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26/03/2018 1 BIOTRANSFORMAÇÃO E ELIMINAÇÃO DE FÁRMACOS Geórgia Sampaio Profa. Da disciplina: Geórgia Sampaio Fernandes Cavalcante Biotransformação Preparação do fármaco (Metabólito) Eliminação ✓Processo de metabolização de fármacos que ocorrem dentro do organismo, com transformação dos fármacos originais em outras identidades químicas (metabólitos) que podem possuir, ou não, atividade farmacológica ou tóxica. Biotransformação ✓Fígado: principal órgão de biotransformação de medicamentos. Mas podem ser metabolizados: • No plasma; • Nos pulmões; • No intestino. O hepatócito está equipado com muitas enzimas responsáveis pelo metabolismo, localizadas: Hepatócito • na mitocôndria • nas membranas do retículo endoplasmático liso e rugoso. 26/03/2018 2 As reações oxidativas são de dois tipos: Álcool desidrogenase e aldeído desidrogenase Etanol Acetaldeído Acetato Xantina Oxidase Hipoxantina Xantina Ác. Úrico Monoamina Oxidase Metabolismo das catecolaminas e serotonina Metaboliza as aminas biologicamente ativas (norepinefrina). Reações oxidativas não- microssomiais Participação de : ➢Citocromo P450 ➢ Ferro ➢NAD(Nicotinamida Adenina Dinucleotídeo) ➢ Flavoproteína ➢Oxigênio Reações oxidativas microssomais As enzimas do REL São de grande importância para a biotransformação de drogas. SISITEMA CITOCROMO P450 Oxidades mocrossomais de função mista Muitas enzimas hepáticas que metabolizam fármacos, incluindo CYP, estão inseridas no retículo endoplasmático liso. ✓CYP: é um grupo de isoenzimas P450 e existem várias famílias ( 74). ✓CYP 1, CYP 2 e CYP 3: estão envolvidas no metabolismo de fármacos no fígado humano. Reações microssomiais CYP3A 4 Família Subfamília Isoforma 26/03/2018 3 Responsáveis pela metabolização de quase 50% dos fármacos disponíveis na terapêutica CYP2D CYP2C CYP3A Boa quantidade na mucosa do intestino Biotransformação Biotransformação ▪A biotransformação (metabolismo) das drogas que ocorre no fígado envolve dois tipos de reações bioquímicas, conhecidos como: Reações de fase I Reações de fase II 26/03/2018 4 Reações de Fase I: são catabólicas, e seus produtos são mais reativos, por isso as vezes são mais tóxicos. Reações de Fase II: são anabólicas, envolvem a conjugação, gerando produtos inativos. Biotransformação Introduz ou desmascara um grupo funcional polar com o –OH ou –NH2 Apolar Polar Citocromo P450: Radicais polares Substância endógena: Ác. Glicurônico Inativação Esquema adaptado. Imagem: (CHRISTOFF, 2013) REAÇÕES DE FASE I REAÇÕES DE FASE I 26/03/2018 5 Biotransformação Fase I: introdução de um grupo reativo (hidroxila) - processo de funcionalização; Fase II: sistema de conjugação- ligação do substituinte glicuronídeo. As duas fases diminuem a lipossolubilidade aumentando a eliminação renal. REAÇÕES DE FASE I Produzem grupos reativos : - OH, COOH, NH2 Ponto de ataque para as reações de fase II - às vezes os metabólitos podem ser mais tóxicos Outas Oxidases: Epóxido Hidrolase Monooxigenases contendo flavina: Oxidação de N, S e P Desfecho do processo de Biotransformação (fase 1) 26/03/2018 6 Desfecho do processo de Biotransformação (fase 1) REAÇÕES DE FASE II As reações de conjugação envolve principalmente o Glicuronil, mas pode envolver também os grupamentos: Sulfato; Metil; Acetil; Glicil. Acetil-CoA Sulfotransferases Metilação (metiltransferase) Acetilação (N- acetiltransferase) Reações de síntese (anábólicas) resultam em compostos inativos (exceção: Sulfato de minoxidil). Grupamentos envolvidos com maior frequência: Ácido glicurônico ligados á UDP UDP-glicuronosiltransferase S-adenosil metionina REAÇÕES DE FASE II Síntese aumentada e/ou redução da destruição das enzimas microssômicas, podendo assim, aumentar a toxicidade e a capacidade carcinogênica de um fármaco, pois, diversos metabólitos da fase 1 são tóxicos. Indução de enzima microssômica P450: 26/03/2018 7 Indução de enzima microssômica P450: Algumas drogas podem induzir as enzimas citocromo P450 • CYP2B1: induzida pelo fenobarbital • CYP2E1: induzida pela administração crônica de etanol e isoniazida (por exemplo) • rifampicina, carbamazepina... • Poluentes ambientais (Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos) Consequências do aumento da biotransformação: - Menor concentração de fármaco no plasma - Redução Da duração efeito terapêutico - Metabólito inativo - Menos atividade do fármaco - Metabólito ativo – Maior atividade do fármaco Substâncias que interferem na atividade das enzimas bloqueando o processo catalítico. Alguns fármacos competem pelo sítio ativo, mas não são, em si, substratos. Inibição de enzima microssômica P450: Inibição de enzima microssômica P450: Algumas drogas diminuem a atividade das enzimas do CYP Exemplo: • Cimetidina (usado para tratamento de gastrite) • Cetoconazol (antifúngico) P ri n ci p ai s vi as : Urinária: hidrossolúveis Fecal: não absorvido e Excretados na bile Pulmonar: gases e vapores Leite Materno: efeitos toxicológicos no lactente Eliminação Ex: Halotano e isofurano (gases anestésicos) Fígado TB auxilia na excreção Ocorre excreção também pelo suor, saliva, lágrimas, pelos e pele, mas em pequena extensão. 26/03/2018 8 Eliminação biliar e circulação êntero-hepática ➢ Fármacos lipossolúveis são excretados junto com a bile no intestino delgado e podem ser eliminado nas fezes (5% no total) ➢ Vários conjugados hidrofílicos de fármacos são concentrados na bile e levados para ao intestino, onde é hidrolisado, liberando o fármaco ativo novamente; o fármaco livre pode então ser reabsorvido e o ciclo repetir-se (circulação êntero- hepática). EX: Morfina e etinilestradiol Eliminação Os metabólitos são quase sempre retirados mais rapidamente do que o fármaco original. Os Fármacos são eliminados pelos rins de diferentes maneiras. Três processos ocorrem para eliminação renal: ➢Filtração glomerular; ➢Secreção tubular (túbulo proximal); ➢Difusão através do túbulo renal (túbulo distal). Eliminação Renal dos fármacos e seus metabólitos: Eliminação renal dos fármacos 26/03/2018 9 Eliminação renal dos fármacos Filtração glomerular OBS: A lipossolubilidade e o pH não influenciam a passagem dos fármacos para o filtrado glomerular. Filtração glomerular Os capilares glomerulares permitem que moléculas de fármacos com pelo molecular abaixo de 20.000 Da se difundam para o filtrado glomerular. ➢ A lipossolubilidade e o pH não influenciam a passagem dos fármacos para o filtrado glomerular. Altamente influenciada por: ➢Taxa de ligação à proteínas plasmáticas; Ex: Varfarina 98% ligação à albumina e 2% filtração glomerular. ➢Velocidade de filtração glomerular . Ex.: Digoxina e antibióticos aminoglicosídeos- não são inativados pelo metabolismo, e a velocidade de eliminação renal é o principal fator determinante da duração de sua ação. Filtração glomerular 26/03/2018 10 Secreção tubular Transporte ativo: 1- ânions Forma desprotonada do ácido fracos (A-) 2- Cátions Formas protonadas de bases fracas (BH+) * Carreadores de baixa especificidade. ➢20% do fluxo é filtrado pelo glomérulo, deixando pelo menos 80% do fármaco que chega ao rim passar para os capilares peritululares do túbulo proximal. ➢Importante para: ➢Eliminar substâncias que não foram filtradas (grandes); ➢Eliminar substâncias indesejadas como a ureia e o ácido úrico;➢Eliminar o excesso de potássio; ➢Controlar o pH do sangue Secreção tubular Mecanismo de transporte: Difusão simples Difusão através do túbulo renal “Aprisionamento iônico” Ácidos fracos Alcalinização da urina Ex: Fenobarbital + Bicarbonato de sódio Base fraca Acidificação da urina Ex: Anfetamina + NH4CL 26/03/2018 11 Efeito do pH urinário na eliminação de fármacos O volume de urina produzida é de aprox. 1 % do volume filtrado glomerular. ➢Cerca de 99% do fármaco filtrado será reabsorvido passivamente. ➢A eliminação dos fármacos lipossolúveis é mínima, enquanto os fármacos polares, permanecem na luz do túbulo. Difusão através do túbulo renal Devido à participação pelo pH, ácidos fracos são eliminados mais rapidamente em urina alcalina e vice- versa. Diversos fármacos importantes são removidos predominantemente por eliminação renal, podendo causar toxicidade em idosos e pacientes com doença renal. Difusão através do túbulo renal Depuração (cleareance) renal ➢Volume de plasma que contém a quantidade da substância removida pelos rins na unidade de tempo. 26/03/2018 12 RELEMBRANDO E APRENDENDO MAIS ALGUNS CONCEITOS... Novos conceitos Latência Pico de ação Duração de ação Dependes de: Absorção Velocidade de distribuição Metabolismo Excreção 26/03/2018 13 Concentração Mínima Tóxica Concentração Mínima Eficaz Intensidade do Efeito Período de latência Tempo Eficaz Pico de ação Início do efeito Margem de segurança = Janela terapêutica Depuração do fármaco Resumindo...
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