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FAMÍLIA PICORNAVIRIDAE INTRODUÇÃO Importância na saúde humana e veterinária Poliovírus humano – Paralisia infantil/Poliomielite Vírus da febre Aftosa (foot and mouth disease virus) Variedade de gêneros e espécies PV (humano) BEV (Bovinos) FMDV (Bovinos, ovinos caprinos e suínos) SVDV (Suínos) GÊNERO - APHTOVÍRUS Características Gerais: Vírus icosaédrico Pequeno (20-30nm) Não envelopado Proteínas do capsídeo (VP1/ VP2/ VP3) Vírus altamente resistente no ambiente REPLICAÇÃO VIRAL Alta capacidade citolítica in vitro - HORAS Proteína com poder lítico – Viroporina Alta capacidade infeciosa e contagiosa Perdas de produtividade Prejuízo econômico FEBRE AFTOSA Doença infectocontagiosa que acomete mamíferos de casco fendido com alto poder de disseminação nos animais susceptíveis. ÁREA LIVRE - Oceania - América do Norte - América Central VÍRUS PRESENTE - América do Sul (A/O/C) - Ásia (Ásia1/A/O/C) - África (SAT1/2/3/A/O/C) Distribuição mundial REPERCUSSÃO ECONÔMICA Reino Unido (2000-2001) - 2 mil casos confirmados / 6 milhões de animais abatidos Brasil (2005) - Surto em zona livre sem vacinação Mato Grosso/PR/RS TRANSMISSÃO Aerossóis Contato direto Contato indireto SINAIS CLÍNICOS Lesões vesiculares - Dificuldade de locomoção - Dificuldade de deglutição Lesões vesiculares - Cavidade oral - língua - Narinas - Espaço interdigital Sítios de infecção/ Replicação: Mucosa oronasal (via respiratória superior) TRI Soluções de continuidade no focinho, pata e tetos. PICO DE INFECTIVIDADE ACONTECE HORAS ANTES DO SURGIMENTO DAS LESÕES!! SINAIS CLÍNICOS Suínos e ovinos: Sinais clínicos brandos VIAS DE ELIMINAÇÃO: -Trato respiratório (gotículas) - Leite - Vesículas - Fezes - Urina - Sêmen PICO DE INFECTIVIDADE ACONTECE HORAS ANTES DO SURGIMENTO DAS LESÕES!! IMUNIDADE Recém-nascidos possuem imunidade passiva adquirida da mãe proporcional à condição imunológica dela e à quantidade de colostro ingerido. Infecção natural ou vacinação anticorpos neutralizantes. Correlação direta entre os níveis de anticorpos e a proteção. Não há participação da imunidade celular na proteção contra a infecção. A imunidade é específica para o sorotipo e subtipo, ou seja, a imunidade conferida contra um sorotipo não irá proteger o animal da infecção clínica com outro sorotipo. O vírus possui altas taxas de mutação, o que resulta em diversidade antigênica, o que pode ocasionar falhas na proteção pelos anticorpos. DIAGNÓSTICO Lesões vesiculares suspeita clínica exige confirmação laboratorial! Demonstração do vírus ou antígenos virais em tecidos / fluídos de infectados - Fragmentos do epitélio e fluidos de vesículas não rompidas. - Sangue com anticoagulante Transporte em refrigeração (4ºC) em até 24 horas. DIAGNÓSTICO urgente e preciso!!! DOENÇA DE NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA!! Testes: Isolamento viral ELISA CONTROLE - PROFILAXIA - Barreiras sanitárias com restrição do trânsito de animais oridundos de áreas de risco; - Desinfecção - Quarentena - Vacinação (quando indicado) Esquema de Vacinação obrigatória (RS) Maio – todo rebanho Novembro – animais até 24 meses ZONAS LIVRES Rifle sanitário de animais infectados e susceptíveis 1- Todo rebanho 2 – Animais com menos de 12 meses 3 – Animais com até 24 meses 4 – Todo rebanho FAMÍLIA CORONAVÍRUS INTRODUÇÃO - CORONAVIRIDAE Gêneros - Coronavirus e Torovirus. RNA envelopados, possuem o maior genoma entre os vírus envelope com espículas longas – coroa Alta frequência de recombinações – mutações víricas Doenças de importância veterinária - Bronquite infeciosa das galinhas; - Gastroenterite transmissível dos suínos; - Peritonite infecciosa Felina; - Coronavirose Canina; CLASSIFICAÇÃO Conforme o hospedeiro susceptível Formas de inativação: Facilmente inativados por agentes oxidantes, formaldeído, detergentes e desinfetantes comuns. Grande sensibilidade ao calor; CORONAVÍRUS FELINO – PIF CORONAVÍRUS FELINO Grupo I dos coronavírus com dois biótipos: Coronavírus felino entérico Causa diarreia leve em gatos. Peritonite infecciosa felina (PIF), uma doença de curso fatal. EPIDEMIOLOGIA Susceptíveis: felídeos domésticos e silvestres Felinos domésticos – entre seis meses e dois anos de idade Distribuição: Cosmopolita Soroprevalência em gatis – 80% Soroprevalência em domésticos – 10/50% Principal via de transmissão: Fezes contaminação oro-fecal de susceptíveis. Mortalidade de 100% Elevado número de animais infectados crônicos PATOGENIA E SINAIS CLÍNICOS Infecção = Destruição das células epiteliais das vilosidades intestinais Manifestação clínica: Diarreia e má-absorção intestinal. Replicação em macrófagos e disseminação hematógena Titulação elevada Forma severa: Animal debilitado progressivamente. Morte por inanição. Forma Branda: Diarreia/enterite autolimitante hipertermia e anorexia PATOGENIA E SINAIS CLÍNICOS Forma Seca ou não efusiva: - Lesão piogranulomatosa em diversos órgãos. - Insuficiência hepática; - Insuficiência renal; - Insuficiência pancreática. - Distúrbios neurológicos Forma Clássica: - Aumento de volume abdominal por líquido viscoso e amarelado. - Efusão pleural - Icterícia por envolvimento hepático SINAIS CLÍNICOS INESPECÍFICOS: Anorexia, apatia, perda de peso, vômito, diarreia, desidratação, mucosas hipocoradas, icterícia e anemia... IMUNIDADE Animais com titulação elevada forma aguda e severa Fenômeno da ADE (antibody dependent-enhancement) Facilitação da penetração viral em macrófagos em função da presença dos anticorpos Animais com resposta imune celular eficiente não apresentam sinais clínicos INFECÇÃO REPLICAÇÃO EM MACRÓFAGOS VIREMIA PRIMÁRIA BAÇO LINFONODOS FÍGADO RESPOSTA IMUNE HUMORAL E CELULAR DIAGNÓSTICO Histórico clínico imunossupressão – sintomatologia inespecífica Testes sorológicos de ELISA - Soronegativo SUSPEITO DIAGNÓSTICO DEFINITIVO Histopatologia PCR PREVENÇÃO E CONTROLE - Isolamento de gatas prenhes semanas antes do parto; - Quarentena da gata e dos filhotes; Vacinação ???? vírus amplamente disseminado na população felina Possível papel dos anticorpos na exacerbação dos sinais clínicos Medicamentos imunossupressores CORONAVÍRUS CANINO Surtos esporádicos de enterite em cães. Cães clinicamente saudáveis ou também com vômitos e diarreia severa. Animais susceptíveis: - Cães de todas idades e raças Filhotes de canis. Fonte de infecção: - Fezes de cães infectados - Fômites Porta de entrada: - Mucosa oronasal Distribuição: - Cosmopolita BRASIL – SM/RS 50% soropositivos PATOGENIA E SINAIS CLÍNICOS - Diarreia - Vômito - Desidratação - Perda de apetite - Letargia - Morte Atrofia e fusão das vilosidades intestinais, depressão das criptas, achatamento das células epiteliais INFECÇÃO SECUNDÁRIA POR BACTÉRIAS OU PARVOVÍRUS IMUNIDADE Títulos de anticorpos baixos - infecção restrita ao intestino, sem viremia. Anticorpos neutralizantes podem ser detectados após 10 dias da infecção; Vacinas atenuadas (VO) - Conferem maior proteção (IgA), previne a adsorção às células epiteliais das vilosidades intestinais. DIAGNÓSTICO Detecção do vírus nas fezes dos infectados; Técnicas: - Microscopia Eletrônica - Isolamento viral - testes rápido para detecção de Ac ?????? CONTROLE E PROFILAXIA - Diminuição de fatores de estresse - Manejo sanitário adequadadas instalações - Vacinação (eficiente?!) TRATAMENTO DE SUPORTE - Suporte hídrico - Infecções bacterianas secundárias - infecções parasitárias concomitantes FAMÍLIA PARAMYXOVIRIDAE CARACTERÍSTICAS GERAIS E CLASSIFICAÇÃO - Infecções relacionadas ao sistema respiratório, neurológico e digestivos. IMPORTÂNCIA NA VETERINÁRIA: - vírus da cinomose - vírus de NewCastle - Vírus esféricos envelopados 150 – 300nm - Pleomorficos 1000 - 10000nm ↑ ↑ ↑ proteínas no envelope = ↑ ↑ ↑ Tropismos por cél. diferenciadas CARACTERÍSTICAS GERAIS E CLASSIFICAÇÃO Glicoproteínas do envelope - HN - H - G - F penetração do vírus por fusão Formação de anticorpos contra proteína F NEUTRALIZAÇAO DA REPLICAÇÃO VIRAL Destruição do vírus no ambiente Sensíveis a pH ácido e ao aquecimento a 56ºC por 30 minutos. Exposição a solventes lipídicos, detergentes, formaldeído e agentes oxidantes; Responsáveis pela adsorção VÍRUS DA CINOMOSE Acomete CANÍDEOS DOMÉSTICOS e silvestres Associados a SINAIS SISTÊMICOS que podem ser acompanhados por SINAIS NEUROLÓGICOS. EPIDEMIOLOGIA - Distribuição cosmopolita - Maior frequência em cães jovens não vacinados Falhas vacinais / vacinação inadequada / vacinas comerciais de baixa qualidade Principal forma de transmissão CONTATO DIRETO - Secreções nasais - Secreção oral - Urina - Aerossóis - Fômites Doença de países em desenvolvimento EXCREÇÃO POR FLUÍDOS CORPORAIS EPIDEMIOLOGIA PATOGENICIDADE vírica associada ao hospedeiro Idade Estresse Status imunológico Infecções secundárias Surtos associados a elevada mortalidade!! Danos ecológicos: - Leões e hienas - Furões - Lobos, raposas, coiotes... - mão-pelada, coati, pandas - Ferret, lontra - guepartos PATOGENIA Inalação das partículas víricas A maioria dos cães DESENVOLVE uma resposta imune celular e humoral eficaz e NÃO MANIFESTA SINAIS CLÍNICOS Viremia primária replicação no epitélio e macrófagos do TRS Linfonodos regionais Vírus carreado por linfócitos para disseminação pelos órgãos linfóides. PATOGENIA CDV no SNC Viremia SECUNDÁRIA Vírus carreado por Células mononucleares Pele Manifestações clínicas Digestório urogenital SINAIS CLÍNICOS HISTOPATOLOGIA Detecção de corpúsculos de inclusão eosinofílicos intracitoplasmáticos e intranucleares, denominados corpúsculos de Lenz, onde já ocorreu a replicação viral. Principais células para detecção - Astrócitos, neurônios e no epitélio da bexiga. Desmielinização é a lesão predominante decorrente da replicação viral na substância branca. SINAIS CLÍNICOS Apatia Secreção nasal e ocular serosa a seromucosa. - Sistema respiratório inferior: Infecções bacterianas secundárias; Infecção cutânea com presença de pústulas abdominais e hiperqueratose do focinho e das almofadas plantares Diarreia com fezes amolecidas. Doença aguda Animais entre 4-6meses, pela perda da imunidade passiva. PATOGENIA E SINAIS CLÍNICOS Ataxia e alterações do comportamento; Encefalite e desmielinização (inflamação da substância cinzenta no cérebro e cerebelo); Alterações restritas ao SNC. Hipersalivação, mioclonias, incoordenação, diminuição dos reflexos pupilares, paresia do posterior, que pode evoluir para tetraplegia. Epilepsia, delírio e vocalizações, estupor e coma. Doença HIPERaguda Animais entre 4-6meses, pela perda da imunidade passiva. Doença Crônica Doenças crônica progressiva - animais adultos (3-8 anos) ENCEFALITE DO CÃO IDOSO Sinais clínicos: Manchas marrom-escuras circundando o esmalte dos dentes de animais infectados ainda filhotes; - Hiperplasia de esmalte. Hipersalivação, mioclonias, incoordenação, diminuição dos reflexos pupilares, paresia do posterior, que pode evoluir para tetraplegia. Epilepsia, delírio e vocalizações, estupor e coma. Sistema respiratório inferior: Infecções bacterianas secundárias; Cães com idade superior a 8 anos. RELAÇÃO VÍRUS X IMUNIDADE Diferenças antigênicas entre isolados de campo e cepas vacinais podem gerar falhas vacinais. A sobrevivência do animal depende fundamentalmente do desenvolvimento de uma resposta imune celular efetiva. Resposta imune humoral também é efetiva quando em títulos elevados NEUTRALIZAÇÃO pelo complexo AgxAc. A imunidade passiva declina entre a 8a e 14a semanas de vida dos filhotes, deixando os susceptíveis à infecção. A imunidade passiva pode comprometer o sucesso da vacinação, pela inativação do vírus vacinal pelos anticorpos. Diagnóstico laboratorial Teste rápido (Kits de ELISA), para detecção de IgM; IF para detecção de antígenos do CDV em esfregaços PCR - Detecção do genoma viral. ME de secreções – Pesquisa de partículas virais do. Post-mortem – histopatologia e detecção de antígenos virais nos tecidos. Diagnóstico clínico: Lesões cutâneas Doença respiratória Sinais neurológicos. Linfopenia. Histórico de ausência de imunoprofilaxia TRATAMENTO SUPORTE / sintomatológico - Utilização de antimicrobianos; - Suplementação com vitaminas; - Aplicação de corticosteroides; - Soro hiperimune; - Aplicação de células; - Utilização de antivirais... “A cinomose permanece sendo uma doença de prognóstico desfavorável, com altas taxas de mortalidade. Muitos animais que se recuperam da doença aguda permanecem com sequelas neurológicas graves” CLARICE WEIS ARNS CONTROLE E PROFILAXIA 1. Primovacinação aos 45/60 dias de idade, Três reforços mensais e revacinação anual. 2. O sucesso da vacinação depende da variabilidade antigênica, da qualidade dos imunógenos e da resposta dos indivíduos. 3. A indução de encefalite após a vacinação com as vacinas vivas disponíveis está associada com a imunossupressão. 4. Evitar o contato de filhotes com outros cães até a segunda imunização. 5. Pessoas envolvidas nos cuidados ambulatoriais DEVEM UTILIZAR MEDIDAS DE PROTEÇÃO (luvas descartáveis, jaleco específico, higiene pessoal/ambiente...); 6. Isolamento dos animais. Vacinação com cepas atenuadas, em formulações mono ou polivalentes FAMÍLIA RETROVIRIDAE CARACTERÍSTICAS GERAIS IMPORTÂNCIA VETERINÁRIA Leucose Bovina Anemia Infecciosa Equina Vírus da Leucemia felina Imunodeficiência Felina Leucose aviária Vírions envelopados O ciclo replicativo envolve a integração da cópia do SEU ÁCIDO NUCLÉICO NO GENOMA DA CÉLULA HOSPEDEIRA, essencial para a expressão gênica e para produção da progênie viral. Esse evento faz com que as INFECÇÕES PELOS RETROVÍRUS ASSUMAM UM CARÁTER PERSISTENTE, uma vez infectados, os hospedeiros serão portadores pelo resto da vida. LEUCEMIA FELINA (FELV) Sorotipos/grupos descritos • FeLV-A; • FeLV-B • FeLV-C • FeLV-T Vários subgrupos diferenças de tropismo e patogenia entre isolados de campo. Diferentes receptores celulares EPIDEMIOLOGIA Distribuição vírica: Cosmopolita Susceptíveis: Felídeos domésticos e silvestres Prevalência elevada em locais de grande densidade de felinos; Prevalência em populações de gatos domésticos de 1%. Menor incidência em gatos castrados! Principal via de transmissão contato direto através da saliva. SINAIS CLÍNICOS E IMUNIDADE PRINCIPAL APRESENTAÇÃO CLÍNICA Imunodeficiência INFECÇÕES BACTERIANAS OPORTUNISTAS Imunodeficiência relacionada com a presença do antígeno viral associado à membrana, onde ocorre a depleção das células linfóides infectadas, provavelmente pela ação citotóxica mediada por anticorpos. DIAGNÓSTICO Kit de ELISA (teste rápido) Isolamento viral Imunofluorescência Detecção do genoma viral (PCR) Isolamentodos animais positivos; Vacinas com o vírus inativado e recombinantes CONTROLE IMUNODEFICIÊNCIA FELINA (FIV) Características semelhantes dos quadros de imunossupressão observados em gatos (FIV) e humanos (HIV). EPIDEMIOLOGIA Susceptíveis: Felídeos domésticos e selvagens Soroprevalência de até 30% em todo o mundo. RS/SP/RJ 21% da população de felinos domésticos Infecção ocorre principalmente em felinos com mais de um ano de idade. PRINCIPAL VIA DE TRANSMISSÃO CONTATO DIRETO COM SALIVA PATOGENIA E SINAIS CLÍNICOS Imunossupressão por depleção de linfócitos T Desenvolvimento de infecções oportunistas Linfócitos infectados Pulmões Fígado Rins DIAGNÓSTICO Sintomatologia clínica inespecífica Imunossupressão Teste rápido / ELISA DETECÇÃO DE ANTICORPOS Detecção de material genético viral – PCR CONTROLE E PROFILAXIA Isolamento redução de risco/possibilidade de transmissão Limitação do acesso a rua Vacinação??? Diversidade genética TRATAMENTO - Sintomatológico - Utilização de Interferon - Estimulantes Imunológicos - AZT (Retrovir) ANEMIA INFECCIOSA EQUINA Doença infecciosa com potencial de óbito; Portadores durante toda vida!! Picos de viremia ao longo da vida como portador. Diagnóstico diferencial de doenças que cursam com HIPERTERMIA. EPIDEMIOLOGIA Distribuição cosmopolita Maior incidência em climas tropicais favorecimento do vetor (moscas, tabanídeos e mosquitos) Prevalência elevada em locais com favorecimento para vetores Animais susceptíveis: Equinos Formas de infecção Vetores: insetos hematófagos (tabanídeos!!) Transmissão por fômites, ingestão de leite e IA também pode ocorrer SINAIS CLÍNICOS Hipertermia Imunidade individual Anemia Trombocitopenia ASSINTOMÁTICOS DISSEMINAÇÃO Glomerulonefrite Linfoadenopatia Hepatite Replicação em monócitos e macrófagos FORMAS DE APRESENTAÇÃO Viremia primária: Anemia profunda e morte; Recuperação e recidivas coincidentes com novas viremias (forma crônica); Portador assintomático. Forma crônica: Episódios de hipertermia intervalada; Depressão e letargia, petéquias em mucosas, emagrecimento progressivo, edema e anemia. Recidivas: Reação à infecção com produção de Ac e resposta celular, redução da carga viral no sangue. DIAGNÓSTICO E CONTROLE Teste de Coggins – Sorologia recomendada pelo Ministério da Agricultura Boa sensibilidade e especificidade Inibição da Hemaglutinação ELISA PCR Controle Isolamento e sacrifício dos soropositivos Controle de material infectado Combate a insetos e vetores Minimizar o contato com secreções / sangue FAMÍLIA RHABDOVIRIDAE CARACTERÍSTICAS GERAIS Formato de bastão / bala 400 x 100nm Vírions facilmente inativados por desinfetantes detergentes, raios UV e temperatura. Doenças de importância veterinária: Raiva Estomatite vesicular ESTOMATITE VESICULAR Desenvolvimento de lesões vesiculares na boca, língua, tetos e cascos. Susceptíveis: Bovinos, equinos e suínos. Surtos = quarentena DIAGNÓSTICO Diagnóstico diferencial FEBRE AFTOSA Replicação viral em epitélio EPIDEMIOLOGIA Vírus endêmico no norte da América do Sul Bolívia, Colômbia, Equador, Venezuela e Peru. Hospedeiros: Insetos, pássaros e mamíferos domésticos e silvestres. Vetores: moscas e pernilongos Distribuição silvestre – Hospedeiros assintomáticos – Ac Neutralizantes Animais domésticos ↑↑ titulação por contato com vetores – clima quente SINAIS CLÍNICOS Animais sintomáticos gestantes, lactantes e imunossuprimidos Lesões vesiculares: Cavidade oral (gengiva, língua e lábios) Tetos Cascos Bovinos e Equinos Suínos Lesões multifocais Lesões únicas Elevado índice de animais assintomáticos SINAIS CLÍNICOS Lesões vesiculares Febre Salivação excessiva Queda de produtividade – Leite/Carne Remissão da sintomatologia de 7 a 10 dias pós infecção Imunidade Inata Imunidade Humoral Imunidade Celular DIAGNÓSTICO Isolamento viral ELISA; Fixação do complemento Imunofluorescência PCR Diagnóstico diferencial FEBRE AFTOSA Amostras de epitélio e fluido vesicular Controle: - Interdição/quarentena - Controle de vetores - Limpeza e desinfecção do ambientes compartilhados - Uso de vacinas inativadas em zonas endêmicas. VÍRUS DA RAIVA Gênero Lyssavirus - vírus envelopado - Sensível a detergentes e solventes, UV, formalina, hipoclorito de sódio - Inativado em temperatura alta (50ºC - 15min.) - Baixa resistência fora do hospedeiro - Projétil de revolver (75x 300nm) - Proteína G: responsável pela indução de resposta imune humoral neutralizante EPIDEMIOLOGIA Distribuição cosmopolita – exceto Austrália e Antártida. Hospedeiros naturais – vírus se perpetua sem necessidade de reintrodução. Hospedeiro terminal – a replicação termina com a morte do indivíduo, sem chance de nova transmissão. URBANO SILVESTRE AEREO RURAL CICLOS DA RAIVA EPIDEMIOLOGIA Ciclo URBANO Raiva em cães e gatos. Ciclo AÉREO Raiva em morcegos. Ciclo SILVESTRE Raiva em espécies silvestres, também engloba morcegos. Ciclo RURAL Raiva dos herbívoros (equinos e bovinos) morcegos TRANSMISSÃO PERCUTÂNEA: Mordida de animais infectados. PATOGENIA PERÍODO DE INCUBAÇÃO VARIÁVEL - Susceptibilidade da espécie - Amostra do vírus envolvida - Imunidade do animal - Localização da infecção mais próximo do SNC, mais rápido o transporte do vírus 14 dias – 12 semanas - - - - - - - - - 1 ano PATOGENIA 1. Replicação viral nas células musculares do local da ferida infectada. 2. Passagem célula-célula via conexões intercelulares e junções sinápticas. 3. Invasão do Sistema Nervoso Central. 4. Replicação no SNC e DISSEMINAÇÃO CENTRÍFUGA para tecidos não neurais. 5. Replicação nas glândulas salivares PRINCIPAL FORMA DE EXCREÇÃO VIRAL SINAIS CLÍNICOS Forma furiosa (caninos) - Inquietação - Hiperexcitabilidade - Irritabilidade - Fotofobia - Sialorréia - Hipertermia Sinais de comprometimento neurológico Forma Paralítica (Bovinos) - Dificuldade de deglutição - Paralisia muscular - Paralisia do posterior - Alteração no latido - Sialorréia - Hipertermia Morte súbita Em morcegos hematófagos - Atividade alimentar diurna - Hiperexcitabilidade - Agressividade - Incoordenação motora - Tremores musculares - Paralisia e morte DIAGNÓSTICO TECIDO DE ELEIÇÃO – encéfalo dos animais SUSPEITOS e fragmentos de medula. Animais pequenos devem ser remetidos inteiros. Amostras remetidas em refrigeração Visualização de Corpúsculos de Negri no encéfalo – positivo em 70% dos casos Imunofluorescência Direta – Pesquisa por antígenos Inoculação em camundongos – sinais neurológicos em 8-23 dias. PCR PREVENÇÃO E CONTROLE Vacinação dos hospedeiros – vacinas inativadas Controle dos reservatórios / populações de morcegos hematófagos Captura e administração de pastas anticoagulantes Posse responsável / Diminuição dos cães errantes TRATAMENTO Animais suspeitos devem ser isolados e mantidos em observação!! Limpeza do local da ferida Vacinação Soroantirábico Contraindicado em animais suspeitos elevado risco de disseminação para humanos FAMÍLIA FLAVIVIRIDAE CARACTERÍSTICAS GERAIS Vírus pequenos (40-60nm). - Envelopados icosaédricos. - Sensíveis a solventes e ao meio externo. - Característica da família utilizam insetos como vetores (80%) - Vírus de importância: - Vírus da Febre Amarela - Vírus da Hepatite C - Vírus de Dengue - PesteSuína Clássica - Diarreia Viral Bovina DIARREIA VIRAL BOVINA (BVD) BVDV-1 – virulência moderada / utilizados em cepas vacinais. BVDV-2 casos agudos de doença hemorrágica. Cepa de BVDV citopática e não citopático. Susceptíveis: Bovinos domésticos e silvestres, e suínos. EPIDEMIOLOGIA Distribuição cosmopolita Programas de erradicação em Rússia, EUA, França e Alemanhã. Ampla distribuição no rebanho bovino brasileiro! Já houveram isolamento em: - Animais PI – cepa ncp - Soro fetal comercial - Animais com doença respiratória, entérica, problemas reprodutivos... PRINCIPAL FONTE DISSEMINADORA Terneiros Permanentemente Infectados!! - Secreções nasais, saliva, sêmen, leite, fezes, urina INTRODUÇÃO DO VÍRUS NO REBANHO Transmissão vertical: - Consequencia da infecção de vacas prenhes. - Sêmen coletado de touros PI para inseminação artificial. Contato direto: - Focinho-focinho e coito Contato indireto: - Focinho-secreções/excreções, focinho-feto abortado/placenta, contato com secreções/excreções. Transmissão iatrogênica: - Agulhas ou material cirúrgico, luvas de palpação, aplicadores de brinco, sêmen contaminado... INTRODUÇÃO DO VÍRUS NO REBANHO Introdução de animais PI; Introdução de fêmeas gestando fetos PI; Introdução de animais durante a infecção aguda; Contato entre animais de rebanhos vizinhos. PATOGENIA Infecção aguda em animais não-prenhes assintomáticos - Período de incubação de 3-7 dias - Período febril curto - Sialorréia - Hiperemia - secreção nasal e ocular PATOGENIA Infecção aguda em animais prenhes ESTÁGIO DE GESTAÇÃO CONSEQUÊNCIA AO FETO Até 40 Morte embrionária De 40 a 120 dias Feto Persistentemente infectado De 10 a 190 dias Mal formações e aborto Final de gestação Produção de anticorpos e eliminação do vírus INFECÇÃO PERSISTENTE (PI) Feto infectado entre os 40-120 dias de gestação. • IMUNOTOLERANTES AO VÍRUS • Disseminação viral persistente • Animais Soronegativos • Retardo no crescimento • Mal formações • Predisposição a infecções secundárias • Óbito nos primeiros meses de vida • Adulto disseminador da doença Somente a cepa ncp é capaz de gerar animais PI Seu sistema imunológico não erradica a doença!! DOENÇA DAS MUCOSAS (CP + NCP) Animal PI SUPERINFECTADO - Doença fatal, cursando com: Diarreia Inapetência Lesão em mucosa Perda de peso Apatia Erosões e úlceras no TGI Enterite hemorrágica BVDVcp + BVDV ncp DIAGNÓSTICO SUSPEITA: Perdas embrionárias Mal formações fetais Aborto Nascimento de animais fracos Doença de TGI ou TR com sinais de hemorragia DIAGNÓSTICO: Isolamento em cultivo – cepa cp Imunofluorescência – cepa ncp ELISA – proteínas virais ELISA – detecção de Ac CONTROLE E PROFILAXIA Controle com Vacinação: - indicado pra propriedades com alta rotatividade de animais – gado leite - Zonas endêmicas (histórico ou suspeita) Controle sem vacinação: - Rebanho fechado – baixo risco – gado corte - Sem histórico ou suspeitas Vacinação de terneiro de 4-6m reforço 40 dias reforço 6-12m Fêmeas 3 semanas antes da temporada de monta PROGRAMAS DE ERRADICAÇÃO • Eliminação de animais PI • Sem controle vacinal
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