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PLANEJAMENTO DE PRODUTOS DIGITAIS AULA 2 Prof. Mauro Bruno Pinto 2 CONVERSA INICIAL As mídias sociais ocupam cada vez mais espaço no tempo de navegação dos usuários. É possível acessá-las nos mais diversos dispositivos: computadores, telefones móveis, tablets e smart tvs. O interesse nas mídias sociais pode ser definido pelos recursos que oferece dentro da proposta das redes – compartilhamento de conteúdo relevantes aos grupos. As mídias convencionais como jornal, revista, rádio e TV procuram ao novo formato digital fazendo uso de todos os recursos possíveis – imagens, streamings de áudio e vídeo num processo oferecer mais recursos compartilhados (Mashups) que tenham relevância para o usuário. CONTEXTUALIZANDO Autores, especialistas e promotores das redes sociais profetizam a extinção das redes convencionais de comunicação. As afirmações são feitas baseadas nas reduções de tiragem, circulação e redução de assinantes dos meios impressos, queda de audiência nos veículos de radiodifusão e o crescimento exponencial de consumo multitela. No livro “O Declínio da Mídia de Massa”, o autor Joseph Jaffe aponta o fim do comercial de 30 segundos na TV convencional e com ele o modelo de ganhos das agências com produção e veiculação. Para o autor as agências e veículos convencionais devem entender que o processo de compartilhamento e a escolha de relevância de conteúdo proporcionados pela web não corroboram mais com a indução de ações e tendências por anúncios e meios de comunicação de massa e que o investimento nesses meios possui muita dispersão de recursos e resultados de mensuração insuficientes. Atualmente os recursos disponibilizados na rede convertem o público a buscarem informações na web. Qual será o futuro das mídias convencionais? 3 TEMA 01 – VEÍCULOS IMPRESSOS E A TRANSIÇÃO PARA O DIGITAL Periódicos Impressos: jornal e Revista A tarefa do jornal é noticiar. A compra do jornal tem seu valor agregado ao conteúdo, a notícia e a periodicidade. O formato das editorias e formas de escrever mudou, mas na essência o jornal é o periódico de comunicação. Considerado como o primeiro grande veículo de comunicação de massa, também foi a primeira grande mídia publicitária. Apesar de alterações de formato adotados – standard, berliner, tabloide inglês, tabloide alemão – na essência os formatos publicitários pouco foram alterados. Com a chegada da internet o periódico impresso perdeu espaço para outras formas de mídia de divulgação de notícias, e os leitores dos veículos estão preferindo migrar para leitura visual de seu jornal ou revista. Os jornais de grande circulação (distribuição do formato impresso) vêm reduzindo suas tiragens (impressões) a cada ano. Segundo Tapscott e Willians (2011), a queda da venda de jornal é o resultado sistêmico das consequências causadas pela revolução digital. Os dados levantados pela Pesquisa Brasileira de Mídia 2016, realizado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República indica que em média os brasileiros leitores de jornal dedicam uma hora de leitura por dia. Já o Instituto de Verificação de Circulação (IVC), instituto de pesquisa que aufere tiragem e circulação de jornais revistas aponta que reduziu em média 7,9% nos jornais brasileiros de grande circulação. Para Tapscott e Willians a queda do jornal impresso é a ascensão do jornal digital, a qual nomearam de Novo Jornal. Esse novo modelo de produção de conteúdo se baseia em novas espécies de comunidade disposta a colaborar, sociabilizar, criar e colaborar. O conteúdo não é exclusividade do veículo. Os novos criadores são usuários. 4 No novo modelo o jornal não é um documento estático, com páginas que marcam um ponto no tempo-espaço convertendo a linguagem do jornal com recursos ofertados pelo ambiente digital como fotos expansíveis, dados complementados por hiperlinks, vídeos e infográficos animados. Outro grande desafio dos periódicos é a relação do público digital com a confiabilidade da informação. Jornais e revistas passam a ser mais questionados sobre a veracidade de seu conteúdo. Tampscott e Willians ao citar Clay Shirky, sintetizam bem a relação do conteúdo e a veracidade: “ Com a destruição da velha economia, as formas organizacionais aperfeiçoadas para a produção industrial devem ser substituídas por estruturas otimizadas para era digital. Faz cada vez menos sentido até falar sobre a indústria editorial, porque o problema central a ser resolvido pelos editores – o processo incrivelmente difícil, completo e dispendioso de disponibilizar algo para o público – deixou de ser problema. E o que isso tem a ver com publicidade? Tudo. Como anunciar para um público digital em um modelo sem atrativos? Os jornais e revistas não se sustentam apenas dos assinantes e leitores de bancas. Os espaços publicitários e classificados são fonte de renda para estrutura de funcionamento. Os classificados tiveram redução drástica no meio impresso, tudo é feito por buscadores e as versões de espaços físicos substituídos por banners digitais, e estes pelo Real Time Bidding (RTB), assunto da aula 01. Qual será o futuro dos periódicos? Não há fórmula pronta. A sobrevivência dos periódicos depende de assinantes e de anunciantes. A negociação entre anunciantes e veículos não dependerá, tão somente, de espaços em seus sites, mas sim da relevância do assunto para o público e quanto se está disposto a pagar (RTB). 5 A relação de leitores-usuários-colaboradores é a chave para a sobrevivência do veículo e sua atração publicitária para o anunciante. Veículos como The Guardian, apostaram na abertura ampla de informações e na ideia de seus jornalistas ofertarem versões customizadas para seus leitores. As implementações digitais ofertadas pela revista Wired na versão para o tablet da Apple superou a versão impressa da revista em menos de dez dias. A experiência do toque, abertura de telas, e outros recursos a um toque do assunto de escolha e o design que representa a semântica de produto da geração digital são os diferenciais para a sobrevivência dos periódicos. Sugestão de leitura: Publicidade em internet passa revistas. www.meioemensagem.com.br/home/midia/noticias/2013/04/29/Publicidade-em- internet-passa-revistas 1/4 TEMA 02 – VEÍCULOS AUDIOVISUAIS E MODELOS DIGITAIS Para entender a mídia audiovisual é preciso traças algumas características básicas e confrontá-las com a mídia web. No caso da TV já será considerado o modelo digital, uma vez que o Brasil está realizando a transição do modelo analógico para o novo formato. Características da TV Disponibilidade de formatos: o modelo digital aumentou a gama de possibilidades. Os formatos não estão atrelados ao tempo de exposição, a programação prévia por meio da gravação de conteúdo. Envolvimento emocional: com os sentidos visão e audição voltados para a TV a imersão no conteúdo é maior, se esse for relevante. Transmissão acessível a toda população: segundo o IBGE 99% dos lares brasileiros tem TV, dos quais 40% já são digitais. Cobertura geográfica e demográfica 6 Grande penetração em todos os targets: a relação de target na TV é muito mais abrangente que em ambiente web, o qual trabalha como microtargets. Mas a TV é um funil de acesso a esses públicos. Grande concentração de audiência: como veículo de massa a TV tem grande amplitude e programação ininterrupta; Segmentação: a segmentação citada é realizada pelos formatos dos programasexibidos e horários, o que comparado com a web torna-se pequena. Agilidade: essa referência a alteração de formatos e grade de veiculação são bons comparadas a mídia impressa, mas ainda não tem a agilidade da web; Meio dinâmico, demonstra ação: o dinamismo e a demonstração da ação estão atrelados a som e imagem. Rapidez na programação da mensagem: a alteração da grade programação é rápida, mas depende da disponibilidade. Há números limitados de espaços nos horários de programação. Criador de modismo: devido a sua cobertura e penetração frente aos outros meios, a TV ainda é a maior geradora de modismos. Transfere status a mensagem – a atribuição de valores ao produto e serviço estão atrelados a produção audiovisual. Características do Rádio Maior prestador de serviços – a relação do custo de transmissão e o histórico de ser o primeiro modelo de mídia eletrônica de massa sedimentaram essa característica; Meio interativo - a interação ocorre por meio do áudio, cartas, whatsapp, mensagens, twitter etc. Cobertura local e linguagem regional – a relação de comunitário está atrelado ao alcance de transmissão, o que faz que o conteúdo seja regionalizado Dinâmico, imediatista, versátil – permite cancelar, trocar ou inserir a mensagem em pouco tempo 7 Rotatividade de audiência – a relação da rotatividade é conferida por não exigir atenção total (audiovisual), o que permite a dispersão. Meio seletivo – emissoras/programas Rapidez na transmissão de mensagem Meio massificante – atinge todas as camadas sociais da população Analisando as características desses dois modelos mais tradicionais, alguns fatores são mais importantes ao comparar ao que é ofertado na web: cobertura, interatividade, segmentação, envolvimento e agilidade. Consumidor – cobertura, transmissão e interatividade A questão da cobertura é algo interessante. Em um país continental como o Brasil a TV e o rádio chegam a todo território nacional, muitas vezes não juntos. O que tem acontecido desde o início do processo é que o público seleciona o conteúdo de informação, foi preciso regionalizar a notícia, a publicidade para algo dentro de sua compreensão e realidade locais. Mas o que acontece quando a informação não depende da programação de horários de um veículo? Quando as informações estão a dois cliques do mouse e são muitos os emissores de informação? Esse é o cenário criado pela revolução digital. O interesse regional pode ser conhecido, analisado, comparado e comentado, garantindo a cobertura, a transmissão a verdadeira interatividade e filtrada por interesses específicos, numa verdadeira segmentação. A partir do surgimento da web 2.0, TV, rádio e outras mídias convencionais enfrentam o desafio de se adequar ao consumidor digital. Segundo a publicação da editoria Economia & Negócios do jornal o Estado de S. Paulo (17 de abril de 2010), durante a feira da Associação Norte American de Radiodifusão os representantes dos principais veículos de mídias eletrônicas traçaram cinco aspectos a serem considerados: 1. Não basta entender e dominar a tecnologia cada dia mais avançada e extraordinária posta à disposição da mídia eletrônica mundial, mas é preciso ir muito além e prever em tempo as tendências da convergência digital, que oferece todos os dias novas opções de serviços e aplicações. 2. É muito arriscado apostar todas as fichas no milagre das imagens tridimensionais da TV e do cinema digital. 8 3. Não se pode ignorar ou negligenciar o potencial incomum da mobilidade e da interatividade. 4. É preciso por (sic) fim às disputas tão comuns entre os setores de radiodifusão e de telecomunicações - que são complementares e não antagônicos. Em diversos países já se consolidam parcerias e maior colaboração entre ambos. Mas ainda não no Brasil. 5. O sucesso da nova mídia digital depende muito mais da qualidade e da adequação do conteúdo de todas as mídias atuais - do rádio, da TV, do jornalismo, do cinema e da internet de banda larga, numa era marcada pela mobilidade e por novos dispositivos portáteis, como smartphones, iPods e iPads. A multitela A concepção de TV atrelada ao aparelho é cada vez mais anacrônica. Independente do dispositivo utilizado as pessoas querem acesso ao conteúdo, com uma linguagem adequada, seja por aplicativos mobile, computadores ou smart tvs. O meio de transmissão não importa. Os usuários mais novos não diferem o recurso utilizado para acesso ao audiovisual. Tudo é tela. Em um estudo realizado pela Nielsen em 2012 as tendências já apontavam para a realidade midiática atual – o consumo de vídeos em plataformas online e móveis está estável e aumenta a cada ano. O estudo foi realizado em 56 países e 28.000 entrevistados. Outro estudo realizado pela Nielsen e entidade americana Association of National Advertisers (BTOB, 2017) “o aumento de investimentos em multitelas terá crescimento de mais 30% em três anos”. O estudo, segundo BtoB (2017), foi realizado por uma pesquisa online no qual participarem: 274 executivos de empresas, compradores de mídia e executivos de agências de publicidade, entre julho e agosto de 2013. O resultado foi o seguinte: 88% dos entrevistados disseram que campanhas publicitárias veiculadas em duas ou mais telas, como TVs, computadores, tablets e telefones móveis, ganharão muita importância ao final desse período. 71% usam várias métricas específicas para telas individuais para medir a eficácia dessas campanhas publicitárias. 73% preferiram usar apenas um conjunto de métricas para medir a eficácia de campanhas publicitárias em execução através de múltiplas telas. 9 A realidade do mercado brasileiro O Brasil é o único país da américa latina entre as maiores audiências do mundo; A demografia online brasileira mostra que mais da metade da população possui menos de 35 anos e menos de 17% reside em uma casa com 2 pessoas ou menos; O engajamento do desktop diminuiu, o que demonstra a migração para o uso do mobile; O consumo de vídeo digital no Brasil – “Com muitas oportunidades em diferentes tipos de conteúdo, os brasileiros estão passando mais tempo assistindo aos anúncios dos vídeos em relação aos meses anteriores. ” (BANKS, 2015) “Os usuários brasileiros ocupam boas posições nas métricas de consumo de página e tempo em comparação aos usuários de outros países. ” (BANKS, 2015) Segundo a IAB Brasil, Interactive Advertising Bureau, divulgou os resultados do investimento em Publicidade Digital no Brasil. O estudo realizado informou o investimento total na indústria digital no período estudado e apontou as tendências futuras. Algumas das principais conclusões do Estudo de Digital AdSpending Brasil, incluem: Mais de 9,3 bilhões de reais foram investidos em publicidade digital no Brasil em 2015. Para 2016 o investimento ficou em torno de 10 bilhões de reais, 12% a mais do que no ano anterior. Busca e Classificados lideram os investimentos totais em publicidade no país. Estudo de Caso A Netflix é responsável pela queda da audiência em grandes programas da a organização consegue lança títulos assertivos para as séries que produz e distribui. Os bons resultados estão relacionados a análise de conteúdo fornecido 10 pelo próprio usuário do Netflix. O uso do Big Data permitiu a empresa entregar para seus clientes o que esse considerava relevante para o entretenimento. http://revistapegn.globo.com/Dia-a-dia/noticia/2016/03/como-netflix- sabia-que-house-cards-seria-um-sucesso-antes-de-lancar-serie.htmlSugestão de leitura: www.meioemensagem.com.br/home/midia/noticias/2013/04/29/Publicida de-em-internet-passa-revistas 1/4 TEMA 03 – STREAMING O termo streaming tem origem da palavra stream – corrente, fluxo, em inglês. A definição para web de streaming é fluxo constante de dados de datacenters para fontes receptoras como computadores, mobiles e dispositivos audiovisuais como consoles e tvs inteligentes. Streaming é uma técnica de transferência de dados, na qual os dados são processados em fluxo contínuo de forma a permitir que o conteúdo seja reproduzido antes de ser completamente enviado. (GOEDERT, 2001-2, p.77). Os grandes produtores distribuem seus conteúdos pela web (além da TV convencional) por observarem a demanda crescente de mídias por streaming na web. Outras, como a Netflix, já iniciaram sua distribuição na rede distribuidores do conteúdo e já produzem seus próprios seriados. O YouTube na realidade não está no negócio de vídeo – seu negócio é mais precisamente, a disponibilização de uma plataforma conveniente e funcional para o compartilhamento de vídeos on-line os usuários alguns deles parceiros de conteúdo premium fornecem o conteúdo que, por sua vez, atrai novos participantes e novas audiências. (Burgess e Green 2009, p. 21). ao fornecer um canal de distribuição de conteúdo de mídia amador e semiprofissional o Youtube estimula novas atividades de expressão. Jenkins (2009, p. 348) As TVs e rádios convencionais tem usado o recurso do streaming para garantir audiência. No caso das TV, para evitar a perda de mercado por grandes empresas de streaming internacionais, os canais e operadoras brasileiros 11 disponibilizam seu conteúdo online, livre de comerciais e 24 horas por dia. – o vídeo on demand (VOD). TEMA 04 – MASHUPS O termo inglês Mashup significa misturar e no ambiente digital é aplicado para definir diferentes serviços que podem funcionar simultaneamente. A combinação de dois aplicativos que podem complementar e melhorar a experiência do usuário com esse serviço é um Mashup. Um exemplo de Mashup é quando incorporamos feeds de uma rede social ao blog, ou quando inserimos o link de vídeo do Youtube ao Facebook por exemplo. Outro exemplo de mashup é o Google Maps que combina mapas digitais com informações específicas. Tendência A internet 2.0 trouxe o salto qualitativo para a experiência na Web. Os streamings, as redes e os Mashups são recursos de personalização da navegação ao nosso gosto, trazendo e distribuindo informações de nosso interesse. Esse novo comportamento de uso não passou desapercebido pelas grandes empresas de web: Google pagou 1,65 bilhão de dólares pelo Youtube; Facebook adquiriu o Instragram por 1 bilhão de dólares; A Arquitetura da Participação O conceito dos Mashups de complementação e melhora de conteúdo reflete os três fatores básicos que tornam a web interessante: interatividade, colaboração e distribuição de conteúdo. Cris Anderson (2006) explana de uma maneira bem-humorada dos colaboradores ao citar os blogueiros de “ex-público”, ao defini-los como “leitores 12 que deixaram de ser consumidores passivos e passaram a atuar como produtores”. A simples replicação da mensagem aos seus grupos, como na publicidade “boca a boca” já potencializa o uso da participação no conteúdo web; é a “Nova Arquitetura de Informação” denominada pelo editor Tim O´Reilly. Para ilustrar essa relação de troca e implementação de conteúdo Cris Anderson reproduziu o mapa de criação do modelo da “Arquitetura da Participação” apresentado por uma equipe da Universidade Berkeley Modelo reproduzido pelo autor baseado na figura reproduzida na obra A Cauda Longa. 13 TEMA 05 – REDES SOCIAIS / MÍDIAS SOCIAIS O termo rede social foi aplicado inicialmente na antropologia para descrever os movimentos e comportamentos de grupos sociais. O termo mídia é tradução da língua inglesa Media, que significa meios de comunicação, ou seja, mais de um, portanto Mídia Social refere-se apenas a um meio. Ao ser referido Social Media, deve ser considerado Mídias Sociais. A relação do termo rede social e media possibilita a compreensão que Mídia social se trata de possibilitar conversa entre seu público ou mercado. Portanto, as características de uso das mídias sociais não devem perder o foco dos pilares básicos do conceito inicial de Rede Social, e que pode ser definido pela conceituação de redes sociais apresentado por Loiola & Moura (1997, p.54): A presença de um ponto central, de uma fonte geradora/ propulsora, não figura no significado popular de rede. A igualdade e a complementaridade entre as partes são seus aspectos básicos, reforçados pela regularidade entre as malhas". Loiola & Moura (1997, p.54) Safko e Brake (2008) definem que os pilares de publicações nas mídias sociais proporcionam categorias de envolvimento do público. Então as questões a serem feitas para saber se há um ponto central ou uma fonte geradora de relevância é preciso atender aos questionamentos: Como sua comunicação está sendo percebida pelo público? Como você mede a eficácia de sua estratégia de comunicação? Que estratégia em particular provoca a ação, a resposta ou comportamento benéfico de seu público? Diferente dos meios de comunicação tradicional, as redes são monitoráveis e permitem aferir com precisão o impacto da sua estratégia. A mídia social facilita a comunicação imediata: é mensurável nos dois sentidos e em grupo. 14 Pilares Regra um: mídia social deve possibilitar conversas no meio do seu público ou mercado. Regra dois: você não pode controlar conversas com mídia social, mas pode influenciá-las. Regra três: influência é o alicerce sobre o qual todas as relações economicamente viáveis são construídas. Regra quatro: a preocupação e o monitoramento dos concorrentes são vantagens competitivas. Estratégia de Mídia Social Entreter o Público e convidar os amigos Transformar conhecimento em conteúdo. Envolvimento através da educação Analista de mídias sociais? O analista de mídias sociais (Social Media) é uma das demandas mais crescentes em agências digitais. A atribuição genérica de cuidar das redes sociais de seus clientes não define todas as responsabilidades do profissional a marca. O Social Media é o gestor da marca as redes sociais, garantindo que o público consumidor receba conteúdos que carreguem os valores da empresa, seja pela produção de conteúdo escrito para todas as plataformas que a empresa está presente, ou em blogs e sites. Outros atributos são: a produção de conteúdo visual, produção de vídeos para o YouTube, produção de materiais de áudio, fotografia, entre outros. Gestor de Conteúdo – responsável pela produção do texto e sugestão de imagens, infográficos e vídeos para as postagens, gerando formas criativas de comunicar com o target e incentivando a interação e engajamento com a marca. É necessário boa escrita e boa noção sobre os assuntos relevantes nas mídias. Monitoramento / Atendimento – pode ser exercida pelo gestor de conteúdo. Esse profissional é responsável pelo O profissional 15 responsável pelo SAC 2.0 e precisa ter empatia, facilidade de gerenciar crises. Analista de Métricas – responsável por mensurar, analisar, estudar e compilar todas as informações referentes às atividades nas redes sociais. Essas informações são compiladas em gráficos e dados que demonstram o desempenho do canal. Planner digital – responsável pela análise do briefing, planejamento de postagens, analisatendências e as ações da concorrência nas redes sociais. Gestor de Social Media – responsável por liderar toda a equipe – gestores de conteúdo, designers, planners, métricas e monitoramento – e alinhar os jobs de acordo com as expectativas do cliente. É responsável por acompanhar e monitorar todo planejamento das ações, como: criação de estratégias, aprovação de peças e avaliação dos resultados. Tendências em Mídias Sociais: A Interactive Advertising Bureau publicou em seu site as tendências de uso em Mídias Sociais para o ano de 2017. 1. Mais conteúdo livre do que nunca Em março de 2015, o Twitter saiu na frente das outras redes em relação à conteúdo ao vivo: comprou o Periscope e lançou sua própria plataforma de vídeos mobile livre. Pouco depois, no mesmo ano, o Facebook entrou na briga e anunciou vídeos ao vivo em sua plataforma. No fim do ano passado, foi a vez de Instagram e Snapchat, e no início desse ano, YouTube finalmente anunciou vídeos ao vivo para a versão mobile. Tudo isso significa que, uma tendência que começou há 2 anos, com certeza irá se consolidar em 2017. 2. Chatbots são os novos apps Cada vez mais, sentimos uma resistência do público em baixar aplicativos. Às vezes por falta de espaço no celular ou por já terem muitos apps sem uso e não verem motivo para baixar um novo. Apesar disso, nunca passamos tanto tempo em 16 aplicativos quanto hoje, mas os mais utilizados são redes sociais ou mensagens. Pensando nisso, chatbots parecem a resposta que as empresas precisavam para fazer parte das conversas dos clientes. Mas não se engane: assim como aplicativos, chatbots precisam ter um propósito claro e foco em serviço, para conseguirem resultados significativos. 3. Popularização do conteúdo efêmero Para quem achava que conteúdo efêmero era uma modinha de adolescentes que se resumia ao Snapchat, 2016 veio com uma surpresa: o lançamento do Instagram Stories, que se mostrou tão forte quanto a rede da fantasminha. Agora em 2017, Facebook já prometeu popularizar ainda mais esse estilo de postagem, lançando em breve o stories para seu aplicativo também. 4. Mais ações de realidade aumentada e virtual Com o sucesso do Pokémon Go e com as lentes do Snapchat, as empresas têm olhado cada vez mais para realidade aumentada. Além disso, o Facebook comprou a Oculus Rift em 2016, anunciando o quanto Mark Zuckerberg acredita nas possibilidades de realidade virtual no dia a dia das pessoas, e não apenas em games. Em 2017, devemos ver muito mais ações voltadas para essas tecnologias. 5. A utilização de influenciadores digitais será ainda mais popular Cada vez mais, os influenciadores digitais fazem parte dos planos de mídia. Youtubers, e estrelas de outras redes como Instagram e Snapchat, estão cada vez mais profissionalizados e produzem conteúdo de qualidade. A tendência para esse ano é o trabalho com esses criadores de conteúdo se tornar mais popular e também mais nichado: haverá uma preocupação das empresas em não apenas contratar os influencers “da moda”, mas também trabalhar com pequenos grupos de influencers que atinjam o público-alvo. TROCANDO IDEIAS Na aula foi apresentado o estudo de caso de uma série produzida empresa NetFlix. O texto da reportagem indicada apresenta a estratégia de informações coletadas na própria navegação dos usuários dos serviços ofertados para produzir um produto de sucesso. O ambiente foi 17 consideravelmente controlado, pois a pesquisa foi realizada na sua própria base de dados. Uma campanha de publicidade para o lançamento de uma série em uma TV convencional poderia fazer uso dos dados coletados em uma rede social? Dentro dos pilares de funcionalidade da rede há possibilidade de compartilhamento de um teaser par essa série? NA PRÁTICA O jornalismo impresso está em crise. A concorrência com o ambiente digital reduz dia a dia a circulação de exemplares impressos, e com isso os anunciantes também se afastam. O designer polonês Jacek Utko utilizou a reformulação visual e de distribuição de conteúdo para elevar a circulação de exemplares impressos. Na sua apresentação no TED, Utko defende suas ideias. Assista o vídeo e leia o conteúdo da aula e explane a defesa do seu plano de vista tendo como justificativa o que foi apresentado nos temas. https://www.ted.com/talks/jacek_utko_asks_can_design_save_the_news paper?language=pt-br FINALIZANDO Esta aula nos mostra que: para atingir o sucesso da nova mídia digital, é necessário garantir a qualidade e a adequação do conteúdo apresentado. No novo modelo jornais e revistas não podem ser documentos estáticos. Devem ofertar recurso como fotos expansíveis, dados complementados por hiperlinks, vídeos e infográficos animados. O consumo de vídeos em plataformas online e móveis está estável aumenta a cada ano. A disponibilização pelo streaming torna conveniente e funcional o compartilhamento de conteúdo audiovisual e podem ser agregados a outras informações viabilizado pelo recurso do Mashup. 18 Os usuários não são consumidores passivos e querem participar do processo de produção, divulgação de conteúdo – interagir na rede social. A participação na rede alimenta o Big Data e fornece dados mensuráveis. As mídias sociais permitem um canal aberto para aproximação da marca com seu público obtendo informações relevantes. REFERÊNCIAS ANDERSON, Chris. A cauda longa: a nova dinâmica de marketing e vendas: como lucrar com a fragmentação de mercados. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. BANKS, Alex. Digital future in focus. Brazil, 2015. Disponível em: <http://iabbrasil.net/assets/upload/boas_praticas/1432557166.pdf>. Acesso em: 04 abr. 2017. BRAKE, David K.; SAFKO, Lon. A Bíblia da mídia social: táticas, ferramentas e estratégias para construir e transformar negócios. São Paulo: Blucher, 2010. BRASIL< Endeavor. Como a netflix sabia que house of cards seria um sucesso antes de lançar a série. (Acesso em 26 de março de 2017) FELIPINI, Dailton. Google top 10: como colocar seu site ou blog na primeira página do Google. Rio de Janeiro: Brasport, 2010. – (coleção e- commerce melhores práticas) JAFFE, Joseph. O Declínio da mídia de massa: por que os comerciais de 30 segundos estão com os dias contados. São Paulo: M. Brooks, 2008. JENKINS, Henry. Cultura da convergência. 2. Ed. São Paulo: Aleph, 2009 KRUG, Steve. Não me faça pensar: uma abordagem de Bom Senso à Usabilidade na Web. 2 edição. Rio de Janeiro. Alta Books, 2006.NIELSEN, Jakob. Projetando WebSites. São Paulo, Ed. Campus, 2000. 19 LIMEIRA, Tania M. Vidigal. E-marketing: o marketing na internet com casos brasileiros. São Paulo: Saraiva, 2007. 2ª edição. Media Kit. http://www.terra.com.br/anuncie/downloads/preco/tabeladeprecos_2017.pdf. Acesso em 24 de março de 2017. RAMOS, Tagil Oliveira. Twitter: chiclete & camisinha: como construir relacionamentos e negócios lucrativos em redes sociais. São Paulo: Novatec, 2010. PEQUINI, Elisa. 5 Tendências em mídias sociais para 2017. http://iabbrasil.net/conteudos/artigo/5-tendencias-em-midias-sociais-para-2017. (Acesso em 26 de março de 2017). PÓVOA, Marcello. 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