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Nível do mar

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06/11/2011 
1 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
NÍVEL DO MAR: MECANISMOS E 
REGISTROS NO FANEROZÓICO 
AUGUSTO MINERVINO NETTO 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
▪ Definição das variáveis que modulam o nível do mar. 
▪ Principais fatores que influem nas variações do nível do mar. 
▪ Desafios na reconstrução de níveis do mar pretérito. 
▪ Registros de níveis do mar no Eón Fanerozóico. 
▪ A importância na compreensão dos estádios glacial e interglacial. 
▪ Glaciações Quaternárias e suas origens 
▪ Registros de níveis do mar no Período Quaternário 
▪ Discussão sobre as curvas holocênicas de variação relativa do mar 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Objetivo 
Demonstrar que as variações do nível do mar é uma resultante da 
combinação de complexos processos tectônicos, climáticos e 
astronômicos que atuam de forma sinérgica. 
O entendimento das forçantes causadoras e a resultante das variações do 
nível do mar pretérito no modelato continente/oceano é primaz para a 
indústria do petróleo e no refinamento dos modelos climáticos em tempos 
de aumento do nível do mar decorrente do incremento de gases estufa. 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Variáveis Fundamentais 
• Posições da linha de costa: 
– Eustasia 
– Isostasia 
– Suprimento sedimentar 
– Comportamento tectônico 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Por que a premissa básica está baseada na identificação de linhas 
de costas? 
Sandy Barrier Coastline of N. Carolina 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Variáveis secundárias (curto período) 
• Posições da linha de costa: 
– Oceanográficos 
– Meteorológicos 
06/11/2011 
2 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Definições 
 Eustasia: mudança de ordem global na posição do 
nível do mar em relação a um datum estável (centro 
da Terra). 
 volume de água nos oceanos; 
 capacidade das bacias oceânicas; 
 estéricos (volume molecular da água), 
 geóide. 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Nível Relativo do Mar 
Eustasia – caráter global 
Nível Relativo do mar – caráter local 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Acomodação e Nível do Mar 
Nível de base 
Superfície deposicional 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Espaço de Acomodação 
Espaço de acomodação é o espaço disponível para o potencial acúmulo de 
sedimentos. Em bacias marinhas o espaço de acomodação é controlado pelo 
nível do mar. 
Arquitetura estratigráfica é, portanto controlada pelas taxas de geração e 
consumo de espaço de acomodação. 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Equilíbrio Isostático 
Ajuste da posição da litosfera em relação à astenosfera, em função da 
sobreposição de cargas e alterações de densidade ocorrentes na litosfera. 
-Subsidência 
-Soerguimento. 
Diferenças regionais no comportamento isostático são consequências de 
um novo ajuste isostático devido ao derretimento das geleiras (hemisfério 
norte) e pressão da água sobre a plataforma continental (hemisfério sul). 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Plataforma continental exposta 
durante o máximo regressivo (18 ka.) 
Hidro-Isostasia 
Inundação durante a transgressão. 
Distribuição da pressão sobre a crosta 
continental. 
Novo equilíbrio isostático com subsidência 
do talude e sopé continental e soerguimento 
da plataforma continental. 
06/11/2011 
3 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
O geóide é a superfície 
equipotencial do campo 
gravitacional da Terra. 
Como consequência de uma 
redistribuição das massas na 
crosta da Terra, pode-se esperar 
por mudanças na configuração 
do geóide. 
A superfície oceânica não apresenta forma constante, mas varia conforme a 
distribuição da força gravitacional. 
Deformações do Geóide da Terra 
Modelo físico da forma da Terra decorrente do resultado desta distribuição 
desigual das massas da Terra. 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Deformações do Geóide da Terra 
Alterações do nível do mar medida pelo radar altimétrico do TOPEX/Poseidon. Setembro 
de 1992 a agosto de 1995. 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Satélites Altimétricos 
TOPEX e Jason 1 e 2 
O radar, da mesma forma que uma ecosonda, mede sua distância até a 
superficie do oceano. 
GEOSAT – altimetria 
por radar (sensor ativo) 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Corrente do Golfo 
Corrente do Labrador 
Variações Oceanográficas de Curto Período 
Correntes oceânicas superficiais com diferentes densidades, ocasionando 
alterações do nível do mar. 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Fluxo Geostrófico 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
CLIMA 
MOVIMENTO 
CRUSTAL 
GRAVIDADE, 
ROTAÇÃO 
Mudanças de volume das 
águas oceânicas. 
Mudanças de volume das 
bacias oceânicas. 
Mudanças de distribuição 
de níveis oceânicos. 
GLACIO-EUSTASIA TECTONO-EUSTASIA GEÓIDE-EUSTASIA 
MUDANÇAS DE NÍVEIS OCEÂNICOS 
Oceano/Terra 
Meteorológicas, Hidrológicas e 
Oceanográficas. 
Compactação local e 
Movimentos crustais (verticais 
e horizontais). 
Principais Fatores que Influem nas variações dos Paleoníveis do Mar 
06/11/2011 
4 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Variações Relativas do Nível do Mar 
Os níveis marinhos pretéritos são reconstruídos a partir de indicações 
fornecidas pelas antigas linhas de costa (contato entre continente e 
oceano). 
A posição de antigas linhas de costa é uma resultante de mudanças do 
nível do mar (eustasia) e das mudanças do nível da crosta (tectonismo e/ou 
isostasia). 
A reconstrução de antigas posições do nível do mar, só se tornou possível 
com a definição de um indicador desse fato, no espaço e no tempo. 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Alterações de 
caráter tectônico 
e/ou isostático 
atuante no 
continente. 
MÚLTIPLOS PROCESSOS COMBINADOS 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
O registro do nível do mar é 
fortemente controlado pela 
geomorfologia litorânea. 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Setas demonstrando um nível de mar alto, 
superimposta a uma linha de costa que 
experimenta soerguimento tectônico. 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Nível do Mar 
Registros do nível do mar podem estar impressos em: 
Escala Global 
Escala Regional 
Escala Local 
Ambientes sedimentares irão conferir os registros do nível do mar e a 
ocorrência pretérita de períodos glaciais. 
Feições de erosão glacial (estrias, sulco e cristas) e depósito sedimentar 
glacial (till). 
06/11/2011 
5 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
REGISTROS DE NÍVEIS DO MAR NO 
EON FANEROZÓICO 
Quais as evidências utilizados na definição de variações pretéritas do 
nível do mar? 
 Mapeamento geológico 
 Mapeamento geofísico (sismoestratigrafia) 
 Análise da relação isotópica O16/O18 
 Análise das concentrações de gases estufas 
 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
O nível do mar é o nível de base para a sedimentação em tratos de 
sistemas deposicionais costeiros e marinhos. 
Importância Econômica 
Ambientes deposicionais costeiros e marinhos 
Estratigrafia → Estratigrafia de sequências 
Sequência deposicional é uma unidade estratigráfica composta por uma sucessão 
relativamente concordante de estratos geneticamenterelacionados, limitada no 
topo e na base por discordâncias. Sua duração varia de 1 a 10 Ma. 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Clinoformas progradacionais 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
A relação entre a taxa do suprimento sedimentar e a taxa de variação do 
nível relativo do mar controla a arquitetura do preenchimento do espaço de 
acomodação, ou seja se o empilhamento dos estratos sedimentares será 
agradacional, progradacional ou retrogradacional. 
Quando o volume de sedimentos é insuficiente para preencher o espaço de 
acomodação gerado pela elevação do nível do mar, a linha de costa 
desloca-se em direção ao continente. 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Mapeamento Geológico – Formação 
Sergi, Bacia do Recôncavo. 
06/11/2011 
6 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Mapeamento Geológico 
+ 
Datação radiométrica 
Depósitos de Morenas 
Identificação de Períodos Glaciais 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Varvecronologia 
Mapeamento Geológico 
+ 
Datação radiométrica 
Identificação de Períodos Glaciais 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Tectono-Eustasia. Dessecamento de pequenas bacias 
oceânicas 
evaporação 
MEDITERRÂNEO 
Água + densa 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
evaporação 
MEDITERRÂNEO 
No fim do Mioceno o Mediterrâneo ficou 
isolado do Atlântico e secou. Ele contém 
0,28% do volume de água dos oceanos. 
O nível do mar subiu de 10 a 15 m. 
Estreito de 
Gilbratar 
Tectono-Eustasia. Dessecamento de pequenas bacias 
oceânicas 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Área dos continentes recoberta pelo mar 
• Curvas hipsométricas 
• Cartas de onlap (recobrimento expansivo) costeiro. 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Tempo e amplitude dos mecanismos geológicos envolvidos nas mudanças 
eustáticas do nível do mar. 
06/11/2011 
7 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Variações do nível do mar no Mar Vermelho nos últimos 400.000 anos 
Ka. 
Siddall et al.2004 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
m
e
tr
o
s
 
Curva do Nível Eustático do Mar para os últimos 2 Ma. 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
JOIDES Resolution 
The Ocean Drilling Project 
A Contribuição dos Programas de Perfuração em 
Águas Profundas 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Testemunhos de gelo retirados na 
Estação Vostok na Antártica produziu 
registros de 100.000 anos de: 
1) temperatura, 
2) Concentração de CO2, 
3) Conteúdo de metano 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
 
O
 (
‰
) 
P
D
B
 
1
8
 
Curva de variação de oxigênio 18, durante o Quaternário médio e superior (Emiliani, 
1978), construída pela combinação de dados de O18 em testemunhos submarinos. 
 - Emiliani (1955) 
• testemunhos de fundo oceânico 
• foraminíferos planctônicos (Globigerina) 
• termômetros geológicos - 18O/16O 
Variação entre estádios glaciais e interglaciais. Notar a passagem de um 
estádio glacial (número par) para o estádio interglacial (número ímpar) é 
mais abrupta, enquanto a transição entre os estádios ímpar para par é mais 
suave. 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Paleotermômetros 
Relação Isotópica O16/O18 
Fracionamento isotópico da água marinha pelos 
foraminíferos depende da temperatura. Mais O16 
nas carapaças carbonáticas indica água mais 
quente. 
Em períodos glaciais a concentração de O18 em 
foraminíferos aumenta em 1.7‰. -10 C = 0,22‰. 
O18 Temperatura 
Fracionamento Isotópico - As propriedades termodinâmicas das moléculas 
depende da massa dos átomos que as compõem, ocorrendo, como conseqüência, o 
fracionamento dos isótopos estáveis. 
nas carapaças!! 
06/11/2011 
8 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Efeito Dominó 
Por que é importante compreendermos as variações cíclicas entre os 
Estádios Glacial e Interglacial? 
Alterações Climáticas 
Volume de água nas bacias oceânicas 
Alterações Isostática 
Taxa de rotação da Terra 
Alterações no geóide da Terra 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Implantação de Estádios Glaciais e Interglaciais 
Glaciações foram registradas no Proterozóico, Cambriano, Ordovinciano Superior, 
Siluriano Inferior e na transição Carbonífero/Permiano e no Quaternário. 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Variações Climáticas 
Quais os fatores responsáveis pelas flutuações climáticas na história geológica da 
Terra? 
 Variações na radiação solar (variações astronômicas) 
 Variações na composição da atmosfera terrestre (gases efeito estufa) 
 Alterações na posição paleogeográfica dos oceanos e continentes 
 Causas extra-terrenas 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
MÚLTIPLOS PROCESSOS COMBINADOS 
 O aumento de CO2 na atmosfera decorrente de erupções vulcânicas, fases de 
expansão do assoalho oceânico, orogênese e transgressão marinha. 
 A correlação entre concentração de massas continentais nos pólos e mudanças 
eustáticas de longa duração e a ocorrência de fases mais frias globalmente são 
uma indicação da relevância da distribuição dos continentes e oceanos na variação 
climática da Terra. 
 Grande áreas continentais em altas 
latitudes retroalimenta o acúmulo de neve 
devido a luz solar refletida (albedo). 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Extensão e espessura do gelo num dia do mês de agosto 
há 18.000 mil anos. As bordas continentais revelam que o 
nível do mar desceu 85 m em relação ao nível atual. 
Fonte CLIMAP. 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
INSOLAÇÃO 
06/11/2011 
9 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Ciclos glaciais repetem-se a cada 80.000 a 110.000 anos. Outros 3 períodos 
glaciais são reconhecidos ate 1.5 Ma anos. 
A origem das variações paleoclimáticas é complexa e resulta da interação de 
diversos fenômenos astronômicos, geofísicos e geológicos. Assim, não 
existe uma única causa para uma mudança climática, mas sim a interação de 
duas ou mais causas. 
Através das relações isotópicas O16/O18 admite-se que a temperatura média 
dos oceanos tenha abaixado cerca de -80C após o término do Mioceno, 
data da instalação de uma calota glacial sobre a Antártica. 
Glaciações Quaternárias e suas Origens 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Glaciações Quaternárias e suas Origens 
 Atividade Solar – ciclo de manchas solares de aproximadamente 11 
anos e seus múltiplos. 
 Movimento do Sol no interior da galáxia, onde ocorreriam períodos de 
maior ou menor acresção de matéria interestrelar. 
 Variáveis astronômicas (Ciclos de Milankovitch) – Intensidade de 
insolação que atinge à superfície da Terra. 
 Variações do campo magnético terrestre que tendem a reduzir ou 
aumentar o efeito da blindagem da ação de raios cósmicos. 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Excentricidade: 100.000 a 400.000 anos 
VARIÁVEIS ASTRONÔMICAS DO SISTEMA SOL/TERRA 
Elíptica 
Circular 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Obliqüidade: 40.000 anos 
22,10 a 24,50 
VARIÁVEIS ASTRONÔMICAS DO SISTEMA SOL/TERRA 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Precessão: 22.000 anos 
VARIÁVEIS ASTRONÔMICAS DO SISTEMA SOL/TERRA 
A Precessão é a mudança gradual da direção do eixo de rotação da Terra. 
A Terra não é uma esfera perfeita, sendo ligeiramenteachatada. Do mesmo modo, 
a Lua e o Sol situam-se fora do plano equatorial da Terra, induzindo ao movimento 
de precessão. 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Vídeo 
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10 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
E
x
c
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tr
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id
a
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e
 
P
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VARIÁVEIS ASTRONÔMICAS 
Periélio junto ao verão no Hemisfério Norte 
Periélio junto ao verão no Hemisfério Sul 
+ contraste entre estações 
- contraste entre estações 
Periélio 20% a 30% a mais de energia 
Afélio e periélio com a mesma energia 
0 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
+ 
+ 
= 
Imbrie, 1985 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Alterações do Campo Magnético da Terra 
Interação vento solar 
vs. magnetosfera 
Ciclos de Manchas Solares 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
• Posições de terraços recifais em Barbados 
- soerguimento tectônico constante nos últimos 18 ka. 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
• Posições de terraços recifais em Barbados 
- soerguimento tectônico constante nos últimos 18 ka. 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
As setas indicam terraços marinhos formados em um nível de mar regressivo, 
conjugada a uma linha de costa que sofre soerguimento tectônico. 
California, EUA 
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11 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Eustasia 
Tectônica formadora 
das bacias 
Clima 
Registro 
Estratigráfico 
Controles Estratigráficos 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Rio Amarelo, 
China 
Cape Cod, Massachusetts 
 Transgressão 
 Regressão 
Ilha Barreira/Laguna 
Ambiente Deltáico 
 Progradação 
 Retrogradação 
Erosão costeira, Sul da Bahia 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Estratigrafia de Sequências 
É o estudo das relações entre rochas sedimentares, dentro de um 
arcabouço cronoestratigráfico de estratos relacionados 
geneticamente, o qual é limitado por uma superfície de erosão ou 
não deposição. 
Sequência – unidade delimitada por discordâncias. 
A estratigrafia de sequências tem por objetivos primordiais a predição de fácies 
e a correlação de eventos globais. 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Variações nas sequências estratigráficas em margens 
continentais passivas 
Alterações na geometria estratal decorrente das alterações do nível 
do mar, tectônica e fluxo de sedimentos. Steckler et al. (1993). 
Subsidência tectônica – 
controla a espessura 
dos sedimentos 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Alterações do Nível de Base 
O espaço de acomodação está vinculado ao 
nível de base – superfície conceitual que 
separa a superfície erosiva da deposicional, 
ou ainda o nível mais baixo de erosão na 
superfície da terra. 
Erosão 
Deposição 
Perfil 
Equilíbrio 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Vales incisos 
Depósitos 
Deltáicos 
Efeito das flutuações do nível de base 
Experimento demonstrando a formação de veles incisos e frentes 
deltaicas decorrente de um rápido abaixamento do nível do mar. 
Nível de base 
06/11/2011 
12 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Transgressão marinha – aumenta 
o espaço de acomodação. 
Regressão marinha – diminui o 
espaço de acomodação. 
Taxa de deposição 
Taxa de acomodação 
>1 
Taxa de deposição 
Taxa de acomodação 
<1 
Taxa de deposição 
Taxa de acomodação 
=1 
Estratigrafia de Sequências 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
# If the relative sea level rises 
and there is a zero or low 
sediment flux, then 
transgression results. 
# If relative sea level rises and 
there is a low rate of sediment 
flux, then retrogradation of the 
coastal parasequence results. 
# If relative sea level rises and 
the rate of sediment flux 
matches the sea level rise, then 
aggradation of the coastal 
parasequence results. 
# If relative sea level rises and 
the rate of sediment flux 
exceeds the sea level rise, then 
progradation of the coastal 
parasequence results. 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
REGISTROS DE NÍVEIS DO MAR NO 
PERÍODO QUATERNÁRIO 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
REGISTROS DE NÍVEIS DO MAR 
- ABAIXO E ACIMA DO NÍVEL ATUAL 
Os indicadores só podem fornecer informações úteis, na reconstituição 
dos níveis relativos do mar ou de antigas linhas de costa, sob duas 
condições: 
(i) conhecendo-se com precisão a altitude atual do indicador (topo e 
base) em relação ao zero absoluto (nível médio do mar localmente) 
(ii) Reconhecendo-se a altitude original do indicador em relação ao nível 
médio do mar. 
 Determinação da idade de formação ou deposição 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
A reconstrução de antigas posições ocupadas pelos paleoníveis do mar só 
se tornou possível com a definição de um indicador, no espaço e no tempo. 
 Maior número possível de indicadores (10 a 30) em menos de uma 
centena de quilômetro da linha de costa. 
 Maior número possível de registros. Conjugação de traçadores biológicos, 
geológicos e arqueológicos. 
 Comportamento tectônico bem conhecido 
REGISTROS DE NÍVEIS DO MAR 
Premissas: 
06/11/2011 
13 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Margens continentais representam a transição entre os continentes e as bacias 
oceânicas e, do ponto de vista geológico fazem parte dos continentes. 
Smith e Sandwell (1996). Imagem NGDC/NOAA 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Evidências de Paleoníveis do Mar Abaixo do Atual 
 Depósitos relíquia dispostos na plataforma continental 
Sedimentos siliciclásticos mais grossos que os adjacentes; 
Concentrações de minerais pesados; 
Arenitos de praia; 
Presença de escarpas submersas; 
 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Risca do Zumbi, Rio Grande do Norte 
 Indicadores Geológicos Evidências de Paleoníveis do Mar Abaixo do Atual 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
A evolução da planície costeira de 
Caravelas/BA foi fortemente controlada pelas 
variações do nível relativo do mar. 
 Indicadores Geológicos 
Evidências de Paleoníveis do Mar Acima do 
Atual 
Andrade, 2000 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Litoral Norte da Bahia. Foto Ruy Kenji. 
Evidências de Paleoníveis do Mar Acima do Atual 
Estruturas recifais 
 Indicadores Geológicos 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Reconstituição da evolução costeira no 
litoral norte da Bahia, nos últimos 5,1 ka 
AP, baseada na interpretação de 
fotografias aéreas verticais e na curva 
relativa do nível de mar para a região 
de Salvador. 
A – linha de costa há 5,1 ka AP. 
B – início do crescimento dos recifes 
C – posição do nível relativo do mar 
a 3,8 ka AP. 
D – deposição do terraço marinho 
regressivo, após 3,8 ka AP. 
E – situação atual da linha de costa. 
06/11/2011 
14 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
TESTEMUNHO 141
Cor cinza oliva clara 5y 5/2.
Cor cinza oliva 5y 4/1.
Cor cinza oliva clara 5y 5/2, com
intercalações Cor cinza oliva 
5y 4/1.
Cor cinza oliva 5y 4/1.
Presença de nódulos esparsos
e pequenos da ordem de 2 cm.
Presença de nódulos mais 
freqüente com 5 cm.de 
tamanho.
-0.03
Amostras
2
1
3
4
5
6
7
8
9
10
Cor olivaclara 10 Y 5/4. Contém
fragmento grande de rocha
branca e preta.
Talude superior 
Bacia Jacuípe 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Cabo Hatteras, CN, EUA. 
Formação de Ilhas Barreiras. 
Feição morfológica de mar 
transgressivo em um ambiente 
dominado por ondas 
Evidências de Paleoníveis do Mar Acima do Atual 
 Indicadores Geológicos - Sistema Ilha – Barreiras. 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Sistema Ilha-Barreira/Lagunas – Rio Grande do Sul 
 5.000 anos 
 123.000 anos 
Perfil esquemático transversal aos sistemas de ilhas-barreira/lagunas, aproximadamente na 
latitude de Porto Alegre. Imbrie et al. 1984, modificado de Tomazelli e Villwock 2000. 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Arenitos de Praia (beach rocks) 
 Indicadores Geológicos Evidências de Paleoníveis do Mar Acima do Atual 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
 Indicadores Biológicos 
Equinodermos (ouriço do mar) 
Callichiurus major (corrupto) 
Moluscos Vermetídeos 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
 Indicadores Biológicos 
Depósitos de paleomangues exumados na face 
de praia ativa. CPRM (2000). 
Evidências de Paleoníveis do Mar Abaixo do Atual 
06/11/2011 
15 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Sambaquis, do litoral brasileiro 
 Indicadores Arqueológicos 
 Indicadores Históricos 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Curva do Nível Relativo do Mar para o Quaternário 
Superior 
A: curva esquemática de variação do nível relativo do mar nos últimos 150.000 anos, para a 
costa leste-nordeste do Brasil esboçada com base na curva eustática de Chappell & Shackleton 
(1986). B: curva de variação do nível relativo do mar nos últimos Martin et al. (2003) 
220ky 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Terciário – 12 Ma. 
 210 Ka 
Modelo Evolutivo da Zona 
Costeira Leste e Nordeste do 
Brasil. Elaborado por 
Dominguez e colaboradores. 
Rochas Cristalina 
Grupo Barreiras 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Deposição de sedimentos 
continentais pós-Barreira 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Situação de mar regressivo formando 
extensas planícies costeiras. 
Formação de sistemas ilhas – 
barreiras/lagunas. Franco 
desenvolvimento de estuários e 
recifes costeiros. 
06/11/2011 
16 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Paraíba do Sul, RJ 
Fase de mar regressiva com formação 
de deltas intralagunares. 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Martin et al. (2003) 
Curvas de variação do nível do mar para o Holoceno em diversos 
setores da costa brasileira 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Discussão sobre as curvas holocênicas de variação 
relativa do mar 
Ângulo e Lessa (1997) 
Martin et al. (2003) 
 Variações do geóide 
 Movimentos neotectônicos 
 Variação climáticas de baixa 
frequência. 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
História do Nível Relativo do Mar no Holoceno, no Rio 
Grande do Norte. 
Francisco Bezerra, Alcina Barreto e Kenitiro Suguio 
Marine Geology 2003 
A curva de variação do nível relativo do mar é 
uma resposta aos condicionantes locais como 
neotectônica. 
Curva final do nível do mar para o Rio Grande do 
Norte (em cinza). Plotada contra (A) curva de 
Martin et al. (2003) e (B) Peltier (1998). 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Reef Reef Reef 
Sea level 
Give up Catch up Keep up 
Estratégia de crescimento dos recifes de corais 
Relação dos Recifes com o Nível do 
Mar 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Atual tendência do nível do mar 
Ao longo da costa brasileira, a partir de medições efetuadas em 1980, 
pelo INPE, IBGE e DHN indicam um aumento de 4 mm/ano. 
06/11/2011 
17 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Referências Bibliográficas 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Tectono-Eustasia. Empilhamento/remoção de 
sedimento 
continente continente 
oceano 
Espessura de carbonatos no oceano é o tipo de 
sedimentação que gera o efeito mais 
importante. 
A espessura média de carbonatos é cerca de 
300 m e seria per se responsável por uma 
elevação da ordem de 62 no nível do mar. 
Nível do Mar: mecanismos e registros no Fanerozóico 
Tectono – Eustasia. Volume das cadeias meso-
oceânicas 
20 Ma 
40 Ma 
60 Ma 
20 Ma 
40 Ma 
60 Ma 
20 Ma 
40 Ma 
60 Ma 
20 Ma 
40 Ma 
60 Ma 
20 Ma 
40 Ma 
60 Ma 
TEMPO 
0 Ma 
Passados 20 Ma 
Passados 40 Ma 
Passados 60 Ma 
Passados 70 Ma 
4 4 2 2 0 4 4 2 2 0 
2 cm/ano => 6 cm/ano 6 cm/ano => 2 cm/ano

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