasadora de sua realização. 
A finalidade sempre é elemento VINCULADO. 
Decorre do princípio da IMPESSOALIDADE. 
A finalidade é o efeito jurídico mediato (secundário) que o ato administrativo produz. O 
efeito jurídico imediato que o ato produz é o objeto (conteúdo) do ato. 
A finalidade do ato administrativo deve ser atingida tanto em sentido amplo (interesse 
público) como em sentido estrito (finalidade específica, prevista em lei) para que 
seja considerado válido. 
O desatendimento a qualquer das finalidades de um ato administrativo – geral ou específica – 
configura vício insanável, devendo o ato ser anulado. Lembre-se que o gênero abuso de 
poder se subdivide em duas espécies: excesso de poder (vício na competência) e desvio de 
poder (vício na finalidade ampla ou estrita de qualquer ato administrativo). 
 
2.3 FORMA 
A forma é o modo de exteriorização dos atos administrativos. Via de regra, os atos 
administrativos exigem a forma escrita, porém, existem atos administrativos não escritos: 
ordens verbais, gestos, apitos, sinais luminosos, etc. 
Atualmente, regra geral, a forma é elemento VINCULADO dos atos administrativos. 
Via de regra, o vício de forma pode ser convalidado. No entanto, sempre que a lei 
expressamente exigir determinada forma para que um ato administrativo seja considerado 
válido, a inobservância dessa exigência acarretará a nulidade do ato. 
OBS: a motivação – declaração escrita dos motivos que ensejaram a prática do ato – 
integra o elemento forma do ato administrativo. A ausência de motivação, quando 
obrigatória, acarreta a nulidade do ato, por vício de forma. 
 
2.4 MOTIVO 
O motivo é o pressuposto de fato e de direito que determina a prática do ato. É a causa 
imediata do ato administrativo. Ex. a lei diz que o servidor tem direito a 5 dias de licença 
paternidade. Se um servidor requerer a licença e provar o nascimento do filho (pressuposto 
de fato), a administração, verificando que a situação fática se encaixa na hipótese prevista na 
lei (pressuposto de direito), pratica o ato. 
O motivo pode ser VINCULADO ou DISCRICIONÁRIO. 
Quando o motivo é INEXISTENTE ou ILEGÍTIMO, o vício é insanável e o ato deve ser 
ANULADO. 
 
MOTIVAÇÃO 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 126 
 
Motivo e motivação são coisas diferentes. A motivação é a declaração por escrito do 
motivo que determinou a prática do ato. Todos os atos possuem motivo, porém, alguns 
atos o motivo não precisa ser declarado. A motivação deve ser prévia ou concomitante à 
edição do ato. 
A motivação é obrigatória nos atos vinculados e sua exigência é a regra nos atos 
discricionários (Di Pietro). Exemplo de motivação discricionária mais cobrada em provas é a 
nomeação e exoneração ad nutum de servidor para cargo em comissão pela administração 
pública. 
Como já visto, a motivação faz parte do elemento FORMA dos atos administrativos. 
 
ATOS QUE OBRIGATORIAMENTE DEVEM SER MOTIVADOS (art. 50, Lei 9.784/99) 
I – neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses 
II – imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções 
III – decidam processos administrativos de concurso ou seleção 
IV – dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório 
V – decidam recursos administrativos 
VI – decorram de reexame de ofício 
VII – deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, 
laudos, propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato 
VIII – importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo 
 
TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES 
Segundo essa teoria, o motivo alegado pelo agente público, no momento da edição do ato, 
deve corresponder à realidade, tem que ser verdadeiro. 
Caso se comprove que não ocorreu a situação declarada, ou a inadequação entre a situação 
ocorrida (pressuposto de fato) e o motivo descrito na lei (pressuposto de direito), o ato será 
nulo. 
A teoria dos motivos determinantes só se aplica aos atos em que houve motivação, sejam os 
atos discricionários ou vinculados. 
ESAF: de acordo com a teoria dos motivos determinantes, a situação fática que determinou e 
justificou a prática de ato administrativo passa a integrar a sua validade. 
CESPE: de acordo com a teoria dos motivos determinantes, o agente que pratica um ato 
discricionário, embora não havendo obrigatoriedade, opta por indicar os fatos e fundamentos 
jurídicos da sua realização, passando estes a integrá-lo e a vincular, obrigatoriamente, a 
administração, aos motivos ali expostos. 
 
2.5 OBJETO (CONTEÚDO DO ATO) 
Pode-se dizer que o objeto é o efeito jurídico imediato que o ato produz. EX. o objeto 
de uma licença paternidade é a própria concessão da licença. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 127 
 
De acordo com a doutrina em geral, nos atos vinculados o motivo e o objeto serão sempre 
vinculados e nos atos discricionários, o motivo e o objeto são discricionários. Desse modo, o 
que nos permite verificar se o ato é vinculado ou discricionário é o motivo e o objeto.0068 
 
MÉRITO ADMINISTRATIVO 
Segundo os professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, mérito administrativo é o poder 
conferido pela lei ao agente público para que ele decida sobre a oportunidade e conveniência 
de praticar determinado ato discricionário, e escolha o conteúdo desse ato, dentro dos limites 
estabelecidos na lei. Vale repetir, só existe mérito administrativo em atos 
discricionários. 
O Poder Judiciário exercendo a função jurisdicional, nunca vai adentrar no mérito 
administrativo (motivo e objeto) dos atos administrativos. Ele pode controlar apenas a 
legalidade de um ato administrativo. Assim, o Poder Judiciário jamais irá revogar um ato 
administrativo no exercício da função jurisdicional por motivos de conveniência e 
oportunidade, nesse caso, ele apenas poderá anular o ato quando ilegal. 
 
 
3 ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO (PATI) 
3.1 PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE 
Significa dizer que todos os atos são legítimos, ou seja, todos os atos foram editados 
conforme o direito. Essa presunção é relativa (juris tantum), isto é, admite prova em 
contrário. O ônus da provada existência de vício no ato administrativo é de quem 
alega, ou seja, do administrado. 
Esse atributo (ou qualidade) está presente em TODOS os atos administrativos. 
Presunção de legitimidade: presume-se que o ato foi praticado conforme a lei. 
Presunção de veracidade: presume-se que os fatos alegados pela Administração são 
verdadeiros. 
(CESPE/TCE-PA/2016) A presunção de legitimidade dos atos administrativos está 
relacionada à sujeição da administração ao princípio da legalidade. 
 
3.2 IMPERATIVIDADE 
É a possibilidade de a administração pública, unilateralmente, criar obrigações para os 
administrados, ou impor-lhes obrigações, independente de sua concordância ou sua 
aquiescência. 
É decorrência direta do poder extroverso do Estado. 
Não está presente em todos os atos administrativos. Está presente apenas nos atos 
que impõem obrigações ou restrições. Não está presente nos atos enunciativos (ex: 
certidão, parecer) e nos atos que conferem direitos (ex: licença ou autorização de bem 
público). 
 
3.3 AUTOEXECUTORIEDADE 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 128 
 
São os atos que podem ser implementados, diretamente, inclusive mediante o uso da força, 
se necessária, sem que a administração precise obter autorização judicial prévia. 
Não está presente em todos os atos administrativos 
Exemplo de ato NÃO revestido de autoexecutoriedade é a cobrança de multa, quando 
resistida pelo particular. Assim, se a administração quiser receber a quantia desejada, deverá 
acionar o Poder Judiciário, através de uma ação de cobrança chamada execução fiscal. 
Segundo a doutrina, a autoexecutoriedade está presente quando a lei expressamente a prevê 
e em situações de urgência. 
Atos autoexecutórios mais comuns: 
- atos de polícia 
- de interdição e demolição de prédios ameaçados de desabar 
- de apreensão de mercadorias impróprias para o consumo 
- dissolução de uma passeata 
 
3.4 TIPICIDADE 
Segundo Di Pietro, “é o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras 
definidas previamente pela lei como aptas a produzir determinados resultados.” 
Cada espécie de ato administrativo requer a devida previsão legal. 
Impede a prática de atos inominados (atos sem previsão legal). 
(CESPE/TCE-PA/2016) Em decorrência do atributo da tipicidade, quando da prática de ato 
administrativo, devem-se observar figuras definidas previamente pela lei, o que garante 
aos administrados maior segurança jurídica. 
 
 
4 – EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 
4.1 ANULAÇÃO 
Ocorre a anulação quando há algum tipo de vício no ato, relativo à legalidade ou legitimidade. 
Na anulação sempre ocorre um controle de legalidade, nunca um controle de mérito. 
A anulação pode ser realizada pela própria administração, de ofício ou mediante 
provocação, ou pelo Poder Judiciário, quando provocado. 
Os vícios de legalidade podem ser sanáveis ou não. Quando forem insanáveis, o ato 
deve ser obrigatoriamente anulado. Caso os vícios forem sanáveis, o ato pode tanto ser 
anulado como convalidado. A convalidação é ato discricionário, privativo da 
administração. 
Tanto os atos vinculados como os discricionários são passíveis de anulação. No 
entanto, nos atos discricionários, não pode haver anulação por questões de mérito 
administrativo, ou seja, um ato não pode ser anulado por ser considerado inconveniente ou 
inoportuno. 
A anulação de um ato administrativo gera efeitos retroativos (ex tunc). Porém, 
devem ser resguardados os efeitos já produzidos em relação aos terceiros de boa-fé. Vale 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 129 
 
lembrar que o ato nulo não gera direitos adquiridos, o que ocorre, é que os efeitos já 
produzidos até a data da sua anulação, perante terceiros de boa-fé, não serão desfeitos. 
STF: qualquer ato da administração pública que tiver o condão de repercutir sobre a esfera 
de interesses do cidadão deverá ser precedido de procedimento em que se assegure ao 
interessado o efetivo exercício do direito ao contraditório e à ampla defesa (RE 594.296/MG). 
Vale destacar, ainda, que essa decisão vale para todas as formas de desfazimento dos atos 
administrativos (revogação, anulação, cassação, etc) e não só para os casos de anulação. 
De acordo com o art. 54 da Lei 9784/99, é de 5 anos o prazo para a anulação de atos 
administrativos ilegais, quando os efeitos do ato forem favoráveis ao administrado, 
salvo comprovada a má-fé (o ônus da prova, nesse caso, é da administração). 
 
4.2 REVOGAÇÃO 
A revogação é a retirada, do mundo jurídico, de um ato VÁLIDO, mas que se tornou 
inconveniente ou inoportuno. 
Somente os atos administrativos discricionários podem ser revogados, decorre 
exclusivamente de critérios de conveniência e oportunidade da administração pública. 
A revogação de um ato administrativo gera efeitos prospectivos (ex nunc), porquanto 
o ato revogado era válido, não possuía vício nenhum. Devem-se respeitar os direitos 
adquiridos. 
Somente pode revogar um ato administrativo aquele que praticou o ato. O Poder 
Judiciário jamais poderá revogar um ato administrativo editado pela administração 
pública. No entanto, o Poder Judiciário poderá revogar os seus próprios atos quando no 
exercício de sua função administrativa (função atípica). 
 
ATOS QUE NÃO PODEM SER REVOGADOS 
- os atos vinculados 
- os atos consumados (que exauriram os seus efeitos) 
- os atos que integram um procedimento 
- os atos que já geraram direitos adquiridos 
- os meros atos administrativos (certidões, atestados, votos e pareceres) 
DICA: (VC PODE DÁ? Não porque não pode revogar) 
OBS: tanto a revogação como a anulação de atos administrativos pela própria 
administração pública são decorrências do denominado poder de 
AUTOTUTELA administrativa (Súmula 473/STF). 
Súmula n. 473/STF: a administração pode anular seus próprios atos, quando eivados 
de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-
los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, 
e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 130 
 
EFEITO REPRISTINATÓRIO DA REVOGAÇÃO E ANULAÇÃO: De acordo com Matheus 
Carvalho, assim como ocorre nos casos de anulação, na revogação de atos, não há o efeito 
repristinatório, ou seja, a retirada, por razões de conveniência e oportunidade, do ato X que 
havia revogado o ato Y, não gera o retorno do ato Y ao ordenamento jurídico, salvo 
disposição expressa no ato que determinou a revogação do ato X." (CARVALHO, Matheus. 
Manual de Direito Administrativo. 3ª ed. p. 288-289). 
(CESPE/2016/PC-GO/ESCRIVÃO) A revogação, pela administração, de ato administrativo 
que tenha revogado um primeiro ato produzirá como efeito automático e imediato a 
revalidação desse primeiro ato, que passará novamente a surtir efeitos normalmente. 
GABRITO: INCORRETO 
 
4.3 CASSAÇÃO 
É a extinção de um ato administrativo quando o beneficiário deixa de cumprir os 
requisitos que deveria estar cumprindo. 
Na maioria das vezes, a cassação é uma forma de sanção para o particular que deixou 
de cumprir as condições exigidas para a manutenção de um determinado ato. Ex. licença para 
construir e licença para o exercício de uma profissão. 
 
OUTRAS FORMAS DE EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 
Extinção natural: cumprimento dos efeitos do ato; 
Extinção subjetiva: desaparecimento do sujeito (ex: falecimento do servidor que estava em 
licença); 
Extinçãoobjetiva: desaparecimento do objeto (ex: destruição do bem objeto de autorização 
de uso); 
Caducidade: norma jurídica posterior tornou inviável a permanência da situação antes 
permitida pelo ato; 
Contraposição: edição posterior de ato cujos efeitos se contrapõem ao anteriormente 
emitido (ex: exoneração versus nomeação); 
Renúncia: o próprio beneficiário abre mão de uma vantagem de que desfrutava. 
Conversão: atinge ato inválido, mudando-o para outra categoria, para que se aproveitem os 
efeitos já produzidos. 
 
 
5 CONVALIDAÇÃO DE ATOS ADMINISTRATIVOS 
Como já vimos, os atos com vícios de legalidade ou legitimidade devem ser anulados, ou pela 
própria administração (de ofício ou quando provocada) ou pelo Poder Judiciário (quando 
provocado). No entanto, em alguns poucos casos, os vícios de legalidade dão origem a atos 
meramente anuláveis, ou seja, atos que, a critério da administração pública, poderão ser 
anulados ou convalidados (corrigidos). 
O art. 55 da Lei 9.784/99, aponta três condições para que o ato possa ser convalidado: 
I- Defeito sanável 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 131 
 
II- O ato não acarretar lesão ao interesse público 
III- O ato não acarretar prejuízo a terceiros 
Os defeitos sanáveis são: 
a) Vícios relativos à competência quanto à pessoa (não quanto à matéria), desde que 
não se trate de competência exclusiva; 
b) Vício de forma, desde que a lei não considere a forma elemento essencial à validade 
daquele ato. 
OBS: O Poder Judiciário não pode convalidar atos administrativos de outros poderes (só 
poderá convalidar os seus próprios atos quando exercendo a sua função atípica de 
administrar). 
OBS: a convalidação é um ato discricionário para a administração, isto é, ela poderá 
convalidar o ato por juízo de conveniência e oportunidade administrativas. 
OBS: a convalidação pode recair tanto sobre atos discricionários ou vinculados, porquanto o 
controle é de legalidade (vício na competência ou forma) e não de mérito administrativo. 
OBS: em regra a convalidação é realizada pela própria administração, mas 
eventualmente poderá ser feita pelo administrado, quando a edição do ato dependia da 
manifestação de sua vontade e a exigência não foi observada. 
OBS: a convalidação é de atos ilegais 
OBS: a convalidação possui efeitos retroativos. 
Abaixo, segue um quadro retirado do livro dos professores Marcelo Alexandrino e Vicente 
Paulo, sintetizando as principais diferenças entre a anulação, a revogação e a convalidação de 
atos administrativos descrita no art. 55 da Lei 9.784/1999.3 
ANULAÇÃO REVOGAÇÃO CONVALIDAÇÃO 
Retirada de atos inválidos, 
com vícios, ilegais. 
Retirada de atos válidos, sem 
qualquer vício. 
Correção de atos com vícios 
sanáveis, desde que tais atos 
não tenham acarretado lesão 
ao interesse público nem 
prejuízo a terceiros. 
Opera retroativamente, 
resguardados os efeitos já 
produzidos perante terceiros 
de boa-fé. 
Efeitos prospectivos; não é 
possível revogar atos que já 
tenham gerado direito 
adquirido. 
Opera retroativamente. 
Corrige o ato, tornando 
regulares os seus efeitos, 
passados e futuros. 
Pode ser efetuada pela 
administração, de ofício ou 
provocada, ou pelo 
Judiciário, se provocado. 
Só pode ser efetuada pela 
própria administração que 
praticou o ato. 
Só pode ser efetuada pela 
própria administração que 
praticou o ato. 
Pode incidir sobre atos 
vinculados e discricionários, 
exceto sobre o mérito 
administrativo. 
Só incide sobre atos 
discricionários (não existe 
revogação de ato vinculado). 
Pode incidir sobre atos 
vinculados e discricionários. 
 
3 Resumo de direito administrativo descomplicado / Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo – 9. ed. rev. e atual. – Rio de 
Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2016; p. 181. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 132 
 
A anulação de ato com vício 
insanável é um ato 
vinculado. A anulação de 
ato com vício sanável que 
fosse passível de 
convalidação é um ato 
discricionário. 
A revogação é um ato 
discricionário. 
A convalidação é um ato 
discricionário. Em tese, a 
administração pode optar por 
anular o ato, mesmo que ele 
fosse passível de 
convalidação. 
 
 
6 CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 
6.1 QUANTO AO GRAU DE LIBERDADE 
Atos vinculados: a lei fixa os requisitos e condições de sua realização, não deixando 
liberdade de ação para a Administração. 
Atos discricionários: a Administração tem liberdade de ação dentro de determinados 
parâmetros previamente definidos em lei. 
Há discricionariedade nos elementos motivo e objeto dos atos administrativos. 
Os atos discricionários podem ser tanto anulados (controle de legalidade) como revogados 
(controle de mérito) 
O controle judicial dos atos discricionários refere-se apenas a aspectos de legalidade do 
referido ato. 
 
6.2 QUANTO AOS DESTINATÁRIOS 
Atos gerais: possuem destinatários indeterminados; são dotados de generalidade e 
abstração; prevalecem sobre os atos individuais. Ex: atos normativos. 
Atos individuais: possuem destinatários certos e determinados; pode ser um destinatário 
(ato singular) ou vários (ato plúrimo). Ex: nomeação, exoneração, autorização, licença. 
 
6.3 QUANTO À SITUAÇÃO DE TERCEIROS 
Atos internos: atingem apenas o órgão que os editou. Ex: portaria de remoção de servidor. 
Atos externos: também atingem terceiros. Ex: multas a empresas contratadas, editais de 
licitação, atos normativos etc. 
 
6.4 QUANTO À FORMAÇÃO DE VONTADE 
Atos simples: decorrem da manifestação de um único órgão, unipessoal ou colegiado. Ex: 
despacho de um chefe de seção, decisões de conselhos administrativos. 
Atos complexos: decorrem de duas ou mais manifestações de vontade autônomas, 
provenientes de órgãos diversos (há um ato único). Ex: aposentadoria de servidor 
estatutário, portarias conjuntas. 
Segundo o STF, a nomeação de ministros de Tribunal Superior é exemplo de ato 
complexo. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 133 
 
Atos compostos: resulta da manifestação de dois ou mais órgãos, em que a vontade de um 
é instrumental em relação à do outro (existem dois atos). Ex: autorização que depende de 
visto. 
 
6.5 QUANTO ÀS PRERROGATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO 
Atos de império: Atos administrativos de império são aqueles praticados de ofício pelos 
agentes públicos e impostos de maneira coercitiva aos administrados, os quais estão 
obrigados a obedecer-lhes. Ex: desapropriação. 
Atos de gestão: Atos administrativos de gestão são atos praticados pela administração 
pública como se fosse pessoa privada, o que afasta a supremacia que lhe é peculiar em 
relação aos administrados. Ex: alienação de bens, aluguéis de imóveis. 
Atos de expediente: se destinam a dar andamento aos processos e papeis administrativos, 
sem qualquer conteúdo decisório. Ex: protocolo de documentos. 
 
6.6 QUANTO AOS EFEITOS 
Ato constitutivo, extintivo ou modificativo: respectivamente criam, extinguem ou 
modificam direitos e obrigações para seus destinatários. Ex: licenças, nomeações, 
aplicação de sanções (constitutivos); cassação de autorização, demissão de servidor 
(extintivos); alteração de horário de funcionamento do órgão (modificativo). 
Ato declaratório: atesta um fato ou reconhece um direito ou uma obrigação que já existia 
antes do ato. Ex: expedição de certidões e atestados.6.7 QUANTO AOS REQUISITOS DE VALIDADE 
Ato válido: é aquele praticado em conformidade com a lei, sem nenhum vício. 
Ato nulo: é aquele que nasce com vício insanável. Ex: ato com motivo inexistente, ato com 
objeto não previsto em lei e ato praticado com desvio de finalidade. 
Ato anulável: é o que apresenta vício sanável. Ex: vícios de competência e de forma 
(regra). 
Ato inexistente: apenas tem aparência de ato administrativo, mas, em verdade, não chega 
a entrar no mundo jurídico, por falta de um elemento essencial. Ex: usurpador de função. 
64811190068 
6.8 QUANTO À EXEQUIBILIDADE 
Ato perfeito: aquele que já concluiu todas as etapas da sua formação. 
Ato eficaz: é o ato perfeito que já está apto a produzir efeitos, não dependendo de nenhum 
evento posterior, como termo, condição, aprovação, autorização etc. 
Ato pendente: é o ato perfeito que ainda depende de algum evento posterior para produzir 
efeitos. 
Ato consumado: é o que já produziu todos os efeitos que estava apto a produzir. 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 134 
 
7 ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS (NONEP) 
7.1 ATOS NORMATIVOS 
Possuem efeitos gerais e abstratos, atingindo todos aqueles que se situam em idêntica 
situação jurídica (não têm destinatários determinados) Correspondem aos atos gerais. 
Não podem inovar o ordenamento jurídico (ao contrário das leis). 
Atos normativos são leis em sentido material (e não em sentido formal), pois possuem 
conteúdo de leis, porém não passaram pelo procedimento legislativo constitucional. 
Não podem ser objeto de impugnação direta por meio de recursos administrativos ou 
ação judicial ordinária; devem ser impugnados por ação direta de 
inconstitucionalidade. Exemplos: regulamentos, portarias, circulares, instruções 
normativas. 
 
7.2 ATOS ORDINATÓRIOS 
São os atos com efeitos internos, endereçados aos servidores públicos, que visam a 
disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus agentes. 
Possuem fundamento no poder hierárquico; de regra, não atingem os particulares em 
geral. 
São inferiores em hierarquia aos atos normativos. Exemplos: portarias de delegação de 
competência, circulares internas, ordens de serviço, avisos. 
 
7.3 ATOS NEGOCIAIS 
São aqueles em que a vontade da Administração coincide com o interesse do administrado. 
Representam a anuência prévia da Administração para o particular realizar determinada 
atividade de interesse dele, ou exercer determinado direito (atos de consentimento). 
Não cabe falar em imperatividade, coercitividade ou autoexecutoriedade nos atos negociais. 
Licença: 
Ato administrativo vinculado e definitivo. Permite ao particular exercer direitos 
subjetivos. 
Não pode, em regra, ser revogada (exceto licença para construir). Admite apenas 
cassação (vício na execução) ou anulação (vício na origem). Pode gerar direito a 
indenização ao particular, caso ele não tenha dado causa à invalidação da licença. 
 
Autorização: 
Ato administrativo discricionário e precário. Permite ao particular exercer atividades 
materiais, prestar serviços públicos ou utilizar bem público. 
Pode ser revogada a qualquer tempo pela Administração, em regra, sem a 
necessidade de pagar indenização ao interessado. 
 
Permissão: 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 135 
 
Ato administrativo discricionário e precário. Enquanto ato administrativo, refere-
se apenas ao uso de bem público; em caso de delegação de serviços públicos, a 
permissão deve ser formalizada mediante um contrato de adesão, precedido de 
licitação (ou seja, não constitui um ato administrativo). 
Outros exemplos: admissão, aprovação e homologação. 
64811190068 
7.4 ATOS ENUNCIATIVOS 
São aqueles que atestam ou certificam uma situação preexistente (ex: certidões e 
atestados) ou que emitem uma opinião para preparar outro ato de caráter decisório 
(pareceres). 
A rigor, não constituem uma manifestação de vontade da Administração; por isso, são 
considerados meros atos da Administração (são atos administrativos apenas em sentido 
formal, mas não material). 
Exemplos: 
certidão (cópia fiel de informações registradas em livros ou banco de dados); 
atestado (declaração sobre fato que não consta em livro ou arquivo); 
parecer (pode ser obrigatório ou facultativo e, em alguns casos, pode ter efeito vinculante); 
apostila (averbação para corrigir ou atualizar dados). 
OBS: caso um parecer seja adotado como fundamento para uma decisão, o referido parecer 
passará a integrar o ato administrativo decisório. 
 
7.5 ATOS PUNITIVOS 
Os atos punitivos são aqueles que impõem sanções administrativas. 
Podem ser de ordem interna (ex: penalidades disciplinares a servidores públicos) ou 
externa (sanções aplicadas a particulares). 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 136 
 
8 QUESTÕES 
01 (2017/CESPE/MPE-RR/Promotor de Justiça) Decreto de um governador estadual 
estabeleceu que determinado tema fosse regulamentado mediante portaria conjunta das 
secretarias estaduais A e B. Um ano depois de editada a portaria conjunta, nova portaria, 
editada apenas pela secretaria A, revogou a portaria inicial. 
Nessa situação, considerando-se o entendimento do STJ, 
I a segunda portaria não poderia gerar efeitos revocatórios. 
II a revogação de ato complexo, ou seja, ato formado pela manifestação de dois ou mais 
órgãos, demanda a edição de ato igualmente complexo; vale dizer, formado pela 
manifestação dos mesmos órgãos subscritores do ato a ser revogado. 
A respeito das asserções I e II, assinale a opção correta. 
a) A asserção I é falsa, e a II é verdadeira. 
b) As asserções I e II são falsas. 
c) As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. 
d) As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
02 (2017/FCC/DPE-PR/Defensor Público) Sobre atos administrativos, é correto afirmar: 
a) a delegação e avocação se caracterizam pela excepcionalidade e temporariedade, sendo 
certo que é proibida avocação nos casos de competência exclusiva. 
b) a renúncia é instituto afeto tanto aos atos restritivos quanto aos ampliativos. 
c) as deliberações e os despachos são espécies da mesma categoria de atos administrativos 
normativos. 
d) é ilegítima a exigência de depósito prévio para admissibilidade de recurso administrativo; 
salvo quando se tratar de recurso hierárquico impróprio. 
e) nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e 
ampla defesa, a qualquer tempo, quando a decisão puder resultar anulação ou revogação de 
ato administrativo, de qualquer natureza, que beneficie o interessado. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
03 (2017/CESPE/Prefeitura de Fortaleza – CE/Procurador Municipal) Em cada um do 
item a seguir é apresentada uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada, 
a respeito da organização administrativa e dos atos administrativos. 
A prefeitura de determinado município brasileiro, suscitada por particulares a se manifestar 
acerca da construção de um condomínio privado em área de proteção ambiental, absteve-se 
de emitir parecer. Nessa situação, a obra poderá ser iniciada, pois o silêncio da administração 
é considerado ato administrativo e produz efeitos jurídicos, independentemente de lei ou 
decisão judicial.--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 137 
 
04 (2017/CESPE/Prefeitura de Fortaleza – CE/Procurador Municipal) Em cada um do 
item a seguir é apresentada uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada, 
a respeito da organização administrativa e dos atos administrativos. 
Removido de ofício por interesse da administração, sob a justificativa de carência de 
servidores em outro setor, determinado servidor constatou que, em verdade, existia excesso 
de servidores na sua nova unidade de exercício. Nessa situação, o ato, embora seja 
discricionário, poderá ser invalidado. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
05 (2017/CESPE/TJ-PR/Juiz de Direito) Com base na Lei n.º 9.784/1999, assinale a 
opção correta acerca da revogação e dos elementos dos atos administrativos. 
a) A revogação de um ato administrativo deve apresentar os seus motivos devidamente 
externados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos. 
b) O ato de delegação pode ser revogado a qualquer tempo pela autoridade delegante ou pela 
autoridade delegada. 
c) O ato de delegação deve ser publicado no meio oficial, mas não o de sua revogação. 
d) Caso um ato administrativo esteja eivado de vício de legalidade, o Poder Judiciário terá de 
revogá-lo. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
06 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Analista Judiciário - Oficial de Justiça 
Avaliador) A convalidação dos atos administrativos 
a) destina-se, entre outros, a atos administrativos com vício de motivo. 
b) não pode ser feita por quem não pertença aos quadros da Administração pública. 
c) destina-se a atos válidos. 
d) tem efeitos retroativos. 
e) não pode ser inviabilizada pela ocorrência do fenômeno da prescrição. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
07 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Analista Judiciário – Engenharia) O ato 
administrativo discricionário 
a) apresenta discricionariedade em todos os seus requisitos, exceto quanto à competência 
para a prática do ato. 
b) apresenta discricionariedade em um de seus requisitos, qual seja, a finalidade. 
c) não comporta anulação. 
d) é passível de revogação. 
e) não está sujeito a controle judicial. 
 
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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
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08 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Analista Judiciário - Área Administrativa) 
Manoel, servidor público e chefe de determinada repartição, emitiu certidão de dados 
funcionais a seu subordinado, o servidor Pedro. Passados alguns dias da prática do ato 
administrativo, Manoel decide revogá-lo por razões de conveniência e oportunidade. Cumpre 
salientar que o mencionado ato não continha vício de ilegalidade. A propósito dos fatos 
narrados, a revogação está 
a) incorreta, pois somente caberia tal instituto se feito pela autoridade máxima do órgão ou 
entidade a que pertence Manoel. 
b) incorreta, pois somente caberia tal instituto se houvesse a concordância do servidor Pedro. 
c) correta. 
d) incorreta, porque o instituto adequado ao caso é a anulação. 
e) incorreta, porque certidão é ato administrativo que não comporta tal instituto. 
 
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09 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Analista Judiciário - Área Administrativa) 
Considere: 
I. O atributo da presunção de legitimidade dos atos administrativos depende de lei expressa. 
II. A imperatividade significa que os atos administrativos são cogentes, obrigando a todos 
quantos se encontrem em seu círculo de incidência, ainda que o objetivo por ele alcançado 
contrarie interesses privados. 
III. Em alguns atos administrativos, como as permissões e autorizações, está ausente o 
cunho coercitivo. 
IV. A presunção de legitimidade dos atos administrativos é juris et de jure, ou seja, 
presunção relativa. 
No que concerne aos atributos dos atos administrativos, está correto o que se afirma APENAS 
em 
a) I, II e IV. 
b) III e IV. 
c) II e III. 
d) I e III. 
e) II. 
 
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10 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Técnico Judiciário - Área Administrativa) O 
Prefeito de determinado Município concedeu licença por motivo de doença em pessoa da 
família a servidor público municipal já falecido. Nesse caso, o ato administrativo citado 
apresenta vício de 
a) objeto. 
b) motivo. 
c) forma. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 139 
 
d) sujeito. 
e) finalidade. 
 
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11 (2017/FCC/TRT - 24ª REGIÃO (MS)/Analista Judiciário - Área Judiciária) Fabio, 
servidor público federal e chefe de determinada repartição, concedeu licença a seu 
subordinado Gilmar, pelo período de um mês, para tratar de interesses particulares. No 
último dia da licença em curso, Fabio decide revogá-la por razões de conveniência e 
oportunidade. A propósito dos fatos, é correto afirmar que a revogação 
a) não é possível, pois o ato já exauriu seus efeitos. 
b) não é possível, pois apenas o superior de Fabio poderia assim o fazer. 
c) é possível, em razão da discricionariedade administrativa e da possibilidade de ocorrer com 
efeitos ex tunc. 
d) não é possível, pois somente caberia o instituto da revogação se houvesse algum vício no 
ato administrativo. 
e) é possível, desde que haja a concordância expressa de Gilmar. 
 
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12 (2017/CESPE/TRE-PE/Analista Judiciário - Área Administrativa) Determinada 
comissão de servidores, designada para a condução de procedimento licitatório, ao final de 
seus trabalhos, homologou o resultado e adjudicou o objeto ao vencedor. 
Nessa situação hipotética, os atos administrativos de homologação do resultado e de 
adjudicação do objeto classificam-se, 
a) quanto à forma de exteriorização, como parecer, sendo possível sua revogação judicial. 
b) quanto à forma de exteriorização, como deliberação, sendo impossível revogá-los após a 
celebração do correspondente contrato administrativo. 
c) quanto aos seus efeitos, como declaratórios, podendo a administração revogá-los. 
d) quanto à intervenção da vontade administrativa, como complexos, podendo ser anulados 
judicialmente. 
e) quanto ao conteúdo, como admissão, podendo a administração anulá-los. 
 
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13 (2017/CESPE/TRE-PE/Analista Judiciário - Área Administrativa) Determinado ato 
administrativo revogou outro ato. Posteriormente, contudo, um terceiro ato administrativo foi 
editado, tendo revogado esse ato revogatório. 
Nessa situação hipotética, o terceiro ato 
a) repristinou o ato primeiramente revogado, ou seja, restaurou os efeitos deste. 
b) provocou a caducidade do primeiro ato, que não poderá produzir efeitos. 
c) renovará os efeitos do primeiro ato somente se dele constar expressamente tal intuito. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF.EVANDRO ZILLMER 140 
 
d) convalidou o primeiro ato administrativo, que volta a surtir efeitos regularmente. 
e) é nulo, pois o ato revogatório é irrevogável. 
 
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14 (2017/CESPE/TRE-PE/Analista Judiciário - Área Judiciária) Um servidor público 
praticou um ato administrativo para cuja prática ele é incompetente. Tal ato não era de 
competência exclusiva. 
Nessa situação, o ato praticado será 
a) inexistente. 
b) irregular. 
c) válido. 
d) nulo. 
e) anulável. 
 
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15 (2017/CESPE/TRE-PE/Técnico Judiciário - Área Administrativa) A respeito dos 
atributos dos atos administrativos, assinale a opção correta. 
a) O ato administrativo configura instrumento de realização do interesse público, razão por 
que ele tem a coercibilidade como atributo absoluto. 
b) A imperatividade é atributo que dota de coercitividade todos os atos administrativos. 
c) A presunção de legitimidade do ato administrativo é atenuada pela possibilidade de o 
particular deixar de cumpri-lo quando houver alguma dúvida sobre sua legalidade. 
d) A autoexecutoriedade, como atributo, admite exceções, como nas hipóteses de cobrança 
de multa e de desapropriação. 
e) O contraditório e a ampla defesa suprimem a autoexecutoriedade dos processos 
administrativos. 
 
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16 (2017/CESPE/TRE-PE/Técnico Judiciário - Área Administrativa) O atributo que 
consiste na possibilidade de certos atos administrativos serem decididos e executados 
diretamente pela própria administração, independentemente de ordem judicial, denomina-se 
a) presunção de legitimidade. 
b) autoexecutoriedade. 
c) motivação. 
d) tipicidade. 
e) imperatividade. 
 
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17 (2017/FCC/TRT - 11ª Região (AM e RR)/Analista Judiciário - Área 
Administrativa) Atena, servidora pública federal e chefe de determinada repartição, aplicou 
penalidade de suspensão ao servidor Dionísio em razão de falta cometida. Antes do 
cumprimento da sanção, Atena descobriu que Dionísio não cometeu a infração, vez que 
praticada por outro servidor. Nesse caso, o ato administrativo 
a) pode ser revogado, competindo à própria Administração pública assim o fazer. 
b) deve ser anulado. 
c) comporta convalidação, no entanto, deverá ser alterado o sujeito passivo da penalidade. 
d) será revogado obrigatoriamente pelo Poder Judiciário. 
e) deve permanecer no mundo jurídico, vez que Dionísio ainda não havia cumprido a 
penalidade, bastando mera correção no próprio ato de suspensão. 
 
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18 (2017/FCC/Órgão: TRT - 11ª Região (AM e RR)/Técnico Judiciário - Área 
Administrativa) Rodrigo é servidor público federal e chefe de determinada repartição 
pública. Rodrigo indeferiu as férias pleiteadas por um de seus subordinados, o servidor José, 
alegando escassez de pessoal na repartição. No entanto, José comprovou, que há excesso de 
servidores na repartição pública. No caso narrado, 
a) há vício de motivo no ato administrativo. 
b) o ato deve, obrigatoriamente, permanecer no mundo jurídico, vez que sequer exigia 
fundamentação. 
c) inexiste vício no ato administrativo, no entanto, o ato comporta revogação. 
d) o ato praticado por Rodrigo encontra-se viciado, no entanto, não admite anulação, haja 
vista a discricionariedade administrativa na hipótese. 
e) o objeto do ato administrativo encontra-se viciado. 
 
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19 (2017/FCC/TRT - 11ª Região (AM e RR)/Analista Judiciário - Área Judiciária) 
Melinda, servidora pública, praticou ato administrativo com vício de competência. Cumpre 
salientar que a hipótese não trata de competência outorgada com exclusividade pela lei, mas 
o ato administrativo competia a servidor público diverso. Em razão do ocorrido, determinado 
particular impugnou expressamente o ato em razão do vício de competência. Nesse caso, o 
ato 
a) não comporta convalidação, pois o vício narrado não admite tal instituto. 
b) comporta convalidação que, na hipótese, dar-se-á com efeitos ex tunc. 
c) não comporta convalidação, em razão da impugnação feita pelo particular. 
d) comporta convalidação que, na hipótese, dar-se-á com efeitos ex nunc. 
e) comporta exclusivamente a aplicação do instituto da revogação, com efeitos ex tunc. 
 
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DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 142 
 
20 (2017/FCC/TRT - 11ª Região (AM e RR)/Analista Judiciário - Oficial de Justiça 
Avaliador) Considere a seguinte situação hipotética: o Prefeito de determinado Município de 
Roraima concedeu autorização para atividade de extração de areia de importante lago situado 
no Município. Cumpre salientar que o ato administrativo preencheu todos os requisitos legais, 
bem como foi praticado quando estavam presentes condições fáticas que não violavam o 
interesse público. Ocorre que, posteriormente, a atividade consentida veio a criar malefícios à 
natureza. No caso narrado, o ato administrativo emanado pelo Prefeito poderá ser 
a) mantido incólume no mundo jurídico, haja vista que a nova circunstância fática não gera 
consequências ao ato já praticado. 
b) anulado pela Administração pública ou pelo Judiciário, com efeitos ex tunc. 
c) anulado apenas pelo Poder Judiciário e com efeitos ex nunc. 
d) convalidado, com efeitos ex tunc. 
e) revogado, com efeitos ex nunc. 
 
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21 (2017/FCC/TRE-SP/Técnico Judiciário - Área Administrativa) A publicação de 
edital para realização de concurso público de provas e títulos para provimento de cargos em 
órgão público municipal motivou número de inscritos muito superior ao dimensionado pela 
Administração pública. Considerando a ausência de planejamento da Administração para 
aplicação das provas para número tão grande de candidatos, bem como que a recente 
divulgação da arrecadação municipal mostrou sensível decréscimo diante da estimativa de 
receitas, colocando em dúvida a concretude das nomeações dos eventuais aprovados, a 
Administração municipal 
a) pode anular o certame, em razão dos vícios de legalidade identificados. 
b) deve republicar o edital do concurso público para reduzir os cargos disponíveis, sob pena 
de nulidade do certame. 
c) pode revogar o certame, em razão das supervenientes razões de interesse público 
demonstradas para tanto. 
d) pode revogar o certame municipal somente se tiver restado demonstrada a inexistência de 
recursos para fazer frente às novas despesas com as aprovações decorrentes do concurso. 
e) deve prosseguir com o certame, republicando o edital para adiamento da realização da 
primeira prova, a fim de reorganizar a aplicação para o novo número de candidatos, sendo 
vedado revogar o certame em razão da redução de receitas. 
 
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22 (2017/FCC/TRE-SP/Técnico Judiciário - Área Administrativa) Os atos 
administrativos são dotados de atributos que lhe conferem peculiaridadesem relação aos atos 
praticados pela iniciativa privada. Quando dotados do atributo da autoexecutoriedade 
a) não podem ser objeto de controle pelo judiciário, tendo em vista que podem ser 
executados diretamente pela própria Administração pública. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 143 
 
b) submetem-se ao controle de legalidade e de mérito realizado pelo Judiciário, tendo em 
vista que se trata de medida de exceção, em que a Administração pública adota medidas 
materiais para fazer cumprir suas decisões, ainda que não haja previsão legal. 
c) dependem apenas de homologação do Judiciário para serem executados diretamente pela 
Administração pública. 
d) admitem somente controle judicial posterior, ou seja, após a execução da decisão pela 
Administração pública, mas a análise abrange todos os aspectos do ato administrativo. 
e) implicam na prerrogativa da própria Administração executar, por meios diretos, suas 
próprias decisões, sendo possível ao Judiciário analisar a legalidade do ato. 
 
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23 (2017/FCC/TRE-SP/Analista Judiciário - Área Judiciária) Pedro, servidor público de 
um órgão municipal encarregado da fiscalização de obras civis, emitiu autorização para Saulo 
construir um muro de arrimo e também demolir uma pequena edícula, comprometendo-se a 
providenciar, junto a seu superior, a formalização do correspondente alvará. Ocorre que Jair, 
morador de imóvel vizinho, sentiu-se prejudicado pelas obras, que causaram abalo em seu 
imóvel e denunciou a situação à autoridade competente, requerendo a nulidade do ato, face a 
incompetência de Pedro para emissão da autorização. Diante desse cenário, 
a) não há que se falar em convalidação, haja vista que o ato é discricionário, cabendo, 
exclusivamente, à autoridade competente a sua edição. 
b) a autorização conferida é passível de convalidação pela autoridade competente, se 
preenchidos os requisitos legais e técnicos para concessão da licença. 
c) a autorização dada por Pedro pode ser revogada pela autoridade competente, se 
verificadas razões de ordem técnica ou anulada judicialmente. 
d) o ato administrativo praticado por Pedro é viciado, passível de revogação, a qualquer 
tempo, pela autoridade competente para sua emissão. 
e) o ato praticado por Pedro é nulo, não passível de convalidação, haja vista que esta 
somente é cabível quando presentes vícios de forma e de motivação. 
 
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24 (2017/CESPE/PC-GO/Delegado de Polícia) Após o término de estágio probatório, a 
administração reprovou servidor público e editou ato de exoneração, no qual declarou que 
está se dera por inassiduidade. Posteriormente, o servidor demonstrou que nunca havia 
faltado ao serviço ou se atrasado para nele chegar. 
Nessa situação hipotética, o ato administrativo de exoneração é 
a) nulo por ausência de finalidade. 
b) anulável por ausência de objeto. 
c) anulável por ausência de forma. 
d) anulável por ausência de motivação. 
e) nulo por ausência de motivo. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 144 
 
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25 (2017/CESPE/SEDF/Professor da Educação Básica) No que se refere aos poderes 
administrativos, aos atos administrativos e ao controle da administração, julgue o item 
seguinte. 
Ato praticado por usurpador de função pública é considerado ato irregular. 
 
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26 (2017/CESPE/SEDF/Professor da Educação Básica) No que se refere aos poderes 
administrativos, aos atos administrativos e ao controle da administração, julgue o item 
seguinte. 
Presunção de legitimidade é atributo universal aplicável a todo ato administrativo. 
 
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27 (2017/CESPE/SEDF/Professor de Educação Básica) Com relação aos poderes e atos 
administrativos, julgue o próximo item. 
A construção irregular de um prédio pode ser o motivo para a prática de um ato 
administrativo com o objetivo de paralisar a atividade de construir. 
 
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28 (2017/CESPE/SEDF/Professor de Educação Básica) Com relação aos poderes e atos 
administrativos, julgue o próximo item. 
Ato administrativo declaratório é aquele que implanta uma nova situação jurídica ou modifica 
ou extingue uma situação existente. 
 
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29 (2017/CESPE/SEDF/Tecnologia da Informação) José, chefe do setor de recursos 
humanos de determinado órgão público, editou ato disciplinando as regras para a participação 
de servidores em concurso de promoção. 
A respeito dessa situação hipotética, julgue o item seguinte. 
O veículo normativo adequado para a edição do referido ato é o decreto. 
 
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30 (2017/CESPE/SEDF/Nível Médio) Maurício, chefe imediato de João (ambos servidores 
públicos distritais), determinou que este participasse de reunião de trabalho em Fortaleza – 
CE nos dias nove e dez de janeiro. João recebeu o valor das diárias. No dia oito de janeiro, 
João sofreu um acidente de carro e, conforme atestado médico apresentado para Maurício, 
teve de ficar de repouso por três dias, razão pela qual não pôde viajar. Essa foi a primeira vez 
no bimestre que João teve de se afastar do serviço por motivo de saúde. 
Acerca dessa situação hipotética e de aspectos legais e doutrinários a ela relacionados, julgue 
o item a seguir. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 145 
 
A concessão de diária é ato vinculado da administração pública. 
 
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31 (2017/CESPE/SEDF/Nível Médio) No que se refere aos poderes administrativos, aos 
atos administrativos e ao controle da administração, julgue o item seguinte. 
Situação hipotética: Antônio, servidor que ingressou no serviço público mediante um ato nulo, 
emitiu uma certidão negativa de tributos para João. Na semana seguinte, Antônio foi 
exonerado em função da nulidade do ato que o vinculou à administração. 
Assertiva: Nessa situação, a certidão emitida por Antônio continuará válida. 
 
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32 (2017/CESPE/SEDF/Nível Médio) No que se refere aos poderes administrativos, aos 
atos administrativos e ao controle da administração, julgue o item seguinte. 
Situação hipotética: A autoridade administrativa Y, no exercício de competência que lhe foi 
delegada pela autoridade X e que lhe conferia poder decisório para a prática de determinado 
ato de autoridade, praticou determinado ato administrativo que o administrado Z entendeu 
ser-lhe prejudicial. Nessa situação, caso queira obstar os efeitos do referido ato mediante 
mandado de segurança, o administrado Z deverá dirigir sua peça contra a autoridade 
delegada, e não contra a autoridade delegante. 
 
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33 (2017/CESPE/SEDF/Direito) Mauro editou portaria disciplinandoregras de remoção no 
serviço público que beneficiaram, diretamente, amigos seus. A competência para a edição do 
referido ato normativo seria de Pedro, superior hierárquico de Mauro. Os servidores que se 
sentiram prejudicados com o resultado do concurso de remoção apresentaram recurso quinze 
dias após a data da publicação do resultado. 
Nessa situação hipotética, a portaria editada por Mauro contém vício nos elementos 
competência e objeto. 
 
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34 (2017/CESPE/SEDF/Administrador) À luz da legislação que rege os atos 
administrativos, a requisição dos servidores distritais e a ética no serviço público, julgue o 
seguinte item. 
A competência — ou sujeito —, a finalidade, a forma, o motivo e o objeto — ou conteúdo — 
são elementos que integram os atos administrativos. 
 
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35 (2016/FCC/PGE-MT/Analista – Administrador) A respeito da motivação dos atos 
administrativos, é correto afirmar: 
a) Pode ser dispensada a critério da autoridade competente, em homenagem ao princípio 
constitucional da duração razoável do processo. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 146 
 
b) É válida a motivação de caráter genérico, que se resuma a apontar que a decisão é 
tomada “por razões de interesse público”. 
c) Em regra, as motivações podem ser implícitas, cumprindo ao interessado revelá-las se 
necessário. 
d) Atos administrativos discricionários prescindem de motivação para serem válidos, visto que 
são produzidos a critério da Administração pública, por razões de conveniência ou 
oportunidade. 
e) Em regra, a motivação é requisito de validade do ato administrativo, devendo envolver, 
para ser suficiente, o apontamento das razões de fato e de Direito que o informam. 
 
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36 (2016/FCC/PGE-MT/Analista – Administrador) A respeito do atributo da presunção 
de validade dos atos administrativos, considere: 
I. Trata-se de presunção absoluta, que inadmite prova em contrário. 
II. Trata-se de atributo importante ao adequado funcionamento do Estado de Direito, visto 
ser manifestação da autoridade estatal, merecedora de fé pública e credibilidade até prova 
em contrário. 
III. Trata-se de atributo que não exime a Administração pública de motivar as suas decisões. 
IV. Trata-se de atributo que não exime a Administração pública de decidir mediante 
procedimentos administrativos. 
V. Trata-se de atributo por força do qual a validade dos atos administrativos é insuscetível de 
impugnação por eventuais interessados, exceto pela via judicial. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) II, III e IV. 
b) I, III e IV. 
c) IV e V. 
d) II, III e V. 
e) I, II e V. 
 
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37 (2016/FCC/PGE-MT/Analista – Psicologia) Agente público produziu ato 
administrativo com vício de legalidade. O ato deve ser 
a) revogado pela Administração pública, produzindo a revogação efeitos para o futuro, isto é, 
a partir da data em que publicado o ato de revogação. 
b) convalidado pela Administração pública, se o vício em questão for sanável, produzindo a 
convalidação efeitos apenas para o futuro, a partir da data de publicação do ato de 
convalidação. 
c) revogado pela Administração pública, produzindo a revogação efeitos retroativos à data na 
qual foi publicado. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 147 
 
d) anulado pela Administração pública, produzindo a anulação efeitos retroativos à data na 
qual foi publicado. 
e) anulado pela Administração pública, produzindo a anulação efeitos apenas para o futuro, a 
partir da data de publicação do ato de anulação. 
 
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38 (2016/FCC/TRT - 20ª REGIÃO (SE)/Analista Judiciário - Área Administrativa) 
Rodrigo, servidor público federal, ao praticar um ato administrativo, não observou 
determinada exigência legal. Isto porque a edição do ato dependia de manifestação de 
vontade do administrado Nelson e tal exigência não foi observada. No caso narrado, a 
convalidação do ato administrativo 
a) não é possível. 
b) pode ser feita por Nelson, que emitirá sua manifestação de vontade posteriormente, 
convalidando o ato. 
c) é possível, se feita exclusivamente por Rodrigo. 
d) pode ser feita tanto pelo administrado Nelson quanto por Rodrigo, no entanto, apenas na 
segunda hipótese dar-se-á com efeitos retroativos à data em que o ato foi praticado. 
e) é possível, desde que feita, exclusivamente, pelo superior hierárquico de Rodrigo e ocorra 
com efeitos ex nunc. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
39 (2016/FCC/TRT - 20ª REGIÃO (SE)/Analista Judiciário - Área Administrativa) 
Marcos, servidor público federal, praticou ato administrativo com vício de forma, não 
observando formalidade indispensável à existência do ato. O servidor, ao constatar o vício, 
revogou o ato administrativo e proferiu novo ato observando a formalidade exigida por lei. No 
caso narrado, 
a) é possível a revogação, desde que se dê com efeitos ex tunc. 
b) não é possível a revogação, haja vista a ilegalidade do ato praticado. 
c) é possível a revogação, desde que se dê com efeitos ex nunc. 
d) Marcos deveria ter se utilizado do instituto da convalidação, sempre possível para ato com 
vício de forma. 
e) Marcos deveria ter se utilizado do instituto da anulação, com efeitos ex nunc. 
 
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40 (2016/CESPE/ANVISA/Técnico Administrativo) Acerca do regime jurídico-
administrativo e do controle da administração pública, julgue o próximo item. 
A administração pública pode revogar seus atos por motivos de conveniência ou 
oportunidade, competindo, no entanto, exclusivamente ao Poder Judiciário a anulação de atos 
administrativos eivados de vícios de legalidade. 
 
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PROF. EVANDRO ZILLMER 148 
 
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41 (2016/FCC/TRT - 20ª REGIÃO (SE)/Técnico Judiciário - Tecnologia da 
Informação) Mateus, servidor público federal, removeu o servidor Pedro para localidade 
extremamente distante e de difícil acesso, no intuito de castigá-lo. Ocorre que Pedro merecia 
penalidade administrativa por ter cometido infração funcional, mas não remoção. No caso 
narrado, a remoção, por não ser ato de categoria punitiva, apresenta vício de 
a) motivo. 
b) finalidade. 
c) objeto. 
d) forma. 
e) competência. 
 
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42 (2016/FCC/TRT - 20ª REGIÃO (SE)/Técnico Judiciário – Administrativo) Sergio, 
servidor público federal e chefe de determinada repartição pública, demitiu Antônio sob o 
fundamento de que o mesmo havia cometido falta grave. Cumpre salientar que Antônio não 
era servidor concursado, mas sim ocupante de cargo em comissão. Transcorridos quinze dias 
após a demissão, descobriu-se que Antônio não havia praticado falta grave e que Sergio 
pretendia colocar um colega seu no cargo anteriormente ocupado por Antônio. Neste caso, é 
corretoafirmar: 
a) Por ser falso o motivo do ato administrativo, o ato de demissão é nulo. 
b) O ato de demissão é válido, haja vista tratar-se de cargo demissível ad nutum e que, 
portanto, sequer exigia motivação. 
c) Não incide a teoria dos motivos determinantes, haja vista que o vício é na forma e na 
finalidade do ato administrativo de demissão. 
d) Aplica-se, na hipótese, a convalidação do ato administrativo; portanto, Antônio, 
injustamente demitido, poderá retornar ao seu cargo. 
e) O ato é válido porque a finalidade pública foi mantida, sendo admissível a substituição de 
um servidor por outro, desde que o cargo seja adequadamente preenchido, de modo a não 
trazer prejuízo ao interesse público. 
 
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43 (2016/FCC/TRT - 20ª REGIÃO (SE)/Analista Judiciário - Comunicação Social) 
Considere a seguinte situação hipotética: o Ministro de Estado da Educação, em situação 
emergencial, praticou ato administrativo de competência do Ministro do Planejamento. Nesse 
caso, a convalidação 
a) não é possível, em razão do vício de objeto. 
b) é possível, pois o vício de objeto narrado comporta convalidação. 
c) é possível, por se tratar de vício de forma. 
d) não é possível, em razão do vício de competência narrado. 
DIREITO ADMINISTRATIVO CARREIRAS POLICIAIS 
 
PROF. EVANDRO ZILLMER 149 
 
e) é possível, independentemente do vício, se ocorrer com efeitos ex tunc. 
 
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44 (2016/CESPE/PC-GO/Agente de Polícia) O ato que concede aposentadoria a servidor 
público classifica-se como ato 
a) simples. 
b) discricionário. 
c) composto. 
d) declaratório. 
e) complexo. 
 
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45 (2016/CESPE/PC-GO/Escrivão de Polícia Civil) A respeito da invalidação, anulação e 
revogação de atos administrativos, assinale a opção correta. 
a) Atos administrativos, por serem discricionários, somente podem ser anulados pela própria 
administração pública. 
b) A administração, em razão de conveniência, poderá revogar ato administrativo próprio não 
eivado de qualquer ilegalidade, o que produzirá efeitos ex nunc. 
c) O ato administrativo viciado pela falta de manifestação de vontade do administrado deverá 
ser anulado, não podendo essa ilegalidade ser sanada por posterior manifestação de vontade 
do interessado. 
d) São anuláveis e passíveis de convalidação os atos que violem regras fundamentais 
atinentes à manifestação de vontade, ao motivo, à finalidade ou à forma, havidas como de 
obediência indispensável pela sua natureza, pelo interesse público que as inspira ou por 
menção expressa da lei. 
e) A anulação de ato administrativo ocorre por questões de conveniência e produz efeitos 
retroativos à data em que o ato foi emitido. 
 
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46 (2016/CESPE/PC-GO/Escrivão de Polícia Civil) Com referência ao controle 
administrativo, assinale a opção correta. 
a) A revogação, pela administração, de ato administrativo que tenha revogado um primeiro 
ato produzirá como efeito automático e imediato a revalidação desse primeiro ato, que 
passará novamente a surtir efeitos normalmente. 
b) Os atos administrativos cujos efeitos já se tenham exaurido integralmente são 
insuscetíveis de revogação. 
c) O exercício da autotutela, poder-dever da administração, é amplo e dispensa a instauração 
de procedimento administrativo, ainda que potenciais interesses individuais sejam atingidos. 
d) Situação hipotética: Lúcio, indivíduo de boa-fé, logrou a manutenção dos efeitos já 
produzidos por ato administrativo posteriormente declarado nulo. Assertiva: Nessa situação, 
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por força da isonomia, aquele que detiver situação jurídica idêntica à de Lúcio terá direito à 
extensão dos mesmos efeitos jurídicos produzidos pelo ato anulado. 
e) Um ato administrativo pode ser anulado em decorrência de pressupostos de conveniência e 
oportunidade da administração ou devido à ilegalidade do ato. Nesse caso, será desnecessária 
a instauração de processo administrativo para a oitiva de interessados. 
 
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47 (2016/FCC/DPE-ES/Defensor Público) Sobre os elementos do ato administrativo, 
a) desde que atendido o interesse da Administração, fica descaracterizada a figura do desvio 
de finalidade. 
b) a inexistência do elemento formal não é causa necessária de invalidação do ato, em vista 
da teoria de instrumentalidade das formas. 
c) a noção de ilicitude do objeto, no direito administrativo, não coincide exatamente com a 
noção de ilicitude do objeto no âmbito cível. 
d) sujeito do ato é seu destinatário; assim, o solicitante de uma licença é o sujeito desse ato 
administrativo. 
e) havendo vício relativo ao motivo, haverá, por consequência, desvio de finalidade. 
 
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48 (2016/FCC/AL-MS/Nível Médio) Considere o seguinte trecho destacado da obra de 
Regis Fernandes de Oliveira (Ato Administrativo, São Paulo: Revista dos Tribunais, 5º ed. 
2007, p.50): O que distingue, in princípio, o ato administrativo dos demais praticados pela 
Administração e dos atos privados é a desnecessidade de ir a juízo para impor-se. O autor se 
refere ao atributo do ato administrativo denominado 
a) presunção de legitimidade. 
b) exigibilidade. 
c) executividade. 
d) imperatividade. 
e) autoexecutoriedade. 
 
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49 (2016/FCC/AL-MS/Assistente Legislativo) A Administração pública expede atos 
administrativos vinculados e atos administrativos discricionários, sendo que 
a) os primeiros devem, obrigatoriamente, ser motivados, já os segundos, sujeitos a juízo de 
conveniência e oportunidade, prescindem de motivação para sua validade. 
b) se abre, ao Administrador, a escolha entre expedir uns ou outros independentemente do 
que estabelece a lei de regência, ante a superação do princípio da estrita legalidade pelo 
princípio da eficiência. 
c) ambos se sujeitam à lei de regência e são passíveis de controle judicial, que, no entanto, 
tem extensão e profundidade diversa. 
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d) os primeiros se sujeitam à lei de regência e ao controle do judiciário, já os segundos 
encontram fundamento em ato regulamentar e não são sindicáveis. 
e) ambos prescindem, para validade, de fundamento último em lei, desde que respeitem os 
princípios da fundamentação e da publicidade. 
 
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50 (2016/FCC/AL-MS/Direito) Considere a seguinte situação hipotética: o Estado de Mato 
Grosso de Sul, por meio de concessão de uso, facultou ao particular José a utilização privativa 
de bem público, para que a exercesse conforme sua destinação. Ocorre que a mencionada 
concessão se deu sem licitação, razão pela qual foi convertida em permissão precária, em que 
não há a mesma exigência. Assim, imprimiu-se validade ao uso do bem público, já 
consentido. O instituto da conversão 
a) é utilizado quando se pretende converter ato válido em ato de outracategoria. 
b) pode se dar por razões de oportunidade e conveniência. 
c) não aproveita efeitos já produzidos em razão do ato anterior. 
d) não se destina a atos administrativos com vício de objeto, conforme o narrado no 
enunciado. 
e) aplica-se com efeitos retroativos à data do ato original. 
 
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51 (2016/FCC/AL-MS/Direito) Considere dois casos hipotéticos: 
I. João é servidor público estadual e chefe de determinada repartição. No exercício de seu 
poder disciplinar, aplicou a seu subordinado, o servidor Francisco, a sanção de suspensão 
após o respectivo processo administrativo disciplinar. Cumpre salientar que a lei prevê, para a 
infração cometida por Francisco, que a Administração pode punir o servidor com as penas de 
suspensão ou de multa. 
II. Isabela, servidora pública estadual, sofreu remoção ex officio. Referida remoção, de 
acordo com a lei, só pode dar-se para atender à conveniência do serviço. No entanto, no caso 
de Isabela, foi feita para puni-la. 
Nas situações narradas, 
a) há discricionariedade quanto à forma do ato administrativo, no caso I, vez que a lei prevê 
duas formas possíveis para atingir o mesmo fim. 
b) há discricionariedade quanto ao objeto do ato administrativo, no caso I, vez que a lei prevê 
dois objetos possíveis para atingir o mesmo fim. 
c) há discricionariedade quanto à finalidade do ato administrativo, no caso II, e desvio de 
finalidade na atuação da Administração. 
d) o caso II trata de exemplo de ato administrativo vinculado, havendo, na hipótese, vício de 
motivo. 
e) ambos os casos correspondem a atos administrativos vinculados; no entanto, apenas no 
caso II, o ato administrativo está viciado, sendo, portanto, ilegal. 
 
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52 (2016/FCC/AL-MS/Auxiliar de Enfermagem) Considere: 
I. São sempre passíveis de apreciação judicial. 
II. Sujeitam-se à lei. 
III. É espécie de ato jurídico. 
IV. Em regra, não produzem efeitos jurídicos imediatos. 
No que concerne aos atos administrativos, está correto o que consta em 
a) IV, apenas. 
b) I, II, III e IV. 
c) I, II e III, apenas. 
d) III, apenas. 
e) I e II, apenas. 
 
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53 (2016/CESPE/TCE-PR/Nível Superior) Um agente de determinada autarquia estadual, 
em fiscalização de rotina, autuou estabelecimento comercial em razão de infração 
administrativa verificada. Procedeu ainda, naquela mesma ocasião, à interdição cautelar do 
estabelecimento em questão. 
Acerca dessa situação hipotética, do poder de polícia e da disciplina dos atos administrativos, 
assinale a opção correta. 
a) Os atos administrativos praticados são dotados de presunção de veracidade e legitimidade, 
bem como de presunção absoluta de conformidade à lei. 
b) Se, na situação hipotética em questão, o administrador público tivesse agido motivado por 
vingança pessoal contra o proprietário do estabelecimento comercial, estaria configurada a 
nulidade do ato por abuso de poder na modalidade excesso de poder. 
c) Se, na situação hipotética em apreço, fosse aplicada pena de multa ao estabelecimento 
comercial, sua cobrança poderia ser executada diretamente pela administração pública. 
d) Na hipótese apresentada, a aplicação de punição administrativa ao estabelecimento 
comercial submete-se ao princípio da legalidade, uma vez que somente lei pode instituir 
sanções administrativas. 
e) Na hipótese em apreço, a interdição cautelar do estabelecimento comercial não poderia 
prescindir da observância do devido processo legal e somente poderia ser efetivada após o 
exercício do direito de defesa por parte do interessado. 
 
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54 (2016/CESPE/TCE-PR/Analista de Controle) A revogação do ato administrativo é a 
supressão de um ato legítimo e eficaz, seja por oportunidade, seja por conveniência, seja por 
interesse público; entretanto, o poder de revogar da administração pública não é absoluto, 
pois há situações insuscetíveis de modificação por parte da administração. 
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Tendo as considerações apresentadas como referência inicial, assinale a opção que apresenta 
ato suscetível de revogação. 
a) parecer emitido por órgão público consultivo 
b) ato de concessão de licença para exercer determinada profissão, segundo requisitos 
exigidos na lei 
c) ato de posse de candidato nomeado após aprovação em concurso público 
d) ato administrativo praticado pelo Poder Judiciário 
e) ato de concessão de licença funcional já gozada pelo servidor 
 
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55 (2016/CESPE/TCE-PR/Analista de Controle) Assinale a opção correta, acerca da 
extinção dos atos administrativos. 
a) A convalidação por ratificação somente pode ser realizada pelo superior hierárquico do 
agente que praticou o ato anterior. 
b) A invalidação fulmina todas as relações jurídicas decorrentes do ato inválido, resguardados 
os direitos de terceiros de boa-fé que não tenham contribuído para a invalidação do ato. 
c) A cassação é ato discricionário do agente público. 
d) Por ser a revogação um ato discricionário, ao se revogar um ato revogado, ocorrerá, por 
consequência lógica, a repristinação do ato originário. 
e) São passíveis de revogação os chamados atos meramente administrativos, tais como 
pareceres e certidões. 
 
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56 (2016/CESPE/TCE-PR/Analista de Controle) Quanto às espécies de atos 
administrativos, assinale a opção correta. 
a) A licença pode ser concedida de ofício pela administração. 
b) A permissão pode ser concedida de ofício pela administração. 
c) A permissão de uso de bens públicos é ato unilateral, discricionário e precário. 
d) Autorização é ato pelo qual a administração consente que o particular exerça atividade ou 
utilize bem público que vise ao interesse público. 
e) Licença é ato discricionário por meio do qual a administração confere ao interessado 
consentimento para o desempenho de determinada atividade. 
 
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57 (2016/FCC/SEGEP-MA/Procurador do Estado) Acerca dos atos administrativos, é 
correto afirmar: 
a) A conversão é o ato administrativo pelo qual a Administração converte um ato inválido em 
ato de outra categoria, de maneira a torná-lo válido, com efeitos retroativos à data do ato 
original. 
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b) Todas as modalidades de permissão podem ser definidas como atos unilaterais, 
discricionários e precários. 
c) As resoluções editadas pelo Congresso Nacional e suas Casas constituem atos 
administrativos privativos daqueles órgãos. 
d) A homologação é ato administrativo destinado a realizar o controle prévio de outro ato 
administrativo. 
e) A licença é ato unilateral e vinculado, cuja revogação somente é possível mediante prévia 
notificação do interessado. 
 
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58 (2016/FCC/Prefeitura de Teresina– PI/Auditor Fiscal) Agente público competente, 
no exercício de fiscalização, constata que determinada licença municipal de funcionamento de 
estabelecimento comercial foi recém-expedida mediante grave insuficiência de comprovação 
documental, pelo interessado, de atendimento aos requisitos legais. Diante de tal 
constatação, providência a ser adotada pelo agente público consiste em 
a) anular, de imediato, o ato administrativo de licença municipal de funcionamento, 
aplicando-se, no exercício do poder de polícia, as penalidades cabíveis ao interessado e a 
eventuais outros agentes eventualmente responsáveis pela infração à lei. 
b) revogar o ato administrativo de licença municipal de funcionamento, por estar sua 
expedição em desconformidade com os requisitos legais. 
c) anular, de imediato, o ato administrativo de licença municipal de funcionamento, por estar 
sua expedição em desconformidade com os requisitos legais, notificando-se o interessado 
para, querendo, apresentar recurso administrativo, na forma da lei. 
d) reputar válido o ato administrativo de licença municipal de funcionamento, porque opera 
em favor de sua validade a presunção de legitimidade dos atos da Administração pública, 
independentemente de vício no seu processo de produção. 
e) lavrar autuação circunstanciada do fato constatado, dando-se ciência ao interessado acerca 
da pretensão municipal de anulá-lo e oferecendo-lhe a oportunidade de, querendo, 
apresentar os esclarecimentos que julgar necessários, inclusive em defesa da validade da 
licença supostamente eivada de nulidade. 
 
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59 (2016/FCC/Prefeitura de Teresina – PI/Analista – Administrador) Os atos 
administrativos são dotados de atributos que lhes conferem distinções em relação aos atos 
praticados na esfera privada, daqueles podendo decorrer efeitos com maior alcance e 
projeção, como no caso da 
a) presunção de veracidade, em razão da qual presumem-se verdadeiras as alegações de fato 
e de direito, administrativas e judiciais, feitas pela Administração pública em todos os 
documentos e instrumentos por ela firmados. 
b) presunção de eficácia, em razão da qual todos os atos administrativos editados podem 
possuir eficácia estendida a terceiros, mediante requerimento administrativo. 
c) presunção de veracidade, pela qual se presumem verdadeiras as afirmações de fato feitas 
pela Administração pública, por exemplo, em documentos administrativos por ela firmados. 
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d) presunção de legitimidade, que atesta a legalidade da atuação da Administração pública, o 
que possibilita a extensão erga omnes de seus efeitos. 
e) autoexecutoriedade que permite a atuação da administração independentemente de 
previsão legal e de autorização do judiciário para coibir, por meios indiretos, situação que 
viole a legislação. 
 
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60 (2016/FCC/Prefeitura de Teresina – PI/Analista - Gestão Pública) Mara, servidora 
pública e chefe de determinada repartição pública, emitiu atestado a determinado particular, 
comprovando situação de que teve conhecimento por seus órgãos competentes. Um dia após 
a prática do ato administrativo, decidiu revogá-lo por razões de conveniência e oportunidade. 
O atestado emitido por Mara 
a) comporta revogação desde que seja com efeitos ex nunc. 
b) comporta revogação desde que seja com efeitos ex tunc. 
c) não comporta revogação. 
d) por já ter produzido efeitos, deve, obrigatoriamente, permanecer no mundo jurídico. 
e) admite apenas anulação, a ser decretada somente pelo Poder Judiciário. 
 
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61 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo) Acerca de função administrativa 
e atos administrativos, julgue o item a seguir. 
Situação hipotética: Um diretor de tribunal de contas editou ato administrativo com desvio de 
finalidade. Após correição, o vício foi detectado e comunicado ao presidente do tribunal. 
Assertiva: Nessa situação, o presidente poderá avocar para si a competência administrativa 
pertinente e convalidar o ato administrativo. 
 
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62 (2016/CESPE/TCE-PA/Auditor de Controle Externo) No que concerne à 
administração pública, julgue o item a seguir. 
Situação hipotética: O TCE/PA alugou várias salas de aula de uma escola privada para a 
realização do curso de formação de seus novos servidores. 
Assertiva: Nessa situação, o ato de locação, ainda que seja regido pelo direito privado, é 
considerado um ato administrativo. 
 
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63 (2016/CESPE/TCE-PA/Auxiliar Técnico – Administração) Considerando que servidor 
público de determinada autarquia federal tenha solicitado ao setor técnico daquela entidade a 
emissão de parecer para subsidiar sua tomada de decisão, julgue o item a seguir, acerca dos 
atos administrativos. 
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Considerando-se a prerrogativa com que atua a administração, o parecer solicitado é 
classificado como ato de gestão. 
 
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64 (2016/CESPE/TCE-PA/Auxiliar Técnico – Administração) Considerando que servidor 
público de determinada autarquia federal tenha solicitado ao setor técnico daquela entidade a 
emissão de parecer para subsidiar sua tomada de decisão, julgue o item a seguir, acerca dos 
atos administrativos. 
Caso seja adotado como fundamento para a decisão, o referido parecer passará a integrar o 
ato administrativo decisório. 
 
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65 (2016/CESPE/TCE-PA/Auxiliar Técnico – Administração) Considerando que servidor 
público de determinada autarquia federal tenha solicitado ao setor técnico daquela entidade a 
emissão de parecer para subsidiar sua tomada de decisão, julgue o item a seguir, acerca dos 
atos administrativos. 
Quanto aos seus efeitos, tal parecer classifica-se como ato administrativo enunciativo. 
 
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66 (2016/CESPE/TCE-PA/Auxiliar Técnico – Administração) Julgue o item subsecutivo, 
a respeito dos atributos dos atos administrativos. 
Em decorrência do atributo da tipicidade, quando da prática de ato administrativo, devem-se 
observar figuras definidas previamente pela lei, o que garante aos administrados maior 
segurança jurídica. 
 
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67 (2016/CESPE/TCE-PA/Auxiliar Técnico – Administração) Julgue o item subsecutivo, 
a respeito dos atributos dos atos administrativos. 
A presunção de legitimidade dos atos administrativos está relacionada à sujeição da 
administração ao princípio da legalidade. 
 
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68 (2016/CESPE/TCE-PA/Auxiliar Técnico – Administração) Julgue o item subsecutivo, 
a respeito dos atributos dos atos administrativos. 
A imperatividade é atributo indissociável dos atos administrativos. 
 
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