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Resumo de Fisiologia Geral P1

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Resumo de Fisiologia Geral
Princípios básicos em Fisiologia:
Função: estudar a regulação de todas as funções, e como elas estão correlacionadas e interligadas em um organismo de funcionamento harmonioso.
Relação estrutura-função: a função é baseada na estrutura, podendo ser demonstrada em todos os níveis de organização fisiológica. 
Adaptação: fenômeno de evolução (seleção natural) e ocorre de forma muito lenta e normalmente irreversível.
Aclimatização: mudanças fisiológicas, bioquímicas ou anatômicas que ocorrem quando os animais são submetidos à mudanças no meio externo em que vivem. 
Aclimatação: mesmos processos anteriores, porém as mudanças são induzidas experimentalmente. 
HOMEOSTASIA: É a manutenção do equilíbrio interno do organismo. Ex: pH, temperatura, glicose, etc (manutenção da estabilidade interna)
A hemostasia se dá a partir de mecanismos de controle, como o Feedback, seja ele positivo ou negativo.
Feedback ou retroalimentação: principal sistema de controle da homeostasia, sendo que todos os processos regulatórios que mantém a homeostasia em células e organismos multicelulares, dependem de feedback.
Feedback negativo: A resposta inverte o estímulo inicial. Ou seja, o aumento ou diminuição de uma substância, por exemplo, vai estimular uma ação para que esta substância inverta seu estado inicial. 
Ex1: Alta de glicose → ação do pâncreas liberando insulina → abaixa os níveis de glicose.
Ex2: Diminuição da PA (devido doação de sangue) → Ativação dos baroceptores → Aumento da PA.
Feedback positivo: Quando a resposta aumenta ou intensifica o estímulo original. É o oposto ao feedback negativo.
Ex: Parto normal
“Quando as contrações uterinas se intensificam para empurrar a cabeça do feto contra o colo uterino, o estiramento do colo uterino emite sinais, até o corpo do útero, que responde com contrações ainda mais intensas. O colo do útero é então ainda mais distendido. Esse ciclo continua até que o feto nasça.” 
Geralmente o feedback positivo é temporário, tende a haver um feedback negativo depois desse processo, para estabelecer as condições normais do organismo.
Fluidos Corporais e Equilíbrio Hidroeletrolítico
Distribuição de água no corpo 
Quanto mais novo o indivíduo, mais água há no corpo.
Os líquidos corporais representam cerca de 60 a 70% do peso corporal - o que faz com que a relação soluto/solvente se torne ideal para que ocorram as reações químicas no organismo animal. 
Dessa porcentagem, cerca de 40% é de líquido intracelular, 20% de líquido extracelular (15% líquido intersticial e 5% volume plasmático), e variável para líquido transcelular. 
A água é um híbrido misto (60% covalente e 40% iônico), uma molécula assimétrica de caráter polar com ligação de hidrogênio. 
Funções da água
Transporte de nutrientes/nutrição: proveniente da digestão (absorção e transporte para as células).
Excreção de resíduos do metabolismo: nitrogênio, minerais, etc.
Funções especiais: fluidos sinovial para lubrificação, amniótico para choques mecânicos, cerebroespinhal para amortecimento, intra-ocular para manter pressão, e produção de líquidos especiais como o plasma seminal.
Propriedades da água
Calor específico: é a quantidade de energia térmica que deve ser fornecido a uma substância para ela elevar sua temperatura. A água possui alto calor específico.
Calor de vaporização: calor necessário para que uma substância passe do estado líquido para o estado gasoso.
Tensão superficial: atrações intramoleculares que tendem a manter cesas as moléculas de um líquido.
Viscosidade: facilita o fluxo sanguíneo através de pontes de hidrogênio com flutuação contínua.
Solvente universal: capaz de realizar a solução de substâncias iônicas, covalentes e anfipáticas. 
Substâncias iônicas: se dissociam completamente da água
Substâncias covalentes: se dissociam da água através da formação de pontes de hidrogênio.
Covalente solúvel: quando as pontes de H não perturbam a estrutura da água.
Covalente insolúvel: quando perturbam a estrutura da água.
Substâncias anfipáticas: as moléculas destas substâncias se orientam com a parte apolar para dentro e a parte polar para fora, ficando envolvidas por moléculas de água, ou seja, são substâncias que possuem parte polar e parte apolar.
DEFINIÇÕES IMPORTANTES
Osmol: Número de partículas osmoticamente ativas em uma solução.
Miliosmol: um milésimo do osmol – é mais utilizada 1/1000 Osm
Mol: Número de moléculas na solução (concentração molar)
Exemplos:
Glicose (não dissocia): Uma solução contendo um 1 mol de glicose terá a concentração de 1 osm/L
Cloreto de sódio (Na + Cl): Uma solução contendo 1 mol de NaCl, terá concentração de 2 osm/L
Sulfato de Sódio (Na2 + S + O4): 1 mol ↔ 3 osmol
Osmolaridade refere-se ao número de miliosmoles por litro de solução 
Osmolalidade refere-se ao número de miliosmoles por quilo de água.
Assim sendo, osmolaridade se relaciona a volume e osmolalidade a peso. Porém, 1L de água é muito parecido com 1Kg de água, as diferenças são inferiores a 1%. Por esse motivo, acaba-se utilizando rotineiramente o termo “osmolaridade”.
Logo,
Osmolaridade = Concentração de partículas osmoticamente ativas
M x i (fator de Van’t Hoff)
[mol] x n° partículas dissociadas
Exemplos:
Glicose: 1 mol → 1 osmol
NaCla: 1 mol → 2 osmóis
O número de partículas (osmol) é mais importante que a massa dessas partículas, pois cada uma das partículas exerce a mesma quantidade de pressão sobre a membrana.
Obs: o soro é fisiológico quando tem a mesma osmolaridade do organismo (0,300 osmol/L).
A osmolaridade de uma solução é determinada pela quantidade total de partículas dissolvidas, incluindo os solutos que atravessam as membranas celulares. Os termos isosmótico, hiperosmótico e hiposmótico se referem a uma comparação com o fluido extracelular normal.
Osmose é a difusão liquida de água através de uma membrana seletivamente permeável, de uma região de maior concentração de água para uma outra região de menor concentração.
Quanto maior a concentração de soluto em uma solução, menor a concentração de água. Além disso, a agua se difunde de uma região de baixa concentração de soluto (alta concentração de agua) para uma região de alta concentração de soluto (baixa concentração de água).
Ou seja, resumidamente, passagem de solvente do meio hipotônico para o hipertônico.
Pressão osmótica é a pressão necessária para prevenir a osmose. Quanto maior a pressão osmótica de uma solução, menor a concentração de água e maior a concentração de solutos nesta solução. Ou seja, é a pressão aplicada no lado mais concentrado para impedir a livre passagem de solvente.
Solução Isotônica: igual pressão osmótica
Solução Hipertônica: maior pressão osmótica (recebe água)
Solução Hipotônica: menor pressão osmótica (doa água)
Tônus: A pressão osmótica efetiva com relação à membrana seletivamente permeável. As soluções são hipotônicas, isotônicas ou hipertônicas, se contiverem, menos, a mesma ou maior pressão osmótica efetiva, respectivamente, do que a solução com a qual estão sendo comparadas.
Pressão osmótica do plasma sanguíneo: apesar dos poros nos capilares sanguíneos, a presença da quantidade adequada de grandes proteínas plasmáticas, em especial a albumina (maior que os poros), ”segura” a maior parte do plasma dentro do vaso sanguíneo, isso é chamado de pressão coloidosmótica.
SOLUTOS PERMEANTES
Ao tentar o equilíbrio, a ureia atravessa a membrana, porém, com ela vai água. Quem doa água é a uréia e ela sempre será hipotônica se do outro lado há um soluto impermeante.
(ela sempre vai ser hipotônica, porque sempre vai doar água).
ORIGENS DA ÁGUA CORPORAL: Ingestão (in natura) de água livre; Ingestão como parte dos alimentos; Água metabólica (oxidação de substâncias que contem hidrogênio).
PERDAS DE ÁGUA CORPORAL: Excreção (urina, fezes e suor); evaporação (pulmões e pele) – perda hídrica insensível; ou secreções e produtos (leite/ovos).
Regulação do volumee composição
Regulação central SNC: centro da sede, centro da ingestão central - controlados pelo hipotálamo.
Regulação hormonal: ADH e aldosterona.
Regulação renal: ação do SNC + endócrino sobre o rim (renina)
Obs: as três regulações são acionadas ao mesmo tempo, não agem de forma separada.
Membranas Celulares
Membrana biológica: Estruturas dinâmicas que desempenham funções fisiológicas vitais que permitem que as células interajam umas com as outras e com as moléculas do ambiente.
Modelo mosaico fluido: Membrana fosfolipídica com proteínas as quais podem ser integrais, periféricas e ancoradas em lipídeos; carboidratos e colesterol (fornecem resistência, estabilidade e rigidez).
Funções das membranas: delimitar conteúdo celular sem impedir comunicação entre os meios externo e interno; divide o espaço interno em compartimentos; regulam o trânsito de moléculas dos meios interno e externo; organizam as sequências de reações complexas.
Fosfolipídeo: possui regiões hidrofílicas (cabeça) e hidrofóbicas (cauda → ácido graxo). 
Micelas: gotas de fosfolipídeos onde a parte hidrofílica fica para fora e rodeada de água, e a parte de dentro, hidrofóbica (apolar). São formadas no processo de digestão de nutrientes, favorecendo a entrada de ácido graxo, colesterol,para o processo de digestão.
Lipossomo: tem uma camada de fosfolipídeos externamente e outra internamente, havendo uma camada hidrofóbica entre elas. No centro da camada interna de fosfolipídeos tem uma camada aquosa.
TIPOS DE TRANSPORTE
1. Difusão
É o movimento passivo de moléculas não carregadas eletricamente a favor do seu gradiente de concentração, utilizando energia cinética. 
1.1. Difusão Simples: é o transporte no qual moléculas lipofílicas transitam livremente pela membrana plasmática, sem gasto de energia por estas moléculas terem a mesma constituição hidrofóbica da membrana, tendo como exemplo o colesterol e hormônios esteroides. 
Sua etapa limitante para o transporte é a concentração do produto do meio, sendo que quanto mais concentrado, mais haverá transporte. Portanto, a difusão é mais rápida com gradiente de concentração maior, em distâncias mais curtas, temperaturas mais altas e para moléculas menores. 
A taxa de difusão é diretamente proporcional à área de superfície, gradiente de concentração e permeabilidade de membrana, e inversamente proporcional à espessura da membrana.
1.2 Difusão Facilitada (Transporte mediado por proteínas): transporte passivo de moléculas, a favor do gradiente de concentração, cessando quando as concentrações se igualam. 
É o transporte no qual moléculas hidrofílicas, transitam através da membrana plasmática por intermédio de uma proteína carregadora, sem gasto de energia. A passagem pela membrana, de açúcares e aminoácidos, ocorre por este transporte. 
TRANSPORTE MEDIADO POR CARREGADOR: transporta moléculas neutras. Ex: a glicose entra na célula através de um transportador de glicose (GLUT), desta forma, ela não precisa vencer a barreira lipofílica, conseguindo ser transportada com facilidade.
TRANSPORTE MEDIADO POR CANAL: transporta moléculas carregadas, ocorrendo sempre a favor do gradiente de concentração (moléculas carregadas e não carregadas) e gradiente eletroquímico (moléculas carregadas). Os canais possuem um filtro de seletividade (eletroseletividade), e só carrega solutos conhecidos.
 Ex: caso o sódio (Na+) tentar ultrapassar a membrana, ele será barrado, pois moléculas carregadas apresentam uma hidrofilicidade grande que impede que qualquer molécula passe por difusão simples. Sendo assim, o Na+ tem seu transportador, o canal de Na, o qual irá facilitar a passagem do Na+ do meio extracelular, para o meio intracelular, sem gasto de energia.
Observações: as proteínas carregadoras podem transportar solutos tanto para dentro quanto para fora da célula, de diferentes maneiras:
Uniporte é o transporte de apenas uma molécula;
Simporte quando há duas moléculas sendo transportadas simultaneamente e 
Antiporte quando uma molécula é transportada para fora, e outra para fora, como se fosse uma troca. 
Etapas limitantes para o transporte → concentração de produto no meio; ativação do transportador: se o transportador estiver com seu poro transportador de moléculas fechado, não importa o quanto aumenta a concentração daquela molécula, ela não irá transitar, da mesma forma que se esse transportador não estiver disponível na membrana, também será uma etapa limitante.
2. Transporte ativo
Transporte de substância contra o gradiente de concentração, e requer gasto de energia (ATP). 
É o transporte de íons ou moléculas não carregadas através da membrana plasmática por intermédio de proteínas carregadoras com gasto de energia. 
Ex: Bomba de sódio-potássio (Na+/K+) → a tendência do Na é entrar na célula, pois no meio extracelular sua concentração é maior, obedecendo o gradiente de concentração; e do K+ é sair da célula, pois no meio intracelular sua concentração é maior. No entanto, na bomba ocorre o mecanismo contrário por causa de uma proteína carregadora, fomentada pela atuação do ATP. Acontecerá a quebra da barreira de gradiente de concentração e eletroquímico, fazendo com que saia 3 moléculas de Na+ e entre 2 de K+ (por transporte).
2.1 Transporte ativo primário: A energia vem diretamente das ligações fosfato de alta energia de ATP. Ocorre na bomba Na+/K+, tendo a ATPase como enzima primordial (proteína de membrana), a qual quebra o ATP para o transporte iônico contra o gradiente de concentração. 
A bomba Na+/K+ é considerada uma bomba eletrogênica, pois o meio intracelular tende a ficar mais eletronegativo por estar retirando 3 moléculas de Na+ e colocando apenas 2 de K+, gerando um potencial elétrico no interior da célula. 
2.2 Transporte ativo secundário: Usa a energia potencial armazenada no gradiente de concentração de uma molécula para “empurrar” outras moléculas contra o gradiente de concentração. Utiliza a energia cinética da molécula que vai a favor do gradiente para transportar a que vai contra ele, além de usar o gradiente químico criado pelo transporte ativo primário. 
Ex: a glicose vai passar do meio menos concentrado para o mais concentrado. A concentração de Na+ vai ser diferenciada e é o que vai promover o gasto energético na manutenção do equilíbrio do transporte da glicose, sendo assim, o Na+ se liga ao carregador, criando um sítio de ligação para a glicose e, posteriormente, o Na+ e a glicose são liberados para o citoplasma.
Tem os mesmos tipos de transporte que o passivo (uni, sim e antiporte), e as etapas limitantes são concentração de soluto, ativação do transportador e energia disponível do transporte.
3. Transporte mediado por carregadores apresenta propriedades, independente de ser passivo ou ativo:
Especificidade: refere-se à capacidade de um carregador de transportar apenas uma molécula ou apenas um grupo de moléculas estreitamente relacionadas, sendo assim, específico. 
Competição: uma molécula compete com a outra pelo receptor/transportador, o que é intimamente ligado à especificidade. 
Inibidor competitivo: competição pelo transportador, de forma que uma molécula impede o trânsito da outra. Um exemplo é a maltose a qual é um inibidor competitivo da glicose pois compete pelo GLUT (transportador) e, consequentemente, impede o trânsito da glicose para o interior da célula.
Saturação: a taxa de transporte do substrato depende tanto da sua concentração quanto do número de moléculas carregadoras. A taxa de transporte é proporcional à concentração do substrato até que os carregadores estejam saturados. 
Assim, o transporte mediado por carreadores é mais rápido quando está em baixas concentrações
4. Transporte vesicular: utilizado para o transporte de macromoléculas, através do uso de ATP.
Fagocitose: Feita por leucócitos, e utiliza ATP. Precisa de estímulo, ou seja, algo para ser “ingerido” para que haja a fagocitose.
Endocitose: échamada de constitutiva, pois não precisa de estímulo para ocorrer, portanto, está sempre acontecendo.
Endocitose mediada por receptor: na presença de uma molécula grande, é preciso de um receptor para começar o processo. O complexo receptor-ligante migra para uma região específica composta por grande quantidade de clatrina, a qual é responsável pelo aparecimento da depressão, pela mudança na conformação da membrana, levando à formação da abertura para ocorrer a endocitose.
Exocitose: processo em que há a exportação de grandes moléculas lipofóbicas como proteínas sintetizadas nas células e resíduos da digestão intracelular, para o meio extracelular.
PROTEÍNAS DE MEMBRANA
São classificadas de acordo com sua Estrutura (proteínas ancorada a lipídeos, integrais e periféricas) ou Função:
Proteínas carregadoras: Mudam de conformação quando ocorre o transporte. Glicose, aminoácido, Na+ e K+ são exemplos de moléculas que usam este mecanismo. 
Algumas proteínas carreadoras transportam somente um tipo de molécula chamadas de carreadoras de uniporte
Quando os carreadores transportam mais de um tipo de molécula (2 ou ate 3 moléculas) simultaneamente é denominada cotransportadora
Quando as moléculas são transportadas movendo-se na mesma direção, as proteínas carreadoras são chamadas de simporte e em direções opostas, antiporte.
Proteínas de canal: Podem ser de canais abertos ou canais com portão:
Controlados mecanicamente → respondem à forças físicas como o aumento da temperatura ou pressão da membrana; 
Controlados por voltagem → diferença de voltagem entre os meios interno e externo, ou seja, quando o estado elétrico da célula muda - potencial de ação; 
Controlados por ligantes → quando tem uma substância que se liga a um receptor de membrana -proteína- que favorece a ligação com a substância que abre/fecha o canal, são controlados por moléculas mensageiras intra ou extracelulares).
Estruturais: encontradas em junções celulares e citoesqueleto.
Enzimas de membrana, as quais são ativadas no metabolismo e na transferência de sinais. 
Receptores de membrana: ativam enzimas de membrana, são ativos na transferência de sinais e na endocitose mediada por receptor, abrem e fecham os canais controlados por ligantes. 
Canais iônicos: podem ser seletivos para sódio, potássio, cálcio ou cloreto, para cátions ou ânions. Eles podem estar sempre abertos, ou abrirem em resposta a algum estímulo.
Neurofisiologia – Potenciais de Membrana e Potenciais de Ação
Toda alteração do potencial elétrico (o fenômeno de excitabilidade) é causada por movimentos de íons através de canais iônicos situados na membrana citoplasmática.
Para isto, há células excitáveis (neurais e musculares), que são capazes de gerar impulsos eletroquímicos em suas membranas.
Potenciais de membrana
Participa de inúmeros processos celulares: 
Transportes iônicos
Transporte de nutrientes
Sinalização celular; 
Sinalização elétrica nas células excitáveis; 
Secreção hormonal Geração de potencial de ação pós-sináptico; 
Função cerebral, incluindo-se os processos cognitivos; Figura 1: Potencial de equilíbrio do sódio = 61 mV (qualquer diferença de concentração motiva o soluto a sair)
Percepção sensorial; 
Contração muscular;
“A diferença de potencial deve ser considerada do LIC para o LEC.”
Quem determina o valor potencial de equilíbrio é a equação de Nernst
Equação de Nernst
Primeiramente deve-se admitir que a membrana é permeável a este íon – ele deve ser o único íon permeante.
Ou seja, há apenas um tipo de canal iônico!
Calcula o potencial de equilíbrio para íon monovalente;
Para uma determinada diferença de concentração;
Admitindo-se que a membrana seja permeável a este íon.
Porém, quando há:
Mais íons presentes
Diferentes gradientes de concentração através da membrana 
Vários tipos de canais iônicos seletivos a esses íons
O potencial de equilíbrio depende das permeabilidades relativas da membrana a esses íons. Neste caso, o potencial de equilíbrio é dado pela equação de Goldman.
Equação de Goldman
Potencial de difusão depende de 3 fatores:
Polaridade da carga elétrica de cada íon
Permeabilidade da membrana a cada íon
Concentrações dentro e fora da membrana de cada íon
Repouso: maior permeabilidade ao K+ e ao Cl-
A equação de Goldman é uma adaptação da equação de Nernst; Calcula o potencial elétrico da membrana levando em consideração cada íon!
Potencial de repouso (membrana)
Diferença de potencial através da membrana de células excitáveis quiescentes.
Resulta dos potenciais de difusão, que por sua vez resultam das diferenças de concentração dos diversos íons.
Por convenção, o potencial de membrana é expresso como um potencial intracelular em relação ao potencial extracelular.
→ O potencial de membrana é o potencial elétrico de um neurônio em repouso (que é sempre eletronegativo!). 
O lado de fora é sempre mais positivo que o de dentro!
→ O sódio vazar pelos canais de vazamento é responsável por 90% da eletronegatividade; Os outros 10% são da bomba de sódio potássio.
Potencial de ação
São variações rápidas do potencial de membrana que se propagam pelas células excitáveis!
Há inversão da polaridade da membrana! Sódio fica mais permeável
Positivo dentro e Negativo fora → DIFERENÇA DE POTENCIAL!
Estágios do potencial de ação
REPOUSO (Está polarizada)
DESPOLARIZAÇÃO (Sódio está entrando)
REPOLARIZAÇÃO (Retorno do repouso)
Os principais íons que participam deste processo são os íons sódio (Na+), potássio (K+) e cloreto (Cl-).
Há uma alteração de potencial elétrico pela entrada e saída dos íons!
ps1: Se atingir o limiar, a partir dali é tudo igual! O potencial de ação ocorre! 
ps2: Se não atingir o limiar, não tem potencial de ação!
O que varia é a frequência em que ocorre o potencial de ação, dependendo do estímulo recebido! (Não varia a “intensidade”)
BASE IÔNICA DO POTENCIAL DE AÇÃO
Repouso
Alta permeabilidade ao K+.
Baixa permeabilidade ao Na+.
Despolarização
Maior condutância ao Na+.
Potencial de membrana fica menos negativo
[É o processo no qual a célula inverte momentaneamente a polaridade da membrana celular (interior positivo e exterior negativo). E neste processo ocorre a entrada do íons sódio (Na+) para promover a despolarização das células]
Repolarização
Fechamento das comportas de inativação dos canais de Na+.
Aumento da condutância ao K+.
(É o processo pelo qual a célula retorna no seu potencial de repouso após ocorrer uma despolarização. E neste processo ocorre a saída do íon sódio (Na+) e potássio (K+) com reequilíbrio de ambos pela Na+/K+ ATPase ou bomba Na+/K+).
Hiperpolarização
Condutância ao K+ maior que no repouso
É o processo no qual a célula polariza ainda mais o seu interior a partir do seu potencial de repouso. Neste processo estão envolvidos a saída do íon potássio (K+ ) e a entrada do íon cloreto (Cl-)
Separadamente, temos:
PERÍODO REFRATÁRIO
Absoluto
Relativo
PROPRIEDADES DO POTENCIAL DE AÇÃO
POTENCIAIS DE AÇÃO – PLATÔ
Aumenta o período de despolarização
Canais de Ca2+ - voltagem dependentes lentos
Organização do Sistema Nervoso e Sinapses
O sistema nervoso pode ser dividido em dois grandes grupos:
Sistema Nervoso Central: Reúne estruturas situadas dentro do crânio e da medula espinhal (Encéfalo, cerebelo e tronco cerebral + medula)
Sistema Nervoso Periférico: Nervos, plexos e glânglios periféricos.
Os nervos cranianos e espinhais que vão conduzir os potenciais de ação para o SNC – ou partir dele. Esses nervos são feixes de axônios do SNP. Os axônios que conduzem potenciais de ação para o SNC são chamados de aferentes, e os que conduzem tais sinais a partir do SNC, são os eferentes.
Emaranhado de células altamente mutáveis:
Neuroplastia: mudança morfológica nas comunicações neuronais.Neurogênese: origem de novas células nervosas após o nascimento, que diminui após a puberdade.
Uma célula se comunica com a outra através de potencial de ação ou neurotransmissores, controlando as atividades rápidas do organismo, tendo divisão sensorial e motora.
Sensorial: receptores sensoriais, que avisam o SNC sobre alguma variação (está fora do SNC). Pode ser chamada de aferente → da periferia para o SNC.
Motora: faz a resposta do estímulo levado pela divisão sensorial, sendo assim, está dentro do SNC. Responsável por operações mecânicas dentro do organismo, nos órgãos efetores. Pode ser chamada de eferente → do SNC para a periferia.
Chips neurais: processamento de informação e transmissão de mensagens através das sinapses.
Sinapse:
Elétrica: ocorre quando a superfície de contato entra as células estão tão próximas que a passagem dos impulsos elétricos é direta.
Química: uma substância química é sintetizada em um neurônio pré-sináptico, além dele também sintetizar vesículas transportadoras dos neurotransmissores (substância química) → liberação na fenda sináptica → receptor na membrana pós sináptica.
Excitatória: facilita o potencial de ação, e é eletropositiva.
Inibitória: dificultam o potencial de ação, e é eletronegativa. 
Neurotransmissores: substâncias químicas produzidas pelos neurônios, com função de biossinalização. Por meio delas, podem enviar informações para outras células, além de poderemestimular a continuidade de um impulso ou efetuar a reação final do órgão ou músculo alvo. 
Inibitório: impede a propagação do impulso/potencial de ação. Ex: GABA e glicina.
Excitatório: estimula a propagação do impulso/potencial de ação. Ex: acetilcolina, adrenalina, serotonina.
Destino dos neurotransmissores: liga no receptor, é rapidamente degradado pois não pode ficar muito tempo na fenda sináptica, receptação para ser reutilizado, ou vai para outras partes do organismo.
Receptores pós-sinápticos:
Ionotrópicos: ligado a um canal iônico, sendo que o receptor é o próprio canal. Possui permeabilidade a íons.
Metabotrópicos: o receptor ativa ou inativa indiretamente o canal, alterando o metabolismo da célula receptora do estímulo.

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