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PLANEJAMENTO DE PRODUTOS DIGITAIS 1

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PLANEJAMENTO DE 
PRODUTOS DIGITAIS 
AULA 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Mauro Bruno Pinto 
 
 
2 
 
CONVERSA INICIAL 
As mídias sociais ocupam cada vez mais espaço no tempo de navegação 
dos usuários. É possível acessá-las nos mais diversos dispositivos: 
computadores, telefones móveis, tablets e smart tvs. 
O interesse nas mídias sociais pode ser definido pelos recursos que 
oferece dentro da proposta das redes – compartilhamento de conteúdo 
relevantes aos grupos. 
As mídias convencionais como jornal, revista, rádio e TV procuram ao 
novo formato digital fazendo uso de todos os recursos possíveis – imagens, 
streamings de áudio e vídeo num processo oferecer mais recursos 
compartilhados (Mashups) que tenham relevância para o usuário. 
CONTEXTUALIZANDO 
Autores, especialistas e promotores das redes sociais profetizam a 
extinção das redes convencionais de comunicação. As afirmações são feitas 
baseadas nas reduções de tiragem, circulação e redução de assinantes dos 
meios impressos, queda de audiência nos veículos de radiodifusão e o 
crescimento exponencial de consumo multitela. 
No livro “O Declínio da Mídia de Massa”, o autor Joseph Jaffe aponta o 
fim do comercial de 30 segundos na TV convencional e com ele o modelo de 
ganhos das agências com produção e veiculação. Para o autor as agências e 
veículos convencionais devem entender que o processo de compartilhamento e 
a escolha de relevância de conteúdo proporcionados pela web não corroboram 
mais com a indução de ações e tendências por anúncios e meios de 
comunicação de massa e que o investimento nesses meios possui muita 
dispersão de recursos e resultados de mensuração insuficientes. 
Atualmente os recursos disponibilizados na rede convertem o público a 
buscarem informações na web. 
Qual será o futuro das mídias convencionais? 
 
 
 
3 
TEMA 01 – VEÍCULOS IMPRESSOS E A TRANSIÇÃO PARA O DIGITAL 
Periódicos Impressos: jornal e Revista 
A tarefa do jornal é noticiar. A compra do jornal tem seu valor agregado 
ao conteúdo, a notícia e a periodicidade. O formato das editorias e formas de 
escrever mudou, mas na essência o jornal é o periódico de comunicação. 
Considerado como o primeiro grande veículo de comunicação de massa, 
também foi a primeira grande mídia publicitária. 
Apesar de alterações de formato adotados – standard, berliner, tabloide 
inglês, tabloide alemão – na essência os formatos publicitários pouco foram 
alterados. 
Com a chegada da internet o periódico impresso perdeu espaço para 
outras formas de mídia de divulgação de notícias, e os leitores dos veículos estão 
preferindo migrar para leitura visual de seu jornal ou revista. Os jornais de grande 
circulação (distribuição do formato impresso) vêm reduzindo suas tiragens 
(impressões) a cada ano. 
Segundo Tapscott e Willians (2011), a queda da venda de jornal é o 
resultado sistêmico das consequências causadas pela revolução digital. 
Os dados levantados pela Pesquisa Brasileira de Mídia 2016, realizado 
pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República indica que 
em média os brasileiros leitores de jornal dedicam uma hora de leitura por dia. 
Já o Instituto de Verificação de Circulação (IVC), instituto de pesquisa que 
aufere tiragem e circulação de jornais revistas aponta que reduziu em média 
7,9% nos jornais brasileiros de grande circulação. 
Para Tapscott e Willians a queda do jornal impresso é a ascensão do 
jornal digital, a qual nomearam de Novo Jornal. Esse novo modelo de produção 
de conteúdo se baseia em novas espécies de comunidade disposta a colaborar, 
sociabilizar, criar e colaborar. O conteúdo não é exclusividade do veículo. Os 
novos criadores são usuários. 
 
 
4 
No novo modelo o jornal não é um documento estático, com páginas 
que marcam um ponto no tempo-espaço convertendo a linguagem do 
jornal com recursos ofertados pelo ambiente digital como fotos 
expansíveis, dados complementados por hiperlinks, vídeos e infográficos 
animados. 
Outro grande desafio dos periódicos é a relação do público digital com a 
confiabilidade da informação. Jornais e revistas passam a ser mais questionados 
sobre a veracidade de seu conteúdo. Tampscott e Willians ao citar Clay Shirky, 
sintetizam bem a relação do conteúdo e a veracidade: 
“ Com a destruição da velha economia, as formas organizacionais 
aperfeiçoadas para a produção industrial devem ser substituídas por 
estruturas otimizadas para era digital. Faz cada vez menos sentido até 
falar sobre a indústria editorial, porque o problema central a ser resolvido 
pelos editores – o processo incrivelmente difícil, completo e dispendioso 
de disponibilizar algo para o público – deixou de ser problema. 
E o que isso tem a ver com publicidade? Tudo. Como anunciar para um 
público digital em um modelo sem atrativos? 
Os jornais e revistas não se sustentam apenas dos assinantes e leitores 
de bancas. Os espaços publicitários e classificados são fonte de renda para 
estrutura de funcionamento. Os classificados tiveram redução drástica no meio 
impresso, tudo é feito por buscadores e as versões de espaços físicos 
substituídos por banners digitais, e estes pelo Real Time Bidding (RTB), assunto 
da aula 01. 
Qual será o futuro dos periódicos? 
Não há fórmula pronta. A sobrevivência dos periódicos depende de 
assinantes e de anunciantes. 
A negociação entre anunciantes e veículos não dependerá, tão somente, 
de espaços em seus sites, mas sim da relevância do assunto para o público e 
quanto se está disposto a pagar (RTB). 
 
 
5 
A relação de leitores-usuários-colaboradores é a chave para a 
sobrevivência do veículo e sua atração publicitária para o anunciante. 
Veículos como The Guardian, apostaram na abertura ampla de 
informações e na ideia de seus jornalistas ofertarem versões customizadas para 
seus leitores. 
As implementações digitais ofertadas pela revista Wired na versão para o 
tablet da Apple superou a versão impressa da revista em menos de dez dias. A 
experiência do toque, abertura de telas, e outros recursos a um toque do assunto 
de escolha e o design que representa a semântica de produto da geração digital 
são os diferenciais para a sobrevivência dos periódicos. 
Sugestão de leitura: 
Publicidade em internet passa revistas. 
www.meioemensagem.com.br/home/midia/noticias/2013/04/29/Publicidade-em-
internet-passa-revistas 1/4 
 
TEMA 02 – VEÍCULOS AUDIOVISUAIS E MODELOS DIGITAIS 
Para entender a mídia audiovisual é preciso traças algumas 
características básicas e confrontá-las com a mídia web. No caso da TV já será 
considerado o modelo digital, uma vez que o Brasil está realizando a transição 
do modelo analógico para o novo formato. 
 
Características da TV 
 Disponibilidade de formatos: o modelo digital aumentou a 
gama de possibilidades. Os formatos não estão atrelados ao tempo de 
exposição, a programação prévia por meio da gravação de conteúdo. 
 Envolvimento emocional: com os sentidos visão e audição 
voltados para a TV a imersão no conteúdo é maior, se esse for relevante. 
 Transmissão acessível a toda população: segundo o IBGE 
99% dos lares brasileiros tem TV, dos quais 40% já são digitais. 
 Cobertura geográfica e demográfica 
 
 
6 
 Grande penetração em todos os targets: a relação de target 
na TV é muito mais abrangente que em ambiente web, o qual trabalha 
como microtargets. Mas a TV é um funil de acesso a esses públicos. 
 Grande concentração de audiência: como veículo de massa 
a TV tem grande amplitude e programação ininterrupta; 
 Segmentação: a segmentação citada é realizada pelos 
formatos dos programasexibidos e horários, o que comparado com a web 
torna-se pequena. 
 Agilidade: essa referência a alteração de formatos e grade 
de veiculação são bons comparadas a mídia impressa, mas ainda não 
tem a agilidade da web; 
 Meio dinâmico, demonstra ação: o dinamismo e a 
demonstração da ação estão atrelados a som e imagem. 
 Rapidez na programação da mensagem: a alteração da 
grade programação é rápida, mas depende da disponibilidade. Há 
números limitados de espaços nos horários de programação. 
 Criador de modismo: devido a sua cobertura e penetração 
frente aos outros meios, a TV ainda é a maior geradora de modismos. 
 Transfere status a mensagem – a atribuição de valores ao 
produto e serviço estão atrelados a produção audiovisual. 
 
Características do Rádio 
 Maior prestador de serviços – a relação do custo de 
transmissão e o histórico de ser o primeiro modelo de mídia eletrônica de 
massa sedimentaram essa característica; 
 Meio interativo - a interação ocorre por meio do áudio, 
cartas, whatsapp, mensagens, twitter etc. 
 Cobertura local e linguagem regional – a relação de 
comunitário está atrelado ao alcance de transmissão, o que faz que o 
conteúdo seja regionalizado 
 Dinâmico, imediatista, versátil – permite cancelar, trocar ou 
inserir a mensagem em pouco tempo 
 
 
7 
 Rotatividade de audiência – a relação da rotatividade é 
conferida por não exigir atenção total (audiovisual), o que permite a 
dispersão. 
 Meio seletivo – emissoras/programas 
 Rapidez na transmissão de mensagem 
 Meio massificante – atinge todas as camadas sociais da 
população 
 
Analisando as características desses dois modelos mais tradicionais, 
alguns fatores são mais importantes ao comparar ao que é ofertado na web: 
cobertura, interatividade, segmentação, envolvimento e agilidade. 
 
Consumidor – cobertura, transmissão e interatividade 
A questão da cobertura é algo interessante. Em um país continental como 
o Brasil a TV e o rádio chegam a todo território nacional, muitas vezes não juntos. 
O que tem acontecido desde o início do processo é que o público seleciona o 
conteúdo de informação, foi preciso regionalizar a notícia, a publicidade para 
algo dentro de sua compreensão e realidade locais. Mas o que acontece quando 
a informação não depende da programação de horários de um veículo? Quando 
as informações estão a dois cliques do mouse e são muitos os emissores de 
informação? Esse é o cenário criado pela revolução digital. 
O interesse regional pode ser conhecido, analisado, comparado e 
comentado, garantindo a cobertura, a transmissão a verdadeira interatividade e 
filtrada por interesses específicos, numa verdadeira segmentação. 
 
A partir do surgimento da web 2.0, TV, rádio e outras mídias 
convencionais enfrentam o desafio de se adequar ao consumidor digital. 
Segundo a publicação da editoria Economia & Negócios do jornal o 
Estado de S. Paulo (17 de abril de 2010), durante a feira da Associação Norte 
American de Radiodifusão os representantes dos principais veículos de mídias 
eletrônicas traçaram cinco aspectos a serem considerados: 
1. Não basta entender e dominar a tecnologia cada dia mais 
avançada e extraordinária posta à disposição da mídia eletrônica 
mundial, mas é preciso ir muito além e prever em tempo as 
tendências da convergência digital, que oferece todos os dias novas 
opções de serviços e aplicações. 
2. É muito arriscado apostar todas as fichas no milagre das 
imagens tridimensionais da TV e do cinema digital. 
 
 
8 
3. Não se pode ignorar ou negligenciar o potencial incomum da 
mobilidade e da interatividade. 
4. É preciso por (sic) fim às disputas tão comuns entre os setores 
de radiodifusão e de telecomunicações - que são complementares 
e não antagônicos. Em diversos países já se consolidam parcerias e 
maior colaboração entre ambos. Mas ainda não no Brasil. 
5. O sucesso da nova mídia digital depende muito mais da 
qualidade e da adequação do conteúdo de todas as mídias atuais 
- do rádio, da TV, do jornalismo, do cinema e da internet de banda 
larga, numa era marcada pela mobilidade e por novos dispositivos 
portáteis, como smartphones, iPods e iPads. 
 
A multitela 
A concepção de TV atrelada ao aparelho é cada vez mais anacrônica. 
Independente do dispositivo utilizado as pessoas querem acesso ao conteúdo, 
com uma linguagem adequada, seja por aplicativos mobile, computadores ou 
smart tvs. O meio de transmissão não importa. 
Os usuários mais novos não diferem o recurso utilizado para acesso ao 
audiovisual. Tudo é tela. 
 
Em um estudo realizado pela Nielsen em 2012 as tendências já 
apontavam para a realidade midiática atual – o consumo de vídeos em 
plataformas online e móveis está estável e aumenta a cada ano. O estudo foi 
realizado em 56 países e 28.000 entrevistados. 
 
Outro estudo realizado pela Nielsen e entidade americana Association of 
National Advertisers (BTOB, 2017) “o aumento de investimentos em multitelas 
terá crescimento de mais 30% em três anos”. O estudo, segundo BtoB (2017), 
foi realizado por uma pesquisa online no qual participarem: 274 executivos de 
empresas, compradores de mídia e executivos de agências de publicidade, entre 
julho e agosto de 2013. O resultado foi o seguinte: 
 
 88% dos entrevistados disseram que campanhas publicitárias 
veiculadas em duas ou mais telas, como TVs, computadores, tablets e 
telefones móveis, ganharão muita importância ao final desse período. 
 71% usam várias métricas específicas para telas individuais para 
medir a eficácia dessas campanhas publicitárias. 
 73% preferiram usar apenas um conjunto de métricas para medir 
a eficácia de campanhas publicitárias em execução através de 
múltiplas telas. 
 
 
 
 
 
 
9 
A realidade do mercado brasileiro 
 O Brasil é o único país da américa latina entre as maiores 
audiências do mundo; 
 A demografia online brasileira mostra que mais da metade 
da população possui menos de 35 anos e menos de 17% reside em uma 
casa com 2 pessoas ou menos; 
 O engajamento do desktop diminuiu, o que demonstra a 
migração para o uso do mobile; 
 O consumo de vídeo digital no Brasil – “Com muitas 
oportunidades em diferentes tipos de conteúdo, os brasileiros estão 
passando mais tempo assistindo aos anúncios dos vídeos em relação aos 
meses anteriores. ” (BANKS, 2015) 
 “Os usuários brasileiros ocupam boas posições nas métricas 
de consumo de página e tempo em comparação aos usuários de outros 
países. ” (BANKS, 2015) 
Segundo a IAB Brasil, Interactive Advertising Bureau, divulgou os 
resultados do investimento em Publicidade Digital no Brasil. O estudo realizado 
informou o investimento total na indústria digital no período estudado e apontou 
as tendências futuras. 
Algumas das principais conclusões do Estudo de Digital 
AdSpending Brasil, incluem: 
 Mais de 9,3 bilhões de reais foram investidos em publicidade 
digital no Brasil em 2015. 
 Para 2016 o investimento ficou em torno de 10 bilhões de 
reais, 12% a mais do que no ano anterior. 
 Busca e Classificados lideram os investimentos totais em 
publicidade no país. 
 
Estudo de Caso 
A Netflix é responsável pela queda da audiência em grandes programas 
da a organização consegue lança títulos assertivos para as séries que produz e 
distribui. Os bons resultados estão relacionados a análise de conteúdo fornecido 
 
 
10 
pelo próprio usuário do Netflix. O uso do Big Data permitiu a empresa entregar 
para seus clientes o que esse considerava relevante para o entretenimento. 
 
http://revistapegn.globo.com/Dia-a-dia/noticia/2016/03/como-netflix-
sabia-que-house-cards-seria-um-sucesso-antes-de-lancar-serie.htmlSugestão de leitura: 
www.meioemensagem.com.br/home/midia/noticias/2013/04/29/Publicida
de-em-internet-passa-revistas 1/4 
TEMA 03 – STREAMING 
O termo streaming tem origem da palavra stream – corrente, fluxo, em 
inglês. 
A definição para web de streaming é fluxo constante de dados de 
datacenters para fontes receptoras como computadores, mobiles e dispositivos 
audiovisuais como consoles e tvs inteligentes. 
Streaming é uma técnica de transferência de dados, na qual os dados 
são processados em fluxo contínuo de forma a permitir que o conteúdo 
seja reproduzido antes de ser completamente enviado. (GOEDERT, 
2001-2, p.77). 
Os grandes produtores distribuem seus conteúdos pela web (além da TV 
convencional) por observarem a demanda crescente de mídias por streaming na 
web. Outras, como a Netflix, já iniciaram sua distribuição na rede distribuidores 
do conteúdo e já produzem seus próprios seriados. 
O YouTube na realidade não está no negócio de vídeo – seu negócio 
é mais precisamente, a disponibilização de uma plataforma 
conveniente e funcional para o compartilhamento de vídeos on-line os 
usuários alguns deles parceiros de conteúdo premium fornecem o 
conteúdo que, por sua vez, atrai novos participantes e novas 
audiências. (Burgess e Green 2009, p. 21). 
ao fornecer um canal de distribuição de conteúdo de mídia amador e 
semiprofissional o Youtube estimula novas atividades de expressão. 
Jenkins (2009, p. 348) 
As TVs e rádios convencionais tem usado o recurso do streaming para 
garantir audiência. No caso das TV, para evitar a perda de mercado por grandes 
empresas de streaming internacionais, os canais e operadoras brasileiros 
 
 
11 
disponibilizam seu conteúdo online, livre de comerciais e 24 horas por dia. – o 
vídeo on demand (VOD). 
TEMA 04 – MASHUPS 
O termo inglês Mashup significa misturar e no ambiente digital é aplicado 
para definir diferentes serviços que podem funcionar simultaneamente. A 
combinação de dois aplicativos que podem complementar e melhorar a 
experiência do usuário com esse serviço é um Mashup. 
Um exemplo de Mashup é quando incorporamos feeds de uma rede social 
ao blog, ou quando inserimos o link de vídeo do Youtube ao Facebook por 
exemplo. 
Outro exemplo de mashup é o Google Maps que combina mapas digitais 
com informações específicas. 
Tendência 
A internet 2.0 trouxe o salto qualitativo para a experiência na Web. Os 
streamings, as redes e os Mashups são recursos de personalização da 
navegação ao nosso gosto, trazendo e distribuindo informações de nosso 
interesse. 
Esse novo comportamento de uso não passou desapercebido pelas 
grandes empresas de web: 
 Google pagou 1,65 bilhão de dólares pelo Youtube; 
 Facebook adquiriu o Instragram por 1 bilhão de dólares; 
 
A Arquitetura da Participação 
O conceito dos Mashups de complementação e melhora de conteúdo 
reflete os três fatores básicos que tornam a web interessante: interatividade, 
colaboração e distribuição de conteúdo. 
Cris Anderson (2006) explana de uma maneira bem-humorada dos 
colaboradores ao citar os blogueiros de “ex-público”, ao defini-los como “leitores 
 
 
12 
que deixaram de ser consumidores passivos e passaram a atuar como 
produtores”. A simples replicação da mensagem aos seus grupos, como na 
publicidade “boca a boca” já potencializa o uso da participação no conteúdo web; 
é a “Nova Arquitetura de Informação” denominada pelo editor Tim O´Reilly. 
Para ilustrar essa relação de troca e implementação de conteúdo Cris 
Anderson reproduziu o mapa de criação do modelo da “Arquitetura da 
Participação” apresentado por uma equipe da Universidade Berkeley 
 
Modelo reproduzido pelo autor baseado na figura reproduzida na obra A 
Cauda Longa. 
 
 
 
13 
TEMA 05 – REDES SOCIAIS / MÍDIAS SOCIAIS 
O termo rede social foi aplicado inicialmente na antropologia para 
descrever os movimentos e comportamentos de grupos sociais. 
O termo mídia é tradução da língua inglesa Media, que significa meios de 
comunicação, ou seja, mais de um, portanto Mídia Social refere-se apenas a um 
meio. Ao ser referido Social Media, deve ser considerado Mídias Sociais. 
A relação do termo rede social e media possibilita a compreensão que 
Mídia social se trata de possibilitar conversa entre seu público ou mercado. 
Portanto, as características de uso das mídias sociais não devem perder 
o foco dos pilares básicos do conceito inicial de Rede Social, e que pode ser 
definido pela conceituação de redes sociais apresentado por Loiola & Moura 
(1997, p.54): 
A presença de um ponto central, de uma fonte geradora/ propulsora, 
não figura no significado popular de rede. A igualdade e a 
complementaridade entre as partes são seus aspectos básicos, 
reforçados pela regularidade entre as malhas". Loiola & Moura (1997, 
p.54) 
 
Safko e Brake (2008) definem que os pilares de publicações nas mídias 
sociais proporcionam categorias de envolvimento do público. Então as questões 
a serem feitas para saber se há um ponto central ou uma fonte geradora de 
relevância é preciso atender aos questionamentos: 
 Como sua comunicação está sendo percebida pelo público? 
 Como você mede a eficácia de sua estratégia de 
comunicação? 
 Que estratégia em particular provoca a ação, a resposta ou 
comportamento benéfico de seu público? 
Diferente dos meios de comunicação tradicional, as redes são 
monitoráveis e permitem aferir com precisão o impacto da sua estratégia. 
A mídia social facilita a comunicação imediata: é mensurável nos dois 
sentidos e em grupo. 
 
 
 
14 
Pilares 
 Regra um: mídia social deve possibilitar conversas no meio 
do seu público ou mercado. 
 Regra dois: você não pode controlar conversas com mídia 
social, mas pode influenciá-las. 
 Regra três: influência é o alicerce sobre o qual todas as 
relações economicamente viáveis são construídas. 
 Regra quatro: a preocupação e o monitoramento dos 
concorrentes são vantagens competitivas. 
Estratégia de Mídia Social 
 Entreter o Público e convidar os amigos 
 Transformar conhecimento em conteúdo. 
 Envolvimento através da educação 
Analista de mídias sociais? 
O analista de mídias sociais (Social Media) é uma das demandas mais 
crescentes em agências digitais. A atribuição genérica de cuidar das redes 
sociais de seus clientes não define todas as responsabilidades do profissional a 
marca. O Social Media é o gestor da marca as redes sociais, garantindo que o 
público consumidor receba conteúdos que carreguem os valores da empresa, 
seja pela produção de conteúdo escrito para todas as plataformas que a empresa 
está presente, ou em blogs e sites. Outros atributos são: a produção de conteúdo 
visual, produção de vídeos para o YouTube, produção de materiais de áudio, 
fotografia, entre outros. 
Gestor de Conteúdo – responsável pela produção do texto e sugestão de 
imagens, infográficos e vídeos para as postagens, gerando formas criativas de 
comunicar com o target e incentivando a interação e engajamento com a marca. 
É necessário boa escrita e boa noção sobre os assuntos relevantes nas mídias. 
 Monitoramento / Atendimento – pode ser exercida pelo 
gestor de conteúdo. Esse profissional é responsável pelo O profissional 
 
 
15 
responsável pelo SAC 2.0 e precisa ter empatia, facilidade de gerenciar 
crises. 
 Analista de Métricas – responsável por mensurar, analisar, 
estudar e compilar todas as informações referentes às atividades nas 
redes sociais. Essas informações são compiladas em gráficos e dados 
que demonstram o desempenho do canal. 
 Planner digital – responsável pela análise do briefing, 
planejamento de postagens, analisatendências e as ações da 
concorrência nas redes sociais. 
 
Gestor de Social Media – responsável por liderar toda a equipe – gestores 
de conteúdo, designers, planners, métricas e monitoramento – e alinhar os jobs 
de acordo com as expectativas do cliente. 
É responsável por acompanhar e monitorar todo planejamento das ações, 
como: criação de estratégias, aprovação de peças e avaliação dos resultados. 
Tendências em Mídias Sociais: 
A Interactive Advertising Bureau publicou em seu site as tendências de 
uso em Mídias Sociais para o ano de 2017. 
1. Mais conteúdo livre do que nunca 
Em março de 2015, o Twitter saiu na frente das outras redes em relação à 
conteúdo ao vivo: comprou o Periscope e lançou sua própria plataforma de vídeos 
mobile livre. Pouco depois, no mesmo ano, o Facebook entrou na briga e anunciou 
vídeos ao vivo em sua plataforma. No fim do ano passado, foi a vez de Instagram e 
Snapchat, e no início desse ano, YouTube finalmente anunciou vídeos ao vivo para 
a versão mobile. Tudo isso significa que, uma tendência que começou há 2 anos, 
com certeza irá se consolidar em 2017. 
2. Chatbots são os novos apps 
Cada vez mais, sentimos uma resistência do público em baixar aplicativos. 
Às vezes por falta de espaço no celular ou por já terem muitos apps sem uso e não 
verem motivo para baixar um novo. Apesar disso, nunca passamos tanto tempo em 
 
 
16 
aplicativos quanto hoje, mas os mais utilizados são redes sociais ou mensagens. 
Pensando nisso, chatbots parecem a resposta que as empresas precisavam para 
fazer parte das conversas dos clientes. Mas não se engane: assim como aplicativos, 
chatbots precisam ter um propósito claro e foco em serviço, para conseguirem 
resultados significativos. 
3. Popularização do conteúdo efêmero 
Para quem achava que conteúdo efêmero era uma modinha de adolescentes 
que se resumia ao Snapchat, 2016 veio com uma surpresa: o lançamento do 
Instagram Stories, que se mostrou tão forte quanto a rede da fantasminha. Agora 
em 2017, Facebook já prometeu popularizar ainda mais esse estilo de postagem, 
lançando em breve o stories para seu aplicativo também. 
4. Mais ações de realidade aumentada e virtual 
Com o sucesso do Pokémon Go e com as lentes do Snapchat, as empresas 
têm olhado cada vez mais para realidade aumentada. Além disso, o Facebook 
comprou a Oculus Rift em 2016, anunciando o quanto Mark Zuckerberg acredita nas 
possibilidades de realidade virtual no dia a dia das pessoas, e não apenas em 
games. Em 2017, devemos ver muito mais ações voltadas para essas tecnologias. 
5. A utilização de influenciadores digitais será ainda mais popular 
Cada vez mais, os influenciadores digitais fazem parte dos planos de mídia. 
Youtubers, e estrelas de outras redes como Instagram e Snapchat, estão cada vez 
mais profissionalizados e produzem conteúdo de qualidade. A tendência para esse 
ano é o trabalho com esses criadores de conteúdo se tornar mais popular e também 
mais nichado: haverá uma preocupação das empresas em não apenas contratar os 
influencers “da moda”, mas também trabalhar com pequenos grupos de influencers 
que atinjam o público-alvo. 
 
TROCANDO IDEIAS 
Na aula foi apresentado o estudo de caso de uma série produzida 
empresa NetFlix. O texto da reportagem indicada apresenta a estratégia de 
informações coletadas na própria navegação dos usuários dos serviços 
ofertados para produzir um produto de sucesso. O ambiente foi 
 
 
17 
consideravelmente controlado, pois a pesquisa foi realizada na sua própria base 
de dados. 
Uma campanha de publicidade para o lançamento de uma série em uma 
TV convencional poderia fazer uso dos dados coletados em uma rede social? 
Dentro dos pilares de funcionalidade da rede há possibilidade de 
compartilhamento de um teaser par essa série? 
NA PRÁTICA 
O jornalismo impresso está em crise. A concorrência com o ambiente 
digital reduz dia a dia a circulação de exemplares impressos, e com isso os 
anunciantes também se afastam. 
O designer polonês Jacek Utko utilizou a reformulação visual e de 
distribuição de conteúdo para elevar a circulação de exemplares impressos. Na 
sua apresentação no TED, Utko defende suas ideias. 
Assista o vídeo e leia o conteúdo da aula e explane a defesa do seu plano 
de vista tendo como justificativa o que foi apresentado nos temas. 
https://www.ted.com/talks/jacek_utko_asks_can_design_save_the_news
paper?language=pt-br 
FINALIZANDO 
Esta aula nos mostra que: para atingir o sucesso da nova mídia digital, é 
necessário garantir a qualidade e a adequação do conteúdo apresentado. 
No novo modelo jornais e revistas não podem ser documentos estáticos. 
Devem ofertar recurso como fotos expansíveis, dados complementados por 
hiperlinks, vídeos e infográficos animados. 
O consumo de vídeos em plataformas online e móveis está estável 
aumenta a cada ano. A disponibilização pelo streaming torna conveniente e 
funcional o compartilhamento de conteúdo audiovisual e podem ser agregados 
a outras informações viabilizado pelo recurso do Mashup. 
 
 
18 
Os usuários não são consumidores passivos e querem participar do 
processo de produção, divulgação de conteúdo – interagir na rede social. A 
participação na rede alimenta o Big Data e fornece dados mensuráveis. 
As mídias sociais permitem um canal aberto para aproximação da marca 
com seu público obtendo informações relevantes. 
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