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A Evolução do Constitucionalismo Atualizado

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ESQUEMATIZAÇÃO DA EVOLUÇÃO DO CONSTITUCIONALISMO
	
Pré - Constitucionalismo
	
1ª Etapa Constitucionalismo Primitivo
	
2ª Etapa Constitucionalismo Antigo
	
3ª Etapa Constitucionalismo Medieval
	
I - Período da História
- Corresponde ao período da história que antecede a invenção da escrita (30.000 anos a.C. até 3.000 anos a.C.)
	
I - Período da História
- Corresponde ao período da história que se estende desde a invenção da escrita (3.000 a.C. até o Século V.)
	
I - Período da História
- Corresponde ao período da história entre os Séculos V e XV.
	
II - Conceito
- Carência de uma explicação cientificamente correta com relação às origens de uma grande parte das instituições jurídicas do período pré-histórico, uma vez que, sem o conhecimento da escrita, não se considera a existência de um direito entre os povos que possuíam modos de organização social primitiva.
- Apresentava-se sob a forma de organizações consuetudinárias, em que os chefes familiais ou os líderes dos clãs traçavam as normas supremas que deveriam nortear a vida em comunidade, estabelecendo a estrutura mestra, a essência, o cerne da ordenação jurídica dos povos.
	
II - Conceito
- Caracteriza-se pelo conjunto de princípios escritos ou costumeiros voltados à afirmação de direitos e em contraposição ao poder soberano do monarca, buscava-se nesse período a limitação dos poderes absolutos.
Caracteriza-se manifestado inicialmente na civilização hebraica (teocrática) onde o poder era limitado pela "Lei do Senhor" e posteriormente na civilização grega (polis) onde havia inclusive uma escolha de cidadãos para os cargos públicos, como também se manifestou posteriormente em Roma (antiga República Romana).
No constitucionalismo antigo, havia apenas um governo para liderar as cidades-estados, tais como o Império Romano, o Império Grego e também Persa. As primeiras manifestações do movimento constitucionalista surgiram com povo hebreu no qual buscavam uma organização política da comunidade visando à limitação do poder absoluto, sendo que o constitucionalismo antigo encontra-se retratado no período greco-romano.
	
II – Conceito
- Período marcado pelo poder isolado, arbitrário e absoluto de um déspota, os governantes eram soberanos e tratados como Deuses, onde o rei João "sem terra" teve de assinar uma carta de limitações de seu poder para que não fosse deposto pelos barões.
Na Idade Média houve uma reformulação na vida política e o poder passou para as mãos daqueles que tinham grandes riquezas e terras. O sistema que prevaleceu entre os séculos IX a XI, na Europa Ocidental foi o feudalismo. Com o fim do Império Romano, quem dominou foi a Igreja e os senhores feudais. O poder deste último enfraqueceu o Estado, mas em contrapartida fortaleceu a Igreja. Assim, o Direito se baseava naquilo em que a igreja orientava e não na vontade do governante, havia um acordo entre ambos, que deu origem ao contrato social, idéia desenvolvida no século XVII e fixada no século XVIII.
	
II - Características
- Não existiam povos independentes e nem Estados, pois os homens viviam em pequenos grupos, clãs ou tribos.
- O direito era considerado sagrado, como expressão das divindades, desenvolve-se na direção da prática normativa consuetudinária, sendo a expressão de um conjunto disperso de usos, práticas e costumes.
- As constituições regiam-se pelos costumes da comunidade, que se refletiam nas relações entre governantes e governados.
- As fontes do direito das sociedades primitivas são os costumes, preceitos verbais, às decisões pela tradição, pois os direitos eram profundamente místicos e irracionais.
- Influência direta da religião, pois os povos primitivos viviam sob o constante temor dos poderes sobrenaturais, alimentando a crença de que seus líderes eram representantes dos deuses na terra. 
- Os homens viviam sob o domínio de uma autoridade considerada divina, em que os detentores do poder eram os sacerdotes, vistos como representantes dos deuses.
- Predomínio dos meios de constrangimento para assegurar o respeito aos padrões de conduta da comunidade, sendo essenciais para se manter a coesão do grupo. 
- Os chefes ou anciãos firmaram a tendência de julgar os litígios de acordo com as soluções dadas a conflitos semelhantes.
	
II - Características
- O marco do nascimento do movimento constitucionalista foi entre os hebreus, que em seu Estado Teocrático estabeleceram limites ao poder político pela imposição da Bíblia.
- Caberia aos profetas, dotados de legitimidade popular, fiscalizar e punir os atos dos governantes que ultrapassassem os limites bíblicos.
- As constituições eram apoiadas nos costumes, tradições e hábitos populares, bem como em leis e documentos separados. Portanto, não existia uma constituição escrita e rígida.
- Prevaleciam os acordos de vontade, normalmente vertidos em proclamações de direitos e garantias fundamentais.
- Prevalência da Supremacia do Parlamento que como fonte criadora dos direitos e garantias fundamentais, não se subordinava a qualquer outro poder.
- Os atos legislativos ordinários poderiam mudar as proclamações constitucionais dos direitos e garantias fundamentais sem maiores exigências de cunho formal.
- Os detentores do poder (reis, imperadores, déspotas) não estavam compelidos a seguir
quaisquer pautas jurídicas de comportamento, consagrando-se uma irresponsabilidade governamental.
a)  A experiência dos Hebreus: 
Desde os primórdios, o homem tinha a necessidade de organizar as relações sociais e políticas. Nos tempos antigos, as primeiras civilizações se guiavam a partir dos seus costumes que deviam ser respeitados. Um exemplo disso é o povo hebreu, cuja história, está descrita na Bíblia. Apesar de não terem regras escritas em uma constituição, todo o povo as conhecia.
Uma das leis escritas mais antigas do mundo surgiu no reinado de Hamurabi (1728 a 1686 a.C), do Império Babilônico. A lei era conhecida como o Código de Hamurabi, formada por 282 artigos. Suas penalizações eram apoiadas no princípio de “olho por olho, dente por dente” (a lei de talião), ou seja, o autor do delito deveria sofrer o mesmo castigo que teria causado à vítima.
No caso dos hebreus, o constitucionalismo está ligado ao Estado Teocrático, onde o governo era limitado através de dogmas consagrados na Bíblia. A limitação de poder no Estado Hebreu ocorreu por meio dos dogmas religiosos que limitaram a atuação soberana do Estado. O Regime Teocrático dos Hebreus se caracterizava basicamente a partir da idéia de que o detentor do poder, mesmo ostentando um poder absoluto e arbitrário, também estava Sujeito a “Lei do Senhor” “Lei Divina” que era imposta ao mesmo tempo aos governantes e aos governados.
b)  A Experiência na Grécia Antiga:
A Grécia, por exemplo, foi um dos primeiros locais a valorizar o Estado e sua importância, tanto na prática, quanto na teoria. Entre 1200 a.C a 800 a.C a organização do Estado era marcada pelo genos, um tipo de clã familiar, onde cada um era liderado por uma pessoa mais velha (chamada pater, um tipo de chefe patriarca do clã), com autoridade política, religiosa e militar. Nesse período, a sociedade vivia em igualdade e, portanto, não havia a divisão de classes sociais.
Esse sistema começou a declinar no século VIII a.C., com o crescimento da população. Assim, surgiu a polis (cidade-estado), um território pequeno formado pelos cidadãos, dotado de vida pública, protegido por uma fortaleza. Naquele tempo, a polis significava o Estado e também a religião do cidadão grego. A polis prevaleceu até o século V a.C., quando a monarquia se transformou em oligarquia.
Na política, outro exemplo de cidade que passou por todos os modelos políticos foi Atenas, que utilizou a monarquia, oligarquia, tirania e por último a democracia. Todas essas sociedades antigas tais como egípcios, sumérios, assírios, palestinos, dentre outros, tinham leis baseadas em princípios, normas, tradições e costumes que não se encontravam em apenas um documento. No caso da Grécia, ocorreua chamada democracia constitucional, onde as pessoas participavam diretamente das decisões políticas do Estado (Cidade-Estado de Atenas). 
c) A Experiência em Romana: 
A República de Roma vivia em intensos conflitos entre a plebe e os patrícios, nos séculos V e III a.C. Uma das principais causas disso, eram a reclamação dos direitos políticos pelos plebeus. Um fato que aconteceu foi a organização de um exército para ir ao Monte Sagrado e realizar essa reinvindicação. Os patrícios precisavam dos plebeus para atividades diversas e, por isso, concordaram que eles tivessem representação na vida política. Foram criados os tribunos da plebe, que tinha o poder de vetar leis que fossem contra os interesses dos plebeus.
Aproximadamente em 450 a.C surgiram as Leis das XII Tábuas, uma lei válida para todos, mas ainda sim, havia escravidão por contrair dívidas e matrimônio ilegal entre patrícios e plebeus. Em 445 a.C. foi aprovada a Lei da Canuléia que permitia o casamento entre camadas sociais diferentes, e em 336 a.C., surgiu a Lei da Licínia que aboliu a escravidão em caso de dívidas. Os plebeus ainda insatisfeitos lutaram para participar do consulado, direito que foi concedido.
No Império Bizantino, que teve início em 395, quando o Imperador Teodósio dividiu o Império Romano em ocidental e oriental, a parte oriental sobreviveu dos ataques bárbaros até a sua independência em 1453, quando foi dominada pelos turcos otomanos. Um dos governos mais expressivos para a área do Direito foi o de Justiniano (527-565), pois ele foi responsável por revisar e codificar o Direito Romano. Com isso, foram convocados os mais importantes juristas bizantinos, que tiveram a orientação de Triboniano, um destacado jurista do período, cuja finalização resultou na produção do Código de Direito Civil.No caso de Roma deve-se associar a idéia de liberdade. Na Grécia e em Roma surgiram às primeiras idéias de liberdade e democracia constitucional.
	
II - Características
- Um dos principais modelos de constitucionalismo medieval aconteceu com a Magna Charta Libertatum inglesa de 1215, em que houve limitação do poder do rei, a partir deste texto. 
a Magna Charta Libertatum foi um pacto realizado com o Rei João Sem Terra, a nobreza, representada pelos barões ingleses e a Igreja. Foi um dos passos importantes para o surgimento da democracia moderna. 
A Magna Charta Libertatum surgiu para auxiliar a população a se proteger dos abusos cometidos pelo rei. O movimento constitucionalista moderno surgiu principalmente para limitar esse poder monarquista, representando um pacto constitucional entre Rei, a Nobreza e a Igreja.
- O constitucionalismo somente ganhou força na Idade Média, com a Magna Charta Libertatum de 1215, com a Petition of Rights de 1628, o Habeas Corpus Act de 1679, e o Bill of Rights de 1689. 
- Período marcado pela formulação de pactos e contratos que estabeleciam as liberdades públicas, protegendo importantes direitos individuais, como a garantia de propriedade, o direito de petição, a instituição do júri, a cláusula do devido processo legal, o habeas corpus, o princípio do livre acesso à justiça, a liberdade de religião, a aplicação proporcional das penas, etc.
- Necessidade de afirmar a igualdade dos cidadãos perante o Estado, excluindo todo poder arbitrário e abrindo caminhos para o amadurecimento do Rule of law (governo da lei).
- Independência do Poder Judiciário com a reivindicação do primado da função jurisdicional e competência do Poder Legislativo para legislar sobre matéria financeira e votar o orçamento. 
- Predomínio da concepção jusnaturalista para a elaboração de constituição, lastreada no pensamento de que as leis preexistem aos próprios homens.
- Florescimento da idéia de que a autoridade dos governantes se fundava num contrato com os súditos, os quais obedeceriam à realeza na proporção do comprometimento do Rei com a justiça.
Diversos documentos e movimentos podem ser apontados como precedentes históricos do constitucionalismo moderno:
Destacam-se ainda o Petition of Rights de 1628, o Habeas Corpus Act de 1679, o Bill of Rights de 1689 e o Act of Settlement de 1701.
A Magna Carta de 1215, onde o rei só governaria se aceitasse as condições impostas pela nobreza (barões).
O Petition of Rights (1628) onde passou ser necessário o consentimento de todos para que se fossem cobradas dádivas ou benevolências.
O Bill of Rights de 1689 (declaração de direitos) feita pelo parlamento inglês e aceita por Guilherme de Orange, que reconheceu, na Inglaterra, diversos direitos e liberdades como a propriedade privada e as eleições livres para o parlamento.
Na mesma linha, além dos pactos, merecem destaque ainda o que a doutrina chamou de forais ou cartas de franquia, também voltados para a proteção dos direitos individuais (diferenciam-se dos pactos por admitir a participação dos súditos no governo local - elemento político).
Os Pactos e os Forais que eram acordos feitos entre o monarca e os barões (ou burgueses).
As Cartas de Franquia asseguravam a liberdade às corporações e colocava limites ao poder dos senhores feudais para exigir tributos.
Os Contratos de colonização regras consensuais fixadas pelos novos colonos da América do Norte, para que pudessem regulamentar o Poder e se governarem.
	
Constitucionalismo
	
4ª Etapa Constitucionalismo Moderno
	
5ª Etapa Constitucionalismo Contemporâneo
	
6ª Etapa Constitucionalismo do Futuro
	
I - Período da História
- Corresponde ao período da história do Século XV até o século XVIII.
	
I - Período da História
- Corresponde ao período atual da história ocidental,ou seja, o início do Século XXI. 
A partir do início do século XXI, nasce uma nova perspectiva em relação ao constitucionalismo: o constitucionalismo não se resume à limitação do poder político, deve-se buscar a eficácia da Constituição.
	
I - Período da História
- Corresponde ao período da história do futuro ou por vir.
	
II – Conceito
- Período marcado pela Revolução Francesa e pela Independência dos Estados Unidos, onde o povo realmente passava a legitimar a Constituição e exigir um rol de direitos e garantias perante o Estado.
- O Constitucionalismo moderno, também chamado de Constitucionalismo Social, surgiu após o fim da 1º Grande Guerra Mundial, em 1918 e perdurou até o fim da 2º Grande Guerra Mundial em 1945, se originou devido ao desgaste fático do constitucionalismo liberal, em razão deste não mais atender às demandas por direitos sociais.
- O Constitucionalismo moderno se afirma com as revoluções burguesas, na Inglaterra 1688, Estados Unidos 1776 e França 1789 que surgiu o ideário constitucional, no qual seria necessário, para evitar abusos dos soberanos em relação aos súditos, que existisse um documento onde se fixasse a estrutura do Estado, e a conseqüente limitação dos poderes do Estado em relação ao povo. 
	
II - Conceito
- O Constitucionalismo Contemporâneo ou Neoconstitucionalismo nasceu com o fim da 2ª Grande Guerra Mundial em 1945. Segundo Paulo Bonavides essa nova idéia de constitucionalismo tem como marco filosófico o pós-positivismo. 
Nasce uma nova perspectiva em relação ao constitucionalismo: o constitucionalismo não se resume à limitação do poder político, deve-se buscar a eficácia da Constituição.
- As constituições começaram a consagrar a Dignidade da Pessoa Humana, fazendo com que se tornasse o núcleo da constituição, ocorrendo à chamada rematerialização constitucional.
	
II - Conceito
- Ocorreu um congresso, onde respeitados constitucionalistas do mundo foram convidados para discutir o futuro das constituições. Estes estudiosos buscavam “profetizar” quais seriam os valores consagrados nas Constituições do Futuro
- O constitucionalismo do futuro ou por vir consiste numa projeção do que haveria um equilíbrio entre os atributos do constitucionalismo moderno e os excessos do neoconstitucionalismo.
- o constitucionalismo do futuro virá consolidar os chamados direitos humanos de terceira dimensão, incorporando à idéia de constitucionalismosocial os valores de fraternidade e solidariedade.
	
III - Características
- O Constitucionalismo Moderno surge rompendo os obstáculos impostos pelos Estados Absolutistas que limitavam os direitos e garantias fundamentais, em razão deste rompimento se extinguindo o paradigma de soberania e supremacia das forças estatais, trazendo à tona ideais de justiça, de direito igualitário e acima de tudo de organização na seara da política governamental, limitando o poder de atuação do Estado e descentralizando os poderes: executivo, legislativo e judiciário.
- No século XVIII, o constucionalismo foi influenciado pelas idéias dos pensadores iluministas tais como Montesquieu, John Locke, Rosseau e Kant, que faziam oposição ao governo absolutista. A partir desses ideais surgiu a constituição moderna detentora dos direitos fundamentais, garantias do cidadão, bem como normas que regulariam o poder político.
 O constitucionalismo clássico ou liberal surgiu a partir do final do século XVIII = Liberté.
A Primeira Geração ou Dimensão de Direitos surgiu no constitucionalismo clássico (EUA e França), onde consagrou as liberdades clássicas.
- As chamadas revoluções liberais (Revoluções Inglesa, Francesa e Americana), realizadas pela burguesia em busca de direitos libertários fizeram com que ocorresse o surgimento das primeiras constituições escritas, a saber:
a) A Experiência Inglesa
Os ingleses repelem a idéia de um poder constituinte com força e competência para desenhar e planificar o modelo político de um povo. Preferiram “revelar” a norma constitucional mediante, a confirmação da existência de direitos e liberdades embasados em normas costumeiras.
No caso da Inglaterra, o “governo das leis” surgiu em substituição ao “governo dos homens”. Esta experiência constitucional contribuiu com duas idéias fundamentais: o governo limitado e a igualdade dos cidadãos perante a lei. Na Inglaterra, não existe uma Constituição escrita. A experiência inglesa se deu com a consolidação do Estado de Direito intitulada de Rule of Law o chamado Governo das Leis em substituição ao “Governo dos Homens”.
O constitucionalismo inglês deixou como contribuições de maior relevância os institutos da monarquia constitucional, do parlamento bicameral, da representação política por membros geralmente designados por eleição popular, do governo de gabinete e sua responsabilidade perante o parlamento, bem como as liberdades públicas e as garantias constitucionais. O constitucionalismo moderno inaugura-se a partir do advento das Constituições escritas e rígidas dos Estados Unidos da América, de 14 de setembro de 1787, e da França, de 03 de setembro
de 1791. A partir daí a palavra constituição
ficou reservada para designar o ato legislativo escrito, dotado de superior hierarquia, responsável
pelo delineamento das vigas-mestras do Estado.
b) A Experiência Americana: 
O constitucionalismo moderno começou com a Carta Política (Covenant ou Pacto de Mayflower) que foi assinada em 1620. Essa carta foi resultado dos primeiros colonizadores ingleses da Virgínia que desejavam a independência dos Estados Unidos. Posteriormente, essas idéias, seriam um ponto de partida para o estudo do Direito Constitucional. No início, os ingleses foram resistentes durante a Revolução Norte-Americana, mas com a derrota da Inglaterra, em 1783, estes tiveram que assinar o Tratado de Paris, onde concedia aos americanos o reconhecimento oficial de independência. A partir daí, as Treze Colônias foram emancipadas e surgiu a Constituição dos Estados Unidos da América de 1787.
As duas principais idéias com as quais os americanos contribuíram para o constitucionalismo são:
- A idéia de Supremacia da Constituição 
A Constituição é a norma suprema porque estabelece as regras do sistema jurídico.
- A garantia jurisdicional
O Judiciário é o encarregado de garantir a supremacia da Constituição, pois é o judiciário é neutro politicamente. 
c) A Experiência Francesa: 
Outro fato que marcou o Direito Constitucional foi a Revolução Francesa, no século XVIII, que desejava trazer liberdade, igualdade e fraternidade para todos. Na época, a França ainda possuía um modelo ultrapassado de governo, se comparada com outros países da Europa. À exemplo, a Inglaterra, já havia deixado o absolutismo e aberto suas portas para o liberalismo econômico através do parlamento, ao contrário da França que ainda era governada por um rei.
As classes sociais da época estavam insatisfeitas com o governo e, em maio de 1789, foi reunida a Assembléia dos Estados Gerais, no Palácio de Versalhes. O objetivo era resolver os problemas sociais, políticos e econômicos que passava o país. Uma parte, que era a privilegiada, defendia que os assuntos fossem votados por estamento, já o terceiro estado defendia o voto por pessoa. Este último se separou dos demais, recebendo o apoio dos deputados do baixo clero contra a vontade de Luíz XVI, foi criada a Assembléia Nacional Constituinte em 09 de julho de 1789, para a criação da Carta Magna. A partir daí, havia se iniciado a Revolução Francesa. O rei foi pressionado, o povo organizou milícias populares e tomou conta das ruas da capital. No dia 14, invadiram a Bastilha, principal símbolo da monarquia da França. Esse momento da história é considerado um marco da liberdade nacional.
A partir da Assembléia Nacional Constituinte da França de 26 de setembro de 1971, a constituição passou a fazer parte das matérias obrigatórias de estudo dos franceses. Já o termo, Direito Constitucional foi introduzido em 1797, em Milão, na Itália.A Constituição Francesa foi promulgada em 03 de setembro de 1791 se tornando a primeira constituição escrita da Europa. A experiência francesa contribuiu com duas principais idéias: 
- Garantia de direitos.
- Separação dos Poderes.
 O constitucionalismo moderno surgiu com o fim da 1ª Grande Guerra Mundial em 1918, também chamado de Constitucionalismo Social = Igualité
A impossibilidade do constitucionalismo liberal de atender as demandas sociais que abalavam o século a sociedade, fez com que as constituições modernas dessem início à consagração de maneira sistemática aos direitos sociais, 
A Segunda Geração ou Dimensão de Direitos surgiu no constitucionalismo moderno, no qual estabeleceu à igualdade material e consagrou os direitos sociais, econômicos e culturais. Nasceu daí o chamado Estado Social, visando superar o antagonismo igualdade política x desigualdade social.
 As contribuições do constitucionalismo moderno podem ser sintetizadas nas seguintes características:
- As constituições passaram a ser escritas em documentos formais, dotados de coercibilidade, cujas normas passaram a integrar um código sistemático e único de todo o seu conteúdo.
- Os textos constitucionais deveriam ser elaborados com base na teoria do poder constituinte.
- Primado da supremacia material e formal das constituições, elevando o Direito Constitucional ao posto de Ramo do Direito Público, fonte primária de toda produção normativa.
- Surgimento das concepções de controle de constitucionalidade das leis e dos atos normativos.
- Primazia do princípio da separação de Poderes, limitando as funções estatais como legislativas, executivas e judiciárias.
- Os mandatários do povo, os exercentes de funções públicas, os aplicadores da lei têm responsabilidade pelos seus atos.
- Tutela reforçada dos direitos e garantias fundamentais, exigência que se impõe globalmente a todas as funções do Estado.
- Aparecimento do princípio da força normativa da constituição, constatando-se que as constituições possuem uma força jurídica interna que as distingue dos demais diplomas normativos.
- Reconhecimento normativo da dimensão principiológica do Direito, cujos reflexos se espalham por todo o mundo. 
	
III - Características
O Constitucionalismo Contemporâneo ou Neoconstitucionalismo defende a existência de constitucionalismo global ou globalizado, cuja pretensão é unificar e consagrar juridicamente os ideais humanos.
O constitucionalismo contemporâneo tem sido marcadopor um totalitarismo constitucional, no sentido da existência de textos constitucionais amplos, extensos e analíticos, que encarceram temas próprios da legislação ordinária.
O constitucionalismo contemporâneo também chamado de neoconstitucionalismo surgiu no fim da Segunda Grande Guerra Mundial = Fraternité
A Terceira Geração ou Dimensão de Direitos surgiu no constitucionalismo contemporâneo, onde as constituições deram início à consagração de maneira sistemática aos direitos de fraternidade e solidariedade. 
 As contribuições do constitucionalismo contemporâneo podem ser sintetizadas nas seguintes características:
- Fase marcada pela existência de documentos constitucionais amplos, analíticos, extensos, 
- Tentativa de buscar a eficácia social das constituições (efetividade), a prevalência do princípio da força normativa da Constituição e o aprimoramento da hermenêutica constitucional.
- Consagrou uma espécie de totalitarismo constitucional, muito próximo à idéia de constituição programática.
- As constituições contemporâneas firmaram o compromisso entre o liberalismo capitalista e o intervencionismo estatal, fazendo com que ocorresse um alargamento dos textos constitucionais.
- os textos constitucionais contemporâneos deixaram de impor relações coativas de convivência e passaram a consagrar princípios socioeconômicos, vertidos em normas dependentes de regulamentação legislativa, no intuito de celebrarem compromissos e promessas genéricas, difíceis de serem realizadas na prática.
- A Constituição adquire o caráter de norma jurídica, dotada de imperatividade, superioridade (dentro do sistema) e centralidade, vale dizer, tudo deve ser interpretado a partir da Constituição.
- A incorporação explícita de valores e opções políticas nos textos constitucionais, sobretudo no
que diz respeito à promoção da dignidade humana e dos direitos fundamentais.
- A partir do momento em que os valores são constitucionalizados, o grande desafio do neoconstitucionalismo passa a ser encontrar mecanismos para sua efetiva concretização.
- A formação do Estado constitucional de direito, cuja consolidação se deu ao longo das décadas finais do século XX.
- O pós-positivismo, com a centralidade dos direitos fundamentais e a reaproximação entre Direito e ética.
- O conjunto de mudanças que incluem a força
normativa da Constituição, a expansão da jurisdição constitucional e o desenvolvimento de uma nova dogmática da interpretação constitucional.
	
III - Características
- A constituição do futuro deverá ser fruto do consenso democrático, podendo prometer o que for viável de cumprir, devendo ser transparente e ético.
- A solidariedade entre os povos revela-se em ser a nova perspectiva de igualdade com a universalização dos direitos fundamentais.
- Deverá incentivar a efetiva participação da sociedade, firmando a idéia de democracia participativa e de Estado Democrático de Direito.
- A tendência da universalização refere-se à consagração dos direitos fundamentais internacionais nas constituições futuras, fazendo prevalecer o princípio da dignidade da pessoa humana.
- Corrigir os excessos e devaneios neoconstitucionais, sem, contudo, repetir os percalços criados pelo positivismo extremado à implementação de direitos fundamentais.
- As Constituições do futuro teriam sete valores fundamentais supremos: verdade, solidariedade, consenso, continuidade, participação da sociedade na política, integração, universalização dos direitos fundamentais para todos os povos do mundo.
Podemos citar três causas nesta fase do constitucionalismo:
a) Consagração da dignidade da pessoa humana como valor supremo
b) Rematerialização das constituições, com rol extenso de garantias de direitos.
c) Reconhecimento da força normativa da Constituição.
ESQUEMATIZAÇÃO DA EVOLUÇÃO DAS ETAPAS DO CONSTITUCIONALISMO
	
PERÍODO DA HISTÓRIA
	
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
	
1ª Etapa Constitucionalismo Primitivo
	
Experiências constitucionais:
Formas de Organizações Consuetudinárias (usos, práticas e costumes).
Direitos sagrados, místicos e irracionais.
Influência direta da religião
	
2ª Etapa Constitucionalismo Antigo
	
Experiências constitucionais:
I) Estado hebreu = Lei do Senhor = Preceitos Bíblicos
II) Grécia Antiga = Cidades-Estados Gregas = Democracia Direta
III) Roma = idéia de liberdade
IV) Inglaterra = Rule of Law o chamado Governo das Leis em substituição ao Governo dos Homens.
OBS: Existência de um Direito Natural que deve sustentar-se e fundar-se em uma vontade superior que emana da natureza (Antiguidade Grega)
	
3ª Etapa Constitucionalismo Medieval
	
Experiências constitucionais:
Em 15 de junho de 1.215 foi outorgada a Magna Charta Libertatum pelo Rei João sem Terra na Inglaterra, surgindo principalmente para limitar esse poder monarquista, representando um pacto constitucional entre Rei, a Nobreza e a Igreja. 
Rule of Law o chamado Governo das Leis em substituição ao Governo dos Homens.
Formulação e reconhecimento de pactos, forais e contratos que estabeleciam as liberdades públicas.
 O constitucionalismo somente ganhou força na Idade Média, com a Magna Charta Libertatum de 1215, com a Petition of Rights de 1628, o Habeas Corpus Act de 1679, e o Bill of Rights de 1689. 
Necessidade de afirmar a igualdade dos cidadãos perante o Estado e a Proteção a importantes direitos individuais.
Existência de um Direito Natural que deve sustentar-se e fundar-se em uma vontade superior que emana de Deus (Idade Média).
	
4ª Etapa Constitucionalismo Moderno
	Influência das idéias do Positivismo Jurídico na elaboração das Constituições Escritas
O texto constitucional deveria ser elaborado pelo poder constituinte originário ou de primeiro grau.
A primeira geração dos direitos fundamentais surgiu no constitucionalismo clássico (dos EUA e França), onde consagrou as liberdades clássicas
Criação das Constituições dos Estados Americanos, pela edição da Constituição norte-americana de 1787 e pela Revolução Francesa, em 1789
A primeira Constituição Francesa, de duração bastante efêmera, teve como fonte de inspiração o constitucionalismo inglês
A Revolução Americana contribuiu com o reconhecimento da supremacia da Constituição e a garantia jurisdicional.
A Revolução Francesa contribuiu com a garantia de direitos e a separação dos poderes
As idéias iniciais de contrato social são abandonadas em função do próprio constitucionalismo, capaz de fundamentar e justificar o exercício do poder em sociedade.
Surgimento das concepções de controle de constitucionalidade das leis e dos aros normativos
Os mandatários do povo, os exercentes de funções públicas, os aplicadores da lei têm responsabilidade pelos seus atos.
Aparecimento do princípio da força normativa da constituição, possuindo uma força jurídica interna que
as distingue dos demais diplomas normativos
Supremacia da constituição, pois todo e qualquer ato normativo se sujeita à hegemonia do poder constituinte originário
OBS: Existência de um Direito Natural que deve sustentar-se e fundar-se em uma vontade superior que emana da razão (Idade Moderna) e a Influência das idéias do Positivismo Jurídico na elaboração das Constituições Escritas.
	
5ª Etapa Constitucionalismo Contemporâneo
	
O constitucionalismo contemporâneo está centrado no chamado “totalitarismo constitucional na medida em que os textos sedimentam um importante conteúdo social, estabelecendo normas programáticas (metas a serem atingidas pelo Estado, programas de governo) e se destacando o sentido
de Constituição dirigente
Constitucionalismo Globalizado, que busca difundir a perspectiva de proteção aos
direitos humanos e de propagação para todas as nações.
	
6ª Etapa Constitucionalismo do Futuro
	
Para Dromi, o futuro do constitucionalismo “deve estar influenciado até identificar-se com a verdade, a solidariedade, o consenso, a continuidade, a participação, a integraçãoe a universalização
Consolidação os chamados direitos humanos de terceira dimensão, incorporando à idéia de constitucionalismo social os valores do constitucionalismo fraternal e de solidariedade,
Poder-se-ia contextualizar, atualmente, o constitucionalismo no fenômeno mais amplo da globalização.
Impõe-se reconhecer a magnitude e a presença cada vez mais constante da integração econômica e cultural dos povos no mundo atual.
A reconhecida busca por maior integração insere-se uma tentativa de ampliação dos ideais e princípios jurídicos adotados pelo Ocidente, de maneira que todos os povos reconheçam sua universalidade.
Tem-se o uso de jurisprudência constitucional estrangeira pela Justiça Constitucional nacional

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