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Fichamento Diretrizes para a Concretização das Cláusulas Gerais Executivas

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Fichamento Diretrizes para a Concretização das Cláusulas Gerais Executivas 
 
O autor começa explicando que se acreditava que os meios executivos eram mais eficazes exatamente conforme o que estava em escrito em lei. Entretanto, com o passar do tempo não havia como o legislador adivinhar todas as possibilidades dos casos concretos. Para melhor compreendimento, o autor comenta sobre o chamado princípio da tipicidade dos meios executivos e que este princípio foi perdendo espaço para o princípio da concentração dos poderes de execução do juiz, ou seja, os poderes foram se concentrando nas mãos do juiz. Dessa forma, o CPC de 2015 se adequou a nova realidade, vindo com um sistema de medidas executivas típicas e atípicas que se adequam a natureza da prestação executada, sendo as formas atípicas decorrente de três enunciados normativos: atrs. 139, IV, 297 e o § 1º do art. 536.
De acordo com o explicado no texto, a cláusula geral serve para solucionar problemas concretos, ajudando o magistrado. Assim, a utilização das cláusulas gerais aproximou o sistema do civil law com o sistema do common law, dando dois exemplos, o reforço da jurisprudência na criação da normas gerais, além de a cláusula geral funcionar como um elemento de conexão, permitindo ao juiz fundamentar sua decisão em casos precedentemente julgados. Agora já se tratando da execução direta e indireta, o autor frisa que os artigos anteriormente citados autorizam tais meios
Sobre a aplicação dos artigos 139, IV, 297 e o § 1º do art. 536, o autor comenta e explica por meio de texto e de uma tabela a incidência desse dispositivos. Falando que o art. 139, IV acaba por ser mais amplo do que o § 1º do art. 536. Nesse ponto do texto, o autor explica que desses comandos extrai-se que a execução para efetivação das prestações de fazer, nao fazer e dar como coisa distinta de dinheiro é atípica. 
Mais a frente, o texto continua explicando as medidas executivas, como por exemplo a execução por quantia certa, como também a indicação de bens a penhora sob pena de multa.
Mas vemos também que essas medidas executivas não se aplicam apenas ao executado, mas também podem ser aplicadas a terceiro e ao próprio demandante da ação, pois o art. 77, IV do CPC é determinado que todos quantos participam do processo tem o dever de cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais. Como por exemplo, o réu pode requerer que o demandante seja compelido a exibir determinado documento. Norma baseada pelo princípio da boa-fé processual e da cooperação. 
Posteriormente, o autor coloca os critérios para a fixação da medida executiva atípica, que devem ser seguidos da melhor forma possível. O texto explica que pelo princípio da tipicidade dos meios executivos, a escolha da medida executiva é definida pela lei e que pelo princípio da atipicidade dos meios executivos, é preciso investigar qual o parâmetro de controle de escolha realizada pelo juiz. Explica ainda que a escolha da medida atípica deve pautar-se nos postulados da: (a) proporcionalidade - a medida escolhida deve buscar a melhor solução para o conflito para ambas as partes-, (b) da razoabilidade - um equilíbrio entre a norma geral e o caso concreto, (c) proibição de excesso - qualquer decisão está proibida de reduzir um direito fundamental, (d) eficiência - a solução deve ser o mais eficaz possível, (e) menor onerosidade da execução - custar o menos possível. 
Dessa maneiras, o conjunto desses postulados juntados aos princípios impõem ao juiz a observância dos seguintes critérios de escolha da executividade a ser usada no caso concreto. 
A medida deve ser adequada, necessária, a medida deve conciliar os interesses contrapostos (a medida deve observar o contraditório). 
Como já foi dito, todos os pronunciamentos judiciais de cunho decisório precisam ser fundamentados, deve o juiz na fundamentação decisória expor racionalmente os motivos da sua escolha. Além, o juiz também não está limitado a medida executiva atípica proposta pelo interessado, ele pode também impor providência não requerida pela parte, como também é lícito ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte interessada, alterar a medida executiva imposta quando ela se mostrar ineficaz.
Há determinadas medidas executivas típica as que a lei exige que somente podem ser determinadas após requerimento da parte. Como por exemplo: prisão civil do devedor de alimentos; penhora online; a inclusão do nome do executado em cadastros de inadimplentes; a constituição de capital na execução de alimentos indenizativos; valendo-se assim para as atípicas. Entende-se que o juiz não pode, ex officio, determinar uma medida atípica para a qual a lei expressamente prevê obrigatoriamente a provocação da parte. Destarte, a medida atípica determinada não pode constituir-se em um ilícito (civil, penal, internacional, etc.). 
O texto explica que algumas decisões tem por base um processo estrutural, as chamadas decisões estruturais. São elas qualquer decisão que busca implementar uma reforma estrutural em um ente, organização ou instituição, tendo como objetivo concretizar um direito fundamental, realizar uma política pública ou resolver litígios complexos. Também é abordado a complexidade das decisões estruturais, mas para melhorar o entendimento dá diversos exemplos do que poderiam ser consideradas decisões estruturais de acordo com o conceito, entendimento de juristas e decisões proferidas pelo STF e outros.
Por fim, é apresentada uma questão aparentemente polêmica, se as partes podem por convenção processual restringir o poder executivo do órgão julgador. O novo CPC consagrou a possibilidade ampla negociação sobre o procedimento e as situações jurídicas processuais. As partes não podem impedir que o juiz sancione ilícitos processuais. Mas, podem por exemplo, convencionar a possibilidade da proibição de determinadas medidas executivas como também, já aceitar certas medidas atípicas. Dessa maneira, a responsabilidade pela execução que se constatar injusta é do exequente e por esse motivo é justo que ele tenha o poder de avaliar se quer ou não correr o risco.

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