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AULA 2 e 3 Direito Civil Obrigações obrigação de dar, fazer, não fazer 2018I

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AULA 2 e 3: 
MODALIDADES DAS OBRIGAÇÕES quanto ao conteúdo da prestação
Obrigação de dar, fazer, não fazer
Direito Civil – Obrigações
Prof. Patrícia Elias Vieira, Drª
Modalidades:Objeto
Obrigação de Dar
Obligationes dandi (romanos)
Tradição
Coisa Certa
Coisa Incerta
Obrigação de Dar Coisa Certa
Obra: “Abaporu” – Tarsila do Amaral
Obra: “A Persistência da Memória” – Salvador Dali
Obrigação de Dar Coisa Certa
313, CC (coisa mais valiosa)
233, CC
Entregar (ver 237,CC)-aumento de $, se o credor não anuir, o devedor pode resolver.
Restituir (ver 241,CC e 242,CC)-sem despesa ou trabalho, lucra o credor. Com (ver 1214 e ss.).
Apelação Cível n. 0008303-67.2008.8.24.0005, de Balneário Camboriú (TJSC)
   APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS. OBRIGAÇÃO ASSUMIDA PELA RÉ DE ENTREGAR AOS AUTORES UMA VAGA DE GARAGEM ADICIONAL. INADIMPLEMENTO. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA. APELO DA DEMANDADA.
(...) AUTORES/APELADOS QUE NOTIFICARAM EXTRAJUDICIALMENTE A DEMANDADA, FIXANDO PRAZO PARA O CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO. ACIONADA, ADEMAIS, QUE ADMITIU NÃO TER EDIFICADO O PRÉDIO QUE ABRIGARIA A GARAGEM, O QUE EVIDENCIA O INADIMPLEMENTO.
   OFERECIMENTO, EM SUBSTITUIÇÃO, DE VAGA DE GARAGEM SITUADA EM OUTRO PRÉDIO. RECUSA DOS AUTORES. APLICAÇÃO DO DISPOSTO NO ART. 313 DO CÓDIGO CIVIL. DEMANDANTES QUE NÃO ESTAVAM OBRIGADOS A ACEITAR PRESTAÇÃO DIVERSA DA PACTUADA.
   "Pela interpretação do art. 313 do CC pode-se afirmar que o objeto do pagamento é a prestação, podendo o credor se negar a receber o que não foi pactuado, mesmo sendo a coisa mais valiosa. Essa regra reforça a individualização da prestação na obrigação de dar coisa certa, como outrora exposto. Concretizando, se a obrigação do devedor é de entrega de um lote imobiliário, não pode o credor ser obrigado a receber outro, ainda que seja mais valioso
INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS. DESVALORIZAÇÃO DO IMÓVEL PELA AUSÊNCIA DA SEGUNDA GARAGEM. DIFERENÇA A SER APURADA EM LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA. SENTENÇA MANTIDA.
   "Depreciado o valor do imóvel pela inexistência de garagem, faculta-se à parte pleitear indenização por perdas e danos consistente na desvalorização do bem." (TJSC, Apelação Cível n. 2006.013284-8, da Capital, rel. Des. Monteiro Rocha, j. 18-9-2008, grifei).
   REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS. INADIMPLEMENTO CONTRATUAL. ALEGADA DOR ÍNTIMA QUE SE REVELA INCOMPATÍVEL COM O PRAZO DE QUATORZE ANOS QUE OS AUTORES LEVARAM PARA NOTIFICAR A PARTE RÉ, VISANDO O CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO. AUSÊNCIA DE PROVA DO ALEGADO PREJUÍZO ANÍMICO. CONTROVÉRSIA QUE NÃO CONGREGA DANO IN RE IPSA.
(...) Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação Cível n. 0008303-67.2008.8.24.0005, da comarca de Balneário Camboriú 2ª Vara Cível em que é Apelante KSK Construtora e Incorporadora Ltda. e Apelados Rubens José Franceschini e Marilvane Zafonato Franceschini.
           A Segunda Câmara de Direito Civil decidiu, por unanimidade, conhecer do agravo retido e negar-lhe provimento; conhecer do apelo e dar-lhe parcial provimento. Custas legais.
           O julgamento, realizado nesta data, foi presidido pelo Exmo. Sr. Des. Newton Trisotto, com voto, e dele participou o Exmo. Sr. Des. João Batista Góes Ulysséa.
           Florianópolis, 12 de dezembro de 2016.
Desembargador Jorge Luis Costa Beber
Obrigação de Dar Coisa Certa
Perecimento, deterioração e atribuição dos prejuízos.
Obrigação de Dar Coisa Certa
TJSC
 AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA. SUBSTITUIÇÃO DE PRODUTO POR VÍCIO DE QUALIDADE ("TABLET"). PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA DENEGADO NA ORIGEM. INCONFORMISMO. PROBLEMA NÃO SOLUCIONADO NO TRINTÍDIO LEGAL (ART. 18, § 1º, DO CDC). DIREITO POTESTATIVO DO CONSUMIDOR DE EXIGIR UMA DAS TRÊS HIPÓTESES ARROLADAS NO ALUDIDO ARTIGO DE LEI. RECUSA INJUSTIFICADA DA FORNECEDORA. FIXAÇÃO DE PRAZO PARA A SUBSTITUIÇÃO, SOB PENA DE MULTA DIÁRIA. IMPOSIÇÃO DE OFÍCIO DA MEDIDA COERCITIVA. POSSIBILIDADE (ART. 461, §§ 3º E 4º, DO CPC). TUTELA PROVISÓRIA SATISFATIVA DEFERIDA NESTE GRAU DE JURISDIÇÃO (ART. 273 DO CPC). I - As falhas havidas na cadeia de produção, distribuição, revenda ou assistência técnica (pós-venda) devem ser integralmente suportadas por aqueles agentes que colocam bens ou serviços à disposição da sociedade de consumo no intuito de obter lucro. II - "Não sanado o vício de qualidade, cabe ao consumidor a escolha de uma das alternativas previstas no art.18, § 1º, do CDC" (STJ - REsp 185.836/SP, rel. Min. Ruy Rosado de Aguiar, Quarta Turma, j. 23-11-1998). RECURSO PROVIDO. (TJSC, Agravo de Instrumento n. 2014.050081-9, de Blumenau, rel. Des. Alexandre d'Ivanenko, j. 31-03-2015).
TJSC
 PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA. SENTENÇA DE EXTINÇÃO DO PROCESSO, SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, POR FALTA DE INTERESSE PROCESSUAL. INSURGÊNCIA DOS AUTORES. PRETENSÃO DE ENTREGA DO TERRENO NA FORMA PACTUADA, COM A RETIRADA, PELOS ALIENANTES, DE TERCEIROS QUE OCUPAVAM O BEM. IMÓVEL JÁ INTEGRALMENTE TRANSFERIDO PELOS RÉUS AOS AUTORES, COM REGISTRO DO TÍTULO NA MATRÍCULA DO IMÓVEL. LEGITIMIDADE PARA DEFESA DA PROPRIEDADE EXCLUSIVA DOS ADQUIRENTES. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA QUE É INADEQUADA PARA REMEDIAR A SITUAÇÃO TRAZIDA AOS AUTOS. FALTA DE INTERESSE DE AGIR CONFIGURADA. EXTINÇÃO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO DEVIDA. ALEGADO O JULGAMENTO EXTRA PETITA. INOCORRÊNCIA. SENTENÇA QUE NEM ADENTROU AO MÉRITO DA LIDE. POSSIBILIDADE, ADEMAIS, DE RECONHECIMENTO, DE OFÍCIO, DA FALTA DE CONDIÇÃO DA AÇÃO. ART. 267, § 3º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. (TJSC, Apelação Cível n. 2014.045481-1, de Ituporanga, rel. Des. Marcus Tulio Sartorato, j. 02-09-2014).
 APELAÇÕES CÍVEIS. AÇÃO DECLARATÓRIA DE PROPRIEDADE CUMULADA COM OBRIGAÇÃO DE DAR. AUTOMÓVEL. ENTREGA EM CONSIGNAÇÃO À EMPRESA GARAGISTA PARA REVENDA. ALIENAÇÃO DO BEM. TERCEIRO DE BOA-FÉ. APLICABILIDADE DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. NEGÓCIO VÁLIDO. TRADIÇÃO. ARTIGO 1.226 DO CÓDIGO CIVIL. OBRIGATORIEDADE DE TRANSFERÊNCIA DO DOMÍNIO NO DEPARTAMENTO DE TRÂNSITO. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. "I - Em que pese a inexistência de relação negocial direta entre a autora e a ré, inadmissível que esta última se negue a assinar o documento de transferência do veículo automotor sob o qual detém os registros, baseando-se, tão somente, na falta de autorização do alienante garagista para realizar a negociação e na ausência de recebimento do preço. [...] Caso a Demandada entenda não ter recebido integralmente o preço ajustado, poderá acionar a revenda intermediadora objetivando o ressarcimento, em vez de se negar a assinar o documento de transferência, em manifesto prejuízo a terceiro adquirente de boa-fé que efetivou pacto com quem detinha a posse direta do bem" (TJSC, Ap. Cív. n. 2012.067520-6, de Lages, rel. Des. Joel Figueira Júnior, j. em 10-7-2014). (TJSC, Apelação n. 0000363-28.2014.8.24.0074, de Trombudo Central, rel. Des. Fernando Carioni, j. 07-06-2016).
Obrigação de Dar Coisa Incerta
243, CC: gênero e quantidade.
Escolha=concentração
Devedor (em regra):244, CC
Perda ou deterioração: 246, CC
 APELAÇÃO CÍVEL. OBRIGAÇÃO DE DAR COISA INCERTA. GADO BOVINO. COMPROVAÇÃO DE PAGAMENTO PARCIAL ADIANTADO E NÃO REFUTADO PELO RÉU. INEXISTÊNCIA DE PROVA EM CONTRÁRIO. IMPOSSIBILIDADE DE ALEGAR PERECIMENTO OU PERDA DA COISA, POSTO QUE É GÊNERO (ART. 877 DO CC). A obrigação de dar coisa incerta, in casu, quatro mil quilos de gado bovino, consiste em uma relação obrigacional em que o objeto, ao invés de determinado e individuado, é referido apenas pelo gênero, espécie e qualidade. No contrato de compra e venda de coisa genérica, pois, o vendedor não pode alegar nenhum dos riscos de perecimento ou deterioração da coisa, tais como previstos nos art. 865 e ss do CC no que se refere à coisa certa, porque o gênero não perece, devendo, então, cumprir fielmente sua obrigação. (TJSC, Apelação Cível n. 1998.000923-5, de Concórdia, rel. Des. Carlos Prudêncio, j. 25-08-1998).
TJSC
No caso dos autos, o título exeqüendo estabeleceuma confissão de dívida na importância de R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais). O devedor compromete-se a pagar o débito confessado ao credor até o dia 31/03/2003, com a entrega de 1.200 (mil e duzentas) sacas de milho comercial ou seja (72.000 kg), livres de impurezas, com umidade até 14%, (...) (TJSC, Agravo de Instrumento n. 2003.016258-5, de Xanxerê, rel. Des. José Volpato de Souza, j. 10-11-2003).
 Apelação cível. Ação condenatória ao cumprimento de obrigação de dar. Medicamentos. Hepatite crônica. Negativa do Estado de Santa Catarina. Desnecessidade superveniente do tratamento. Extinção do feito sem julgamento do mérito. Condenação ao pagamento de honorários advocatícios. Insurgência estatal. Princípio da causalidade. Verba devida. Minoração do quantum. Possibilidade na espécie. Recurso parcialmente provido. No direito brasileiro a imposição do ônus sucumbencial pauta-se pelo princípio da causalidade, vale dizer, aquele que dá causa à propositura da demanda ou a instauração de incidente processual deve arcar com as despesas decorrentes (TJSC, Des. Janice Goulart Garcia Ubialli). (TJSC, Apelação n. 0002670-79.2012.8.24.0023, da Capital, rel. Des. Pedro Manoel Abreu, j. 21-06-2016).
Obrigação de Fazer
Obligatio faciendi/Obligation ad faciendum
Abrange o serviço humano, tarefa (material ou imaterial)
Espécies: infungível/personalíssima/ intuito personae (cláusula expressa ou qualidades do devedor), fungível (814,815-821 do CPC/15) e emitir declaração de vontade (501 do CPC/15)
 
Ação de obrigação de fazer. Recusa de fornecimento de energia elétrica pela empresa concessionária. Exigência de comprovação de que o imóvel não se encontra em área de preservação permanente (APP). Construção que se localiza em zona urbana consolidada. Instalações elétricas nas áreas vizinhas. Precedentes. Manutenção da sentença. Recurso desprovido. O fornecimento de energia elétrica, que é serviço público essencial e de utilidade pública, relaciona-se, diretamente, com a dignidade da pessoa humana, mas cede espaço, em regra, em favor do direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado quando a pretensa unidade consumidora estiver em localidade de proteção ambiental. Contudo, em se tratando de área rural ou urbana consolidada, porquanto já mitigada, faticamente, a proteção ambiental, não há prevalecer o óbice jurídico, com a consequente necessidade de ligação da unidade à rede de energia elétrica (TJSC, Des. Henry Petry Júnior). Majoração dos honorários advocatícios, em obediência ao Novo Código de Processo Civil. O tribunal, ao julgar recurso, majorará os honorários fixados anteriormente levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal, observando, conforme o caso, o disposto nos §§ 2º a 6º, sendo vedado ao tribunal, no cômputo geral da fixação de honorários devidos ao advogado do vencedor, ultrapassar os respectivos limites nos §§ 2º e 3º para a fase de conhecimento (art. 85, §11, CPC). (TJSC, Apelação Cível n. 0302206-10.2014.8.24.0282, de Jaguaruna, rel. Des. Pedro Manoel Abreu, Primeira Câmara de Direito Público, j. 06-03-2018).
Decepção em festa de casamento e estresse agudo penalizam empresa de gastronomia
09/08/2017 17:17
3899 visualizações
A 3ª Câmara de Direito Civil do TJ manteve condenação de empresa de eventos no sul do Estado ao pagamento de indenização de R$ 10,5 mil, por danos materiais e morais, a um casal em razão da má prestação de serviços de gastronomia em sua festa de casamento. Os noivos contrataram os serviços de recepção mas, no dia das núpcias, foram registrados problemas na quantidade de garçons e da alimentação para servir os 520 convidados. A situação levou a noiva a estresse agudo, pelo que necessitou de atendimento médico, assim como outros familiares.
O casal acertou com a empresa e pagou pelos serviços de acordo com as datas previstas em contrato. Porém, afirmou que, na festa, a execução do trabalho foi defeituosa e ineficaz. Apesar do contrato prever alimentação para 520 convidados, ela não foi suficiente para satisfazer nem metade das pessoas. Por conta disso, os anfitriões precisaram buscar comida fora para amenizar a situação.
(...) A decisão adequou o valor dos danos morais, inicialmente fixado em R$ 35 mil. A decisão foi unânime (Apelação Cível n. 0000298-27.2014.8.24.0076).
Obrigação de Fazer
Inadimplemento:
TJSC
 APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. PLANO DE SAÚDE. NEGATIVA DE COBERTURA. PROCEDÊNCIA NA ORIGEM. RELAÇÃO REGIDA PELO CÓDIGO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR. SÚMULA 469 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. PACIENTE PORTADORA DE DOENÇA CAPAZ DE COMPROMETER PERMANENTEMENTE SUA ACUIDADE VISUAL. TRATAMENTO CONSISTENTE EM INJEÇÕES INTRAVÍTREAS DE CORTICOIDES. RECUSA DA COOPERATIVA EMBASADA NA AUSÊNCIA DE COBERTURA PARA MEDICAMENTOS DE USO DOMICILIAR. INSUBSISTÊNCIA. APLICAÇÕES QUE, PELA PRÓPRIA NATUREZA DA TERAPIA, DEVEM SER REALIZADAS POR PROFISSIONAL DA SAÚDE, EM AMBIENTE PROPÍCIO. NEGATIVA DE TRATAMENTO INDISPENSÁVEL PARA BUSCAR A PRESERVAÇÃO DA VISÃO DA APELADA. PRESUNÇÃO DO DANO MORAL SUPORTADO PELA PARTE AUTORA. SITUAÇÃO AFLITIVA E ANGUSTIANTE PRESUMÍVEL. (...) PLEITO DE MINORAÇÃO DO QUANTUM INDENIZATÓRIO. NÃO ACOLHIMENTO. OBSERVÂNCIA DA EXTENSÃO DO DANO. INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 944 DO CÓDIGO CIVIL. VALOR ARBITRADO EM CONFORMIDADE COM AS PECULIARIEDADES DO CASO CONCRETO, COM AS CONDIÇÕES PESSOAIS DA AUTORA, A INTENSIDADE DO SOFRIMENTO VIVENCIADO, E QUE SE COADUNA COM OS PRECEDENTES DESTA CORTE. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. (TJSC, Apelação Cível n. 2015.045317-3, de Tijucas, rel. Des. Eduardo Mattos Gallo Júnior, j. 23-02-2016).
TJSC
 APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM DANOS MORAIS. COMENTÁRIOS PEJORATIVOS POSTADOS EM REDE SOCIAL. PARCIAL PROCEDÊNCIA NA ORIGEM, COM ORDEM DE EXCLUSÃO DO CONTEÚDO OFENSIVO, SOB PENA DE MULTA DIÁRIA. IRRESIGNAÇÃO DA RÉ. REMOÇÃO DO MATERIAL NÃO EFETIVADA PELA PROVEDORA DE HOSPEDAGEM NA VIA ADMINISTRATIVA. APLICAÇÃO RETROATIVA DA LEI 12.965/2014. AFASTAMENTO. ALEGAÇÃO DE IMPOSSIBILIDADE DO CUMPRIMENTO DA DECISÃO DIANTE DA FALTA DE INDICAÇÃO DO URL - UNIVERSAL RESOURCE LOCATOR. INSUBSISTÊNCIA. MANIFESTAÇÃO INJURIOSA DEVIDAMENTE DELINEADA NOS AUTOS ATRAVÉS DE FOTOGRAFIAS DA PÁGINA VIRTUAL MANTIDA PELA OFENSORA. ENDEREÇO ELETRÔNICO CLARAMENTE IDENTIFICADO PELAS ILUSTRAÇÕES. DETERMINAÇÃO JUDICIAL E COMINAÇÃO DA PENALIDADE JUSTIFICADAS. SUCUMBÊNCIA MANTIDA. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. (TJSC, Apelação Cível n. 2015.049112-8, de Urussanga, rel. Des. Eduardo Mattos Gallo Júnior, j. 23-02-2016).
Indenização a mulher que teve bagagem extraviada em viagem aérea para Minas Gerais
05/08/2016 17:23
A 3ª Câmara de Direito Público do TJ fixou em R$ 15 mil a indenização por danos morais que uma companhia aérea deverá pagar em favor de passageira que teve sua bagagem extraviada. Consta nos autos que a autora comprou a passagem para visitar sua mãe, hospitalizada em Minas Gerais. Devido ao contratempo, ficou 12 dias sem os itens pessoais e os objetos que havia comprado para presentear sua mãe. Ela afirma também que não tinha condições de adquirir novas roupas e teve de repetir a mesma vestimenta por todo o período. Em apelação, a empresa afirmou que a situação constitui mero aborrecimento, pois não se trata de um extravio definitivo. O relator da matéria, desembargador Ronei Danielli, explicou que a empresa deve responder pelos danos advindos da má prestação de serviço. "No que diz respeito aos danos extrapatrimoniais, o extravio da bagagem da autora por 12 dias está longe de ser apenas um mero dissabor. Isso porque (...), mesmo que temporário, configura falha na prestação do serviço, pela qual há inegável prejuízo extrapatrimonial", concluiu o magistrado. A câmara apenas adequou o montante da indenização de R$ 30 mil para R$ 15 mil. A decisão foi unânime (Apelação n. 0012458-40.2013.8.24.0005).
Obrigação de fazer (urgência)
Parágrafo único do artigo 249, CC 
Obrigação de não Fazer
Obligatioad non faciendum
251, CC: credor pode exigir que dele se desfaça, sob pena de se desfazer a sua custa + perdas e danos.
Urgência: 251, §único, CPC 
 
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER. DEMANDA AJUIZADA ASSOCIAÇÃO CATARINENSE DE EMISSORAS DE RÁDIO E TELEVISÃO (ACAERT) CONTRA EMISSORA DE RÁDIO COMUNITÁRIA. ALEGAÇÃO DE VEICULAÇÃO DE PROPAGANDA PELA RÁDIO COMUNITÁRIA REQUERIDA, ALÉM DE EXTRAPOLAÇÃO DOS LIMITES TERRITORIAIS NA EMISSÃO DO SINAL DE RÁDIO. SENTENÇA DE PARCIAL PROCEDÊNCIA. RECURSO DA RÉ. (...) TESE NÃO DECLINADA POR OCASIÃO DA CONTESTAÇÃO. INOVAÇÃO RECURSAL. NÃO CONHECIMENTO DO APELO NO PONTO. MÉRITO. NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA SOBRE RÁDIOS COMUNITÁRIAS, A FIM DE INIBIR A CONCORRÊNCIA DESLEAL. INCONTROVERSA EXPLORAÇÃO DE PROPAGANDA COMERCIAL PELA EMISSORA REQUERIDA. TUTELA INIBITÓRIA CONCEDIDA NESSE TOCANTE. ALEGADA IMPOSSIBILIDADE TÉCNICA PARA LIMITAR O ALCANCE DAS ONDAS DE RÁDIO. SENTENÇA QUE JULGOU IMPROCEDENTE, POR FALTA DE PROVAS, O PEDIDO FORMULADO PELA AUTORA PARA LIMITAR O ALCANCE DAS ONDAS DE RÁDIO EMITIDAS PELA RÉ. DECISÃO FAVORÁVEL À RECORRENTE QUE NÃO AUTORIZA A INTERPOSIÇÃO DE RECURSO.(...) . APELO NÃO CONHECIDO NO PONTO. RECURSO CONHECIDO EM PARTE E, NA EXTENSÃO, DESPROVIDO. (TJSC, Apelação Cível n. 0000060-36.2013.8.24.0078, de Urussanga, rel. Des. Saul Steil, Terceira Câmara de Direito Civil, j. 20-02-2018).
Produtor rural é responsável por acidente com animal solto em via pública
14/08/2017 18:21
139 visualizações
A 2ª Câmara de Direito Civil do TJ manteve sentença que condenou um produtor rural ao pagamento de indenização por danos morais e materiais de R$ 10,2 mil, a um motociclista que se acidentou ao colidir com uma vaca em rodovia pública. O acidente aconteceu no sul do Estado e, com a queda, o autor fraturou a perna direita e ficou impossibilitado de trabalhar por cinco meses, além de sofrer prejuízos materiais com o conserto da moto e despesas médicas.
Ele pleiteou ainda compensação por lucros cessantes e danos morais. Em sua defesa, o réu alegou que o fato ocorreu por força maior, visto que o animal pulou a cerca de sua propriedade. O desembargador Rubens Schulz, relator da matéria, não acolheu tal argumento, pois considerou que o evento foi resultado da conduta do réu, que não adotou cautela necessária para impedir a saída do animal de local sem a contenção devida, o que facilitou a invasão da pista e, consequentemente, o acidente.
"Evidente que todo esse panorama causou no autor abalo psicológico, oriundo de ato ilícito praticado pelo réu, mostrando-se o dano moral presumido e devido", concluiu o desembargador. A decisão foi unânime (Apelação Cível n. 0300612-82.2015.8.24.0004).
 APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER E INDENIZATÓRIA. DIREITO DE PROPRIEDADE SOBRE A MARCA "KASBURG". ACORDO CELEBRADO ENTRE AS PARTES. HOMOLOGAÇÃO. ARTIGO 487, INCISO III, ALÍNEA "B", DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL 2015. RECURSO PREJUDICADO. (TJSC, Apelação Cível n. 0021557-23.2012.8.24.0020, de Criciúma, rel. Des. Jânio Machado, j. 16-02-2017).
TJSC
 APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER PARA ABSTENÇÃO DE USO DE MARCA E NOME EMPRESARIAL C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS E PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. SENTENÇA DE EXTINÇÃO DA AÇÃO COM FULCRO NO ART. 269, IV, DO CPC. RECURSO DA AUTORA. PETIÇÃO DA AUTORA REQUERENDO A DESISTÊNCIA DO RECURSO. PROCURADOR COM PODERES PARA DESISTIR. HOMOLOGAÇÃO DA DESISTÊNCIA. PERDA DO OBJETO. RECURSO PREJUDICADO. EXTINÇÃO DO PROCEDIMENTO RECURSAL. ''Nos termos do art. 501 do Código de Processo Civil, o apelante pode, a qualquer tempo e sem anuência da parte adversa, desistir do reclamo, providência que enseja a extinção do procedimento recursal por perda do objeto'' (Apelação Cível n. 2012.066927-2, de São José, rel. Des. Robson Luz Varella, j. 9-10-2012). (TJSC, Apelação Cível n. 2014.025945-5, de Trombudo Central, rel. Des. Dinart Francisco Machado, j. 24-11-2015).
TJSC
 OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER. AQUISIÇÃO DE QUOTA PARTE DE IMÓVEL POR IRMÃO/CO-HERDEIRO. TRANSFERÊNCIA DE ALTO VALOR COMPROVADO, E RATIFICADO, A DESPEITO DA FALTA DE PACTUAÇÃO ESCRITA. LIMINAR, PARA QUE O DETENTOR DE TAL QUOTA PARTE NÃO A ALIENE NOVAMENTE ATÉ QUE A LIDE SEJA RESOLVIDA, MANTIDA. A tutela jurisdicional somente é antecipada acaso estejam presentes alguns requisitos, quais sejam, a verossimilhança das alegações do interessado, a qual deve ser demonstrada por prova inequívoca, e o fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação, desde que o provimento jurisdicional não seja irreversível (art. 273 do CPC/73). Se determinado imóvel pertence a alguns irmãos em quotas proporcionais e um deles comprova que adquiriu de um segundo irmão a sua quota e que transferiu para um terceiro irmão valor idêntico em período contemporâneo sem, não obstante, com este último ter mantido pactuação escrita (verossimilhança), de se antecipar a tutela jurisdicional almejada pelo irmão supostamente adquirente, em ação de obrigação de não fazer, para que aquele que recebeu tais valores por último, de forma incontroversa, mas sem contrato firmado, não aliene sua quota para terceiros (risco) até que a negociação seja efetivamente examinada e resolvida por ocasião da solução do mérito causal. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. (TJSC, Agravo de Instrumento n. 2015.055152-7, de Balneário Camboriú, rel. Des. Gilberto Gomes de Oliveira, j. 16-02-2016).
Bar terá que indenizar vizinho publicitário por tirar sua concentração com algazarras
05/08/2016 10:42
A 5ª Câmara Civil do TJ condenou um bar da comarca de Blumenau ao pagamento de indenização por danos morais, no valor de R$ 5 mil, em favor de publicitário com sala no mesmo prédio comercial, impedido frequentemente de trabalhar à noite por causa do som alto, das mesas espalhadas pela área comum do edifício e da fumaça de cigarro proveniente do estabelecimento. Há 28 anos sediado naquele imóvel – dos 30 de profissão –, o publicitário argumentou que tem o hábito de produzir do período vespertino até altas horas da noite, ou "em qualquer hora em que sua criatividade e ideias aflorem à mente". O autor também reclamou da criação em sites de relacionamento de perfis falsos de seu personagem principal, "Vovô Chopão", símbolo da Oktoberfest, como retaliação ao abaixo-assinado de moradores coletado por ele contra o dono do bar. (...) "Em relação ao dano, [...] restou evidenciada a perturbação causada pelo estabelecimento do requerido, que frequentemente utilizava som alto e [...] o hall de entrada do prédio comercial com mesas para recepcionar seus clientes, em total descaso com os demais condôminos, que exercem suas atividades profissionais fora do horário comercial no mesmo prédio", concluiu o magistrado. A decisão foi unânime (Apelação n. 0009407-80.2011.8.24.0008).

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