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Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico de Bragança Formulário (Fundações Profundas) Projecto de Obras Geotécnicas (1º ano, 2º ciclo), 2013 Docente: António Miguel Verdelho Paula Projecto de Obras Geotécnicas ESTiG – IPB 2º Semestre 2013 Formulário 2 CAPACIDADE DE CARGA Capacidade de Carga de uma Estaca Isolada – Cargas Axiais Expressão geral WQQQ lpult −+= Em que: Qp – Resistência de ponta Ql – Resistência Lateral W – Peso da fundação profunda (estaca) Formulação baseada na teoria da plasticidade Expressão geral ( ) ( )( )∫ ⋅⋅+⋅= ⋅⋅⋅+⋅+⋅⋅= −+= L o asval qvbcbp lpult KcperimetroQ NdNNcAQ WQQQ φσ γσ γ tan 5.0 Estacas em maciços argilosos – tensões totais: ( ) ∫ ∂⋅⋅+⋅⋅= l acubbult zcperimetroNcAQ 0 Nc – Segundo Skempton 443,1 41log04,194,0 25,5 > ≤⎟ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎜ ⎝ ⎛ ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ ++⋅ = ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ +⋅= B Lse B Lse B L L BN B c α α Cub – valor médio da coesão não drenada (determinada 1 a 2 diâmetros abaixo ponta). Nc – método semi-empírico para estacas moldadas (Reese e O`Neil 1988). 92,016 8,3 ≤⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ +⋅= ≤⋅= b c cubb B LN MPaNcq Quando Bb>1,90m [ ] 5,15,0 )(11,3;0015,00021,00071,0 0,1 5,2 025,0 5,2 ≤≤ =≤⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ ⋅+= ≤ ⎥⎦ ⎤ ⎢⎣ ⎡ ⋅+ ⋅ = ⋅= b kPacb B La mem bBa F qFq u b b r brbr Resistência de Ponta Resistência lateral τa L d Nsd Projecto de Obras Geotécnicas ESTiG – IPB 2º Semestre 2013 Formulário 3 Valor da adesão (Ca) Tipo de Estaca Cu≤50kpa Cu>50kpa Metálicas 0,5Cu 20 kPa Betão 0,8Cu 30 kPa Madeira 1,0Cu 50 kPa Valores Ca para estacas (Reese e O`Neil 1988). kPaCC ua 260≤⋅=α O limite de 260 kPa não deve ser ultrapassado a menos que ensaios de carga justifiquem outros valores - valores de α Estacas em maciços argilosos – tensões efectivas: WztgkPerimetroNAQ l asvqvbbult −∂⋅⋅⋅⋅+⋅⋅= ∫ 0 ``` φσσ Argilas moles normalmente consolidadas (Burland) ( ) βφφφ =⋅−≤⋅ `tan`sin1`as tgk 29,030` 24,020` 0 0 =→= =→= βφ βφ Argilas duras sobreconsolidadas (Meyerhof) ( ) OCRk moldadasestacaskk cravadasestacaskk o ra s s ⋅−≅ = →⋅= →⋅= `sin1 75,0 5,1 `` 0 0 φ φφ Factor de capacidade de carga Nq (Berezantzev, 1961). ( ) moldadasest cravadasest .3`* . 2 40´* →−= →+= φφ φφ 0 50 100 150 200 0 0,5 1,0 1,5 Cu (kPa) α B L Estacas Moldadas N.F. 1, 5 m B α=0 α=0,55 α=0,0 Estacas Cravadas 25 30 35 40 45 10 100 1000 Nq 0* Projecto de Obras Geotécnicas ESTiG – IPB 2º Semestre 2013 Formulário 4 Estacas em maciços arenosos: WztgkPerimetroNAQ l asvqvbbult −∂⋅⋅⋅+⋅⋅= ∫ 0 ``` φσσ Valores de ` as tgk φ⋅ (O`Neil and Reese 1988): - Estacas moldadas (válido para areias com N60≥15) kPatgk z tgk asv as 190 20,125,0245,05,1 `` ` ≤⋅⋅ ≤≤−= =⋅ φσ ββ βφ Em que zev `σ é a tensão efectiva vertical e profundidade calculada no ponto médio da camada em análise. Quando N60≤15 multiplicar β pela razão N60/15. Os autores recomendam que as expressões sejam utilizadas para profundidades variando entre 1,5 m e 26 m. Valores de ` as tgk φ⋅ (Vésic a) e Meyerhof b)): Profundidade crítica e avaliação das tensões efectivas verticais: moldadasest cravadasest .3`* .10` 4 3* →−= →+= φφ φφ Nota: Em maciços estratificados o Zc é contado a partir da camada arenosa. Valores máximos de aτ e de pσ (McClelland) MPa moldadasestacaskPa cravadasestacaskPa p a 10 40 100 ≤ → → ≤ σ τ L d N.F. Zc vc 0 5 10 15 20 28 33 38 43 0* Zc/d 38 1 28 33 0* 1,5 43 2,5 2,0 K s ta n0 3,0 35 40 0* 30 0 0,4 K s ta n0 1,2 0,8 1,6 Estacas Cravadas (Dinâmicamente) Estacas Cravadas Dinâmica/ Estática/ Estacas Cravadas a) b) Projecto de Obras Geotécnicas ESTiG – IPB 2º Semestre 2013 Formulário 5 Método baseado no ensaio CPT Bustamante e Gianeselli (1992) propõem: s sk b bk sdbdcd RRRRR γγ +=+= ccbk basebkbk qkq AqR ⋅= ⋅= ( ) α ci sik sisiksk qq AqR = ⋅=∑ Valores dos coeficientes Kc e α: Tipo de solo qc (kPa) Coeficiente kc Coeficiente α Valor máximo *** de qs (kPa) Estaca moldada Estaca cravada Estaca moldada Estaca cravada Estaca injectada Estaca moldada Estaca cravada Fuste em betão Com tubo perdido Fuste em betão Fuste em metal Fuste em betão Com tubo perdido Fuste em betão Fuste em metal Baixa pressão Alta pressão Argila mole e lodo* 0 a 2000 0,4 0,5 30 30 30 30 15 15 15 15 35 Argila de consistência média 2000 a 5000 0,35 0,45 40 80 40 80 (80) 35 (80) 35 (80) 35 35 80 ≥120 Argila rija a muito rija >5000 0,45 0,55 60 120 60 120 (80) 35 (80) 35 (80) 35 35 80 ≥200 Silte ou areia solta 0 a 2500 0,4 0,5 (60) 120 150 (60) 80 (120) 160 35 35 35 35 80 Areia medianamente compacta 2500 a 10000 0,4 0,5 (100) 180 (200) 250 100 (200) 250 (120) 80 (80) 35 (120) 80 80 120 ≥200 Areia compacta a muito compacta >10000 0,3 0,4 150 (200) 300 150 (200) 300 (150) 120 (120) 80 (150) 120 120 150 ≥200 * É aconselhável usar com grande prudência a consideração do atrito lateral no caso de argilas moles e lodos. Basta um pequeno assentamento do solo, mesmo sob peso próprio, para dar lugar a “atrito negativo”. ** Os valores entre parênteses correspondem, para as estacas moldadas, a uma execução cuidada da estaca e de um processo construtivo susceptível de remexer ao mínimo o solo em contacto com o fuste. Para as estacas cravadas, eles correspondem ao adensamento do solo junto à estaca após cravação. *** Para estacas moldadas com Φ≥1,50 m, os poços betonados em obra, as barretes, há que reduzir estes valores em 15% na ausência de resultados experimentais. Coeficientes ELU ELUt bγ 2,0 3,0 sγ 1,3 2,0 Projecto de Obras Geotécnicas ESTiG – IPB 2º Semestre 2013 Formulário 6 Resistência convencional do Betão – norma DTU 13.2 Para estacas em betão armado, a norma DTU 13.2 impõem uma tensão limite no betão dada em função de uma resistência convencional, f*c. ( ) 21 lim* ;min kk ff f ccjc ⋅ = fcj – é a resistência característica do betão aos j dias de idade, tal como é definido no REBAP ou EC2. fclim – é o limite dependente da técnica de fundação utilizada, cujo o valor se encontra no quadro seguinte: Tipo de fundação fclim k1(1) Grupo A Estacas ou paredes prefabricadas executadas com molde Estacas tubulares pré-tensionadas Estacas cravadas, pré fabricadas em betão Poços em betão vibrado Poços com betão não vibradofc28 fcj fcj fc28 fc28 1,00 1,15 1,15 1,00 1,20 Grupo B Estacas cravadas moldadas Estacas e barretes moldadas simples Estacas moldadas com tubo - betonadas a seco - betonadas debaixo do nível freático Estacas e barretas betonadas sob lamas bentoníticas, paredes moldadas fc28 fc28 fc28 fc28 fc28 1,30 1,30 1,20 1,30 1,30 (1) É possível diminuir em 0,1 o coeficiente k1 para: - estacas e barretas moldadas simples, desde que a natureza dos terrenos atravessados garantam a estabilidade absoluta das paredes. - estacas moldadas com tubo, desde que a extracção se efectue com vibrações e apresente todas as garantias de manter a integridade da estaca. K2 Elementos do grupo A 1 Elementos do grupo B 20 1< l d 1,05 md 60,0≤ ⎟ ⎠ ⎞⎜ ⎝ ⎛ − 2 3,1 d Reunindo as duas condições anteriores ⎟⎠ ⎞⎜ ⎝ ⎛ − 2 35,1 d Não reunindo nenhuma das condições anteriores 1 O valor médio da tensão de compressão do betão não deverá ultrapassar 0,3fc* em Estado limite de utilização (combinações raras). Projecto de Obras Geotécnicas ESTiG – IPB 2º Semestre 2013 Formulário 7 Formulação pelo Eurocódigo 7 A capacidade resistente de cálculo é dada por: s sk b bk sdbdcd RRRRR γγ +=+= No caso em que não é possível proceder à separação entre resistência de ponta e lateral o valor de cálculo é igual a: t ck cd RR γ = ∫ ∂⋅⋅= ⋅= zPerqR AqR sksk basebkbk em que 5,1 5,1 ssk bbk qq qq = = Coeficientes parciais bγ sγ tγ Estacas cravadas 1,3 1,3 1,3 Estacas moldadas 1,6 1,3 1,5 Estacas por trado contínuo 1,45 1,3 1,4 Capacidade de Carga de Grupo de Estacas Eficiência do grupo de estacas: 1u uG Pn P ⋅ =η Solos Coesivos (argilosos): Grupo de estacas em maciços argilosos – sem maciço de encabeçamento em contacto com o terreno: (Poulos e Davis) 2 11 1 ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ ⋅+ = uB u P Pn η PuB – capacidade de carga do bloco paralelipipédico que envolve o conjunto de estacas ( ) 9 5 1 5 15 2 ≤⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ ⋅ +⋅⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ ⋅ +⋅= ⋅⋅+⋅+⋅⋅⋅= B B B c uBBcuBBuB L B B LN com cLBLNcLBP Grupo de estacas em maciços argilosos – com maciço de encabeçamento em contacto com o terreno: Pode ser considerada igual ao menor dos seguintes dois valores: 1 - 11 unuBuG PPP += - em que 1unP é a capacidade de carga da porção do maciço de encabeçamento exterior ao perímetro do bloco 2- 212 unuuG PPnP +⋅= - sendo 2unP a capacidade de carga do maciço de dimensões nn LB ⋅ . ( )nncn LBN ⋅+⋅≅ 2.0114.5 com nn BL > (skempton) ( ) cnunnnun NcdnLBP ⋅⋅⋅⋅−⋅= 4/22 π −unc é a coesão não drenada sob o maciço de emcabeçamento; N BB LB L Projecto de Obras Geotécnicas ESTiG – IPB 2º Semestre 2013 Formulário 8 Grupo de estacas em maciços arenosos: =η 1,3 – Eficiência Total, sem maciço apoiado no terreno, 43 a d s < =η 1,6 – Eficiência Total, com maciço apoiado no terreno, 43 ad s = Assentamento de uma estaca – Solicitações Verticais Método proposto por Vésic, 1975 – Métodos Empíricos: O assentamento na cabeça de uma estaca pode ser dividido em três parcelas: 1. parcela devida à compressão elástica da estaca: ( )[ ] ( )PPp EALPS ⋅⋅⋅−⋅+= βαβ 1 2. Assentamento causado pela carga transferida para o terreno através da base: 3. Assentamento causado pela carga transferida para o terreno ao longo do fuste da estaca: ( ) ( )pbbf dPCS σβγ ⋅⋅−⋅⋅= 1 Com: ( )dLdL ⎟⎠⎞⎜⎝⎛ ⋅+= 16,093,0γ −L Comprimento da estaca; −PP EA , Área e módulo da secção transversal da estaca; −P Carga aplicada; −β Percentagem de carga transmitida pela ponta; −α Parâmetro que depende do modo como se distribuem as tensões tangenciais ao longo do fuste da estaca; −= 2 1α Distribuição uniforme; −= 3 2α Distribuição linearmente crescente; −= 3 1α Distribuição linearmente decrescente; −Pσ Resistência unitária de ponta; −bC Coeficiente que depende do tipo de terreno; Estacas Cravadas Estacas Moldadas Areia ( )21 04,0 rD+ ( )21 18,0 rD+ Silte Solto 0,05 0,12 Denso 0,03 0,09 Argila Mole 0,04 0,08 Dura 0,02 0,04 Projecto de Obras Geotécnicas ESTiG – IPB 2º Semestre 2013 Formulário 9 Características de deformabilidade dos terrenos Características de deformabilidade dos terrenos Valores médios de ES, recomendados para estacas cravadas em areias. Compacidade da Areia Compacidade relativa Dr ES MPa Solta Média Densa <0,4 0,4 – 0,6 >0,6 27,5 – 55 55 – 70 70 – 110 Valores médios de ES, recomendados para estacas cravadas em argila. Resistência não drenada cu Estacas cravadas ES kN/m2 Estacas moldadas ES kN/m2 0 - 50 50 - 100 100 – 150 150 – 200 200 - 250 5000 – 11000 11000 – 37000 37000 – 40000 40000 40000 3000 – 6500 6500 – 20000 20000 – 80000 80000 80000 Valores típicos de do coeficiente de Poisson ν Tipo de solo ou rocha Poisson ν Argila Saturada – Condições não drenadas 0,50 Argila parcialmente saturada 0,30 – 0,40 Areia densa – Condições drenadas 0,30 – 0,40 Areia Solta – Condições drenadas 0,10 – 0,30 Brita 0,25 – 0,30 Granito 0,23 – 0,27 Modulo de deformabilidade não drenado: ( )` ` 12 3 s s u EE ν+⋅ ⋅= Cargas Horizontais Momento gerado no topo da estaca devido a forças horizontais λ2 PM = ou 3 1 2 2 ⎥ ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎢ ⎣ ⎡ ⋅⋅ = sdgrupoi HvEI M Bk Pv ⋅ ⋅= λ ; elEI Bk 1 4 = ⋅ ⋅=λ Coeficiente de reacção da carga horizontal: ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ − ⋅⋅== 212 4 1 65,0 s ss s E EI dE d kk υ (vesic e Poulos) Em que: d – diâmetro da estaca; Es – módulo de young do solo; E, I – modulo de young e momento de inércia transversal da estaca. circularrI .sec 4 4 →⋅= π D 4, 0 m Hsd Areia Msd Projecto de Obras Geotécnicas ESTiG – IPB 2º Semestre 2013 Formulário 10 Características geométricas dos maciços de encabeçamento n=2 n=3 n≥4 R= 2/l 3/l n l 180sin2 ⋅ d= 34 R⋅ 34 R⋅ 34 R⋅ h= 15,010,0 ad + 15,010,0 ad + 15,010,0 ad + b - - l n R n R ⋅ ⋅ +⋅ 180cos 180cos φ p ( )φ⋅+⋅ 42 l ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ ⋅+⋅ φ 3 43 l bn ⋅ s hp ⋅ hp ⋅ hp ⋅ A ( )φφ ⋅+⋅⋅ 22 l ( ) 22 332 4 3 φφ ⋅−⋅⋅+⋅ l ⎟ ⎠ ⎞⎜ ⎝ ⎛ +⋅⋅⋅ φ n Rp 180cos 2 1 V hA ⋅ hA ⋅ hA ⋅ V` A⋅10,0 A⋅10,0 A⋅10,0 P – perímetro; S – superfície lateral; A – área transversal; V – volume de betão; V` - volume de betão de limpeza. L o2 R o L o/2 R R B L
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