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Construção civil 2

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Construção civil II
Patologias do concreto armado
Introdução
 Patologia: É todas as manifestações cuja ocorrência no ciclo de vida da edificação, venha prejudicar o desempenho esperado do edifício e suas partes (subsistemas, elementos e componentes). Assim a patologia pode ocorrer na estrutura, na vedação, nos componentes de abastecimento (dutos elétricos, hidráulicos).
 Então a patologia estuda: Manifestação, mecanismo de ocorrência, causa, natureza, origens e conseqüências.
 Assim se busca peças que tenha durabilidade (aumentando o custo-benefício do produto usado): produto com vida útil a cima do esperado, mas com a manutenção recomendada pelo fabricante. Assim para se ter durabilidade alguns fatores são relevantes:
à durabilidade dos materiais e componentes utilizados;
às condições de exposição a que está submetido (ao entorno);
às condições de uso;
às ações de manutenção realizadas.
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Como detectar problemas patológicos
Etapa de levantamento de subsídios;
Vistoria do local;
Determinação da existência e da gravidade do problema patológico;
Caracterização do “objeto” sujeito à manifestação patológica;
Definição e comparação com o desempenho esperado;
Definição de medidas de segurança;
 Investigação com pessoas envolvidas (processo produção, vizinhos, usuários);
Exames complementares;
Ensaios laboratoriais;
Ensaios no local (destrutivos ou não).
Causas de Patologias
Mau projeto;
Erro de execução;
Uso inadequado (usado para fins diferentes dos calculados em projeto);
Falta de manutenção.
Agentes causadores
Mecânicos: Abalos sísmicos, alterações no terreno, sobrecarga na estrutura.
Químicos: Ação do sal do mar, poluição do ar, água na estrutura, variação de temperatura, umidade relativa do ar,radiação solar incidente, chuva.
Biológicos:Fungos, bactérias, fungos.
Físicos (do material): escolha errada, incorreto dimensionamento.
Patologias do concreto armado
Material não inerte, o concreto armado está sujeito a alterações ao longo do tempo, em função de interações entre os elementos que o constituem (cimento, areia, brita, água e aço), com os aditivos e com agentes externos, como ácidos, bases, sais, gases, vapores e micro-organismos. Muitas vezes, dessas interações resultam anomalias que podem comprometer o desempenho da estrutura, provocar efeitos estéticos indesejáveis ou causar desconforto psicológico nos usuários.
De acordo com especialistas só quando o desempenho da estrutura está ameaçado ou comprometido é que ficam caracterizadas as ‘enfermidades’ do concreto ou da estrutura, que podem ser congênitas – nascem com a estrutura – ou são adquiridas ao longo de sua vida, devido à ação direta de inúmeros agentes externos, incluindo usuários, ou ainda fenômenos físicos, entre eles, choques, terremotos, incêndios, enchentes, explosões, recalques e variações de temperatura.
Sintoma x Causa
O ideal, é que as patologias do concreto armado sejam evitadas ou, então, tratadas para que não ocorra perda da estrutura ou de peças estruturais. Nos últimos anos as normas vêm incorporando essas medidas mais intensamente – critérios de durabilidade –, que se fundamentam predominantemente nos mecanismos de deterioração do concreto (expansão e corrosão) e do aço (corrosão). 
A fase mais importante desse processo é a do diagnóstico que, se for equivocado, implicará intervenções inócuas, dificultando estudos futuros, além do inútil gasto de dinheiro. Nas fases iniciais do estudo será preciso trabalhar com hipóteses, verificando sua veracidade. Na realidade, nunca há certeza, mas sim redução no número de dúvidas. A eficácia do tratamento ou da solução só poderá ser confirmada pela resposta satisfatória da estrutura ao tratamento.
Sinais de alerta 
Para identificar as causas das patologias do concreto é preciso observar suas manifestações que ocorrem normalmente nas partes externas das estruturas. No entanto, existem partes externas que não são normalmente visualizadas, como as total ou parcialmente enterradas (fundações, arrimos); as faces internas das juntas de dilatação; e as do interior de galerias e reservatórios. 
Nesses locais, os chamados danos ocultos só são detectados se forem programadas e executadas inspeções específicas.
As manifestações a seguir podem indicar a existência de patologias do concreto
Fissuras e Trincas
Desagregação
Erosão e Desgaste
Disgregação (Desplacamento ou Esfoliação)
Segregação
Manchas
Eflorescência
Calcinação
Flechas Exageradas
Perda de Aderência Entre Concretos (nas juntas de concretagem)
Porosidade
Permeabilidade
As fissuras e trincas são os sintomas mais frequentes de problemas nas estruturas e com causas muito variadas: A sua posição em relação à peça estrutural, a abertura, a direção, e sua forma de evolução (com relação à direção e à abertura), dão indicações das causas prováveis. 
Vale ressaltar que algumas enfermidades são erroneamente consideradas sintomas, como o caso clássico da corrosão das armaduras, que caracteriza a enfermidade ‘falta de homogeneidade’, e cujos sintomas são fissuras e disgregação do concreto.
Fatores que provocam corrosão
A corrosão pode ocorrer por despassivação da armadura em função da diminuição do pH do concreto, devido à reação entre o hidróxido de cálcio a ele inerente e o CO2 que nele penetra, no fenômeno denominado carbonatação, facilmente detectado pelo teste de fenolftaleina. Acontece, também, pela presença de cloretos.
Reparos para pequenos danos 
Danos que não comprometem o desempenho estrutural do elemento ou o fazem de forma pouco significativa podem receber reparos.
Escarificação manual (talhadeira, ponteiro, marreta)
Escarificação mecânica (martelete, rompedor, fresa)
Escovamento manual (escova de aço)
Lixamento manual ou elétrico (lixas para concreto e aço, lixadeira elétrica)
Hidrodemolição (equipamento específico)
Jateamento de areia (equipamento específico)
Jateamento de água e areia (equipamento específico)
Queima controlada com chama (maçarico)
Corte de concreto (disco de corte)
Jateamento de ar comprimido (equipamento específico)
Jateamento de água fria ou quente (equipamento específico)
Jateamento de vapor (equipamento específico)
Lavagem com soluções ácidas
Lavagem com soluções alcalinas (solução de ‘soda cáustica’)
Aplicação de removedores de óleos e graxas
Aplicação de removedores de gordura e ácido úrico - suor (álcool isopropílico, acetona)
Umedecimento ou saturação da superfície do concreto com água (aspersão, pano ou areia molhados)
Reparos mais comuns
Reparos superficiais: São aqueles que não ultrapassam a espessura da camada de cobrimento das armaduras. “Eles são exigidos em função de disgregações, desagregações, segregações, porosidades ou contaminações que atingem o concreto de cobrimento das armaduras”.
Reparos profundos: Referem-se àqueles cujas profundidades ultrapassam a camada de cobrimento das armaduras. “Esse tipo de reparo geralmente surge devido à ocorrência de segregações, ninhos, ou presença de corpos estranhos ao concreto”.
Reparos superficiais de grandes áreas: São feitos em função de disgregações, desagregações, segregações, erosões, desgastes, contaminações ou calcinações que atingem grandes áreas do concreto de cobrimento das armaduras.
Reparos devidos à corrosão de armaduras: Exigem análise do funcionamento do sistema de proteção do aço dentro da massa de concreto. “Para tanto, é necessário verificar as relações existentes entre o pH do concreto e o potencial de corrosão (potencial eletroquímico) do aço. Essas relações foram estudadas por Pourbaix e são mostradas no diagrama que leva o seu nome”.
Estudo de caso
Corrosões No Condomínio Residencial Delle Alpi, um pequeno desprendimento do concreto na garagem foi restaurado rapidamente para impedir a evolução do processo corrosivo
Após o condomínio ser informado de que havia uma patologia na garagem, o sindico tomou a decisão correta de ter chamado um engenheiro especializado para fazer uma análise da situação do prédio. Após a analiserealizada por ele foi concluído que ouvi um erro construtivo com falhas na cobertura de armaduras, devido o local ser próximo ao mar, a maresia causou corrosão das armaduras.
O engenheiro resolveu o problema realizado a remoção de todo reboco dos locais afetado, o concreto solto ao longo das armaduras corroídas, raspagem, limpeza, pintura e depois realizou o serviço de preenchimento dos buracos com um concreto próprio e todo serviço de acabamento final do edifício.
Os fatores determinantes para a realização bem sucedido do serviço foi execução rápida após a analise de uma patologia e principalmente a sua realização por uma pessoa especializada no assunto, capaz de resolver a situação de modo simples e correto.
Conclusão
As patologias aqui estudadas são prejudiciais a vida útil de sua estrutura, o edifício apresenta diversas patologias, ocasionadas por vários agentes que as mesmas foram expostas. Analisando as causas dos desgastes acima , foram propostas algumas soluções técnicas para que sejam sanadas.
A importância da manutenção e utilização correta de técnicas construtivas em uma obra é algo essencial, assim, obtendo uma garantia de saúde estrutural e de seus componentes. Concluímos que em qualquer resquício de patologias, recomenda-se que contrate um profissional qualificado, evitando assim prejuízos maiores.

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