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Resumo para P1 de Farmacotécnica II

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Resumo para P1 de Farmacoténica II
INTRODUÇÃO
*Insumo é uma matéria prima que divide-se em 2 grupos, ativo (principio ativo) e inerte (excipientes).
*Forma Farmacêutica: é a forma de apresentação do produto final farmacêutico (medicamento). Podem ser líquidas (soluções, xaropes, extratos, tinturas, espíritos, suspensões e emulsoes), semi-sólidas (cremes, géis, pomadas e pastas) ou sólidas (pós, granulados, cápsulas, drágeas, comprimidos, comprimidos revestidos).
*Os excipientes possuem diversas funções, dentre elas a de ajudar a compor o medicamento favorecendo a estabilidade e os aspectos biofarmacêuticos e organolépticos.
*Excipientes podem ser:
-Agentes Emulsificantes: Usado para promover e manter a dispersão de partículas em um veiculo no qual elas são imiscíveis. (Monoestearato De Glicerila, Monoleato De Sorbitano).
-Agentes Deslizantes ou Lubrificantes: Utilizado para diminuir o atrito durante a fluidez do material, facilitando o escoamento dos pós (para dentro das cápsulas por exemplo), otimizando o processo de fabricação do medicamento. (Estearato De Magnésio, Estearato De Zinco e Talco).
Agentes Surfactantes ou Tensoativos: substâncias que reduzem a tensão superficial. Podem ser usados como agentes molhantes, detergentes ou emulsificantes. (Span e Tween, polissorbato 80, lauril sulfato de sódio).
-Agentes Gelificantes ou Espessantes: Usado para aumentar a consistência na preparação de substâncias semi-sólidas, como cremes, pomadas e géis. (Parafina, Álcool Cetílico, Ceras, Polímero Carboxivinílico - Carbopol e Goma Xantana).
Agentes Umectantes: substancias que evitam o ressecamento das formulações. (Glicerina, Propilenoglicol, Sorbitol).
Agentes Aglutinantes: Substâncias utilizadas para causar aderência nas partículas de pó no processo de granulação. Aumentam a coesão entre as partículas. (Amido, Povidona, Metilcelulose).
Agentes Desintegrante: Promovem o rompimento da massa sólida em partículas menores, que acabam podendo se dispersar ou dissolver mais rapidamente. (Carboximetilcelulose Reticulada, Ácido Tartárico, Bicarbonato De Sódio).
-Agentes Tamponantes: utilizados para manter (regular) o pH da formulação numa faixa ótima. (Fosfatos, Acetato de Sódio e Citrato de Sódio)
-Agentes Quelantes: São substâncias que formam complexos estáveis e hidrossolúveis (quelatos) com metais. Bastante utilizados em preparações líquidas (EDTA).
Agente Suspensor: Usado para suspender as partículas sólidas no veículo. Aumentando assim, a viscosidade do veículo.(Ágar, Caulim, Metilcelulose, CMC)
Agentes de Tonacidade: Usado para dar à solução características osmóticas semelhantes a dos líquidos fisiológicos (como as usadas no caso de colírios). (Cloreto De Sódio, Dextrose)
-Agentes Antioxidantes: utilizados para evitar a deterioração dos componentes da formulação por oxidação. São substâncias que se oxidam facilmente, oxidando-se primeiro para não oxidar o fármaco. (Ácido Ascórbico, Metabissulfito de Sódio e Palmitato de Ascorbil)
-Agentes Conservantes: São substâncias no geral que impedem o crescimento de fungos e bactérias em preparações líquidas e semis-sólidas. (Nipagin - metilparabeno, Nipazol - propilparabeno e Ácido Benzóico)
-Agentes Acidulantes: utilizado em preparações liquidas tornando o meio ácido e melhorando a estabilidade e solubilidade de excipientes e p.a. (Ácido Cítrico)
-Agente Alcalinizante: utilizado em preparações liquidas tornando o meio básico e melhorando a estabilidade e solubilidade de excipientes e p.a. (Trietanolamina e Carbonato de Sódio)
Corantes: são substâncias que conferem cor a formulação. (Óxido Férrico, DC Vermelho 8)
Flavorizantes: são substancias que conferem sabor e aroma agradáveis à formulação. (Mentol e óleo de laranja).
Edulcorante: são substâncias químicas que deixam o sabor da formulação mais doce. (Sacarina Sódica, Glicose E Sacarose).
Diluentes: Substância inerte utilizada como agente de enchimento. Usado para criar volume desejado, propriedade de fluxo (para fluir) e as características de compressão nas preparações de comprimidos e cápsulas. (Manitol, Amido, Celulose Microcristalina).
Veículos: São agentes carreadores de substâncias farmacêuticas, são utilizados na preparação de líquidos orais e parenterais. (Água, Óleo Mineral, Óleo De Amendoim, Álcool).
*A composição do medicamento deve estar descrita na fórmula farmacêutica (descrição qualitativa e quantitativa do que contém)
*A técnica de preparo é a descrição do processo, que deve seguir as boas práticas de manipulação (RDC 67) e ter registro de todo o processo, para que assim possa ser feita uma rastreabilidade em casos de desvio de qualidade.
*O processo de farmacotécnica passa pelo desenvolvimento (fazer a formulação), produção e controle, atentando-se para o conhecimento das características do p.a. para a definição adequada da forma farmacêutica e técnica de preparo. 
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SISTEMAS DISPERSOS
Estes sistemas são compostos de uma fase dispersa (geralmente em menos quantidade) e uma fase dispersante. Os diferentes sistemas são classificados de acordo com o tamanho das partículas da fase dispersa.
Soluções possuem uma dispersão molecular devido ao tamanho diminuto das partículas da fase dispersa.
Colóides são sistemas de dispersão macromolecular onde ocorre interação entre moléculas, é um sistema mais turvo.
Suspensões são sistemas de dispersão heterogênea.
Emulsões são sistemas de dispersão particulado.
 COLÓIDES
Os colóides podem ser classificados como: Colóides Propriamente Ditos ou Colóides por Associação (estes são formados quando as fases se misturam e formam uma nova molécula).
A forma e estrutura das partículas podem ser esféricas, globulares, reticulares entre outras, além de terem ou não afinidade com o sistema solvente (liofílico ou liofóbico). (Exemplo: géis são colóides hidrofílicos onde a partícula tem afinidade com o solvente -H2O).
Os colóides ainda podem ser halofílicos, são pós finamente divididos com alta energia superficial, logo a dispersão não é espontânea, há uma tendência a separar as fases.
Quanto a dispersão:
Os colóides liofóbicos são metais ou cristais inorgânicos dispersos com alta energia interfacial devido ao aumento da área superficial, desta forma a dispersão não é espontânea e este é termodinamicamente instável.
Os colóides liofílicos são proteínas, macromoléculas que se dispersam facilmente, assim a energia livre interfacial é baixa e o sistema é termodinamicamente estável.
Quanto a estabilidade, efeito do eletrólito e viscosidade:
Os colóides liofóbicos tem a estabilidade controladas pela carga, sendo portanto sensíveis a adição de eletrólitos (leva a agregação de forma irreversível), possuem baixa viscosidade.
Os colóides liofílicos tem a estabilidade controlada pela carga e também pela solvatação de suas partículas dispersas, são estáveis à adição de eletrólitos (porém em altas concentrações pode ocorrer salting out) e possuem alta viscosidade.
SUSPENSÕES
São formas farmacêuticas que contém partículas finas (fase dispersa) da substância ativa em dispersão relativamente uniforme num veículo (fase dispersante) no qual apresenta uma solubilidade mínima.
Estas formas farmacêuticas são justificadas pela insolubilidade de alguns p.a. em veículos usuais, pela terapia líquida em pacientes com problemas de deglutição, pela facilidade de mascaramento do sabor amargo de algumas substâncias, prolongamento da ação uma vez que a partícula deve se dissolver, e possuem alta estabilidade.
As vias de administração mais utilizadas para suspensões são: orais, parenterais e tópicas.
Características Desejáveis em uma Suspensão:
-Sedimentação lenta (não interação entre os sistemas, por isso sedimenta) e redispersão com agitação suave.
-Aspecto homogêneo (sem a presença de grumos).
-Tamanho de partícula constante.
-Escoamento rápido e uniforme.
Suspensões parenterais deve ter seringabilidade, ou seja, nãoser muito viscosa e com partículas pequenas.
Aspectos Físico-Químicos
-Energia Livre: é a energia resultante da fragmentação das partículas sólida. Quando se fragmenta, diminui o tamanho e aumenta a área superficial, isto aumenta a energia livre. Quanto mais divida a partícula, mais instável o sistema, isto é proporcional á tensão superficial que estas partículas irão sofrer. O ideal é não dividir muito as partículas e adicionar adjuvantes como tensoativos para diminuir a tensão interfacial.
-Flutuação das Partículas: característica que tem relação com a molhabilidade da molécula. Quando o sólido flutua no líquido, não há interação entre ambos devida a alta tensão interfacial, este problema pode ser resolvido com a utilização de tensoativos (Tween - polissorbato) que diminuem a tensão superficial melhorando a molhabilidade da partícula.
-Sedimentação Das Partículas: tendência das partículas em se depositar no fundo. Os fatores que afetam a velocidade de sedimentação das partículas estão dentro da Equação de Stokes como o tamanho da partícula, a densidade do líquido (fase dispersante) e sua viscosidade. Uma das formas de resolver problemas de sedimentação seria pela diminuição do tamanho das partículas e aumento da viscosidade do líquido (utilização de agentes suspensores - doador de viscosidade). Estes agentes alteram características reológicas, que estão relacionadas ao escoamento e fluxo do fluido.
-Viscosidade: é a resistência do fluido ao fluxo ou movimento (escoamento). Quando a viscosidade é proporcional à força aplicada, tem-se um Sistema Newtoniano, ou seja a viscosidade é constante. Já quando a viscosidade não é constante, tem-se Sistemas Não-Newtonianos, que podem ser: Plásticos (a força aplicada não desloca o fluido - índice de escoamento = 1), Pseudoplásticos (a força aplicada desloca o sistema mas nao é proporcional à viscosidade - índice de escoamento < 1) ou Dilatante (quanto mais força se aplica maior a viscosidade - índice de escoamento > 1).
Quando um sistema ao ser agitado perde sua fluidez (diminui sua viscosidade) e depois ao cessá-la o sistema volta as condições iniciais diz-se que este sistema tem tixotropia.
Métodos de Determinação de Viscosidade
-Capilares (Ostwald e Ubbelohde): determina-se o tempo de escoamento entre meniscos de um capilar e compara o tempo de escoamento com o tempo de escoamento da água.
-Queda Esférica: determina-se o tempo que uma esfera demora para descer (sedimentar) de um ponta a outro dentro do fluido.
-Copoford: preenche-se o copoford com o líquido e mede-se o tempo de escoamento de um volume determinado.
-Viscosimetros Rotacionais (Brookfield)
Tipo de Sedimentação:
-Sedimentação Floculada: ocorre quando a partícula tem carga, a partícula com carga forma uma camada com carga inversa. Esta sedimentação é de fácil redispersão.
-Sedimentação Defloculada: forma-se uma camada difusa (chuva de íons - carga + atrai - que atrai +) que leva a sedimentação compactada de difícil redispersão.
A utilização de agentes floculantes é útil para diminuir a defloculação e formar sedimento floculado que é mais fácil de redispersar.
O grau de floculação é determinado pelo potencia zeta e pela relação Hs/Hl (altura do sedimento / altura do líquido).
Crescimento Cristalino aspecto relacionado com a solubilidade e polimorfismo (forma de arranjo das moléculas de forma desordenada, amorfa ou ordenada, cristalina) da molécula que interfere na biodisponibilidade do medicamento.
Desenvolvimento de uma Suspensão
Separam-se as fases dispersante (veículo) e dispersa (sólido insolúvel) e adiciona os adjuvantes (agentes molhantes, floculantes e suspensores).
1) Diminuir e padronizar o tamanho das partículas;
2) Adicionar o agente molhante / umectante à fase dispersa (partículas)
3) Obter a fase dispersante com todos os adjuvantes (agente suspensor);
4) Juntas as fases e agitar vigorosamente ;
5) Adicionar coadjuvantes (edulcorantes, corantes, etc) e completar volume.
Controle após formada a suspensão: Aspectos Visuais, Determinação do Tamanho das Partículas, Viscosidade, Potencial Zeta, Teor de Farmaco, entre outros.
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EMULSÕES
Sistema composto por fase dispersa (fase interna ou descontínua) e fase dispersante (fase externa ou contínua), ou seja, uma dispersão heterogênea composta por dois líquidos insolúveis e imiscíveis entre si na forma de pequenas gotículas que são estabilizadas por tensoativos.
Teoria da Emulsificação: O fornecimento de energia pela agitação, faz com que pequenas gotículas da fase dispersa sejam formadas na fase dispersante, quando a agitação para o sistema tende a voltar as condições iniciais, isto devido a teoria do mínimo contato possível. Existe tensão interfacial entre os líquidos imiscíveis, este processo pode ser amenizado com a adição de tensoativos que aumentam a estabilidade das emulsões, o aumento da viscosidade também contribui para esta estabilidade.
Coalescência é a tendência em que as pequenas gotas formadas ao se encontrarem formarem gotas maiores. 
Numa emulsão o ideal é que as partículas não interajam, diminuindo a possibilidade de coaslencencia e aumentando a estabilidade. O aumento na viscosidade (agentes espessantes) reduz o movimento interno da fase dispersante melhorando também a estabilidade.
Tipos de Emulsões:
-Óleo em Água (O/A): pequenas gotas de óleo (fase dispersa) em água (fase dispersante). Em geral formulações de uso tópico com características emolientes.
-Água em Óleo (A/O): pequenas gotas de água (fase dispersa) em óleo (fase dispersante). Formulação de emulsões laváveis. 
Quanto ao tamanho da fase interna:
-Macroemulsões (leitosas e mais utilizadas), Microemulsões (sao trasnparentes e termodinamicamente estável) ou nanoemulsões.
Fatores Que Condicionam o Tipo de Emulsão:
-Solubilidade do agente emulsivo
*A fase externa é aquela onde o agente tensoativo for mais solúvel.
Tensoativo lipofílico forma emulsão água em óleo, e lipofóbico forma emulsão óleo em água.
Determinação do Tipo de Emulsão:
-Ensaios de Diluição: dilui a emulsão com a fase dispersante.
Óleo em Água - se add água o sistema mantém-se estável / se add óleo o sistema fica instável.
Água em Óleo - se add água o sistema fica instável / se add óleo o sistema mantém-se estável.
-Ensaios com Corantes: utiliza-se dois tipos de corante, um hidrossolúvel e um lipossolúvel e observa-se a coloração formada em microscópio.
Óleo em Água - se add corante hidrossolúvel o sistema fica com cor homogênea / se add corante lipossolúvel o sistema fica com cor heterogênea.
Água em Óleo - se add corante hidrossolúvel o sistema fica com cor heterogênea / se add corante lipossolúvel o sistema fica com cor homogênea.
-Condutividade Elétrico: quem conduz eletricidade é a água, então se aplica o campo elétrico e tem condução de eletricidade é porque a solução é óleo em água.
Agentes Emulsivos: podem ser naturais (colesterol, gomas), sintéticos (tensoativos aniônicos, catiônico, não iônico ou anfótero)ou auxiliares emulsivos.
Sistema EHL: (Equilíbrio Hidrófilo Lipófilo) é uma característica dos tensoativos que diz se ele é mais lipofílico ou hidrofílico.
EHL baixo, tensoativo lipofílico forma emulsões água em óleo.
EHL alto, tensoativo hidrofílico forma emulsões óleo em água.
Faixa de EHL e a aplicação de tensoativos:
- de 4 a 6: emulsionantes água em óleo.
- de 7 a 9: umectantes
- de 8 a 18: emulsionantes óleo em água
- de 13 a 15: detergentes
- de 10 a 18: solubilizantes
Determinação de EHL (METODO DE DAVIES)
Cada grupo hidrofílico e lipofílico possui valores que são aplicados na formula:
EHL = 7 + (Somatório de Grupos Hidrofílico - Somatório de Grupos Lipofílicos)
Determinação de EHL (METODO DE TENSOATIVOS TIPO ÉSTERES)
EHL = 20 (1 - S/A) onde S é o índice de saponificação do éster e A o índice de ácidos do ácido esterificante.
Cálculos de EHL
EHL de Mistura de Tensoativos:
 EHL mistura= EHL A x %A + EHL B x %B ... + EHL n x %n
Exemplo: Tensoativo A de EHL = 4 e em 40% e Tensoativo B de EHL 12 em 60%
EHLmistura = 4x 0,4 + 12 x 0,6 -> EHL mistura = 8,8
EHL Requerido da Formulação (Uma mistura de óleos diferentes requer um valor de EHL)
EHL requerido da mistura = EHL exigido óleo X x %óleo X + EHL exigido óleo Y x %óleoY + ... EHL exigido óleo n x %óleo n 
*A % do óleo é referente ao total apenas dos óleos.
Exemplo: óleo X ...10% (EHL req = 5) / óleo Y ...20% (EHL req = 12) / óleo Z ...15% (EHL req = 10) / Tensoativo ...5% / H2O ...q.s.p. 100ml
% total de óleo 10+20+15 = 45% assim: 45%.........100%
10%....... X -> x= 22% / 20% .......... Y -> y= 44,5% / 15%....... Z -> z= 33,5%
EHL req da mistura = 5 x 0,22 + 12 x 0,45 + 10 x 0,33 -> EHL req = 9,68
Calculando a % a ser usado de cada tensoativo (emulgente)
Exemplo: Mistura de 2 tensoativos:
Resolver o sistema pelo método da subtração alternada:
EHL A - EHL mistura = Partes de A (%A) / Partes Totais -> 4 - 9,7 = 4,7 / 7,0 -> 0,67 (67%)
EHL B - EHL mistura = Partes de B (%B) / Partes Totais -> 12 - 9,7 = 2,3 / 7,0 -> 0,33 (33%)
Partes Totais = 4,7 + 2,3 =7,0
Se na formulação acima a quantidade de tensoativo era de 5%:
5%------100% de tensoativo
Qnt de Tensoativo A ---- 67% -> 3,35g
Qnt de Tensoativo B ---- 33% -> 1,65g
Existem métodos práticos para determinação do EHL exigido, este é feito pela adição de diferentes proporções de misturas de tensoativos e observação de posterior estabilidade em que proporção.
Há métodos práticos também para a determinação do EHL de um tensoativo desconhecido, sendo possível quando se tem o EHL do óleo, e de pelo menos um dos tensoativos. Realizada da mesma forma.
Preparação de Emulsão
Primeiro separa-se as fases aquosa e oleosa assim como os componentes que irão em cada fase.
Aquecer (diminui a viscosidade e a tensão interfacial) as fases e agitar para dividir o liquido em pequenas gotículas.
A adição de uma fase á outra geralmente é feita da fase externa à fase interna. No geral a fase externa (fase dispersante) é aquosa, e esta é adicionado sobre a fase oleosa (interna). O mais eficiente é a formação do tensoativo in loco (método do sabão nascente), este se forma quando as fases são unidas.
Processo de Cremação ou Agregação: ocorre quando á uma reunião de gotículas na superfície ou no fundo mas sem perda do filme interfacial, é passível de redispersão por agitação.
Coalescência: ocorre quando há perda do filme interfacial e as gotículas se unem formando gotas maiores. Geralmente isto ocorre devido ao EHL incorreto, ao aumento da temperatura. Neste caso não é possível a redispersao por agitação.
Instabilidade Química: pode ocorrer por uso de componentes químicos incompatíveis com o agente emulsivo, pela presença de eletrólitos, alterações de pH, oxidação de componentes, alterações na temperatura do sistema ou contaminação microbiológica.
Controle após formada a emulsão: Aspectos Visuais, Análise do Tamanho da fase interna, Viscosidade, pH, Teor de Fármaco, estudos de estabilidade (realizados durante o desenvolvimento - estresse mecânico ex.: centrifugação / estresse térmico ex.: variação de temperatura) entre outros.

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