RELACIONAMENTO INTERPESSOAL

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RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Prof. Laércio Braggio
Não temos a intenção de ensinar nada a ninguém. 
A intenção é ajudar as pessoas a RECORDAR. 
RECORDAR TUDO QUE JÁ SABEMOS!
Recordar não o conhecimento acadêmico, mas a SABEDORIA interna de cada um.
Relacionamento Interpessoal
pessoas com as quais nos relacionamos 
no dia-a-dia.
A pergunta que se faz é:
Quem são estas pessoas com as quais nos relacionamos durante nossas vidas ?
 Quanto tempo passamos tentando definir ou explicar quem são as pessoas com as quais convivemos ?
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?
É aqui que reside a maioria dos problemas dos relacionamentos, seja profissional, familiar, sentimental, etc. 
Passamos muito tempo com a atenção no outro e esquecemos que existe uma relação e que para o outro, o outro somos nós.
Talvez, se colocássemos a atenção em nós, 
em nossas reais necessidades, muitos dos nossos problemas relacionais estariam resolvidos.
Como seria responder a pergunta: 
				Quem EU SOU ? 
Quais as minhas necessidades internas ?
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Pode-se ter uma sensação de estar perdido, a sensação de um vazio interno enorme e ficar cobrando do marido, esposa, filhos, pai, mãe, colega, chefe, da vida, que preencham o vazio ?
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CONTO DE NASRUDIN
Nasrudin estava bêbado, agachado procurando algo no chão, embaixo da luz de um poste. Chega um policial e pergunta: 
- O que fazes aqui Nasrudin?
- Estou procurando a chave da minha casa. O policial se oferece para ajudar. Buscaram horas e horas pela chave.
O policial pergunta: 
- Você tem certeza que perdeu a chave aqui?
- Não, respondeu ele, perdi a chave dentro de casa, mas lá dentro está escuro, e aqui tem luz.
Será que nós também buscamos suprir as nossas necessidades no lugar errado ? 
Buscamos no outro como ele deve ser para satisfazer nossas necessidades ditas essenciais ? 
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?
Temos um paradigma, ou um sistema de crenças muito forte, que nos faz crer como as coisas devem ser. 
Crer que as coisas devem ser de uma ou de outra forma cria expectativas.
O nosso grande problema, além de não respondermos QUEM SOMOS, responsabilizamos o outro por nossos estados. 
A Sabedoria milenar oriental nos diz em um texto sobre meditações sob o título ENCONTRAR A VERDADEIRA FONTE que, ...
“quando vês um amigo e sentes que brota alegria em teu coração, concentra-te nesta alegria, sente-a, torna-te ela, reúne-te e ressoa com ela, sendo consciente dela. 
Deixa teu amigo na periferia e permanece centrado no teu sentimento de felicidade.
O amigo está te ajudando a perceber que ela sempre esteve ali. E isto não acontece somente com a alegria, mas com qualquer sentimento; a ira, a tristeza, a miséria, a felicidade, com tudo. 
Os demais só fazem com que expresses o que está escondido em ti.”
O amigo é só um detonador da situação, uma ajuda para que saia tua alegria. 
Para entrar no assunto sobre a nossa relação com o outro se faz necessário chamar a atenção para as palavras RESPEITO e RESPONSABILIDADE.
Agora que já colocamos um pouco de atenção em nós, vamos voltar a falar da relação com o outro, afinal nossa INTENÇÃO é o Relacionamento Interpessoal.
O que quer dizer Respeito?
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Respectare, do latim, Spectar é olhar, ver de novo, antes de aceitar algo, temos que ver de novo. Para perceber que algo ou alguém pode ou não pode ser assim, devemos olhar novamente. 
Ver de novo é RE-SPECTAR. RESPEITO não é um conceito moral, se respeitamos o outro, tiramos o conceito moral, o pré-juízo, e observamos quem será essa pessoa. 
Para nossa cultura, o mais difícil é olhar sem o julgamento, sem o pré-conceito do que é certo ou errado de acordo com os nossos paradigmas.
Paradigmas são limites profundos. O paradigma determina nosso estado, limite e habilidades. Só a partir deste conceito podemos começar a discutir RESPONSABILIDADE. 
O que entendemos por responsabilidade ?
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RESPONSABILITY:  
RESPOSTA + HABILIDADE é 
RESPOSTA HÁBIL
+
é
No nosso paradigma cultural responsabilidade e dever tem o mesmo significado. Mas, responsabilidade, não é dever. Dever é pressão. Dever ser é diferente de ser. 
O que acontece quando estamos o tempo todo nos pressionando para ter a resposta hábil para tudo ? 
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Acabamos responsabilizando o outro pela nossa falta de habilidade para manejar nossas crenças de incapacidade. 
Neste momento transferimos para o outro o “dever Ser e Ter” toda a habilidade para nos satisfazer, culpando-o por nossos estados emocionais como o de insatisfação. 
E, assim, esperamos sempre que o outro satisfaça todos nossos anseios, dando a responsabilidade de nossos estados negativos à quem não é de direito. Tudo isso para não nos sentirmos culpados.
Conhecer alguém aqui e ali que pensa e sente como nós, e que embora distante, está perto em espírito, 
eis o que faz da Terra um jardim habitado.
(Goethe)