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Resumo - Aulas 01 à 10

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PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA APRENDIZAGEM 
Aula 01 – Teorias de Desenvolvimento: Introdução 
Nesta aula, iremos explorar o que trata a disciplina Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem, o que ela 
propõe estudar e qual sua contribuição para nossa formação enquanto educadores e docentes. 
A Psicologia pode ser considerada como a ciência que estuda os processos mentais (sentimentos, pensamento, 
razão) e o comportamento humano e animal. 
As antigas concepções de inteligência e de desenvolvimento cognitivo sofreram uma revolução com as ideias 
introduzidas por Piaget. (Jean Piaget (Neuchâtel, 9 de agosto de 1896 – Genebra, 16 de setembro de 1980), estudou 
inicialmente biologia e, posteriormente, se dedicou à área de psicologia, epistemologia e educação. Foi professor de 
psicologia na universidade de Genebra, Suiça, de 1929 a 1954, e ficou conhecido principalmente por organizar o 
desenvolvimento cognitivo em uma série de estágios.) 
Em seus estudos, Piaget partiu de pesquisas baseadas na observação e em entrevistas que realizou com crianças. 
Interessou-se fundamentalmente pelas relações que se estabelecem entre o sujeito que conhece e o mundo que 
tenta conhecer. Piaget considerou-se um epistemólogo genético, porque investigou a natureza e a gênese do 
conhecimento nos seus processos e estágios de desenvolvimento. 
Piaget fez a distinção entre dois problemas da Psicologia, que serão objeto do nosso estudo: o desenvolvimento em 
geral, e a aprendizagem. Ele acreditava que estes problemas eram muito diferentes, ainda que algumas pessoas não 
fizessem esta distinção. 
DESENVOLVIMENTO EM GERAL - Piaget considera o desenvolvimento do conhecimento como um processo 
espontâneo, ligado ao processo global da embriogênese. (A embriogênese diz respeito ao desenvolvimento do 
corpo, mas também ao desenvolvimento do sistema nervoso e ao desenvolvimento das funções mentais. No caso do 
desenvolvimento do conhecimento nas crianças, a embriogênese só termina na vida adulta.) Trata-se de um 
processo de desenvolvimento total que devemos re-situar no contexto geral biológico e psicológico. Assim, define o 
desenvolvimento como um processo que se relaciona com a totalidade de estruturas do conhecimento. 
APRENDIZAGEM - Piaget considera que a aprendizagem é o oposto do desenvolvimento. Ela é provocada por 
situações desafiadas por: um experimentador psicológico; um professor, com referência a algum ponto didático; ou 
uma situação externa. Ela é provocada, em geral, como oposta ao que é espontâneo. Trata-se de um processo 
limitado a um problema simples ou uma estrutura simples. 
A partir destas ideias, considera que o desenvolvimento explica a aprendizagem, e esta opinião é contrária à opinião 
amplamente sustentada de que o desenvolvimento é uma soma de unidades de experiências de aprendizagem. 
Segundo Piaget (1972), para alguns psicólogos o desenvolvimento é reduzido a uma série de itens específicos 
aprendidos, e então o desenvolvimento seria a soma, a acumulação dessa série de itens específicos. 
Ele classifica essa visão de atomista, que deforma o estado real das coisas. Na realidade, para ele, o desenvolvimento 
é o processo essencial, e cada elemento da aprendizagem ocorre como uma função do desenvolvimento total, em 
lugar de ser um elemento que explica o desenvolvimento. 
Para compreendermos o desenvolvimento do conhecimento (“Conhecimento não é uma cópia da realidade. Para 
conhecer um objeto, para conhecer um acontecimento não é simplesmente olhar e fazer uma cópia mental, ou 
imagem, do mesmo. Para conhecer um objeto é necessário agir sobre ele.”), devemos também compreender uma 
ideia que parece central para Piaget, que é a ideia de uma operação. Conhecer é modificar, transformar o objeto, e 
compreender o processo dessa transformação e, consequentemente, compreender o modo como o objeto é 
construído. Sendo assim uma operação é a essência do conhecimento. É uma ação interiorizada que modifica o 
objeto do conhecimento. Uma operação é um grupo de ações modificando o objeto, e possibilitando ao sujeito do 
conhecimento alcançar as estruturas da transformação. 
As pessoas estão sempre evoluindo com taxas, graus, aspectos, rumos específicos de sua evolução, sendo muito 
mais variáveis do que podemos supor. Essa plasticidade ou capacidade de modificação denota dois aspectos 
complementares do desenvolvimento (“O estudo do desenvolvimento originou-se da necessidade de se resolverem 
problemas práticos e (...) de pressões para melhorar a educação, a saúde, o bem estar e a situação legal das crianças 
e de suas famílias.” (HETHERINGTON, 1998, apud BERGER, 2003, p.3): as características humanas podem ser 
moldadas em diferentes formatos, embora as pessoas mantenham uma certa durabilidade e substância de ano para 
ano. 
O estudo do desenvolvimento tem como finalidade produzir teorias sobre as modificações humanas que ocorrem 
em todos os estágios da vida. Esse conhecimento pode ser utilizado como ferramenta para ajudar as pessoas a 
desenvolverem seu pleno potencial humano. Veja a seguir o que os educadores podem fazer para tornar isso 
possível. 
Cabe aos educadores e docentes atuantes em espaços de aprendizagem (particularmente nas escolas, primeiro 
agente socializador para além da família) dar condições ao aprendiz de ter um desenvolvimento saudável e 
adequado dentro do ambiente escolar (Para Saltini (1997) as escolas deveriam entender mais de seres humanos e de 
amor do que de conteúdos e técnicas educativas. Para ele as escolas têm contribuído em demasia para a construção 
de “neuróticos por não entenderem de amor, de sonhos, de fantasias, de símbolos e de dores”.) e, 
consequentemente, no social. Para isto, é preciso conhecer o aprendiz, seu nível de desenvolvimento e suas 
possibilidades e limitações, para estabelecer relações interpessoais favoráveis de troca, assim como elaboração e 
testagem de hipóteses. Desse modo, a psicologia (Claparède já sinalizava sobre as contribuições da Psicologia nas 
práticas educativas, em seu livro: “A escola e a Psicologia Experimental”, traduzido por Lourenço Filho.) pode 
contribuir para que a escola humanize sua ação, oportunizando aos seus participantes o pleno desenvolvimento, 
condição fundamental para seus aprendizados escolares. 
Ao longo das aulas, apresentaremos nosso estudo sobre desenvolvimento e aprendizagem nas diferentes etapas da 
vida humana, a partir de três domínios. Segundo Berger, “conhecer a criança implica estudar sua saúde (biossocial), 
sua curiosidade (cognitivo) e seu temperamento (psicossocial), bem como dezenas de outras características do 
desenvolvimento pertencentes aos três domínios predominantes.” 
BIOSSOCIAL - Diz respeito ao crescimento e às modificações que ocorrem no corpo de uma pessoa, além dos fatores 
genéticos, nutricionais e de saúde que afetam esse crescimento e tais modificações. Também fazem parte do 
desenvolvimento biossocial: as habilidades motoras; os fatores sociais e culturais que afetam essas áreas como, por 
exemplo, a duração da amamentação ao seio, a educação de crianças com necessidades especiais e as atitudes 
quanto às formas ideais do corpo. 
PSICOSSOCIAL - Diz respeito ao desenvolvimento das emoções, do temperamento e das habilidades sociais. As 
influências da família, dos amigos, da comunidade, da cultura e da sociedade como um todo são especialmente 
importantes para esse domínio. Assim sendo, diferenças culturais relativas ao valor das crianças ou às ideias sobre os 
papéis “apropriados” a cada sexo, ou ao que é considerado a estrutura familiar ideal, são considerados parte desse 
domínio. 
COGNITIVO - Diz respeito aos processos mentais utilizados para obtermos conhecimentos ou para nos tornarmos 
conscientes do ambiente. A cognição abrangepercepção, imaginação, discernimento, memória e linguagem, que são 
processos utilizados pelas pessoas para pensar, decidir e aprender. A educação, incluindo o currículo formal das 
escolas, a instrução informal proporcionada pela família e pelos amigos, e outros espaços sociais, além do resultado 
da curiosidade e da criatividade individuais, também fazem parte desse domínio. 
Embora o estudo do desenvolvimento seja organizado em aspectos ou domínios predominantes e depois 
segmentado por faixa etária, devemos ter consciência de que o desenvolvimento é holístico. Isto significa que cada 
pessoa cresce como um todo integrado, embora os diferentes aspectos ou domínios do seu desenvolvimento sejam 
estudados separadamente em diferentes disciplinas acadêmicas. Este estudo considerará, também, os contextos da 
vida humana: histórico e cultural. 
Em nosso estudo, iremos utilizar os conhecimentos construídos pela ciência, por pesquisadores do desenvolvimento 
e da aprendizagem. A ciência se utiliza do método científico que parte da: observação da realidade, identificando um 
problema de estudo; elaboração de hipóteses; testagem das hipóteses; e elaboração de conclusões com base nesses 
dados. A etapa final de uma pesquisa científica deve culminar na socialização e/ou publicação de seu processo e 
resultados. Para a testagem das hipóteses são utilizados diferentes procedimentos metodológicos. 
OBSERVAÇÃO - Para que uma observação seja considerada científica, deve preencher determinadas condições, 
como: ter um objeto perfeitamente definido, ser planejada e registrada sistematicamente. Essas observações devem 
ser comprovadas quanto a sua validez e confiabilidade. Exige do observador mais do que um simples olhar, mas um 
“ver” além das aparências. 
EXPERIÊNCIA DE LABORATÓRIO - A partir da observação o pesquisador estabelece para o fenômeno uma solução 
provisória denominada hipótese, que será ou não confirmada mediante uma experimentação. A experimentação é o 
estudo de um fenômeno provocado artificialmente no sentido de verificar uma hipótese. Ao contrário do observador 
que não deve ter ideias pré-concebidas do fato observado, pois tem um papel passivo no processo, o 
experimentador vai ser acima de tudo o elemento ativo, isto é, agirá e reagirá ante os fenômenos a serem 
verificados, conforme a hipótese. Sob o ponto de vista legal e ético, também existem limitações a experimentação 
em determinadas áreas, como a nossa, cujo objeto é o ser humano. O experimento é uma investigação destinada 
basicamente a identificar causa e efeito. 
LEVANTAMENTO - No levantamento as informações são coletadas através de pessoas por meio de entrevistas e 
questionários, ou outro meio. Essa é uma maneira fácil, rápida e direta de obter dados. Embora esses métodos 
sejam vulneráveis a tendenciosidade da parte do pesquisador e dos respondentes. 
ESTUDO DE CASO - É um estudo intensivo de um indivíduo através de entrevistas, observação, experimentos, testes 
padronizados, inventários de personalidade e testes de inteligência. Os estudos de caso podem fornecer um grande 
número de detalhes, o que torna ricos para gerar novas visões. 
As pesquisas sobre desenvolvimento tem quase sempre o objetivo de identificar mudanças ao longo de um período. 
Nem sempre as mudanças são diretas e lineares, o desenvolvimento pode ocorrer de modo irregular, em etapas e 
também de outras maneiras. Assim temos que projetar nossas pesquisas sobre desenvolvimento de modo a incluir o 
tempo ou a idade como fatos. Em geral fazem isso em projetos de pesquisa com cortes transversais ou longitudinais, 
ou ainda utilizando os dois. Logo, estes estudos podem acontecer através de três tipos de pesquisa. 
TRANSVERSAL – onde o grupo de pessoas diferem em idade, mas compartilham outras características importantes, 
como nível de instrução, condições sócio-econômicas, formação étnica, onde são comparadas em relação a avariavel 
que esteja sob investigação. 
LONGITUDINAL – permite que os investigadores comparem informações sobre as mesmas pessoas em diferentes 
idades, ele elimina os efeitos das variáveis relativas a formação, mesmo aquelas das quais o pesquisador é 
consciente . Ela é útil no estudo do desenvolvimento durante um longo espaço de tempo. Pesquisas longitudinais 
repetidas podem revelar não só o grau de modificação, mas também o processo dessas modificações. 
TRANSEQUENCIAL – também conhecida como sequencial por corte ou sequencial por tempo. Nela os pesquisadores 
estudam vários grupos de pessoas de idades diferentes (abordagem transversal) e depois acompanham esses grupos 
longitudinalmente 
É preciso que todo pesquisador se preocupe com a ética tanto no desenvolvimento das pesquisas, no tratamento 
dos dados, no sigilo dos mesmos, quanto na sua divulgação, bem como na escolha do problema a ser investigado, 
que precisa ser relevante socialmente, ou seja, trazer alguma contribuição para a realidade social. Ao nos 
apropriarmos desses conhecimentos poderemos nos tornar investigadores da nossa própria prática, passando a 
identificar, compreender e buscar soluções para os problemas, nela identificados. 
1. O desenvolvimento humano que ocorre de maneira individual, variando de pessoa para pessoa, ou seja, 
não se dá como um movimento de massa deve ser estudado de modo a contribuir com o futuro professor 
no sentido de: 
 
 1) Favorecer seu desenvolvimento de maneira mais completa, tornando-os mais conscientes das próprias 
rotinas, hábitos e valores, bem como de seus alunos. 
 2) Compreender as modificações econômicas, políticas e tecnológicas que ocorrem no decorrer dos anos e seus 
reflexos ao longo de suas vidas e de seus alunos. 
 3) Compreender as centenas de manifestações específicas do modo de vida de um grupo social e seus reflexos 
nas diferentes etapas de sua vida e de seus alunos. 
 4) Observar e registrar, de maneira sistemática e não tendenciosa o que as pessoas fazem, particularmente a si 
próprio e seus alunos. 
 
2. O estudo científico do desenvolvimento humano é a “área de conhecimento da psicologia que busca 
compreender como e porque as pessoas se modificam, e como e por que elas permanecem as mesmas 
nos vários momentos de sua vida, a medida que envelhecem. São características do desenvolvimento: 
 
 1) Direcionalidade, Intencionalidade, Não proporcionalidade, Multicontextualidade e Não Plasticidade. 
 2) Multidirecionalidade, Multicontextualidade, Multiculturalidade, Multidisciplinaridade e Plasticidade. 
 3) Multidirecionalidade, Intencionalidade, Contextualidade, Multidisciplinaridade e Plasticidade. 
 4) Direcionalidade, Não intencionalidade, Monoculturalidade, Proporcionalidade e Não plasticidade. 
 3. São três os contextos que podem afetar praticamente os indivíduos em cada fase do seu desenvolvimento: o primeiro que 
está relacionado com a classe social, renda familiar, nível de instrução, localização da moradia e ocupação profissional; o 
segundo que está relacionado às estruturas etárias, as mudanças econômicas, políticas e tecnológicas de uma época 
determinando valores como construção social; e a terceira que se relaciona a modo de vida, valores, costumes, vestuários, tipos 
de moradias, artes, etnia, etc. Estes elementos correspondem, respectivamente aos contextos: 
 1) geográfico, econômico e cultural. 
 2) histórico, econômico e sócio- cultural. 
 3) histórico, sócio econômico e cultural. 
 4) sócio-econômico, histórico e cultural. 
 4. O Estudo do Desenvolvimento Humano exige que se leve em consideração diferentes aspectos e 
contextos. A avaliação do impacto e relato de todos esses fatores é complexo. Assim adota como método 
de estudo o método científico, que segue pela ordem, as seguintes etapas: 
 1) Elaboração de hipóteses, coletade dados, testagem das hipóteses, elaboração das questões de 
estudo e sua conclusão, e, socialização do conhecimento construído. 
 2) Definição da questão de estudo, levantamento de hipóteses, coleta de dados, testagem das 
hipóteses, elaboração das conclusões e socialização do conhecimento construído. 
 3) Coleta de dados, definição da questão de estudo, elaboração e testagem das hipóteses e elaboração 
e socialização das conclusões. 
 4) Definição da questão a ser pesquisada, coleta de dados, elaboração e testagem das hipóteses, 
conclusão e socialização da mesma. 
AULA 02 – TEORIAS DE DESENVOLVIMENTO 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
• familiarizar-se com os objetivos e valores que delineiam o estudo científico do desenvolvimento humano nos 
domínios: biossocial, cognitivo e psicossocial; identificar e caracterizar as grandes teorias sobre esta área de 
conhecimento e as novas teorias sobre seus fundamentos. 
Embora o estudo científico do desenvolvimento humano seja didaticamente mais fácil através da divisão de 
domínios, cabe relembrar que o desenvolvimento não se divide em partes, mas é holístico na medida em que cada 
domínio do desenvolvimento tem relação com todos os três domínios predominantes. 
O que fazem as teorias? 
Elas fornecem uma infraestrutura de princípios gerais que podem ser utilizados para orientar as pesquisas e explicar 
observações. Cada teoria sobre o desenvolvimento interpreta o desenvolvimento humano de forma diferente. De 
outro lado cabe entender os elementos das representações sociais sobre o desenvolvimento humano pelos 
educadores e refletir sobre a importância dessas representações no cotidiano do cenário educacional. 
Almeida e Cunha, pesquisadoras da Universidade de Brasília e da Universidade Católica de Brasília realizaram um 
estudo tendo como sujeitos 210 educadores distribuídos em quatro subgrupos: 60 educadores de crianças, 60 de 
adolescentes, 60 de adultos e 30 de idosos. Além dos elementos constituintes das representações de 
desenvolvimento, esse estudo permitiu identificar sua organização interna. Os resultados mostram que a criança foi 
associada com brincadeiras, inocência e dependência; o adolescente com transformações no corpo, crises 
existenciais e sexualidade; o adulto com produtividade, trabalho, estabilidade e, o idoso com sabedoria e 
experiência. Estes resultados do estudo evidenciam as bases científicas do conhecimento popular acerca do 
desenvolvimento humano. 
As grandes teorias sobre desenvolvimento humano (como saber científico) que têm ancorado as ideias de senso 
comum, bem como as teorias emergentes na contemporaneidade, são o alvo de tematização. Essas teorias podem 
ser divididas em dois grupos. 
1º Grupo de Teorias: 
1) a abordagem psicanalítica de Freud e a versão de Erikson sobre esta base teórica; 
2) a teoria behaviorista da aprendizagem, que tem como objeto de estudo o comportamento, e como foco básico a 
estrutura e o desenvolvimento de processos do pensamento e do conhecimento do indivíduo; 
3) as teorias que mostram que as pessoas procuram conhecer experiências no processo que forma conceitos e 
estratégias cognitivas, ou seja, cada pessoa tenta fazer com que as novas experiências façam sentido conciliando-as 
com seu conhecimento já existente. 
2º Grupo de Teorias: 
Contribuições apresentadas pelas teorias socioculturais e a epigenética, como forma de ampliar a compreensão 
acerca das visões teóricas sobre o desenvolvimento humano. Essas teorias foram consideradas, por Berger, como 
emergentes entre as teorias do desenvolvimento humano. 
A seguir, você terá mais informações sobre estas diferentes teorias. 
A teoria psicanalítica de Freud interpreta o desenvolvimento humano em termos de impulsos e motivos intrínsecos, 
muito dos quais são irracionais e inconscientes. Segundo Freud o desenvolvimento nos seis primeiros anos ocorre 
em três fases, cada qual caracterizada pelo interesse e pelo prazer sexual concentrados em uma determinada parte 
do corpo. 
FASE ORAL – 0 A 1 ANO FASE ANAL – 1 A 3 ANOS FASE FÁLICA – 3 A 6 ANOS 
Após estas três fases ocorre um interlúdio, entre os sete e onze anos, denominado latência. Por volta dos 12 anos 
a pessoa entra na fase genital. 
Para Freud, as emoções relativas a cada fase permanecem como forças poderosas, mas disfarçadas na personalidade 
adulta, parte do legado inconsciente da infância. A maneira como a pessoa suporta e resolve os problemas na 
infância, determina sua personalidade e seus padrões de comportamento durante toda a vida. 
A seguir veremos as semelhanças e diferenças da versão de Erikson para a abordagem psicanalítica freudiana. 
Assim como os demais seguidores de Freud, Erikson reconhece a importância das forças inconscientes e irracionais. 
Entretanto, considerando insuficientes as fases propostas por Freud sugeriu, no lugar delas, oito fases de 
desenvolvimento, que cobrem todos os estágios da vida. Cada uma destas fases é caracterizada por uma crise de 
desenvolvimento que, sendo fundamental, precisa ser resolvida. 
Confiança x Desconfiança ���� Autonomia X Vergonha e Dúvida ���� Iniciativa x Culpa ���� Diligência X Inferioridade ���� 
Intimidade X Isolamento ���� Generatividade X Estagnação ���� Identidade X Confusão de Papéis ���� Integridade X 
Desesperança 
Segundo esta teoria, a solução de cada crise do desenvolvimento depende da interação entre as características do 
indivíduo e qualquer que seja o suporte oferecido pelo ambiente social. 
A visão behaviorista surgiu em oposição à teoria psicanalítica. 
Watson, seu principal representante, se opunha abertamente à ênfase dada por Freud ao inconsciente, 
especialmente aos impulsos e a fatos dos quais o paciente só conseguia se lembrar anos depois de sondagens 
psicanalíticas, ou que só conseguia recordar por meio de sonhos ou por manifestações disfarçadas. Segundo Watson, 
o comportamento real, ao contrário dos motivos e dos impulsos inconscientes, pode ser estudado de maneira muito 
mais objetiva e científica. A teoria behaviorista da aprendizagem focaliza os meios pelos quais as pessoas 
aprendem comportamentos específicos. Segundo a visão destes teóricos, todo desenvolvimento envolve um 
processo de aprendizagem e, portanto, não ocorre só em determinadas fases que dependem da idade e do 
amadurecimento. 
A teoria da aprendizagem toma como base o estímulo e a resposta. A aprendizagem se dá por meio do 
condicionamento, processo através do qual uma determinada resposta é desencadeada por um estímulo. 
O condicionamento pode ser clássico ou operante. 
CONDICIONAMENTO CLÁSSICO - A aprendizagem se dá por meio de associações e o estímulo neutro torna-se um 
estímulo condicionado. 
CONDICIONAMENTO OPERANTE - O reforço promove a aprendizagem de forma que repostas fracas ou raras 
tornam-se fortes e frequentes. 
Outro conceito importante é o de aprendizagem social, em que os comportamentos observados tornam-se 
comportamentos copiados por meio da modelagem. 
A teoria cognitiva tem como foco principal a estrutura e o desenvolvimento dos processos de pensamento e de 
conhecimento do indivíduo. 
Segundo Piaget, o principal teórico desta visão há quatro períodos de desenvolvimento cognitivo: Sensório Motor, 
Pré-operacional, Operacional Concreto e Operacional Formal. 
Para Piaget, cada pessoa tenta fazer com que as novas experiências façam sentido conciliando-as com seu 
conhecimento já existente. No ponto de vista do autor, este processo é conduzido pela necessidade humana de 
equilíbrio mental, denominado, por ele, como equilíbrio cognitivo. 
Desta forma, a adaptação cognitiva ocorre de duas maneiras: pela assimilação e pela acomodação. 
Assimilação: reinterpretação de novas experiências de modo que se ajustem as ideiasantigas. 
Acomodação: modificação de ideias antigas de modo tal que possa acomodar as novas. 
A teoria sociocultural de Vygotsky encontra-se no bloco das teorias emergentes. Essa teoria explica o 
desenvolvimento humano em termos da orientação, do suporte e da estrutura proporcionados pela cultura. 
Uma aplicação no cotidiano do processo ensino aprendizagem desta visão é a possibilidade de se trabalhar com a 
ideia de que os educadores devem atuar como mentores que orientam os aprendizes através da zona de 
desenvolvimento proximal. (Zona de Desenvolvimento Proximal é a distância entre o nível atual de desenvolvimento 
da criança, determinado pela sua capacidade atual de resolver problemas individualmente e o nível de 
desenvolvimento potencial, determinado através da resolução de problemas sob a orientação de adultos ou em 
colaboração com os pares mais capazes.) 
O aprendiz e a sociedade se desenvolvem em decorrência da colaboração entre o instrutor e o aprendiz. As 
sociedades e as culturas se modificam quando os indivíduos escolhem qual conhecimento deve ser passado adiante. 
Para os adeptos da visão sociocultural as pessoas aprendem a conhecer os recursos, as habilidades e os valores da 
sociedade por meio do aprendizado. 
A teoria dos sistemas epigenéticos começa pela observação de que os genes são poderosos e onipresentes, 
potencialmente afetando todos os aspectos do desenvolvimento. 
Outro aspecto relevado por essa teoria é a tese de que as crianças nascem com diversos impulsos e reflexos que 
ajudam a garantir sua sobrevivência, enquanto os adultos normalmente também são equipados com predisposições 
inatas para cuidar de bebês. 
Esta visão teórica enfatiza os primeiros anos do desenvolvimento humano, na medida em que acredita na ideia de 
que a forças bioquímicas iniciais alteram a manifestação dos genes. No que se refere à relação natureza-criação 
enfatiza que a natureza inicia o processo e a criação o afeta por meio de hormônios, enzimas, toxinas e adaptação 
seletiva. 
1. A teoria de Erikson sustentou-se melhor que a de Freud, principalmente por sua ênfase às influências 
sociais e culturais e: 
 1) à caracterização do limiar de apreensão de valores. 
 2) por cobrir todos os estágios da vida. 
 3) a formação da personalidade até os nove anos de idade. 
 4) a demarcação da fase oral como a essência do processo de formação da personalidade. 
 2. Os teóricos da aprendizagem formularam leis do comportamento que se aplicam a todos os indivíduos de todas as idades, 
recém-nascidos ou octogenários. As leis básicas da aprendizagem exploram o relacionamento entre: 
 1) um estímulo e uma resposta. 
 2) o condicionamento e a modelagem. 
 3) o sujeito e o objeto. 
 4) professores e cuidadores. 
 3. Um dos autores sobre desenvolvimento humano interessou-se, especialmente, pelo estudo das qualificações cognitivas que se 
desenvolviam entre as pessoas culturalmente diversas, incluindo-se habilidades tais como a utilização correta de ferramentas 
em uma comunidade agrícola e o uso de palavras abstratas entre pessoas que jamais frequentaram a escola. Estamos nos 
referindo a: 
 1) Kirsten. 
 2) Freud. 
 3) Vygotsky. 
 4) Chomsky. 
4. A diferença entre a teoria sociocultural e a teoria epigenética é a de que enquanto a segunda tem como foco básico os genes 
e sua expressão, nos indivíduos e na espécie, a primeira releva o contexto social expresso por meio das pessoas: 
 1) da linguagem e dos costumes. 
 2) dos costumes e da memória de retenção. 
 3) memória de retenção e do pensamento. 
 4) do pensamento e dos sentimentos. 
 
Aula 03 – Processos Psicológicos Básicos – Parte I 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
Familiarizar-se com três dos principais processos psicológicos básicos relacionados, diretamente, com o processo 
ensino-aprendizagem. 
Percepção - Percepção é a função cerebral que atribui significado a estímulos sensoriais. Funciona através de 
quatro processos: aquisição, interpretação, seleção e organização das informações obtidas pelos sentidos. 
Vamos conhecer a percepção sensorial e visual. 
Percepção sensorial: É o processo ativo através do qual, cada objeto percebido é colocado num mundo ordenado de 
espaço e tempo. A mente encontra-se ativa quando a criança começa a discriminar, analisar e abstrair as qualidades 
dos objetos. 
Percepção visual: Representa uma interface entre o cérebro e o meio ambiente. O sistema responsável pela visão é 
caracterizado por milhões de células que reagem detalhadamente a aspectos do que está ao nosso redor. Essas 
células nervosas respondem a cada componente da imagem como direção, grau de inclinação, forma, cor, através da 
ativação de áreas especializadas dentro do córtex visual. Embora a imagem seja “fatiada” em diversas partes, o 
cérebro não retira o significado em cima das partes isoladas. 
Vejamos agora os sentidos que fazem parte da percepção. 
Visão - No processo da visão, tudo trabalha de modo relativo e interdependente. Um fator específico (por exemplo, 
a cor) pode afetar todos os demais. 
Audição - Entre os fatores considerados na percepção auditiva estão a percepção de timbres, de alturas, de 
intensidade sonora, rítmica e origem do som. 
Olfato - A percepção olfativa engloba a discriminação de odores, diferenciação e efeito de sua combinação. 
Paladar - A percepção gustativa tem como principal modalidade a discriminação de sabores. 
Tato - A percepção tátil é sentida pela pele e permite reconhecer a presença, a forma, o tamanho e temperatura dos 
objetos. 
Temporal - O estudo da percepção temporal envolve a percepção de durações, de ritmos e de simultaneidade. 
Espacial - A percepção espacial é compartilhada pelas demais modalidades e utiliza elementos da percepção 
auditiva, visual e temporal. Assim, é possível distinguir se um som procede especificamente de um objeto visto e se 
esse objeto (ou o som) está se aproximando ou afastando. 
Com o objetivo de avaliar o processamento visual de figuras ambíguas em indivíduos disléxicos e compará-lo a um 
grupo de controle de leitores normais, Alonso, Lamas, Sampaio e Rehder realizaram uma pesquisa sobre a figura 
ambígua e dislexia do desenvolvimento. 
Eles utilizaram o método de Survey, onde foram selecionados aleatoriamente 39 escolares cursando entre a primeira 
e a quarta série do ensino fundamental. Deste total, 26 não apresentavam dificuldade de leitura ou mau rendimento 
escolar e constituíram o grupo controle. As outras 13 crianças (grupo de estudo) eram portadoras de Dislexia do 
desenvolvimento. 
A seguir, veremos como foi realizada a pesquisa e seus resultados. 
Na pesquisa, foram apresentadas uma figura de Boring, uma de Rubin e outra de Jastrow. 
Os resultados obtidos mostram que as crianças com diagnóstico de Dislexia do desenvolvimento perceberam 
número menor de figuras em relação às do grupo controle. O exame do processamento visual de crianças com 
Dislexia do desenvolvimento para figuras ambíguas é alterado quando comparado ao de crianças leitoras normais. 
Aprendizagem 
Tavares mostra que a aprendizagem significativa envolve a aquisição de novos significados, e na concepção de 
Ausubel para que ela aconteça em relação a um determinado assunto são necessárias três condições: 
 - o material instrucional com conteúdo estruturado de maneira lógica; 
 - a existência na estrutura cognitiva do aprendiz de conhecimento organizado e relacionável com o novo 
conteúdo; 
 - a vontade e a disposição do aprendiz de relacionar o novo conhecimento com aquele já existente. 
Esses conceitos estáveis e relacionáveis já existentes na estrutura cognitiva são chamados de subsunçores* 
(*Dicionário - Que funcionam como âncoras para as novas aprendizagens) ouconceitos âncora ou ainda conceitos de 
esteio. 
O processo ensino-aprendizagem, conduzido de maneira usual, se apoia em livros texto estruturados de modo que 
os seus tópicos estão encadeados numa sequência lógica, e cada tópico tem a sua coerência interna. 
Esse material se diz potencialmente significativo quando o aprendiz for capaz de relacioná-lo com conhecimentos 
existentes em sua estrutura cognitiva. 
Costuma-se dizer que na aprendizagem significativa acontece a transformação do significado lógico de determinado 
material em significado psicológico, na medida em que o aprendiz internaliza o saber de modo peculiar, 
 transformando-o em um conteúdo idiossincrático* (*Dicionário - Peculiar e pessoal, muito íntimo e que só a própria 
pessoa entenderia (individualmente). 
Quando se depara com um novo corpo de informações, o aprendiz pode decidir absorver esse conteúdo de maneira 
literal, fazendo uma aprendizagem mecânica, pois só conseguirá reproduzir esse conteúdo de maneira idêntica 
àquela que lhe foi apresentada. 
Nesse caso, não existiu uma compreensão da estrutura da informação que lhe foi apresentada e o aluno não 
conseguirá transferir o aprendizado para a solução de problemas equivalentes em outros contextos. 
No entanto, quando o aprendiz tem pela frente um novo corpo de informações e consegue fazer conexões entre 
esse material que lhe é apresentado e o seu conhecimento prévio em assuntos correlatos, ele estará construindo 
significados pessoais para essa informação. A Construção de significados não é uma apreensão literal da 
informação, mas sim uma percepção substantiva do material apresentado que, desse modo, se configura como 
uma aprendizagem significativa. 
Nos tempos atuais o computador tem se configurado como um artefato que tanto armazena e manipula 
informações quanto promove a sua difusão numa escala mundial através da Internet. No entanto o seu uso como 
ferramenta instrucional ainda não se dá de maneira plenamente funcional. No sentido de incentivar a aprendizagem 
através do uso do computador, é necessário usar sistemas adaptados ao modo humano de construir e utilizar o 
conhecimento. Uma das maneiras de construir uma visão de mundo considera a elaboração de modelos mentais, 
que podem ser descritos como uma representação interna de conceitos e ideias, assim como de informações e 
experiências do mundo exterior. Estas estruturas mentais podem ser utilizadas para ir além do entendimento 
superficial de informações apresentadas, permitindo a construção de uma compreensão mais profunda de um 
domínio conceitual. 
Tavares apresentou um modo de utilização conjugada de mapas conceituais e animações interativas, usando uma 
teoria científica aceita pela comunidade para explicar determinado fenômeno da natureza. Segundo esse autor, cada 
conceito de um mapa conceitual pode ser detalhado verbalmente e explicitado visualmente através da animação 
conveniente. O mapa conceitual pode atuar como estruturador global do conhecimento que esteja sendo estudado 
com determinada abrangência e a animação interativa irá examinar cada tópico (ou conceito) do conteúdo, passível 
de ser modelado. 
Memória 
Segundo a visão de Papalia, Olds e Feldman, os teóricos do processamento de informações pensam na memória 
como um sistema de arquivamento em três etapas ou processos: codificação, armazenamento e recuperação. 
Codificação - A codificação é o processo de colocação das informações em pastas a serem arquivadas na memória. 
Ela anexa um código ou rótulo à informação para prepará-la para armazenamento, para que seja mais fácil encontrá-
la quando necessário. Os eventos são codificados junto com as informações sobre o contexto em que foram 
encontrados. 
Armazenamento - O armazenamento consiste em guardar a pasta no armário de arquivos. 
Recuperação - A recuperação, última etapa, ocorre quando a informação é necessária. A recuperação pode envolver 
reconhecimento ou recordação. 
Existem três tipos de memória. Vamos conhecê-las: 
Memória de longo prazo - A memória de longo prazo é um depósito de capacidade ilimitada que guarda 
informações por longos períodos de tempo. Um executivo central controla o processamento de informações na 
memória de trabalho. Este executivo central ordena as informações codificadas e faz a transferência para a memória 
de longo prazo. O executivo central amadurece entre os oito e os dez anos de idade. 
Memória de trabalho - A memória de trabalho é um depósito de curto prazo para as informações sobre as quais 
uma pessoa está ativamente trabalhando. É nela que as informações que estão sendo codificadas e recuperadas são 
mantidas. Aos cinco ou seis anos, as crianças costumam lembrar apenas dois dígitos, já um adolescente típico pode 
lembrar-se de seis dígitos. 
Memória sensorial - A memória sensorial é o ponto de entrada inicial do sistema para as informações sensoriais que 
chegam. Sem processamento, as informações desaparecem rapidamente. 
A metamemória é o conhecimento sobre a memória e ela se aperfeiçoa com a idade. Entre os cinco e sete anos, os 
lobos frontais do cérebro podem sofrer significativo desenvolvimento e reorganização, tornando a metamemória 
possível. Da pré-escola à 5ª série, as crianças apresentam um progresso constante na compreensão da memória. 
Alunos de 1ª série sabem que as pessoas lembram melhor quando estudam por mais tempo, que as pessoas 
esquecem as coisas com o tempo e que reaprender é mais fácil do que aprendê-la pela primeira vez. 
Na 3ª série, as crianças sabem que algumas pessoas têm mais memória do que outras. Somente depois da terceira 
série a maioria das crianças reconhece que a memória pode ser distorcida por sugestões dos outros. 
Carneiro apresentou uma revisão da literatura sobre o desenvolvimento da memória, organizada de acordo com a 
divisão dos diferentes armazenamentos ou sistemas existentes. O desenvolvimento das memórias sensorial, de 
trabalho, explícita e implícita foi analisado desde o período pré-escolar. Embora ocorram mudanças significativas na 
memória de trabalho e explícita, parece não existir evolução da memória implícita perceptiva ao longo do 
desenvolvimento. 
1. O conceito de figura ambígua, também conhecida como figura-fundo foi desenvolvido pela Psicologia da Forma (Gestalt). 
Estudos eletrofisiológicos e trabalhos de neuroimagem descrevem padrões diferenciados de ativação do córtex occipto-temporal 
do cérebro humano quando um indivíduo observa figuras ambíguas. Alonso; Sampaio e Rehder realizaram uma pesquisa com o 
objetivo de conhecer a percepção de: 
 1) leitores normais e de portadores de dislexia do desenvolvimento durante a observação de figuras ambíguas. 
 2) crianças entre 10 e 15 anos que já tivessem contato com adversidades que geraram ambiguidade nas figuras materna e 
paterna. 
 3) crianças na fase fálica para verificar se já haviam definido a sexualidade após a fase de ambigüidade. 
 4) portadores de necessidades especiais e as crianças com autismo. 
2. Segundo Tavares, a aprendizagem significativa envolve a aquisição de novos significados, e na concepção de Ausubel para que 
ela aconteça em relação a um determinado assunto são necessárias três condições: o material instrucional com conteúdo 
estruturado de maneira lógica; a existência na estrutura cognitiva do aprendiz de conhecimento organizado e relacionável com o 
novo conteúdo; e: 
 
 1) a capacidade de estabelecer novas articulações em relação aos nexos causais. 
 2) o constante acompanhamento dos adultos próximos para o estabelecimento de regras básicas. 
 3) a vontade e disposição do aprendiz de relacionar o novo conhecimento com aquele já existente. 
 4) a utilização de imagens como forma de apresentação do conteúdo didático. 
 3. O mapa conceitualé um estruturador do conhecimento e foram propostos como uma maneira de organizar hierarquicamente 
os conceitos e proposições que representassem a estrutura cognitiva que podiam ser depreendidas das entrevistas clínicas com 
crianças que faziam parte de um projeto educacional. Este conceito foi proposto inicialmente pela equipe conduzida por: 
 1) Erikson. 
 2) Novak. 
 3) Chomsky. 
 4) Wundt. 
4. O trabalho realizado por Carneiro analisou o processo psicológico básico memória em crianças desde o 
período pré-escolar. Entre os vários tipos de memória, a autora estudou o desenvolvimento das memórias: 
 
 1) imediata, de trabalho, explícita e implícita. 
 2) sensorial, imediata, explícita e implícita. 
 3) sensorial, de trabalho, imediata e implícita. 
 4) sensorial, de trabalho, explícita e implícita. 
5. A transferência de informação da memória a curto prazo para a memória a longo prazo tem sido estudada através dos efeitos 
da posição dos itens em tarefas de evocação livre. Quando são apresentadas palavras não relacionadas e, a seguir os 
participantes são convidados a evocá-las em qualquer ordem, verifica-se uma tendência robusta para as primeiras e as últimas 
palavras da lista serem as melhores recordadas. A estes efeitos chama-se respectivamente efeitos de: 
 1) de primazia e de recência. 
 2) de recência e resiliência. 
 3) de resiliência e de evocação. 
 4) de evocação e de recência. 
 
Aula 04 – Processos Psicológicos Básicos – Parte II 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
-familiarizar-se com os processos psicológicos: pensamento, linguagem, atenção e desempenho; 
-entender como ocorre o desenvolvimento de expertise. 
Pensamento e linguagem 
Segundo Chomsky, linguagem é a propriedade da espécie humana que não tem nada de análogo no restante do 
reino animal: uso de signos linguísticos para a livre expressão do pensamento distingue o homem dos animais e das 
máquinas. É a propriedade responsável por termos história, cultura e diversidade. 
A faculdade de linguagem é considerada "um órgão da mente" (the language organ) tal como o sistema visual, o 
aparelho digestivo, o sistema imunológico ou qualquer outro órgão, decorrente portanto, de uma dotação genética 
específica e exclusiva da espécie humana. Como todos os demais órgãos, é um sistema internamente complexo, com 
subsistemas internos distintos (fonologia, sintaxe, semântica, pragmática, etc.). 
O estado inicial da faculdade de linguagem - Language Acquisition Device (LAD) é compartilhado por toda a espécie 
humana. 
A criança, inatamente dotada do Mecanismo de Aquisição de Linguagem, exposta à língua que é falada ao seu redor, 
utiliza o LAD para interpretar os dados linguísticos aos quais é exposta. 
Da interação entre os dados e o LAD a criança deduz a gramática da língua particular da sua comunidade (português, 
inglês, japonês etc.). 
A caixa preta, aí, é a Gramática Universal, mas o seu input (dados primários) e o output (gramáticas das línguas 
particulares) estão disponíveis para o estudo, o que permite inferir muita coisa sobre o estado inicial que medeia 
entre os dados e a língua pronta. 
A teoria sobre o conhecimento internalizado de uma língua se chama gramática da língua. 
Dizemos que a gramática de uma língua gera as expressões possíveis na língua, e daí provêem o termo gramática 
gerativa. 
O número de arranjos de unidades possíveis como sentenças, em qualquer língua, é infinito. 
Cada expressão gerada pela gramática tem som e significado. Cada uma contém instruções sobre como efetuar a 
pronúncia e a interpretação conceitual. 
 
Os subsistemas que servem para saber como pronunciar e como compreender se chamam sistemas de desempenho 
(performance). 
A guinada fundamental dada por Chomsky nos anos 50 aos estudos de linguagem, coincidentemente com a chamada 
“revolução cognitiva”, mudou a visão de língua de “objeto externo à mente” (o comportamento e seus produtos, 
falas, textos) para “objeto interno à mente” (mecanismos mentais envolvidos nos atos de linguagem), uma 
abordagem mentalista, que se propõe a estudar um objeto real no mundo, o cérebro, em seus estados e funções. 
Convergência entre estudo da mente e ciências biológicas. 
Atenção e desempenho 
O transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) repercute na vida da criança e do adolescente levando a 
prejuízos em múltiplas áreas, como a adaptação ao ambiente acadêmico, relações interpessoais e desempenho 
escolar. Estes são denominados sintomas não-cardinais do TDAH, ou seja, embora não imprescindíveis para o 
diagnóstico, frequentemente, fazem parte das queixas do portador. 
As repercussões do mau desempenho escolar (MDE) na vida do aluno com TDAH, como necessidade de turmas 
especiais de apoio, sofrimento pessoal e familiar, bem como a influência na vida adulta, justificam o investimento no 
diagnóstico e manejo precoces do problema. 
O trabalho de Pastura procura revisar os dados da literatura a respeito da relação entre desempenho escolar e 
transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), com o objetivo de fornecer informações aos profissionais 
da área de saúde e noções atualizadas. 
Os dados da literatura demonstram que o TDAH, principalmente o tipo desatento está relacionado a mau 
desempenho escolar. Segundo a conclusão do autor, crianças com TDAH estão sob risco de mau desempenho 
escolar e devem receber cuidados especiais. 
Galvão estuda a relação entre cognição e música, objetivando lançar novas perspectivas para uma ideia a muito 
tempo presente na pesquisa psicológica, de que a atividade musical tem importantes consequências para o 
desenvolvimento emocional e cognitivo da pessoa. 
Estas novas perspectivas, no entanto, não são sempre positivas, já que processos de aprendizagem musical, da 
forma como são tradicionalmente desenvolvidos, podem também levar à frustração e ao adoecimento tanto físico 
como psíquico. 
Os temas apresentados anteriormente, têm como foco a aprendizagem expert de instrumentos musicais da tradição 
clássica como uma aprendizagem permanente. Isto envolve o desenvolvimento e refinamento constante de 
habilidades metacognitivas e autorreguladoras, bem como uma capacidade para superar obstáculos emocionais 
oriundos do tipo de investimento necessário ao alcance e manutenção da expertise musical. 
O estudo de um instrumento musical parece envolver, entre outras dimensões, um plano cognitivo e uma prática 
física para sustentá-lo e promovê-lo. Um processo de aprendizagem deste tipo é um típico exemplo da resolução de 
problemas em nível expert. 
Músicos aplicam diferentes estratégias para resolver problemas, criam representações elaboradas e desenvolvem 
suas habilidades por meio de estudo intenso e prolongado. 
Seus processos de memorização estão em acordo com a teoria dos níveis de processamento. 
Procedimentos de agrupamento estão na base da aprendizagem e são subjacentes a resultados de estudo. 
No estudo deliberado de um instrumento musical, há a preocupação com a criação de uma regra procedimental 
capaz de permitir a execução de uma passagem do começo ao fim como uma unidade. Isto é atingido gradualmente 
a partir da resolução de problemas específicos, que intermediam a unificação da passagem. 
Segundo o autor há uma memória de produção que seria responsável pela automatização de movimentos. 
Conhecimento, que é inicialmente declarativo, torna-se procedimental por meio de um processo de 
procedimentalização que envolve uma redução em verbalização na medida em que a automatização aumenta. 
A memória procedimental açambarca estruturas de objetivos hierarquicamente organizados que por sua vez 
codificam planos de ação. Assim, o objetivo particular de tocar uma sequência musical a tornauma fonte forte de 
ativação, que vai de encontro às regras de produção orientando a ação como um todo, prescindindo da ação 
dirigida. 
Deve-se, no entanto, destacar que, no momento, teorias de expertise, modelos computacionais e simbólico 
interacionistas de terceira geração oferecem respostas somente parciais para o fenômeno da expertise musical. 
A escolha de estratégias de estudo parece influenciada por significados particulares que peças têm para músicos. 
Estes são até certo ponto cognitivos, mas parecem interagir com repostas intuitivas sobre o que sabemos muito 
pouco. 
Isto implica investigar o conhecimento em um outro nível cuja natureza pode ser mais afetiva do que cognitiva. 
Devido às suas demandas físicas, afetivas e cognitivas, a aprendizagem da música instrumental talvez seja uma das 
mais complexas aventuras humanas, o que certamente tem implicações para o desenvolvimento cognitivo, cujos 
limites ainda não somos capazes de apontar. 
Vimos nesta aula que estudar um instrumento envolve uma experiência humana multifacetada e multidimensional. 
Compreender as diversas dimensões que compõem tal processo de aprendizagem pode fazer avançar não somente 
o nosso conhecimento sobre música, mas sobre a mente humana como um todo. 
1. Em seu trabalho denominado Novos horizontes no estudo da linguagem, Chomsky mostra que esta área de estudos é um dos 
ramos mais antigos de investigação sistemática, com marcos que podem ser rastreados na antiguidade clássica da Índia e da 
Grécia. Entretanto, uma visão nova nestes estudos tomaram forma apenas há cerca de: 
 1) 4 anos. 
 2) 10 anos. 
 3) 14 anos. 
 4) 40 anos. 
 
2. As propriedades básicas das línguas são invariavelmente pressupostas, passam sem reconhecimento e não vêm expressas. 
Fazer isso é perfeitamente apropriado se o objetivo é ajudar pessoas a apreender uma segunda língua, a descobrir qual é o 
sentido convencionado e a pronúncia de palavras, ou a ter uma ideia geral de como diferem as línguas. Porém se nossa meta é 
compreender a faculdade de linguagem e os estados que ela assume, não podemos pressupor tacitamente "a inteligência do 
leitor". Segundo Chomsky, o estudo da aquisição de língua leva à mesma conclusão. Um olhar cuidadoso sobre a interpretação de 
expressões revela que: 
 1) desde os primeiros estágios a criança sabe muito mais do que lhe foi fornecido pela experiência. 
 2) a criança aprende somente pela experiência e em contato com outras crianças de idade superior. 
 3) a criança aprende somente pela experiência e em contato com adultos. 
 4) a criança aprende com a experiência desde que os pais estimulem desde os primeiros momentos de vida. 
3. O trabalho de Pastura, Mattos e Araújo procura revisar os dados da literatura a respeito da relação entre desempenho escolar 
e transtorno do déficit de atenção e hiperatividade – TDAH. No ponto de vista dos autores o desempenho escolar depende de 
diferentes fatores: 
 1) características da escola, da família e do próprio indivíduo. 
 2) características da escola, da família e da sociedade. 
 3) características da sociedade, da família e do próprio indivíduo. 
 4) características da escola, da sociedade e do próprio indivíduo. 
 
4. No mesmo trabalho, Pastura, Mattos e Araújo mostram o estudo de Stewart et al e McGee et al que defende a ideia de que, 
dentre os transtornos externalizantes da infância, somente o TDAH estava relacionado a MDE. Os demais, transtorno opositivo-
desafiador e transtorno de conduta, relacionam-se a MDE apenas quando em comorbidade com o TDAH. Reforçando este ponto 
de vista, Rapport et al. estudaram 325 estudantes, entre 9 e 16 anos, e observaram que a presença de TDAH: 
 1) não é um preditor de fracasso escolar futuro, mas tem relação com delinquência juvenil, exceto se associado 
a transtorno de conduta. 
 2) não é um preditor de fracasso escolar futuro, exceto se associado a dislexia, mas tem relação com 
delinquência juvenil. 
 3) é um preditor de fracasso escolar futuro, mas não tem relação com delinquência juvenil, exceto se associado 
a transtorno de conduta. 
 4) é um preditor de fracasso escolar futuro, e tem relação com delinquência juvenil em qualquer circunstância. 
 
5. O texto de Galvão focaliza aspectos cognitivos e emocionais que emergem no contexto da performance 
musical expert. São muitas as dimensões cognitivas relacionadas à atividade musical. Como meio de 
provocar uma reflexão sobre o complexo uso do sistema cognitivo na performance musical, o autor 
explorou quatro delas: 
 1) pensamento, auto regulação, memória e ansiedade. 
 2) estudo deliberado, auto regulação, memória e ansiedade. 
 3) estudo deliberado, auto regulação, pensamento e ansiedade. 
 4) estudo deliberado, auto regulação, memória e pensamento. 
 
Aula 05 – Os Dois Primeiros Anos de Desenvolvimento 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
caracterizar o desenvolvimento biossocial da criança de 0 a 2 anos, destacando as habilidades motoras e 
capacidades sensoriais e perceptivas; caracterizar o desenvolvimento cognitivo das crianças de 0 a 2 anos, 
destacando a inteligência sensório-motora de Piaget e o desenvolvimento da linguagem; caracterizar o 
desenvolvimento psicossocial da criança de 0 a 2 anos destacando as origens da personalidade. 
Os Dois Primeiros Anos de Vida 
Estudar o desenvolvimento humano é buscar conhecer as características comuns de cada faixa etária, identificando 
individualidades, dando condições, para nós profissionais de processos, de ensinar e aprender, observar e 
compreender comportamentos de nossos aprendizes, possibilitando planejar o que e como ensinar em cada uma 
dessas faixas etárias. 
Nessa aula, estudaremos o Desenvolvimento humano da 1ª infância à Adolescência, embora o nosso livro 
universitário aborde desde a concepção, passando pelo pré-natal até a morte. 
“A criança não é um adulto em miniatura. Ao contrário, apresenta características próprias de sua idade. 
Compreender isso é compreender a importância do estudo do desenvolvimento humano. Estudos e pesquisas de 
Piaget demonstraram que existem formas de perceber, compreender e se comportar diante do mundo, próprias de 
cada faixa etária, isto é, existe uma assimilação progressiva do meio ambiente, que implica uma acomodação das 
estruturas mentais e este novo dado do mundo exterior.” (BOCK& FURTADO&TEIXEIRA, 2001, p.98) 
São vários os fatores que determinam o desenvolvimento humano. Bock & Furtado & Teixeira citam como fatores: 
Crescimento orgânico - Compreende no desenvolvimento físico. 
Altura e estabilização do esqueleto - Eles permitem aos indivíduos comportamentos e um domínio do mundo que 
antes não existiam. 
Meio - O conjunto de influências e estimulações ambientais altera os padrões de comportamento do indivíduo. 
Hereditariedade - A carga genética pode influenciar o potencial do indivíduo, que pode ou não desenvolver-se. 
Maturação neurofisiológica - É o que torna possível determinados padrões de comportamento. Por exemplo, a 
criança para escrever precisa ter um desenvolvimento neurológico para segurar o lápis e manejá-lo. 
O desenvolvimento humano deve ser compreendido como um processo global, que pode ser dividido em três 
domínios. 
Biossocial - Inclui o corpo e o cérebro, bem como as modificações que neles ocorrem e as influências sociais que as 
direcionam. 
Cognitivo – inclui os processos do pensamento, as aptidões de percepção e o domínio da linguagem. 
Psicossocial - Inclui as emoções, a personalidade e as relações interpessoais. 
O Desenvolvimento Biossocial 
Nos dois primeiros anos o desenvolvimento biossocial é significativo. 
Crescimento físico demasiadamente rápido. � Adoção de novos comportamentos a todo momento. � 
Desenvolvimentode várias habilidades: sentar, levantar, caminhar, correr, tocar, agarrar, apertar, jogar, etc. � 
Desenvolvimento do cérebro: crescimento do tamanho, densidade e complexidade. 
As modificações mais significativas que ocorrem são nos sistemas de comunicação do cérebro, que consistem nos 
neurônios (células nervosas) interligadas por fibras nervosas denominadas axônios e dendritos. 
Sinapse 
Os neurônios se comunicam enviando impulsos elétricos por meio do seu axônio aos dendritos de outros neurônios. 
O axônio de um neurônio encontra os dendritos de outros neurônios nas interseções chamadas sinapses. Axônio e 
dendritos não se tocam nas sinapses. 
Os impulsos elétricos acionam substâncias químicas cerebrais denominadas neurotransmissores levando 
informações do axônio do neurônio “emissor”, através da lacuna sináptica, para os dendritos dos neurônios 
“receptores”. 
Durante o início da vida humana ocorrem grandes impulsos de crescimento e refinamento das redes, que se tornam 
visíveis no córtex, camada mais externa do cérebro (massa cinzenta), responsável por controlar a percepção e o 
pensamento. 
Muitas áreas do cérebro humano têm mais conexões neurais aos dois anos do que nas demais faixas etárias. Nesta 
fase e nas posteriores, o cérebro humano se prepara para processar todo tipo de experiência. 
Com a mielinização o funcionamento das redes de comunicação cerebral é aprimorado, revestindo de mielina 
(substância gordurosa protetora) que acelera a transmissão de impulsos neurais, até a adolescência. 
O processo de mielinização nos permite obter um controle neurológico cada vez maior sobre as nossas funções 
motoras e habilidades sensoriais, facilitando o desenvolvimento intelectual. 
Algumas áreas do cérebro são especializadas na recepção e transmissão de diferentes tipos de informações. Já foi 
provado cientificamente que a experiência e o amadurecimento desempenham papéis importantes no 
desenvolvimento do cérebro. 
Em relação ao desenvolvimento das habilidades motoras, no início da vida humana, elas consistem apenas em 
reflexos, respostas involuntárias (respiração, sucção,choro e tremedeira, para controle da temperatura do corpo e da 
fome.) a estímulos e estão relacionadas aos mecanismos de sobrevivência. 
As habilidades motoras se subdividem em grossas e finas. As habilidades motoras grossas envolvem movimentos 
grandes como correr e saltar; as finas envolvem movimentos curtos e precisos, como pegar um lápis, fazer 
movimentos de pinça. O desenvolvimento das mesmas nos dois primeiros anos de vida são imprescindíveis as novas 
possibilidades da criança descobrir o mundo. Embora as crianças saudáveis desenvolvam as mesmas habilidades 
motoras na mesma sequência, a idade em que essas habilidades são desenvolvidas pode variar de indivíduo para 
indivíduo. 
Também fazem parte do desenvolvimento biossocial as capacidades de sensação (Ocorre quando um sistema 
sensorial detecta um estímulo como um ruído, uma luz. ) e a percepção (Ocorre quando o cérebro tenta entender 
esse estímulo, tomando consciência do mesmo.). 
Devemos lembrar que a nutrição adequada é imprescindível para o crescimento físico, o desenvolvimento cerebral 
e o domínio das habilidades motoras (sensoriais e perceptivas). 
O Desenvolvimento Cognitivo 
Há quase oitenta anos, Jean Piaget, estudando seus três filhos e filhos de seus amigos descobriu que as crianças são 
verdadeiros aprendizes, co-autores de suas próprias aprendizagens. 
O resultado de suas observações e experimentos com essas crianças de diferentes faixas etárias resultou numa 
teoria que divide o desenvolvimento humano em diferentes períodos. 
Para Piaget, cada período se caracteriza pelo que de melhor o indivíduo consegue realizar em suas respectivas faixas 
etárias, com flexibilidade, já que as características biológicas, os fatores educacionais e sociais interferem e variam 
de indivíduo para indivíduo. 
As crianças de 0 a 2 anos estão no período sensório-motor. Neste período a criança conhece o mundo pela 
manipulação. Ela conquista tudo a seu redor através da percepção e dos movimentos. 
No início, a criança reduz sua vida mental ao exercício dos aparelhos reflexos, de fundo hereditário, como a sucção. 
Ela utiliza a inteligência prática ou sensório-motora, envolvendo percepções e movimentos. 
Reflexos - “(...)Esses reflexos melhoram com o treino. Por exemplo, o bebê mama melhor no 10º dia de vida do que 
no 2º dia. Por volta dos cinco meses, a criança consegue coordenar os movimentos das mãos e olhos e pegar 
objetos, aumentando sua capacidade de adquirir hábitos novos. No final do período, a criança é capaz de usar um 
instrumento como meio para atingir um objeto. Por exemplo, descobre que, se puxar a toalha, a lata de bolacha 
ficará mais perto dela. (...)” (BOCK & FURTADO & TEIXEIRA, 2001, p.101) 
Nesta fase o desenvolvimento físico (ósseo, muscular, neurológico) é base para o desenvolvimento de novas 
habilidades, isto é, permite comportamentos tais como: sentar-se, andar, passando a ter mais domínio do seu 
ambiente. 
Gradativamente passa a diferenciar o seu “eu” do mundo exterior. Se antes o mundo era uma extensão do próprio 
corpo, os progressos intelectuais levam a mesma a situar-se como uma parte do mundo. 
Por volta dos dois anos, a criança evolui de uma atitude passiva em relação ao ambiente e pessoas, para uma atitude 
ativa, participativa. Para Piaget a inteligência sensório-motora desenvolve-se através de seis estágios sucessivos. 
Estágios 1 e2 - Os dois primeiros estágios (do nascimento a 1 mês e de 1 a 4 meses) envolvem as respostas das 
crianças a seu próprio corpo. Se baseiam nos reflexos e nas primeiras adaptações adquiridas por assimilação e 
coordenação dos reflexos (sugar a chupeta diferente de sugar o peito materno). 
Estágios 3 e 4 - Os dois próximos estágios (de 4 a 8 meses e de 8 a 12 meses) implicam nas respostas das crianças a 
objetos e pessoas, fazendo durar as visões interessantes, respondendo ativamente a pessoas e objetos. Também 
inicia-se novas adaptações e antecipações, tornando-se mais planejador, deliberado e com o propósito em 
responder a pessoas e objetos. 
Estágios 5 e 6 - Nos dois últimos estágios (de 12 a 18 meses e de 18 a 24 meses) são mais criativos, com ações e 
ideias. Novos recursos são acionados por meio da experimentação ativa e novos recursos por meio de combinações 
mentais (pensa antes de agir) sem recorrer tanto a experiência de tentativa e erro. 
As habilidades da linguagem começam a se desenvolver na medida que o bebê se comunica com o mundo. A 
princípio por ruídos, gestos e balbucios. Depois as primeiras palavras e em seguida vão ampliando seu vocabulário a 
cada mês. 
Ouvir os sons da fala (ou no caso dos bebês surdos os gestos linguísticos) dos que convivem com a criança, estimula-
os a querer repetir, e assim a desenvolver sua linguagem. A aprendizagem de uma linguagem depende de vários 
fatores tais como: temperamento da criança, sensibilidade dos cuidadores, cultura em que a criança está inserida. 
Embora a criança compreenda algumas palavras, ao final do período, só é capaz de fala imitativa. 
O Desenvolvimento Psicossocial - Os bebês já nascem com uma predisposição para a sociabilidade, isto é, são 
capazes de expressar suas emoções de angústia, tristeza, alegria, satisfação frente aos sentimentos e ações das 
outras pessoas. 
6 semanas - Pode surgir o primeiro sorriso social. 
4 meses - Pode surgir a primeira gargalhada. 
6 meses - Surgem sinais de medo. 
14 meses - O temor alcança seu auge. 
O mau humor se desenvolve nos dois primeiros anos, principalmente por consequência das frustrações. O meio e a 
cultura podem influenciar estes sentimentos e emoções. O contexto social é o espaço de aprendizado dos mesmos. 
A criançacomeça a construir suas referências sociais, principalmente em relação aos pais por volta dos 6 meses. Ao 
longo deste período começa na criança uma diferenciação progressiva entre o seu eu e o mundo exterior. 
Aos dois anos, a criança desenvolve a autoconsciência, que possibilita ampliar suas possibilidades de manifestação 
das suas emoções, através principalmente do orgulho, da vergonha e do ciúme. Assim, passa a se tornar menos 
submissa e menos previsível, ou seja, mais independente e mais participativa. 
Sua integração no ambiente se dá também pela imitação das regras. Esse desenvolvimento é explicado por Freud 
através das fases oral e anal e explicado por Erikson através das crises de “confiança versus desconfiança”, e 
“autonomia versus vergonha” e dúvida. 
Embora estas teorias enfatizem o papel dos pais, sabemos que em grande parte o temperamento básico e da 
personalidade da criança também é fator decisivo. Aos dois anos a criança já tem sua personalidade definida, 
resultado da interação entre a natureza e a criação. 
1. Nos dois primeiros anos do desenvolvimento humano, as modificações mais significativas que ocorrem no desenvolvimento 
biossocial são as dos sistemas de comunicação do cérebro melhorando seu funcionamento. Esses sistemas de comunicação 
consistem em: neurônios utilizados por redes complexas de um axônio e vários dendritos encontram em interseções 
denominadas sinapses, gerando um impulso elétrico que aciona substâncias químicas cerebrais chamadas neurotransmissores. 
Baseada nesta asserção é correto afirmar que até os dois anos de idade: 
 
 1) a criança tem sua rede composta pelos axônios e dendritos bastante rudimentares com poucas sinapses. 
 2) a criança tem grandes impulsos de crescimento e refinamento das redes particularmente notáveis no córtex 
(camada mais externa do cérebro) que é responsável pelo controle da percepção e pensamento. 
 3) o estabelecimento de dendritos ocorre com menor rapidez que as demais etapas do desenvolvimento ao 
longo da vida. 
 4) o cérebro possui menos neurônios do que o cérebro de qualquer pessoa em desenvolvimento irá precisar. 
 
2. Segundo Piaget a inteligência sensória motora desenvolve-se em seis estágios sucessivos que se caracterizam respectivamente 
por: 
 1) interação com pessoas e objetos; comunicação reflexa; adaptações através de assimilação e coordenação de 
reflexos; combinação mental: experiências de tentativa e erro; experimentação. 
 2) reflexos; assimilação e coordenação de reflexos; fazer permanecer visões que lhe interessa respondendo 
ativamente a pessoas e objetos; consegue antecipar ações; experimentação e criatividade nas ações (pequeno 
cientista); começa a pensar (combinações mentais) antes de fazer superando a experiência da tentativa e erro. 
 3) reflexos; fazer durar visões interessantes respondendo ativamente a pessoas e objetos; antecipação de ações 
; novos recursos por meio de combinações mentais; assimilação e coordenação de reflexos. 
 4) reflexos; assimilação e coordenação de reflexos; experimentação e criatividade; fazer durar visões 
interessantes respondendo ativamente a pessoas e objetos; antecipação de ações; uso de novos recursos por meio 
de combinações mentais. 
 
3. As emoções se modificam a partir de reações inteiramente básicas para respostas complexas e autoconscientes. As emoções 
das crianças contribuem para as interações sociais. Com relação a elas é correto afirmar em relação às crianças de 0 a 2 anos: 
 
 1) desde o nascimento as crianças expressam emoções como angústias, tristeza, contentamento, prazer, medo, 
mau humor. Todas essas emoções tornam-se mais seletivas e individualizadas em sua expressão e todas são 
influenciadas pela cultura. Após o desenvolvimento da autoconsciência novas emoções surgem. 
 2) as crianças só conseguem expressar emoções ao final dos 2 anos de idade e estas são aprendidas no contexto 
social e a criança nesta idade não desenvolve a autoconsciência ainda. 
 3) As primeiras emoções acontecem por volta de 1 ano de idade tais como alegria, tristeza, mau humor, prazer 
e são influenciadas pelas pessoas do convívio social. A autoconsciência vem em seguida tornando a criança previsível 
e submissa muitas vezes. 
 4) As emoções começam logo após o nascimento e dependem do meio social que ensina essas emoções. Com a 
autoconsciência a criança avança cognitivamente possibilitando selecionar e individualizar as emoções. 
 
SIMULADO 
1a Questão (Ref.: 200770821835) Pontos: 0,0 / 1,0 
Apoiando-se no pressuposto vygotskyano, a escola deve ser capaz de desenvolver nos alunos capacidades intelectuais 
que lhes permitam assimilar plenamente os conhecimentos. Leia as questões abaixo e assinale a que esteja coerente 
com o pensamento do autor: 
 
 sendo a tarefa principal da educação contemporânea criar condições de ensino frente às exigências sociais, cabe à 
escola restringir a transmissão de conteúdos, pois o aluno precisa garantir o conhecimento acumulado 
historicamente na sociedade. 
 
cabe à escola a função de promover o indivíduo a patamares superiores de conhecimento, sem levar em conta as 
condições sociais, cognitivas, culturais e econômicas, presentes num dado momento histórico. 
 
cabe à instituição escolar garantir a todos os alunos o acesso ao conhecimento, inclusive àqueles que não tiveram 
acesso na idade própria, excluindo os portadores de necessidades educacionais especiais. 
 
há uma supervalorização do papel do ensino e da escola, quando deles se espera a transmissão cultural e dos 
valores da sociedade, com o objetivo de preparar o aluno, moral e intelectualmente, para que assuma sua 
posição na sociedade. 
 sabendo que aprendizagem impulsiona o desenvolvimento, cabe à escola se adiantar ao desenvolvimento, ou 
seja, planejar, buscando dirigir-se às funções psicológicas que estão em via de se completarem. 
 
2a Questão (Ref.: 200770821764) Pontos: 0,0 / 1,0 
Pensando em utilizar a Epistemologia Genética, ou seja, a teoria de Jean Piaget para explicar como os alunos da 
educação básica constroem conhecimento sobre o mundo, a gestora do colégio trabalhou as características do estágio 
pré-operatório. Marque a alternativa em que todas as características fazem parte do estágio pré-operatório. 
 
 Desenho, expressão oral, raciocínio matemático abstrato e pensamento hipotético dedutivo. 
 
Representação, conservação de massa e volume. 
 
Conservação da massa, do volume e da substância. 
 Simbolização, linguagem oral, escrita e desenho. 
 
Reações circulares, noção de causalidade e de conservação da massa. 
 
3a Questão (Ref.: 200770821771) Pontos: 1,0 / 1,0 
Marque a alternativa que responde corretamente ao conceito de assimilação na obra de Jean Piaget. 
 
 Incorporação de novas informações a uma estrutura cognitiva existente no sujeito. 
 
Modalidade de aprendizagem em que o sujeito adere ao objeto para melhor conhecê-lo. 
 
Conhecimento obtido através da cópia de um objeto ou assunto. 
 
Incorporação de esquemas de conhecimento de outrem para melhor conhecer as teorias científicas. 
 
Modalidade de interação que constrói novos esquemas cognitivos para superar o desequilíbrio entre sujeito e o 
objeto de conhecimento. 
 
4a Questão (Ref.: 200770821781) Pontos: 0,0 / 1,0 
De acordo com Vygotsky, aprendizagem e desenvolvimento são processos distintos, porém indissociáveis, não podem 
existir separadamente. A aprendizagem promove o desenvolvimento que, por sua vez, possibilita novas 
aprendizagens.Porém, essa relação dialética só é possível com a presença de: 
 
 
uma prática pedagógica que tenha com base as próprias experiências do aluno, visto que o professor não 
ensina, apenas cria condições para que os alunos aprendam. 
 
uma prática pedagógica em que o professorseja o manipulador da informação, cabendo-lhe treinar o aluno para 
eliciar um comportamento significativo. 
 
uma prática pedagógica que se preocupe com o cumprimento do planejamento, mesmo que os alunos não 
estejam motivados e interessados em construir seu próprio desenvolvimento. 
 uma prática pedagógica que veja a escola como um espaço que precisa ser vivenciado, onde o processo de 
ensino-aprendizagem envolve diretamente a interação entre sujeitos. 
 uma prática pedagógica que busque levar ao desenvolvimento de operações mecânicas para a formação de 
hábitos, que constituem a fixação e o reforço. 
 
5a Questão (Ref.: 200770821973) Pontos: 0,0 / 1,0 
De acordo com a abordagem comportamentalista, o papel do professor no processo de ensino-aprendizagem é: 
 
 propor problemas para os alunos sem ensinar-lhes as soluções, estimulando o esforço, a pesquisa e a autonomia; 
 planejar e controlar as condições externas de aprendizagem, para assegurar a aquisição de comportamentos 
esperados; 
 
transmitir os conhecimentos e valores sociais acumulados, na forma de verdade a ser absorvida pelos alunos; 
 
facilitar a aprendizagem do aluno, considerado o centro do processo educativo; 
 
buscar o desenvolvimento da consciência crítica e da liberdade, como meio de superar as contradições do ensino 
tradicional. 
 
6a Questão (Ref.: 200770821823) Pontos: 0,0 / 1,0 
Em um debate entre pedagogos, cada um expressou seu ponto de vista a respeito das razões que levam o indivíduo a 
aprender, embasando-se em diferentes teorias de aprendizagem. Os pontos de vista foram expostos a seguir: 
Paula: "Acredito que os fatores que concorrem para a aprendizagem estariam basicamente prontos desde o nascimento 
do indivíduo, cabendo à educação trazer à tona o que já existe em sua natureza". 
Luiz: "Penso que a aprendizagem decorre da ação do meio sobre a pessoa, para configurar sua conduta às exigências da 
sociedade". 
Maria: "Entendo que o ser humano se desenvolve tanto biológica quanto psiquicamente, numa inter-relação constante 
entre fatores internos e externos". 
Associe a "fala" de cada pedagogo à teoria de aprendizagem correspondente: 
 
 Paula-Funcionalista Luiz-Experimentalista Maria-Construtivista 
 
Paula-Conexionista Luiz-Espiritualista Maria-Associacionista 
 Paula-Inatista Luiz-Ambientalista Maria-Interacionista 
 
Paula-Behaviorista Luiz-Culturalista Maria-Pragmatista 
 
Paula-Naturalista Luiz-Gestaltista Maria-Construtivista 
 
7a Questão (Ref.: 200770821757) Pontos: 0,0 / 1,0 
Marta é uma educadora da região metropolitana de São Paulo e recebeu Tadeu - um aluno portador de uma síndrome 
genética rara que causa déficit cognitivo e atraso em todo o desenvolvimento psicomotor. Tadeu com 7 anos de idade 
tem demonstrado evolução bastante positiva do seu quadro cognitivo e abre a possibilidade de reflexão sobre a 
importância do ambiente e das interações sociais para o desenvolvimento humano. Como Vygotsky poderia nos 
explicar o sucesso do desenvolvimento deste menino tendo como base a teoria sociocultural? 
 
 
Para Vygotsky, nascer com uma síndrome é uma fatalidade que afeta totalmente o desenvolvimento e só com 
muita sorte pode ser modificada ao longo da vida de uma criança. 
 Nascer com uma síndrome genética é um dado irrelevante para a teoria de desenvolvimento elaborada por 
Vygotsky, já que, para o autor, a aprendizagem depende exclusivamente de fatores aprendidos no ambiente 
social. 
 Para Lev Vygotsky, mesmo tendo nascido com uma síndrome que levasse a prejuízo no desenvolvimento, Tadeu 
poderia se desenvolver graças às interações que acontecem em sua vida e a riqueza do seu ambiente cultural. 
 
Vygotsky descreveu vários trabalhos sobre crianças deficientes em que defendia um tratamento diferenciado e 
particular para elas, pois somente poderiam aprender na interação com crianças igualmente deficientes e com os 
mesmos prejuízos. 
 
Para Vygotsky, o aprendizado somente se inicia quando a criança é capaz de imitar seus pares e, assim, 
progredir no desenvolvimento das habilidades cognitivas e relacionais. 
 
8a Questão (Ref.: 200770821759) Pontos: 0,0 / 1,0 
Uma secretaria de educação está planejando criar uma brinquedoteca para ser um polo de atendimento para as crianças 
da educação infantil do município. Em seu planejamento, ela atenderá crianças nas faixas etárias de 3 a 6 anos, logo, os 
brinquedos e jogos devem se ajustar a essa capacidade cognitiva e aos interesses das crianças. Em se tratando da 
teoria de Jean Piaget sobre o Desenvolvimento Humano, em qual estágio cognitivo essas crianças estariam 
nesta faixa etária? 
 
 
Operatório-concerto 
 Sensório-Motor 
 Pré-operatório 
 
Pré-operatório e Lógico-formal 
 
Lógico-operatório 
 
9a Questão (Ref.: 200770803062) 
 
Como editor da Revista Pais e Seus Filhos, você terá o desafio de mediar um debate virtual entre dois pedagogos sobre o 
tema: Palmadas e educação dos filhos. Sabemos que você terá a presença de um pedagogo que trabalha com a teoria da 
Aprendizagem de base comportamental, behaviorista e um pedagogo sociointeracionista que trabalha com a construção 
social do sujeito. Escreva um argumento para cada um dos pedagogos citados respeitando a orientação da teoria da 
aprendizagem e sócio-histórica, respectivamente. 
 
 
Sua Resposta: 
 
 
Compare com a sua resposta: 
Behaviorista: Devemos estimular os bons comportamentos através da utilização dos reforços positivos, utilizando 
recompensas que aumentem a incidência de uma resposta/comportamento adequado. 
Sociointeracionista: A criança deve aprender a ter auto-controle a partir de um processo permanente de reflexão sobre 
as suas ações e os impactos dela na sociedade. 
 
10a Questão (Ref.: 200770803129) 
 
Uma professora formada na área metropolitana de São Paulo foi transferida para o interior de Minas Gerais para 
trabalhar com o ensino fundamental. Ao conhecer as crianças, ela percebeu uma diferença muito expressiva em sua 
linguagem, interesse pelos conteúdos trabalhados nas disciplinas e, principalmente, nas perguntas que as crianças 
faziam. Inicialmente, esta professora considerou as crianças da área rural menos capazes que as crianças da cidade. 
Imagine que você foi convidado(a) a conversar com ela sobre as potencialidades que estas crianças 
apresentavam. Como você usaria a teoria de desenvolvimento e da aprendizagem de Lev Vygotsky para 
explicar para essa professora sobre as riquezas culturais que estas crianças apresentam? 
 
 
Sua Resposta: 
 
 
Compare com a sua resposta: 
Para Vygotsky, os seres humanos nascem com um pequeno repertório de comportamentos e conhecimentos inatos. 
Esses foram chamados de Funções psicológicas elementares. Os principais comportamentos que tornam a espécie 
humana singular e única são construídos socialmente, através da interação com os elementos que forma a cultura em 
que cada sujeito vive. Desta forma, as culturas são incomparáveis, assim como as inteligências,pois cada ser humano 
tem as suas funções mentais superiores construídas de acordo com o tempo e a cultura vigente. 
 
1a Questão (Ref.: 200720600586) Pontos: 1,0 / 1,0 
Assinale a alternativa que NÃO é compatível com os elementos característicos da teoria humanística. 
 
 A escola deve adotar uma forma de controle, de acordo com os comportamentos que pretendem instalar e 
manter. 
 
A prática pedagógica deve favorecer um clima que possibilite liberdade para aprender e o interesse do aluno. 
 
O planejamento advém das próprias experiências do aluno, o professor não ensina, apenas cria condições para 
que os alunos aprendam. 
 
O objetivo da educação é uma aprendizagem

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