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06 Pulsos e Tensão Arterial

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Faculdade de Medicina da Universidade do Porto 
 
Serviço de Fisiologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PULSOS E PRESSÃO ARTERIAL 
 
Texto de Apoio 
 
 
 
Tiago Henriques-Coelho 
Roberto Roncon de Albuquerque 
João Ferreira Martins 
Prof. Doutor Adelino Leite-Moreira 
Porto, Ano Lectivo 2004 / 05 
 
Faculdade de Medicina da Universidade do Porto 
 Serviço de Fisiologia 
 
Pulsos e Pressão Arterial 
 Texto de Apoio 
 
ÍNDICE 
 
PULSOS 
Avaliação dos Pulsos Arteriais Periféricos.................................................................. Pg. 3 
 Pulsos Temporais Superficiais, Carotídeos e Subclávios .................................. Pg.4 
 Membros Superiores ......................................................................................... Pg.4 
 Membros Inferiores ........................................................................................... Pg.4 
Comparação entre um Pulso Central e um Pulso Periférico ......................................... Pg.7 
Avaliação do Pulso venoso jugular.............................................................................. Pg. 8 
PRESSÃO ARTERIAL 
Sistema Vascular Periférico....................................................................................... Pg. 10 
Conceitos Hemodinâmicos ........................................................................................ Pg. 10 
Determinantes da Pressão Arterial.............................................................................. Pg.13 
Medição da Pressão Arterial ...................................................................................... Pg.14 
Variação da Pressão Arterial ...................................................................................... Pg.17 
A Hipertensão ............................................................................................................ Pg. 17 
 
BIBLIOGRAFIA 
1. Berne RM, Levy MN, editors. Physiology. St Louis: Mosby, 1998: 400-426. 
2. Crawford MH, Flinn RS, editors. Examination of the heart: inspection and palpation of 
venous and arterial pulses. American Heart Association, 1990. 
3. Epstein O, Perkin GD, de Bono DP, Cookson J. London: Mosby, 1992:7.23-7.32. 
4. Fauci AS, Braunwald E, Isselbacher KJ, Wilson JD, Martin JB, Kasper DL, Hauser SL, 
Longo DL, editors. Harrison's principles of Internal Medicine. New York: McGraw-Hill, 
1998:1231-1233. 
5. Guyton AG, Hall JE, editors. Textbook of Medical Physiology. Philadelphia: Saunders, 
2000:144-160. 
6. Opie LH. The Heart – Physiology, from Cell to Circulation. Philadelphia: Lippincott-Raven, 
1998: 3-16; 421-445. 
7. Seidel HM, Ball JW, Dains JE, Benedict GW, editors. Mosby´s Guide to Physical 
Examination. St. Louis: Mosby, 2003 :462-465. 
 
 
3 
PULSOS 
 
AVALIAÇÃO DOS PULSOS ARTERIAIS PERIFÉRICOS 
 
 A avaliação dos pulsos arteriais periféricos integra-se no Exame Clínico do Sistema Vascular. Deve 
ser precedido por uma avaliação da temperatura e da humidade das extremidades. Para tal, o examinador 
utiliza a superfície dorsal dos dedos das mãos, percorrendo-os ao longo dos membros e pesquisando a simetria. 
Se um aumento da humidade acompanhado de diminuição da temperatura sugerem hiperactividade simpática, 
membros com um aumento simétrico da temperatura e da humidade poderão indicar hipertiroidismo. A 
observação de assimetrias, por sua vez, constitui uma informação clínica relevante: um arrefecimento súbito do 
pé direito com palidez poderá corresponder, por exemplo, a uma situação de obstrução aguda de uma artéria 
troncular do membro inferior direito por um êmbolo com origem cardíaca. 
 A avaliação dos pulsos arteriais periféricos compreende a pesquisa de um conjunto de parâmetros: 
frequência, ritmo, amplitude e regularidade. Se a frequência e o ritmo nos informam à cerca da actividade 
eléctrica do coração, devendo ser pesquisados preferencialmente pelo pulso radial, a amplitude e a 
regularidade, por seu turno, traduzem a função do ventrículo esquerdo, devendo ser pesquisadas 
preferencialmente por pulsos centrais (e.g. pulsos carotídeos). A amplitude de um pulso pode ser caracterizada 
numa escala de 0 a 4: 
 
 0 – ausente, pulso não palpável 
 1 – diminuída, pulso pouco palpável 
 2 – normal 
3 – Aumentada 
4 – Muito Aumentada (Bounding) 
 
Como se sabe, a regularidade de um pulso é distinta do seu ritmo. De facto, a regularidade diz respeito 
à estabilidade (ou não) da amplitude do pulso enquanto que o ritmo se refere à uniformidade (ou não) do 
intervalo de tempo entre os pulsos. Deste modo, podem existir pulsos rítmicos mas irregulares. O exame dos 
restantes pulsos periféricos reveste-se igualmente de um grande interesse clínico: na coarctação da aorta, por 
exemplo, os pulsos femorais têm uma amplitude diminuída e encontram-se atrasados relativamente aos pulsos 
radiais. 
 
 
 
 
 
 
4 
 
PULSOS TEMPORAIS SUPERFICIAIS, CAROTÍDEOS E SUBCLÁVIOS 
 
 Os pulsos temporais superficiais devem ser palpados em simultâneo, ao nível da fossa temporal, acima 
das arcadas zigomáticas. 
 Os pulsos carotídeos podem-se pesquisar de duas formas: 1) Colocando os dedos do examinador na 
laringe, deslizando posteriormente até sentir a artéria carótida contra os músculos pré-vertebrais; 2) O 
examinador coloca-se anterior- ou posteriormente ao Doente e palpa a artéria com os dedos em gancheta, 
colocados lateralmente no pescoço. A palpação simultânea dos pulsos carotídeos requer algumas precauções, 
pelo perigo de isquemia cerebral, nos Doentes idosos com doença aterosclerótica. 
 Os pulsos subclávios são palpáveis acima ou abaixo do terço médio da clavícula, com o examinador colocado 
anterior- ou posteriormente ao Doente e com os dedos em gancheta. 
 
MEMBROS SUPERIORES 
 
 Os membros superiores devem ser examinados com o Doente sentado e com os membros desnudados. A 
avaliação dos pulsos arteriais dos membros superiores compreende a palpação das artérias radiais, cubitais, 
braquiais e axilares. 
 Os pulsos axilares palpam-se no vértice da axila: o pulso axilar direito pesquisa-se com o ombro direito 
em abdução de 90º, estando o membro superior direito pousado no antebraço direito do examinador. O pulso é 
então palpado com a mão esquerda penetrando no cavado axilar. Para a palpação do pulso axilar esquerdo 
procede-se de forma inversa. 
 Os pulsos braquiais pesquisam-se com os dedos na superfície medial do terço médio do braço, entre os 
compartimentos musculares anterior e posterior. 
 Os pulsos radiais e cubitais devem ser sempre avaliados bilateralmente para pesquisa da simetria. O 
pulso radial é normalmente utilizado para determinar a frequência e o ritmo cardíaco (vide supra). 
 
MEMBROS INFERIORES 
 
 Os membros inferiores devem ser examinados com o Doente em decúbito dorsal e com os membros 
desnudados. A avaliação das artérias dos membros inferiores compreende a palpação dos pulsos femorais, 
poplíteos, tibiais posteriores, tibiais anteriores e pediosos. 
 Os pulsos femorais palpam-se ao nível da arcada crural, no ponto médio entre a sínfise púbica e a 
espinha ilíaca ântero-superior. 
 Os pulsos poplíteos são geralmente de difícil palpação, uma vez que não são superficiais nem 
atravessam nenhuma proeminência óssea, existindo vários métodos de palpação. Uma das formas mais práticas 
 
 
5 
de palpação consiste na flexão do joelho a cerca de 90º: o examinador coloca os dois polegares na tuberosidade 
tibial e os restantes dedos em gancheta na fossa poplítea, procurando o feixe neurovascular e pressionando-o 
contra a superfície posterior da tíbia. 
Os pulsos tibiais posteriorespalpam-se posteriormente ao maléolo medial. Os pulsos pediosos palpam-
se lateralmente ao tendão do extensor longo do hálux, no prolongamento dos pulsos tibiais anteriores. Na 
prática clínica, os pulsos pediosos são habitualmente usados para investigar a presença de doença vascular 
periférica dos membros inferiores. 
 
 
6 
 
A 
 
 
 
B 
C 
 
 
 
 
D 
E 
F 
 
 
G 
H 
 
 
 
 
Figura 1 – Pontos para pesquisa dos principais pulsos arteriais dos membros superiores (A) e inferiores (B). 
Técnica de palpação de alguns dos principais pulsos arteriais: Carotídeo (C), Braquial (D), Radial (E), Poplíteo (F), 
Tibial posterior (G) e Pedioso (H). 
F 
 
 
 
7 
COMPARAÇÃO ENTRE UM PULSO CENTRAL E UM PULSO PERIFÉRICO 
 
A onda de pulso vai sofrendo alterações à medida que se desloca do centro para a periferia. Deste modo, 
na onda do pulso aórtico, após a abertura da válvula aórtica, a velocidade do fluxo sanguíneo aumenta 
rapidamente e atinge o pico de pressão máxima. O ramo descendente da curva de pressão aórtica é interrompido 
por uma pequena deflexão negativa, a incisura que corresponde ao encerramento da válvula aórtica. Segue-se 
uma pequena onda dícrota que é produzida pelo elastic recoil da artéria. A onda arterial de um pulso periférico 
sofre algumas modificações relativamente a um pulso central (Fig. 2). Estas alterações têm como base o aumento 
gradual da rigidez das artérias mais periféricas ( devido ao aumento do ratio da espessura da parede/diâmetro do 
vaso ) em relação às artérias centrais ( em que este ratio é menor ). Assim, é de esperar que, em artérias 
progressivamente mais rígidas: 
 
1. aumente o declive do ramo ascendente da onda de pulso 
2. aumente o valor do pico da pressão máxima ( sistólica ) 
3. diminua a proeminência da onda dícrota, tornando-se também mais tardia 
4. diminua o valor da pressão diastólica 
 
A elasticidade da artéria aorta permite com que esta, durante a sístole, aumente de diâmetro e armazene 
energia potencial na sua parede, que será convertida em energia cinética durante a diástole através do elastic 
recoil. Esta propriedade elástica permite com que, durante a sístole, o aumento da pressão aórtica seja mais lento 
e o pico de pressão máxima, menor, em relação aos vasos mais periféricos, onde as capacidades de distensão e 
retracção são mais reduzidas. A maior rigidez nos vasos periféricos é responsável por uma maior Pressão de 
Pulso, ou seja, uma maior diferença entre os valores das pressões sistólica e diastólica. 
 Os componentes de alta frequência atenuam-se ou desaparecem (e.g. a incisura esbate-se e acaba por 
desaparecer). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 - Ondas arteriais nas artérias Aorta e femoral. A – Incisura; B – Onda dícrota; C – Pressão arterial média. 
Tempo 
Pr
es
sã
o 
A
rte
ria
l 
A. Aorta A. Femoral 
C 
B 
B A 
 
 
8 
 
 
AVALIAÇÃO DO PULSO VENOSO JUGULAR 
 
A sua avaliação revela-se importante no estudo da função direita do coração. Apesar de, freqüentemente 
ser referido como um “pulso”, difere dos pulsos arteriais porque, enquanto estes se devem a um fluxo 
anterógrado do sangue a partir do coração esquerdo, o Pulso Venoso Jugular é um refluxo retrógrado de sangue 
a partir do coração direito. Além disso, apenas pode ser submetido à inspeção (visualização), enquanto que os 
pulsos arteriais podem também ser sujeitos à palpação. 
O exame do pulso venoso jugular realiza-se com o paciente deitado a 45º. Para avaliação do carácter do 
pulso venoso jugular, aplica-se uma luz tangencial ao pescoço para que as pulsações venosas de baixa amplitude 
possam ser visualizadas. Para obter uma estimativa aproximada da pressão venosa central, mede-se a distância 
vertical desde o nível superior das pulsatilidades até ao nível do ângulo de Louis (geralmente 3 cm), e somam-se 
5 cm (distância aproximada entre o centro da aurícula direita e o ângulo esternal); assim, os valores normais não 
ultrapassam os 8 cm de sangue. 
 
 
 
Figura 3. Obtenção de uma estimativa da pressão venosa central através da avaliação do pulso venoso jugular. RA- right 
auricle 
 
 
 
Na curva do pulso venoso jugular podem ser definidas várias ondas (Fig. 3). 
 
A Onda a é uma onda pré-sistólica positiva produzida pela distensão venosa devido à contracção da 
aurícula direita; é a onda dominante do pulso venoso jugular, particularmente durante a inspiração. 
A Onda c é uma onda positiva produzida pelo abaulamento da válvula tricúspide para o interior da 
aurícula direita (durante a fase de contracção isovolumétrica) e pelo impacto do fluxo da artéria carótida, 
adjacente à veia jugular. 
A Onda v é uma onda telessistólica positiva que resulta do aumento de volume do sangue na veia 
cava superior, veia cava inferior e aurícula direita (na sequência do retorno venoso ao coração) durante a 
sístole ventricular em que a válvula tricúspide está encerrada. 
A Onda x é uma onda negativa descendente produzida pelo relaxamento auricular e pela descida da 
 
 
9 
válvula tricúspide durante a sístole ventricular. 
A Onda y é uma onda negativa descendente produzida pelo influxo rápido do sangue para o 
ventrículo direito, após a abertura da válvula tricúspide. 
 
 
 
 a 
 c v 
 x y 
 
 
 Na prática existem algumas características que permitem distinguir a origem (arterial ou venosa) das 
pulsatilidades que se podem observar a nível do pescoço (Quadro I). 
 
Quadro I - Comparação entre o Pulso Venoso Jugular e o Pulso Carotídeo. 
 PULSO VENOSO JUGULAR PULSO CAROTÍDEO 
Nº de ondas Três ondas positivas Uma onda 
Localização das pulsações Mais laterais Mais mediais 
Pressão na base do pescoço Cessação das pulsações venosas Sem efeito 
Efeito da respiração Nível da onda de pulso diminuído na inspiração e 
aumentado na expiração 
Sem efeito 
Efeito da mudança de posição Maior com o doente deitado e menor com o doente 
sentado 
Sem efeito 
Aumento da pressão abdominal Pode tornar o pulso mais visível Sem efeito 
Figura 4 - Morfologia de uma onda de Pulso Venoso 
 
 
10 
PRESSÃO ARTERIAL 
 
A Pressão Arterial (PA) é definida através das pressões máxima e mínima obtidas por punção arterial 
directa e expressa-se em milímetros de mercúrio (mmHg). Estes valores não podem ser de referência uma vez 
que são obtidos por monitorização invasiva. Embora menos precisa mas universalmente aceite é a determinação 
da PA utilizando o esfigmomanómetro e o estetoscópio. Apesar das variações fisiológicas da PA, são 
reconhecidos certos limites de normalidade. 
 
SISTEMA VASCULAR PERIFÉRICO 
Existem dois circuitos vasculares anatomicamente separados. O ventrículo esquerdo bombeia o sangue 
para a circulação sistémica e o ventrículo direito para a circulação pulmonar. Em ambos os casos, os vasos que 
ligam o coração aos capilares (artérias) têm que suportar pressões superiores e têm paredes mais espessas do que 
os vasos que ligam os capilares às aurículas (veias). Os vasos classificam-se em artérias, arteríolas, capilares, 
vênulas e veias. Estes segmentos vasculares diferem entre si por características físicas, morfológicas e 
funcionais. As Artérias são vasos de parede espessa (rica em elastina e colagénio)que podem estirar e armazenar 
temporariamente energia durante a sístole, para recolherem passivamente na diástole. As Arteríolas são vasos de 
parede muito espessa (rica em fibras musculares) que regulam o fluxo dos órgãos periféricos. Os Capilaressão 
vasos com parede constituída por uma única camada de células endoteliais. As Veias e as Vênulas são vasos de 
parede muito fina e altamente distensíveis, pelo que os seus diâmetros variam passivamente em resposta a 
pequenas variações da pressão. 
 
 
CONCEITOS HEMODINÂMICOS 
A equação básica do fluxo, 
Q=∆∆∆∆P/R 
pode ser aplicada a sistemas de tubos, aplicando as mesmas regras pelas quais a lei de Ohm (I=E/R) é 
usada para sistemas de resistências eléctricas. 
Fluxo (Q) pode ser definido como a quantidade de sangue que atravessa um determinado local da 
circulação num determinado período de tempo (mL ou L/min). 
Resistência (R) é a oposição ao fluxo num vaso (PRU - peripheral resistance unit ou dyne seg/cm5). As 
arteríolas são responsáveis por dois terços da resistência na circulação sistémica. 
Pressão é a força exercida pelo sangue sobre uma unidade de área da parede de um vaso (mm Hg ou cm 
H2O). Afirmar que a pressão de um vaso é de 100 mm Hg, por exemplo, significa que a força exercida é 
suficiente para deslocar uma coluna de mercúrio até aos 100 mm. 
 11 
A distinção entre fluxo sanguíneo (volume/tempo) e velocidade do fluxo (distância/tempo) reveste de 
particular importância, uma vez que, num sistema de tubos em série, o fluxo é sempre o mesmo mas a sua 
velocidade varia inversamente com a área de secção transversal. Deste modo, o sangue flui com maior 
velocidade na região com a menor área de secção (Aorta), e mais lentamente na região com maior área de secção 
transversal local (capilares). O fluxo capilar lento maximiza o tempo disponível para as trocas transcapilares. 
O sangue circula normalmente nos vasos de uma forma ordenada em Fluxo Laminar. Neste tipo de fluxo 
cada camada de sangue permanece sempre à mesma distância da parede do vaso e desloca-se segundo uma 
trajectória paralela a esta. Ocorre segundo um padrão parabólico, i.e., a velocidade do fluído no centro do vaso é 
superior à da periferia. É muito efic
Uma vez que o sangue é um líquido
do mesmo. Shear Stress (τ) é a f
Expressa-se em função da viscosida
Quando o sangue é forçado a 
a turbulento. O Fluxo Turbulen
autênticas espirais de sangue (eddy c
O fluxo é laminar quando o 
turbulento entre os 2000 e os 3000 e
em que ρ é a densidade de flu
 
A turbulência ocorre 
 
 
 
 
 
 
 
 
O padrão de pressão da circu
tem o papel crucial de transformar a
e com uma pressão diastólica muit
órgãos. A nível arteriolar há uma q
atingir um valor próximo dos 0 mmH
iente porque a energia é gasta exclusivamente na produção de movimento. 
 viscoso, o s movimento através de um vaso exerce shear stress na parede 
orça que ten
de do sangue
circular a alt
to descreve 
urrents). Ge
número de R
 turbulento a
ído, D o diâm
lação varia e
 variação abr
o mais eleva
ueda brusca 
g na aurícul
Figura 5 – F
eu
 
ta ‘arrastar’ a parede endotelial à medida que o ngue flui. 
 (η), do fluxo (Q) e do raio interno do vaso (r): 
ττττ = 4 η η η η Q / ρρρρ r3 
as velocidades por vasos estreitos ou estenosados, o
trajectórias irregulares com diferentes direcções
ra-se um som que pode ser audível com o estetoscóp
eynolds (NR) é inferior a 2000, de transição entr
pós ultrapassar este último valor. 
NR = ρρρρ D v / ηηηη 
etro do tubo, v a velocidade média e η a viscosidad
ntre valores máximos nas artérias e mínimos nas ve
upta da pressão ventricular esquerda em um padrão
da. Desta forma, assegura que o sangue circule at
da pressão. A pressão vai diminuindo nos capilares
a direita. 
luxo Laminar (A) e Turbulento (B). 
A 
sa
 fluxo passa 
, formando 
io. 
e laminar e 
e do fluído. 
ias. A Aorta 
 mais suave 
é aos vários 
 e veias até 
B 
 
 
12 
As arteríolas, pequenas artérias com diâmetro luminal de cerca de 30 µm e paredes musculares espessas, 
constituem a principal resistência à ejecção ventricular esquerda e são o principal componente da Resistência 
Vascular Periférica (RVP). A constrição arteriolar causa uma queda abrupta da pressão nas arteríolas e tende a 
aumentar a PA e a diminuir a pressão nos capilares e veias. O oposto ocorre na dilatação arteriolar. 
 
O Volume de sangue circulante varia de acordo com as diferentes regiões vasculares. Cerca de 20% do 
volume total está no Sistema Pulmonar e Câmaras Cardíacas. A maior parte do sangue circulante está contida 
nas veias dos órgãos periféricos, constituindo o pool venoso periférico. O pool venoso central é constituído pelo 
sangue presente nas grandes veias torácicas e na aurícula direita. 
 
O comportamento elástico das artérias e veias é de grande importância para o funcionamento 
cardiovascular. As propriedades elásticas dos vasos são caracterizadas por um parâmetro denominado 
Complacência ou Capacitância (C). A complacência descreve como varia o volume (∆V) em resposta a 
determinada alteração na pressão transmural (∆P) obtida pela diferença entre as pressões interna e externada 
parede do vaso: 
C = ∆∆∆∆V / ∆∆∆∆P. 
 
As propriedades elásticas das Veias são fundamentais para a sua função de reservatório. As veias são 
muito mais complacentes que as artérias e, como tal, pequenas variações da pressão venosa periférica implicam 
grandes variações no volume de sangue circulante, recrutando ou armazenando sangue do pool venoso 
periférico. 
As propriedades elásticas das Artérias permitem-lhes que funcionem como um reservatório beat-to-
beat. Durante a fase de ejecção, o volume arterial aumenta porque o sangue entra na Aorta mais rapidamente do 
que sai para as arteríolas sistémicas. Desta forma, parte do trabalho do coração na fase de ejecção é utilizado 
para estirar as paredes elásticas das artérias. Durante a diástole, o volume arterial diminuiu porque o fluxo das 
artérias excede o aórtico. Assim, as artérias previamente estiradas vão recolher e libertar a energia potencial 
armazenada, gerando a força de propulsão do sangue durante a diástole. 
 
 
 
13 
DETERMINANTES DA PRESSÃO ARTERIAL 
A Pressão Arterial Média (PAm) é uma variável fundamental porque representa a média da pressão 
efectiva que conduz o sangue aos órgãos sistémicos. Uma das equações mais importantes da Fisiologia 
Cardiovascular é aquela que relaciona a PAm com o débito cardíaco (DC) e com a resistência periférica total 
(RPT). 
PAm = DC ×××× RPT 
 
Esta equação é uma aplicação da equação básica do fluxo a toda a circulação sistémica, partindo do 
pressuposto que a pressão venosa central é zero (e assim ∆P= PAm). Qualquer alteração na PAm, resulta de 
modificações do débito cardíaco ou da RPT. 
O cálculo do valor real da PAm requer uma média aritmética da onda de pulso de um ou mais ciclos 
cardíacos completos. Na prática, como conhecemos a Pressão Sistólica (PS - pressão que corresponde a um 
volume máximo atingido no fim da fase de ejecção rápida) e a Pressão Diastólica (PD - pressão atingida durante 
a diástole, imediatamente antes da ejecção ventricular), pela auscultação, podemos estimar a PAm pela seguinte 
regra: 
PAm ≅≅≅≅ PD + 1/3(PS-PD) 
 A Pressão de Pulso arterial (Pp) define-se simplesmente pela diferença entre a PS e a PD: 
Pp = PS-PD 
Sabendo que a magnitude do aumento da pressão (∆P) causada por um aumento de volume arterial 
depende da magnitude da variação do volume (∆V) e da Complacência (CA) do espaço arterial, ∆∆∆∆P=∆∆∆∆V/ CA. Se 
assumirmos que o aumento do volume arterial em cada batimento cardíaco é igual ao volume de ejecção (VE), 
i.e., que nenhum sangue sai da Aorta durante a sístole, a pressão de pulso será, aproximadamente, o quociente 
entre o volume de ejecção e a complacência arterial: 
Pp ≅≅≅≅ VE / CA 
 
A pressãode pulso tende a aumentar com a idade porque a complacência arterial tende a diminuir. Deste 
modo, para um dado volume de ejecção, a pressão de pulso é superior no paciente mais velho relativamente ao 
mais novo. As variações agudas na pressão de pulso devem-se sobretudo a modificações no volume de ejecção. 
As alterações da RVT têm apenas um efeito ligeiro ou até ausente sobre a pressão de pulso porque alteram, em 
paralelo, as pressões sistólica e diastólica. Os valores das pressões sistólica e diastólica não devem ser analisados 
de forma independente, uma vez que ambas são influenciadas pela frequência cardíaca, volume de ejecção, RVT 
e CA. 
 
 
14 
MEDIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL 
A medição da PA pode ser avaliada de forma directa através da introdução de um catéter conectado a um 
transdutor de pressão. Contudo a PA é determinada, por rotina, de forma indirecta utilizando um Estetoscópio 
e um Esfigmomanómetro aneróide ou de mercúrio. O Esfigmomanómetro é composto por um braçal com um 
balão insuflável no seu interior, por um manómetro de pressão ou coluna de mercúrio e por uma bomba de ar 
com uma válvula (para insuflar ou desinsuflar o balão). Se utilizar um esfigmomanómetro de mercúrio, deve 
manter a coluna de mercúrio em posição vertical e fazer a leitura ao nível dos olhos. Se utilizar um 
esfigmomanómetro aneróide deve proceder à sua calibração periódica (idealmente, de 6 em 6 meses). Estão 
também disponíveis os Esfigmomanómetros electrónicos que detectam vibrações, convertem-nas em impulsos 
eléctricos, enviam-nos para um transdutor onde são transformados em sinais digitais. Dispensam o uso do 
estetoscópio e podem avaliar simultaneamente a frequência do pulso. O tamanho do Braçal deve ser adequado 
ao tamanho do membro do paciente. Vários factores devem presidir na escolha do braçal. O balão presente no 
braçal deverá ter uma largura cerca de 20% superior ao diâmetro do braço do paciente, e um comprimento 
suficiente para cobrir 2/3 do membro. Quando se utilizam braçais de largura inferior à recomendada, podem ser 
obtidos valores de PA falsamente aumentados. Quando o paciente tiver um braço obeso e não dispuser de um 
braçal com as dimensões correctas, deverá medir a PA no antebraço, colocando o estetoscópio sobre a artéria 
radial. 
 
Para uma medição correcta e precisa, é necessário que estejam reunidas várias condições, a saber. A 
determinação da PA deve ser realizada em um ambiente calmo, silencioso e aquecido. Não deverá fumar nos 15 
minutos que antecedem a medição da PA nem ingerir cafeína uma hora antes. O doente deve estar descontraído 
antes e durante o exame (o esforço e a emoção influenciam, positivamente, os valores da PA). O doente deverá 
estar sentado (para medições de rotina) ou deitado em decúbito dorsal por forma a que o seu braço se encontre 
ligeiramente flectido, sensivelmente ao nível do plano do coração e apoiado sobre uma superfície dura. Como a 
artéria habitualmente explorada na determinação da PA é a braquial, o braço deverá estar totalmente descoberto 
até à raiz do membro, região que, de modo algum, poderá estar comprimida por quaisquer peças de vestuário ou 
outras. 
 
Em cada momento de avaliação da PA, devem ser realizadas um mínimo de 2 medições (idealmente 3), 
com os intervalos de tempo que forem possíveis (habitualmente, 15 segundos). De início, a PA deve ser 
determinada bilateralmente. Se as pressões diferirem, usar o membro com a pressão mais elevada (geralmente, o 
a PA do braço direito é cerca de 10 a 15 mmHg superior à do esquerdo). Em doentes idosos, diabéticos ou 
medicados com anti-hipertensores, devem ser pesquisadas variações ortostáticas. Para tal, a PA é determinada 
com o doente deitado e 2 minutos após se ter levantado. Geralmente, após o doente se levantar, a pressão 
sistólica ou não varia ou diminui ligeiramente, enquanto que a pressão diastólica aumenta ligeiramente. 
 
 
15 
Para o diagnóstico de certas patologias cardiovasculares, nomeadamente de Hipertensão Arterial, devem 
ser realizadas 3 medições com um intervalo mínimo de uma semana. Nestes casos, poderá ser necessário, e 
mesmo preferível, a medição em casa ou os registos em ambulatório de 24 horas. 
Classicamente, distinguem-se dois métodos de determinação da PA, o palpatório e o auscultatório, que na 
realidade, se complementam e se utilizam-se associados. 
 
MÉTODO PALPATÓRIO 
1. Aplicar o braçal sobre braço do paciente, 2 dedos acima da prega cubital (de modo que a braçadeira 
fique ao nível do coração); é de extrema importância que o manómetro esteja ao mesmo nível. 
2. Palpar o pulso radial. 
3. Rodar totalmente a válvula no sentido horário; insuflar a braçadeira lentamente (10 mm Hg/s) até deixar 
de se palpar o pulso radial; insuflar mais 30 mm Hg. 
4. Abrir lentamente a válvula (cerca de 3 mm Hg/s), rodando no sentido anti-horário, até que se palpe 
novamente o pulso radial: a pressão indicada na coluna de mercúrio neste preciso momento corresponde 
à pressão sistólica. 
5. Desinsuflar rápida- e totalmente o braçal. 
 
 
 
MÉTODO AUSCULTATÓRIO 
1. Aplicar a campânula do estetoscópio sobre a artéria braquial, um pouco abaixo do bordo inferior da 
braçadeira do esfigmomanómetro (vide supra); a campânula revela-se mais eficaz porque os sons de 
Korotkoff são sons de baixa frequência. 
2. Insuflar o braçal rapidamente para além da extinção do pulso radial. 
3. Desinsuflar lentamente (5 mm Hg/s) e auscultando os sons de Korotkoff: a fase 1 corresponde à PS e a 
fase 5 (desaparecimento dos sons) à PD. Nas crianças, pode ser preferível utilizar a fase 4 (quando os 
sons se tornam abafados). 
4. Repetir mais duas vezes, eliminar a primeira medição e fazer a média aritmética entre as duas últimas. 
Quando os sons de Korotkoff forem fracos, o paciente deve elevar o braço e abrir e fechar a mão (5 a 10 
vezes), antes de insuflar novamente. 
 
 
16 
Os Sons de Korotkoff produzidos pela passagem turbilhonar do sangue através de uma artéria estenosada 
pelo braçal, definem várias fases. Quando a pressão exercida pelo braçal diminui aparece, de modo súbito, um 
som nítido que corresponde à passagem do primeiro fluxo através do lume arterial, ainda parcialmente 
colapsado. Equivale à Pressão Sistólica e marca o início da Fase I de Korotkoff. A Fase II consiste nos sons da 
fase I seguidos por sons sibilantes ou por sopros. A Fase III corresponde a uma amplificação dos sons da fase II 
à medida que aumenta o volume de sangue que passa por um artéria parcialmente comprimida. Quando os sons 
se tornam subitamente abafados, marcam o início da Fase IV. Na Fase V os sons cessam completamente porque 
a artéria deixa de estar comprimida e o fluxo passa a laminar. A pressão indicada no manómetro corresponde à 
Pressão Diastólica. 
 
 
A medição da PA está sujeita a inúmeras fontes de erro que a seguir se enumeram. 
1. Vazio Auscultatório ou Fenómeno do poço - em certos indivíduos surge um intervalo auscultatório 
entre as PS e PD, durante o qual não se ouvem sons de Korotkoff e a seguir ao qual se voltam a ouvir. O 
desconhecimento da possibilidade de haver um vazio auscultatório pode fazer com que se subestime a PS 
e se sobre-estime a PD. A execução do método palpatório previamente à determinação auscultatória 
permite obviar este fenómeno. 
2. Transmissão de ruídos provenientes do braçal – podem ser interpretados como pressão sistólica que 
é, na realidade, mais baixa; este erro pode também ser evitado pela prévia determinação da pressão 
arterial pelo método palpatório. 
3. Braçal de tamanho inadequado ao diâmetro do braço do paciente – conduz a valores errados de PS e 
de PD. Braçais sujeitos a grandes tensões durante períodos prolongados ou incompletamente vazios do ar120 
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Sons de Korotkoff 
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Figura 6 – Medição da Pressão Arterial pelo método Auscultatório. A – Pressão Sistólica; B – Pressão Diastólica. 
 
 
17 
insuflado na medição anterior podem, também conduzir a valores erróneos. 
 
 
Variação da Pressão Arterial 
 A PA está dependente de inúmeros factores e varia com: 
 
1. Ritmo Diurno 
A PA diminui durante a noite em conformidade com a actividade vagal. A Hipertensão Matinal ao 
acordar deve-se à inibição vagal e à activação adrenérgica. Durante o dia, a PA vai diminuindo. 
2. Stress Emocional 
O stress emocional aumenta os níveis circulantes de adrenalina e de noradrenalina. A frequência 
cardíaca aumenta de forma considerável mas a PA apenas sofre um pequeno aumento. A explicação 
provável é que a activação adrenérgica dilata as arteríolas e contrai os vasos esplénicos. 
3. Exercício Físico 
O exercício físico isotónico produz um moderado aumento na pressão arterial (mais significativo na PS do 
que PD). Contracções musculares isométricas sustentadas conduzem a um aumento rápido nas pressões 
sistólica, média e diastólica. 
4. Idade 
Com o avançar da idade a pressão sistólica aumenta por duas ordens de razões. A perda de elasticidade 
da Aorta e o aumento da pressão aórtica intraluminal pelo aumento da RVP. Deste modo, a aorta rígida 
conduz a onda de pulso mais rapidamente nas duas direcções, o que explica o aumento e a diminuição 
abruptos da onda de pulso que se verifica nos velhos. 
 
A HIPERTENSÃO 
 Na Hipertensão Arterial sistémica há um distúrbio da complexa regulação da circulação, e a PA 
permanece, de forma consistente, acima dos valores considerados normais. Uma PA Normal foi definida com 
base me valores incluídos em 2 desvios-padrão da média das pressões obtidas de uma enorme amostra de 
indivíduos aparentemente saudáveis. Desta forma, considera-se actualmente que valores de PA sustentadamente 
superiores a 140/90 mmHg são geralmente considerados excessivos. Cerca de 5 a 10% dos doentes hipertensos 
têm uma causa, renal ou endócrina, que explica a sua Hipertensão Secundária. Os restantes doentes hipertensos 
têm Hipertensão Essencial, uma condição complexa de etiologia multifactorial. As RVP ou estão muito 
elevadas, como acontece nos hipertensos de meia-idade e idosos, ou diminuem quando o débito está aumentado, 
como nos hipertensos jovens. A Hipertensão é uma patologia cardiovascular muito prevalente (cerca de 20% da 
população adulta do Mundo Ocidental) e um factor de risco para inúmeras situações como doença coronária, 
enfarte do miocárdio, insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral. 
 
 
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Categoria Pressão Sistólica ( mmHg ) Pressão Diastólica ( mmHg ) 
Optimo <120 e <80 
Normal <130 e <85 
Normal/Elevado 130-139 ou 85-89 
 
Hipertensão 
Estadio 1 140-159 ou 90-99 
Estadio 2 160-179 ou 100-109 
Estadio 3 >180 ou >110 
Quadro 2. Valores das Pressões Arteriais Sistólicas e Diastólicas e correlações fisiopatológicas.

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