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História Direito do Consumidor

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Faculdade Integradas de Santa Fé do Sul
Pedro Henrique Moreno Alves
Caio Fernando Alves Martins
DIREITO DO CONSUMIDOR
Santa Fé do Sul 
2018
Pedro Henrique Moreno Alves
Caio Fernando Alves Martins
DIREITO DO CONSUMIDOR
Monografia apresentada ao curso de Direito das Faculdade Integradas de Santa Fé do Sul, a ser utilizada como objeto de avaliação. Orientador: Marília Rulli Stefanini
Santa Fé do Sul
2018
DIREITO DO CONSUMIDOR
Pedro Henrique Moreno ALVES¹
Caio Fernando Alves MARTINS²
Marília Rulli STEFANINI [1: Graduando em Direito, Faculdades Integradas de Santa Fé do Sul – SP, FUNEC, cf.martins1503@gmail.com² Graduando em Direito, Faculdades Integradas de Santa Fé do Sul – SP, FUNEC, pedromorenoalves@hotmail.com³ Docente das Faculdades Integradas de Santa Fé do Sul – SP, FUNEC,mariliastefanini@yahoo.com.br]
RESUMO
O presente artigo tem por objetivo, analisar alguns aspectos inerentes ao direito do consumidor, como sua origem histórica, suas codificações e os crimes contra as relações de consumo existentes. Como metodologia, far-se-á analise de doutrinadores, codificações e jurisprudências existentes. Tal artigo visa elucidar para o leitor, algumas características sobre o direito do consumidor, agregando-lhe satisfatório conhecimento empírico. Conclui-se, portanto, que ao desenrolar da confecção de tal artigo o Direito do Consumidor, existe desde os tempos mais remotos, estando dentro das relações de consumo, e interligado à evolução do comércio como um todo.
Palavras-chave: Direito do Consumidor. Origem Histórica. Codificação
1 INTRODUÇÃO 
Ao se falar de Direito do Consumidor, é impossível não citar o polo base do qual pleiteia tal direito: O consumidor, em questão é necessário se entender quem é o consumidor e onde ele figura no Direito do Consumidor.
A atual codificação logo em seu art. 2º trata de elucidar o que é um consumidor em poucas palavras “Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final” (BRASIL, 1990). Claro que esse conceito ganhara várias posições doutrinárias ao longo dos tempos, mas em síntese o in verbis do texto de lei se faz altamente compreensível.
Tal consumidor é taxado quase sempre como parte vulnerável na relação de consumo fazendo-se necessário a criação de um regramento para criação de elementos de protecionismo a esse consumidor.
Entendendo esse conceito, assimila-se então que o direito do consumidor, é o conjunto de codificações que litiga sobre as relações de consumo. É um ramo derivado do direito civil e do direito empresarial.
2 ORIGEM HISTÓRICA DO DIREITO DO CONSUMIDOR
As relações de consumo são conhecidas há décadas e são parte da vida em sociedade e da sua respectiva evolução, assim elucida o professor NORAT
Desde o período da antiguidade se têm relatos de exploração comercial; colônias como a de Kanes, na Ásia Menor, os egípcios, hebreus e principalmente os fenícios praticaram o comércio em larga escala de produtos como perfume, cereais, marfim, metais, joias, e outros.
As práticas comerciais estavam, profundamente, incumbidas na cultura dos povos,[...]
 (NORAT, Markus Samuel Leite)
Nota-se, que tais relações eram presentes e se faziam muito necessárias para a manutenção da vida comum da sociedade da época, já que a troca de especiarias e outros produtos, eram compreendidas como uma relação consumerista. 
Entretanto, existiam alguns povos que se limitavam a produzir tão somente para sua autossuficiência dado o processo decadencial do Império Romano, e com a sua queda então surge o feudalismo, que era um novo tipo de organização de sociedade. Os feudos tinham a função de prover a alimentação da população em geral, já que com o processo migratório dado após a queda, as famílias limitaram-se a vida campeira, atreladas claro, a necessidade de subsistência.
Dada tais condições, houve-se então um desinteresse nas relações de consumo e só se observa uma evolução nesse aspecto à partir de uma nova concepção de vida em sociedade, como elucida NORAT.
O sistema feudal durou até a Baixa Idade Média, quando as necessidades da população europeia culminaram com a substituição da estrutura social feudal por uma economia comercial, pois as forças políticas dos senhores feudais estavam sendo sobrepostas pelo surgimento de um novo grupo social que tinha sua estrutura diretamente relacionada com o comércio – a burguesia. (NORAT, Markus Samuel Leite)
A partir daí não se tem grandes avanços sobre as relações de consumo sendo necessário se fazer um avanço histórico até o berço do capitalismo: Os Estados Unidos da América.
As professoras, Cláudia Mara de Almeida Rabelo Viegas e Juliana Evangelista de Almeida explicam esse evento histórico.
A origem do consumidor é atribuída aos EUA, pois foi o país que primeiro dominou o capitalismo, sofrendo a conseqüência do marketing agressivo da produção, da comercialização e do consumo em massa. Encontra-se na doutrina, que os primeiros movimentos consumeristas de que se tem notícia ocorreram no séc. XIX. (VIEGAS, Cláudia Mara de Almeida Rabelo; ALMEIDA, Juliana Evangelista de.)
Até os tempos atuais, as relações consumeristas são o símbolo dos EUA, que tem como seu ponto forte o capitalismo nas entranhas de seu povo. 
Compreendendo um pouco dessa origem, tem-se a necessidade de entender a origem do direito do consumidor em nossa pátria, ou em terras tupiniquins.
A denominação terra tupiniquim, faz alusão aos índios que aqui viviam em 1500. Entretanto, o direito do consumidor brasileiro não surgiu necessariamente no Brasil. As professoras fazem um detalhamento de como se originou nossas primeiras legislações.
Sabe-se que o direito brasileiro se resumia ao que era posto pelas Ordenações do Reino de Portugal, durante todo o período de colonização. Em outras palavras, nossos direitos civis não passavam de simples extensão dos direitos de nossos colonizadores, cuja influência em nosso ordenamento jurídico não pode ser relegada ao desentendimento. 
As Ordenações Filipinas, publicadas no ano de 1603, vigeram desde o início do século XVII até a proclamação da independência brasileira em 1822, regendo o ordenamento jurídico privado no Brasil por mais de 300 anos. Tratava-se de uma compilação jurídica marcada pelas influências do Direito Romano, Canônico e Germânico, que juntos constituíam os elementos fundantes do Direito Português e como não poderia deixar de ser, influenciaram a legislação brasileira com o seu tom patriarcalista e patrimonialista.
Uma vez proclamada à independência do Brasil, uma lei editada em outubro de 1823 determinou a manutenção das Ordenações Filipinas em nossas terras, bem como demais formas normativas emanadas dos imperadores portugueses que vigoravam até a data de 26 de abril de 1821. 
No Livro V das Ordenações Filipinas já foi possível encontrar uma norma de proteção, ainda que indireta, do consumidor, vez que punia a usura com degredo para África. Também no título LVII dizia que “se alguma pessoa falsificar alguma mercadoria, assim com cera, ou outra qualquer, se a falsidade, que nisso fizer, valer hum marco de prata, morra por isso”. Percebe-se que a coação psicológica sobre o fornecedor acabava por proteger o consumidor. (VIEGAS, Cláudia Mara de Almeida Rabelo; ALMEIDA, Juliana Evangelista de.)
Percebe-se então uma origem anterior à chegada dos portugueses no recém descoberto Brasil. As Ordenações Filipinas seriam a primeira codificação a reger, mesmo que por pouco sobre o Direito do Consumidor.
 3 CONSTITUIÇÃO FEDERAL E CODIFICAÇÕES
Como dito acima, já existia resquícios de Direito do Consumidor, antes mesmo da criação da Monarquia Brasileira, dada as Ordenações Filipinas, que eram provindas de Portugal.
Fazendo um pequeno avanço histórico, vislumbra-se com total clareza a presença de tal direito no Código Comercial de 1850, em seus art. 629 à 632,com destaque especial ao 631 na sua segunda parte in verbis que preconizava o seguinte direito:
[...] Interrompendo-se a viagem depois de começada por demora de conserto do navio, o passageiro pode tornar passagem em outro, pagando o preço correspondente à viagem feita. Se quiser esperar pelo conserto, o capitão não é obrigado ao seu sustento; salvo se o passageiro não encontrar outro navio em que comodamente se possa transportar, ou o preço da nova passagem exceder o da primeira, na proporção da viagem andada. (BRASIL, 1850)
Nesse trecho, é evidente a proteção de um direito do consumidor, dada a situação em que o navio que por problemas mecânicos, não pudesse zarpar, geraria subjetivamente o direito de tomar assento em outro navio, com a ressalva de que deveria pagar a diferença pecuniária entre as passagens.
Esse pequeno protecionismo, faz-se necessário frente a relação de vulnerabilidade que se encontra o consumidor. E essa proteção da parte mais fraca do polo de consumo, foi também vislumbrada no Código Civil de 1916, podendo ser citado o art. 1.245 como o melhor exemplo, onde obrigava o profissional de serviços de construção civil, dar garantia de seu serviço prestado.
Art. 1.245. Nos contratos de empreitada de edifícios ou outras construções consideráveis, o empreiteiro de materiais e execução responderá, durante cinco anos, pela solidez e segurança do trabalho, assim em razão dos materiais, como do solo, exceto, quanto a este, se, não achando firme, preveniu em tempo o dono da obra. (BRASIL, 1916)
Tal legislação se aproxima da ideia de responsabilidade objetiva sobre o dano, que temos no nosso código do consumidor vigente.
A história data um processo ainda que tímido, mostrando uma evolução até à chegada do direito do consumidor devidamente tipificado na Constituição. A evolução é demonstrada nas palavras das professoras, Cláudia Mara de Almeida Rabelo Viegas e Juliana Evangelista de Almeida
Todavia, a preocupação com as relações de consumo surgiu no Brasil a partir das décadas de 40 e 60, quando foram criadas diversas leis regulando aspectos de consumo. Dentre essas leis pode-se citar a Lei 1221/51, lei de economia popular, a Lei Delegada n.º 4/62, a Constituição de 1967, com a emenda n.º 1 de 1969 que citam a defesa do consumidor.
A partir do seu surgimento nos Estados Unidos, o direito do consumidor ainda levou algum tempo para chegar ao Brasil. Este direito tutelar, introduzido com a Constituição Federal de 1988, reconheceu um novo sujeito de direitos, o consumidor, individual e coletivo, assegurando sua proteção tanto como direito fundamental, no art. 5º, XXXII, como princípio da ordem econômica nacional no art. 170, V, da Constituição da República Federativa do Brasil (CF/88) (VIEGAS, Cláudia Mara de Almeida Rabelo; ALMEIDA, Juliana Evangelista de.)
A presença desse sentimento de protecionismo dada pela popularmente conhecida como Constituição Cidadã, e colocada no Título II, que trata de Direitos e Garantias Fundamentais, e harmoniza com a obrigação do Estado de zelar pelo direito do consumidor, que visara estancar o tratamento dado a parte desigual dessa relação.
O princípio Isonômico intrinco à CF/88, que trata da igualdade entre os iguais e a desigualdade entre os desiguais, faz o devido entrelaçamento com a obrigação acima citada.
A criação dos centros de conciliação, mediação e arbitragem cumprem papel excepcional para aqueles que buscam a resolução de seu litígio, sem demasiada perda de tempo para o consumidor.
A mediação e a conciliação são métodos alternativos de resolução de conflitos. O objetivo é prestar auxílio a qualquer cidadão na tentativa de solução de um problema, sem a necessidade de uma decisão judicial. O conciliador ou mediador, pessoa capacitada para a função, ajuda os envolvidos na demanda a encontrarem uma solução juntos, dentro da lei. (TJSP, 2018)
Ainda há aqueles, que não conseguem devido aos seus interesses pessoais, realizar a autocomposição do seu problema. É aí que entra mais um mecanismo legislativo importantíssimo ao direito do consumidor: Os Juizados Especiais Cíveis.
Os juizados são pautados em princípios como da simplicidade, informalidade, oralidade, celeridade e economia dos atos processuais. Isso em tese traz ao consumidor a resolução do seu litígio de forma rápida e entrelaçado ao princípio da hipossuficiência do consumidor, o art. 55 da lei 9.099/95 cita que as custas e os honorários ficam suspensos até a promulgação da sentença.
Outro fator de suma importância, é a dispensa de advogado quando a ação não superar o valor de causa de 20 salários mínimos, o que facilita o acesso à justiça, livrando o consumidor de honorários que podem pesar em seu bolso. 
4 DOS CRIMES CONTRA AS RELAÇÕES DE CONSUMO 
Com o advento da CF/88, foram criados não só mecanismo de proteção e controle das relações de consumo, mas também tipificou condutas passíveis de punição.
A norma que elenca algumas dessas condutas se encontra na lei nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990, e “define crimes contra a ordem tributária, econômica e contra as relações de consumo, e dá outras providências” (BRASIL,1990)
 O rol taxativo trazido pelo art. 7º e descreve inúmeros crimes que podem ser subentendidos como contra a relação de consumo. Os crimes são apenados com detenção de 2 a 5 anos, ou multa e tem algumas ressalvas que devem ser feitas em virtude do parágrafo único do artigo “Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II, III e IX pune-se a modalidade culposa, reduzindo-se a pena e a detenção de 1/3 (um terço) ou a de multa à quinta parte” (BRASIL,1990)
Tais incisos nos trazem a possibilidade da culpa, aos crimes referidos, auferindo então a ideia que todos os outros serão a título de dolo presumido.
Esses crimes na modalidade culposa, acontecem corriqueiramente por desconhecimento do empresário ou comerciante, que alegam não ter conhecimento jurídico, por não serem fabricantes ou importadores. A fiscalização fica à cargo das delegacias do consumidor que juntamente com o PROCON atende as demandas e denúncias.
Fato é que como preconiza o art. 3º da LINDB, ninguém pode se escusar de cumprir a lei, alegando desconhecê-la. Além do mais o artigo 3º e 14, caput, do CDC, diz que todos que participam da cadeia de fornecimento respondem solidariamente pelos produtos inadequados revendidos no mercado. 
Nesse sentido, temos a jurisprudência sobre o caso:
EMENTA 
- APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA E CONTRA AS RELAÇÕES DE CONSUMO. MERCADORIA IMPRÓPRIA PARA O CONSUMO. PRAZO DE VALIDADE VENCIDO (ART. 7.º, IX, PARÁGRAFO ÚNICO, DA LEI N.º 8.137/90). APELANTE ROBSON QUE, NA QUALIDADE DE PROPRIETÁRIO DE ESTABELECIMENTO, TINHA EM DEPÓSITO PARA FINS DE FABRICAÇÃO DE SORVETE E POSTERIOR VENDA, MATÉRIA-PRIMA COM CONDIÇÕES IMPRÓPRIAS AO CONSUMO, QUAIS SEJAM: 10 (DEZ) SACOS DE PÓ PARA PREPARO DE SORVETES E PICOLÉS A BASE DE ÁGUA DA MARCA SELECTA TROPICAL; 31 (TRINTA E UM) SACOS DE PÓ PARA PREPARO 
DE SORVETES DA MARCA ALGEMIX, AMBOS COM DATA DE VALIDADE VENCIDA, ALÉM DE 05 (CINCO) SACOS CONTENDO CERTA QUANTIDADE DE PÓ, SEM ESPECIFICAÇÃO OU INDICAÇÃO DE DATA DE VALIDADE, SENDO CERTO QUE O FLAGRANTE SE DEU DURANTE INSPEÇÃO DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA, ACOMPANHADA POR OLICIAIS DA DECON, QUE FORAM RECEBIDOS NO LOCAL PELO PROPRIETÁRIO, O QUAL FRANQUEOU A ENTRADA AOS AGENTES QUE, AO CONSTATAREM A PRÁTICA DO ILÍCITO, DERAM-LHE VOZ PRISÃO. A DENÚNCIA FOI ADITADA (FLS. 112/113), PARA INCLUSÃO DE JONATHAN DANIEL DE SOUZA SILVA, FUNCIONÁRIO DO ESTABELECIMENTO E RESPONSÁVEL PELO ARMAZENAMENTO DAS MERCADORIAS, COMO COAUTOR. PRETENSÃO DEFENSIVA À ABSOLVIÇÃO POR AUSÊNCIA DE MATERIALIDADE DELITIVA E AUSÊNCIA DE DOLO QUE SE NEGA, ESPECIALMENTE PELAS CIRCUNSTÂNCIAS DO FLAGRANTE, NO QUAL EVIDENCIOU-SE O TOTAL DESCASO COM A HIGIENE DO LOCAL, DAS MÁQUINAS E DOS PRODUTOS ALIMENTÍCIOS, AS CIRCUNSTÂNCIAS ANTERIORES DAS INTERDIÇÕES DO ESTABELECIMENTO, ALÉM DO RELATO DETALHADO E COERENTE DA AGENTE DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA MUNICIPAL. DESPROVIMENTO DO RECURSO (TJRJ, 2009)
É comum no direito,para solução de litígios aplicados sobre a visão da 8.137/90, a aplicação subsidiária do código penal.
Em se tratando do CDC, mais precisamente nos art. 63 a 74, o legislador cria crimes de incidência penal e são elencados como crimes de perigo, onde não se necessita comprovar a ocorrência do dano para a configuração do delitivo penal.
5 CONCLUSÃO
Findadas todas as informações, far-se-á uma reflexão sobre a importância do Direito do Consumidor no ordenamento jurídico brasileiro. Ao decorrer desse artigo foi mostrado como o processo de maturação de tal direito foi moroso e pautado em muita luta. O simbolismo criado a partir do Código Civil de 1916, é conhecido como divisor de aguas para a proteção do direito do consumidor, que como já em excessivas vezes comentado, mas sem nenhuma ressalva em novamente citar, é a parte mais fraca da relação de consumo.
A legislação atual sobre o tema tem-se mostrado efetiva no que pese a teoria, entretanto falha muito quando se faz a sua aplicabilidade. O desconhecimento sobre tais legislações coloca também o consumidor em uma situação de vulnerabilidade.
Ainda que haja demasiada informação sobre os direitos do consumidor dada o advento do avanço da internet e das mídias sociais, é preciso criar mecanismos de incentivo ao estudo e conhecimento das normas que regem tais direitos. O combate a práticas abusivas nas relações de consumo parte não somente da criação da legislações, e também do conhecimento por parte da população sobre seus direitos e deveres. 
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 556, de 25 de junho de 1850.. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l0556-1850.htm>. Acesso em: 04 abr. 2018.
BRASIL. Lei nº 3.071, de 1º de janeiro de 1916.. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l3071.htm>. Acesso em: 04 abr. 2018.
BRASIL. Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990.. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8078.htm>. Acesso em: 03 abr. 2018.
BRASIL. Lei nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990.. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8137.htm>. Acesso em: 05 abr. 2018.
NORAT, Markus Samuel Leite. Evolução histórica do Direito do Consumidor. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XIV, n. 88, maio 2011. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=9474>. Acesso em: 03 abr. 2018.
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Conciliação e mediação. Disponível em: <http://www.tjsp.jus.br/conciliacao>. Acesso em: 06 abr. 2018.
VIEGAS, Cláudia Mara de Almeida Rabelo; ALMEIDA, Juliana Evangelista de. A historicidade do Direito do Consumidor. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XIV, n. 90, jul 2011. Disponível em: <http://ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=9820&revista_caderno=10>. Acesso em 03 abr. 2018.

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