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Prof. Dr Lúcio Leonel Barbosa CAPÍTULO 6 REOLOGIA DOS FLUIDOS DE PERFURAÇÃO Universidade Federal do São Paulo Departamento de Ciências do Mar Unidade Curricular: Fluidos de Perfuração e Completação 21. Introdução (I) Reologia – ciência que estuda como a matéria se deforma ou escoa quando está submetida a esforços produzidos por forças externas. Por que reologia é importante para a indústria de petróleo? 31. Introdução (I) (a) Deformação, Elasticidade e Fluxo (i) Elasticidade – deformação espontânea e reversível. (ii) Fluxo ou escoamento – deformação irreversível. 41. Introdução (I) (b) Corpo Elástico Ideal Modelo de Mola mostrando a deformação por esforços cisalhantes. *=max sen (t) 51. Introdução (I) Fluxo Viscoso Ideal Valores típicos de viscosidade (mPa.s ou cP) para diferentes substâncias a 20 oC e 1 atm. 62. Regimes de Fluxo (I) (a) Escoamento Laminar – as camadas de fluido se deslocam por meio de linhas de corrente , retas ou curvas, paralelas à direção do escoamento. Parece do tubo 72. Regimes de Fluxo (I) (b) Fluxo Tampão - é definido como um caso particular do escoamento laminar em que não existe deslizamento relativo entre as camadas de fluido numa certa região. Ocorre apenas em fluidos não-Newtonianos que são muito resistentes ao escoamento. 82. Regimes de Fluxo (I) (c) Turbulento – Partículas ou massas de fluidos se movem ao acaso e através de trajetórias acentuadamente curvas. 92. Regimes de Fluxo (I) (c) Turbulento Número de Reynolds 10 Pal, R.; Yan, Y.; Masliyah, J. Rheology of Emulsions. In Emulsions. Fundamentals and Applications in the Petroleum Industry; Schramm, L. L., Ed.; American Chemical Society: Washington, 1992; p 428. 11 3. CLASSIFICAÇÃO DOS FLUIDOS VISCOSOS Newtoniano - fluido que obedece a lei de Newton = (𝒗 𝒚 )= Não-Newtoniano Modelos são aplicados para prever o comportamento reológico! 12 3.1. Introdução O comportamento reológico dos líquidos considerados viscosos se define pela relação entre tensão e taxa de cisalhamento 13 3.2. Fluido Newtoniano Fluidos Newtonianos possuem regime de escoamento laminar. Exemplos: soluções salinas, óleos, glicerina, etc. 14 3.3. Fluido não-Newtoniano Modelo de Bingham ou Plástico Ideal Onde L é o limite de escoamento – tensão mínima para que haja deformação cisalhante ou inicar o fluxo laminar de uma suspensão 15 3.3. Fluido não-Newtoniano Modelo de Bingham ou Plástico Ideal = 𝒑 + 𝑳 𝒂 = 𝒑 + 𝑳 𝒂 = 𝒂 𝒆 𝒑 são viscosidade aparente e plástica. Exemplo:Fluidos de perfuração de dispersões de argila de bentonita se enquadra no modelo de Bingham. 163.3. Fluido não-Newtoniano Modelo de Bingham ou Plástico Ideal 𝒂 = 𝒆 = 𝒑 + 𝑳 𝒆 é a viscosidade efetiva 𝒂 e a viscosidade aparente que varia em função de , ou seja, a viscosidade que o fluido teria se fosse Newtoniano em dada condição de fluxo 𝒂 = 173.3. Fluido não-Newtoniano Modelo de Ostwald de Waale Lei de Potência: = 𝑲()n K é o índice de consistência n é o índice de comportamento Ex: polímeros e pasta de cimento Ex: emulsões 183.3. Fluido não-Newtoniano Modelo de Ostwald de Waale Lei de Potência: = 𝑲()n 193.3. Fluido não-Newtoniano Modelo de Bingham ou Plástico Ideal 𝒂 = 𝒆 = 𝒑 + 𝑳 𝒆 é a viscosidade efetiva 𝒂 e a viscosidade aparente que varia em função de , ou seja, a viscosidade que o fluido teria se fosse Newtoniano em dada condição de fluxo 𝒂 = 203.3. Fluido não-Newtoniano Curva de Consistência para Plástico de Bingham 𝒍𝒊𝒎𝒊𝒕𝒆 𝒅𝒆 𝒆𝒔𝒄𝒐𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒓𝒆𝒂𝒍 Portanto, se a pressão aumentar gradualmente a partir de 0, o comportamento tampão prevalece. 0 = 𝑅𝑇0/2𝐿 Fluxo laminar 213.3. Fluido não-Newtoniano Curva de Consistência para Plástico de Bingham O efeito do fluxo tampão sobre a taxa de fluxo total normalmente é insignificante nas aplicações de perfuração 223.3. Fluido não-Newtoniano Estrutura Gel leva a formação de um gel quando a agitação cessa. Força gel alta é necessária para manter barita e cascalhos em suspensão quando a circulação é interrompida. Força gel muito alta retardam a separam de cascalhos e pode reduzir a pressão da coluna sobre a broca. 233.3. Fluido não-Newtoniano Viscosímetro Rotacional de Cilindros Concêntricos Determina = 𝒑 + 𝑳 𝒑 e 𝑳 243.3. Fluido não-Newtoniano Viscosímetro Rotacional de Cilindros Concêntricos Vantagem? Eliminação do fluxo tampão O valor do torque no fio pode ser obtido a partir da deflexão do dial () e da constante do fio, C: T=C. Torque crítico 253.3. Fluido não-Newtoniano Viscosímetro Rotacional de Cilindros Concêntricos 𝑃𝑉 = 𝑝=1- 2 (indica requisitos de diluição) 𝑌𝑃 = 𝑳= 2-𝒑 (indica necessidade de tratamento químico) 𝑽𝑨 = 𝒂=𝒆𝒇.= 600/2 Interpretação gráfica de parâmetros de fluxo em um viscosímetro de duas velocidades. 26Comportamento dos Fluidos de Perfuração a Baixos Suspensões de Bentonita Conclusão: Fluidos de perfuração não são plásticos de Bingham Por quê ? Valor crítico 𝑳 =20,62 L 𝒑 Maior desvio de linearidade 273.3. Fluido não-Newtoniano Resumo 283.3. Fluido não-Newtoniano Artigo científico 293.4. Fluido dependentes do tempo Reopéticos- fluidos em que ou viscosidade aumenta com o tempo, mantendo-se a mesma taxa de deformação. Tixotrópicos- fluidos em que a tensão cisalhante ou viscosidade diminui com o tempo de aplicação de uma certa taxa de cisalhamento. 303.4. Fluido dependentes do tempo Artigo científico 313.4. Fluido dependentes do tempo (b) Tixotrópicos Força Gel de fluidos tixotrópicos Importante: Elevada força gel interfere na pressão para retomar a circulação. 323.4. Fluido dependentes do tempo (c) Pseudoplásticos Não tem limite de escoamento As curvas de consistência não são lineares Lei de Potência: = 𝑑𝑣 𝑑𝑦 𝑛 333.4. Fluido dependentes do tempo (c) Pseudoplásticos (I) Comportamento Newtoniano 344. Propriedades Reológicas de Lamas LBO Artigo Científico 354. Propriedades Reológicas de Lamas LBO Artigo Científico – Propriedades Reológicas 365. Tixotropia de Lamas de Perfuração Fluido Tixotrópico (ex, argila-água) SOl GEL Como se determina a força gel? Tixotropia – fenômeno causado pela organização lenta da lamelas de argila nas posições de mínima energia livre a fim de satisfazer as cargas eletrostáticas de superfície. 37 Fluido Tixotrópico (ex, argila-água) GEL 5. Tixotropia de Lamas de Perfuração Força gel (Fg) é a força resistiva pelo formação do estado gel durante o repouso 38 GEL 5. Tixotropia de Lamas de Perfuração Observe as curvas 1 e 2, e também 4 e 5. Conclusão – as lamas tixotrópicas tem um valor de equilíbrio que depende de e independe do histórico 39 GEL 5. Tixotropia de Lamas de Perfuração Problemas do aumento da força gel: - Aumento de pressão de circulação após manobra - - Variação de pressão de surge 40 GEL 6. Viscosímetro Rotativo É um equipamento em que um corpo imerso, em contato com o fluido-teste, pode ser submetido a uma velocidade (ou rotação) ou a uma tensão (torque) pré-definida Classificação quanto a geometria do sensor: Cilindros coaxiais Cone-placa Placa-placa 41 GEL 6. Viscosímetro Rotativo Viscosímetros rotativos de cilindros coaxiais 42 GEL 6. Viscosímetro Rotativo Viscosímetros rotativos de cilindros coaxiais Viscosímetrorotativo de Fan modelo 35A Sistema Couette é aplicado aos cilindros V=350 cm3 Mede p, a e L 43 GEL 7. Regime de Fluxo Fluxo Turbulento de Líquidos Newtonianos Fator de atrito de Fanning Indica a resistência do fluxo na parede do tubo A e C são parâmetros experimentais 44 GEL 8. Efeito da Temperatura e Pressão sobre a Reologia de Lamas Pressão e Temperatura possui efeito: (a) Físico (T e P ) (b) Químico (p.p de hidróxidos em lamas alcalinas) (c) Eletroquímico (T atividade iônica) 458. Efeito da Temperatura e Pressão sobre a Reologia de Lamas Efeito da Temperatura 468. Efeito da Temperatura e Pressão sobre a Reologia de Lamas Efeito da Temperatura O aumento de T provoca elevação das forças de atração interpartículas 478. Efeito da Temperatura e Pressão sobre a Reologia de Lamas Efeito do rolamento a quente (envelhecimento) O aumento do slope p/ altos é atribuído ao aumento do grau de dispersão e floculação 488. Efeito da Temperatura e Pressão sobre a Reologia de Lamas Efeito da Temperatura para LBO 498. Efeito da Temperatura e Pressão sobre a Reologia de Lamas Efeito da Temperatura para Emulsão Inversa 508. Efeito da Temperatura e Pressão sobre a Reologia de Lamas Efeito da Temperatura sobre a viscosidade 518. Efeito da Temperatura e Pressão sobre a Reologia de Lamas Efeito das Propriedades da Lama sobre a Taxa de Penetração da Broca 528. Efeito da Temperatura e Pressão sobre a Reologia de Lamas Efeito das Propriedades da Lama sobre a Taxa de Penetração da Broca Velocidade Anular Ótima 538. Efeito da Temperatura e Pressão sobre a Reologia de Lamas Efeito das Propriedades da Lama para Limpeza do Poço Remoção de cascalhos REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Artigos científicos citados nos slides. Livros
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