Buscar

Para os Professores Resumo do livro PAULO FREIRE PEDAGOGIA DA AUTONOMIA

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

O arquivo não foi encontrado
T l t h id id l íd
Para os ProfessoresPara os Professores
Páginas
Início
Legislação
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
Resumo do livro - PAULO FREIRE “
PEDAGOGIA DA AUTONOMIA”
às 07:53 
Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar
com o Pinterest
Marcadores: Concurso, Paulo freire, Pedagogia, Resumos
41 comentários:
1. 
macêdo4 de novembro de 2013 15:52
Muito bom!
ResponderExcluir
Respostas
1. 
Josélia16 de janeiro de 2014 05:49
Muito obrigado por esse belíssimo resumo, me ajudou bastante.
Excluir
Responder
2. 
Eliane da Cunha Miranda13 de novembro de 2013 12:23
Excelente resumo! Me ajudou muito!
ResponderExcluir
3. 
Maria Iraci Sousa dos Santos Santos25 de novembro de 2013 16:07
MUITO BOM MESMO EU PRECISO PARA UM TRABALHO DO MEU
CURSO DE LETRAS.
ResponderExcluir
4. 
Luana Tavares12 de abril de 2014 21:46
Ótimo resumo, vai ser de grande valia para mim! 
obrigada
ResponderExcluir
5. 
Rita de Cássia Lopes Toledo20 de abril de 2014 16:48
Excelente resumo, de grande valia para meus estudos. Obrigada pela
oportunidade de poder compartilhar deste material excelente. 
Obrigada. 
ResponderExcluir
6. 
Garota No Blog21 de abril de 2014 15:44
OTIMO
ResponderExcluir
7. 
juliano cesar de oliveira8 de maio de 2014 16:40
Oi adorei...muito obrigado, me fez se interessar pelo livro....mas vc já leu o
livro reversoescrito pelo autor Darlei... se trata de um livro arrebatador...ele
coloca em 
cheque os maiores dogmas religiosos de todos os tempos.....e ainda inverte
de 
forma brutal as teorias cientificas usando dilemas fantásticos; Além de
revelar 
verdades sobre Jesus jamais mencionados na história.....acesse o link da 
livraria cultura e digite reverso...a capa do livro é linda 
www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp? 
ResponderExcluir
Respostas
1. 
Jan16 de novembro de 2015 09:03
Juliano você já leu um livro de José Herculano Pires Chamado Bar
Abas
Excluir
Responder
8. 
Adriana Carvalho22 de maio de 2014 09:36
Ótimo, esse resumo me ajudou bastante na execução de um trabalho para a
faculdade! tenho certeza que ele vai ajudar muita gente ainda.
ResponderExcluir
9. 
Marcelo Batista6 de junho de 2014 05:52
O resumo e otimo
ResponderExcluir
10. 
O BOM DA VIDA ESTA NAS PESSOAS QUE A GENTE AMA.19 de junho
de 2014 08:36
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir
11. 
luciana vital26 de novembro de 2014 18:49
muito obrigao espero qu eu consiga passar no concurso estudei este su
reumo e achei muito pom são tudo o que penso econcordo com as
palavrass do sábio PAULO FREIRE UM HUMILDE INTELECTUAL
ResponderExcluir
12. 
Anônimo14 de março de 2015 18:02
Alguém sabe me dizer quantos capítulos são esse livro, preciso saber se
esse resumo é do livro todo.
ResponderExcluir
13. 
Anônimo14 de março de 2015 18:03
Alguém sabe me dizer quantos capítulos são esse livro, preciso saber se
esse resumo é do livro todo.
ResponderExcluir
Respostas
1. 
Yara Sandim14 de abril de 2015 13:18
Este comentário foi removido pelo autor.
Excluir
2. 
Sara Almeida22 de maio de 2015 16:59
sim, o resumo se refere a todo o livro. São três eixos
Excluir
Responder
14. 
maria do céu galvão21 de abril de 2015 15:14
ótimo trabalho me ajudou muito obrigado
ResponderExcluir
15. 
O Mover do Espírito Santo16 de maio de 2015 15:16
Excelente!!!
ResponderExcluir
16. 
Banfi24 de maio de 2015 13:41
Muito bom, obrigada! 
Quem estiver interessado, encontrei um vídeo no youtube sobre o livro,
muito bom também. Segue link: https://www.youtube.com/watch?
v=vb0paMG_Aq0
ResponderExcluir
17. 
Banfi24 de maio de 2015 13:41
Muito bom, obrigada! 
Quem estiver interessado, encontrei um vídeo no youtube sobre o livro,
muito bom também. Segue link: https://www.youtube.com/watch?
v=vb0paMG_Aq0
ResponderExcluir
18. 
Prof. André Azevedo da Fonseca23 de junho de 2015 21:56
Olá colegas 
Sou professor e pesquisador no Centro de Educação, Comunicação e Artes
da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e estou produzindo uma série
de 30 vídeos para explicar a Pedagogia da Autonomia, de Paulo Freire. Os
vídeos serão veiculados de forma aberta e gratuita no meu canal no
YouTube. 
O projeto foi financiado coletivamente no Catarse. Já foram publicados seis
vídeos Este é o link: https://goo.gl/Cipiat 
Se puderem divulgar na página, penso que os vídeos podem contribuir muito
para inspirar práticas educativas humanizadoras e também para melhorar a
qualidade do debate sobre Paulo Freire nas redes sociais. 
Qualquer dúvida, estou à disposição 
Muito obrigado desde já! 
ResponderExcluir
Respostas
1. 
Beatriz Ramos19 de julho de 2016 19:23
Professor venho pedir que se não fosse muito incômodo de minha
parte lhe pedir que me ajuda-se a formular duas perguntas para meu
trabalho de amanhã. Elas devem ser baseadas no capítulo 4 deste
livro que fala sobre A EDUCAÇÃO PARA A AUTONOMIA EM
PAULO FREIRE. Me ajude por favor
Excluir
Responder
19. 
Claudia MOTTA ALVES30 de novembro de 2015 13:21
muito obrigada, está me ajudando para estudar e não tenho acesso fácil aos
livros. 
ResponderExcluir
20. 
Regi Alves3 de dezembro de 2015 04:40
Muito bom! Esse resumo me ajudou bastante.
ResponderExcluir
21. 
Maria do Carmo Ferreira de Andrade21 de janeiro de 2016 08:20
Parabéns pelo resumo. Deu para ter uma visão geral do livro. Certamente
me ajudará muito.
ResponderExcluir
22. 
Roberto Mangegali6 de março de 2016 15:24
este livro é um dos livros mais chatos que eu ja li.Em compensacao este
resumo é um dos resumos mais legais que eu ja li. Que paradoxo. Paulo
Freire era um pessimo escritor.
ResponderExcluir
23. 
Unknown18 de julho de 2016 05:01
bom ajulda bastante
ResponderExcluir
24. 
DIMAS LEANDRO BATISTA27 de julho de 2016 06:47
Um exercício reflexivo consciente e conduzido pela linguística. Um texto
simples em sua estrutura narrativa, mas complexo em sua essência vez que
exige de quem o ler a necessária abertura para a PROBLEMATIZAÇÃO das
ideias postas e devem ser enfrentadas pelo espírito LIVRE de forma a se
atingir a AUTONOMIA necessária ao verdadeiro PROCESSO DE
EMANCIPAÇÃO aluno/professo, escola/sociedade.
ResponderExcluir
25. 
clarice santos20 de agosto de 2016 16:47
MUITO BOM, ME AJUDOU BASTANTE EM TERMOS DE
ESCLARECIMENTOS PARA CONCLUSÃO DE CURSO. 
ResponderExcluir
26. 
Unknown17 de outubro de 2016 15:46
Mi ajudou a dar um migué na sala de aula. Valeu aí 
ResponderExcluir
27. 
Ivanilda Ferreira18 de novembro de 2016 19:30
Ivanilda Ferreira valeu muito faço prova essa semana, nesse assunto.
ResponderExcluir
28. 
enesita rosa28 de dezembro de 2016 02:10
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir
29. 
Enesita Rosa28 de dezembro de 2016 02:14
Ótimo resumo Parabéns! É de grande valia para mim e outros também.
ResponderExcluir
30. 
Maria Doralice31 de janeiro de 2017 13:02
Parabéns estou estudando esse assunto.
ResponderExcluir
31. 
Unknown26 de junho de 2017 13:39
Muito bom ... Amei esse resumo
ResponderExcluir
32. 
Facilitando13 de julho de 2017 12:12
Muito proveitoso e articulador das principais ideias dessa obra de Paulo
Freire.
ResponderExcluir
33. 
Mara Novais13 de julho de 2017 15:00
Muito bom o resumo. Parabéns!!!
ResponderExcluir
34. 
elzaelise20 de julho de 2017 08:19
muito bom amei
ResponderExcluir
35. 
Elizangela:Educadora & Empreendedora19 de outubro de 2017 03:23
Bom dia colegas! 
 
Sou professora por opção; são 28 anos de docência com muita dedicação,
dificuldades, mas creio que tenho feito a diferença. 
Obrigada por esse excelente resumo,tive o privilegio de participar de uma
palestra com o ilustre
e saudoso Paulo Freire. 
Estava precisando de um embasamento teórico para enfatizar a minha
metodologia e como aprendi na diferença. E relembrar com esse resumo foi
fantástico. Ganhei esse livro em um sorteio no Curso Agrinho de Goiás,
quem tivesse filhos gêmeos eu era a única professora entre mais de 100
profissionais.E carrego comigo a foto de cada um de meus filhos. São 5
bençãos.
ResponderExcluir
36. 
TIC - Discente em Pauta21 de março de 2018 18:14
Estou cursando Pedagogia e nesse momento estamos em debate, diálogo
sobre essa obra do Paulo Freire. Assim também como conhecer a biografia
e assistir o documentário: Paulo Freire Contemporâneo. 
Agradeço pelo resumo dos capítulos, e certamente interligará todas as
conexões de aprendizado. 
 
Obrigada, 
espero visita no blog: discenteempauta@gmail.com 
 
ResponderExcluir
Carregar mais...
Links para esta postagem
Criar um link
Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial
Assinar: Postar comentários (Atom)
Blog de notícias e outros materiais
para os professores
Blog de notícias e outros
materiais para os professores
Assunto
África
Avaliação
Carlos Cipriano Lucksei
Concurso
Ebook
ECA
Edgar Morin
Editais
Ética
História
Inclusão
LDB
Legislação
Newton Duarte
Notícias
Paulo freire
PEB I
Pedagogia
Pedagogia da Autonomia
Pedagogia do Oprimido
Pedagogia Histórico-Crítica
Piaget
Prefeitura de São Paulo
Prova do Mérito
Psicologia
Resumos
Terezinha Azerêdo Rios
Vídeos
Vigotsky
Wallon
Promoções
O arquivo
Cafeteira Expresso 19
Bar Nespresso Inissia
- Branco
Por R$ 289,90 ou 
R$ 275,41 à vista‹ ›
Ads by Magazine Luiza
Pesquisar este blog
Pesquisar
Para os estudantes
Provas e Gabaritos - Vestibulinho
Etec - - Aprenda com as
experiências passadas! Consulte
a lista das últimas provas e os
respectivos gabaritos. - 2015 -
2014 - 2013 ...
Entenda Seu Holerite
Auxílio Transporte - O Auxílio-
Transporte para os servidores
públicos civis do Estado foi
instituído pela Lei nº 6.248, de 13
de dezembro de 1988, e o seu
valor corresponde à d...
Seguidores
O arquivo
não foi
Postagens populares
Resumo do livro - PAULO
FREIRE “ PEDAGOGIA DA
AUTONOMIA”
Resumo do livro: Teorias
psicogenéticas em discussão -
parte geral do concurso
RESUMO DO LIVRO - RIOS,
Terezinha Ética e Competências
Resumo do livro da parte geral
do concurso - A escola e o
conhecimento
Livros Paulo Freire download
gratis
Livros de pedagogia download
gratis
Resumo do livro -
COMPREENDER E
TRANSFORMAR O ENSINO
Resumo - Edgar Morin - Os sete
saberes necessários à educação
do futuro.
Prova do Mérito 2015 com
Caderno de Questões e
Gabaritos
Luiz Carlos de Freitas -
Eliminação adiada - artigo do
concurso PEB II 2013
Tema Simples. Imagens de tema por dem10. Tecnologia do Blogger.
O arquivo
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática
educativa. 43. ed., São Paulo: Paz e Terra, 2011. 
 
Leia também: Livros Paulo Freire donwload gratis 
 
CAPÍTULO 1 - NÃO HÁ DOCÊNCIA
SEM DISCÊNCIA
A reflexão crítica da prática é uma
exigência da relação teoria/ prática,
sem a qual a teoria irá virando
apenas palavras, e a prática,
ativismo.
Há um processo a ser considerado
na experiência permanente do
educador. No dia-a-dia ele recebe os
conhecimentos – conteúdos
acumulados pelo sujeito, o aluno,
que sabe e lhe transmite.
Neste sentido, ensinar não é
transferir conhecimentos, conteúdos,
nem formar é ação pela qual um
sujeito criador dá forma, alma a um
corpo indeciso e acomodado. Não
há docência sem discência, as duas
se explicam e seus sujeitos, apesar
das diferenças, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem
ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender.
Ensinar é mais que verbo-transitivo relativo, pede um objeto direto: quem
ensina, ensina alguma coisa; pede um objeto indireto: à alguém, mas
também ensinar inexiste sem aprender e aprender inexiste sem ensinar. 
Só existe ensino quando este resulta num aprendizado em que o aprendiz
se tornou capaz de recriar ou refazer o ensinado, ou seja, em que o que foi
ensinado foi realmente aprendido pelo aprendiz.
Esta é a vivência autêntica exigida pela prática de ensinar-aprender. É uma
experiência total, diretiva, política, ideológica, gnosiológica, pedagógica,
estética e ética.
Nós somos “seres programados, mas, para aprender” (François Jacob). O
processo de aprender pode deflagrar no aprendiz uma curiosidade
crescente que pode torná-lo mais e mais criador, ou em outras palavras:
quanto mais criticamente se exerça a capacidade de aprender tanto mais se
constrói e desenvolve a “curiosidade epistemológica”, sem a qual não
alcançamos o conhecimento cabal do objeto. 
 
1. ENSINAR EXIGE RIGOROSIDADE METODOLÓGICA
O educador democrático, crítico, em sua prática docente deve forçar a
capacidade de crítica do educando, sua curiosidade, sua insubmissão.
Trabalhar com os
educandos a rigorosidade metódica com que devem se “aproximar” dos
objetos cognoscíveis, é uma de suas tarefas primordiais. Para isso, ele
precisa ser um educador criador, instigador, inquieto, rigorosamente curioso,
humilde e persistente. Deve ser claro para os educandos que o educador já
teve e continua tendo experiência de produção de certos saberes e que
estes não podem ser simplesmente transferidos a eles.
Educador e educandos, lado a lado, vão se transformando em reais sujeitos
da construção e da reconstrução do saber. É impossível tornar-se um
professor crítico, aquele que é mecanicamente um memorizador, um
repetidor de frases e idéias inertes, e não um desafiador. Pensa
mecanicamente. Pensa errado. A verdadeira leitura me compromete com o
texto que a mim se dá e a que me dou e de cuja compreensão fundamental
me vou tornando também sujeito.
Só pode ensinar certo quem pensa certo, mesmo que às vezes, pense
errado. E uma das condições necessárias a pensar certo é não estarmos
demasiados certos de nossas certezas. O professor que pensa certo deixa
transparecer aos educandos a beleza de estarmos no mundo e com o
mundo, como seres históricos, intervindo no mundo e conhecendo -o
.Contudo, nosso conhecimento do mundo tem historicidade. Ao ser
produzido, o conhecimento novo supera outro que antes foi novo e se fez
velho, e se “dispõe” a ser ultrapassado por outro amanhã.
Ensinar, aprender e pesquisar lidam com dois momentos do ciclo
gnosiológico: o momento em que se ensina e se aprende o conhecimento já
existente, e o momento em que se trabalha a produção do conhecimento
ainda não existente.
É a prática da “do-discência” : docência- discência e pesquisa.
2. ENSINAR EXIGE PESQUISA Não há ensino sem pesquisa, nem
pesquisa sem ensino. Enquanto ensino continuo buscando, reprocurando.
Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Educo e
me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e para
comunicar o novo.
3. ENSINAR EXIGE RESPEITO AOS SABERES DO EDUCANDO A escola
deve respeitar os saberes socialmente construídos pelos alunos na prática
comunitária. Discutir com eles a razão de ser de alguns saberes em relação
ao ensino dos conteúdos. Discutir os problemas por eles vividos.
Estabelecer uma intimidade entre os saberes curriculares fundamentais aos
alunos e a experiência social que eles têm como indivíduos. Discutir as
implicações políticas e ideológicas, e a ética de classe relacionada a
descasos.
4. ENSINAR EXIGE CRITICIDADE Entre o saber feito de pura experiência e
o resultante dos procedimentos metodicamente rigorosos, não há uma
ruptura, mas uma superação que se dá na medida em que a curiosidade
ingênua, associada ao saber do senso comum, vai sendo substituída pela
curiosidade crítica ou epistemológica que se rigoriza metodicamente.
5. ENSINAR EXIGE ESTÉTICA E ÉTICA Somos seres históricos – sociais,
capazes de comparar, valorizar, intervir, escolher, decidir, romper e
por isso,
nos fizemos seres éticos. Só somos porque estamos sendo. Transformar a
experiência educativa em puro treinamento técnico é amesquinhar o que há
de fundamentalmente humano no exercício educativo: o seu caráter
formador. Se se respeita a natureza do ser humano, o ensino dos conteúdos
não pode dar-se alheio à formação moral do educando. Divinizar ou
diabolizar a tecnologia ou a ciência é uma forma altamente negativa e
perigosa de pensar errado.
Pensar certo demanda profundidade na compreensão e interpretação dos
fatos. Não é possível mudar e fazer de conta que não mudou. Coerência
entre o pensar certo e o agir certo. Não há pensar certo à margem de
princípios éticos, se mudar é uma possibilidade e um direito, cabe a quem
muda, assumir a mudança operada
6. ENSINAR EXIGE A CORPOREIFICAÇÃO DA PALAVRA PELO
EXEMPLO
O professor que ensina certo não aceita o “faça o que eu mando e não o
que eu faço”. Ele sabe que as palavras às quais falta corporeidade do
exemplo quase nada valem. É preciso uma prática testemunhal que
confirme o que se diz em lugar de desdizê-lo.
7. ENSINAR EXIGE RISCO, ACEITAÇÃO DO NOVO E REJEIÇÃO A
QUALQUER FORMA DE DISCRIMINAÇÃO - O novo não pode ser negado
ou acolhido só porque é novo, nem o velho recusado, apenas por ser velho.
O velho que preserva sua validade continua novo.
A prática preconceituosa de raça, classe, gênero ofende a substantividade
do ser humano e nega radicalmente a democracia.
Ensinar a pensar certo é algo que se faz e que se vive enquanto dele se fala
com a força do testemunho; exige entendimento co-participado. É tarefa do
educador desafiar o educando com quem se comunica e a quem comunica,
produzindo nele compreensão do que vem sendo comunicado. O pensar
certo é intercomunicação dialógica e não polêmica.
8 ENSINAR EXIGE REFLEXÃO CRÍTICA SOBRE A PRÁTICA - Envolve o
movimento dinâmico, dialético entre o fazer e o pensar sobre o fazer. É
fundamental que o aprendiz da prática docente saiba que deve superar o
pensar ingênuo, assumindo o pensar certo produzido por ele próprio,
juntamente com o professor formador. Por outro lado, ele deve reconhecer o
valor das emoções, da sensibilidade, da afetividade, da intuição.
Através da reflexão crítica sobre a prática de hoje ou de ontem é que se
pode melhorar a próxima prática. E, ainda, quanto mais me assumo como
estou sendo e percebo a razão de ser como estou sendo, mais me torno
capaz de mudar, de promover-me do estado da curiosidade ingênua para o
de curiosidade epistemológica. Decido, rompo, opto e me assumo.
9. ENSINAR EXIGE O RECONHECIMENTO E A ASSUNÇÃO DA
IDENTIDADE CULTURAL - Uma das tarefas mais importantes da prática
educativo-crítica é propiciar condições para que os educandos em suas
relações sejam levados à experiências de assumir-se. Como ser social e
histórico, ser pensante, transformador, criador, capaz de ter raiva porque
capaz de amar.
A questão da identidade cultural não pode ser desprezada. Ela está
relacionada com a assunção do indivíduo por ele mesmo e se dá, através do
conflito entre forças que obstaculizam essa busca de si e as que favorecem
essa assunção.
Isto é incompatível com o treinamento pragmático, com os que se julgam
donos da verdade e que se preocupam quase exclusivamente com os
conteúdos.
Um simples gesto do professor pode impulsionar o educando em sua
formação e auto-formação. A experiência informal de formação ou
deformação que se vive na escola, não pode ser negligênciada e exige
reflexão. Experiências vividas nas ruas, praças, trabalho, salas de aula,
pátios e recreios são cheias de significação. 
 
CAPÍTULO 2 - ENSINAR NÃO É TRANSFERIR CONHECIMENTO
. . . mas, criar
possibilidades ao
aluno para sua
própria
construção. Este
é o primeiro
saber necessário 
à formação do
docente, numa
perspectiva
progressista. É
uma postura
difícil a assumir diante dos outros e com os outros, face ao mundo e aos
fatos, ante nós mesmos. Fora disso, meu testemunho perde eficácia.
1. ENSINAR EXIGE CONSCIÊNCIA DO INACABAMENTO - Como
professor crítico sou predisposto à mudança, à aceitação do diferente. Nada
em minha experiência docente deve necessariamente repetir-se. A
inconclusão é própria da experiência vital. Quanto mais cultural o ser, maior
o suporte ou espaço ao qual o ser se prende “afetivamente” em seu
desenvolvimento. O suporte vai se ampliando, vira mundo e a vida,
existência na medida em que ele se torna consciente, apreendedor,
transformador, criador de beleza e não de “espaço” vazio a ser preenchido
por conteúdos.
A existência envolve linguagem, cultura, comunicação em níveis profundos
e complexos; a “espiritualização”, possibilidade de embelezar ou enfear o
mundo faz
dos homens seres éticos, portanto capazes de intervir no mundo, de
comparar, ajuizar, decidir, romper, escolher. Seres capazes de grandes
ações, mas também de grandes baixezas. Não é possível existir sem
assumir o direito e o dever de optar, decidir, lutar, fazer política.
Daí a imperiosidade da prática formadora eminentemente ética. Posso ter
esperança, sei que é possível intervir para melhorar o mundo. Meu “destino”
não é predeterminado, ele
precisa ser feito e dessa responsabilidade não posso me eximir. A História
em que me faço com os outros e dela tomo parte é um tempo de
possibilidades, de problematização do futuro e não de inexorabilidade.
2. ENSINAR EXIGE O RECONHECIMENTO DE SER CONDICIONADO
É o saber da nossa inconclusão assumida. Sei que sou inacabado, porém
consciente disto, sei que posso ir mais além, através da tensão entre o que
herdo geneticamente e o que herdo social, cultural e historicamente.
Lutando deixo de ser apenas objeto, para ser também sujeito da História.
A consciência do mundo e de si como ser inacabado inscrevem o ser num
permanente movimento de busca. E nisto se fundamenta a educação como
processo permanente.
Na experiência educativa aberta à procura, educador e alunos curiosos,
“programados, mas para aprender”, exercitarão tanto melhor sua
capacidade de aprender e ensinar, quanto mais se façam sujeitos e não
puros objetos do processo.
3. ENSINAR EXIGE RESPEITO À AUTONOMIA DO SER DO EDUCANDO
. . . à sua dignidade e identidade. Isto é um imperativo ético e qualquer
desvio nesse sentido é uma transgressão. O professor autoritário e o
licencioso são transgressores da eticidade. Ensinar, portanto, exige respeito
à curiosidade e ao gosto estético do educando, à sua inquietude, linguagem,
às suas diferenças. O professor não pode eximir-se de seu dever de propor
limites à liberdade do aluno,
nem de ensiná-lo. Deve estar respeitosamente presente à sua experiência
formadora.
4. ENSINAR EXIGE BOM SENSO - Quanto mais pomos em prática de
forma metódica nossa capacidade de indagar, aferir e duvidar, tanto mais
crítico se faz nosso bom senso. Esse exercício vai superando o que há de
instintivo na avaliação que fazemos de fatos e acontecimentos. O bom
senso tem papel importante na nossa tomada de posição em face do que
devemos ou não fazer, e a ele não pode faltar a ética.
5. ENSINAR EXIGE HUMILDADE, TOLERÂNCIA E LUTA EM DEFESA
DOS DIREITOS DOS EDUCADORES - A luta dos professores em defesa
de seus direitos e dignidade, deve ser entendida como um momento
importante de sua prática docente, enquanto prática ética. Em conseqüência
do desprezo a que é relegada a prática pedagógica, não posso desgostar do
que faço sob pena de não fazê-lo bem. Necessito cultivar a humildade e a
tolerância, afim de manter meu respeito de professor ao educando. É na
competência de profissionais idôneos que se organiza politicamente a maior
força dos educadores. É preciso priorizar o empenho de formação
permanente dos quadros do magistério como tarefa altamente política, e
repensar a eficácia das greves.
Não é parar de lutar, mas reinventar a forma histórica de lutar.
6. ENSINAR EXIGE APREENSÃO DA REALIDADE - Preciso conhecer as
diferentes dimensões da prática educativa, tornando-me mais seguro em
meu
desempenho. O homem é um ser consciente que usa sua capacidade
de aprender não apenas para se adaptar, mas sobretudo para transformar a
realidade.
A memorização mecânica não é aprendizado verdadeiro do conteúdo.
Somos os únicos seres que social e historicamente, nos tornamos capazes
de apreender. Para nós, aprender é aventura criadora, é construir,
reconstruir, constatar para mudar, e isto não se faz sem abertura ao risco.
O papel fundamental do professor progressista é contribuir positivamente
para que o educando seja artífice de sua formação, e ajudá-lo nesse
empenho. Deve estar atento à difícil passagem da heteronomia para a
autonomia para não perturbar a busca e investigações dos educandos
7. ENSINAR EXIGE ALEGRIA E ESPERANÇA - Esperança de que
professor e alunos juntos podem aprender, ensinar, inquietar-se, produzir e
também resistir aos obstáculos à alegria. O homem é um ser naturalmente
esperançoso. A esperança crítica é indispensável à experiência histórica
que só acontece onde há problematização do futuro. Um futuro não
determinado, mas que pode ser mudado.
8. ENSINAR EXIGE A COVICÇÃO DE QUE A MUDANÇA É POSSÍVEL É o
saber da História como possibilidade e não como determinação. O mundo
não é, está sendo. Meu papel histórico não é só o de constatar o que ocorre,
mas também o de intervir como sujeito de ocorrências. Constato não para
me adaptar, mas para mudar a realidade.
A partir desse saber é que vamos programar nossa ação político-
pedagógica, seja qual for o projeto a que estamos comprometidos.
Desafiando os grupos populares para que percebam criticamente a violência
e a injustiça de sua situação concreta; e que também percebam que essa
situação, ainda que difícil, pode ser mudada. Como educador preciso
considerar o saber de “experiência feito” pelos grupos populares, sua
explicação do mundo e a compreensão de sua própria presença nele. Tudo
isso vem explicitado na “leitura do mundo” que precede a “leitura da
palavra”.
Contudo, não posso impor a esses grupos meu saber como o verdadeiro.
Mas, posso dialogar com eles, desafiando-os a pensar sua história social e
a perceber a necessidade de superarem certos saberes que se revelam
inconsistentes para explicar os fatos.
9. ENSINAR EXIGE CURIOSIDADE - Procedimentos autoritários ou
paternalistas impedem o exercício da curiosidade do educando e do próprio
educador. O bom clima pedagógico-democrático levará o educando a
assumir eticamente limites, percebendo que sua curiosidade não tem o
direito de invadir a privacidade do outro, nem expô-la aos demais. Como
professor devo saber que sem a curiosidade que me move, não aprendo
nem ensino. É fundamental que alunos e professor se assumam
epistemologicamente curiosos. Saibam que sua postura é dialógica, aberta,
curiosa, indagadora e não apassivada, enquanto fala ou ouve.
O exercício da curiosidade a faz mais criticamente curiosa, mais
metodicamente “perseguidora” do seu objetivo. Quanto mais a curiosidade
espontânea se intensifica e se “rigoriza”, tanto mais epistemologicamente
vai se tornando. Um dos saberes fundamentais à prática educativo-crítica é
o que adverte da necessária promoção da curiosidade espontânea para
curiosidade epistemológica.
 
CAPÍTULO 3 - ENSINAR É UMA ESPECIFICIDADE HUMANA
1. ENSINAR EXIGE SEGURANÇA, COMPETÊNCIA PROFISSIONAL E
GENEROSIDADE - A Segurança é fundamentada na competência
profissional, portanto a incompetência profissional desqualifica a autoridade
do professor. A autoridade deve fazer-se generosa e não arrogante. Deve
reconhecer a eticidade. O educando que exercita sua liberdade vai se
tornando tão mais livre quanto mais eticamente vá assumindo as
responsabilidades de suas ações. Testemunho da autoridade democrática
deixa claro que o fundamental é a construção, pelo indivíduo, da
responsabilidade da liberdade que ele assume. É o aprendizado da
autonomia.
2. ENSINAR EXIGE COMPROMETIMENTO - A maneira como os alunos me
percebem tem grande importância para o meu desempenho. Não há como
sendo
professor não revelar minha maneira de ser, de pensar politicamente, diante
de meus alunos. Assim, devo preocupar-me em aproximar cada vez mais o
que digo do que faço e o que pareço ser do que realmente estou sendo.
Minha presença é uma presença em si política, e assim sendo, não posso
ser uma omissão, mas um sujeito de opções. Devo revelar aos alunos,
minha capacidade de analisar, comparar, avaliar; de fazer justiça, de não
falhar à verdade. Meu testemunho tem que ser ético. O espaço pedagógico
neutro prepara os alunos para práticas apolíticas. A maneira humana de se
estar no mundo não é, nem pode ser neutra.
3. ENSINAR EXIGE COMPREENDER QUE A EDUCAÇÃO É UMA FORMA
DE INTERVENÇÃO NO MUNDO - Implica tanto o esforço de reprodução da
ideologia dominante quanto seu desmascaramento. Como professor minha
prática exige de mim uma definição. Decisão. Ruptura. Como professor sou
a favor da luta contra qualquer forma de discriminação, contra a dominância
econômica dos indivíduos ou das classes sociais, etc. Sou a favor da
esperança que me anima apesar de tudo. Não posso reduzir minha prática
docente ao puro ensino dos conteúdos, pois meu testemunho ético ao
ensiná-los é igualmente importante. É o respeito ao saber de “experiência
feito” dos alunos, o qual busco superar com eles. É coerência entre o que
digo, o que escrevo e o que faço.
4. ENSINAR EXIGE LIBERDADE E AUTORIDADE - A autonomia vai se
constituindo na experiência de várias e inúmeras decisões que vão sendo
tomadas. Vamos amadurecendo todo dia, ou não. A autonomia, enquanto
amadurecimento do ser por si, é processo; é vir a ser. Não posso aprender a
ser eu mesmo se não decido nunca porque há sempre alguém decidindo por
mim.
Quanto mais criticamente assumo a liberdade, tanto mais autoridade ela tem
para continuar lutando em seu nome.
5. ENSINAR EXIGE TOMADA CONSCIENTE DE DECISÕES - A educação,
especificidade humana é um ato de intervenção no mundo. Tanto
intervenções que aspiram mudanças radicais na sociedade, no campo da
economia, das relações humanas, da propriedade, do direito ao trabalho, à
terra, à educação, etc. quanto as que pelo contrário, pretendem imobilizar a
História e manter a ordem injusta.
A educação não vira política por causa da decisão deste ou daquele
educador. Ela é política e sua raiz se acha na própria educabilidade do ser
humano, que se funde na sua natureza inacabada e da qual se tornou
consciente. O ser humano, assim se tornou um ser ético, um ser de opção,
de decisão.
Diante da impossibilidade da neutralidade da educação, é importante que o
educador saiba que se a educação não pode tudo, alguma coisa
fundamental ela pode. O educador crítico pode demonstrar que é possível
mudar o país. E isto reforça nele a importância de sua tarefa político-
pedagógica. Ele sabe o valor que tem para a modificação da realidade, a
maneira consistente com que vive sua presença no mundo. Sabe que sua
experiência na escola é um momento importante que precisa ser
autenticamente vivido.
6. ENSINAR EXIGE SABER ESCUTAR - Aprendemos a escutar escutando.
Somente quem escuta paciente e criticamente o outro, fala com ele, e sem
precisar se impor. No processo da fala e escuta, a disciplina do silêncio a
ser assumido a seu tempo pelos sujeitos que falam e escutam é um “sine
qua” da comunicação dialógica. É preciso que quem tem o que dizer saiba,
que sem escutar o que quem escuta tem igualmente a dizer, termina por
esgotar sua capacidade de dizer. Quem tem o que dizer deve assim,
desafiar quem escuta, no sentido de que, quem escuta diga, fale, responda.
O espaço do educador democrático, que aprende a falar escutando, é
cortado pelo silêncio intermitente de quem falando, cala para escutar a
quem, silencioso, e não silenciado, fala.
Não há inteligência da realidade sem a possibilidade de ser comunicada. O
professor autoritário que recusa escutar os alunos, impede a afirmação do
educando como sujeito de conhecimento. Como
arquiteto de sua própria
prática cognoscitiva.
7. ENSINAR EXIGE RECONHECER QUE A EDUCAÇÃO É IDEOLÓGICA
Ideologia tem que ver diretamente com a ocultação da verdade dos fatos,
com o uso da linguagem para opacizar a realidade, ao mesmo tempo que
nos torna “míopes”. Sabemos que há algo no meio da penumbra, mas não o
divisamos bem. Outra possibilidade que temos é a de docilmente aceitar
que o que vemos e ouvimos é o que na verdade é, e não a verdade
distorcida.
Por exemplo, o discurso da globalização que fala da ética, esconde porém,
que a sua ética é a do mercado e não a ética universal do ser humano, pela
qual devemos lutar se optamos, na verdade, por um mundo de gente.
A teoria da transformação político-social do mundo, deve fazer parte de uma
compreensão do homem enquanto ser fazedor da História, e por ela feito,
ser da decisão, da ruptura, da opção. Seres éticos.
Os avanços científicos e tecnológicos devem ser colocados a serviço dos
seres humanos. Para superar a crise em que nos achamos, impõe-se o
caminho ético.
Como professor, devo estar advertido do poder do discurso ideológico. Ele
nos ameaça de anestesiar a mente, de confundir a curiosidade, de distorcer
a percepção dos fatos, das coisas. No exercício crítico de minha resistência
ao poder manhoso da ideologia, vou gerando certas qualidades que vão
virando sabedoria indispensável à minha prática docente. Me predisponho a
uma atitude sempre aberta aos demais, aos dados da realidade, por um
lado; e por outro, a uma desconfiança metódica que me defende de tornar-
me absolutamente certo de certezas.
8. ENSINAR EXIGE DISPONIBILIDADE PARA O DIÁLOGO Como professor
devo testemunhar aos alunos a segurança com que me comporto ao discutir
um tema, analisar um fato. Aberto ao mundo e aos outros, estabeleço a
relação dialógica em que se confirma a inconclusão no permanente
movimento na História. Postura crítica diante dos meios de comunicação
não pode faltar. Impossível a neutralidade nos processos de comunicação.
Não podemos desconhecer a televisão, mas devemos usá-la, sobretudo,
discuti-la.
9. ENSINAR EXIGE QUERER BEM AOS EDUCANDOS Querer bem aos
educandos e à própria prática educativa de que participo. Essa abertura
significa que a afetividade não me assusta, que não tenho medo de
expressá-la. Seriedade docente e afetividade não são incompatíveis. Aberto
ao querer bem significa minha disponibilidade à alegria de viver. Quanto
mais metodicamente rigoroso me torno na minha busca e minha docência,
tanto mais alegre e esperançoso me sinto. 
 
Veja também: A série de vídeos discute didaticamente cada um dos capítulos
e subcapítulos de Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática
educativa, de Paulo Freire. 
Resumo do livro:
O arq
não f
enco
Talvez tenh
ou excluíd
O arquivo
O arquivo

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando

Outros materiais