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Análise dos
dados obtidos
O mito como
primeira forma de
conhecimento
Conhecer as normas que
fundamentam a redação e a
editoração dos textos acadêmicos.
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Professora Dra. Siderly do Carmo Dahle de Almeida
 ciência e conhecimento
científico 
UNIDADE I
 citações, referências,
classificação das pesquisas
e análise de dados obtidos
UNIDADE II
trabalhos científicos:
estrutura, forma e conteúdo
UNIDADE III
ISBN 978-85-8084-731-4
Viver e trabalhar em uma sociedade global é um 
grande desafio para todos os cidadãos. A busca por 
tecnologia, informação, conhecimento de qualida-
de, novas habilidades para liderança e solução de 
problemas com eficiência tornou-se uma questão 
de sobrevivência no mundo do trabalho.
Cada um de nós tem uma grande responsa-
bilidade: as escolhas que fizermos por nós e pelos 
nossos fará grande diferença no futuro.
Com essa visão, o Centro Universitário 
Cesumar – assume o compromisso de democra-
tizar o conhecimento por meio de alta tecnologia 
e contribuir para o futuro dos brasileiros.
No cumprimento de sua missão – “promo-
ver a educação de qualidade nas diferentes áreas 
do conhecimento, formando profissionais cida-
dãos que contribuam para o desenvolvimento 
de uma sociedade justa e solidária” –, o Centro 
Universitário Cesumar busca a integração do 
ensino-pesquisa-extensão com as demandas 
Reitor 
Wilson de Matos Silva
palavra do reitor
DIREÇÃO UNICESUMAR
Reitor Wilson de Matos Silva, Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho, Pró-Reitor de Administração Wilson 
de Matos Silva Filho, Pró-Reitor de EAD Willian Victor Kendrick de Matos Silva, Presidente da Mantenedora 
Cláudio Ferdinandi.
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho, Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha, Direção 
de Operações Chrystiano Mincoff, Direção de Mercado Hilton Pereira, Direção de Polos Próprios James Prestes, 
Direção de Desenvolvimento Dayane Almeida, Direção de Relacionamento Alessandra Baron, Gerência de 
Produção de Contéudo Juliano de Souza, Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida 
Toledo, Diagramação Humberto Garcia da Silva, Revisão Textual Ana Paula da Silva, Nayara Valenciano, Fotos 
Shutterstock.
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 
Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
institucionais e sociais; a realização de uma 
prática acadêmica que contribua para o desen-
volvimento da consciência social e política e, por 
fim, a democratização do conhecimento aca-
dêmico com a articulação e a integração com 
a sociedade.
Diante disso, o Centro Universitário Cesumar 
almeja ser reconhecida como uma instituição univer-
sitária de referência regional e nacional pela qualidade 
e compromisso do corpo docente; aquisição de com-
petências institucionais para o desenvolvimento de 
linhas de pesquisa; consolidação da extensão univer-
sitária; qualidade da oferta dos ensinos presencial e 
a distância; bem-estar e satisfação da comunidade 
interna; qualidade da gestão acadêmica e adminis-
trativa; compromisso social de inclusão; processos 
de cooperação e parceria com o mundo do trabalho, 
como também pelo compromisso e relacionamento 
permanente com os egressos, incentivando a edu-
cação continuada.
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância:
C397 
 Metodologia da Pesquisa / Professora Dra. Siderly do Carmo Dahle 
de Almeida. 
 Maringá - PR, 2014.
 103 p.
“Pós-graduação - EaD”.
 1. Metodologia da Pequiasa. 2. Ensino superior . 3. EaD. I. Título.
 ISBN 978-85-8084-731-4
CDD - 22 ed. 378
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Prezado(a) Acadêmico(a), bem-vindo(a) à Comunidade do 
Conhecimento. 
Essa é a característica principal pela qual a UNICESUMAR tem sido 
conhecida pelos nossos alunos, professores e pela nossa sociedade. 
Porém, é importante destacar aqui que não estamos falando mais 
daquele conhecimento estático, repetitivo, local e elitizado, mas de um 
conhecimento dinâmico, renovável em minutos, atemporal, global, de-
mocratizado, transformado pelas tecnologias digitais e virtuais.
De fato, as tecnologias de informação e comunicação têm nos 
aproximado cada vez mais de pessoas, lugares, informações, da edu-
cação por meio da conectividade via internet, do acesso wireless em 
diferentes lugares e da mobilidade dos celulares. 
As redes sociais, os sites, blogs e os tablets aceleraram a informa-
ção e a produção do conhecimento, que não reconhece mais fuso 
horário e atravessa oceanos em segundos.
A apropriação dessa nova forma de conhecer transformou-se hoje 
em um dos principais fatores de agregação de valor, de superação das 
desigualdades, propagação de trabalho qualificado e de bem-estar. 
Logo, como agente social, convido você a saber cada vez mais, a co-
nhecer, entender, selecionar e usar a tecnologia que temos e que está 
disponível. 
Da mesma forma que a imprensa de Gutenberg modificou toda 
uma cultura e forma de conhecer, as tecnologias atuais e suas novas fer-
ramentas, equipamentos e aplicações estão mudando a nossa cultura 
e transformando a todos nós.
Priorizar o conhecimento hoje, por meio da Educação a Distância 
(EAD), significa possibilitar o contato com ambientes cativantes, ricos 
em informações e interatividade. É um processo desafiador, que ao 
mesmo tempo abrirá as portas para melhores oportunidades. Como 
já disse Sócrates, “a vida sem desafios não vale a pena ser vivida”. É isso 
que a EAD da UNICesumar se propõe a fazer. 
Pró-Reitor de EaD
Willian Victor Kendrick 
de Matos Silva
boas-vindas
sobre pós-graduação
a importância da pós-graduação
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está iniciando um 
processo de transformação, pois quando investimos em nossa 
formação, seja ela pessoal ou profissional, nos transformamos e, 
consequentemente, transformamos também a sociedade na qual 
estamos inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportunida-
des e/ou estabelecendo mudanças capazes de alcançar um nível 
de desenvolvimento compatível com os desafios que surgem no 
mundo contemporâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de 
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo este pro-
cesso, pois conforme Freire (1996): “Os homens se educam juntos, 
na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica e en-
contram-se integrados à proposta pedagógica, contribuindo no 
processo educacional, complementando sua formação profis-
sional, desenvolvendo competências e habilidades, e aplicando 
conceitos teóricos em situação de realidade, de maneira a inse-
ri-lo no mercado de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como 
principal objetivo “provocar uma aproximação entre você e o con-
teúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento da autonomia 
em busca dos conhecimentos necessários para a sua formação 
pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de crescimento e 
construção do conhecimento deve ser apenas geográfica. Utilize os 
diversos recursos pedagógicos que o Centro Universitário Cesumar 
lhe possibilita. Ou seja, acesse regularmente o AVA – Ambiente 
Virtual de Aprendizagem, interaja nos fóruns e enquetes, assista 
às aulas ao vivo e participe das discussões. Além disso, lembre-se 
que existe uma equipe de professores e tutores que se encontra 
disponível para sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu proces-
so de aprendizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranquilidade 
e segurança sua trajetória acadêmica.
Professora Kátia Solange Coelho
Direção Operacional de Ensino
NEAD - UNICESUMAR
apresentação do material 
Prezado(a) aluno(a) dos cursos de Pós-
Graduação da Unicesumar, este é o seu livro 
da disciplina de MetodologiaCientífica. Ele 
foi pensado de modo a contribuir para facili-
tar sua busca por conhecimento em diversas 
fontes que não apenas as encaminhadas por 
seus professores e, ainda, elucidar as formas 
de disseminação do conhecimento por você 
adquirido e proposto em formato de textos. 
Os conteúdos foram selecionados e organi-
zados cuidadosamente, buscando primar 
por uma linguagem clara, precisa e de apli-
cação prática. 
Professora Doutora 
Siderly do Carmo Dahle de Almeida
A disciplina de Metodologia Científica é 
importante não apenas em sua vida acadê-
mica, mas também em sua vida profissional, 
enquanto pesquisador(a) em sua área de 
estudo. Os conteúdos privilegiam, na pri-
meira unidade, a importância, os tipos de 
conhecimento e as possibilidades de fontes 
de pesquisa, ou seja, “onde pesquisar”. Muitas 
vezes, não nos preocupamos muito com essa 
questão, acreditando que, em tempos de 
tecnologia de informação e comunicação, 
tudo já está escrito e disponível na internet. 
É preciso, porém, um olhar criterioso para 
seu uso, pois nem tudo que está disponível 
é verdadeiro. 
A segunda unidade contempla concei-
tos de pesquisa e oferece um “passo a passo” 
de como os projetos de pesquisa devem ser 
elaborados, elucidando as diferenças entre 
título e tema, a importância de ter muito claro 
qual é o problema que se pretende pesqui-
sar e as relações entre esse problema e os 
objetivos da pesquisa. Também, pretende-se 
explicar como descrever uma justificativa, de 
que modo selecionar os autores que darão a 
fundamentação teórica em seus estudos e, 
por fim, por que e como fazer um cronogra-
ma da pesquisa. Ainda nesta unidade, vamos 
verificar como as pesquisas são classificadas, 
ou seja, que métodos e técnicas podemos 
utilizar, e como aplicar essas técnicas para 
obter os melhores resultados. 
Na última parte, vamos analisar como es-
truturar nossa pesquisa, de modo a torná-la 
compreensível aos leitores, para assim poder 
disseminá-la por meio de publicações em 
periódicos, congressos, livros etc.
Desejo muito sucesso em sua vida 
pessoal, acadêmica e profissional!
su
m
ár
io 01
12 História do Conhecimento Científico
14 O Mito: a Forma Mais Elementar do Conhecimento
16 Categorias de Conhecimento
23 Concepção de Ciência
25 Identificando as Fontes Para a Pesquisa
34 Passos Para o Desenvolvimento de uma Pesquisa
44 Considerações Finais
44 Atividades de Autoestudo
CIÊNCIA E CONHECIMENTO 
CIENTÍFICO 
02 03
50 Classificação das Pesquisas
51 A Pesquisa Bibliográfica
60 Análise de Dados
62 Citações e Referências
64 Tipos de Citação
70 Referências
78 Considerações Finais
80 Atividades de Autoestudo
85 Coerência e Clareza
86 Editoração de Texto
88 Estrutura do Trabalho Científico
94 Comunicação da Pesquisa
98 Considerações Finais
99 Atividades de Autoestudo
101 Gabaritos
102 Referências
CITAÇÕES, REFERÊNCIAS, CLASSIFI-
CAÇÃO DAS PESQUISAS E ANÁLISE 
DE DADOS OBTIDOS
TRABALHOS CIENTÍFICOS: ESTRU-
TURA, FORMA E CONTEÚDO
1 CIÊNCIA E CONHECIMENTO CIENTÍFICO 
Professora Dra. Siderly do Carmo Dahle de Almeida
Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estu-
dará nesta unidade:
• Olhar histórico sobre o conhecimento
• O mito como primeira forma de conhecimento
• Tipos de conhecimento
• Definições de ciência
• Possibilidades de fontes de pesquisa
• Localização das fontes
• Elaboração de projeto de pesquisa
• Tópicos que compõem o projeto
Objetivos de Aprendizagem
• Reconhecer o significado do conhecimento sob 
um olhar histórico da humanidade.
• Diferir os tipos de conhecimento: científico, 
popular, filosófico e religioso ou teológico. 
• Comparar distintos conceitos de ciência.
• Discernir as diferentes possibilidades de fonte 
para a realização de pesquisas de cunho científico.
• Entender o projeto de pesquisa como primeiro 
passo para o desenvolvimento de uma pesqui-
sa científica.
• Compreender a estrutura de um projeto de pes-
quisa, distinguindo e estabelecendo conexões 
entre os tópicos que compõem esse projeto.
A história da humanidade e sua evolução confundem-se com a 
história da ciência e da produção do conhecimento. A neuroci-
ência tem analisado que o desenvolvimento da mente humana 
obedeceu etapas sucessivas, e, a partir dessas, novas possibili-
dades e habilidades foram sendo introduzidas nos complexos 
circuitos neurais da mente. 
Ainda que não possamos fazer uma análise histórica de longo 
alcance no que diz respeito à sistematização do conhecimen-
to (pois, enquanto a evolução do cérebro registra em torno 
de 100 milhões de anos, a ciência pode esmiuçar apenas os 
últimos 10 mil anos de sua história), indicaremos alguns fatos 
significativos para que se compreenda o processo histórico de 
desenvolvimento da ciência e do conhecimento.
Neste capítulo, veremos ainda a importância de um projeto de 
pesquisa, analisando cada tópico que deve compor esse projeto 
e como disponibilizar sistematicamente as informações mais 
relevantes em cada um desses tópicos. 
Metodologia da pesquisa
12
Fazendo uma rápida viagem à pré--história, é possível verificar que o conhecimento adquirido era incor-
porado de modo coletivo e as grandes e 
principais descobertas baseavam-se quase 
sempre nas regularidades. Dessa forma, 
após muitos ensaios com acertos e erros, 
era verificada a melhor época para a caça, 
distinguiam-se as plantas comestíveis das 
tóxicas, estabeleciam-se parâmetros para 
escolher as melhores rochas, para construir 
instrumentos que auxiliassem no dia a dia. 
Durante essa época, o ser humano começou 
a dominar as técnicas de produção e con-
servação do fogo e, com ele, poderiam 
proteger-se dos animais perigosos, assar e 
HISTÓRIA DO 
CONHECIMENTO CIENTÍFICO
Pós-Graduação | Unicesumar
13
conservar a carne ou ainda outros alimentos, 
clarear sua habitação à noite e se aquecer em 
dias de muito frio.
O período paleolítico ou Idade da Pedra 
Lascada, o neolítico ou Idade da Pedra Polida 
e a Idade dos Metais representam períodos 
diversos em que a humanidade passou da 
coleta de alimentos e hábitos nômades para 
se fixar ao solo, sistematizando as técnicas de 
agricultura, pastoreio e pesca.
A aplicação da força animal e dos ventos 
e a invenção da roda e dos barcos a vela me-
lhoraram consideravelmente a produção e 
estimularam a multiplicação de tarefas dos 
camponeses, artesãos e comerciantes. 
Nasce a escrita como uma necessidade 
para o controle dos negócios, e as atividades 
rotineiras vão se tornando mais comple-
xas, exigindo mais conhecimento para sua 
execução.
Quando se chega à Civilização Egípcia, 
verificam-se inúmeras descobertas que 
esta trouxe à humanidade. Apresentava 
uma religião repleta de mitos e crenças. 
Mumificava os cadáveres dos faraós, guar-
dando-os nas pirâmides, com o propósito de 
preservar o corpo para a próxima vida. Com 
isso, muito se aprendeu sobre o funciona-
mento do corpo humano e de seus órgãos.
Os egípcios foram excepcionais no que 
tange às ciências, pois, incitados pela pre-
mente necessidade de estimar as condições 
do tempo, para evitar maiores estragos com 
as cheias do Rio Nilo, a fim de se defende-
rem. Os egípcios conceberam o relógio de 
sol e o de água, configuraram plantas ce-
lestes nas quais posicionavam os pontos 
cardeais e idealizaram o mais primitivo 
calendário. Além disso, promoveram os 
princípios da aritmética e da geometria, 
criaram a soma e a subtração e instituíram 
ângulos e retângulos. No que diz respeito 
à escrita, registraram, de sua rotina, tudo o 
que podiam,em suas paredes e objetos, 
originando a escrita hieroglífica que signi-
fica “gravação sagrada”. 
Na Grécia, no período en-
tre 469 a.C. e 399 a.C., viveu 
Sócrates, um dos fundadores 
da filosofia ocidental que fi-
cou famoso principalmente 
por meio dos relatos de seus 
alunos Platão e Xenofonte. 
Sócrates foi condenado à 
morte por insistir na infinita 
ignorância que nos absorve. 
Reflita sobre uma de suas 
mais célebres frases: 
“Só sei que nada sei”
Metodologia da pesquisa
14
Metodologia da pesquisa
14
Consultando o Dicionário Houaiss (2002), em uma visão antropológi-ca, mito é defi nido como um “relato 
simbólico, passado de geração em geração, 
dentro de um grupo, que narra e explica a 
origem de determinado fenômeno, ser vivo, 
acidente geográfi co, instituição, costume 
social etc.” Assim, observa-se que não tem 
a intenção de “explicar” o mundo, mas 
somente posicionar a existência humana 
no espaço. Por isso, não é fundamentado a 
partir do raciocínio lógico, mas de metáforas 
O MITO
forma mais elementar do conhecimento
Pós-Graduação | Unicesumar
15
ou lendas que cingem o mistério, certas 
vezes revelando-o, certas vezes ocultan-
do-o. Percebe-se, assim, por sua forma de 
expressão, que o mito possibilita a expres-
são da crença, ao invés da “percepção clara 
e distinta”, defendida pelo filósofo Descartes 
e pelas ciências modernas.
O mito desempenha a função de apre-
sentar as respostas das questões que a 
natureza impõe. Desprovido de inflexibilida-
de lógica, ele é baseado em crenças e lendas 
que servem para desvelar o princípio de tudo. 
Assim, é um relato realizado em público, fun-
damentado somente na convicção do seu 
autor. Essa competência só se torna possí-
vel se o narrador confirmou ou vivenciou o 
que está descrevendo.
O poeta é apontado pelos deuses para 
relatar os fatos e são esses mesmos deuses que 
lhe narram tudo o que houve no passado, pos-
sibilitando que apenas ele, o poeta, conheça 
a gênese de todos os seres. Assim, conside-
rado uma revelação divina, o mito é sagrado 
e, portanto, incontestável e inquestionável. É 
produto de convicção, de fé, de crença. O que 
o poeta narrava era integralmente verídico. 
De acordo com Andery (2003, p.20), o mito 
desempenha um sentimento coletivo,
“é transmitido por meio de gerações, como 
forma de explicar o mundo, explicação que 
não é objeto de discussão, ao contrário, 
ela une e canaliza as emoções coletivas, 
tranquilizando as pessoas em um mundo 
que as ameaça”.
Já pensou quantas vezes nos 
prendemos ainda hoje aos 
mitos? Muitas vezes, senti-
mo-nos coagidos por situ-
ações desconhecidas e nos-
so comportamento imediato 
é encontrar respostas para 
nossas angústias.
É certo que se tornou muito 
mais simples encontrar res-
postas e caminhos para nos-
sas dúvidas, com o apoio das 
tecnologias da informação, 
facilitando nossa vida. 
Mas quem sustenta de in-
formações esses canais que 
permitem buscas?
Metodologia da pesquisa
16
Conhecer é o exato momento em que se passa de um estado de ignorân-cia sobre determinado assunto a um 
estado de saber, ainda que esse saber seja 
superficial ou insignificante; é a busca por 
distintos saberes, para substituir um estado 
de incompetência. 
Verifica-se uma disposição nos meios 
de comunicação, no sentido de fortalecer a 
ideia de que a ciência se encontra acima dos 
outros tipos de conhecimento. Desse modo, 
o mito, a religião, o senso comum, a filosofia 
e outros conhecimentos são considerados 
menos importantes.
É preciso termos claro que existem dife-
rentes tipos de conhecimentos e o científico 
é apenas um deles.
Para que o ato de conhecer se consolide, 
são imprescindíveis os seguintes elementos:
a. O indivíduo que deseja conhecer.
b. O objeto ou aquilo sobre o 
que se deseja conhecer (não 
necessariamente um objeto, 
podendo ser outra pessoa ou o 
CATEGORIAS DE 
CONHECIMENTO
Pós-Graduação | Unicesumar
17
próprio reflexo em um espelho).
c. A imagem mental que resulta da 
relação estabelecida entre sujeito-
objeto e que passa a formar a 
subjetividade daquele que conhece.
Abaixo, vamos perceber e distinguir quatro 
tipos de conhecimento, para melhor apre-
ender essa concepção.
o conhecimento 
científico
O conhecimento científico é o mais conhe-
cido e também chamado de racional, pois 
tem relação com circunstâncias ou fatos, va-
lendo-se de experimentos, confirmações e 
observações. Trata-se de um conhecimento 
sistemático, uma vez que legitima e auten-
tica o que deseja provar. 
Unido às tecnologias, é o que mais tem 
aproximado o ser humano da qualidade 
de vida que tanto ambiciona, facultando 
evoluções no que diz respeito à saúde, se-
gurança, educação e aos serviços. Esse tipo 
de conhecimento se encontra em frequente 
transformação, pois, a cada nova descober-
ta, uma verdade anterior é desmistificada. 
O filósofo da ciência Karl Popper (1902 
– 1994) propõe três universos distintos para 
melhor compreender esse conhecimento. 
Primeiro: o mundo dos objetos físicos ou 
de estados materiais; segundo: o mundo 
de estados de consciência ou de estados 
mentais, ou talvez ainda, do que ele chama 
de “disposições comportamentais para agir”; 
e um terceiro mundo: o mundo dos conteú-
dos objetivos de pensamento, especialmente 
de pensamentos científicos, poéticos e de 
obras de arte (POPPER, 1974).
Popper esclarece também que a busca 
pelo conhecimento não acontece apenas a 
partir da observação da realidade, mas, aliado 
a isso, a partir de um quadro de referências 
não mais satisfeito. Assim, sempre há uma in-
tenção nas observações realizadas, alterando 
o quadro de referências existente. 
O cientista então propõe uma hipótese 
geral e dessa se deduzem consequências 
que possibilitam novas experiências. Com 
isso, é possível refutar a teoria anterior, esta-
belecendo-se um novo conceito, por meio 
do critério de falseabilidade.
o conhecimento 
popular
O conhecimento popular, ou de senso comum, 
baseia-se nas experiências de vida e é em-
pregado desde a origem da civilização. É um 
saber que se obtém nas vivências e é passado 
de geração em geração. Compreende tradi-
ções, costumes, normas e hábitos. 
O senso comum, ao contrário do co-
nhecimento científico, não é sistematizado, 
aprofundado e metodológico, o que resulta 
em um conhecimento também denomina-
do vulgar. Não requer um parecer da ciência, 
que busca certificar o que foi exposto, pois é 
totalmente informal, valendo-se de opiniões, 
preconceitos e é acrítico. Não há preocupa-
ção com a fidedignidade dos fatos.
Metodologia da pesquisa
18
o conhecimento 
filosófico
Trata-se de um conhecimento valorativo, 
que nasce em hipóteses as quais não se 
submetem à observação, ou seja, não são 
verificáveis. Exigem um conjunto de enun-
ciados distintamente correlacionados, sendo 
racional. Suas hipóteses convergem para uma 
representação da realidade.
A filosofia se interessa por encontrar solu-
ções e respostas a todas as coisas que existem. 
Propõe que a humanidade se coloque em 
busca de proposições verdadeiras que res-
pondam perguntas de toda natureza: de 
onde surgimos? Para onde vamos? Qual é a 
razão da vida? Que conceitos podemos atri-
buir ao espaço e ao tempo? Qual é nosso 
objetivo no mundo?
métodos científicos 
Série de passos a percorrer tendo como ob-
jetivo chegar a um conhecimento científico 
e transmiti-lo aos outros, não só de forma 
oral, mas especialmente de forma escrita. A 
escrita deve primar pela qualidade, palavra de 
ordem neste mundo globalizado e para issosegue um conjunto de regras e padrões que 
são regidos pela ABNT (Associação Brasileira 
de Normas Técnicas). Segundo Lakatos e 
Marconi (2008, p. 83):
Pós-Graduação | Unicesumar
19
Todas as ciências caracterizam-se pela 
utilização de métodos científi cos; em con-
trapartida, nem todos os ramos de estudo 
que empregam estes métodos são ciên-
cias. Dessas afi rmações podemos concluir 
que a utilização de métodos científi cos não 
é da alçada exclusiva da ciência, mas não 
há ciência sem o emprego de métodos 
científi cos. 
O método é o conjunto das atividades 
sistemáticas e racionais que, com maior 
segurança e economia, permite alcançar o 
objetivo – conhecimentos válidos e verda-
deiros –, traçando o caminho a ser seguido, 
detectando erros e auxiliando as decisões 
do cientista. História do Conhecimento 
Científi co Reprodução proibida (Art. 184 
do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fe-
vereiro de 1998, p. 30-31).
Observamos em nossa introdução que, 
desde os remotos tempos do início das civi-
lizações, houve a preocupação em descobrir 
e, com isto, buscar explicar e refl etir as ques-
tões advindas da própria natureza, quando 
as principais preocupações humanas rela-
cionavam-se às forças da natureza, da qual a 
humanidade vivia à mercê. Tal conhecimen-
to denominado mítico detinha-se a refl exões 
sobre os fenômenos naturais, como raios, 
trovoadas, chuvas, seca etc., atribuindo-
-os a entidades sobrenaturais ou deuses. A 
verdade sobre todas as coisas era impregna-
da de conceitos supra-humanos, atribuídos 
essencialmente a “forças sobrenaturais”. 
Tais fenômenos aliados ao caráter trans-
cendental do conceito de morte passam a 
ser explicados pelo conhecimento religioso, 
adotando um caráter puramente dogmático, 
baseado em revelações da divindade, numa 
tentativa de esmiuçar os acontecimentos 
por meio de
causas primeiras – os deuses –, sendo o 
acesso dos homens ao conhecimento 
derivado da inspiração divina. O caráter 
sagrado das leis, da verdade, do conheci-
mento, como explicações sobre o homem 
e o universo, determina uma aceitação sem 
crítica dos mesmos (LAKATOS; MARCONI, 
2008, p. 84). 
Dessa forma, desloca-se o olhar para uma 
explicação que converge para a natureza da 
divindade. 
Por sua vez, o conhecimento fi losófi co 
tem por intenção investigar racionalmente 
a natureza, numa tentativa de “captar a es-
sência imutável do real” (LAKATOS; MARCONI, 
2008, p. 84), por meio do entendimento das 
leis que regem a natureza propriamente dita. 
Já o senso comum, diretamente relacio-
nado à visão religiosa e a este conhecimento 
fi losófi co, levou a humanidade às questões 
amplas do universo. Apenas por volta do 
século XVI é que se começou a pensar num 
conhecimento que fosse ao encontro das 
necessidades reais, por meio de métodos, 
observação científi ca e raciocínio lógico. 
Metodologia da pesquisa
20
Método indutivo 
Sendo qualificada como um processo mental, 
a indução parte de uma verdade particular 
para uma verdade universal. De acordo com 
Cervo e Bervian (1978, p. 25), 
pode-se afirmar que as premissas de um 
argumento indutivo correto sustentam 
ou atribuem verossimilhança à sua con-
cussão. Assim, quando as premissas são 
verdadeiras, o melhor que se pode dizer 
é que a sua concussão é, provavelmente, 
verdadeira. 
Por exemplo: 
A manga é doce. 
A uva é doce. 
O melão é doce.
A manga, a uva e o melão são frutas.
Logo, toda a fruta é doce. 
Segundo Lakatos e Marconi (2008), é preciso 
considerar três elementos fundamentais para 
toda a indução: a observação dos fenôme-
nos, a descoberta da relação entre eles e a 
generalização da relação. 
Método dedutivo 
No método dedutivo, somente a razão pode 
levar ao que se chama “conhecimento verda-
deiro” ou real. Parte do pressuposto de que 
um determinado fato é verdadeiro e, con-
sequentemente, inquestionável (premissa 
maior), para uma proposição particular (pre-
missa menor) e, a partir de raciocínio lógico, 
chega-se a real verdade daquilo que estabe-
lece (conclusão). Por exemplo: 
Todo humano é mortal. 
Maria é humana. 
Logo, Maria é mortal. 
De acordo com Salmon (1993, p. 30), duas 
características distinguem claramente o que 
é dedutivo e indutivo: 
Dedutivo 
• Se todas as premissas são verdadeiras, 
a conclusão deve ser verdadeira.
• Toda a informação ou conteúdo 
fatual da conclusão já estava, 
pelo menos, implicitamente, nas 
premissas. 
Indutivo 
• Se todas as premissas são verdadeiras, 
a conclusão é provavelmente 
verdadeira, mas não necessariamente 
verdadeira. 
• A conclusão encerra informação que 
não estava, nem implicitamente, nas 
premissas. 
Método hipotético 
dedutivo 
Popper (1974, p. 14) distingue o que consi-
dera método científico ressaltando que ele 
havia “tentado desenvolver a tese de que o 
método científico consiste na escolha de pro-
blemas interessantes e na crítica de nossas 
permanentes tentativas experimentais e pro-
visórias de solucioná-los”, apresentando o 
seguinte esquema: 
Pós-Graduação | Unicesumar
21
Observa-se que o problema nasce do co-
nhecimento prévio que a pessoa apresenta 
sobre o assunto, originando conjecturas, pos-
síveis soluções, dedução de consequências 
em forma de proposições que possibilitam 
testes, finalizando-se o processo nos testes de 
falseamento, ou seja, tentativas de se refutar 
o conhecimento recém-adquirido por meio 
de experimentação e observação do fenôme-
no. Assim, se as conjecturas ou hipóteses não 
são aprovadas nos testes, ela estará falseada 
e pode ser refutada, exigindo a construção 
de novas hipóteses para o problema. 
Método dialético 
Podemos conceber a dialética como a arte 
do diálogo. Popper (1974) exalta que é no 
diálogo e no confronto de ideias e opini-
ões que a ciência se desenvolve, pois só há 
riqueza em um diálogo se houver contraposi-
ções de ideias, em que uma tese é defendida 
e, em seguida, falseada, no que poderíamos 
chamar de debate ou discussão em que é 
possível defender e contrapor diferentes 
conceitos.
Lakatos e Marconi (2008, p. 100) apresen-
tam quatro leis fundamentais para a dialética: 
a. Ação recíproca, unidade polar ou 
“tudo se relaciona”.
b. Mudança dialética, negação da 
negação ou “tudo se transforma”.
c. Passagem da quantidade à qualidade 
ou mudança qualitativa.
d. Interpenetração dos contrários, 
contradição ou luta dos contrários. 
Para a dialética, não se pode analisar as coisas 
como objetos fixos, pois estão em constan-
te movimento. Nada está pronto, finalizado, 
acabado. Tudo permanentemente está se 
transformando, desenvolvendo e, assim, o fim 
de um ciclo ou processo traduz-se no início 
de outro. Importante ressaltar ainda que, 
no método dialético, as coisas não existem 
de forma isolada, desencontrada, perdida. 
Uma coisa está intrinsecamente relaciona-
da à outra, como um todo unido.
fonte: elaborado pelo autor
Metodologia da pesquisa
22
É um conhecimento que se valida na razão, 
mas se baseia essencialmente na fé. Parte 
da dedução, ou seja, de uma realidade uni-
versal, seguindo no sentido de verdades 
particulares. Aceita a existência de divin-
dades (seres superiores), as quais revelam 
as verdades que precisam ser conhecidas. 
Busca explicar dúvidas que a ciência não 
consegue aclarar, como: Existe vida após 
a morte? Como é a eternidade? Há céu e 
inferno? Qual é a defi nição de pecado? O 
que pode acontecer com quem pecou? 
conhecimento religioso ou teológico
Pós-Graduação | Unicesumar
23
Aciência conceitua-se como uma ampla sistematização do conheci-mento,a qual incorpora diversas 
proposições que se inter-relacionam a respei-
to de determinado fato ou fenômeno que se 
busca estudar. De acordo com Trujillo Ferrari 
(apud LAKATOS; MARCONI, 2008, p. 80), “a 
ciência é todo um conjunto de atitudes e 
atividades racionais, dirigidas ao sistemático 
conhecimento com objeto limitado, capaz 
de ser submetido à verifi cação”.
De acordo com Lakatos e Marconi (2008, 
p. 80),
as ciências possuem
a. Objetivo ou fi nalidade: preocupação 
em distinguir a característica comum 
ou as leis gerais que regem determina-
dos eventos.
b. Função: aperfeiçoamento, através do 
crescente acervo de conhecimentos, da 
relação do homem com o seu mundo.
c. Objeto: subdividido em:
• Material, aquilo que se pretende estudar, 
analisar, interpretar ou verifi car, de modo 
geral.
• Formal, o enfoque especial, em face das 
diversas ciências que possuem o mesmo 
objeto material.
ciência
A comunidade científi ca desloca a ciência do 
olhar dos processos sociais e, com isso, tira 
de si o compromisso pelo uso dos resultados 
alcançados pelas pesquisas. Depois do uso 
sistemático das ciências e das tecnologias na 
construção de instrumentos que serviriam 
à Primeira Guerra, ao período entre guerras, 
assim como à Segunda Guerra Mundial, a co-
munidade científi ca sentiu-se “imoral”, pois, 
pela primeira vez, relacionava-se a pesquisa 
científi ca às questões políticas. 
Os processos que garantem a transfor-
mação do que se chama “conhecimento 
científi co” em tecnologia propriamente dita 
e suas aplicações pela sociedade são origina-
dos de modo linear, principiando-se com o 
conceito de ciência até a produção de bem-
-estar social.
Essa concepção de ciência, como busca 
da verdade por meio da razão e da expe-
rimentação, com o objetivo de garantir 
a extensão do conhecimento verifi cado, 
conforme Merton (1938 – 1973), também 
coloca o conteúdo do conhecimento fora 
dos limites da análise sociológica. De acordo 
com essa concepção, o conhecimento cien-
tífi co só pode ser produzido por cientistas 
concepção de
Metodologia da pesquisa
24
especificamente treinados para produzir co-
nhecimento objetivo. 
Para justificar que pessoas carregadas 
de interesses e sujeitas às relações sociais 
e influências culturais mais variadas sejam 
capazes de produzir conhecimento objeti-
vo, é fundamental a contribuição seminal 
de Robert Merton sobre as normas da 
ciência. Essas, que são chamadas de uni-
versalismo, comunismo, desinteresse e 
Além de objetiva, a ciência é 
vista como a base, a origem 
da tecnologia. Essa, por 
sua vez, é uma forma de 
conhecimento subordinada 
e dependente da ciência. O 
processo de transformação 
d o c o n h e c i m e n t o 
científico em tecnologia 
e sua apropriação pela 
sociedade são concebidos 
de forma linear, iniciando-
se com a ciência até 
produzir bem-estar social 
(ciência básica, ciência 
aplicada, desenvolvimento 
tecnológico, inovação, 
difusão da inovação, 
crescimento econômico e 
benefício social). Por essa 
razão, esse paradigma foi 
denominado de “ciência 
como motor do progresso”, 
tudo se inicia com a ciência.
Uma das principais evidên-
cias dessa visão da relação 
entre CTI e sociedade foi o 
documento elaborado por 
Vannevar Bush, a pedido do 
Presidente Roosevelt, dos 
EUA - entregue ao Presiden-
te Truman, em 1945, e que se 
constituiu, posteriormente, 
em um símbolo desta con-
cepção: o célebre Science: 
the Endless Frontier. Nele, 
detalha-se o fundamento do 
chamado modelo linear de 
inovação, em que se idealiza-
va a ciência como uma “fron-
teira sem fim”. Esses conceitos 
passaram a ser a base de um 
novo contrato social entre a 
comunidade científica e o Es-
tado (Ronayne, 1984). Essa 
visão exprime uma fé quase 
religiosa na ciência, no poder 
da ciência para a solução de 
problemas (Dickson, 1988:3).
ceticismo organizado, modelam e nor-
matizam o comportamento esperado dos 
membros da comunidade de pesquisa, 
para garantir a produção de conhecimen-
to livre de valores e de influências sociais. 
Para o trabalho de Merton, contribuíram 
vários de seus discípulos, que estenderam 
as normas e as testaram empiricamente 
(Norman Storer, Barber, Jonathan e Steven 
Cole, Harriet Zuckerman).
Pós-Graduação | Unicesumar
25
Organizado o plano de ação, o próximo passo consiste em le-vantar e identificar que fontes 
serão capazes de fundamentar as respos-
tas que buscamos com o desenvolvimento 
de nosso trabalho. Elas são muito parecidas 
com a revisão de bibliografia, distinguindo-se 
apenas por aquela não ser considerada a de-
finitiva. Para essa fase, o auxílio do orientador 
identificando
as fontes para a pesquisa
é essencial, pois ele conhece quem são os 
autores primordiais que já têm publicações 
acerca do tema e que não podemos deixar 
de consultar e ler.
Além dos livros já anteriormente citados, 
pode-se fazer uso de obras de referência, 
monografias, dissertações e teses, periódicos 
científicos, anais de congressos, periódicos 
indexados e internet.
Metodologia da pesquisa
26
Antes de iniciar o processo de exploração das 
fontes, é preciso rever a estrutura pensada e 
anunciada no projeto de pesquisa. Tais ideias 
serão o roteiro para que melhor se desenvol-
va a atividade investigativa. Nessa fase, nem 
tudo que foi separado para dar embasamen-
to a pesquisa será necessariamente utilizado. 
Inicia-se o processo de triagem, buscando 
ler, inicialmente, o que há de mais novo e 
geral sobre o tema, para depois proceder a 
leitura de material mais antigo e particular. O 
material recente oferece uma retomada das 
contribuições de outros autores que já se de-
bruçaram sobre o assunto. Se o pesquisador 
achar viável, pode lançar mão do material 
citado. O material generalista – enciclopé-
dias, dicionários, obras antigas - possibilitará 
uma ampla visão ao pesquisador, que poderá, 
nessa fase, decidir quais rumos a pesquisa irá 
tomar, explorando, então, os trabalhos mais 
especializados sobre aquele assunto.
LEITURA E ANÁLISE TEXTUAL
A leitura constitui-se em fator decisivo 
de estudo, pois propicia a ampliação 
de conhecimentos, a obtenção de in-
formações básicas ou específicas, a 
abertura de novos horizontes para a 
mente, a sistematização do pensamen-
to, o enriquecimento do vocabulário e 
o melhor entendimento do conteúdo 
das obras.
Continue a leitura em: 
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina 
de Andrade. Metodologia científica. 
6. ed., rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 2008.
literatura corrente
De modo geral, sabemos que os livros incluem 
tanto gêneros literários (romances, crônicas, 
poesia etc.), quanto obras que se propõem 
a evidenciar conhecimentos científicos ou 
técnicos. São obras que incluem reflexões 
teóricas e apresentam conhecimentos e sub-
sídios para a elaboração de um trabalho de 
pesquisa e que comunicam, de modo sis-
temático, os assuntos que se relacionam a 
certos campos do conhecimento ou, ainda, 
divulgam resultados de pesquisa.
obras de referência
São as enciclopédias, dicionários, manuais e 
tratados temáticos, que não se objetiva ler do 
princípio ao fim. Oferecem vasto material de 
pesquisa, mas deve-se tomar cuidado com 
a atualidade da obra. Por serem materiais 
caros, não se faz possível reedição constante, 
sendo, portanto, muitas vezes, considerados 
desatualizados, oferecendo informações se-
dimentadas, porém, distantes da evolução 
ou progresso do tema em questão.
artigos de periódicos 
Por meio dos periódicos científicos, a comu-
nicação formal de resultados de pesquisas 
torna-se possível. Os periódicos apresentammaior rapidez na publicação, preço acessí-
vel e informação atualizada, sendo bastante 
comuns para embasar trabalhos científicos. 
Muitos periódicos estão disponíveis na inter-
net, cabendo ao pesquisador distinguir fontes 
Pós-Graduação | Unicesumar
27
fidedignas. São obras que possuem uma 
versão impressa e que se mantêm no formato 
de fascículos. Mais adiante, ainda neste capí-
tulo, vamos expor algumas fontes confiáveis 
para a realização de pesquisas científicas.
monografias, 
dissertações e teses
Essas fontes se constituem em importan-
tes subsídios para a pesquisa, apresentando 
investigações científicas apuradas ou revi-
sões bibliográficas altamente qualificadas, 
quando bem orientadas. Cabe ao pesqui-
sador despender um olhar crítico sobre tais 
publicações, verificando a procedência da 
instituição de origem do autor.
anais de congressos
Anais de eventos científicos reúnem um con-
junto de trabalhos apresentados, palestras, 
mesas redondas e conferências, ocorridos 
em determinado encontro, congresso ou 
seminário, sendo publicados em forma im-
pressa ou meio eletrônico. Os anais abrangem 
conteúdo confiável, uma vez que, para que 
um trabalho seja publicado em um evento, 
passará por uma banca de qualificação.
internet
A Internet tornou-se uma fonte de consulta 
rápida, barata e relativamente confiável, na 
medida em que o pesquisador saiba fazer uso 
correto dela, no garimpo de informações. O 
pesquisador pode navegar à vontade e colher 
elementos para compor seu trabalho, trocar 
informações com outros pesquisadores e 
eliminar barreiras espaço-temporais. Mas é 
preciso estar ciente de que nem tudo que 
está disponível na rede é verdadeiro, o que 
constitui no maior problema a ser enfrentado 
pelo pesquisador. No “Saiba Mais”, que segue 
o tópico “Localização das fontes”, disponibili-
zamos alguns importantes sites que podem 
ser utilizados em suas pesquisas.
localização das fontes
A biblioteca é, por excelência, o local privilegia-
do para localização de fontes de pesquisa e o 
bibliotecário pode auxiliar o pesquisador nessa 
tarefa, indicando a localização dos livros, dos 
periódicos e ainda fontes eletrônicas confiáveis.
Ao consultar livros em uma biblioteca, o 
usuário deve fazer uso do catálogo (real ou 
virtual), buscando fontes que estarão à dispo-
sição por autor, título da obra ou assunto. Em 
geral, a busca é realizada por assunto, já que 
nem sempre se sabe o autor ou o título da obra. 
O acervo é disposto nas estantes da bi-
blioteca, de acordo com o assunto da obra. 
Se o pesquisador estiver com dúvidas sobre 
o melhor livro, pode solicitar ao bibliotecário 
que lhe indique em qual estante está aquele 
assunto, recolhendo algumas obras que consi-
dere importante e realizando uma leitura rápida 
do sumário, das orelhas e da contracapa do livro, 
antes de se decidir sobre qual levar para casa, 
uma vez que todas as bibliotecas restringem o 
número de volumes que se pode emprestar.
Metodologia da pesquisa
28
Se você conseguir escolher os livros que 
deseja pelo catálogo, deve anotar o seu 
“número de chamada” que é aquele bloco 
de números que estarão na etiqueta da 
lombada do livro. Esse número é compos-
to, em sua primeira linha, pelo código de 
classifi cação (que o defi nirá pelo assunto e, 
por isso, todos os livros do mesmo assunto 
estarão juntos na estante), na segunda linha, 
pelo número de Cutter (que representa o 
sobrenome do autor) e, em sua terceira 
linha, pode estar ou o ano da obra, ou o 
número do volume, variando de bibliote-
ca para biblioteca.
Por exemplo, você está procurando 
um livro de fundamentos de metodologia 
científi ca. Ao procurar no catálogo eletrô-
nico, irá escrever na caixa de diálogo da 
biblioteca “fundamentos de metodologia 
científi ca”:
Pesquisando em Livros
Verifi que que, nesse exemplo, surgiram 6 
títulos (o local está circulado à esquerda). 
O número que aparece logo após a re-
ferência completa é o número de chamada, 
que estará na lombada do livro
Pós-Graduação | Unicesumar
29
As revistas ou periódicos são excelentes 
fontes de consulta, pois, por serem de mais 
fácil publicação que o livro, tendem a apre-
sentar os assuntos de modo mais atualizado. 
Para pesquisar periódicos na biblioteca, 
escreva o assunto a ser pesquisado, como 
para a pesquisa de livros, e, ao lado esquer-
do, clique sobre tipo de obra:
pesquisando em revistas
Vamos entender:
0 0 1 . 4 2
C 7 5 8 f
2 0 1 2
Na primeira linha, fi gura o código 
de classifi cação desse livro, defi nindo o 
assunto. Todos os livros sobre fundamen-
tos da metodologia científi ca estarão juntos 
na estante, guiados por tal número. Na 
segunda linha, temos a notação de autor, 
que contém a primeira letra do sobreno-
me do autor, no caso, Carvalho, seguido 
de 758 (retirado da tabela Cutter, criada 
especifi camente para esse fi m) e a primei-
ra letra do título do livro em minúsculo “f” 
de Fundamentos. A terceira linha apresen-
ta o ano do livro.
Escolha no menu à esquerda “periódicos” e 
escolha qual deles quer pesquisar.
Muitos periódicos também já estão 
disponíveis na Internet em formato 
Metodologia da pesquisa
30
digital. A Capes, no endereço eletrônico 
<http://www.periodicos.capes.gov.br/>, 
oferece um portal de periódicos bem inte-
ressante e de fácil acesso:
Coloque o assunto a ser pesquisado na caixa 
“buscar assunto”. Aparecerá uma lista de re-
ferências. Escolha a que mais se aproxima de 
sua pesquisa e o assunto será encaminhado 
para o endereço da revista que o contempla 
com o artigo completo.
A biblioteca eletrônica scielo compre-
ende 322 periódicos científicos brasileiros, 
sendo 275 títulos correntes e 47 não corren-
tes (que sofreram interrupção ou mudaram 
de nome). Essa biblioteca é fruto de uma 
parceria estabelecida entre a Fundação de 
Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo 
– FAPESP – e o Centro Latino-Americano e do 
Caribe de Informação em Ciências da Saúde 
– BIREME. Desde o ano de 2002, o Conselho 
Nacional de Desenvolvimento Científico e 
Tecnológico – CNPq - passou a apoiar o 
Projeto. Os periódicos foram distribuídos 
de acordo com áreas do conhecimento, a 
saber: Ciências Agrárias, Ciências Biológicas, 
Ciências da Saúde, Ciências Exatas e da 
Terra, Ciências Humanas, Ciências Sociais 
Aplicadas, Engenharias, Linguística, Letras 
e Artes. O endereço eletrônico é <http://
www.scielo.br>. 
Pós-Graduação | Unicesumar
31
Para pesquisar no site, comece escolhendo 
o idioma na barra ao lado esquerdo. Depois, 
você pode optar por um periódico específico 
ou por um artigo. Em periódicos, você tem 
as opções: lista alfabética, lista por assunto e 
pesquisa por títulos. Já em artigos, você pode 
optar por: índice de autores, índice de assun-
tos ou pesquisa de artigos. É muito simples 
de utilizar e altamente confiável.
Se digitarmos “fundamentos de metodolo-
gia da pesquisa científica”, entre aspas, este 
número cai para 113 mil:
pesquisando na internet
Contemporaneamente, a Internet vem ofe-
recendo riquíssimo acervo para pesquisa, 
necessitando apenas de que o usuário saiba 
como utilizá-la com prudência. Os sites de 
busca contribuem para que possamos nos 
localizar no mar de informações disponível, 
mas também é importante que saibamos 
como utilizá-los, pois, se digitarmos apenas a 
palavras-chave no quadro de busca, pode ser 
que a resposta ofereça milhares de páginas 
com aquele conteúdo.
A forma mais prática de “enxugar” tantas 
opções é colocar os termos que se busca 
entreaspas. Isso diminui consideravelmen-
te a quantidade de páginas. Por exemplo, se 
digitarmos fundamentos de metodologia da 
pesquisa científica, o site de busca retorna 
com mais de dois milhões de resultados:
Metodologia da pesquisa
32
Agora, vamos experimentar o google acadêmico:
Caiu para quatro resultados, selecionando 
apenas arquivos de artigos publicados em 
eventos, periódicos e textos científicos.
Experimente com seu nome. Primeiro 
coloque sem aspas e, depois, insira as aspas 
antes e depois do nome. Depois, pesquise 
no Google Acadêmico também.
Pós-Graduação | Unicesumar
33
Muitas bibliotecas dispõem de assinaturas 
de bases de dados, que armazenam infor-
mações em CD-ROM ou possibilitam seu 
acesso via Internet. Nelas, o usuário pode 
fazer buscas por assunto, por periódico, ou 
por meio de palavras-chave. Algumas dessas 
bases contêm apenas referências bibliográfi-
cas e resumos, não se distinguindo, portanto, 
dos periódicos de indexação e resumo, a não 
ser pelo suporte eletrônico. Outras oferecem 
textos completos de livros, teses, artigos de 
periódicos, relatórios de pesquisa e outras 
fontes bibliográficas. As bases internacionais 
mais conhecidas em sua área de estudo são:
ECONLIT – Economia e administração. 
A American Economic Association mantém 
essa base com referências bibliográficas e 
resumos, selecionados de artigos de perió-
dicos, livros, teses e trabalhos de congressos. 
Inclui Abstracts of working papers in econo-
mics, da Cambridge University Press, Index of 
Economic Articles in Journals e o texto com-
pleto das resenhas de livros publicadas no 
Journal of Economic Literature. Cobre as áreas 
de desenvolvimento econômico, previsões, 
história, teoria fiscal, teoria monetária, institui-
ções financeiras, finanças públicas e privadas, 
economia internacional, regional, agrícola 
e urbana, estudos sobre países específicos, 
trabalho, demografia e assistência à saúde.
PROQUEST DIRECT – É uma base 
interdisciplinar que cobre áreas como con-
tabilidade, publicidade, negócios, finanças, 
saúde, investimentos, sociologia, tecnolo-
gia e telecomunicações. Contém mais de 
2.000 publicações periódicas e 27 periódi-
cos dos EUA. Seus anos de cobertura variam 
segundo a fonte. Em geral, as publicações pe-
riódicas estão indexadas desde 1971 e com 
texto completo, a partir de 1988.
ORIENTADOR – IBBE – bibliografia es-
pecializada em Economia, com informações 
atualizadas mensalmente. Tem como objetivo 
o apoio à pesquisa e aos estudos econômi-
cos. Inclui livros, periódicos e uma seção com 
os principais eventos da área. Disponível em: 
< http://www.orientador.com.br/>. 
SCIELO – SCIENTIFIC ELETRONIC 
LIBRARY ONLINE – É uma biblioteca virtual 
piloto que abrange uma coleção seleciona-
da de periódicos científicos brasileiros, com 
base hospedada na Fapesp. Apresenta textos 
completos de artigos nas áreas de ciências 
sociais, psicologia, engenharia, química, ma-
teriais, saúde, biologia, botânica, veterinária 
e microbiologia. 
Disponível em: <http://www.scielo.br/>.
Pesquisa em base de dados
Metodologia da pesquisa
34
Tal qual conversar com um arquiteto sobre as possibilidades que se tem ao pensar na construção de uma casa, 
desejando que ele desenhe um projeto 
que, ao mesmo tempo em que pretende a 
realização do sonho, caiba no bolso, o pes-
quisador, antes de realizar uma pesquisa, 
precisa desenvolver um projeto que contem-
ple suas expectativas e que seja realizável. É 
o momento do planejamento do que se pre-
tende com a realização da pesquisa. 
O projeto não é algo fi xo. No decorrer da 
pesquisa, você pode querer alterar seus ob-
jetivos, enfocando outros temas que melhor 
evidenciem o que pretende pesquisar, ou, 
ainda, escolher outros autores para compor 
o quadro de referências teóricas. Nessa fase, 
você fará leituras, análises e escolhas, então, 
tudo é possível.
Por outro lado, o projeto não pode jamais 
ser confundido com o trabalho em si: o TCC 
ou trabalho de conclusão de curso (artigo, 
monografi a, dissertação ou tese). O projeto 
é uma fase da pesquisa, mas não é ele que 
vai ser publicado, divulgado. No trabalho 
fi nal, por exemplo, não é necessário fazer 
um capítulo de fundamentação ou quadro 
teórico, porém, é esse quadro desenha-
do no projeto que dará embasamento 
aos capítulos, permitindo que o leitor se 
dê conta dos autores que fundamenta-
ram o trabalho.
É o projeto que vai nortear o pesquisador 
ao longo de todo o processo. Ele compõe-
se, basicamente, dos seguintes passos:
a. Defi nição do tema.
b. Elaboração dos objetivos.
c. Determinação do problema.
d. Formulação das hipóteses.
e. Explicitação da justifi cativa.
f. Escolha da metodologia.
g. Fundamentação teórica.
h. Elaboração do cronograma.
Vamos, agora, verifi car de que modo é possível 
desenvolver cada um desses passos e a impor-
tância deles para a execução de uma pesquisa.
PASSOS PARA O
DE UMA PESQUISA
desenvolvimento
Pós-Graduação | Unicesumar
35
definição do tema
Ao selecionar o tema que pretende pesquisar, 
algumas competências se fazem imprescindí-
veis ao autor. Vamos enumerar algumas delas:
a. Relação pesquisador x tema: é muito 
importante que o pesquisador tenha 
alguma intimidade com o tema que 
pretende pesquisar, caso contrário, 
não sabe nem por onde começar seu 
trabalho. Portanto, antes de se propor 
a pesquisar qualquer tema, são neces-
sárias muitas leituras e discussões que 
despertem o interesse do pesquisador. 
Se for um trabalho que demande mais 
tempo, como uma dissertação ou uma 
tese, caberá ao autor a tarefa de se 
deparar diariamente com livros, repor-
tagens ou artigos, por um ano ou mais. 
Imagine fazer isso sem gostar ou ter 
intimidade com o assunto escolhido?
b. Curiosidade epistemológica: a 
curiosidade é o desejo de aprender, 
de descobrir, de saber sobre algum 
objeto. Para isso, tal “objeto” deve 
despertar o interesse do pesquisa-
dor, fazendo-o indagar sobre todos 
os aspectos que o compõem. A epis-
temologia, como já vimos, é a relação 
que se estabelece entre um sujeito e 
um objeto, ainda que esse objeto seja 
o próprio sujeito.
c. Pensamento criativo: fazer sempre 
o mesmo percurso entre a casa e o 
trabalho, por exemplo, não permite 
a expressão da criatividade, pois 
o sujeito o faz automaticamente. 
Possibilitar a expressão da criatividade 
exige se propor a pensar um mesmo 
problema sobre outros prismas, ima-
ginando diversas soluções, por mais 
estranhas que pareçam em um pri-
meiro momento.
d. Honestidade intelectual: ao realizar 
um trabalho de pesquisa, é necessário 
ser muito fiel aos autores lidos. Sempre 
que utilizar ideias, textos, conceitos de 
outros autores, estes devem, obriga-
toriamente, ser citados, seja em forma 
de paráfrase, seja em forma de citação 
literal (como veremos neste livro mais 
adiante). Utilizar conceitos de outros 
autores sem citá-los é caracterizado 
como plágio, é um “roubo” de ideias e, 
como tal, deve ser punido. Sabemos o 
quanto é difícil produzir um texto. Às 
vezes, debruçamo-nos por horas sobre 
um papel em branco para produzir 
algumas poucas linhas. Imagine ver 
essas linhas que você produziu assina-
das por outra pessoa? Nada agradável, 
não é mesmo?
e. Autocorreção: ao se propor a escrever 
um texto, é necessário ir refazendo a 
leitura dele durante sua tessitura, para 
verificar se ficou inteligível, se está com 
as ideias concatenadas, se faz sentido 
ao leitor. Por vezes, escrevemos para 
“cumprir protocolo” e acabamos não 
relendo a produção.Resultado: o texto 
pode ficar truncado, sem sentido para 
o consumidor final, que é o leitor. É 
preciso sempre ter a preocupação em 
Metodologia da pesquisa
36
oferecer um texto claro, coeso, coe-
rente e lógico.
f. Paciência: difi cilmente acertamos na 
escrita de um texto em uma primeira 
tentativa. Comumente produzimos um 
parágrafo, lemos, apagamos algumas 
partes, reescrevemos, relemos, procu-
ramos outros autores, apagamos tudo, 
escrevemos novamente... É um exercí-
cio de paciência e, como tal, deve ser 
respeitado. Um texto só é bom o sufi -
ciente quando lemos e gostamos do 
que foi produzido, portanto, nada de 
pressa. Se for para produzir qualquer 
coisa, melhor nem começar.
A pesquisa bibliográfi ca, tal qual qualquer 
tipo de pesquisa, só se faz possível a partir 
da escolha de um tema. Para isso, sugiro 
aos alunos que “revisitem” suas anotações 
nos cadernos, nos textos lidos, relembrem 
as aulas dadas e mantenham foco naquilo 
que mais lhes chamou a atenção de tudo o 
que ouviram ou leram. É aí que “mora” o inte-
resse do pesquisador. É necessário haver um 
vínculo de interesse entre o pesquisador e o 
tema a pesquisar, visto que será necessário 
um longo período de relação entre ambos, 
necessitando de energia e vontade para 
cumprir com a tarefa proposta.
O orientador do trabalho também desen-
volve importante papel, pois é ele quem vai 
dar o caminho ao aluno para que ele percor-
ra. Portanto, orientando e orientador devem 
ser partícipes das mesmas discussões. Gil 
(2009, p. 60) analisa que
Para escolher adequadamente um tema, 
é necessário ter refl etido sobre diferentes 
temas. Assim, algumas perguntas poderão 
auxiliar nessa escolha, tais como: Quais os 
campos de sua especialidade que mais 
lhe interessam? Quais os temas que mais 
o instigam? De tudo o que você tem 
estudado, o que lhe dá mais vontade de 
se aprofundar e pesquisar?
Conforme se observa, é imprescindível que 
o aluno sinta-se motivado a ler e debater 
sobre o tema escolhido, procurando res-
postas, esclarecendo conceitos, dirimindo 
dúvidas, e isso se torna muito mais prazero-
so, se houver, de fato, interesse pelo assunto. 
Para delimitar um tema, é preciso verifi car 
qual é a abordagem dele que mais interes-
sa ao pesquisador e sobre a qual mais se 
tem afi nidade.
Lembre-se: tema é diferente de título. 
Claro que os dois, obrigatoriamente, estão 
intrinsicamente relacionados, porém, o título 
do trabalho pode ser atribuído no fi nal, após 
todo o processo de pesquisa, enquanto o 
tema é o primeiro a ser defi nido.
elaboração dos 
objetivos da pesquisa
Os objetivos propostos para o trabalho 
de pesquisa é que vão defi nir o problema 
sobre o qual o autor pretende se debruçar 
e a forma pela qual pretende encontrar e 
propor soluções. Obrigatoriamente, os obje-
tivos começam com um verbo no infi nitivo 
e se dividem em objetivo geral e objetivos 
específi cos.
Pós-Graduação | Unicesumar
37
a. O objetivo geral é aquele que visa de-
terminar a que propósito a pesquisa 
será realizada. Cervo e Bervian (2002, 
p. 83) alertam que “em pesquisas bi-
bliográficas em nível de graduação, os 
propósitos são essencialmente aca-
dêmicos, como mapear, identificar, 
levantar, diagnosticar, traçar o perfil 
ou historiar determinado assunto”. 
b. Objetivos específicos: nesse caso, 
deve-se pensar no aprofunda-
mento que se deseja dar ao tema. 
Normalmente, para dar equilíbrio ao 
trabalho, cada objetivo específico, de-
terminado pelo autor, dará origem a 
um capítulo do trabalho. Portanto, 
é imprescindível pensar estrategica-
mente em um pequeno sumário, ao 
propor os objetivos específicos.
Outro ponto importante a destacar é que, ao 
definir os objetivos, devemos pensar nos ob-
jetivos que pretendemos atingir com aquele 
trabalho. É muito comum que os pesquisado-
res pouco experientes proponham objetivos 
práticos impossíveis de serem alcançados em 
um trabalho científico. Por exemplo:
• Organizar as finanças de uma empresa.
• Investir para garantia de um futuro 
estável e próspero.
Sem dúvida, esses dois objetivos são muito 
relevantes, mas são de ordem prática. Um tra-
balho de pesquisa não consegue atingir tais 
objetivos. Portanto, mais uma vez, a escolha 
do verbo fará toda a diferença. Procure se ater 
a verbos como: distinguir, conceituar, definir, 
identificar, propor, sugerir, levantar, mapear, 
diagnosticar, historiar, verificar.
determinação do 
problema de pesquisa
Após a escolha do tema e dos objetivos a serem 
desenvolvidos, cabe ao pesquisador transfor-
mar o tema em um problema para o qual se 
buscará apontar soluções. O tema deve ser pas-
sível de questionamento, portanto, o problema 
deve ser redigido em forma de pergunta e estar 
intimamente relacionado ao objetivo geral que 
se pretende atingir, a partir das leituras e das 
interferências realizadas pelo pesquisador.
As perguntas devem ser formuladas 
de tal forma que haja possibilidade de 
respostas, utilizando a pesquisa. 
Nunca se passa diretamente da escolha 
do tema à coleta de dados, pois as 
vantagens da formulação do problema 
são inegáveis:
a. Delimita, com exatidão, qual tipo 
de resposta deve ser procurada.
b. Leva o pesquisador a uma reflexão 
benéfica e proveitosa sobre o 
assunto.
c. Fixa, frequentemente, roteiros 
para o início do levantamento 
bibliográfico e da coleta de dados.
d. Auxilia, na prática, a escolha de 
cabeçalhos para o sistema de 
tomada de apontamentos.
e. Discrimina com precisão os 
apontamentos que serão tomados, 
isto é, todos e tão somente aqueles 
que respondem as perguntas 
formuladas (CERVO e BERVIAN, 
2003, p. 84).
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro 
Alcino. Metodologia científica. 4. ed. 
São Paulo: Makron Books, 2003.
Metodologia da pesquisa
38
Lembre que encontrar uma solução 
para o problema não é tarefa do pesqui-
sador. Seu mérito é apontar a existên-
cia de um problema e abrir caminhos 
que visem sua solução. O importante, 
conforme aponta o senso comum, não 
é encontrar a resposta, mas saber fazer 
as perguntas adequadas.
formulação de 
hipóteses
A fase de formulação de hipóteses da pesqui-
sa só se faz necessária se o que se pretende 
pesquisar exige uma pesquisa de campo. Em 
pesquisas de cunho bibliográfico, não há a 
necessidade de se estabelecer hipóteses. 
Cervo e Bervian (2003, p. 86) explicitam que:
Em termos gerais, a hipótese consiste em 
supor conhecida a verdade ou explicação 
que se busca. Em linguagem científica, a 
hipótese equivale, habitualmente, à su-
posição verossímil, depois comprovável 
ou denegável pelos fatos, os quais hão 
de decidir, em última instância, sobre a 
verdade ou falsidade dos fatos que se pre-
tende explicar. Ou a hipótese pode ser a 
suposição de uma causa ou de uma lei 
destinada a explicar provisoriamente um 
fenômeno até que os fatos venham con-
tradizer ou afirmar.
A função prática das hipóteses é orientar o 
pesquisador, indicando um caminho a per-
correr. Sendo uma explicação provisória, deve 
ser passível de testes e responder, ainda que 
temporariamente, ao problema apontado.
explicitação da 
justificativa
A justificativa configura a resposta à questão 
“por quê?”. Nessa fase, é preciso refletir e ex-
plicitar as razões que levaram o pesquisador 
a escolher aquele tema, demonstrando toda 
a intimidade e o conforto que o autor tem 
ao versar sobre esse tema.
Segundo Lakatos e Marconi (2008, p. 221), 
a justificativa deve se preocupar em enfatizar:
• O estágio em que se encontra a teoria 
respeitante ao tema;
• As contribuições teóricas que a 
pesquisa pode trazer;• Confirmação geral
• Confirmação na sociedade 
particular em que se insere a 
pesquisa
• Especificação para casos 
particulares
• Clarificação da teoria
• Resolução de pontos obscuros etc.;
• Importância do tema do ponto de 
vista geral
• Importância do tema para os casos 
particulares em questão;
• Possibilidade de sugerir modificações 
no âmbito da realidade abarcada pelo 
tema proposto;
• Descoberta de soluções para casos 
gerais e/ou particulares etc.
A justificativa não deve apresentar citações 
de outros autores, pois se configura na jus-
tificativa pessoal do autor, ressaltando e 
Pós-Graduação | Unicesumar
39
evidenciando as razões e a importância de 
se pesquisar sobre aquele assunto, buscan-
do convencer o leitor de seus objetivos com 
a realização daquele trabalho.
escolha da 
metodologia
Nessa fase do projeto, o autor deve descre-
ver claramente os procedimentos que irá 
realizar, para atingir os resultados propostos 
nos objetivos.
Algumas questões são fundamentais 
para a realização de tal fase: definir o tipo 
de pesquisa que se pretende desenvolver, 
demarcar qual é a população e a amostra a 
ser estudada, descrever como os dados serão 
coletados e, por fim, apresentar a análise de-
talhada dos dados obtidos.
• Tipo de pesquisa: deve-se esclarecer se 
a pesquisa é de natureza exploratória, 
descritiva ou explicativa. Convém, 
ainda, analisar o tipo de delineamento 
a ser adotado (pesquisa experimental, 
levantamento, estudo de caso, 
pesquisa bibliográfica etc.).
• População e amostra: envolve 
informações acerca do universo a ser 
estudado, da extensão da amostra e da 
maneira como será selecionada.
• Coleta de dados: envolve a descrição 
das técnicas a serem utilizadas 
para coleta de dados. Modelos de 
questionários, testes ou escalas 
deverão ser incluídos, quando for o 
caso. Quando a pesquisa envolver 
técnicas de entrevista ou de 
observação, deverão ser incluídos, 
nessa parte, também, os roteiros a 
serem seguidos.
• Análise dos dados: envolve a descrição 
dos procedimentos a serem adotados, 
tanto para análise quantitativa (por 
exemplo: testes de hipótese, testes 
de correlação) quanto qualitativa (por 
exemplo: análise de conteúdo, análise 
de discurso) (GIL, 2009, p. 162).
Após a definição do tipo de pesquisa e da 
população a ser pesquisada, o autor pode 
se utilizar de diferentes técnicas que pos-
sibilitem atingir seu objetivo. Tais técnicas 
apresentam, fundamentalmente, dois eixos, a 
saber: a documentação indireta, que envolve 
a pesquisa documental e a pesquisa biblio-
gráfica, e a documentação direta. De acordo 
com Lakatos e Marconi (2008, p. 224), a do-
cumentação direta se subdivide em:
• Observação direta intensiva, com as 
técnicas da:
• Observação: utiliza os sentidos 
na obtenção de determinados 
aspectos da realidade. Não consiste 
apenas em ver e ouvir, mas 
também em examinar fatos ou 
fenômenos que se deseja estudar. 
Pode ser: sistemática, assistemática; 
participante, não-participante; 
individual; em equipe, na vida real, 
em laboratório;
• Entrevista: é uma conversação 
efetuada face a face, de maneira 
metódica; proporciona ao 
Metodologia da pesquisa
40
Definido o tipo de pesquisa, o pesquisador 
deve descrever detalhadamente a técnica e 
os passos que envolvem sua aplicação, indi-
cando qual é a população e a amostra que 
se vai levantar, como chegou a definição de 
tal amostra e a forma como os dados serão 
tabulados, representados e, posteriormente, 
analisados e interpretados.
A análise dos dados busca evidenciar 
as relações que podem ser compreendidas 
entre o fenômeno que está sendo estudado e 
outros fatores que direta ou indiretamente in-
fluenciam o estudo em questão. É nessa fase 
que as hipóteses já levantadas serão refutadas 
ou confirmadas. Na interpretação, realiza-se 
uma atividade mais ampla de buscar signifi-
cados às respostas encontradas, relacionando 
os dados obtidos à teoria estudada.
Para representar os dados, o pesquisador 
pode optar por tabelas, gráficos, quadros, que 
contribuam tanto para o pesquisador distin-
guir diferenças e estabelecer relações entre 
os dados quanto para facilitar a análise de 
tais dados pelo leitor posteriormente.
entrevistador, verbalmente, a 
informação necessária. Tipos: 
padronizada ou estruturada, 
despadronizada ou não estruturada, 
painel.
• Observação direta extensiva, 
apresentando as técnicas:
• Questionário: constituído por uma 
série de perguntas que devem ser 
respondidas por escrito e sem a 
presença do pesquisador;
• Formulário: roteiro de perguntas 
enunciadas pelo entrevistador 
e preenchidas por ele com as 
respostas do pesquisado;
• Análise de conteúdo: permite a 
descrição sistemática, objetiva 
e quantitativa do conteúdo da 
comunicação;
• História de vida: tenta obter dados 
relativos à “experiência íntima” de 
alguém que tenha significado 
importante para o conhecimento 
do objeto em estudo.
Pós-Graduação | Unicesumar
41
revisão de bibliografia 
Nessa fase da pesquisa, apresentam-se os 
pressupostos teóricos que embasam o estudo 
em questão e sobre os quais o pesquisador 
irá fundamentar tais estudos, lembrando que, 
rigorosamente, nenhuma pesquisa parte do 
nada ou da estaca zero. 
Os autores lidos e escolhidos para compor 
a fundamentação teórica impregnarão de 
legitimidade e autoridade a pesquisa, tornan-
do-a “confiável” aos olhos do leitor. Segundo 
Lakatos e Marconi (2008, p. 227), “a citação das 
principais conclusões a que outros autores 
chegaram permite salientar a contribuição da 
pesquisa realizada, demonstrar contradições 
ou reafirmar comportamentos e atitudes”. 
Portanto, é imprescindível escolher bem as 
fontes de pesquisa, levantando autores que 
se debruçaram sobre o assunto escolhido e, 
portanto, adquiriram autoridade no tema.
Nessa fase, cabe ao autor identificar as 
fontes que irão compor o trabalho e que 
TAREFA FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO
Escrita do projeto de pesquisa
Levantamento bibliográfico 
Seleção de material 
Elaboração de questionários 
Aplicação dos questionários 
Análise de dados 
Redação da introdução 
Redação da metodologia 
Redação do capítulo 1 
Redação do capítulo 2 
Considerações finais 
Referencias bibliográficas 
Entrega do trabalho 
ajudarão na busca de possíveis soluções ao 
problema de pesquisa. As fontes mais co-
nhecidas e utilizadas são, por excelência, os 
livros. Existe, porém, uma gama de materiais 
que pode ser utilizado e que veremos ainda 
neste capítulo, em “levantamento e localiza-
ção de fontes”.
elaboração do 
cronograma
Ao se elaborar o cronograma da pesquisa, 
a pergunta fundamental a ser respondida é 
“quando?”. É preciso estabelecer claramente 
os passos de desenvolvimento da pesquisa, 
atribuindo e prevendo, a cada um, um prazo 
de execução. Esse cronograma pode ser re-
presentado por uma tabela do Excel, que 
indique em suas linhas as fases da pesqui-
sa e em suas colunas o tempo previsto para 
execução.
Metodologia da pesquisa
42
Liste, no fi nal do projeto, todas as referências 
que foram utilizadas em sua composição, 
mas apenas aquelas que foram citadas no 
documento. As demais, aquelas que apenas 
fi zemos leituras, mas não trouxemos para o 
texto, não podem fi gurar. Consulte as normas 
técnicas para elaboração das referências, 
colocando-as em ordem alfabética. É impor-
tante lembrar ainda que a listavai aumentar 
na produção da pesquisa, pois outras fontes 
serão consultadas. No último capítulo deste 
livro, você encontrará as normas técnicas para 
referenciar cada diferente documento que 
incluir em seu trabalho.
referências
Pós-Graduação | Unicesumar
43
relato de
caso
O jurista baiano Paulo de Souza Queiroz, 
Procurador da República e Professor de 
Direito Penal sofreu um grave caso de plágio. 
Tal episódio foi amplamente noticiado por 
jornais impressos de grande circulação do 
país. O livro Teoria Constitucional do Direito 
Penal, de um penalista de São Paulo, conti-
nha cópia de cerca de trinta e oito páginas 
de um trabalho acadêmico do autor baiano, 
que denunciou à imprensa a fraude. O 
penalista-plagiário, então coordenador edi-
torial de uma das mais respeitadas editoras 
jurídicas do país, recebeu, em 1998, origi-
nais de uma obra de Paulo Queiroz, a fi m 
de apreciá-los para uma eventual publica-
ção. Essa não se efetivou, sob o argumento 
de que a obra era “comercialmente inviável”. 
A verdade é que a obra era perfeitamen-
te viável sob o ponto de vista comercial e 
de invejável qualidade acadêmica. O plagi-
ário, professor paulista de Direito Penal, teve 
todos os exemplares de sua obra fraudulenta 
retirados de circulação e ainda pagou uma 
indenização por danos morais e patrimoniais 
ao procurador baiano.
Disponível em: <http://universi-
t a r i o . e d u c a c i o n a l . c o m . b r / d a d o s /
unvAtivComplementares/123810001/
AtivIndicadas/645/O%20pl%C3%A1gio%20
na%20pesquisa%20acad%C3%AAmica.pdf 
>.Acesso em: 5 abr. 2014.
Metodologia da pesquisa
44
Esta Unidade foi um convite a uma viagem no tempo, propondo compreender o significado de 
conhecimento, a partir de uma visão histórica e filosófica, desde a questão dos mitos, até a con-
temporaneidade. A leitura nos permitiu refletir sobre os elementos que se interrelacionam no 
conceito de conhecimento: o sujeito que quer conhecer o objeto, que é aquilo sobre o que se 
quer saber e a imagem mental que resulta da relação estabelecida entre sujeito-objeto, e que 
passa a formar a subjetividade daquele que conhece. Também foi possível estabelecer parâme-
tros de identificação do que seja conhecimento científico, popular, filosófico e religioso.
Outro importante conceito estudado nesta unidade foi o de métodos científicos como 
uma série de passos a percorrer, tendo como objetivo chegar a um conhecimento científico 
e transmiti-lo aos outros, lembrando-se da importância de disseminar o conhecimento ad-
quirido. Abordou-se, ainda, a distinção entre método dedutivo, indutivo, hipotético-dedutivo 
e dialético, apontando conceitos, exemplos e esquemas.
Também buscamos esclarecer as possibilidades de fontes para fundamentar as respostas 
que buscamos em nosso estudo, revendo a estrutura pensada e anunciada no projeto de pes-
quisa. Essas ideias servirão como roteiro para que melhor se desenvolva a atividade investigativa. 
Por fim, além de oferecer perspectivas para a busca das informações que irão compor a 
pesquisa, estejam elas disponíveis em livros, bases de dados online e na própria internet, a 
unidade apresentou os passos para a elaboração do projeto de pesquisa, assim como, de que 
forma apresentar os tópicos que compõem um projeto de pesquisa.
1. Conhecer é ter a oportunidade de 
passar de um estado de desconhe-
cimento a um estado de saber, ainda 
que esse saber seja banal ou incomple-
to, é estabelecer ordem, substituindo 
o caos, é construir diferentes saberes, 
para substituir um estado de ignorân-
cia. Relacione os conceitos dos tipos 
de conhecimento abaixo e depois 
marque a única alternativa correta:
( ) É um conhecimento valorativo, tendo 
seu ponto de partida em hipóteses que 
não são submetidas a nenhuma observa-
ção, não sendo, portanto, verificável. Exige 
um conjunto de enunciados distintamen-
te correlacionados, sendo racional.
( ) É também chamado de racional, porque 
lida com ocorrências ou fatos, valendo-se de 
experimentos, comprovações, observações. 
É um conhecimento sistemático posto que 
atividades de autoestudo
considerações finais
Pós-Graduação | Unicesumar
45
valida e comprova aquilo que quer provar
( ) Também conhecido como senso comum, 
fundamenta-se nas experiências de vida e 
é utilizado desde os primórdios da civiliza-
ção. Trata-se de um saber que se adquire 
por meio das vivências, passado de pai para 
filho, de geração em geração.
( ) Utiliza-se da razão, mas fundamenta-se 
essencialmente na fé. Parte da dedução, 
de uma realidade universal, seguindo no 
sentido de realidades particulares, envolven-
do verdades indiscutíveis e infalíveis. Aceita 
a existência de divindades que revelam 
aos humanos as verdades que precisam 
conhecer.
I) Conhecimento científico. 
II) Conhecimento popular.
III) Conhecimento filosófico.
IV) Conhecimento religioso ou teológico.
a) III, I, II, IV.
b) IV, I, III, II.
c) III, IV, II, I.
d) I, II, IV, III.
2. Ao selecionar o tema que pretende pes-
quisar, algumas competências se fazem 
imprescindíveis ao pesquisador. Entre 
essas competências, podemos citar:
I) Relação pesquisador x tema.
II) Curiosidade epistemológica.
III) Pensamento criativo.
IV) Honestidade intelectual.
a) Apenas as alternativas I e II estão 
corretas.
b) Apenas as alternativas II e IV estão 
corretas.
c) Apenas as alternativas I, III e IV estão 
corretas.
d) Todas as alternativas estão corretas.
3. Após a escolha do tema e dos obje-
tivos a serem desenvolvidos, cabe ao 
pesquisador transformar o tema em 
um problema para o qual se buscará 
apontar soluções. Sobre o problema, 
é correto afirmar que:
I) O problema deve ser redigido em 
forma de pergunta e estar intimamen-
te relacionado ao objetivo geral que 
se pretende atingir.
II) Obrigatoriamente, o problema 
começa com um verbo no infinitivo.
III) O problema delimita, com exati-
dão, qual tipo de resposta deve ser 
procurada.
IV) Só se faz necessário estabele-
cer um problema para a pesquisa se 
houver pesquisa de campo. 
a) Apenas as alternativas I e II estão 
corretas.
b) Apenas as alternativas II e IV estão 
corretas.
c) Apenas as alternativas I e III estão 
corretas.
d) Todas as alternativas estão corretas.
2 CITAÇÕES, REFERÊNCIAS, CLASSIFICAÇÃO DAS PESQUISAS E ANÁLISE DE DADOS OBTIDOS
Professora Dra. Siderly do Carmo Dahle de Almeida
Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará 
nesta unidade:
• Classificação das pesquisas
• Pesquisa bibliográfica
• Pesquisa documental
• Pesquisa experimental
• Pesquisas de campo
• Estudo de caso
• Pesquisa-ação
• Pesquisa participante
• Análise de conteúdo
• Análise dos dados obtidos
• Citações
• Referências
Objetivos de Aprendizagem
• Distinguir os diversos métodos e técnicas que podem 
ser utilizados para coleta de dados em pesquisas.
• Verificar de que modo os dados coletados podem 
ser analisados e apresentados, quando da publica-
ção dos resultados obtidos.
• Compreender a forma correta de grafar citações e re-
ferências, de acordo com as normas técnicas.
No decorrer de qualquer curso, na modalidade a distância, seja de gra-
duação ou de pós, os resultados esperados no processo de ensino e de 
aprendizagem vão depender quase que exclusivamente do empenho 
pessoal do aluno, no cumprimento de suas atividades, fazendo bom uso 
dos subsídios apresentados nas aulas conceituais ou ao vivo, da mediação 
dos professores tutores, dos recursos didáticos e pedagógicos oferecidos 
pela instituição. 
Para tanto, é fundamental que o estudante busque adquirir hábitosde 
estudo e de pesquisa, na condução de sua vida enquanto estudante. Esse 
capítulo abordará alguns pontos importantes, ressaltando, principalmen-
te, “como estudar e desenvolver pesquisas”, com o objetivo de facilitar a 
sistematização do conhecimento apreendido e que resultará no traba-
lho de pesquisa.
A pesquisa na EAD exige, em primeiro lugar, que o aluno esteja conscien-
te de que o resultado do processo depende essencialmente dele mesmo. 
Seja por meio de seu desenvolvimento intelectual, ou ainda pela própria 
natureza que a modalidade EAD exige, as condições inerentes à aprendi-
zagem transformam-se, no sentido de propor ao aluno mais autonomia, 
independência e vontade. Faz-se necessária uma postura de autoestudo 
que deve ser crítica e rigorosa. 
De acordo com Gil (2009, p. 17):
Pode-se definir pesquisa como o procedimento racional e 
sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas 
aos problemas que são propostos. A pesquisa é requerida 
quando não se dispõe de informação suficiente para respon-
der ao problema, ou então quando a informação disponível 
se encontra em tal estado de desordem que não possa ser 
adequadamente relacionada ao problema.
Corroborando Gil, Cervo e Bervian (2002) explicitam que a pesqui-
sa deve se propor a analisar um problema, tendo em vista o que já se 
tem publicado sobre o assunto, conhecendo e analisando as contribui-
ções científicas de outros autores sobre esse assunto, constituindo-se 
como elemento básico para estudos que exijam o domínio do estado 
da arte daquele tema.
É interessante verificar como os autores que se debruçam sobre um 
determinado tema o veem e, principalmente, como escrevem sobre 
ele. É uma oportunidade de estabelecer relações entre o pensamento 
desses autores e o seu pensamento. Lembre-se, porém, que sempre 
que inserir uma citação em seu texto, ela deve ser explicada, ou seja, 
você precisa deixar claro os motivos que o levaram a inserir tal citação 
em seu texto. 
 Ao iniciar suas pesquisas, o estudante precisa ter acesso a livros 
fundamentais para o desenvolvimento de seu trabalho: obras de re-
ferência geral, textos de autores clássicos, textos básicos (dicionários, 
material introdutório ou que aborde a história do tema), revistas científi-
cas e especializadas, enfim, material que abranja a área que se pretende 
estudar. Esses materiais favorecerão a criação de um contexto ou quadro 
teórico que permitirá ampla visão do que se deseja pesquisar.
 Ainda neste capítulo, esclareceremos a importância das cita-
ções e das referências nos trabalhos acadêmicos, buscando orientar 
o modo de apresentá-las corretamente. Para isso, torna-se primordial 
conhecer as normas sobre documentação elaboradas pela Associação 
Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.
A ABNT é uma instituição privada, sem fins lucrativos, fundada no 
início da década de 1940, que tem por função atuar na área de cer-
tificação, sendo o órgão responsável pela normalização técnica em 
nosso país. Atualmente, ela é composta com 53 comitês e três orga-
nismos de normalização setorial que se subdividem em diversas áreas 
do conhecimento.
O Comitê responsável pelas questões de documentação e que, parti-
cularmente, nos interessa aqui, por ser de sua competência as práticas 
adotadas em bibliotecas, centros de documentação e de informação, 
no que diz respeito à adequação de terminologias, serviços e outras 
generalidades, é o CB – 14.
As normas brasileiras de documentação que serão abordadas nesse 
capítulo são:
• NBR 6023:2002 – Informação e Documentação – Elaboração de 
referências.
• NBR 10520:2002 – Informação e Documentação – Apresentação 
de citações.
Metodologia da pesquisa
50 classificação
das pesquisas
Pós-Graduação | Unicesumar
51
As pesquisas exploratórias se ocupam em agregar maior intimidade com o problema em questão, tornando-o 
mais claro e específi co. Elas permitem que se 
considerem diversos aspectos diferentes do 
foco de estudo. Em geral, as pesquisas explo-
ratórias envolvem levantamento bibliográfi co 
e entrevistas com pessoas que tiveram ou 
têm contato com as questões práticas que 
envolvem o problema de pesquisa e permi-
tem a análise de exemplos. 
As pesquisas descritivas têm por escopo 
descrever características de uma população 
ou de um fenômeno, propondo relações entre 
as variáveis. Os questionários e as observações 
sistemáticas são técnicas de coletas de dados 
pertencentes a essa classifi cação de pesquisa.
As pesquisas explicativas buscam identifi -
car as variáveis que determinam a ocorrência 
dos fenômenos, explicando a razão das coisas. 
Elas se valem quase unicamente do método 
experimental, razão pela qual, nas ciências 
sociais, elas se tornam tão difíceis. Opta-se, 
nesse caso, por métodos de observação.
Essa classifi cação permite que se estabe-
leça qual será o marco teórico da pesquisa e, 
para confrontar teoria e prática, faz-se necessá-
rio defi nir qual é o delineamento da pesquisa.
O elemento mais importante para a 
identifi cação de um delineamento é o 
procedimento adotado para a coleta de 
dados. Assim, podem ser defi nidos dois 
grandes grupos de delineamentos: aqueles 
que se valem das chamadas fontes de 
“papel” e aqueles cujos dados são forneci-
dos por pessoas. No primeiro grupo, estão 
a pesquisa bibliográfi ca e a pesquisa do-
cumental. No segundo, estão a pesquisa 
experimental, a pesquisa ex-post facto, o 
levantamento e o estudo de caso. Neste 
último grupo, ainda que gerando certa 
controvérsia, podem ser incluídas também 
a pesquisa-ação e a pesquisa participante 
(GIL, 2007, p. 43).
Essa divisão não deve ser engessada, pois 
muitas pesquisas cabem em mais de um 
modelo, em função de suas características.
a pesquisa bibliográfi ca
Trata-se de uma pesquisa que envolve toda 
a bibliografi a já compartilhada em relação 
ao tema proposto, tendo por principal obje-
tivo colocar o pesquisador em contato com 
tudo que já foi publicado sobre o assunto. Tal 
pesquisa envolve a escolha do material, um 
plano de leitura sistemático, acompanhado 
de um fi chamento e, posteriormente, análise 
e interpretação. Dessa forma, as informa-
ções lidas são processadas pelo pesquisador 
e, acrescidas de seus conhecimentos, pro-
duzem novas refl exões sobre o tema. Essa 
pesquisa dá o suporte necessário para as 
demais técnicas a serem implementadas 
pelo pesquisador, pois auxilia na demar-
cação do problema, na determinação dos 
objetivos, na escolha das hipóteses e na fun-
damentação teórica do estudo. 
O livro é, historicamente e por excelên-
cia, a mais importante fonte bibliográfi ca, 
porém, as publicações periódicas científi cas, 
por serem de mais rápida publicação, são in-
dispensáveis. A internet também se tornou 
Metodologia da pesquisa
52
forte aliada no oferecimento de subsídios para 
a leitura e a escrita, porém, o pesquisador deve 
ter muito cuidado na escolha do material.
pesquisa documental
A particularidade fundamental da pesquisa 
documental é que a fonte de coleta de dados 
está circunscrita a documentos que instituem 
o que se designa como fontes primárias. Essa 
técnica permite angariar informações prévias 
sobre o campo de interesse, examinando-se 
documentos oficiais e jurídicos que apontam 
para informações relevantes. Os documen-
tos oficiais constituem a fonte mais fidedigna 
de dados e cabe ao pesquisador apenas se-
lecionar o que lhe interessa e, apesar de não 
exercer controle sobre a forma como os docu-
mentos foram criados, interpretar e comparar 
o material. Já os documentos jurídicos apre-
sentam uma fonte rica de informes do ponto 
de vistasociológico e podem contribuir para 
melhor apresentar o arco sob o qual se cir-
cunscreve o campo de estudo desejado. 
pesquisa experimental
A pesquisa experimental se remete, em geral, 
a pesquisas de cunho científico. Nesse caso, o 
pesquisador deve selecionar as variáveis que 
deseja comparar e testar as possíveis relações 
funcionais, mantendo um grupo de contro-
le. Essa pesquisa, nas ciências humanas, é 
bastante limitada pela dificuldade em se ma-
nipular pessoas.
A pesquisa experimental, ao contrário 
do que faz supor a concepção popular, 
não precisa, necessariamente, ser 
realizada em laboratório. Pode ser 
desenvolvida em qualquer lugar, 
desde que apresente as seguintes 
propriedades:
a. Manipulação: o pesquisador 
precisa fazer alguma coisa para 
manipular pelo menos uma das 
características dos elementos es-
tudados.
b. Controle: o pesquisador precisa in-
troduzir um ou mais controles na 
situação experimental, sobretudo 
criando um grupo de controle.
c. Distribuição aleatória: a desig-
nação dos elementos, para par-
ticipar dos grupos experimentais 
e de controle, deve ser feita alea-
toriamente.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar 
projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: 
Atlas, 2009.
pesquisas de campo
As pesquisas de campo são desenvolvidas 
no local em que acontecem os fenôme-
nos a serem pesquisados e se ocupam de 
identificar as principais características dos 
indivíduos que compõem esse universo de 
estudo, por meio de questionamentos acerca 
do problema estudado, sendo analisados 
quantitativamente e oferecendo conclusões 
a respeito dos dados coletados.
Em geral, não se realiza uma pesquisa 
com todos os elementos de uma população, 
sendo selecionada, para investigação, uma 
amostra significativa que compõe o univer-
so total.
Pós-Graduação | Unicesumar
53
Para se realizar uma pesquisa de campo, 
primeiramente, é necessário fazer um bom 
levantamento bibliográfico sobre o tema em 
questão. Isso ajudará, inclusive, na elaboração 
dos questionários e entrevistas, esclarecen-
do o objeto de estudo e mostrando como 
está o problema que iremos abordar.
Depois de levantar a fundamentação 
teórica, estabelecem-se as técnicas para a 
coleta dos dados que permitirão a realização 
do estudo e a amostra que irá representar 
o universo total. As pesquisas de campo se 
desdobram em diversas técnicas que permi-
tem chegar a um consenso sobre o objeto 
de estudo. 
A pesquisa de campo pode ser realizada 
por meio das seguintes técnicas:
• Observação direta intensiva.
• Entrevista.
• Questionário.
Vamos verificar como cada técnica pode ser 
realizada e qual é a função dela?
Observação direta intensiva
A técnica de observação direta e intensiva 
exige dois passos essenciais: a observação 
do fenômeno, seguida de entrevista. A ob-
servação é utilizada para se obter aspectos 
da realidade, de acordo com os sentidos do 
observador, de modo a permitir a identifica-
ção e provas sobre o objetivo do estudo. Ela 
possibilita que o pesquisador chegue a de-
terminadas conclusões, apenas observando 
o comportamento e as atitudes típicas de 
determinado grupo.
Classifica-se em: observação direta 
participante e não participante. Na par-
ticipante, como o próprio nome já diz, o 
pesquisador deve se incorporar ao grupo, 
misturando-se a ele e participando das ati-
vidades desse grupo. O pesquisador precisa 
manter a objetividade do estudo, buscando 
não influenciar e nem ser influenciado pelo 
grupo e, ainda, ganhar a confiança, fazendo 
com que os participantes compreendam a 
importância da pesquisa.
Na observação não participante, o pesqui-
sador não se integra ao grupo, presenciando, 
mas não se envolvendo nas situações.
Entrevista
Uma entrevista pressupõe o encontro de 
duas pessoas em que uma obterá informa-
ções sobre um assunto a ser pesquisado.
Tipos de entrevistas
a) Padronizada ou estruturada: é aquela 
em que o entrevistador segue um 
roteiro previamente estabelecido. 
As perguntas feitas ao indivíduo são 
predeterminadas. Essa entrevista se 
realiza de acordo com um formulário 
elaborado e é efetuada, de preferência, 
com pessoas selecionadas de acordo 
com um plano. 
O motivo da padronização é obter, dos 
entrevistados, respostas às mesmas 
perguntas, permitindo “que todas elas 
sejam comparadas com o mesmo 
conjunto de perguntas, e que as dife-
renças devem refletir diferenças entre 
os respondentes e não diferenças nas 
perguntas” (LODI, 1998, p. 16).
O pesquisador não é livre para adaptar 
Metodologia da pesquisa
54
suas perguntas a determinada situa-
ção, de alterar a ordem dos tópicos ou 
de fazer outras perguntas.
b) Despadronizada ou não estruturada: o 
entrevistador tem liberdade para de-
senvolver cada situação, em qualquer 
direção que considere adequada. É 
uma forma de poder explorar mais 
amplamente uma questão. Em geral, 
as perguntas são abertas e podem ser 
respondidas dentro de uma conversa-
ção informal. Esse tipo de entrevista, 
segundo Ander-Egg (1995, p. 110), 
apresenta três modalidades:
• Entrevista focalizada: há um roteiro 
de tópicos relativos ao problema que 
se vai estudar e o entrevistador tem 
liberdade de fazer as perguntas que 
quiser: sonda razões e motivos, dá 
esclarecimentos, não obedecendo, 
a rigor, a uma estrutura formal. Para 
isso, são necessárias habilidade e 
perspicácia por parte do entrevistador. 
Em geral, essa entrevista é utilizada em 
estudos de situações de mudança de 
conduta.
• Entrevista clínica: estudar os motivos, 
os sentimentos, a conduta das pessoas. 
Para esse tipo de entrevista, pode ser 
organizada uma série de perguntas 
específicas.
• Não dirigida: há liberdade total por 
parte do entrevistado, que poderá 
expressar suas opiniões e sentimentos. 
A função do entrevistador é de 
incentivo, levando o informante a 
falar sobre determinado assunto, sem, 
entretanto, forçá-lo a responder.
c) Painel: consiste na repetição de per-
guntas, de tempo em tempo, às 
mesmas pessoas, a fim de estudar a 
evolução das opiniões em períodos 
curtos. As perguntas devem ser for-
muladas de maneira diversa, para que 
o entrevistado não distorça as respos-
tas com essas repetições (LAKATOS, 
MARCONI, 2008, p.199).
As entrevistas podem ser realizadas com toda 
a população, não importando se são alfabe-
tizados ou não, uma vez que quem elabora 
as perguntas e anota as resposta é o próprio 
pesquisador. Como as perguntas são rea-
lizadas “face a face”, se o entrevistado não 
compreender alguma questão, o entrevis-
tador pode repeti-la, explicando melhor o 
que deseja saber. O pesquisador, além de 
ouvir as respostas dadas, tem a condição de 
avaliar as atitudes do entrevistado, perceben-
do reações e gestos que podem influenciar 
nas respostas obtidas. 
Para obter resultados satisfatórios com 
a entrevista, cabe ao pesquisador alguns 
cuidados na elaboração das perguntas, 
portanto, planejamento é essencial. É im-
portante também que o pesquisador saiba 
quem é seu público-alvo, para saber como 
agir no momento da conversa, não se es-
quecendo de marcar antecipadamente o 
dia e a hora da entrevista. É bom esclare-
cer ao participante que a conversa será 
transcrita na íntegra, porém, sua identida-
de será preservada. 
Pós-Graduação | Unicesumar
55
Se a pesquisa prevê uma entrevista, faça 
uma lista das principais ações a serem levan-
tadas antes dessa entrevista:
• Estabeleça contato prévio: 
primeiramente, converse com o 
sujeito entrevistado, explicando 
quem é você e a que instituiçãoou 
grupo pertence, para que servirá a 
entrevista e o quanto a participação 
dele será importante. Busque a 
confiança do sujeito, lembrando-se 
da confidencialidade do trabalho, e o 
estimule a falar à vontade, sem precisar 
se preocupar com uma linguagem 
culta.
• Elaboração das questões: as questões 
devem ser as mesmas aplicadas a 
todos os sujeitos de sua pesquisa 
e devem responder aos objetivos 
propostos em seu trabalho.
• Registro das informações: Se você 
puder fazer uso de um gravador, 
muito melhor, assim não correrá 
o risco de perder informações 
importantes. Avise que a entrevista 
será gravada, mas que o sigilo quanto 
aos dados do sujeito serão mantidos. 
Se não puder gravar, deverá anotar 
tudo o que conseguir, porém, na 
ânsia de escrever tudo que se fala, 
o pesquisador perde atitudes e 
reações que o sujeito possa ter frente 
às perguntas. Não tente anotar as 
respostas depois, pois correrá o risco 
de esquecer ou distorcer o que foi 
dito.
Metodologia da pesquisa
56
Questionário
O questionário também é considerado um 
instrumento de coleta de dados e se constitui 
por perguntas que podem ser respondidas 
tanto na presença do pesquisador, quanto 
em sua ausência. É muito comum enviar o 
questionário ao sujeito para que ele responda 
em um momento mais propício. Importante 
lembrar ao sujeito que suas respostas são 
confi denciais e que ele não sofrerá nenhum 
prejuízo ao responder.
Os questionários poupam tempo do pes-
quisador e podem atingir um volume maior 
de pessoas em diferentes áreas geográfi cas. 
Os entrevistados acabam se sentido mais 
à vontade para responder abertamente as 
questões propostas, pois não se expõem em 
frente a uma pessoa. Como desvantagem, 
os questionários não podem ser respondi-
dos por população analfabeta e, se o sujeito 
tiver difi culdade em compreender a questão, 
pode responder de forma inadequada, alte-
rando o resultado fi nal.
Para se elaborar o questionário, é impor-
tante que o pesquisador procure maximizar 
cada pergunta, de modo a obter respostas a 
seus objetivos com o menor número de per-
guntas possível, afi nal, ninguém vai querer 
fi car horas respondendo a um questionário 
com cem perguntas.
É importante realizar um pré-teste do 
questionário, aplicando-o a uma amostra de 
pessoas, para verifi car se esse questionário 
não causa muitas dúvidas e se não apresen-
ta falhas, como ambiguidade ou linguagem 
inacessível.
De acordo com Lakatos e Marconi (2008, 
p. 205), os pré-testes também servem para 
verifi car se o questionário apresenta três im-
portantes elementos:
a) Fidedignidade. Qualquer pessoa que 
o aplique obterá sempre os mesmos 
resultados.
b) Validade. Os dados recolhidos são ne-
cessários à pesquisa.
c) Operatividade. Vocabulário acessível 
e signifi cado claro.
O pré-teste permite também a ob-
tenção de uma estimativa sobre os 
futuros resultados.
Em um questionário, as perguntas podem 
receber três principais classifi cações: pergun-
tas abertas, fechadas e de múltipla escolha. 
Vamos compreender melhor:
a) Perguntas abertas: são aquelas que 
possibilitam ao sujeito pesquisado 
responder à vontade, utilizando sua 
linguagem, para atribuir conceitos e 
emitir opiniões. Elas resultam em in-
vestigações com maior profundidade 
de estudo, porém, a análise é mais de-
morada e cansativa. Por exemplo:
1. Qual é sua opinião sobre os impostos 
no Brasil?
2. Você considera possível diminuir a 
Pós-Graduação | Unicesumar
57
taxação sobre a renda?
b) Perguntas fechadas: são aquelas que 
oferecem alternativas fi xas para a res-
posta e o informante deve escolher 
entre duas opções. Exemplos:
1. Você é favorável ou contrário ao 
sistema de cotas nas instituições de 
ensino?
a) A favor. ( )
b) Contra. ( )
2. Os Conselhos de Contabilidade são 
importantes?
a) Sim. ( )
b) Não. ( ) 
Claro que tabular respostas assim é muito 
mais prático e rápido, no entanto, há uma 
clara restrição à liberdade de respostas do 
sujeito pesquisado.
c) Perguntas de múltipla escolha: elas são 
igualmente fechadas, porém, apresen-
tam mais possibilidades de respostas. 
Veja:
1. Qual é a maior vantagem em atuar 
em serviços públicos no nosso país? 
(RESPONDA ESCOLHENDO APENAS 
UMA ALTERNATIVA COMO RESPOSTA)
a) Liberdade de horários. ( )
b) Bons salários. ( )
c) Não correr o risco de ser despedido. ( )
d) Trabalhar perto de casa. ( )
e) Sentir-se prestigiado por ter passado 
em um concurso público. ( )
2. Você vê notícias regularmente
a) Em jornais.
b) Na televisão.
c) Na internet.
d) Em revistas.
e) Não vejo e não me interesso por 
notícias.
3. Qual é a sua formação (INDIQUE 
APENAS A ÚLTIMA COMPLETA)
a) Ensino Fundamental.
b) Ensino médio.
c) Graduação.
d) Pós-graduação.
e) Mestrado. 
f ) Doutorado.
Também é possível combinar perguntas de 
múltipla escolha com perguntas abertas. Por 
exemplo:
1. Como você escolhe os livros que irá 
ler?
a) Pelo autor.
b) Pelo assunto.
c) Pela contracapa.
d) Pela recomendação de alguém.
e) Outro. Qual? 
f ) Não gosto de ler.
As perguntas devem ser elaboradas obe-
decendo a uma ordem, colocando-se 
primeiro questões mais gerais e depois as 
mais específi cas.
Metodologia da pesquisa
58
estudo de caso
O estudo de caso é considerado um método 
qualitativo, que consiste em um modo de 
aprofundar uma unidade individual. Essa 
“individualidade” pode ser entendida como 
um conjunto de relações, uma comunida-
de, um período de tempo, um programa 
de televisão, um evento, uma religião, um 
curso, entre outros.
O estudo de caso ajuda no entendimento 
dos fenômenos, sejam eles individuais, pro-
cessos organizacionais ou ainda políticos, de 
uma sociedade. É um instrumento utilizado 
para compreender a forma e os motivos que 
levaram a determinada tomada de decisão. 
De acordo com Yin (2001), o estudo de caso 
trata de um estudo empírico, que investiga 
um “fenômeno contemporâneo dentro de 
seu contexto de vida real” (YIN, 2001, p. 32), 
o qual possibilita averiguar uma realidade, de 
maneira a retratar e desvendar a multiplicida-
de dos aspectos que permeiam determinada 
situação. Nesse contexto, 
o pesquisador procura revelar a multipli-
cidade de dimensões presentes em uma 
determinada situação ou problema, fo-
calizando-o como um todo. Esse tipo 
de abordagem enfatiza a complexidade 
natural das situações, evidenciando 
a inter-relação dos seus componentes 
(LUDKE; ANDRÉ, 1986, p.19).
Após a defi nição da unidade-caso e da de-
terminação do número de casos a serem 
pesquisados, recomenda-se a elaboração do 
protocolo, que se constitui no documen-
to que não apenas contém o instrumento 
de coleta de dados, mas também defi ne a 
conduta a ser adotada para sua aplicação. 
O protocolo constitui, pois, uma das me-
lhores formas de aumentar a confi abilidade 
do estudo de caso e a elaboração torna-se 
mais importante nas pesquisas que envol-
vem múltiplos casos.
O protocolo, de acordo com Yin (2001, p. 
89), inclui as seguintes seções:
a) Visão global do projeto: para infor-
mar acerca dos propósitos e cenário 
em que será desenvolvido o estudo 
de caso. Essa seção pode envol-
ver também a literatura referente ao 
assunto.
b) Procedimentos de campo: que en-
volvem acesso às organizações ou 
informantes, material e informações 
gerais sobre procedimentos a serem 
desenvolvidos.
c) Determinação das questões: essas 
questões não são propriamente as que 
deverão serformuladas aos informan-
tes, mas constituem, essencialmente, 
lembranças acerca das informações 
que devem ser coletadas e devem 
estar acompanhadas das prováveis 
fontes de informação.
d) Guia para a elaboração do relatório; 
esse item é muito importante, pois, 
com frequência, o relatório é elabora-
do paralelamente à coleta de dados. 
Pós-Graduação | Unicesumar
59
A coleta de dados, no estudo de caso, é um 
processo mais complexo, pois faz-se necessá-
rio adotar mais de uma técnica para garantir 
a qualidade nos resultados que se pretende 
obter. “Os resultados obtidos no estudo de 
caso devem ser provenientes da convergência 
ou da divergência das observações obtidas de 
diferentes procedimentos” (YIN, 2001, p. 36).
Por esse motivo, o estudo de caso torna-
se o mais completo método de pesquisa, pois 
envolve diferentes técnicas, como análise 
documental, entrevistas, observação parti-
cipante, depoimentos e questionários.
pesquisa-ação
A pesquisa-ação é mais flexível e, como o 
próprio nome já diz, envolve ação do próprio 
pesquisador. Em uma primeira fase, o pesqui-
sador precisa fazer o reconhecimento visual 
do lócus da pesquisa, consultando docu-
mentos e dialogando com representantes 
das categorias eleitas na pesquisa. Diversas 
técnicas devem ser adotadas para a coleta 
de dados nesse caso, e a mais utilizada é a 
entrevista, que tanto pode ser aplicada de 
modo coletivo, como individual. Os ques-
tionários também são bastante utilizados, 
principalmente quando se trata de um uni-
verso grande.
É importante não confundir a pesqui-
sa-ação com um processo individual de 
autoavaliação. 
pesquisa participante
A pesquisa participante envolve a partici-
pação real do pesquisador que deve se 
incorporar ao grupo que está pesquisando. 
Ela se aproxima muito da pesquisa-ação. 
Thiollent (1997) analisa que “Toda pesquisa-
-ação possui um caráter participativo, pelo 
fato de promover ampla interação entre pes-
quisadores e membros representativos da 
situação investigada. Nela, existe vontade 
de ação planejada sobre os problemas de-
tectados na fase investigada” (p. 21). O autor 
afirma que, no caso da Pesquisa Participante, 
alguns partidários dessa técnica não veem a 
necessidade de “objetivação e divulgação da 
informação ou do conhecimento”, atribuin-
do, também, a relação da pesquisa-ação com 
o fato do termo ser utilizado internacional-
mente para “designar um tipo de intervenção 
psicossociológica no contexto organizacio-
nal (…), segundo uma visão operacional 
sem perspectiva crítica ou conscientizado-
ra” (idem).
O plano de ação da pesquisa participan-
te envolve:
a) Ações que possibilitem a análise mais 
adequada do problema estudado;
b) Ações que possibilitem melhoria ime-
diata da situação em nível local;
c) Ações que possibilitem melhoria a 
médio ou longo prazo em nível local 
ou mais amplo (GIL, 2009, p. 52).
Metodologia da pesquisa
60
A pesquisa participante não acaba com a ela-
boração de um relatório, mas sim com um 
plano de ação que pode dar início a uma 
nova pesquisa. Os resultados não são con-
clusivos e tendem a gerar outros problemas 
que exigirão novas ações.
análise de conteúdo
A análise de conteúdo é uma metodologia 
de seleção, tratamento e análise, a partir de 
informações relevantes, constantes em docu-
mentos, de modo a compreender o sentido 
dos textos ali inseridos. Envolve o conteúdo 
das mensagens, buscando atribuir significado 
para elas. A técnica de análise de conteúdo, 
proposta por Laurence Bardin (2000) compre-
ende as seguintes fases: a pré-análise (leitura 
flutuante, escolha dos documentos, prepara-
ção do material e referenciação dos índices e 
a elaboração dos indicadores), a exploração 
do material e o tratamento dos resultados, 
a inferência e a interpretação. O estudioso 
que trabalha seus dados a partir da análise 
de conteúdo está sempre em busca de um 
texto por trás de outro, um texto que não 
está aparente em uma primeira leitura e 
que necessita de uma técnica diferencia-
da para ser desvendado, relido, revisto.
Diferença entre análise documental e 
análise de conteúdo
A análise documental se ocupa de 
documentos, enquanto a análise de 
conteúdo se ocupa de mensagens que 
podem estar em uma notícia de jornal, 
em um filme, em uma música, em uma 
imagem, entre outros.
A análise documental tem por objeti-
vo representar resumidamente uma 
informação para consulta ou armazen-
agem. A análise de conteúdo tem por 
objetivo a manipulação de mensagens, 
evidenciando indicadores que possi-
bilitam inferências sobre determinada 
realidade, que não propriamente a da 
mensagem.
Pós-Graduação | Unicesumar
61
análise
de dados
Após a escolha da técnica e a realização da 
coleta de dados, esses dados devem ser orga-
nizados de modo sistemático para posterior 
publicação. Antes, porém, da análise e in-
terpretação destes, seguem-se os seguintes 
passos: seleção, codificação e tabulação.
Na seleção, os dados são criteriosamente 
analisados, com o objetivo de se verificar se 
não houve nenhuma falha que leve a con-
clusões distorcidas, incompletas ou confusas, 
prejudicando o resultado final da pesquisa. 
Nessa análise, é possível apontar se houve 
excesso de informação ou se os dados foram 
insuficientes. Se for preciso, pode-se retornar 
ao campo de pesquisa, para reaplicar o ins-
trumento escolhido.
Na segunda fase, que é a codificação, 
os dados transformam-se em símbolos, que 
podem ser contados ou introduzidos em 
uma tabela. Primeiramente, os dados devem 
ser classificados em categorias e, após, atri-
bui-se um código, transformando o que é 
qualitativo em quantitativo, ou seja, algo que 
se possa contabilizar.
Na última fase, que é a tabulação, deve-se 
dispor os dados em tabelas, permitindo visu-
alizar as interrelações obtidas entre os dados. 
É a síntese dos dados representados grafica-
mente, oferecendo melhor compreensão e 
interpretação.
Após a manipulação dos dados e ob-
tenção dos resultados, segue a análise e 
interpretação desses resultados, sendo essas 
o núcleo da pesquisa.
Metodologia da pesquisa
62
De acordo com Lakatos e Marconi (2008, 
p. 170), a elaboração da análise, propriamen-
te dita, é realizada em três níveis:
a) Interpretação. Verificação das relações 
entre as variáveis independentes e de-
pendentes, e da variável interveniente 
(anterior a dependente e posterior à 
independente), a fim de ampliar os 
conhecimentos sobre o fenômeno 
(variável dependente).
b) Explicação. Esclarecimento sobre 
a origem da variável dependente e 
necessidade de encontrar a variável 
antecedente (anterior às variáveis in-
dependente e dependente).
c) Especificação. Explicitação sobre até 
que ponto as relações entre as variá-
veis independente e dependente são 
válidas (como, onde e quando).
A interpretação inclui uma atividade de caráter 
intelectual, que busca atribuir significado às res-
postas obtidas, estabelecendo elos com outros 
conhecimentos subjacentes. Nessa fase, é im-
portante que o pesquisador estabeleça ligação 
entre os dados obtidos com a teoria lida e 
exposta na fundamentação teórica do trabalho.
Após a interpretação dos dados, é o 
momento de verificar de que forma eles 
ilustrarão o trabalho final. Pode-se optar por 
tabelas e gráficos que vão destacar as prin-
cipais classificações do material estudado. 
Quanto mais simples e objetivo, melhor. O 
importante é que se apresente bem as ideias 
e as relações estabelecidas. 
Os gráficos devem evidenciar os dados 
de modo claroao leitor. São utilizados para 
acentuar os destaques que se deseja à pes-
quisa e, a um só olhar, permitem descrição 
do fenômeno pesquisado.
Você sabe a diferença entre quadro e 
tabela?
As tabelas são construídas a partir de 
dados obtidos pelo próprio pesqui-
sador, utilizando números absolutos 
ou porcentagens. Elas não possuem 
as linhas verticais laterais exteriores, 
que as fechariam como um quadro. 
Os quadros são elaborados com base 
em dados obtidos em outras fontes 
e devem ser fechados nas laterais. Os 
quadros não necessariamente requerem 
números para representação dos dados.
Observamos que a ciência se constitui 
por meio da aplicação de métodos e técnicas, 
fundamentados em sólida fundamentação 
teórica. Fazer ciência não se reduz a coletar 
dados em entrevistas e questionários, nem 
tampouco a leitura e cópia de documen-
tos escritos por outros autores. Fazer ciência 
envolve conhecimento prévio, busca de in-
formações novas, leitura de autores que se 
consagraram na área, exposição de dados 
obtidos por meio de técnicas específicas, 
interpretação desses dados à luz de novas 
concepções, comparações, novas leituras, 
proposições e construção de novos conhe-
cimentos que não podem e nem devem ser 
um fim em si mesmos. Nenhum conheci-
mento está pronto, novas lacunas devem 
surgir, novas propostas, novos olhares.
Pós-Graduação | Unicesumar
63
Adotar uma norma é fundamental para agregar valor e credibilidade ao trabalho elaborado. Imagine se 
cada um que fizesse um trabalho resolvesse 
apresentá-lo ao seu gosto. Possivelmente, a 
forma de apresentação tornar-se-ia mais im-
portante que o conteúdo. Quando aplicada 
uma regra comum, todos os trabalhos terão 
forma igual. O que vai diferir é o conteúdo 
apresentado, passando esse a obter desta-
que e devendo ser essa a questão central 
do pesquisador.
A princípio, parece complicado obe-
decer a tanta regra, mas com a prática, 
observa-se que elas facilitam nossa vida e 
não deixam ficar de fora nenhuma informa-
ção importante.
citação
 A citação pode ser indireta, quando inclu-
ímos em um texto por nós produzido uma 
informação retirada de alguma fonte, ou 
direta, quando copiamos trechos retira-
dos de outros materiais, com a finalidade 
de respaldar, ilustrar ou esclarecer o tema 
apresentado.
e referências
citações
Metodologia da pesquisa
64
Toda vez que nos apropriamos de um texto 
que não foi escrito por nós, sem citar o autor, 
estamos plagiando, ou seja, copiando sem 
atribuir os devidos créditos, e isso se confi-
gura como crime.
Para que os autores pesquisados apa-
reçam em nosso texto de modo claro e 
objetivo, normalmente, adotamos dois cri-
térios: o sistema autor-data ou o sistema 
numérico. Após adotar um sistema, devemos 
mantê-lo do início ao fim do trabalho, uni-
formizando nossas citações.
O sistema numérico apresenta a indica-
ção de fonte em algarismos arábicos, que irá 
remeter para a lista de referências que se en-
contra ao final do trabalho e essa, por sua 
vez, não estará em ordem alfabética, mas 
sim na ordem em que aparece no texto. Por 
exemplo:
O sistema mais indicado, porém, é o autor-da-
ta, pois possibilita que o leitor já identifique no 
texto que está lendo qual é a autoria daquele 
trecho específico, o ano de publicação e a 
página em que pode localizar a informação. 
Nesse caso, é preciso prestar atenção em 
algumas especificidades:
a. Quando mencionamos o autor em uma 
frase que compõe um parágrafo, apenas 
a primeira letra do sobrenome do autor 
é maiúscula, as demais são minúsculas e, 
na sequência, aparece entre parênteses 
o ano e a página, separados apenas por 
uma vírgula. Lembre que a abreviatura 
de página é “p.” e não “pag.” Exemplo: 
“mesmo a menor audiência é sempre 
a maior que um trabalho de alta qual-
idade poderia almejar”, (1).
 “A obstinação de alcançar todo o mun-
do representa, na verdade, o objetivo 
menos nobre da televisão genérica: 
nivelar tudo por baixo, para ter sob 
controle uma massa uniforme de con-
sumidores”(2).
1. MACHADO, Arlindo. A televisão 
levada a sério. 2. ed. São Paulo: 
Ed. SENAC, 2001.
2. HOINEFF, Nelson. A nova tele-
visão: desmassificação e o im-
passe das grandes redes. Rio de 
Janeiro: Relume Dumará, 1996.
De acordo com Gimeno Sacristán 
(1998, p. 154), “muitos conteúdos, 
não estritamente acadêmicos, 
não correspondem a nenhuma 
especialização curricular ou 
disciplina, enquanto que outros estão 
relacionados com todas”.
“A virtualidade da imagem e das 
relações quase substitui a realidade.” 
(ALMEIDA, 2009, p. 30).
b. Quando o autor for citado após o 
trecho copiado, deve aparecer também 
entre parênteses, todo em maiúsculas, 
seguido do ano e do número da página.
Pós-Graduação | Unicesumar
65
A citação direta é a cópia literal de um texto 
por nós escolhido, ou uma parte dele, man-
tendo a mesma grafia, a mesma pontuação 
e o mesmo idioma. Nada pode sofrer alte-
ração. As citações diretas podem ser curtas, 
quando se apresentam com até três linhas, 
ou longas, quando têm mais de três linhas.
As citações curtas devem ser grafadas 
com a mesma fonte e número de fonte do 
texto que estamos escrevendo, sendo colo-
cadas entre aspas para indicar que se trata 
de uma citação, seguida de autoria, ano e 
número da página. Por exemplo:
tipos de citação
Vimos no início do texto que as citações podem ser diretas ou indiretas. Há ainda mais um tipo de citação bastante utilizado: a citação de citação. Vamos ver como podemos usar cada uma formas de citação, ao longo de nossos textos.
Isto fica evidenciado na leitura do 
artigo de Kroth, quando analisa que 
“Para o Brasil, e especificamente para a 
região Sul, a falta de estudos na área é 
influenciada, sobretudo, pela precarie-
dade estatística em nível municipal.” 
(2012, p. 19).
Citações Diretas
A citação longa (com mais de três linhas) 
deve figurar em um parágrafo distinto 
daquele que estamos escrevendo, com 
um recuo de quatro centímetros, a partir 
da margem esquerda, sem uso de aspas, 
com fonte menor que a utilizada em nosso 
texto (no texto, a fonte é 12, nas citações, 
pode-se usar a 10 ou a 11). É obrigatório 
indicar o ano e a página de onde o trecho 
foi copiado, não se esquecendo de deixar 
uma linha em branco antes e depois do 
trecho. Veja um exemplo abaixo:
Metodologia da pesquisa
66
Green é enfático ao estabelecer relação entre o acesso a informação e superação de desigual-
dades sociais:
A questão do acesso a informações não é um debate abstrato; é uma ferramenta essen-
cial da cidadania. O conhecimento amplia horizontes, permite que pessoas façam opções 
bem fundamentadas e fortaleçam sua capacidade de exigir direitos. Garantir o acesso a co-
nhecimentos e informações é absolutamente essencial para que pessoas em situação de 
pobreza superem as desigualdades em todo o mundo. Em âmbito nacional, a capacidade 
de absorver, adaptar e gerar conhecimentos e transformá-los em tecnologia determina, 
cada vez mais, as perspectivas de uma economia. (GREEN, 2009, p. 56).
Desse modo, torna-se claro que todos devem ter acesso à informação, de modo a poder 
superar as desigualdades postas.
Citações Indiretas
A citação indireta é utilizada quando estamos 
redigindo nosso texto e em determinado 
ponto nos baseamos em ideias de outros 
autores, reproduzindo o sentido que esse 
autor apresentava. Tais citações podem apa-
recer como paráfrase ou como condensação, 
como veremos abaixo.
A paráfrase deve manter aproximada-
mente o mesmo tamanho da citação do 
autor, sendo colocada no texto sem aspas e 
sem necessidade de inclusão do número dapágina de onde foi tirada. Autor e ano devem 
ser mantidos. Por exemplo:
No caso da condensação, ela apresen-
ta-se como um resumo de um texto lido, 
mas que não altera a ideia original do autor. 
Também deve ser escrita sem aspas e não há 
a necessidade de colocar a página em que 
se encontra na obra original.
Citação de Citação
Utilizamos uma citação de citação quando 
não conseguimos acesso à obra original 
do primeiro autor e consideramos aquela 
citação fundamental para nosso trabalho. 
Lembre-se, é importante tentar buscar a 
obra original, pois, assim, podemos enten-
der na íntegra quais eram as ideias daquele 
autor. Só utilize citação de citação se re-
almente não conseguir acessar o autor 
original.
Em português, podemos utilizar a ex-
pressão “citado por” ou em latim, apenas 
“apud”, que, por ser uma palavra estrangei-
ra, deve ser grafada com itálico, conforme 
Alguns estudos apresentam resultados 
que podem elucidar certas questões 
na relação entre liberalização da con-
ta capital e crescimento econômico. 
Eichengreen (2002), por exemplo, 
sugere que países desenvolvidos pri-
meiro expandiram seus mercados fi-
nanceiros domésticos.1
1 Trecho retirado de PAULA, Luiz Fernando de et al . Liberalização 
financeira, performance econômica e estabilidade macroeco-
nômica no Brasil: uma avaliação do período 1994-2007. Nova 
econ., Belo Horizonte , v. 22, n. 3, dez. 2012
Pós-Graduação | Unicesumar
67
segue no exemplo:
De acordo com Frost (1999 citado por 
MARCCELLI, 2000), ainda na década 
de 1980 poucas empresas utilizavam 
informações não financeiras para aval-
iarem seu desempenho, a maior parte 
destas utilizavam apenas informações 
financeiras. 
OU
De acordo com Frost (1999 apud 
MARCCELLI, 2000), ainda na década 
de 1980 poucas empresas utilizavam 
informações não financeiras para aval-
iarem seu desempenho, a maior parte 
destas utilizavam apenas informações 
financeiras.
Conforme Lakatos e Marconi (2003, 
p. 231)...
Ou
... (MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 231).
De acordo com Cintra, Fonseca e Mar-
quesi (1992, p. 34)...
Ou
...(CINTRA; FONSECA; MARQUESI, 1992, 
p. 34)
Em citações diretas, a indicação da 
página de onde o texto foi copiado é 
sempre obrigatória. Em citações indi-
retas, você pode colocar a página ou 
não, pois não é obrigatório.
A indicação dos autores copiados pode 
acontecer de duas formas: na frase com 
o nome, mantendo apenas a primeira 
letra maiúscula, ou no final da frase, 
com o sobrenome do autor todo em 
letra maiúscula dentro dos parênteses, 
antes do ano e da data: Autor (2013, p. 
12) ou (AUTOR, 2013, p. 12). 
Quando a obra tem dois autores, usamos a 
mesma regra de um autor só, inserindo o sobre-
nome dos dois, ou seja, na frase que estamos 
escrevendo, colocamos os nomes, mantendo 
apenas a primeira letra maiúscula ou no final 
da frase com os sobrenomes dos autores todo 
com letras maiúsculas dentro dos parênteses, 
antes do ano e da página. Por exemplo:
Se o original apresenta três autores, o pro-
cedimento é o mesmo, usando na frase, 
primeiramente, uma vírgula e depois um “e” 
para separar os sobrenomes e, após a frase, 
quando dentro dos parênteses, utilizamos 
apenas “;” entre todos os autores:
Quando elaboramos uma citação com 
apenas um autor, já vimos como esse autor 
deve aparecer nos exemplos já dados. 
Mas quando trabalhamos com textos que 
foram escritos por mais de um autor, como 
podemos citá-los?
Quando temos mais de três autores, podemos 
usar a expressão latina “et al.” grafado em 
itálico, que significa “e outros”:
De acordo com Cintra et al. (1992, p. 34)...
Ou
... (CINTRA et al., 1992, p. 34).
Metodologia da pesquisa
68
Como se observa em Silva, E. M. (1998, 
p. 44)... OU ... (SILVA, E. M., 1998, p. 44).
Este conceito foi bem detalhado por 
Silva, S. M. (1998, p. 101)... OU ...(SILVA, 
S. M., 1998, p. 101).
Silva (1998, 2001, 2010, 2013) analisa que...
OU
...(SILVA, 1998, 2001, 2010, 2013).
Os trabalhos apresentados ao 
Seminário de Contabilidade e Edu-
cação Fiscal da Unicesumar em 2010...
Ou
... (SEMINARIO DE CONTABILIDADE E 
EDUCAÇÃO FISCAL DA UNICESUMAR, 
2010).
Para Silva (1998), Nunhez (2000) e Laf-
fin (2001), os resultados obtidos com 
relação ao crescimento do mercado 
de trabalho do contador estão direta-
mente relacionado...
OU
.... (SILVA, 1998; NUNHEZ, 2000; LAFFIN, 
2001),
De acordo com Santa Maria, Prefei-
tura Municipal (1997, p. 82) , os mu-
nicípios vêm registrando um elevado 
índice de...
Ou
Os municípios vêm registrando um el-
evado índice... (SANTA MARIA, Prefeitu-
ra Municipal, 1997, p. 82).
Se usarmos citações com autores que têm o 
mesmo sobrenome e a mesma data de pu-
blicação da obra, na citação, é importante 
acrescentar as iniciais do prenome dos autores:
E na citação do outro autor:
É bem comum utilizarmos várias obras de um 
mesmo autor, quando ele é perito no tema 
em que estamos trabalhando. Para citar algo 
que o autor escreve em diversas obras suas, 
basta colocar o sobrenome do autor e, entre 
parênteses, todos os anos de publicação das 
obras a que nos referimos. Por exemplo:
Outra forma bem comum de fazer citação é 
verificar vários autores que elaboraram con-
ceitos semelhantes sobre o tema em questão. 
Nesse caso, devemos colocar o autor, a data 
de publicação da obra, uma vírgula para 
separar o próximo autor e a data de publi-
cação deste. Vejamos:
Utilizamos, por vezes, citações de obras que 
tem por autor uma entidade. Por exemplo, 
um documento da prefeitura de Santa 
Maria:
Também é comum citarmos textos que foram 
retirados de eventos, como congressos, se-
minários, simpósios e semanas acadêmicas. 
Nesse caso, devemos citar o nome comple-
to do evento:
Pós-Graduação | Unicesumar
69
UNICESUMAR. SCDA-X, versão 2.10. 2013.
Para Caixe e Krauter (2013) o escopo do 
modelo de governança das empresas 
“deixa de ser a resolução do conflito 
de agência entre gestores e acionistas 
e passa a representar a mitigação do 
choque de interesses entre acionistas 
controladores e minoritários”.
O software SCDA-X, versão 2.10 (UNICE-
SUMAR, 2013), permite controle total 
de seu caixa, verifica contas a pagar, a 
receber, contas correntes, e ainda apre-
senta um sistema de fluxo de caixa. 
Além de gerar relatórios comuns, elab-
ora gráficos de fluxo, balancetes e, se 
necessário, boletos bancários online.
Material vastamente utilizado nas pesquisas 
atuais são os documentos eletrônicos, tais como 
softwares, periódicos e documentos online.
a. Softwares:
citação de documentos 
eletrônicos
Na lista de referências aparecerá:
b. Periódicos online:
No texto, aparecerá apenas o(s) autor(es) e 
o ano de publicação do periódico, podendo 
fazer uma chamada para o rodapé da página 
ou deixando para colocar a referência apenas 
na lista de referências ao final do trabalho:
Nas referências ou na nota de rodapé, cons-
tará o site em que está disponível o artigo e 
a data em que se acessou:
c. Em outros documentos disponíveis na 
internet:
O Portal de Contabilidade concei-
tua Balanço Patrimonial como a 
demonstração contábil destinada a 
evidenciar, qualitativa e quantitativa-
mente, em uma determinada data, a 
posição patrimonial e financeira da 
Entidade.
PORTAL DE CONTABILIDADE. Balanço 
Patrimonial. Disponível em: http://
www.portaldecontabilidade.com.br/
guia/balancopatrimonial.htm .Acesso 
em: 01 mar. 2014.
CAIXE, Daniel Ferreira; KRAUTER, 
Elizabeth. A influência da estrutu-
ra de propriedade e controle so-
bre o valor de mercado corporati-
vo no Brasil. Rev. contab. finanç., 
São Paulo, v. 24, n. 62, ago. 2013 . 
Disponível em: <http://www.scie-
lo.br/scielo.php?script=sci_arttex-t&pid=S1519-70772013000200005&l-
ng=pt&nrm=iso>. Acessos em: 01 
mar. 2014.
E na lista de referências ou no rodapé:
Metodologia da pesquisa
70
A norma brasileira que se ocupa das referências é a NBR 6023. É ela que estabelece quais elementos devem, 
obrigatoriamente, ser incluídos nas referên-
cias. Tal norma também tem por função fixar 
a ordem dos elementos das referências, es-
tabelecendo as devidas convenções, para 
transcrever adequadamente a informação 
advinda da fonte de informação consultada. 
A referência se constitui basicamente 
de elementos essenciais e, por vezes, pode 
ser acrescida de alguns elementos comple-
mentares, como veremos. São consideradas 
como elementos essenciais aquelas infor-
mações que se tornam indispensáveis para 
que se possa identificar uma obra. Já os 
complementares permitem uma melhor 
caracterização dos documentos.
As referências podem figurar no 
rodapé das páginas, ao final de um 
capítulo, ao final de um trabalho ou 
antecedendo resumos.
referências
de apresentação. É importante lembrar que 
há uma sequência padronizada para escre-
ver as referências e que ela deve ser seguida. 
As referências devem ser alinhadas apenas à 
margem esquerda do texto, não devendo, por-
tanto, serem justificadas. O espaçamento deve 
ser simples, havendo um espaço duplo para 
separar uma da outra. O negrito (ou grifo) só 
deve ser utilizado no título das obras, caso este 
não seja o elemento de entrada (quando a obra 
não possui autor ou uma entidade que a re-
presente). Vamos aos exemplos.
regras de
apresentação
Muitas são as regras para fazer 
adequadamente uma refe-
rência. Vamos indicar aqui as 
principais e mais comuns formas 
Pós-Graduação | Unicesumar
71
O autor é o responsável pela obra, mas não ne-
cessariamente trata-se de uma pessoa. O autor 
pode ser um organizador, um coordenador, 
uma instituição. Quando se trata de um autor 
pessoa, utilizamos sempre a entrada por seu 
sobrenome todo em letras maiúsculas, seguido 
de seu prenome, que pode ser abreviado ou 
não. De todo modo, é importante escolher 
uma forma e segui-la em toda a lista. Assim, se 
abreviar os nomes em uma referência, abrevie 
em toda a lista, mantendo um padrão.
a. Com um autor:
Em língua portuguesa, utilize o último 
sobrenome todo em maiúscula, seguido do 
prenome. Por exemplo:
autor
BRUZAMOLIN, A. L.
Ou
BRUZAMOLIN, Amanda Louise.
DAHLE FILHO, L. E.
Ou
DAHLE FILHO, Loezer Edmundo.
LÉVI-STRAUSS, C.
Ou 
LÉVI-STRAUSS, Claude
GIMENO SACRISTAN, J.
Ou
GIMENO SACRISTAN, José.
No livro:
José Carlos Marion
Sergio de Iudicibus
Na referência:
MARION, José Carlos; IUDICIBUS, Ser-
gio de.
Ou
MARION, J.C.; IUDICIBUS, S. de.
Quando após o sobrenome figura a indicação 
de parentesco, tais como Filho, Neto, Junior, 
Sobrinho, é necessário incluir esta indicação 
após o sobrenome:
Se for um sobrenome composto, utilize o so-
brenome completo:
A entrada de sobrenomes se dá pelo penúl-
timo sobrenome:
b. Com dois autores:
Quando uma obra apresenta dois 
autores, deve-se entrar sempre pelo primei-
ro autor citado no documento, separando 
um e outro por “;”.
Metodologia da pesquisa
72
No livro:
Euridice Mamede de Andrade
Luiz dos Santos Lins
Viviane Lima Borges
Nas referências:
ANDRADE, Euridice Mamede de; LINS, 
Luiz dos Santos; BORGES, Viviane Lima.
Ou 
ANDRADE, E.M. de; LINS, L. dos S.; 
BORGES, V. L.
BRASIL. Ministério da Fazenda.
MATO GROSSO. Secretaria de Ciência 
e Tecnologia.
POÇOS DE CALDAS. Prefeitura Municipal.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE BIOÉTICA
ACADEMIA NACIONAL DE POLICIA 
(ANP)
No livro:
Eliseu Martins
Ariovaldo dos Santos
Ernesto Rubens Gelbcke
Sergio de Iudicibus
Nas referências:
MARTINS, E. et al.
c. Com três autores:
Se a obra apresenta até três autores, 
eles devem aparecer nas referências na 
mesma ordem em que aparecem no livro, 
separados apenas por “;”.
d. Com mais de três autores:
No caso de haver mais de três autores, 
coloca-se o primeiro que aparece na obra 
e, na sequência, a expressão et al. Que sig-
nifica “e outros”. Se os demais autores forem 
bem conceituados e você julgar importan-
te, pode mencionar todos.
e. Autor entidade:
Por vezes, incluímos obras em nossos tra-
balhos que não são de autoria pessoal, e sim 
de uma instituição. Quando isso acontecer, 
devemos dar a entrada da referência pela 
entidade. Se for um órgão público, coloca-
mos o país, o estado ou o município em que 
a instituição está subordinada:
Se a autoria for atribuída a uma instituição, 
organização ou entidades de naturezas diver-
sas, a entrada se dá pelo nome por extenso, 
todo em maiúsculas:
No caso das instituições serem muito co-
nhecidas por suas siglas, coloque o nome 
por extenso, todo em maiúsculas, como nos 
exemplos acima e, após, entre parênteses, a 
sigla da instituição:
Pós-Graduação | Unicesumar
73
TAKEUCHI, Hirotaka; NONAKA, Ikujiro; 
THORELL, Ana. Gestão do conheci-
mento. Porto Alegre: Bookman, 2008.
AUTOR. Título. Edição. Local: Editora, 
ano de publicação.
ROMÃO, José Eustáquio. Avaliação di-
alógica: desafios e perspectivas. 5. ed. 
São Paulo: Instituto Paulo Freire, 2003.
BRASIL. Ministério da Educação e do 
Desporto Secretaria de Educação Fun-
damental. . Critérios para um atendi-
mento em creches que respeite os 
direitos fundamentais das crianças. 
Brasília: MEC, 1995.
JOHNSON, J. David. Gestão de redes 
de conhecimento.
STAREC, Claudio. Gestão da infor-
mação, inovação e inteligência 
competitiva: como transformar a in-
formação em vantagem competitiva 
nas organizações.
TERRA, José Claudio Cyrineu. Gestão 
do conhecimento: o grande desafio 
empresarial. 5. ed.
títulos
O título da obra deve ser inserido exatamen-
te como aparece no documento de origem e 
com algum tipo de destaque que o diferen-
cie do resto da referência, como o negrito, o 
sublinhado ou o itálico. Se houver subtítulo, 
geralmente após dois pontos, tal subtítulo 
não deve receber destaque. Lembre-se de 
utilizar apenas a primeira letra maiúscula. 
Por exemplo:
Número de edição
O número da edição só aparecerá na 
referência caso conste no documento de 
origem e você julgue realmente necessá-
rio. Os números devem ser em algarismos 
arábicos, seguidos da abreviatura “ed.”.
Local, editora e ano de publicação
Após a edição, se você colocar, ou após 
o título, caso opte por não inserir a edição, 
vem a imprenta: ou seja, o local, a editora e a 
data de publicação da obra que se referencia. 
Após a cidade, coloque dois pontos, o nome 
da editora, uma vírgula e o ano de publicação.
tipos de referências
Podemos incluir em nossos trabalhos, referên-
cias de livros, revistas, softwares, CDs, DVDs, 
internet entre outras. Cada um desses su-
portes de informação recebe um tratamento 
diferente, quando referenciados. Vamos obser-
var como devemos incluí-los em nossa lista?
Livros (considerados no todo)
Metodologia da pesquisa
74
AUTOR. Título. Edição. Local: Editora, 
ano de publicação. Tipo de material.
ALEXANDRIA, Suzana; NOGUEIRA, Sal-
vador. 1910: o primeiro voo do Bra-
sil. São Paulo: Aleph, 2010. 1 CD-ROM
Livros digitais (considerados no todo)
Livros disponíveis na internet (conside-
rados no todo)
AUTOR. Título. Edição. Local: Editora, 
ano de publicação (se houver). Dis-
ponível em: <endereço eletrônico>. 
Acesso em: dia, mês, ano.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de 
ler. São Paulo: Cortez, 1989. Disponível 
em: <http://comunidades.mda.gov.br/
portal/saf/arquivos/view/ater/livros/ 
A_import%C3%A2ncia_do_Ato_de_
Ler.pdf> Acesso em: 03 abr. 2014.AUTOR DO CAPÍTULO. Título do 
capítulo. In: AUTOR DA OBRA. Título 
da obra. Local: Editora, ano de publi-
cação. Número da página inicial-final 
do capítulo.
SANTOS, José Luiz dos. O pensamen-
to contábil na idade moderna. In: 
SCHMIDT, Paulo. História do pens-
amento contábil. São Paulo: Atlas, 
2006. p. 35-48.
MARTÍNEZ, J. H. G.. Novas tecnologias 
e o desafio da educação. In: TEDESCO, 
J. C. (Org.). Educação e novas tecno-
logias: esperança ou incerteza? São 
Paulo: Cortez, 2004.
Capítulo de livro
Quando usamos apenas um capítulo 
do livro em nosso trabalho, é necessário 
referenciar apenas aquele capítulo. Para 
isso, observe que o que deve ser negrita-
do, continua sendo o título da obra e não 
o título do capítulo. Veja:
Se o autor do capítulo for o mesmo da obra, 
você deve inserir após o “In:” seis travessões:
Pós-Graduação | Unicesumar
75
AUTOR (Instituição de origem). Títu-
lo do relatório. Local: editora, ano de 
publicação. Tipo de documento (se não 
constar no título).
CONSELHO REGIONAL DE BIBLIOTE-
CONOMIA. Relatório de gestão e 
balanço social 2008-2012. Curitiba: 
CRB, 2012.
AUTOR. Título. Número de páginas. 
Monografia, Tese ou Dissertação (Área) 
– Unidade de ensino, Instituição, Lo-
cal, Ano de publicação. Disponível 
em: <endereço eletrônico> Acesso 
em: data.
BRUZAMOLIN, Anna Flávia. Con-
tribuições para a melhoria da qual-
idade do ensino superior do curso 
de administração. 134 f. Tese (Douto-
rado em Educação) – Setor de Ciências 
Humanas, Universidade Federal do Rio 
Grande do Sul, Porto Alegre, 2012. Dis-
ponível em: <www.ufrgs.br/tesesedis-
sertaçoes> Acesso em: 03 mar. 2014.
AUTOR DO ARTIGO. Título do artigo. 
Título da publicação. Local de publi-
cação, número do volume, número do 
fascículo, número da página inicial-fi-
nal do artigo publicado, data.
PORTILHO, Evelise Maria Labatut; 
ALMEIDA, Siderly do Carmo Dahle 
de.  Avaliando a aprendizagem e o 
ensino com pesquisa no Ensino Mé-
dio. Ensaio: aval.pol.públ.Educ. Rio de 
Janeiro, vol.16, nº.60, p.469-488, Set 
2008.
AUTOR. Título. Número de páginas. 
Monografia, Tese ou Dissertação (Área) 
– Unidade de ensino, Instituição, Local, 
Ano de publicação.
BRUZAMOLIN, Anna Flávia. Con-
tribuições para a melhoria da qual-
idade do ensino superior do curso 
de administração. 134 f. Tese (Douto-
rado em Educação) – Setor de Ciências 
Humanas, Universidade Federal do Rio 
Grande do Sul, Porto Alegre, 2012.
Relatórios 
Os relatórios são muito úteis para ela-
boração de textos, principalmente, porque 
exibem dados precisos e organizados sobre 
uma instituição. Para referenciá-los, verifi-
que a ordem:
Monografias, dissertações e teses – ma-
teriais impressos
Monografias, dissertações e teses – ma-
teriais online
Artigo em Publicação periódica impressa
Metodologia da pesquisa
76
Artigo em Publicação periódica online
AUTOR DO ARTIGO. Título do artigo. 
Título da publicação. Local de pub-
licação, número do volume, número 
do fascículo, número da página ini-
cial-fi nal do artigo publicado, data. 
Disponível em: <endereço eletrônico> 
Acesso em: data.
PORTILHO, Evelise Maria Labatut; 
ALMEIDA, Siderly do Carmo Dahle 
de.  Avaliando a aprendizagem e o 
ensino com pesquisa no Ensino Mé-
dio. Ensaio: aval.pol.públ.Educ. Rio de 
Janeiro, vol.16, nº.60, p.469-488, Set 
2008. Disponível em: < http://www.
scielo.br/scielo.php?script=sci_arttex-
t&pid=S0104-40362008000300009&l-
ng=pt&nrm=iso> Acesso em: 03 abr. 
2014.
AUTOR DO ARTIGO. Título do artigo. 
Título do jornal. Local de publicação, 
data. Seção, suplemento, número ou 
título do caderno, número de páginas 
do artigo referenciado.
ALMEIDA, Flávio Ferreira de. Minha 
história. Folha de São Paulo. São Pau-
lo, 12 out. 2012. Seção Empreendedor 
Social, Caderno Ilustrada, p. 5-6.
Artigo em jornal
Ao elaborar sua lista de referências, 
verifi que atentamente se todos os 
autores citados no texto constam nas 
referências e vice-versa. Todos os au-
tores listados, obrigatoriamente, de-
verão ter sido mencionados no texto. 
Se você utilizou um livro em suas lei-
turas, mas não o citou no texto, não 
pode constar na lista de referências.
Pós-Graduação | Unicesumar
77
relato de 
caso
A aluna, após cometer plágio e ser notificada, entra em contato com sua orientadora e 
diz “Professora, eu sei que não fiz nada errado. Vocês disseram que eu precisava entre-
gar uma tal de monografia, mas não esclareceram que eu não deveria pedir para outra 
pessoa fazer para mim. Paguei quinhentão. Na verdade, ainda estou pagando porque, 
para mim, isso é muito dinheiro. A senhora sabe o que significa pagar tudo isto? Sabe 
a minha dificuldade pra tirar esse dinheirinho por mês, do salário pouco que ganho? 
Ah, nem deve saber. Se soubesse, não estaria me falando que não poderei receber meu 
diploma. E só agora a senhora me diz que copiar é crime e que eu copiei? Eu nem copiei 
nada não. Vou lhe dar o telefone da mulher que fez o trabalho e a senhora acerta isso 
com ela”. 
Tal aluna sente-se ameaçada e até mesmo desesperada, por verificar que, por um ato que 
teoricamente acredita que não cometeu, pois não sabia que aquilo era crime, perderá 
o seu diploma.
Metodologia da pesquisa
78
Nesta unidade, distinguimos diferentes pos-
sibilidades metodológicas para trabalhar 
na coleta e análise de dados de pesqui-
sas. Inicialmente, observamos que elas se 
dividem em três grupos principais: pesqui-
sas exploratórias, descritivas e explicativas. 
Essa classificação permite que se estabeleça 
qual será o marco teórico da pesquisa. É im-
portante lembrar que essa divisão não deve 
ser engessada, pois muitas pesquisas cabem 
em mais de um modelo, em função de suas 
características.
Também foi possível compreender 
conceitos e diferenças entre pesquisa biblio-
gráfica, documental, experimental, pesquisa 
de campo, estudo de caso, pesquisa-ação, 
pesquisa participante e análise de conteúdo.
Quanto à análise dos dados coletados, vimos 
que eles seguem rigoroso planejamento, obe-
decendo a uma ordem: seleção, codificação e 
tabulação. Após a manipulação dos dados e 
obtenção dos resultados, segue a análise e in-
terpretação desses, sendo tal análise o núcleo 
da pesquisa. A interpretação inclui uma ati-
vidade de caráter intelectual, que busca 
atribuir significado às respostas obtidas, es-
tabelecendo elos com outros conhecimentos 
subjacentes. Nessa fase, é importante que 
o pesquisador estabeleça ligação entre os 
dados obtidos e a teoria lida e exposta na 
fundamentação teórica do trabalho.
Verificamos ainda que adotar uma norma 
é fator essencial para acrescentar valor e cre-
dibilidade ao trabalho acadêmico. As normas 
considerações finais
Pós-Graduação | Unicesumar
79
apresentadas nesta unidade relacionam-se 
às citações, apresentação das referências e 
estrutura dos textos.
Sobre as citações, vimos que elas podem 
se apresentar de modo direto, como cópia 
literal de um texto por nós escolhido, ou 
uma parte dele (mantendo a mesma grafia, 
a mesma pontuação e o mesmo idioma 
de nosso texto), de modo indireto, quando 
estamos redigindo nosso texto e em de-
terminado ponto nos baseamos em ideias 
de outros autores, reproduzindo o sentido 
que eles apresentavam e, por último, como 
citação de citação, quando não consegui-
mos acesso à obra original do primeiro autor 
e consideramos aquela citação fundamental 
para nosso trabalho.
Na sequência da unidade, observamos a 
norma que se ocupa dos elementos que 
devem obrigatoriamente ser incluídos nas 
referências. Tal norma também tem por 
função fixar a ordem dos elementos das 
referências, estabelecendo as devidas con-
venções paratranscrever adequadamente 
a informação advinda da fonte de informa-
ção consultada. 
Para finalizar, constatamos a impor-
tância de adequar nossas produções às 
normas de editoração de texto e, também, 
o cuidado com a clareza, a coesão, a co-
erência e os aspectos gramaticais, como 
aspectos fundamentais para o entendimen-
to das nossas ideias.
Metodologia da pesquisa
80
1. Tipo de pesquisa que se ocupa em 
agregar maior intimidade ao problema 
em questão, tornando-o mais claro e 
específico. Essa pesquisa permite que 
se considerem diversos aspectos di-
ferentes do foco de estudo. Em geral, 
envolve levantamento bibliográfico, 
entrevistas com pessoas que tiveram 
ou têm contato com as questões prá-
ticas que envolvem o problema de 
pesquisa e permitem a análise de 
exemplos. Esse é um conceito para:
a. Pesquisa explicativa.
b. Pesquisa exploratória.
c. Pesquisa descritiva.
d. Pesquisa analítica.
2. Esta técnica exige dois passos essen-
ciais: a observação do fenômeno, 
seguida de entrevista. A observação 
é utilizada para se obter aspectos da 
realidade, de acordo com os sentidos 
do observador, de modo a permitir 
a identificação e provas sobre o ob-
jetivo do estudo. Ela possibilita que 
o pesquisador chegue a determina-
das conclusões, apenas observando o 
comportamento e as atitudes típicas 
de determinado grupo. Esta técnica 
é a:
a. Observação direta intensiva.
b. Entrevista.
c. Questionário.
d. História da arte.
3. A citação pode ser indireta, quando 
incluímos em um texto por nós pro-
duzido uma informação retirada de 
alguma fonte, ou direta, quando co-
piamos trechos retirados de outros 
materiais com a finalidade de res-
paldar, ilustrar ou esclarecer o tema 
atividades de autoestudo
Pós-Graduação | Unicesumar
81
apresentado. Sobre as citações, assi-
nale V para Verdadeiro e F para Falso. 
I. A citação direta é a cópia literal de um 
texto por nós escolhido, ou uma parte 
dele, mantendo a mesma grafia, a 
mesma pontuação e o mesmo idioma. 
Nada pode sofrer alteração.
II. As citações indiretas podem ser curtas, 
quando se apresentam com até três 
linhas, ou longas, quando tem mais 
de três linhas.
III. A citação longa (com mais de três 
linhas) deve figurar em um pará-
grafo distinto daquele que estamos 
escrevendo, com um recuo de dois 
centímetros, a partir da margem es-
querda, com uso de aspas.
IV. A paráfrase deve manter aproximada-
mente o mesmo tamanho da citação 
do autor, sendo colocada no texto sem 
aspas e sem necessidade de inclusão 
do número da página de onde foi 
tirada.
a. V, V, F, F.
b. F, F, V, F.
c. V, F, F, V.
d. F, F, V, V.
4. Usamos este tipo de citação quando 
não conseguimos acesso a obra origi-
nal do primeiro autor e consideramos 
aquela citação fundamental para 
nosso trabalho. É importante tentar 
buscar a obra original, pois assim, 
podemos entender, na íntegra, quais 
eram as ideias daquele autor. Estamos 
falando de:
a. Citação de citação.
b. Citação longa.
c. Citação direta.
d. Citação indireta.
3 TRABALHOS CIENTÍFICOS: ESTRUTURA, FORMA E CONTEÚDO
Professora Dra. Siderly do Carmo Dahle de Almeida
Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará 
nesta unidade:
• Estrutura dos trabalhos científicos
• Elementos pré-textuais
• Elementos textuais
• Elementos pós-textuais
• Redação e Editoração de textos
• Comunicação da pesquisa
• Conceito de trabalho científico
Objetivos de Aprendizagem
• Conhecer as normas que fundamentam a redação e a 
editoração dos textos acadêmicos.
• Distinguir os diferentes elementos que compõem a es-
trutura dos trabalhos acadêmicos.
• Analisar a importância da comunicação da pesquisa, por 
meio de publicação em eventos, artigos de revistas, pu-
blicação de livro etc.
• Compreender as principais características de um traba-
lho monográfico.
• Identificar os princípios gerais, para elaboração de traba-
lhos acadêmicos, visando sua apresentação à instituição.
• Distinguir os diferentes elementos que compõem a es-
trutura dos trabalhos acadêmicos.
• Analisar a importância da comunicação da pesquisa, por 
meio de publicação em eventos, artigos de revistas, pu-
blicação de livro etc.
Qualquer investigação científica tem por finalidade comuni-
car os processos e os resultados ou conclusões que o seu autor 
chegou, para um público específico, que se interessa por aquela 
área de conhecimento. Os trabalhos podem ser divulgados de 
diversos modos: por meio de um artigo, que possa ser publica-
do em periódico, por meio de monografia, com claros objetivos 
acadêmicos (conclusão de curso de graduação, dissertação de 
mestrado ou tese de doutorado), ou, ainda, por uma obra que 
se deseja publicar.
O que se verifica como ponto comum em qualquer tipo de tra-
balho científico é seu caráter monográfico, ou seja, discorre-se 
sobre o problema delimitado e desenvolvido com atitude cien-
tífica. O termo monografia relaciona-se, então, a um problema 
e não, como comumente se pensa, com o fato de ser escrito 
por uma pessoa. Por isso, a definição do problema é tão impor-
tante em uma pesquisa. Tudo se relaciona a ele. A pesquisa só 
existe a partir dele.
3 TRABALHOS CIENTÍFICOS: ESTRUTURA, FORMA E CONTEÚDO
Professora Dra. Siderly do Carmo Dahle de Almeida
Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará 
nesta unidade:
• Estrutura dos trabalhos científicos
• Elementos pré-textuais
• Elementos textuais
• Elementos pós-textuais
• Redação e Editoração de textos
• Comunicação da pesquisa
• Conceito de trabalho científico
Objetivos de Aprendizagem
• Conhecer as normas que fundamentam a redação e a 
editoração dos textos acadêmicos.
• Distinguir os diferentes elementos que compõem a es-
trutura dos trabalhos acadêmicos.
• Analisar a importância da comunicação da pesquisa, por 
meio de publicação em eventos, artigos de revistas, pu-
blicação de livro etc.
• Compreender as principais características de um traba-
lho monográfico.
• Identificar os princípios gerais, para elaboração de traba-
lhos acadêmicos, visando sua apresentação à instituição.
• Distinguir os diferentes elementos que compõem a es-
trutura dos trabalhos acadêmicos.
• Analisar a importância da comunicação da pesquisa, por 
meio de publicação em eventos, artigos de revistas, pu-
blicação de livro etc.
Metodologia da pesquisa
84
texto
redação e editoração do
Ao escrever trabalhos científi cos, deve-se, obrigatoriamente, observar algumas características específi cas, 
como o cuidado e o rigor com a norma culta 
da língua. É normal que as pessoas apresen-
tem modos diferentes, tanto ao falar quanto 
ao escrever, porém, cuidados com a clareza, 
coesão, coerência e aspectos gramaticais 
são fundamentais para o entendimento das 
ideias do autor.
Vamos aqui discorrer um pouco sobre 
a importância de obedecer a pequenas 
regras que podem valorizar muito o traba-
lho produzido.
Pós-Graduação | Unicesumar
85
Quando elegemos um tema para um traba-
lho monográfico, fazêmo-lo porque temos 
certa intimidade com ele. Não adianta es-
colher um tema porque o consideramos “da 
moda” ou porque “todo mundo está falando 
daquele assunto”. Como falamos anterior-
mente, precisamos ter afinidade com o 
tema e uma boa leitura prévia, pois, assim, 
a escrita transcorrerá com maior facilidade.
Ter coerência na elaboração de um texto 
significa deixar as ideias claras, facilitando 
a compreensão de quem o lê. Todo o con-
teúdo produzido deve ser fundamentado 
em dados, em referências que confirmem 
e validem sua escrita.
Outro ponto fundamentalna escrita de um 
A fim de facilitar a leitura e o entendimento do conteúdo que se quer expor, são impor-
tantes os aspectos abaixo:
a. Apresentar as ideias de modo claro, coerente e objetivo, conferindo a devida ênfase 
às ideias e unidade ao texto.
b. Evitar comentários irrelevantes, acumulação de ideias e redundâncias.
c. Usar um vocabulário preciso, evitando linguagem rebuscada e prolixa.
d. Usar a nomenclatura técnica aceita no meio científico.
e. Evitar termos e expressões que não indiquem claramente proporções e quantidades 
(médio, grande, bastante, muito, pouco, nem todos, muitos deles, a maioria, metade e 
outros termos ou expressões similares), procurando substitui-los pela indicação precisa 
em números ou porcentagem, ou optando por associá-los a esses dados.
f. Evitar adjetivos, advérbios, locuções e pronomes que indiquem tempo, modo ou lugar 
de forma imprecisa, tais como: aproximadamente, antigamente, em breve, em algum 
lugar, em outro lugar, adequado, inadequado, nunca, sempre, raramente, às vezes, 
melhor, provavelmente, possivelmente, talvez, algum, pouco, vários, tudo, nada e 
outros termos similares.
g. Evitar o uso de gírias e expressões pouco éticas ou deselegantes. (UFPR, 2011, p. 11).
coerência e clareza
Metodologia da pesquisa
86
trabalho científico é o cuidado com a con-
jugação verbal. Assim, os verbos devem ser 
utilizados na forma impessoal:
Analisou-se 
Observou-se 
Adotou-se 
Verifica-se 
E nunca 
Analisamos 
Observamos 
Adotamos 
Verificamos 
O verbo na primeira pessoa pode ser usado 
com cautela em justificativas, relatórios de 
participação em eventos e memorial. 
Ao final de uma produção de texto, seja 
de uma página ou de duzentas, é preciso 
reler atentamente tudo o que foi colocado, 
observando possíveis erros gramaticais e falta 
de clareza na expressão das ideias. Observe 
atentamente as marcações do corretor au-
tomático de seu editor de texto (em geral 
word), pois quase sempre ele acerta. 
A editoração é a apresentação do texto para 
básicas de modo a auxiliar na formatação 
de seus textos, tomando por base as normas 
da ABNT.
Layout da página
Procure sempre utilizar papel branco em 
tamanho A4, orientação “retrato”, margens su-
perior e esquerda: 3 cm, inferior e direita: 2 cm.
Entrelinhamento
O espaço entre as linhas deve ser de 1,5 cm 
para o texto de modo geral, simples (ou 1cm) 
para citações longas, resumos, referências, 
notas de rodapé, um espaçamento duplo, para 
separar as referências entre si e dois espaços 
de 1,5, para separar os títulos das seções.
Fontes
As fontes mais empregadas em trabalhos 
são a Arial e a Times New Roman. No texto, 
de modo geral, a fonte utilizada é tamanho 
12 e, nas citações longas e notas de rodapé, 
pode-se utilizar o 10 ou 11.
Parágrafos
Os parágrafos devem ser justificados à direita, 
com margem à esquerda de 1,25 cm. As ci-
tações longas devem ser transcritas a 4 cm 
da margem esquerda.
Paginação
Os trabalhos devem ser paginados sempre 
em algarismos arábicos. A capa não deve 
ser contada, nem numerada. As demais 
páginas pré-textuais são contadas, mas não 
numeradas – folha de rosto, dedicatória, 
publicação. Cada instituição costuma adotar 
orientações próprias que, por vezes, divergem 
das diretrizes apontadas pela ABNT, portan-
to, é necessário estar atento às indicações de 
normas para publicação da instituição para 
onde você está escrevendo.
Vamos enumerar aqui algumas normas 
editoração de texto
Pós-Graduação | Unicesumar
87
agradecimentos, sumário e listas. As páginas 
de texto, desde a introdução, devem ser nu-
meradas em algarismos arábicos, no canto 
superior direito da página. As páginas pós-
-textuais, como referências, apêndices e 
anexos, devem ser numeradas na sequên-
cia do texto.
Títulos das seções
Ao fazermos nossos objetivos específicos, 
em nossos projetos de pesquisa, devemos 
pensar nos títulos que vão compor nosso 
trabalho, pois cada objetivo, invariavelmen-
te, será uma seção. Assim, as seções devem 
obedecer a uma sequência lógica de ideias, 
com títulos claros e bem específicos.
Os títulos das seções devem ser tipogra-
ficamente diferenciados, obedecendo-se sua 
hierarquia. Por exemplo:
1. HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
1.1 A EDUCAÇÃO NO MUNDO 
CONTEMPORÂNEO
1.1.1 A educação no Brasil
Observe que, conforme hierarquicamente 
estabelecemos os títulos, a formatação deles 
é diferenciada. A seção primária destaca-se 
em letras maiúsculas e negritadas. A seção 
secundária apresenta-se com letras mai-
úsculas, porém, sem negrito e a terciária 
apresenta-se somente com a primeira letra 
da primeira palavra em maiúscula, toda em 
negrito.
Os agradecimentos, lista de ilustrações, listas 
de abreviaturas e siglas, resumo, sumário, re-
ferências, glossário, apêndice, anexo e índice 
não recebem indicativo numérico. São cen-
tralizados e grafados em letras maiúsculas 
negritadas.
Plágio não é somente a cópia fiel e não 
autorizada da obra de outra pessoa 
−seja ela artística, literária ou cientí-
fica. É também, e mais comumente, a 
cópia “da essência criadora sob veste 
ou forma diferente” (pg. 65 JOA), isto é, 
a apropriação indevida da produção 
de outrem, mascarada por um modo 
distinto de escrever ou pela versão 
para outro idioma, entre várias pos-
sibilidades.
Leia o texto na íntegra, na página da 
PUC RJ, disponível em: <http://www.
puc-rio.br/sobrepuc/admin/vrac/pla-
gio.html>. 
Metodologia da pesquisa
88
trabalhos científicos
Muitos alunos, ao terminarem o curso, julgam 
que TCC é o mesmo que monografia, confun-
dindo esses conceitos. TCC é um Trabalho de 
Conclusão de Curso, que pode ser uma mo-
nografia, mas também pode ser um artigo, 
um relatório ou ainda outro tipo de docu-
mento, contanto que esteja previsto no 
currículo do curso.
Há uma grande confusão também 
entre projeto e TCC. Quando o professor 
solicita o projeto, o aluno pensa que ele já 
é o trabalho de conclusão e fica nervoso 
quando o professor explica que o projeto 
não é ainda o trabalho. São duas fases dis-
tintas. O projeto é o desenho do que será 
realizado no TCC. Ele serve para antecipar 
fatos ao pesquisador, clareando o caminho 
que pretende trilhar.
Após a realização do projeto, que prevê 
tema, problema, objetivo geral, objetivos 
específicos, justificativa, metodologia, fun-
damentação teórica e cronograma, é que 
o pesquisador pode iniciar o processo de 
escrita do TCC.
A monografia apresenta algumas 
características:
a. Trabalho escrito, sistemático e 
completo.
b. Tema específico ou particular de uma 
ciência ou parte dela.
c. Estudo pormenorizado e exaustivo, 
abordando vários aspectos e ângulos 
do caso.
d. Tratamento extenso em 
profundidade, mas não em alcance 
(nesse caso é limitado).
e. Metodologia específica.
f. Contribuição importante, original e 
pessoal para a ciência.
A monografia implica graus de originalidade, 
mas até certo ponto, uma vez que é impossí-
vel obter total novidade em um trabalho. Isso 
é relativo, pois a ciência, sendo acumulativa, 
está sujeita a contínuas revisões (LAKATOS; 
MARCONI, 2008, p. 237).
estrutura do trabalho 
científico
A ABNT NBR 14724 de 2011 se ocupa de espe-
cificar os princípios gerais para a elaboração 
de trabalhos acadêmicos (trabalhos de con-
clusão de cursos, teses, dissertações e outros), 
visando sua apresentação à instituição (banca, 
comissão examinadora de professores, espe-
cialistas designados e/ou outros).
A estrutura dos trabalhos acadêmicos 
compreende elementos pré-textuais, elemen-
tos textuais e pós-textuais, conforme segue:Elementos pré-textuais:
Capa 
Folha de rosto (obrigatório)
Errata (opcional)
Folha de aprovação (obrigatório)
Dedicatória (opcional)
Agradecimentos (opcional)
Pós-Graduação | Unicesumar
89
Epígrafe (opcional)
Resumo na língua vernácula (obrigatório)
Resumo em língua estrangeira (obrigatório)
Lista de ilustrações (opcional)
Lista de tabelas (opcional)
Lista de abreviaturas e siglas (opcional)
Lista de símbolos (opcional)
Sumário (obrigatório)
Elementos textuais
Introdução
Desenvolvimento
Conclusão
Elementos pós-textuais
Referências (obrigatório)
Glossário (opcional)
Apêndice (opcional)
Anexo (opcional)
Índice (opcional)
Vamos entender como cada um desses itens 
deve ser apresentado?
Elementos pré-textuais
Capa: elemento obrigatório. As informações 
são apresentadas na seguinte ordem:
a. nome da instituição (opcional).
b. nome do autor.
c. título: deve ser claro e preciso, 
identificando o seu conteúdo 
e possibilitando a indexação e 
recuperação da informação.
d. subtítulo: se houver, deve ser precedido 
de dois pontos, evidenciando a sua 
subordinação ao título.
e. local (cidade) da instituição onde 
deve ser apresentado.
f. ano de depósito (da entrega).
Folha de rosto: Elemento obrigatório. Segue 
a ordem: 
a. nome do autor.
b. título.
c. subtítulo, se houver.
d. natureza: tipo do trabalho (tese, 
dissertação, trabalho de conclusão 
de curso e outros) e objetivo 
(aprovação em disciplina, grau 
pretendido e outros), nome da 
instituição a que é submetido, área 
de concentração.
e. nome do orientador e, se houver, do 
coorientador.
f. local (cidade) da instituição onde 
deve ser apresentado.
g. ano de depósito (da entrega).
Errata: Elemento opcional. Deve ser inserida 
logo depois da folha de rosto, contendo ini-
cialmente a referência do trabalho seguida 
do texto da errata. 
BRUZAMOLIN, Anna Flávia. Contribuições 
para a melhoria da qualidade do ensino 
superior do curso de administração. 134 
f. Tese (Doutorado em Educação) – Setor de 
Ciências Humanas, Universidade Federal do 
Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2012.
FOLHA LINHA ONDE SE LÊ LEIA-SE
26 11 Autoria interna
Auditoria 
interna
Metodologia da pesquisa
90
Folha de aprovação: Elemento obrigatório. 
Deve ser colocada depois da folha de rosto, 
deve conter o nome do autor do trabalho, 
título do trabalho e subtítulo (se houver), 
natureza (tipo do trabalho, objetivo, nome 
da instituição a que é submetido, área de 
concentração), data de aprovação, nome, 
titulação e assinatura dos componentes da 
banca examinadora e instituições a que per-
tencem. A data de aprovação e as assinaturas 
dos membros componentes da banca exami-
nadora devem ser colocadas somente após 
a aprovação do trabalho.
Dedicatória: elemento opcional. Deve ser 
inserida após a folha de aprovação.
Agradecimentos: elemento opcional. 
Devem ser inseridos após a dedicatória.
Epígrafe: elemento opcional. Elaborada con-
forme a ABNT NBR 10520. Deve ser inserida 
após os agradecimentos. Podem também 
constar epígrafes nas folhas ou páginas de 
abertura das seções primárias.
Resumo na língua vernácula: elemento 
obrigatório. Elaborado conforme a ABNT NBR 
6028. É uma síntese do trabalho. Tem por 
intuito informar o leitor. Na primeira frase, 
deve constar o assunto, na sequência, o(s) ob-
jetivo(s) do estudo, a metodologia adotada 
na pesquisa, os resultados e as considera-
ções finais (conclusão). Deve ser digitado em 
espaço simples e sem abertura de parágrafos 
e ter entre 250 e 500 palavras (esse número 
pode variar de acordo com as normas da ins-
tituição em que se vai publicar o trabalho). 
Não se deve esquecer das palavras-chave. E 
lembre-se: 
• Em resumo não se faz citações.
• Palavras-chave: são termos que 
possibilitam a recuperação de um 
documento. Coloque no máximo três.
Resumo em língua estrangeira: elemen-
to obrigatório. Elaborado conforme a ABNT 
NBR 6028. A instituição pode solicitar que 
seja elaborado em espanhol, em inglês ou 
em francês. Devem acompanhar o resumo, as 
palavras-chave, também transcritas na língua 
estrangeira escolhida.
Lista de ilustrações: elemento opcional. 
Feita de acordo com a ordem em que se apre-
senta no texto, com cada item designado por 
seu nome específico, travessão, título e res-
pectivo número da folha ou página em que 
se encontra. 
Lista de tabelas: elemento opcional. 
Elaborada de acordo com a ordem apre-
sentada no texto, com cada item designado 
por seu nome específico, acompanhado do 
respectivo número da página em que se 
encontra.
Lista de abreviaturas e siglas: elemento 
opcional. É a relação alfabética das abrevia-
turas e siglas utilizadas no texto, seguidas 
das palavras ou expressões corresponden-
tes grafadas por extenso. 
Pós-Graduação | Unicesumar
91
Sumário: elemento obrigatório. Elaborado 
conforme a ABNT NBR 6027.
Elementos textuais
Introdução: A introdução deve apresentar, 
de forma clara, coerente e simples, o tema 
sobre o qual o pesquisador se debruçou, o 
problema que pretende elucidar com a pes-
quisa, os objetivos a atingir, a importância e 
sua relação com o assunto (que é a justifica-
tiva para o estudo), a metodologia adotada, 
uma rápida apresentação de trabalhos que 
fundamentaram a pesquisa e, ao final, deve 
dar um panorama geral e breve do que será 
discutido em cada capítulo.
Na introdução, deve-se transcrever 
os itens do projeto (tema, problema, 
justificativa, objetivos, metodologia, 
exceto o cronograma e as referências), 
em forma dissertativa, isto é, retiran-
do os itens. Mas não se esqueça dos 
princípios básicos da construção de 
textos da língua portuguesa: a coerên-
cia, a coesão e a unidade textual. 
Desenvolvimento: o desenvolvimento cor-
responde ao corpo do trabalho, é o texto 
em si, excetuando a introdução e a conclu-
são. Assim, devem constar a Fundamentação 
Teórica, a Metodologia e, quando for uma 
pesquisa de campo, a Análise e Interpretação 
dos Dados.
Na Fundamentação Teórica, observe os 
pontos abaixo:
• Para a produção de um texto 
acadêmico, é necessário realizar um 
levantamento bibliográfico ou “estado 
da arte”: um estudo aprofundado da 
bibliografia selecionada que discute o 
tema escolhido.
• Ao trazer ideias já discutidas por 
teóricos da área de estudo, quer 
na íntegra ou parafraseadas, 
lembre-se que é imprescindível 
citar adequadamente a fonte, 
apresentando: autor, data e número 
da página de onde foi retirado o texto 
do outro autor.
Desse modo, para que possamos elaborar o 
desenvolvimento, é preciso que recorramos 
à literatura pertinente, buscando o emba-
samento necessário para o nosso estudo. É 
no processo de escrita do desenvolvimento 
que utilizamos as citações, que servem para 
abalizar ou contradizer aquilo que escreve-
mos. É isso que acrescenta cientificidade ao 
texto acadêmico. 
Considerações Finais ou Conclusão: 
o momento da escrita das considerações 
finais é, sem dúvida, o mais esperado durante 
todo o processo de escrita do trabalho e, 
até mesmo, do curso que se está realizan-
do. No entanto, encerrar um trabalho exige 
um esforço de concentrar tudo que se ob-
servou, estudou, pesquisou e elaborou, de 
forma concisa e pontual. 
Por esse motivo, as citações devem ser 
evitadas, pois é o momento de encerrar um 
Metodologia da pesquisa
92
trabalho, expondo nele suas aprendizagens, 
verificando se os objetivos propostos lá na 
introdução foram atingidos. 
Se a escrita não estiver fluindo, expe-
rimente fazer uma lista com os principais 
tópicos do trabalho,seguido de um resumo 
de cada um. Depois, retire os títulos dos 
tópicos e procure fazer um texto dissertati-
vo com os resumos elaborados. Lembre-se 
ainda de inserir os principais dados que o 
levaram àquelas conclusões.
Outro ponto importante é enfatizar qual 
foi a contribuição do trabalho para a área de 
estudo e quais as lacunas que não puderam 
ser preenchidas e que abrem espaço para 
novas pesquisas na área.
De modo geral, as considerações devem 
apresentar:
• Breve resumo de cada capítulo 
abordado.
• Síntese dos resultados alcançados.
• Sugestões para outras pesquisas.
Todo corpo do trabalho, enfim, esteve 
voltado para responder às questões iniciais, 
elencadas no projeto de pesquisa. Ao final 
da pesquisa, o aluno precisará fechar todas 
essas questões em aberto e ele fará isso na 
conclusão:
a. Sua pesquisa resolve, amplia 
a compreensão, mostra novas 
relações ou mesmo descobre outros 
problemas em relação ao problema 
originalmente escolhido?
b. Sua hipótese, ao final, foi confirmada 
ou refutada pela pesquisa?
c. Os objetivos gerais e específicos 
previamente definidos foram 
alcançados?
d. A metodologia de trabalho escolhida 
foi suficiente para a consecução de 
seus propósitos? Houve necessidade, 
ao longo da pesquisa, de adotar 
outras técnicas ou procedimentos 
para lidar com situações não 
previstas?
e. A bibliografia previamente 
selecionada correspondeu a suas 
expectativas?
f. Da leitura, análise, comparação e 
síntese de diferentes autores sobre 
o mesmo tema qual é sua postura 
diante desse tema, terminado o 
trabalho de pesquisa?
A conclusão é, portanto, um resumo mar-
cante dos argumentos principais, é síntese 
interpretativa dos elementos dispersos pelo 
trabalho, ponto de chegada das deduções 
lógicas, baseadas no desenvolvimento. 
Deve levar à convicção os hesitantes, se, 
porventura, ainda houver, e isso você só 
conseguirá se reservar para a conclusão 
aquilo que seja realmente essencial para a 
compreensão do tema. Isso quer dizer que 
o resumo conclusivo deve ser enérgico, 
breve, exato, firme e convincente (CERVO, 
BERVIAN, 2003, p. 146).
Pós-Graduação | Unicesumar
93
Elementos pós-textuais
Evidentemente, são os elementos que figuram 
após o desenvolvimento de todo o trabalho 
e que apresentam características específicas, 
sendo alguns tópicos opcionais e outros obri-
gatórios. São elementos pós-textuais:
Referências: a lista de referências é obri-
gatória em qualquer tipo de trabalho e nela 
devem figurar apenas os materiais que foram 
citados ao longo do trabalho. As referências 
utilizadas como leitura e estudo não podem 
figurar aqui. Como vimos, podemos fazer uso 
de diversas outras fontes que não apenas 
bibliografia, entre elas: softwares, cds, dvds, 
internet, para citar algumas. Logo, o nome 
da lista deve ser apenas “Referência”, não in-
cluindo a palavra “bibliográfica” já que não 
estamos falando apenas de livros.
Em geral, oriento a abrir outro docu-
mento com o nome referências e, enquanto 
escreve o texto, no momento em que incluir 
uma citação, já coloque a referência dela na 
lista. Ao final do trabalho, bastará colocar a 
lista em ordem alfabética, retirando os títulos 
que estiverem em duplicidade. Isso facilita 
muito e evita que obras que tenham sido 
citadas sejam esquecidas no momento de 
fazer a lista.
Essa lista apresenta duas funções pri-
mordiais: demonstrar quais foram as obras 
utilizadas para dar sustentação teórica ao 
trabalho e, ainda, permitir que os leitores 
possam consultar essas fontes para comple-
mentar a leitura.
Glossário: é um elemento opcional. Objetiva 
apresentar palavras que não sejam de uso 
comum do leitor e que, por isso, causam 
dúvida a respeito de seu significado. A lista, 
tal qual as referências, deve ser apresenta-
da em ordem alfabética, facilitando a busca.
Apêndice: o apêndice é também um ele-
mento opcional e nele devem ser inseridos 
documentos elaborados pelo próprio autor 
do trabalho. É importante classificar o apên-
dice, utilizando uma letra maiúscula, seguida 
do nome do apêndice, sempre centralizado. 
Por exemplo:
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO APLICADO 
AOS PROPRIETÁRIOS DE SUPERMERCADOS 
DA REGIÃO CENTRAL DE PORTO ALEGRE
Anexos: são também elementos opcio-
nais e apresentam documentos e textos 
que não foram elaborados pelo autor do 
trabalho. Seguem a mesma apresentação 
do apêndice:
ANEXO A – LEGISLAÇÃO VIGENTE
Índice: último elemento opcional. Tem por 
objetivo organizar sistemática e alfabetica-
mente termos, frases ou palavras.
Metodologia da pesquisa
94
Depois de um exaustivo trabalho de pes-
quisa, que envolve muito estudo, escolha 
de fontes que propiciem a adequa-
da fundamentação teórica da pesquisa, 
levantamento e tabulação de dados e, fi-
nalmente, a cuidadosa escrita de tudo que 
foi visto, é necessário pensar que não se 
pretende, de modo algum, que tudo isso 
fique escondido em uma gaveta, após a 
defesa para uma banca. A disseminação de 
seu trabalho propiciará que tantos outros 
pesquisadores, alunos e leitores de modo 
geral possam ter acesso a tudo que você 
produziu.
Em geral, nossa tendência é pensar que 
ninguém dará importância a tudo que reali-
zamos e que o trabalho todo se encerra com 
a apresentação final. É preciso, após a apre-
sentação, buscar um meio de divulgar seu 
trabalho. As formas mais comuns de se fazer 
isso é redesenhar o trabalho, para o formato 
de artigo científico, para publicação em con-
gressos ou em revistas especializadas. 
Cada evento ou revista publicará suas 
normas para apresentação de trabalho 
e isso é um primeiro passo para que seu 
artigo seja aceito. Cada instituição estabe-
lece suas próprias normas e elas devem ser 
comunicação da pesquisa
Você sabe a diferença entre 
anexo e apêndice?
Anexo é um texto ou 
documento que não foi 
elaborado pelo autor do 
trabalho, já o Apêndice é 
um texto ou documento 
que precisou ser elaborado 
pelo autor do trabalho. 
Em geral, figuram como 
apêndices as entrevistas 
ou questionários realizados 
para obter dados para 
o trabalho, relatórios de 
visita, ou seja, documentos 
criados pelo próprio autor. 
Já os anexos podem ser 
leis, documentos ou outros 
textos, elaborados por 
outros autores, mas que 
consideramos importante 
colocar no trabalho, 
validando-o. 
E a diferença entre sumário 
e índice?
Sumário é a enumeração 
das principais divisões, 
seções e outras partes 
de um documento, na 
mesma ordem em que a 
matéria nele se sucede. 
Índice, por sua vez, é uma 
enumeração detalhada, 
em ordem alfabética, 
dos nomes de pessoas, 
nomes geográf icos, 
acontecimentos etc., com a 
indicação de sua localização 
no texto (informação verbal, 
por telefone) (MONTEIRO, 
1998). 
Pós-Graduação | Unicesumar
95
rigorosamente atendidas.
Vamos tomar o SciELO, que já foi anterior-
mente citado na unidade II, como exemplo, 
por apresentar diversos periódicos que pu-
blicam artigos científicos e que aceitam 
submissão de trabalhos.
Em revista brasileira de economia, disponível 
em: <http://www.scielo.br/scielo.php?scrip-
t=sci_serial&pid=0034=7140-&lng=pt&nrm-
iso>, podemos observar, no menu ao lado 
esquerdo da tela, um ícone que dá acesso a 
“instrução aos autores”:
Siga todas as instruções disponíveis no site, 
pois isso aumenta consideravelmente suas 
chances de ver seu artigo publicado lá. No 
caso específico dessa revista, as principais re-
comendações são:
Os artigos submetidos a RBE devem obe-
decer às seguintes regras de apresentação 
dos originais:
• Na submissãoinicial, os artigos devem 
ser enviados em PDF;
• Se aprovado, a editoração para publica-
ção só será gratuita para o artigo enviado 
em formato LaTeX (classe article). Para 
arquivos em formato DOC (Microsoft 
Word) ou RTF, será cobrada uma taxa de 
R$ 12,00 (doze reais) por página. Nenhum 
outro formato será aceito.
• Os artigos deverão ser acompanhados 
de resumos em português e em inglês, 
com no máximo 100 (cem) palavras com 
indicação de palavras- chave e códigos 
de classificação JEL;
• Na primeira página devem constar 
as seguintes informações sobre o 
autor: nome, instituições a que está vin-
culado e endereço para correspondência;
• As referências bibliográficas dos artigos 
devem ser elaboradas de acordo com 
as normas da Associação Brasileira de 
Normas Técnicas (ABNT, NBR-6023) e 
apresentadas no final do texto. Quando 
na utilização do Latex, as referências bi-
bliográficas deverão estar em um arquivo 
.bib separado, para serem processadas 
pelo programa BibTeX;
• Os trabalhos deverão ser enviados, ex-
clusivamente, através do sistema de 
submissão eletrônica deste site (RBE1).
Importante salientar ainda que, se você tiver 
pressa na publicação, deve optar por algum 
evento na área. Eles são muito mais rápidos 
para dar retorno sobre a possibilidade da 
publicação. Lembre ainda que, se enviar 
um artigo para determinada revista, você 
não pode enviar o mesmo artigo simulta-
neamente para outra revista, nem mesmo 
para eventos na área, pois se exige publica-
ção inédita. Muitas vezes, a publicação em 
1 RBE. Normas para colaborações. Disponível em: <http://
www.anped.org.br/rbe/normas-para-colaboracoes>. 
Acesso em: 02 abr. 2014.
Metodologia da pesquisa
96
um periódico científico importante da área 
pode levar até mais de um ano para ser lido 
pelos pareceristas. Por isso, a recomendação 
expressa de não se ter pressa nesse caso.
Outro ponto a se observar é a classificação 
qualis da revista que você escolheu para 
enviar seu trabalho.
Aparecerá como resultado, uma lista 
com as diversas áreas de formação e a 
qualificação em cada área. Observe que, 
para Administração, Ciências Contábeis e 
Turismo, a classificação é B1.
Para saber o qualis de deter-
minada revista, acesse o site: 
<http://qualis.capes.gov.br/
webqualis/publico/pesquis-
aPublicaClassificacao.seam;-
jsessionid=2756B792B64B-
113F11CA09A4A64AE923.
q u a l i s m o d c l u s -
ter-node-64?conversation-
Propagation=begin> e digite 
o número do ISSN do periódi-
co a ser pesquisado, compos-
to por dois blocos de quatro 
dígitos e separado por um 
hífen. No caso da Revista de 
Economia Contemporânea, 
o ISSN é 1415-9848.
Pós-Graduação | Unicesumar
97
Qualis é o conjunto de procedimentos 
utilizado pela Capes para estratificação 
da qualidade da produção intelectual 
dos programas de pós-graduação. Tal 
processo foi concebido para atender 
as necessidades específicas do siste-
ma de avaliação e é baseado nas in-
formações fornecidas por meio do 
aplicativo Coleta de Dados. Como re-
sultado, disponibiliza uma lista com 
a classificação dos veículos utilizados 
pelos programas de pós-graduação 
para a divulgação da sua produção.
A estratificação da qualidade dessa 
produção é realizada de forma indireta. 
Dessa forma, o Qualis afere a qualidade 
dos artigos e de outros tipos de pro-
dução, a partir da análise da qualidade 
dos veículos de divulgação, ou seja, 
periódicos científicos.
A classificação de periódicos é realiza-
da pelas áreas de avaliação e passa por 
processo anual de atualização. Esses 
veículos são enquadrados em estratos 
indicativos da qualidade - A1, o mais 
elevado, A2, B1, B2, B3, B4, B5, C - com 
peso zero.
Continue a leitura em CAPES. Qualis 
periódicos. Disponível em: <http://
www.capes.gov.br/avaliacao/qualis>. 
O Qualis Periódicos está dividido em oito es-
tratos, em ordem decrescente de valor:
A1, A2, B1, B2, B3, B4, B5 e C.
Os quatro primeiros estratos ficaram 
assim classificados: 
A1-Fator de Impacto igual ou superior a 3,800. 
A2-Fator de Impacto entre 3,799 e 2,500.
B1-Fator de Impacto entre 2,499 e 1,300.
B2-Fator de Impacto entre 1,299 e 0,001 .
Como a classificação para o periódico de 
nosso exemplo é B1, significa que ele figura 
entre os quatro primeiros estratos e isso é 
bem interessante para seu currículo.
Ao terminar um curso de pós-gradu-
ação, o aluno “A” escreveu um artigo 
como trabalho de conclusão de curso 
e o apresentou para a apreciação de 
uma banca de defesa. O trabalho foi 
devidamente aprovado e recebeu in-
dicação para ser publicado. O aluno, 
ao receber tal incumbência, entrou em 
contato com algumas revistas qualifi-
cadas para encaminhar seu texto. Ao 
enviar, escolheu uma revista e, após 
seis meses, o artigo não foi publicado. 
O autor queria, então, saber se poderia 
enviar para outra revista.
Enquanto a primeira revista não der 
parecer favorável ou negativo ao autor, 
ele não pode encaminhar o mesmo 
artigo a outro periódico, sob pena de 
não conseguir publicar em nenhum. 
A demora é normal. Certos periódicos 
levam um ano ou mais para dar retorno 
aos pesquisadores.
Metodologia da pesquisa
98
Observamos nesta unidade que o que se ve-
rifica como ponto comum em qualquer tipo 
de trabalho científico é seu caráter monográ-
fico, no sentido da escolha de um problema 
que será o mote da pesquisa.
Distinguimos que a estrutura dos traba-
lhos acadêmicos compreende elementos 
pré-textuais, elementos textuais e pós-tex-
tuais, sendo que nos pré e pós-textuais 
figuram elementos obrigatórios e elemen-
tos opcionais.
Vimos, ainda, a importância que se deve 
atribuir não apenas ao momento da escrita, 
mas, principalmente, ao momento da dis-
seminação do estudo, o que possibilta que 
outras pessoas tenham acesso a ele.
Para divulgar o trabalho, notamos que é 
essencial obedecer rigorosamente às normas 
de publicação sugeridas pelo evento ou pelo 
periódico, sendo este o primeiro passo para 
submissão desse trabalho.
Um ponto importante a considerar é 
que, se houver pressa na publicação, deve-se 
eleger algum evento (congresso, seminá-
rio, semana acadêmica) na área. Eles são 
mais ágeis para dar resposta sobre a publi-
cação. Recomendamos ainda que os artigos 
não devem ser enviados simultaneamente a 
outros eventos ou periódicos, tendo em vista 
que se exige publicação inédita e, ainda que 
fosse duplamente publicado, não agregaria 
valor ao seu currículo. 
considerações finais
Pós-Graduação | Unicesumar
99
1. Muitos alunos, ao terminarem o curso, 
julgam que TCC é o mesmo que mo-
nografia, confundindo conceitos. TCC 
é um Trabalho de Conclusão de Curso 
que pode ser uma monografia, mas 
também, pode ser um artigo, um 
relatório ou ainda outro tipo de do-
cumento, contanto que esteja previsto 
no currículo do curso. A monografia 
apresenta algumas características es-
senciais, entre elas:
I. Trabalho escrito, sistemático e 
completo.
II. Tema específico ou particular de uma 
ciência ou parte dela.
III. Estudo pormenorizado e exaustivo, 
abordando vários aspectos e ângulos 
do caso.
IV. Tratamento extenso em profundida-
de, mas não em alcance (nesse caso 
é limitado). 
a. Apenas as alternativas I e II estão 
corretas.
b. Apenas as alternativas II e IV estão 
corretas.
c. Apenas as alternativas I e III estão 
corretas.
d. Todas as alternativas estão corretas.
2. Qualis é o conjunto de procedimentos 
utilizados pela Capes para estrati-
ficação da qualidade da produção 
intelectual dos programas de pós-
graduação. Sobre o qualis, é correto 
afirmar que:
I. Tal processo foi concebido para 
atender as necessidadesespecíficas 
do sistema de avaliação e é baseado 
nas informações fornecidas por meio 
do aplicativo Coleta de Dados. 
II. O Qualis afere a qualidade dos artigos 
e de outros tipos de produção, a partir 
da análise da qualidade dos veículos 
de divulgação, ou seja, periódicos 
científicos.
III. A classificação de periódicos é realiza-
da pelas áreas de avaliação e passa por 
processo anual de atualização. Esses 
veículos são enquadrados em estra-
tos indicativos da qualidade - A1, o 
mais elevado; A2; B1; B2; B3; B4; B5; C 
- com peso zero.
a. Apenas as alternativas I e II estão 
corretas.
b. Apenas a alternativa II está correta.
c. Apenas as alternativas I e III estão 
corretas.
d. Todas as alternativas estão corretas.
atividades de autoestudo
Metodologia da pesquisa
100
Espero que você tenha gostado e aprendido 
com a leitura deste livro, ou que, ao menos, 
tenha despertado em você a vontade de 
aprender mais sobre o assunto, pois um 
assunto nunca se esgota. Basta acrescentar-
mos o nosso olhar, as nossas aprendizagens 
anteriores, a nossa prática.
O que se pretendia com a escrita desse 
material era servir de apoio para a construção 
de suas pesquisas, mostrando, essencial-
mente, o quanto é importante desenvolver 
pesquisa em nosso país e disseminá-la.
Vamos rever alguns pontos que 
apresentamos.
Em nossa primeira unidade, intitulada 
“Ciência e conhecimento científico”, refleti-
mos sobre o real significado e importância 
do conhecimento, considerando uma visão 
da história da humanidade, distinguindo 
diferentes tipos de conhecimento e seus des-
dobramentos, pois há uma visão distorcida 
sobre a ciência, que se chama cientificismo 
ou positivismo, em que se valoriza a ideia 
de que a ciência está acima de todas as 
outras formas de conhecimento. Também, 
foi possível examinar alguns conceitos de 
ciência e seus principais aspectos e métodos, 
essencialmente o indutivo, o dedutivo, o hi-
potético dedutivo e o dialético. Ainda nessa 
unidade, observamos como fundamentar 
nossos trabalhos, verificando quais fontes 
tem caráter científico e podem, de fato, 
agregar valor.
Na segunda unidade, “Elaboração de pro-
jetos e fontes de pesquisa”, pretendeu-se 
explanar sobre a importância de desenvol-
ver um projeto, sempre que se quer realizar 
uma pesquisa científica, pois ele é o mapa 
que define onde podemos chegar com a 
pesquisa que queremos fazer. Para poder ela-
borar um bom projeto, que contemple todas 
as nossas necessidades, devemos seguir 
uma estrutura que facilitará nosso poste-
rior estudo, escrita e disseminação de nossa 
pesquisa. Também, viabilizou-se observar a 
importância de trazer o olhar de diferentes 
autores sobre o tema em que nos debruça-
mos, pois isso agrega valor de autoridade 
para fundamentar nossas ideias. Como não 
basta colocar as citações, é preciso saber 
como grafá-las, nesta unidade, disponibili-
zamos algumas regras básicas para fazer uso 
delas. Por último, nesta unidade, observamos 
diversos métodos e técnicas que comumen-
te utilizamos em nossas pesquisas, para a 
coleta de dados, verificando como esses 
dados podem ser analisados e apresentados 
em nossas publicações. Especialmente neste 
livro, apresentamos a pesquisa bibliográfica, 
a documental, a experimental, a pesquisa de 
conclusão
Pós-Graduação | Unicesumar
101
campo, o estudo de caso, a pesquisa-ação, 
a pesquisa participante e a análise de con-
teúdo. Se você tiver interesse e pesquisar, 
observará que existem ainda outras classi-
ficações que podem melhor se adequar ao 
tipo de pesquisa que pretende desenvolver.
Por último, na unidade III, intitulada 
“Trabalhos científicos: estrutura, forma e 
conteúdo”, foram apresentadas as principais 
características de um trabalho monográfi-
co e seus conceitos, identificando alguns 
princípios gerais pra a elaboração de traba-
lhos acadêmicos. Outro ponto de destaque 
é verificar quais elementos devem compor a 
estrutura de tais trabalhos e, principalmente, 
a relevância em se comunicar a pesquisa rea-
lizada, disseminando o conhecimento obtido, 
para que outras pessoas possam também 
aprender com ele. Falando em regras básicas, 
nesta unidade, também vimos diversas 
normas que fundamentam a redação e a edi-
toração de nossas pesquisas.
Ao produzir este material, estava pensan-
do em contribuir com o desenvolvimento 
de seus trabalhos, mas gostaria de lembrá-lo 
que não houve a pretensão de esgotar tal 
assunto. Na verdade, temos aqui uma breve 
visão do que é pesquisar... Espero contribuir 
para fomentar em você o desejo de sempre 
aprender e buscar mais conhecimento.
Siderly do Carmo Dahle de Almeida 
ATIVIDADES DE AUTOESTUDO
UNIDADE 1
Questão 1 – a
Questão 2 – d
Questão 3 – c
ATIVIDADES DE AUTOESTUDO
UNIDADE 2
Questão 1 – b
Questão 2 – a
Questão 3 – c
Questão 4 – a
ATIVIDADES DE AUTOESTUDO 
UNIDADE 3
Questão 1 – d
Questão 2 – d
gabaritos
Metodologia da pesquisa
102
ALMEIDA, S. Avaliando a aprendizagem e o ensino com pesquisa no 
Ensino Médio. Curitiba: 2006. 94 f. Dissertação. Programa de Pós Graduação 
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NBR 6022. Rio de Janeiro, 2003.
_______. Informação e documentação. Citações em documentos – 
Apresentação. NBR 10520. Rio de Janeiro, 2002.
_______. Informação e documentação. Numeração progressiva das seções 
de um documento escrito – Apresentação. NBR 6024. Rio de Janeiro, 2003.
_______. Informação e documentação. Projeto de pesquisa — 
Apresentação. NBR 15287. Rio de Janeiro, 2011.
_______. Informação e documentação. Publicação periódica científica 
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