ProcessualCivil III -Recursos

Recursos\ue003no\ue003direito\ue003Processual\ue003Civil\ue003 Recursos\ue003no\ue003Direito\ue003Processual\ue003Civil \ue003 \ue003\ue003 Tamara\ue003da\ue003Silva*\ue003 \ue003INTRODUÇÃO\ue003 \ue003\ue003 Recurso é o procedimento utilizado para revisar ou reexaminar decisões interlocutórias, sentenças, \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 acórdãos. Segundo Gabriel Resende Filho, "recurso é o meio de provocar, na mesma ou na superior instância, \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 a\ue003reforma\ue003ou\ue003a\ue003modificação\ue003de\ue003uma\ue003decisão\ue003desfavorável". \ue003 \ue003\ue003 Desta forma este trabalho tem a finalidade de tentar instruir quanto as noções de recurso, seus \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 pressupostos,\ue003os\ue003recursos\ue003cabíveis\ue003e\ue003tentar\ue003delimitar\ue003o\ue003que\ue003é\ue003um\ue003recurso\ue003de\ue003adesivo. \ue003 \ue003 1\ue003.\ue003TEORIA\ue003GERAL\ue003DOS\ue003RECURSOS\ue003 \ue003 1.1. \ue003\ue003\ue003\ue003\ue003\ue003\ue003\ue003\ue003\ue003\ue003\ue003\ue003\ue003\ue003\ue003\ue003 NATUREZA\ue003JURÍDICA\ue003 \ue003\ue003 Os\ue003recursos\ue003podem\ue003ser\ue003considerados\ue003como\ue003uma\ue003extensão\ue003do\ue003próprio\ue003direito\ue003de\ue003 ação .\ue003 \ue003\ue003 No direito brasileiro , decisões proferidas em processos findos são impugnáveis por meio de ações \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 impugnativas autônomas, que são a ação rescisória, a ação anulatória e o mandado de segurança, este último \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 em\ue003casos\ue003excepcionalíssimos. \ue003 \ue003\ue003 A atividade de interpor um recurso, como, de regra, a atividade das partes no processo, consiste num \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 ônus.\ue003 \ue003\ue003 O que caracteriza o ônus, e o diferencia de figuras como a obrigação ou o dever, é que, quando a \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 atividade, a que corresponde o ônus, é desempenhada, quem, de regra, com isso se beneficia é a própria \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 parte que pratica o ônus, e não aquela que se encontra no outro pólo da relação jurídica, como acontece com \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 as obrigações. Quando a parte se omite, entretanto, normalmente as conseqüências negativas decorrentes \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 dessa\ue003omissão\ue003voltar\ue010se\ue010ão\ue003exatamente\ue003contra\ue003que\ue003se\ue003omitiu. \ue003 \ue003 1.2.\ue003FINALIDADES\ue003 \ue003\ue003 Os recursos podem ter em vista reformar, invalidar, esclarecer ou integrar a decisão impugnada ou \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 parte\ue003dela.\ue003Na\ue003verdade,\ue003só\ue003os\ue003dois\ue003primeiros\ue003é\ue003que\ue003são\ue003objetivos\ue003típicos\ue003dos\ue003recursos. \ue003 \ue003 1.3.\ue003ESPÉCIES \ue003 \ue003\ue003 Hoje, no direito positivo brasileiro, prevêem\ue010se diversas espécies de recursos: o agravo (que pode ser \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 interposto sob o regime da retenção ou de instrumentos), a apelação, os embargos infringentes e os embargos \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 de declaração \ue010 estes quatro previstos pelo CPC \ue010 e os recursos especial extraordinário, a que se deu \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 dignidade constitucional. Também se podem mencionar o recurso ordinário para o STJ, que muito se aproxima \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 da\ue003apelação,\ue003e\ue003os\ue003embargos\ue003de\ue003divergência.\ue003 1.4.\ue003JUÍZO\ue003DE\ue003ADMISSIBILIDADE\ue003E\ue003JUÍZO\ue003DE\ue003MÉRITO\ue003 \ue003\ue003 O juízo de admissibilidade dos recursos consiste na verificação, pelo juízo competente , dos requisitos \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 de admissibilidade da espécie recursal de que se tenha servido a parte para impugnar a decisão que lhe foi \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 desfavorável.\ue003 \ue003\ue003 Trata \u2013se de verificar se estão presentes os pressupostos cuja ausência desautoriza o conhecimento \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 do recurso, determinando, conseqüentemente, em razão de seu não conhecimento (juízo de admissibilidade \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 negativo) , que o tribunal nem mesmo chegue a analisar o mérito desse recurso. O tribunal verificará se o \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 recurso é cabível, se está presente a legitimidade para recorrer, se há interesse em recorrer, se o recurso é \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 tempestivo etc. Admitido ou conhecido o recurso, o tribunal proferirá o juízo de mérito, dando ou não \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 provimento\ue003ao\ue003recurso\ue003interposto\ue003pela\ue003parte.\ue003 \ue003\ue003 O\ue003mérito\ue003do\ue003recurso\ue003quase\ue003sempre\ue003(mas\ue003nem\ue003sempre)\ue003é\ue003o\ue003mesmo\ue003mérito\ue003da\ue003ação.\ue003 \ue003 1.5.\ue003PRINCÍPIOS\ue003INSPIRADORES\ue003DO\ue003SISTEMA\ue003RECURSAL\ue003BRASILEIRO\ue003 \ue003\ue003 O sistema recursal brasileiro é digno de muitos elogios. É bem engendrado e opera bastante \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 satisfatoriamente. \ue003 1.5.1.\ue003Princípio\ue003Da\ue003Correspondência\ue003 \ue003\ue003 No direito brasileiro atual, existe uma correspondência bastante expressiva os tipos de recurso e os \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 tipos\ue003de\ue003decisão. \ue003 \ue003\ue003 Existem, fundamentalmente, quatro espécies de pronunciamentos judiciais: os despachos, as \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 decisões\ue003interlocutórias,as\ue003sentenças\ue003e\ue003os\ue003acórdãos.\ue003 \ue003\ue003 Os despachos são os pronunciamentos do juiz desprovidos de conteúdo significativamente decisório, \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 como, por exemplo aquele através de que o juiz determina que os autos vão ao contador ou manda que se \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 junte\ue003aos\ue003autos\ue003um\ue003rol\ue003de\ue003testemunhas. \ue003 \ue003\ue003 As decisões interlocutórias são todos os pronunciamentos decisórios do juiz que não se encartam nos \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 arts.\ue003267\ue003ou\ue003269\ue003e\ue003que,\ue003ipso\ue003facto,\ue003não\ue003põem\ue003fim\ue003ao\ue003processo.\ue003 \ue003\ue003 As\ue003sentenças\ue003têm\ue003um\ue003conteúdo\ue003definido\ue003em\ue003lei,\ue003pondo\ue003fim\ue003ao\ue003processo.\ue003 \ue003\ue003 Os acórdãos, que se distinguem dos demais pronunciamento do judiciário por um critério formal: \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 Emanam de um órgão coletivo. Podem consubstanciar\ue010se no julgamento de apelação, de agravo, de exceção, \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 de embargos de declaração, de embargos infringentes etc.Dos acórdãos também cabe o recurso especial, \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 para\ue003o\ue003Superior\ue003Tribunal\ue003de\ue003Justiça. \ue003 \ue003\ue003 De regra, as decisões interlocutórias são agraváveis, sob o regime do instrumento ou da retenção. \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 Trata\ue010se, na verdade de um só recurso, podendo ter dois regimes, e à parte cabe, com liberdade quase que \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 plena,\ue003optar\ue003por\ue003um\ue003dos\ue003dois\ue003caminhos. \ue003 \ue003\ue003 A lei dá a impressão de que seja plena a fungibilidade de ambos os regimes, isto é, de que a parte \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 possa\ue003optar\ue003arbitrariamente. \ue003 \ue003\ue003 Entretanto, essa fungibilidade não é plena na medida em que, em certos casos, da opção por um ou \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 outro regime pode resultar a falta de interesse processual da parte, o que deverá ser examinado pelo tribunal, \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 ao\ue003realizar\ue003juízo\ue003de\ue003admissibilidade\ue003de\ue003agravo. \ue003 \ue003\ue003 Ao\ue003recurso\ue003extraordinário\ue003ficou\ue003reservada\ue003a\ue003tarefa\ue003de\ue003zelar\ue003pelo\ue003cumprimento\ue003da\ue003Constituição\ue003Federal.\ue003 Os\ue003embargos\ue003de\ue003declaração\ue003são\ue003um\ue003recurso\ue003de\ue003características\ue003peculiares. \ue003 \ue003\ue003 \ue003 1.5.2.\ue003Princípio\ue003Da\ue003Taxatividade\ue003 \ue003\ue003 Segundo esse princípio, só há os recursos que a lei federal prevê ou vier a prever. A taxatividade dos \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 recursos significa a necessidade de que sejam criados por lei federa, nada impedindo, portanto, que haja \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 recursos,\ue003previstos\ue003por\ue003outras\ue003leis\ue003federais,\ue003fora\ue003do\ue003sistema\ue003do\ue003CPC. \ue003 \ue003\ue003 \ue003\ue003 1.5.3.\ue003Princípios\ue003Da\ue003Unicidade\ue003(Da\ue003Singularidade\ue003Ou\ue003Da\ue003Unirrecorribilidade)\ue003 \ue003\ue003 Dos princípios habitualmente mencionados como inspiradores da sistemática recursal merece \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 lembrança o da unicidade, que consiste na regra de que contra uma decisão só deve caber um recurso ou, \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 pelo\ue003menos,\ue003um\ue003por\ue003vez.\ue003 \ue003 1.5.4.\ue003Princípio\ue003da\ue003fungibilidade. \ue003 \ue003\ue003 Segundo\ue003este\ue003princípio,\ue003um\ue003recurso\ue003pode\ue003ser\ue003recebido\ue003por\ue003outro,\ue003sob\ue003certas\ue003condições. \ue003 \ue003\ue003 \ue003 1.5.5.\ue003Princípio\ue003Da\ue003Proibição\ue003Da\ue003Reformation\ue003In\ue003Peius\ue003 \ue003\ue003 No direito brasileiro, a noção de interesse em recorrer repousa sobre circunstância colhida no \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 passado, que é a sucumbência, e perspectiva futura de melhora da situação. Assim, pode recorrer aquele que \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 tiver obtido menos do que pleiteou e que, simultaneamente, puder vislumbrar a possível obtenção de \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 vantagem\ue003com\ue003o\ue003julgamento\ue003do\ue003recurso. \ue003 \ue003\ue003 É que, no direito brasileiro, se proíbe a reformatio in peius. Isto significa que o recorrente nunca corre \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 o risco de ver piorada a sua situação. Tendo sido impugnada a decisão, ou a situação se mantém como está, \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 ou\ue003melhora.\ue003 \ue003 1.5.6.\ue003Princípio\ue003do\ue003duplo\ue003grau\ue003de\ue003jurisdição \ue003 \ue003\ue003 Este princípio nasceu da preocupação com o abuso do poder pelos magistrados. Tem sido entendido \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 como garantia fundamental de boa justiça. Consiste no princípio segundo o qual uma mesma matéria deve ser \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 decidida\ue003duas\ue003vezes,\ue003por\ue003dois\ue003órgãos\ue003diferentes\ue003do\ue003Poder\ue003Judiciário. \ue003 \ue003\ue003 \ue003 1.6.\ue003EFEITOS \ue003 \ue003\ue003 Os recursos têm ou podem ter inúmeros efeitos. O primeiro deles consiste em obstar a formação da \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 coisa julgada, pelo menos com relação à parte da decisão de que não se está recorrendo. A interposição de \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 recurso obsta, também, a ocorrência de preclusão. O segundo consiste em que todo recurso tem efeito \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 devolutivo.\ue003 \ue003\ue003 \ue003 1.7.\ue003CLASSIFICAÇÃO \ue003 \ue003\ue003 Em função do objeto tutelado pelos recursos, podemos classifica\ue010los em recursos ordinários e \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 extraordinários. Nos recursos ordinários, pretende a parte ver reapreciado pelo Poder Judiciário um direito seu, \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 subjetivo. Avulta, na formulação desses recursos, a situação concreta e específica de um direito que teria sido \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 violado,\ue003e\ue003cuja\ue003reparação,\ue003lato\ue003sensu,\ue003foi\ue003pleiteada.\ue003 \ue003\ue003 Nos recursos extraordinários, esse objetivo não é atingido, senão indiretamente. O que se tutela por \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 meio\ue003desse\ue003tipo\ue003de\ue003recurso\ue003é\ue003o\ue003sistema\ue003jurídico\ue003ou,\ue003em\ue003outras\ue003palavras,\ue003o\ue003direito\ue003objetivo.\ue003 \ue003\ue003 Segundo um outro critério, diz respeito à fundamentação, os recursos podem ser classificados em \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 recursos\ue003de\ue003fundamentação\ue003livre\ue003e\ue003recursos\ue003de\ue003fundamentação\ue003vinculada.\ue003 \ue003\ue003 Serão recursos de fundamentação vinculada aqueles em que a lei só permite que seja baseado em \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 determinados\ue003fundamentos\ue003a\ue003respeito\ue003dos\ue003quais\ue003dispõe\ue003expressamente. \ue003 \ue003\ue003 \ue003\ue003 2.\ue003APELAÇÃO\ue003 2.1.\ue003NOÇÕES\ue003GERAIS\ue003 \ue003\ue003 A apelação é o recurso que cabe de toda e qualquer sentença, e representa de modo eficiente a \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 adoção,\ue003pelo\ue003sistema\ue003brasileiro,\ue003do\ue003princípio\ue003do\ue003duplo\ue003grau\ue003de\ue003jurisdição.\ue003 \ue0032.2.\ue003OBJETO\ue003\u2013\ue003SENTENÇA\ue003 \ue003\ue003 A apelação é cabível de toda e qualquer sentença, seja proferida em processos de conhecimento, \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 cautelar ou de execução. Cabe apelação de sentença proferida em qualquer tipo de rito, comum (ordinário ou \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 sumário)\ue003e\ue003especial.\ue003É\ue003apelável\ue003sentença\ue003proferida\ue003tanto\ue003em\ue003jurisdição\ue003voluntária\ue003quanto\ue003contenciosa. \ue003 \ue003 2.3.\ue003LEGITIMIDADE\ue003 \ue003\ue003 Quem tem legitimidade para apelar, diz\ue010se, é a parte sucumbente. Também tem legitimidade para \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 apelar (e interesse) o terceiro prejudicado. Só se pode falar em terceiro interessado depois da sua \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 sucumbência\ue003(prejuízo\ue003de\ue003terceiro).\ue003 \ue003\ue003 Pode recorrer também o Ministério Público, quer na condição de parte, quer na de fiscal da lei, como \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 terceiro,\ue003desde\ue003que\ue003seja\ue003sucumbente\ue003(na\ue003medida\ue003da\ue003sucumbência\ue003de\ue003terceiro) \ue003 \ue003\ue003 Dentro deste tópico, ainda cabe tratar da possibilidade de que haja recurso de ofício. Há discussão, \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 no plano da doutrina, a respeito de ser, ou não, a remessa de ofício (automática, sem interferência da vontade \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 da\ue003parte)\ue003um\ue003recurso. \ue003 \ue003\ue003 \ue003 2.4.\ue003O\ue003QUE\ue003SE\ue003DENUNCIA \ue003 \ue003\ue003 Na apelação, denunciam\ue010se erros ou vícios de juízo, os erros de juízo são aqueles ligados ao juízo de \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 mérito,\ue003os\ue003erros\ue003in\ue003procedendo\ue003são\ue003aqueles\ue003dizem\ue003respeito\ue003ao\ue003procedimento.\ue003 \ue003\ue003 Havendo ambos os vícios e pretendendo a parte impugnar ambos, devem constar, em primeiro lugar, \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 da\ue003petição\ue003de\ue003recurso,\ue003os\ue003errores\ue003in\ue003procedendo\ue003e,\ue003em\ue003seguida,\ue003os\ue003errores\ue003in\ue003judicando.\ue003 \ue003\ue003 Normalmente, acolhida argüição que se possa fazer na apelação, a respeito dos vícios de juízo, \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 gera\ue010se\ue003a\ue003substituição\ue003da\ue003sentença\ue003por\ue003um\ue003acórdão\ue003(cujo\ue003valor\ue003intrínseco\ue003seja\ue003o\ue003de\ue003sentença).\ue003 \ue003\ue003 Por outro lado, acolhida a argüição de error in procedendo, a sentença é, pelo tribunal, simplesmente \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 anulada. \ue003 2.5.\ue003INTERPOSIÇÃO \ue003 \ue003\ue003 O prazo para a interposição das apelação é de 15 dias, a contar da publicação da decisão de que se \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 quer\ue003recorrer.\ue003 \ue003\ue003 Trata\ue010se, via de regra, de duas petições escritas: uma, dirigida ao próprio órgão a quo, chamada de \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 petição\ue003de\ue003interposição,\ue003onde\ue003a\ue003parte\ue003praticamente\ue003anuncia\ue003que\ue003vai\ue003interpor\ue003o\ue003recurso.\ue003 \ue003\ue003 A outra, dirigida ao tribunal, é a petição de razões, onde o recorrente expõe os porquês de dever a \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 decisão ser alterada e formula o pedido de reforma da decisão, fixando os limites dentro dos quais pode \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 decidir\ue003o\ue003tribunal,\ue003julgando\ue003o\ue003recurso.\ue003 \ue0032.6.\ue003JUÍZO\ue003DE\ue003RETRAÇÃO\ue003 \ue003\ue003 Tendo o juiz indeferido a inicial, e tendo o autor interposto, desta decisão, recurso de apelação, pode \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 o\ue003juiz,\ue003depois\ue003de\ue003receber\ue003as\ue003contra\ue010razões,\ue003voltar\ue003atrás.\ue003Tem,\ue003para\ue003fazê\ue010lo,\ue003o\ue003prazo\ue003de\ue00348\ue003horas. \ue003 \ue0032.7.\ue003CONTEÚDO\ue003 \ue003\ue003 Para que o recurso de apelação possa ser conhecido, é preciso que seja interposto mediante petição \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 dirigida ao juiz a quo, acompanhada das razões de apelação, isto é, da fundamentação, em que o recorrente \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 (apelante) demonstrará as razões de seu inconformismo com a sentença recorrida. As razões de apelações \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 devem conter os nomes e qualificação das partes e devem ser dirigidas ao juiz ad quem, que será o tribunal \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 competente\ue003para\ue003conhecê\ue010la\ue003e\ue003julgá\ue010la.\ue003 \ue003\ue003 \ue003 2.8.\ue003EFEITOS \ue003 \ue003\ue003 Dentre os principais efeitos da apelação estão, em primeiro lugar, o de manter o processo vivo, \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 obstando\ue003o\ue003trânsito\ue003em\ue003julgado.\ue003 \ue003\ue003 A apelação só não obstará a que a decisão impugnada produza efeitos se houver previsão legal \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 expressa\ue003de\ue003que,\ue003naquele\ue003caso\ue003concreto,\ue003a\ue003apelação\ue003é\ue003desprovida\ue003de\ue003efeito\ue003suspensivo.\ue003 \ue003 2.9.\ue003PROCESSAMENTO\ue003EM\ue003PRIMEIRO\ue003GRAU \ue003 \ue003\ue003 Assim que interposta a apelação deverá o juiz decidir pelo seu recebimento, ou não, e, caso positivo, \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 decidir quanto aos efeitos em que a recebe, mandando dar vista à parte contrária (apelado) para responder. \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 Depois disso, isto é, apresentada a resposta pelo recorrido, pode o juiz, facultativamente, reexaminar os \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 pressupostos\ue003de\ue003admissibilidade\ue003do\ue003recurso.\ue003 \ue003\ue003 \ue003 2.10.\ue003PROCESSAMENTO\ue003EM\ue003SEGUNDO\ue003GRAU \ue003 \ue003\ue003 No tribunal onde será processada e julgada, a apelação será registrada e distribuída, designando\ue010se \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 relator, revisor e terceiro juiz (juiz vogal). A sessão de julgamento será designada pelo presidente do órgão \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 fracionário (câmara). No julgamento, tem precedência a matéria relativa à admissibilidade do recurso, argüida \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 em\ue003preliminar.\ue003 \ue003\ue003 Depois de terem sido tomados os votos dos membros da câmara, pela ordem, relator revisor e \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 terceiro juiz, o presidente anunciará publicamente o resultado do julgamento, determinando ao relator que se \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 incumba\ue003da\ue003redação\ue003do\ue003acórdão.\ue003 \ue003\ue003 \ue003 3.\ue003RECURSO\ue003DE\ue003AGRAVO\ue003 \ue003\ue003 O agravo é o recurso cabível de toda e qualquer decisão interlocutória proferida no processo civil, já a \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 decisão interlocutória, são as decisões em que o juiz pode deferir ou indeferir provas, afastando argüições de \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 nulidades relativas e absolutas, concedendo ou negando pedidos liminares (em ações cautelares em \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 procedimentos\ue003especiais\ue003e\ue003tutela\ue003antecipada).\ue003Enfim\ue003acolhe\ue003argüições\ue003e\ue003determina\ue003que\ue003vícios\ue003sejam\ue003sanados. \ue003 \ue003\ue003 Existem decisões proferidas no âmbito dos Tribunais em geral, essas dizem respeito ao juízo de \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 admissibilidade dos recursos. São por isso agraváveis, não sendo deste mesmo regime. Também temos o \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 agravo\ue003interponível\ue003de\ue003decisão\ue003proferida\ue003pelo\ue003juiz\ue003singular,\ue003no\ue003primeiro\ue003grau\ue003de\ue003jurisdição.\ue003 \ue003\ue003 \ue003\ue003 3.1.\ue003AGRAVO\ue003RETIDO\ue003 \ue003\ue003 Proferida a interlocutória que prejudica a parte, o recurso pode ser interposto sob forma de retenção e \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 tem como objetivo evitar a preclusão. O agravo retido é interposto em petição fundamentada, sem documentos \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 no prazo de dez dias, em principio não há contraditório. Mas,se o juiz diante da argumentação do recorrente, \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 se convencer a alterar a decisão nesse caso terá que ouvir ou provocar o contraditório antes de decidir. A \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 outra parte deve ser ouvida no prazo de dez dias (art 523 § 2° ) antes da lei 10.352/2001, o juiz tinha cinco \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 dias para reformar a decisão exercendo o juízo de retratação, mas estava diante de prazo impróprio cujo \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 descumprimento não acarretava nenhum tipo de conseqüência processual. Mesmo não havendo preclusão \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 temporal, existia uma espécie de preclusão lógica e caso esse processo fosse adiante e a decisão agravada, \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 fosse\ue003efetivada.\ue003 \ue003\ue003 O art 523§2° do CPC foi alterado, e, interposto o agravo e ouvido o agravado no prazo de dez dias o \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 juiz\ue003pode\ue003reformar\ue003a\ue003decisão.\ue003Isso\ue003não\ue003quer\ue003dizer\ue003que\ue003o\ue003juiz\ue003está\ue003livre\ue003para\ue003retratar\ue010se\ue003a\ue003qualquer\ue003tempo. \ue003 \ue003\ue003 A segurança jurídica obsta, que as questões de ordem pública, a retratação possa ocorrer depois que \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 o processo, a despeito do agravo retido, tenha sido levado adiante pelo juiz, com a decisão retratada e \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 inclusive\ue003produzido\ue003os\ue003efeitos.\ue003 \ue003\ue003 O agravo retido pode ser interposto quer sob a forma oral ou escrita e se oral posteriormente será \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 reduzida à termo nos autos e se tratar de decisão interlocutória é uma opção da parte interpor o agravo oral ou \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 escrito.\ue003Esse\ue003agravo\ue003fica\ue003retido\ue003nos\ue003autos\ue003e\ue003só\ue003sobe\ue003quando\ue003houver\ue003apelação\ue003subindo\ue003assim\ue003o\ue003processo. \ue003 \ue003\ue003 O recorrente deve necessariamente reiterar em razões (apelante) contra razões (apelado)sem desejo \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 no\ue003sentido\ue003de\ue003o\ue003agravo\ue003anteriormente\ue003interposto,\ue003julgado,\ue003sob\ue003pena\ue003de\ue003o\ue003recurso\ue003não\ue003ser\ue003conhecido. \ue003 \ue003\ue003 O agravo retido é julgado como preliminares de apelação e fisicamente no mesmo acórdão que julga \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 a\ue003apelação,\ue003serão\ue003dois\ue003acórdãos\ue003considerados\ue003para\ue003efeitos\ue003de\ue003recursos\ue003posteriormente\ue003cabíveis.\ue003 \ue003\ue003 \ue003 3.2.\ue003AGRAVO\ue003DE\ue003INSTRUMENTO\ue003 \ue003\ue003 Poderá ser interposto pela parte sucumbental em dez dias em petição extraída e providenciada pela \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 parte\ue003através\ue003de\ue003seu\ue003advogado\ue003pode\ue003ser\ue003protocolado\ue003pelo\ue003tribunal\ue003ou\ue003interposto\ue003de\ue003forma\ue003prevista\ue003na\ue003lei\ue003local.\ue003 \ue003\ue003 \ue003 3.3.\ue003PROCEDIMENTO\ue003EM\ue003PRIMEIRO\ue003GRAU\ue003DE\ue003JURISDIÇÃO \ue003 \ue003\ue003 A parte recorrente tem três dias para juntar aos autos, no juízo AQUO, copia da petição de \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 interposição e a lista dos documentos juntados. Antes se discutia muito sobre a natureza desse prazo e sobre \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 essa juntada que seria um ônus ou Faculdade mas a lei 10352 de 26 de Dezembro de 200l pôs fim a tal \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 discussão então a discussão em primeiro grau passa a ter natureza ônus e o não cumprimento do dispositivo \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 importa\ue003em\ue003inadmissibilidade\ue003do\ue003agravo. \ue003 \ue003\ue003 O juiz pode ser intimado para prestar informações e essa intimação pode ser feita por iniciativa do \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 relator, perante o qual o recurso foi interposto. A doutrina nesse caso considera que se trata de oportunidade e \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 pode ocorrer a retratação, e se há esse juízo não foi respeitado o principio do contraditório que a lei cuidou em \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 fazer\ue003cumprir,\ue003quando\ue003tratou\ue003da\ue003retratabilidade\ue003no\ue003regime\ue003do\ue003agravo\ue003retido.\ue003 \ue003\ue003 \ue003 3.4.\ue003PROCEDIMENTO\ue003DE\ue003SEGUNDO\ue003GRAU\ue003DE\ue003JURISDIÇÃO \ue003 Recebido o recurso do segundo grau pelo relator, pode requisitar as informações ao juiz que prolatou \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 a decisão que esta sendo impugnada. Pode, se tiver requerimento da parte determinar que a decisão recorrida \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 não reproduza efeito enquanto estiver tramitando o agravo. Deve necessariamente intimar a parte dando\ue010lhe \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 oportunidade de manifestar\ue010se, essa intimação será feita pelo órgão da imprensa oficial quando a causa em \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 primeiro grau tramitar na mesma comarca onde se situa o tribunal ou em comarca cujo o expediente forense \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 seja\ue003divulgado\ue003no\ue003órgão\ue003oficial.\ue003Nos\ue003demais\ue003casos\ue003a\ue003intimação\ue003ocorrera\ue003pelo\ue003correio.\ue003 \ue003\ue003 \ue003 3.5.\ue003JUÍZO\ue003DE\ue003RETRATAÇÃO \ue003 \ue003\ue003 Tendo havido retratação, considera a lei que o agravo, antes interposto, deva ser considerado como \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 prejudicada e inconformada deve esta interpor outro recurso, não podendo como ocorria no regime anterior, \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 aproveitar\ue003o\ue003recurso\ue003interposto. \ue003 \ue003\ue003 Para o agravo de instrumento a lei não dispôs a respeito de qual seria o momento adequado e nem \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 como\ue003se\ue003daria\ue003o\ue003contraditório. \ue003 \ue003\ue003 \ue003 3.6.\ue003EFEITO\ue003SUSPENSIVO\ue003 \ue003\ue003 O artigo 558 CPC hoje é redigido de forma ampla, a exceção na revogada. O agravo não tem efeito \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 suspensivos, normalmente a decisão e impugnada, apesar da interposição continua a produzir efeitos, antes \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 era usada a técnica da taxatividade, imprimindo efeitos suspensivos ao agravo. Hoje o artigo 558 e \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 exemplificativo, podendo ser concedido pelo relator efeito suspensivo ao agravo, desde que a parte demonstre \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 aparência de bom direito e quando não suspensos os efeitos da decisão impugnada, e quando a decisão de \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 agravo,\ue003ainda\ue003que\ue003esta\ue003seja\ue003a\ue003seu\ue003favor,\ue003seria\ue003muito\ue003provavelmente\ue003inútil.\ue003 \ue003\ue003 \ue003 3.7.\ue003JUÍZO\ue003DE\ue003ADMISSIBILIDADE\ue003PELO\ue003RELATOR\ue003 \ue003\ue003 A lei permite que o relator obste o requerimento ao agravo quando inadmissível, improcedente \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 prejudicado e em confronto com sumula ou jurisprudências de tribunais superiores. O art. 557 do CPC foi \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 alterado pela lei 9.756 de 17/12/98 que diz a respeito do juízo de admissibilidade dos recursos ordinários e ao \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 agravo em geral, aos embargos infringentes e a apelação. Também diz respeito as circunstancias ao que o \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 relator pode negar seguimento ou recurso, não só em confronto. Esse artigo tem se mostrado problemático \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 pela doutrina e se utiliza de duas expressões negar segmento improcedente uma remete ao juiz de \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 inadmissibilidade e a segunda ao juízo de mérito. Antes havia uma critica de que o legislador atribuiu mais \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 importância\ue003as\ue003sumulas\ue003do\ue003que\ue003aquela\ue003que\ue003teria\ue003permitida\ue003pelo\ue003nosso\ue003sistema\ue003constitucional.\ue003 \ue003\ue003 A critica agora deve se tornar mais veemente já que não só ser contrario a sumula mas também a \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 jurisprudência dominante esses, são motivos capazes considerados que dão azo a decisão que nega \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 segmento\ue003ao\ue003recurso.\ue003Em\ue003fim\ue003há\ue003recurso\ue003de\ue003agravo\ue003e\ue003diversos\ue003possíveis\ue003regimes\ue003jurídicos\ue003ou\ue003procedimentos.\ue003 \ue003\ue003 \ue003 3.8.\ue003DA\ue003OPÇÃO\ue003ENTRE\ue003REGIMES\ue003 \ue003\ue003 Na maioria das vezes a cargo da parte optar pelo regime de retenção ou da interposição direta do \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 tribunal. Todavia o relator do agravo tem o poder de converter o agravo de instrumento em agravo retido salvo \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 quando se tratar de provisão de agravo de urgência ou houver perigo ou lesão grave ou de difícil e incerta \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 reparação, remetendo os respectivos autos ao juízo da causa, onde serão apensados aos principais, cabendo \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 agravo dessa decisão ao órgão colegiado competente ( art. 552 II pela lei 10352 de 200l ) Há limites expressos \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 na lei para parte escolher o regime de agravo, tendo de ingressar com agravo retido e não pode optar pelo \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 agravo de instrumento e se tratar de decisão proferida na audiência de instrução e julgamento ou posterior a \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 sentença.\ue003 \ue003\ue003 A doutrina também cogita de casos em que é impossível agravar sob o regime da retratação, \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 cabendo apenas agravo de instrumento, ocorre apenas em face das decisões concessivas ou denegatórias de \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 tutela\ue003urgente\ue003e\ue003das\ue003decisões\ue003que\ue003versam\ue003sobre\ue003matéria\ue003a\ue003respeito\ue003da\ue003qual\ue003não\ue003se\ue003opere\ue003a\ue003preclusão\ue003. \ue003 \ue003\ue003 Quando falta interesse processual para o agravo retido pois ele não será nenhuma utilidade para a \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 parte, já que o resultado visado pode ser atingido na apelação. Nesses casos apenas o agravo de instrumento \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 é justificável sob o prisma do interesse processual. Portanto não cabe agravo retido nos processos em que \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 não\ue003há\ue003a\ue003perspectiva\ue003de\ue003sentença\ue003final\ue003apelável.\ue003 \ue003\ue003 \ue003\ue003 4.\ue003EMBARGOS\ue003INFRINGENTES\ue003 \ue003\ue003 Os embargos infringentes são recursos que recebem muitas criticas pelo sistema brasileiro, devido a \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 excessiva\ue003duração\ue003dos\ue003processos\ue003no\ue003Brasil,\ue003sendo\ue003responsável\ue003esse\ue003que\ue003é\ue003típico\ue003luso\ue003brasileiro. \ue003 \ue003\ue003 \ue003 4.1.\ue003ADMISSIBILIDADE \ue003 \ue003\ue003 Esses embargos somente são cabíveis quando não são frutos da unanimicidade acórdãos que julgam \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 a apelação ou ação rescisória, também cabe contra acórdão proferido por maioria em agravo retido, quando \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 se tratar de matéria de mérito. Mas, esse recurso só cabe quando o acórdão não unânime houver julgado \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 procedente ação rescisória, serve para dirimir divergências entre os votantes essa que pode ser no âmbito da \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 admissibilidade da apelação ou ação rescisória no plano do mérito cabendo esse embargo quando o recurso \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 de apelação foi admitido por maioria, e no mérito todos concordaram, achando que o apelante tinha razão e a \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 sentença de mérito devia ser reformada. As preliminares da admissibilidade devem ser votadas \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 separadamente do mérito, o juiz que pensava não ser cabível a apelação, é vencido no juízo de \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 admissibilidade e tem que votar o mérito. Então há acórdão não unânime que em apelação reformou a \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 sentença\ue003de\ue003mérito.\ue003 \ue003\ue003 \ue003 4.2.\ue003OBJETIVO \ue003 \ue003\ue003 Fazer com que prevaleça o voto vencido, assim o recorrente nada mais pode pleitear, a não ser que \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 prevaleça a conclusão do voto vencido. Assim o recorrente não deve desejar obter mais do que lhe dava o \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 voto que acabou não prevalecendo. O efeito devolutivo dos embargos infringentes é restrito, entre os votos \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 vencedores e os votos vencidos, quando o sucumbente pode recorrer querendo saber qual constou do voto \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 vencido, tem que interpor por embargos de declaração objetivando a constatação do acórdão os argumentos e \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 conclusão\ue003do\ue003voto\ue003vencido.\ue003 \ue003\ue003 \ue003 4.3.\ue003EFEITOS \ue003 \ue003\ue003 Devolutivo restrito não tem nem deixam de ter, efeito suspensivo interferem, por si mesmos nas \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 circunstâncias\ue003de\ue003estar\ue003ou\ue003não\ue003sendo\ue003executada\ue003a\ue003decisão\ue003recorrida.\ue003 \ue003\ue003 \ue003 4.4.\ue003PROCEDIMENTOS\ue003 \ue003\ue003 Os embargos infringentes são interponíveis no prazo de quinze dias e processados nos próprios \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 autos e apresentados perante o relator da apelação ou da ação rescisória no qual abrira vistas ao embargado, \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 para\ue003responder\ue003em\ue003quinze\ue003dias.\ue003 \ue003\ue003 O relator do acórdão apreciará a admissibilidade dos embargos e poderá indeferi\ue010los de plano, se \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 faltem requisitos do art 531do CPC e se negativo cabe agravo em cinco dias art 532 do CPC, pode ser agravo \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 interno pois trata\ue010se de mecanismos que o ordenamento estabelece para impugnar as decisões individuais dos \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 membros dos tribunais. A troca de um relator só é possível se ele não participou do julgamento que gerou o \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 acórdão embargado.(mas a lei 10.352/2001 deixa de ser imposição legal a distribuição dos embargos de \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 infringentes\ue003à\ue003um\ue003novo\ue003relator. \ue003 \ue003\ue003 \ue003 4.5.\ue003EXCEÇÃO\ue003AO\ue003PRINCIPIO\ue003DA\ue003UNICIDADE\ue003 \ue003\ue003 Antes a lei previa que os acórdãos proferidos em parte por maioria e em parte por unanimemente \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 deviam ser interpostos os embargos infringentes o recurso extraordinário e especial, unânime e \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 simultaneamente\ue003sob\ue003pena\ue003de\ue003preclusão. \ue003 \ue003\ue003 Pela lei 10.352/26/12/01 deixou de haver a determinação de interposição simultânea dos embargos \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 infringentes e dos recursos especial e extraordinário. Mas o art 498 do CPC diz que os acórdãos que contiver \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 capítulos decidido por maioria e unanimicidade, primeiro há o prazo para embargos e se couberem após teria \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 o razo para recurso especial ou extraordinário relativamente a parte unânime ficara sobrestado até a intimação \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 da decisão nos embargos infringentes, quando não forem interpostos esses o prazo terá como dia de inicio o \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 qual\ue003em\ue003que\ue003transitar\ue003em\ue003julgado\ue003o\ue003capitulo\ue003unânime.\ue003 \ue003\ue003 \ue003 5.\ue003EMBARGOS\ue003DE\ue003DECLARAÇÃO\ue003 \ue003\ue003 Trata\ue010se de um recurso cuja existência advém do principio da inafastabilidade do controle \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 jurisdicional. Tem como objetivo esclarecer ou integrar os pronunciamentos judiciais. Os jurisdicionados têm o \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 direito a prestação jurisdicional e essa prestação deve ocorrer de forma completa e veiculada de decisão que \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 seja clara. Assim, a existência dos embargos de declaração se liga a única forma correta através da qual se há \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 de entender o principio da inafastabilidade do controle jurisdicional se liga ao objetivo desse recurso, \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 esclarecendo\ue003ou\ue003integrando\ue003pronunciamento\ue003impugnado. \ue003 \ue003\ue003 \ue003 5.1.\ue003OBJETO \ue003 \ue003\ue003 Todo e qualquer pronunciamento jurisdicional pode ser objeto de embargos de declaração, decisões \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 interlocutórias, sentenças e acórdão. Tem por objetivo corrigir obscuridade, contradição e omissão na decisão, \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 a parte dispõe desse recurso para provocar a anulação a substituição o esclarecimento integração ou decisão \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 impugnada. \ue003 \ue003\ue003 \ue003 5.2.\ue003FUNÇÕES\ue003 \ue003\ue003 Corrigir uma decisão errada, gerando, portanto o efeito modificativo da decisão impugnada. Pode \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 ocorrer a obscuridade e a omissão, mas, a contradição está nos fundamentos ou no decisório ou entre os dois, \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 entre a emenda e o corpo do acórdão. Pode ocorrer que, como efeito modificativo ou infringente ocorre \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 quando o juiz, ao julgar os embargos, for suprir uma omissão, faça com que, as demais decisões não possam \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 ser aproveitadas. Exemplo é quando o juiz aprecia a matéria prescrição quando da prolação da sentença se \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 esquece e julga a ação procedente. O réu recorre e pede para o juiz analisar seja para rechaçar ou para \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 acolher\ue003a\ue003prescrição,\ue003o\ue003resto\ue003da\ue003decisão\ue003tornará\ue003imprestável.\ue003 \ue003\ue003 \ue003 5.3.\ue003PROCEDIMENTO\ue003 \ue003\ue003 Esses recursos são interpostos, através de petição escrita dirigida ao relator do acórdão, ou ao juiz \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 prolator da decisão no prazo de cinco dias. Não são preparados e não tem contraditório, não comportam \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 sustentação\ue003oral\ue003e\ue003devem\ue003ser\ue003julgado\ue003se\ue003possível\ue003pelo\ue003mesmo\ue003relator.\ue003 \ue003\ue003 \ue003 5.4.\ue003EFEITOS \ue003 \ue003\ue003 Obstar a coisa julgada, com efeito devolutivo esse que ocorre mesmo que o órgão do poder judiciário \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 desenvolva a matéria para reapreciação não seja de superior hierarquia àquele que o proferiu a decisão \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 impugnada. Após interpostos os embargos infringentes e quando manifestados postulatórios e a condenação \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 embargada a pagar multa não excedente a 1% do valor da causa. Após reiterados os embargos protelatórios \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 as multas podem ser elevadas em 10%do valor da causa, ficando condicionada a interposição de outro \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 recurso\ue003ao\ue003depósito\ue003desse\ue003valor.\ue003 \ue003\ue003 \ue003 6.\ue003RECURSO\ue003ESPECIAL\ue003E\ue003RECURSO\ue003EXTRAORDINÁRIO\ue003 \ue003\ue003 Esse recursos tem ligação com a historia política do nosso país, trata\ue010se de recurso de \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 fundamentação veiculada e por meio dos quais se tutela o sistema, o direito objetivo. Tem por objetivo garantir \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 a efetividade a uniformidade e a interpretação do direito objetivo em âmbito Nacional, é por meio desse \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 consegue\ue010se\ue003que\ue003a\ue003própria\ue003Constituição\ue003Federal\ue003seja\ue003efetivamente\ue003aplicada.\ue003 \ue003\ue003 Há necessidade para que sejam interpostos de um prévio esgotamento dos recursos ordinários, \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 assim a parte não pode postular nenhum recurso se este ainda é cabível. Não são recursos que corrigem as \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 injustiças das decisões. A má apreciação dá azo a interposição de recurso de apelação e não de recursos \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 especiais e extraordinários. Ambos são desprovidos de efeitos suspensivos, não impedem que as decisões \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 impugnadas produzam efeito desde logo, ainda que estes possam ser paralisados e a situação voltar ao Statu \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 quo\ue003ante ,\ue003nos\ue003casos\ue003do\ue003julgamento\ue003do\ue003recurso\ue003ser\ue003alterado\ue003o\ue003teor\ue003da\ue003decisão\ue003que\ue003estava\ue003sendo\ue003executada. \ue003 \ue003\ue003 A lei 9.756/98 transformou a forma de processamento de recurso especial e extraordinário interposto \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 contra decisão interlocutória, transformando os em recurso retido como já ocorre no recurso de agravo. Então \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 uma vez interpostos ficam retidos nos autos e só apreciados se a parte reiterar o seu desejo a vê\ue010los julgados \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 no\ue003prazo\ue003para\ue003interposição\ue003do\ue003recurso\ue003contra\ue003decisão\ue003final.\ue003 \ue003\ue003 \ue003 6.1.\ue003RECURSO\ue003ESPECIAL\ue003 \ue003\ue003 Cabe recurso especial de decisão quando não caiba recurso ordinário e que tenha contrariado ou \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 negado vigência a tratado ou de Lei Federal. Essas hipóteses são a decisão de julgar validade da lei ou ato do \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 Governo local contestado em face de lei Federal ou a de decisão de que se recorreu ter dado a lei Federal \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 interpretação\ue003diversa\ue003daquela\ue003que\ue003lhe\ue003tenha\ue003sido\ue003dada\ue003por\ue003outro\ue003tribunal.\ue003 \ue003\ue003 \ue003 6.2.\ue003RECURSO\ue003EXTRAORDINÁRIO \ue003 \ue003\ue003 Este recurso é cabível quando d decisão recorrida, se contrariar dispositivos da CF, pode ser feito \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 declarando se inconstitucional tratado ou lei federal que não o sejam ou julgado valida lei ou ato de governo \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 local\ue003que\ue003tenha\ue003sido,\ue003no\ue003curso\ue003do\ue003processo,\ue003declarado\ue003como\ue003inconstitucional.\ue003 \ue003\ue003 \ue003 6.3.\ue003JUÍZO\ue003DE\ue003ADMISSIBILIDADE\ue003E\ue003SÚMULAS\ue003 \ue003\ue003 A jurisprudência dos tribunais superiores tem se inclinado a criar exigências para a admissibilidade \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 dos recursos extraordinários e especiais que acabaram sendo sumulados. Então a súmula 282 trata da \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 necessidade e do pré\ue010questionamento das decisões, a súmula 356 interpõe embargos declaratórios, e a \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 súmula 7 do STJ e a 279 do STF determinam o não reexame de provas e que não sejam revistos e avaliados \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 os fatos no recurso especial. Pois se trata de estrito direito, em que se tutela o direito objetivo e se presta a \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 uniformizar a jurisprudência do Estado para com a lei federal e para que não seja interpretada de modo \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 diverso. \ue003 \ue003\ue003 \ue003 6.4.\ue003PROCEDIMENTO\ue003 \ue003\ue003 Nos casos que incide a regra da retenção, parece que o juízo de admissibilidade dos recursos \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 extraordinários lato sensu não deve ser exercido no juízo A Quo, mas exclusivamente no órgão Ad Quem, \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 primeiro pelo relator e depois pelo órgão competente para julgar o recurso. E se negativa está decisão cabe \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 agravo de instrumento que não se confunde com aquele previsto contra as decisões interlocutórias de primeiro \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 grau, esse agravo deve ser instruído com peças apresentadas pelas partes , obrigatoriamente sob pena de \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 não\ue003conhecimento.\ue003O\ue003agravado\ue003será\ue003intimado\ue003e\ue003tem\ue003o\ue003prazo\ue003de\ue003dez\ue003dias\ue003para\ue003oferecer\ue003resposta. \ue003 \ue003\ue003 Admitido o recurso extraordinário ou especial o tribunal superior procederá o seu julgamento. Se não \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 admitido o agravo e não lhe sendo dado provimento ou tendo sido reformado o acórdão recorrido, caberá em \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 cinco dias outro agravo ao órgão competente para o julgamento do recurso. Onde pode se constituir a \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 \ue003 anulação\ue003da\ue003decisão\ue003ou\ue003na\ue003substituição\ue003da\ue003decisão\ue003por\ue003outra,\ue003do\ue003mesmo\ue003modo\ue003que\ue003ocorre\ue003na\ue003apelação. \ue003 \ue003 7.\ue003EMBARGOS\ue003DE\ue003DIVERGÊNCIA \ue003 \ue003\ue003

ProcessualCivil III -Recursos

UNINASSAU JOÃO PESSOA

Direito Processual Civil III

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