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CEMENTO
Tecido conjuntivo mineralizado que recobre a dentina radicular. Não é uma estrutura dentária. Semelhante ao tecido ósseo. Suas células, cementoblastos e cementócitos, são semelhantes aos osteoblastos e osteócitos respectivamente. Depende do lig. Periodontal para se nutrir por difusão.
FUNÇÃO: 
- Inserção das fibras do lig. Periodontal;
- envolvido na erupção passiva (produção do cemento para compensar o desgaste da coroa);
- envolvido no reparo e regeneração dentária.
PROPRIEDADES QUÍMICAS:
- 65% de mat. Inorg. Hidroxiapatita
- 23% de mat. Org. Colágeno do tipo I
- 12% de água
ESPESSURA: 
- Cervical: 10 a 50  μm
- Apical: 50 a 200  μm
ORIGEM: 
Folículo dentário Diferenciação das células ectomesenquimais em cementoblastos.
DESENVOLVIMENTO
	Após a fragmentação da bainha epitelial de Hertwig, as células ectomesenquimais do folículo dentário entram em contato com a raiz em formação, pelos espaços que aparecem entre essa bainha. As primeiras fiblilas colágenas se inserem nessa região da membrana basal, a qual começa a se mineralizar, estabelecendo a camada hialina (servem de adesão da dentina ao cemento). 
	Mineralização do cemento Deposição de hidroxiapatita 
	Fibroblastos diferenciados Depositam fibrilas , que se organizam de maneira oblíqua em relação à superfície da dentina radicular. Estas fibrilas formam a maior parte do cemento das regiões da raiz mais próximas do colo do dente. Entre elas, observa-se escassa matriz orgânica formada por cementoblastos. OBS: Essas fibrilas são extrínsecas ao cemento. 
	Cemento acelular Durante a aposição de cemento na altura do futuro terço cervical da raiz, os fibroblastos que formam os feixes de fibras colágenas extrínsecas e os cementoblastos recuam ao secretarem essa matriz, não sendo aprisionados por ela.
	Cemento celular Quando a formação de dentina radicular alcança a metade da raiz, os cementoblastos recém-diferenciados secretam maior quantidade de matriz orgânica. Além disso, o dente começa a erupcionar, propiciando numa mais rápida secreção de matriz orgânica. Em cosequência desses fatores, os cementoblastos ficam aprisionados na matriz, se tornando cementócitos. 
CLASSIFICAÇÃO
- Quanto a presença de células: 
Celular: Presença de cementócitos. 
Acelular: Não tem cementócitos.
- Quanto a origem da matriz orgânica:
Fibras extrínsecas: Formadas pelos fibroblastos
Fibras intrínsecas: formadas pelas células do cemento (cementoblastos e cementócitos). 
Fibras mistas: Formadas tanto pelos fibroblastos, quanto pelas células do cemento.
TIPOS DE CEMENTO
- Cemento acelular de fibras extrínsecas É encontrado no terço cervical de todos os dentes. Tem matriz bastante fibrosa, constituída por grossos feixes de fibras colágenas produzidas pelos fibroblastos do lig. periodontal. Observado em preparações por desgaste, apresenta-se homogêneo, vítreo, quase transparente. Em cortes descalcificados, observa-se sua típica aparência de feixes colágenos regularmente dispostos. Fibras de sharpey: Fibras do lig. periodontal que se inserem no cemento. Fixa bem o dente no osso (ancoragem).
- Cemento celular de fibras mistas É encontrado a partir do terço médio da raiz e nas áreas de furcação de dentes bi ou trirradiculares, apresentando maior espessura que o tipo acelular. Apresentam lacunas com cementócitos e numerosos canalículos percorridos pelos prolongamentos dessas células. Sua matriz orgânica é constituída por fibras colágenas produzidas tanto pelos fibroblastos do ligamento, quanto pelos cementoblastos. Mineralização incompleta das fibras de sharpey. Ancoragem e erupção passiva.
- Cemento celular de fibras intrínsecas É originado apenas em casos de reparação, geralmente após reabsorção cementária ou na compensação dos desgastes oclusais funcionais. 
CÉLULAS
- CEMENTOBLASTOS: Sintetizam a matriz orgânica de natureza intrínseca do cemento. Ficam justapostos ao cementóide.
- CEMENTÓCITOS: São cementoblastos que ficaram aprisionados na matriz do cemento durante sua formação. Possuem numerosos prolongamentos, que estabelecem comunicação com os das células adjacentes pelos canalículos. A maioria desses canalículos, com os prolongamentos, se dirigem para a superfície externa do cemento para fazer contato com vasos sanguíneos do lig. periodontal. 
LIMITE AMELOCEMENTÁRIO
O esmalte e o cemento podem relacionar-se de três maneiras:
- Borda a borda(30% dos casos): Aparentemente, não houve alteração durante seu desenvolvimento
- Cemento cobre o esmalte (60% dos casos): Durante a erupção, parte do epitélio reduzido do esmalte se rompe, expondo uma porção do esmalte na região cervical, possibilitando que cementoblastos formem uma fina camada de cemento sobre o esmalte.
- Não se encontram (10% dos casos): Parte da dentina radicular fica exposta. Isso ocorre porque a bainha de hertwig não fragmenta, que permanece cobrindo a dentina dessa zona, impedindo a formação de cemento acelular.

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