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MARKETING DIGITAL MARKETING DIGITAL Janaina Ramos Marcos © Copyright 2017 da Dtcom. É permitida a reprodução total ou parcial, desde que sejam respeitados os direitos do Autor, conforme determinam a Lei n.º 9.610/98 (Lei do Direito Autoral) e a Constituição Federal, art. 5º, inc. XXVII e XXVIII, “a” e “b”. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Ficha catalográfica elaborada pela Dtcom. Bibliotecária – Andrea Aguiar Rita CRB) M321m Marcos, Janaina Ramos. Marketing digital / Janaina Ramos Marcos. – Curitiba: Dtcom, 2017. 151 p. ISBN: 978-859-368-518-7 1. Ferramenta de busca web. 2. Internet. 3. Comercio digital. CDD 658.8 Reitor Prof. Celso Niskier Pro-Reitor Acadêmico Maximiliano Pinto Damas Pro-Reitor Administrativo e de Operações Antonio Alberto Bittencourt Coordenação do Núcleo de Educação a Distância Viviana Gondim de Carvalho Redação Dtcom Análise educacional Dtcom Autoria da Disciplina Janaina Ramos Marcos Validação da Disciplina Maura Xerfan Designer instrucional Milena Rettondini Noboa Banco de Imagens Shutterstock.com Produção do Material Didático-Pedagógico Dtcom Sumário 01 O que é Marketing Digital? ......................................................................................................7 02 Os 4C’s do marketing digital .................................................................................................15 03 Conteúdos digitais ..................................................................................................................23 04 Tendências Digitais ................................................................................................................31 05 Mobile, uma nova realidade ..................................................................................................39 06 Mídias sociais x redes sociais..............................................................................................47 07 Redes sociais e suas principais indicações ......................................................................55 08 Anúncios patrocinados em redes sociais ..........................................................................63 09 Sem e seo: o marketing e os buscadores ..........................................................................71 10 SAC 3.0 .....................................................................................................................................79 11 Viral x Buzz ...............................................................................................................................87 12 Cause Marketing .....................................................................................................................95 13 Blogs ...................................................................................................................................... 103 14 E-Mail Marketing X Newsletter .......................................................................................... 111 15 Marketing de Influência ...................................................................................................... 119 16 Google Analytics .................................................................................................................. 127 17 Campanhas de Marketing Digital ..................................................................................... 135 18 Orçamento e recursos ........................................................................................................ 143 19 Monitoramento de campanhas ........................................................................................ 151 20 Estudo de casos .................................................................................................................. 159 O que é Marketing Digital? Janaína Ramos Marcos Introdução Para que uma empresa, produto ou serviço se destaque no mercado, seja reconhecido e, consequentemente, gere lucros é necessário que se faça “uma propaganda”, uma vez que, como diz o dito popular, “a propaganda é alma do negócio”. Assim, a propaganda, seja ela um anúncio impresso, em rádio ou em televisão, é parte integrante de um plano de marketing. Assim, atualmente, com a crescente popularização da internet e das redes sociais, deve-se atentar para a incluir no plano de marketing anúncios voltados para estas novas mídias. Objetivos de aprendizagem Ao final desta aula, você será capaz de: • identificar os principais conceitos e fundamentos do marketing digital. 1 Definição de marketing O marketing pode ser considerado uma atividade voltada exclusivamente para a satisfação das necessidades e desejos das pessoas, por meio dos processos de troca (Kotler, 1996). Para Kotler (1996, p. 17), o marketing “é tão básico que não pode ser considerado como uma função isolada [...] É o negócio todo visto do ponto de vista do resultado final, isto é, do cliente”. Assim, o marketing está fundamentado nas necessidades do ser humano, como alimenta- ção, vestuário, recreação, abrigo, entre outras, que geram grande demanda por produto, que, por sua vez, é tudo aquilo capaz de satisfazer um desejo, englobando, além dos bens físicos, serviços e experiências (KOTLER, 1996). SAIBA MAIS! No livro “Administração de Marketing”, de Philip Kotler, você irá encontrar uma série de considerações sobre os conceitos de demanda, bens, serviços, o perfil do profissional e os tipos de marketing. – 7 – TEMA 1 2 O que é marketing digital? Dentre os inúmeros tipos de marketing encontrados atualmente, sem dúvida, um dos principais é o marketing digital. Esta modalidade desenvolveu-se de forma acelerada com a popularização da internet, dos dispositivos móveis e das redes sociais. Para Reino (2015, p. 8.), o marketing digital é a aplicação dos conceitos de marketing no ambiente digital, principalmente na internet, maior rede de interconexão existente atualmente. É a partir dessa interligação entre a rede e o po- sicionamento de marketing, é possível construir no ambiente digital uma marca forte online. Figura 1 – Marketing Digital Fonte: Maxx-Studio/Shutterstock.com Reino (2015) classifica as ações de marketing digital em ativas e receptivas. As ações ativas visam atrair a atenção do cliente para uma comunicação específica, enquanto que as receptivas são voltadas para direcionar o cliente para um ambiente específico. SAIBA MAIS! Para aprofundar seus conhecimentos, leia o artigo “Marketing Digital: a era da tecnologia on-line”, de Flavia Cristina Cintra. Acesse: <http://publicacoes.unifran.br/ index.php/investigacao/article/viewArticle/147>. MARKETING DIGITAL – 8 – 3 O marketing digital é diferente do marketing tradicional? No marketing tradicional, os canais de divulgação de anúncios, como rádio, televisão e mídia impressa, não oferecem ao cliente possibilidade de interação direta com a empresa. Assim, o con- sumidor possui uma grande passividade diante dos anúncios. Figura 2 – Propaganda dos anos 60 Fonte: VILLAS, 2014, p. 6. Neste sentido, o principal diferencial do marketing digital em relação ao tradicional é que o cliente tem o poder de criticar, questionar e interagir diretamente com as organizações, por meio de suas redes sociais. Além disso, os produtos e serviços oferecidos possuem rápida distribuição, quase em tempo real, expondo-se à aceitação ou rejeição de seus clientes e seguidores. 4 Histórico do marketing na era digital Antes dos anos 2000, somente as grandes empresas dispunham de orçamento para cam- panhas de anúncios e propagandas na “grande mídia”. Jornais, rádios, televisão e revistas não ofereciam a possibilidade de segmentação de mercado e o consumidor apenas recebia e absor- via o anúncio. Com as mudanças tecnológicas experimentadas no século XXI, principalmente na década de 1990, os hábitos de consumo foram alterados: surgiram os primeiros e-commerce; e o cliente passou a pesquisar produtos e serviços na internet, ou seja,as informações passaram a interferir nas suas decisões de compra (GABRIEL, 2010). Neste contexto de “explosão” da interatividade, surgiu o marketing digital, levando as empresas a modernizarem sua comunicação, adaptando-se às redes sociais e à produção de conteúdo, para que seus consumidores pudessem ter sua experiência de compra de produtos e serviços melhorada. MARKETING DIGITAL – 9 – Atualmente, no marketing digital, estamos na “era da mobilidade”, na qual todas as ações e estratégias de comunicação, blogs, conteúdos e e-commerce devem ser otimizadas para visuali- zação e interação em dispositivos móveis. FIQUE ATENTO! No Brasil, em 2015, o número de smartphones vendidos superou o número de com- putadores, segundo dados publicados pela revista Exame (EFE, 2015). Com isso, percebemos que, cada vez mais, torna-se importante a implementação de estraté- gias de marketing voltadas para a mobilidade. 5 Web 1.0, 2.0 e 3.0 Como vimos, a internet, como conhecemos e utilizamos, surgiu nos anos 1990, quando a interação dos usuários era passiva, desenvolvida e centrada nas empresas. A este período deno- minamos Web 1.0, em que podemos associar a uma grande biblioteca, na qual os conteúdos eram produzidos por grandes produtores e portais de conteúdo (REBOUÇAS; INOCENCIO, 2015). FIQUE ATENTO! Foi neste período que surgiram as primeiras ações de marketing digital, com os blogs e as redes sociais. EXEMPLO Um dos primeiros sites brasileiro disponível na web 1.0 foi o portal UOL (Universo Online). Nele, era possível acessar e-mail, participar de chats e conhecer pessoas, além de obter informações e notícias. Nos anos 1990, surgiram os primeiros anúncios que ofereciam links e possibilidades de cli- ques, porém somente no ano 2000 surgiu a chamada Web 2.0, período em que a comunicação e a produção de conteúdo passou a ser democratizada, com o aparecimento dos blogs e das pri- meiras redes sociais (como o Facebook, que surgiu em 2004). Assim, os usuários passaram a ter uma participação mais ativa, produzindo e compartilhando conteúdo. Nesse período, surgiram as enciclopédias colaborativas, como o Wikipédia (REBOUÇAS; INOCENCIO, 2015). MARKETING DIGITAL – 10 – FIQUE ATENTO! Foi neste período que o marketing digital se consolidou como uma importante fer- ramenta de divulgação de produtos e serviços para as empresas. Figura 3 – Web 3.0 Fonte: scyther5/Shutterstock.com Finalmente, na Web 3.0, houve uma larga interação nas mídias digitais, gerando grande quan- tidade de dados e informações. Aqui, termos como “web semântica”, que trata da organização de dados e informações que possam ser compreendidos e analisados por humanos e máquinas, e “internet das coisas”, nome dado àqueles dispositivos eletrônicos que possuem conexão com a rede, começam a tomar forma (REBOUÇAS; INOCENCIO, 2015). EXEMPLO Hoje, encontramos casas que podem ser comandadas por meio de tablets e smartphones, entre outros. 6 Páginas digitais – site, hotsite e portais e páginas Na rede, há diferentes formas de exposição e divulgação de conteúdo. Além das mídias sociais, podemos transmitir e interagir com os conteúdos de páginas, sites, hotsites e portais. Uma página, segundo Gabriel (2010), é um documento em HTML (Hyper Text Markup Language), que pode conter imagens, textos, arquivos de áudio e vídeo. Cada página possui um endereço específico, ou seja, uma URL (Uniform Resource Locator), que serve para ser acessado em navegadores web. MARKETING DIGITAL – 11 – Um site é uma compilação de páginas, de forma organizada e hierarquizada, com o intuito de divulgar uma determinada organização (podemos comparar um site a um cartão de visitas de uma empresa) (GABRIEL, 2010). Figura 4 – Homepage do site institucional da Petrobrás Fonte: PETROBRÁS, 2017. Em tradução literal, hotsite é um “site quente”. Ele é criado com prazo de validade e com o intuito de divulgar uma determinada ação de marketing, lançamento de produto, promoções, pesquisas e prospecção de clientes. Além disso, possui uma linguagem persuasiva e com visuais diferenciados de um site ou portal (GABRIEL, 2010). O portal possui foco em públicos específicos, com os conteúdos verticalizados, criados de acordo com as necessidades dos leitores. Normalmente, contam com ferramentas de interação, como chats, comentários, fóruns, os quais os usuários, algumas vezes, devem possuir um login e senha de acesso a conteúdos específicos ou exclusivos (GABRIEL, 2010). Fechamento Nesta aula, você teve a oportunidade de: • acompanhar a evolução histórica da internet; • estudar o histórico do marketing digital; • analisar as diferenças entre site, hotsite, portais e páginas; • aprender sobre o marketing tradicional e o digital; • conhecer os principais conceitos do marketing digital. MARKETING DIGITAL – 12 – Referências CINTRA, Flávia Cristina. Marketing digital: a era da tecnologia on-line. Universidade de Franca, Franca, São Paulo. Disponível em: <http://publicacoes.unifran.br/index.php/investigacao/article/ viewArticle/147>. Acesso em: 03 fev. 2017. EFE. Número de Smartphones supera o de computadores no Brasil. Exame.com. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/tecnologia/numero-de-smartphones-supera-o-de-computadores-no- -brasil/>. Acesso em: 03 fev.2017 GABRIEL, Martha. Marketing na era digital: conceitos, plataformas e estratégias.São Paulo: Nova- tec, 2010. KOTLER, Philip. Administração de Marketing. 10.ed. São Paulo: Prentice Hall, 2000. Disponível em: <http://www.sintracoopsc.com.br/wp-content/uploads/2009/03/PDF-Marketing-Kotler-2000. pdf>. Acesso em: 12 jan. 2017. KOTLER, Philip. Marketing. São Paulo: Atlas, 1996. Disponível em: <http://www.spositoonline.com. br/imagens/professor/marketing_philip_kotler.pdf>. Acesso em: 12 jan. 2017. REBOUÇAS, Davi; INOCENCIO, Luana. Indo além do compartilhamento: reflexões sobre o uso das novas mídias digitais como plataformas de apoio ao ensino superior presencial. In: Anais Con- gresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. Rio de Janeiro, 2015. Disponível em: <http://porta- lintercom.org.br/anais/nacional2015/resumos/R10-3312-1.pdf>. Acesso em: 25 jan. 2017. REINO, Lucas Santiago Arraes. Redes Sociais e Marketing Digital, o Caso do Firula’s Café. 2012. In: Biblioteca Online em Ciências da Comunicação. Portugal. Disponível em: <http://www.bocc.ubi. pt/_esp/escola.php?codinst=10>. Acesso em: 03 fev. 2017. VILLAS, Alberto. A alma do negócio: como eram as propagandas nos anos, 50, 60 e 70. São Paulo: Globo. 2014. MARKETING DIGITAL – 13 – http://exame.abril.com.br/tecnologia/numero-de-smartphones-supera-o-de-computadores-no-brasil/ http://exame.abril.com.br/tecnologia/numero-de-smartphones-supera-o-de-computadores-no-brasil/ http://www.sintracoopsc.com.br/wp-content/uploads/2009/03/PDF-Marketing-Kotler-2000.pdf http://www.sintracoopsc.com.br/wp-content/uploads/2009/03/PDF-Marketing-Kotler-2000.pdf http://www.spositoonline.com.br/imagens/professor/marketing_philip_kotler.pdf http://www.spositoonline.com.br/imagens/professor/marketing_philip_kotler.pdf http://portalintercom.org.br/anais/nacional2015/resumos/R10-3312-1.pdf http://portalintercom.org.br/anais/nacional2015/resumos/R10-3312-1.pdf Os 4C’s do marketing digital Janaína Ramos Marcos Introdução O marketing é uma ferramenta estratégica fundamental para divulgação de produtos e servi- ços por parte de empresas e busca constantemente a satisfação dos desejos e necessidades das pessoas. Para tanto, sabia que existe o mix de marketing? Trata-se de um conceito clássico em que se estuda os 4 P’s (preço, prazo, promoção e praça), um dos fundamentos básicos das estratégias desse campo. A partir dos 4 P’s – cujo produto era o centro do marketing – surgiu a teoria dos 4 C’s, cen- trando o marketing no cliente. Vamos compreender como funciona? Acompanhe! Objetivos de aprendizagem Ao final desta aula, você será capaz de: • conhecer o conceito dos 4C’s do marketing digital. 1 Os 4 P’s do marketingA teoria do mix de marketing foi publicada nos anos 1960 por Jerome McCarthy, no livro “Basic Marketing”, foi definida posteriormente por Kotler (2006, p. 97) como sendo “o conjunto de ferramentas que a empresa usa para atingir seus objetivos de marketing no mercado-alvo”. FIQUE ATENTO! As estratégias de marketing – digital ou tradicional – devem considerar estes “Ps”. Sendo assim, antes de elaborar o plano de marketing, listar cada um deles relacio- nando o produto ou serviço. Os 4P’s caracterizam-se como produto, preço, promoção e praça. Machado et al., (2012, p. 3) reflete que: “Este modelo se baseia na ideia que a empresa produz um bem ou serviço (produto), o con- sumidor deve ser comunicado que este bem ou serviço existe (promoção), devendo este ser distribuído aos mais variados tipos e locais de venda (praça), e por fim a empresa deve cobrar um montante pelo fornecimento do produto (preço)”. – 15 – TEMA 2 Figura 1 – 4 P’s Mix de marketing Produto Variedade de produtos Qualidade Design Características Nome de marca Embalagem Tamanhos SErviços Garantias Deboluções Preço Preço de lista Descontos Concessões Prazo de pagamento Condições de financiamento Promoção Promoção de vendas Propaganda Força de vendas Relações públicas Marketing direto Praça Canais Cobertura Variedades Locais Estoque Transporte Mix de marketing Mercado-alvo Fonte: adaptado de MACHADO et al, 2012. SAIBA MAIS! No capítulo 1 do livro “Conhecendo o Marketing”, de Gilson Honorato, o autor aborda a questão relativa ao mix de marketing acrescentando mais 3P’s a este contexto. Para saber mais acesse o link: <https://goo.gl/R9B9E2>. Os 4P’s aplicam-se também no marketing digital, porém com algumas modificações organi- zadas por Campos (2013): • produto: digitais ou virtuais como e-book, mp3; • preço: cobrado em moedas digitais como o BitCoin; ou intermediadores de pagamento (PagSeguro); • praça: redes sociais e lojas virtuais; • promoção: anúncios e links patrocinados em redes sociais (Facebook, Twitter e Instagram). MARKETING DIGITAL – 16 – https://goo.gl/R9B9E2 EXEMPLO O produto Coca-Cola é uma bebida produzida a partir de uma receita exclusiva, ven- dida por um preço baixo, visando maior número de clientes. A praça é diversificada em muitos países. Sazonalmente, são lançadas promoções com brindes específi- cos, marca de roupas e associação com eventos (Olímpiadas e Copa do Mundo) como forma de gerar identificação e associação da marca. Figura 2 – Coca-Cola Fonte: EQRoy/Shutterstock.com Os 4 P’s tornaram-se obsoletos com as mudanças na sociedade, sendo necessária uma alte- ração: surgia assim, os 4 C’s. 2 Os 4 C’s do marketing Nos anos 90, o marketing passou por uma revisão em seus elementos, devido às mudanças eco- nômicas, sociais e tecnológicas. Assim, em oposição à teoria de McCarthy (1960), autores propuseram a substituição do “P” de produto pelo “C” de cliente, alterando sucessivamente o preço por custo, o ponto de venda por conveniência, e por fim, a promoção por comunicação (LAUTERBOM, 2007). Os 4C’s formam-se como podemos ver a seguir: • cliente: estudam-se suas necessidades, produzindo e vendendo apenas o que as pes- soas querem adquirir; • custo: compreender o custo que o consumidor terá para satisfazer desejos ou necessidades; MARKETING DIGITAL – 17 – • conveniência: foco na distribuição em pontos convenientes para o cliente adquirir o produto; • comunicação: comunicar o produto com conteúdos específicos para os clientes (MENSHHEIN, 2010). Figura 3 – 4 C’s do marketing Cliente Conveniência Mercado Alvo Custo Comunicação Fonte: adaptado de CAMPOS, 2013. EXEMPLO As Havaianas utilizam os 4C’s em suas estratégias, veja: • cliente: oferecendo um mix de produto capaz de atender a vários tipos de clientes, dos mais simples aos mais sofisticados; • custo: o consumidor acredita que o valor do chinelo é justo, de forma que, quase a maioria dos brasileiros, possui pelo menos um par em casa; • conveniência: os chinelos são encontrados em vários pontos de venda, em mercados de bairro, lojas de departamentos lojas virtuais, e até mesmo em outros países; • comunicação: lojas exclusivas, redes sociais, comerciais em diversas mídias, além de comunicação em países do exterior. 3 Cliente e custo O cliente é a figura central do mix de marketing (KOTLER, 2006), uma vez que sem ele não há consumo, e sem consumo não há vendas e, consequentemente, sem vendas, as empresas não sobrevivem. Sendo assim, é fundamental que o profissional de marketing procure conhecer muito bem seu potencial cliente, respeitá-lo e ouvir suas opiniões sempre que possível. MARKETING DIGITAL – 18 – FIQUE ATENTO! Lembre-se de que as estratégias de marketing devem sempre considerar e satisfa- zer às necessidades e os desejos dos clientes. As empresas devem manter diversos canais de comunicação com o cliente em SACs (servi- ços de atendimento ao cliente), perfis de redes sociais (Twitter, Facebook); e-mail, ou formulários de contato em seus sites institucionais. Figura 4 – Relacionamento com o cliente Fonte: Lesia_G/Shutterstock.com O custo relaciona-se com o valor que o cliente está disposto a pagar por um produto ou por um serviço. Este valor pode ser avaliado em pesquisas de marketing. Itens como a disponibilidade de pagamento, benefícios, além da distância ele seria capaz de percorrer para adquiri-lo devem ser considerados em estudos constantes, objetivando identificação dos desejos fidelização dos clientes. 4 Conveniência A conveniência refere-se às comodidades oferecidas por empresas para que os clientes adquiram produtos ou serviços (MENSHHEIN, 2010). O cliente procura o ponto de distribuição mais conveniente, como o deslocamento ao trabalho, o mais próximo de sua residência, melhor estacionamento, etc. Os profissionais devem conhecer profundamente o nicho ou segmento de mercado, para que o ponto de distribuição seja facilmente acessado a este cliente, uma vez que conveniência é um dos principais diferenciais de negócios hoje. Com a internet, os produtos são oferecidos em lojas virtuais, MARKETING DIGITAL – 19 – atingindo maior número de clientes, que poderiam não ter acesso a lojas físicas. Neste caso, a con- veniência concentra-se em oferecer o produto em lojas virtuais próprias, e em market places, aliando todas as facilidades de pagamentos oferecidos nesse modelo de negócio. FIQUE ATENTO! Para oferecer conveniência, devemos analisar todos os hábitos de consumo, seja por meio da criação de personas, seja por meio de pesquisas de marketing, para assim, chegar ao cliente de forma assertiva e objetiva. 5 Comunicação A comunicação refere-se ao conjunto de estratégias de divulgação definidas para que o cliente conheça o produto, esteja ciente do local de distribuição e dos principais diferenciais dele (MENSHHEIN, 2010). É importante também que receba informações adequadas por meio de anúncios na internet, e-mail marketing, redes sociais. 6 Os 4 E’s do marketing A teoria dos 4 E’s revisa alguns fundamentos do marketing, e incluindo conceitos de gestão de marca nas organizações (CAMPOS, 2013). Segundo esta teoria é necessário, ainda, – além dos 4 P’s ou 4 C’s – entusiasmar funcioná- rios, encantar clientes, enlouquecer concorrentes e enriquecer a todos. Veja: • entusiasmar é incentivar funcionários, fortalecer as relações, ter uma boa comunica- ção interna, estabelecendo um bom endomarketing (marketing interno); • encantar é estabelecer relacionamento focando nos mais rentáveis. Lembre-se da teoria de Pareto – a regra do 80/20 – em que 20% dos clientes são responsáveis por 80% dos negócios; deve-se também fortalecer o marketing de relacionamentos, oferecer produtos com preços baixos, com alto valor agregado ou por meio da imagem da marca; • enlouquecer concorrentes significa que as empresas devem monitorar os concorren- tes diretos indiretos e oferecer produtos com a melhor relação custo-benefício;• enriquecer a todos é promover ações sociais, ambientais benéficas para funcionários, clientes e a sociedade como um todo. SAIBA MAIS! A Apple encanta os clientes oferecendo produtos com alto valor agregado e imagem alinhada com a marca. Leia mais no artigo “7 estratégias de marketing da Apple que você deveria seguir”. Disponível no link: <http://www.sinonimodesucesso.com.br/7- estrategias-de-marketing-da-apple/>. MARKETING DIGITAL – 20 – http://www.sinonimodesucesso.com.br/7-estrategias-de-marketing-da-apple/ http://www.sinonimodesucesso.com.br/7-estrategias-de-marketing-da-apple/ Fechamento Concluímos a aula relativa aos 4 C’s do marketing. Vimos que a teoria dos foi proposta nos anos 1990, e refere-se a uma evolução dos 4 P’s realizada por MacCarthy na década de 1960. Nesta aula, você teve a oportunidade de: • conhecer os conceitos relativos aos mix de marketing, chamados de 4P’s (produto, preço, praça e promoção); • estudar sobre a evolução deste conceito, transformado agora em 4 C’s (cliente, custo, conveniência e comunicação); • aprender também que existe ainda os 4 E’s, os quais estabelecem uma relação da marca com os clientes e concorrentes. Referências CAMPOS, Fábio. Os 4Ps, os 4Cs e os Es do marketing. 2013. Disponível em: <https://admsenai. files.wordpress.com/2013/04/os-4ps-4cs-e-4ese280a8do-marketing-prof-fabio-campos.pdf>. Acesso em: 20 jan. 2016. MENSHHEIN, Rafael Mauricio. Os 4 “Cs” do Marketing. 2010. Disponível em: <https:// casesdesucesso.files.wordpress.com/2010/06/4_cs_mkt.pdf>. Acesso em: 20. jan. 2016. TORRES, Edison. 4 Ps Coca Cola. 2014. Disponível em: <http://pt.slideshare.net/edisontorresneto/4- ps-coca-cola>. Acesso em: 20. jan. 2016. KOTLER, Philip; KELLER, Kevin Lane. Administração de marketing. 12. ed. São Paulo: Pearson/ Prentice Hall, 2006. MACHADO, Carolina de Mattos Nogueira. et al. Os 4 P’s do Marketing: uma Análise em uma Empresa Familiar do Ramo de Serviços do Norte do Rio Grande do Sul. In: simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia. Excelência em Gestão e Tecnologia, n.9, 2012, Resende. Anais SEGET. Resende: Seget, 2012, p. 1 - 16. Disponível em: <http://www.inf.aedb.br/seget/artigos12/32016481. pdf>. Acesso em: 17 mar. 2017. NASCIMENTO, Augusto; LAUTERBORN, Robert F. Os 4 ES de marketing e branding: evolução de conceitos e contextos até a era da marca como ativo intangível. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. MARKETING DIGITAL – 21 – https://admsenai.files.wordpress.com/2013/04/os-4ps-4cs-e-4ese280a8do-marketing-prof-fabio-campos.pdf https://admsenai.files.wordpress.com/2013/04/os-4ps-4cs-e-4ese280a8do-marketing-prof-fabio-campos.pdf https://casesdesucesso.files.wordpress.com/2010/06/4_cs_mkt.pdf https://casesdesucesso.files.wordpress.com/2010/06/4_cs_mkt.pdf http://pt.slideshare.net/edisontorresneto/4-ps-coca-cola http://pt.slideshare.net/edisontorresneto/4-ps-coca-cola Conteúdos digitais Janaína Ramos Marcos Introdução Você sabia que uma das principais estratégias de ações do marketing digital é a produção e o compartilhamento de conteúdos exclusivos por empresas e organizações? Para aplicá-las é necessário que elas sejam relevantes para o público e, também gerem engajamento por parte dele. E este é o grande foco do momento. Vamos entender como tudo isso funciona? Acompanhe! Objetivos de aprendizagem Ao final desta aula, você será capaz de: • definir as principais técnicas e melhores práticas para construção de conteúdos digitais relevantes. 1 Audiência: você sabe quem é seu público? Para começar, precisamos compreender o que é público-alvo. Gabriel (2010) conceitua públi- co-alvo como sendo o consumidor a ser alcançado e convertido aos objetivos de marketing, mas também enfatiza que esse, no marketing digital, não significa apenas alvo, mas uma mídia e tam- bém gerador dela. Hoje denominamos este público como audiência. Figura 1 – Cliente corresponde a público-alvo Fonte: Jirsak/Shutterstock.com – 23 – TEMA 3 Do mesmo modo, Gabriel (2010) também reflete que é importe que se estabeleça um relaciona- mento com o público para que este gere ações de conquista, conversão e engajamento com a marca em todas as etapas do relacionamento: conscientização, consideração, conversão e pós-venda. FIQUE ATENTO! O profissional de marketing deve saber exatamente qual o seu segmento e o seu pú- blico, estudando o mercado por meio de pesquisas de comportamento e de consumo. Assim, o público que “curte”, segue e compartilha conteúdos digitais é a audiência. Lem- brando que esta é extremamente ativa, dinâmica, capaz de criar, compartilhar e interagir com diversos tipos de conteúdos postados nas redes sociais. 2 O que é conteúdo? Mechailech e Ceschim (2015) refletem que as empresas já tomaram consciência de que ofe- recer a seus clientes conteúdos relevantes é mais efetivo do que, simplesmente, fazer uma propa- ganda tradicional em rádio ou em televisão. Por isso, a área de o marketing de conteúdo das empresas trata do planejamento de estra- tégias que visam atrair o interesse dos consumidores, não apenas vendendo itens, apresentando produtos, mas oferecendo soluções relevantes, que possam melhorar e agregar valor a vida desse consumidor (BASÍLIO; CARVALHO, 2015). Figura 2 – Conteúdo digital Fonte: Georgejmclittle/Shutterstock.com MARKETING DIGITAL – 24 – Segundo Weis (2014) apud Mechailech; Ceschim, (2015) o conteúdo produzido pelas empre- sas acaba mixando publicidade e entretenimento. FIQUE ATENTO! O conteúdo deve oferecer ao cliente informações úteis, devendo ser cada vez mais estratégico, útil, qualificado e personalizado. 3 Tipos de conteúdos mais utilizados Conforme Mechailech e Ceschim (2015) citando a Branded Content Marketing Association (2014) afirmam que existem algumas estratégias de produção de conteúdo usadas com efetivi- dade pelas organizações. São elas: o conteúdo deverá ser divertido, verdadeiro, relevante, apaixo- nado, original, surpreendente, informativo, educativo e/ou possuir alguma informação que facilite a vida das pessoas. EXEMPLO Marcas de cosméticos costumam postar em suas redes sociais conteúdos com certas características. Em 2017, uma grande marca publicou em seu Facebook uma postagem sobre o empoderamento feminino, assunto que vem dominando as redes sociais. O post gerou 133 compartilhamentos e 1,1 mil curtidas. Isso sig- nifica dizer que o conteúdo foi informativo, educativo, e relevante para as mulheres, público-alvo da marca. As novas tecnologias e as mídias sociais estão impactando a produção de conteúdo nas empre- sas, uma vez que “as marcas deixarão de tentar entender o que desperta o interesse do público, para tentar ser o alvo desse interesse, de modo que seu sucesso seja medido não por impactos e frequ- ência, mas por engajamento e experiências” (MECHAILECH E CESCHIM, 2015, p. 130). 4 Engajamento Um dos principais objetivos do marketing de conteúdo é justamente provocar o engajamento do cliente e, assim promover nele a vontade de “curtir” e compartilhar sua postagem. Mas como fazer isso? Conforme Wolf (1999 apud SIQUEIRA; COVALESKI, 2015) o cliente hoje busca nas marcas – além de satisfação de suas necessidades – também o entretenimento. Isso se deve ao fato das redes sociais estarem cada vez mais presentes no cotidiano, preenchendo tempo livre. As marcas precisam buscar produzir conteúdos que entretenham os clientes e o engajem interacional e emocionalmente. MARKETING DIGITAL – 25 – EXEMPLO São exemplos de conteúdos engajados: “um jogo interativo criado para as redes sociais digitais, um show idealizado para um grupo seleto de pessoas, uma viagem com um destino exótico, curtas-metragens realizados por diretores de cinema re- nomados ou qualquer outra iniciativa que vise entreter e preze pela efetiva partici- pação da audiência” (SIQUEIRA; COVALESKI, 2015, p. 3). Sendo assim, o cliente recebe a mensagem produzida de forma mais positiva, predispondo- -se à aceitação dela, uma vez que, se ele“segue” o perfil da empresa na rede social, definitivamente é de interesse tal informação. É importante salientar que o conteúdo, quanto mais inovador e seg- mentado, maior a chance de promover a curiosidade e o compartilhamento do cliente (SIQUEIRA; COVALESKI, 2015). 5 Palavras-chave Palavra-chave é o principal instrumento de pesquisa por produtos e serviços na internet. Podem ser expressões compostas de três ou mais palavras – as chamadas palavras-chave cauda longa – e possuem o objetivo de oferecer uma busca mais personalizada para os clientes sobre o conteúdo. SAIBA MAIS! Para que entenda mais sobre o conceito da cauda longa, leia o capítulo 1 do livro “ A cauda longa: do mercado de massa para o mercado de nicho”, de Chris Ander- sen. Disponível no link: <http://www.slideshare.net/sergioduarte1/e-book-chris-an- derson-cauda-longa>. Figura 3 – Pesquisa usando palavra-chave Fonte: Rawpixel/Shutterstock.com MARKETING DIGITAL – 26 – Quase 90% das compras na internet, iniciam-se com a pesquisa por um produto ou por um serviço em sites de busca (GUALDA, 2015). Sendo assim, é de fundamental importância que se configure palavras-chave eficientes, uma vez que estes todos os buscadores acabam se espe- cializando não somente em encontrar, mas também em capturar o conteúdo e relacioná-lo às palavras-chave, oferecendo ao consumidor um resultado muito mais preciso, útil e significativo. As vantagens de se configurar palavras-chave estão na facilidade para atingir os objetivos, proporcionar um melhor custo-benefício à empresa, diminuir a taxa de rejeição por parte dos clien- tes e aumentar o “rankeamento” da pesquisa em sites buscadores. SAIBA MAIS! Assista ao vídeo “5 dicas para escolher as palavras-chave corretas” encontrado no link: <https://youtu.be/BrRzJdaqB94>. 6 Relevância Conteúdos relevantes são aqueles que oferecem uma espécie de benefício ao cliente. Por exemplo, uma marca de maquiagem que faça um vídeo com uma maquiadora famosa explicando como usar um delineador. Este é um tipo de conteúdo relevante, por se tratar de uma mídia de fácil interação – o vídeo – e ser também educativo, uma vez que agrega um valor para o usuário (SIQUEIRA; COVALESKI, 2015). 7 Programação de conteúdo – a régua de planejamento Em algumas empresas – de pequeno ou de grande porte – é necessário que o departamento de marketing planeje o desenvolvimento e a publicação semanalmente, de modo a criar uma agenda. Chamamos essa ação de régua de planejamento, a qual possui o objetivo de melhorar a análise de desempenho e o retorno sobre o investimento (ROI – Return on Investment) (MORAIS, 2011). Quadro 1 – Modelo de régua de planejamento Dia Hora Ação Período Segunda 14h Post no Facebook – semana da mulher. 01 a 08/03 Terça 15h Lançamento promoção Twitter – Dia Internacional da Mulher 2 dias Quarta 12h Artigo no blog sobre empoderamento feminino – vídeo com digital influencer. março Quinta 16h Lançar pesquisa interativa no Facebook sobre o papel da mulher na sociedade atual. 1 dia Sexta 17h Fazer transmissão ao vivo no Facebook conversando com professor de políticas femininas. 08/03 Fonte: adaptado de MORAES, 2011. MARKETING DIGITAL – 27 – https://youtu.be/BrRzJdaqB94 FIQUE ATENTO! Para garantir o engajamento dos clientes com as publicações, os horários de publi- cação devem ser bem avaliados para que sejam estratégicos. Existem horários mais adequados para a publicação de conteúdos em redes sociais. No Facebook, por exemplo, deve-se postar entre 13h00 e 16h00, evitando os horários entre zero e 8h00 da manhã. A régua auxilia o monitoramento e o planejamento de ações, uma vez que podemos verificar o engajamento e controlar o tipo de ação realizada, para evitar repetições sistemáticas, o que poderia diminuir a relevância e o engajamento dos clientes. Fechamento Concluímos a unidade relativa conteúdos digitais. Agora, você já conhece as métricas mais usadas para produção de conteúdo. Nesta aula, você teve a oportunidade de: • estudar sobre o público-alvo e a importância de uma formação de audiência para con- teúdos digitais; • aprender sobre o conceito de conteúdo e com ele deve ser relevante para as pessoas; • identificar o que são palavras-chave de cauda longa; • aprimorar seus conhecimentos sobre engajamento e relevância; • conhecer um modelo básico de régua de planejamento de conteúdos digitais. Referências KOTLER, Philip. Marketing. São Paulo: Atlas, 1996. Disponível em: <http://www.spositoonline.com. br/imagens/professor/marketing_philip_kotler.pdf >. Acesso em: 12 jan. 2017. ANDERSON, Chris. A cauda longa: do mercado de massa para o mercado de nicho. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. BASÍLIO, Carla; CARVALHO, Henrique. Marketing de Conteúdo para Iniciantes. 2015. Disponível em: <http://viverdeblog.com/marketing-de-conteudo-para-iniciantes/>. Acesso em: 27 jan. 2017. GABRIEL, Martha. Marketing na era digital: conceitos, plataformas e estratégias. São Paulo: Nova- tec, 2010. GOOGLE ADWORDS. 5 dicas para escolher as palavras-chave corretas. Disponível em: <https:// youtu.be/BrRzJdaqB94>. Acesso em: 30 jan. 2017. MARKETING DIGITAL – 28 – http://www.spositoonline.com.br/imagens/professor/marketing_philip_kotler.pdf http://www.spositoonline.com.br/imagens/professor/marketing_philip_kotler.pdf http://viverdeblog.com/marketing-de-conteudo-para-iniciantes/ https://youtu.be/BrRzJdaqB94 https://youtu.be/BrRzJdaqB94 GUALDA, Paula. Marketing Digital: Estratégias, Diferenças e Potencialidades, 2015. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfa5AAK/apostila-marketing-digital>. Acesso em: 30. jan. 2017. KOTLER, Philip. Administração de Marketing. 10. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2000. Disponível em: <http://www.sintracoopsc.com.br/wp-content/uploads/2009/03/PDF-Marketing-Kotler-2000. pdf>. Acesso em: 12 jan. 2017. MECHAILECH, Ivana S. I. Duarte; CESCHIM, Gisele. Estratégias de Marketing de Conteúdo na Internet: o Engajamento dos Consumidores de O Boticário. Cadernos da Escola de Negócios, Curi- tiba, v. 1, n. 13, p.123-168, 2015. Disponível em: <http://revistas.unibrasil.com.br/cadernosnego- cios/index.php/negocios/article/view/132/117>. Acesso em: 27 jan. 2017. MORAIS, Felipe. Planejamento estratégico com foco na presença digital. 2011. Disponível em: <http://pt.slideshare.net/Felipemorais2309/planejamento-estratgico-com-foco-na-presena-digi- tal-8943058>. Acesso em: 30. jan. 2017 REINO, Lucas Santiago Arraes. Redes Sociais e Marketing Digital, o Caso do Firula’s Café. 2015. Disponível em: <http://bocc.ubi.pt/pag/reino-lucas-redes-sociais-e-marketing-digital.pdf>. Acesso em: 25 jan. 2017. SIQUEIRA, Olga Angélica Santos; COVALESKI, Rogério Luiz. Conteúdo de Marca Audiovisual e regi- mes interacionais: reflexões sobre o engajamento digital do consumidor. COMPÓS - Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação, p. 1-17, 2015. Disponível em: <http:// www.compos.org.br/biblioteca/compos-2015-f8f6b32a-31f4-4162-914e-77946f396363_2812. pdf>. Acesso em: 11 abr. 2017. MARKETING DIGITAL – 29 – http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfa5AAK/apostila-marketing-digital http://www.sintracoopsc.com.br/wp-content/uploads/2009/03/PDF-Marketing-Kotler-2000.pdf http://www.sintracoopsc.com.br/wp-content/uploads/2009/03/PDF-Marketing-Kotler-2000.pdf http://revistas.unibrasil.com.br/cadernosnegocios/index.php/negocios/article/view/132/117 http://revistas.unibrasil.com.br/cadernosnegocios/index.php/negocios/article/view/132/117 http://pt.slideshare.net/Felipemorais2309/planejamento-estratgico-com-foco-na-presena-digital-8943058 http://pt.slideshare.net/Felipemorais2309/planejamento-estratgico-com-foco-na-presena-digital-8943058 http://bocc.ubi.pt/pag/reino-lucas-redes-sociais-e-marketing-digital.pdf Tendências Digitais Janaína Ramos Marcos Introdução Nos últimos anos, o marketing de conteúdo tem se tornado uma das maiores ações de marketing digital adotado pelas empresas. Isso acontece devido ao fato destetipo de ação ter alto poder de engajamento por parte dos usuários, especialmente, quando este conteúdo oferece entretenimento e informações relevantes para a audiência. Vamos entender como tudo isso fun- ciona? Acompanhe! Objetivos de aprendizagem Ao final desta aula, você será capaz de: • identificar quais serão as principais tendências para ações e estratégias de marketing digital. 1 Marketing a serviço das boas ações Hoje, os consumidores estão mais conscientes e não querem apenas comprar um produto, desejam também adquirir o produto e/ou serviço pelos valores que a empresa desses carrega (SILVA, 2012). Sendo assim, é de fundamental importância que as marcas hoje busquem transparência em suas ações e também estejam engajadas nas mais diferentes causas. EXEMPLO Marcas de alimentos para pets realizam campanhas estimulando os clientes a com- prarem seus produtos e a empresa reverterá parte do valor da venda para apoiar ONGs que cuidam de animais abandonados. Parcerias de empresas de tecnologia com cen- tros sociais de comunidades, para montar laboratórios de informática e oferecer cur- sos de capacitação em desenvolvimento de jogos e aplicativos para smartphones, aumentando empregabilidade e gerando oportunidades para pessoas. – 31 – TEMA 4 Figura 1 – Diferentes ações fortalecem a imagem da organização Fonte: Chinnapong/Shutterstock.com Ações sustentáveis e sociais começam dentro da organização – como o incentivo para que os funcionários economizem recursos e participem de programas de reciclagem – geram bons resultados. Além de ser uma ação de endomarketing, pode ser convertida em ação de marketing digital, se forem divulgadas em forma conteúdo. FIQUE ATENTO! Os consumidores percebem se a empresa realiza apenas uma ação de “maquia- gem verde” e desiste da compra. Maquiagem verde significa dizer que um produto ou uma ação tem características de sustentabilidade, quando na verdade não tem. 2 Vídeos Uma das melhores formas de marketing digital é a divulgação de conteúdos em forma de vídeos. O vídeo, de acordo com Medeiros (2016) possui uma taxa muito alta de engajamento, justamente por ser uma mídia dinâmica e visual, ocasionando maior facilidade de absorção do conteúdo disponibilizado. O YouTube se consolidou como uma plataforma que compreende diversos tipos de conte- údo, sendo utilizado para divulgação de marketing pessoal, marketing digital, propagandas políti- cas, programas de televisão, dicas de games, entretenimento, entre outros (QUEIROZ, 2015). MARKETING DIGITAL – 32 – Figura 2 – YouTube Fonte: Alexey Boldin/Shutterstock.com A parceria entre empresas e influenciadores digitais pode gerar conteúdo relevante, uma vez que um número considerável de pessoas possuem um canal no YouTube e são seguidas por milhares de usuários que podem, consequentemente, engajar-se no conteúdo das empresas. Os influenciadores ganham muito dinheiro com vídeos próprios ou parcerias com patrocinadores. FIQUE ATENTO! Todos os vídeos produzidos deverão ser espontâneos, do contrário o efeito será negativo. Existem algumas regras para criação de vídeos: • a empresa deve criar um canal na plataforma; • os vídeos devem ser postados em alta definição de áudio e imagem, do contrário podem não gerar relevância e engajamento; • cenários abertos dificultam a visualização, já que grande parte dos usuários acessam via smartphones. Por isso, fazer uso da técnica de close na captação de imagem faci- lita o entendimento e a visualização; • os vídeos com conteúdo entretêm mais a audiência, mas, lembre-se de que devem ser alinhados ao posicionamento e ao DNA da organização. Estratégias de marketing digital utilizando vídeos fazem parte do conjunto de ações chama- das Inbound Marketing. MARKETING DIGITAL – 33 – 3 Inbound Marketing Inbound Marketing é definido por (Halligan e Shah, 2010 apud Conceição, 2016, p. 16) como uma “estratégia […] na qual uma empresa se promove através dos canais de comunicação virtuais, como blogs, podcasts, vídeos, e-books […], entre outras técnicas de produzir e propagar conteúdo pela rede […]”. Esta procura conhecer o cliente e despertar nele o interesse pelo produto, fazendo com o consumidor chegue até a empresa por meio da produção de conteúdos relevantes. Primeiro, define-se o público-alvo usando a criação de personas. Personas são espécies de “clientes ideais” das empresas, que possuem hábitos de consumo, comportamentos, caracterís- ticas demográficas, objetivos pessoais e atitudes que a levam a decidir pela compra do produto (MADEIRA, 2008). SAIBA MAIS! No portal Sebrae, você encontra um artigo orientando a criação de personas: <http:// blog.pr.sebrae.com.br/planejamento/buyer-personas>. Precisamos conhecer também a jornada de compra do consumidor, para assim definir as estratégias mais adequadas para cada etapa. Figura 3 – Jornada de compra do consumidor 05 Analisar 04 Vender 03 Nutrir, relacionar 02 Converter 01 Atrair 05 - Analisar as estratégias, investimentos e resultados para melhor tomada de decisões 04 - Vender etapa mais importante selecionar leads qualificados elaborar estratégias de vendas 03 - Nutrir, relacionar 3% dos visitantes estão prontos para comprar; entregar conteúdos relevantes e relacionados ao produto, criar <<iscas>> de compras 02 - Converter visitantes em Leads, quando os clientes deixam informações (nome, email, etc...) ao buscar conteúdos 01 - Atrair volume de consumidores para os canais de comunicação, através de palavras-chave ou links patrocinados Fonte: adaptado de MELO, 2015. Uma vez completada a jornada de compra, pode-se ainda utilizar mais algumas estratégias, como retargeting e o remarketing. MARKETING DIGITAL – 34 – 4 Content Remarketing e Retargeting Retargeting – de acordo com Gabriel (2010, p. 230) – é a ação que consiste em “apresentar um anúncio de um produto a um consumidor individual após ele ter manifestado algum tipo de interesse nesse produto em ocasiões anteriores”. Esta ação utiliza a análise de comportamento do consumidor em relação a um produto ou marca, oferecendo a ele conteúdos relevantes e relativos à pesquisa. EXEMPLO Você pesquisa por uma determinada marca de tênis em um site buscador. Em segui- da, você abre sua rede social e aparece a oferta deste produto em sua timeline. Figura 4 – Retargeting Fonte: Andrey_Popov/Shutterstock.com Segundo Gabriel (2010), algumas pesquisas apontam que o consumidor não se sente confor- tável com este tipo de marketing. Para 59% dos entrevistados não concordam com o rastreio de suas atividades online para fins de marketing. FIQUE ATENTO! O ideal é que este tipo de marketing obtenha autorização dos usuários para rastre- amento de seus dados. Já o remarketing significa utilizar anúncios de e-commerce para estimular o consumidor a finalizar uma compra que ele deixou incompleta, utilizando o marketing de conteúdo. MARKETING DIGITAL – 35 – 5 Soluções de compra multicanal Com a popularização dos dispositivos móveis, tornou-se necessário que as empresas integras- sem as plataformas, permitindo ao cliente o trânsito fácil da loja virtual para o aplicativo, ou da loja física para a virtual. Para isto, muitas corporações utilizam programas de fidelidade, por exemplo. SAIBA MAIS! O artigo “Integre seus canais de vendas a partir do conceito de Omni-Channel”, publicado pelo portal Sebrae, traz mais informações sobre a integração multicanal. Disponível no link: <https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/integre- seus-canais-de-vendas-a-partir-do-conceito-de-omni-channel,87426f65a8f3a410Vgn VCM2000003c74010aRCRD>. Fechamento Concluímos a unidade sobre tendências do marketing digital. Nesta aula, você teve a oportunidade de: • conhecer os conceitos de retargeting e remarketing; • aprender sobre o inbound marketing e a jornada de compra do consumidor; • identificar que ações sociais e ambientais podem se transformar em ações de marke- ting digital.Referências BURGESS, Jean; GREEN, Joshua. YouTube e a Revolução Digital: como o maior fenômeno da cul- tura participativa transformou a mídia e a sociedade. São Paulo: Aleph, 2009. CONCEIÇÃO, Matheus Furlani da. Estratégias de comunicação para as Instituições de ensino: Análise do Inbound Marketing do portal Ecaderno. 2016. 73 f. TCC (Graduação) - Curso de Comu- nicação Social, Faculdade de Comunicação Social, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2016. Disponível em: <http://www.ufjf.br/facom/files/2016/06/Monografia-Matheus-Furlani- -final.pdf >. Acesso em: 8 fev. 2017. CUNHA, Rodrigo. YouTube e a Revolução Digital. 2010. Disponível em: <http://pt.slideshare.net/ rodrigocunha85/youtube-e-a-revoluo-digital> Acesso em: 8 fev. 2017. GABRIEL, Martha. Marketing na era digital. São Paulo: Novatec, 2010. HALLIGAN Brian; SHAH Dharmesh. Inbound marketing: get found using Google, social media, and blogs. 2010. USA: John Wiley & Sons, Inc. MARKETING DIGITAL – 36 – KOTLER, Philip; KARTAJAYA, Hermawan; SETIAWAN, Iwan. Marketing 3.0: As forças que estão definindo o novo marketing centrado no ser humano. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. MADEIRA, Kelma. et al. Uma avaliação do orkut utilizando personas sob a ótica da nova usa- bilidade. 2008. Disponível em: <https://www.researchgate.net/profile/denilson_oliveira/publica- tion/228834149_uma_avaliacao_do_orkut_utilizando_personas_sob_a_otica_da_nova_usabili- dade/links/55195b380cf273292e714ff9.pdf >. Acesso em: 15 abr. 2017. MEDEIROS, Saulo. 7 Tendências de marketing 2017. 2016. Disponível em: <http://5seleto.com. br/7-tendencias-de-marketing-2017/>. Acesso em: 8 fev. 2017. MELO, Roger. O que é Inbound Marketing? 2015. Disponível em: <http://rdstation-static.s3.amazo- naws.com/cms%2Ffiles%2F13562%2F1455051026EBOOK+-+O+que+%C3%A9+Inbound+Marke- ting.pdf>. Acesso em: 8 fev. 2017. QUEIROZ, Igor Raphael Gouveia de. O YouTube como ferramenta da cultura midiática participa- tiva. In: Anais XIII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste. 2015. Disponível em: http://www.portalintercom.org.br/anais/nordeste2015/resumos/R47-0233-1.pdf >. Acesso em: 8 fev. 2017. SEBRAE. Personas. Disponível em: <http://blog.pr.sebrae.com.br/planejamento/buyer-personas>. Acesso em: 8 fev. 2017. ______. Integre seus canais de vendas a partir do conceito de Omni-Channel. 2015. Disponível em: <https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/integre-seus-canais-de-vendas-a-partir- -do-conceito-de-omni-channel,87426f65a8f3a410VgnVCM2000003c74010aRCRD >. Acesso em: 15 abr. 2017. SILVA, Camilla Fonseca e. Ações de marketing digital orientando à sustentabilidade. 2012. 52 f. Monografia (Especialização) - Curso de Marketing Digital, Escola de Comunicações e Artes, Univer- sidade de São Paulo, São Paulo, 2012. Disponível em: <http://grupo-ecausp.com/digicorp/wp-con- tent/uploads/2014/03/CAMILA-FONSECA.pdf>. Acesso em: 8 fev. 2017. MARKETING DIGITAL – 37 – Mobile, uma nova realidade Janaína Ramos Introdução Você sabia que a web 3.0 está propiciando uma revolução no marketing de conteúdo? Pois bem. Hoje há um aumento na oferta de dispositivos eletrônicos com internet acoplada a chamada “internet das coisas”, assunto que trataremos ao longo dos nossos estudos. Vamos entender como funciona? Acompanhe! Objetivos de aprendizagem Ao final desta aula, você será capaz de: • estudar as principais ferramentas para criação de conteúdos digitais para dispositivos móveis. 1 Dispositivos móveis: conceito e histórico Dispositivo móvel – também chamado “computador de bolso” – é um artefato composto de uma tela (saída de dados - output) e um teclado miniatura (entrada de dados - input). Alguns apa- relhos possuem tela sensível ao toque (touchscreen) que combinam tela e teclado. (CARVALHO, 2012). Os mais comuns são os smartphones, tablets, GPS, televisão portátil e notebooks. Figura 1 – Dispositivos móveis Fonte: Scanrail1/Shutterstock.com – 39 – TEMA 5 A história do celular iniciou nos anos 1940, quando um grupo de engenheiros procurava um modo mais eficiente de comunicação, utilizando telefones sem fio. Mas somente nos anos 1970 é que, de fato, foi efetuada uma chamada por meio de um telefone móvel para telefone fixo. Nos anos 1980, foi comercializado o primeiro modelo e uma década depois é que surgem os aparelhos menores e com novas funções como jogos, agenda e mensagens de texto (VANNI, et al, 2012). SAIBA MAIS! O vídeo “The Evolution of Mobile – Vodafone” traz uma experiência artística através da evolução dos dispositivos móveis. Disponível em: <https://youtu.be/883UlMNOuX4>. A partir daí, o telefone celular foi evoluindo e hoje oferece muito mais do que simplesmente a comunicação telefônica. Os dispositivos móveis promoveram uma grande mudança no modo como a sociedade estuda, trabalha, comunica-se e se diverte. Figura 2 – Evolução do telefone celular Fonte: Picksell/Shutterstock.com Outro ponto é que grande parte dos smartphones possui capacidade de armazenamento na atu- alidade igual ou superior a muitos computadores produzidos no final do século XX (MOURA, 2009). FIQUE ATENTO! Os celulares transformaram-se em extensões de nossos corpos. As pessoas estão utilizando estes aparelhos para quase todos os tipos de tarefas desde solicitações de serviços, até para assistir a filmes. Seguindo um pouco mais o compasso da evolução, estão surgindo dispositivos móveis capa- zes de serem usados, como roupas e acessórios, os chamados wearables. MARKETING DIGITAL – 40 – 2 Wearables Estamos vivenciando um novo paradigma na comunicação digital. Na era da “internet das coisas” estão sendo desenvolvidas tecnologias para serem “vestidas”, colocando os dispositivos agora acoplados ao nosso corpo (PIRES, 2015). Estes são os chamados wearables, que “[...] pode ser um computador completo capaz de realizar multitarefas, ou desempenhar apenas funções específicas, como tocar música, contar passos, capturar imagens” (PIRES, 2015, p. 159). Segundo Mccann, Bryson (2009 apud Pires 2015) são dispositivos de computação montados de forma a permitir que sejam usados ou transportados no corpo, simultaneamente possuem têm a interface do usuário pronta para uso em todos os momentos. O primeiro wearable que conhecemos foi o relógio de pulso. Na década de 1980, o walkman revolucionou a forma como ouvíamos música. Mais tarde, surgiu o discman, o mp3 player e, por fim, o iPod. Todos eles dispositivos portáteis e pessoais. Já temos relógios inteligentes, pulseiras que controlam o sono, óculos capazes de fotografar e captar vídeos, tênis que medem a quantidade de passos e a velocidade da caminhada, entre outros (PIRES, 2015). Figura 3 – Wearables Fonte: REDPIXEL.PL/Shutterstock.com Sabe-se que diversas tecnologias vêm ganhando força, dentre elas estão a realidade virtual e a realidade aumentada. A realidade aumentada é a união de recursos virtuais com a realidade que [...] “vai acelerar nos próximos anos e o potencial de uso é incrível. Essa tecnologia ganhou evidên- cia com o Google Glass, mas o futuro oferecerá soluções mais discretas” (SEGURA, 2015, p. 258). Já a realidade virtual é uma tecnologia que permite interação entre usuário e interface, pro- porcionando uma recriação da realidade, utilizando para isso, um tipo de óculos. MARKETING DIGITAL – 41 – EXEMPLO Séries e filmes estão sempre tentando apontar direções para o futuro. Uma das mais cultuadas é a série “Black Mirror”, em que cada episódio apresenta uma história di- ferente sobre novas tecnologias e seu impacto na sociedade em um futuro recente. Episódios que tratam de realidade virtual e wearables são: o episódio 3 da primeira temporada “The entire history of you” e também os episódios 1 e 3 da terceira tempo- rada, chamados respectivamente “Nosedive” e “San Junipero”. Para acompanhar esta tendência da tecnologia é necessário que conteúdos de marketing digital e plataformas como blogs, sites e aplicativos sejam desenvolvidospor meio de técnicas que permitam localizar e visualizar facilmente os a partir de qualquer dispositivo. Essa técnica de desenvolvimento é chamada design responsivo. 3 Design responsivo: o que é isso? O web design responsivo é a técnica que permite desenvolver páginas de sites, redes sociais e aplicativos capazes de se adaptarem a diferentes tipos de suporte como o smartphones, smartTvs, tablets, smart watches entre outros. É sair das limitações de um browser Desktop e seu tamanho previsível, e pensar em pá- ginas com flexibilidade que suportem todo tamanho de tela, qualquer tipo de resolução, interfaces com touch ou mouse. Pensar responsivamente é repensar a Web para o futuro (ZEMEL, 2012, p. 3). FIQUE ATENTO! Devido ao contexto tecnológico em que vivemos, é muito que importante que todas as empresas estejam presentes na internet e que tenham websites responsivos. De acordo com ZEMEL (2012), o acesso à internet por meio de aparelhos celulares ultrapas- sou o realizado através de computadores no Brasil. Atento a esse dado, o marketing digital precisa focar no desenvolvimento de conteúdos responsivos, que possam ser acessados facilmente em todos os dispositivos móveis. EXEMPLO O site do governo brasileiro promoveu mudança na visualização e em alguns conteú- dos de acordo com o dispositivo em que foi aberto. MARKETING DIGITAL – 42 – Figura 4 – Site responsivo do governo brasileiro Fonte: brasil.gov.br versão desktop Fonte: brasil.gov.br versão smartphone Fonte: brasil.gov.br versão tablet Fonte: adaptado de BRASIL, 2017. 4 Conteúdos para dispositivos móveis: como produzir Gabriel (2010) reflete que a mobilidade é uma das principais tendências sociais e digitais e – por consequência – do marketing também. As pessoas utilizam dispositivos móveis para obter conteúdos e informações sobre empresas. As informações mais buscadas são de acordo com Gabriel (2010, p. 279): • “endereço de lojas e horário de funcionamento; • preços e detalhes sobre produtos; • informações de contato; • áreas normalmente usadas do site da empresa”. Sendo assim, o marketing deve desenvolver sites responsivos, que contenham as informa- ções acima combinadas com palavras–chave para buscas orgânicas e outras ferramentas como o Google Places e Adwords. Conteúdos em vídeo devem ter um cuidado com o cenário e o tipo de plano, lembrando que para melhor visualização em telas pequenas, o ideal é que seja utilizado um plano fechado (clo- se-up), médio ou americano. Gabriel (2010) afirma que a duração máxima deve ser em torno de 2 minutos, para que haja conforto visual do usuário. Mais do que isso pode não causar engajamento. MARKETING DIGITAL – 43 – SAIBA MAIS! O site Primeiro Filme traz um artigo “Enquadramentos, planos e ângulos” que aborda sobre a importância da compreensão dos enquadramentos para a produção cinematográfica de maneira geral. Para saber mais, acesse o link: <http://www. primeirofilme.com.br/site/o-livro/enquadramentos-planos-e-angulos/>. Quanto à produção de textos para sites, é ideal que eles venham acompanhados de imagens e com palavras-chave para facilitar a busca orgânica. Não devem ser muito longos, porque neste formato, o conteúdo normalmente não é lido por completo. FIQUE ATENTO! Segundo estudos sobre usabilidade na web, o usuário leve em média 28 segundos para decidir sobre uma página ou um conteúdo. Se o conteúdo for muito extenso ou a página demorar a carregar, ele desiste do acesso. Fechamento Vimos até aqui a questão da mobilidade digital e o quanto as novas tecnologias têm modifi- cado a vida das pessoas. Nesta aula, você teve a oportunidade de: • acompanhar a evolução histórica dos dispositivos móveis; • estudar o conceito de wearables; • aprender sobre design responsivo; • estudar processos de construção de conteúdos para dispositivos móveis. Referências BRASIL. Portal Brasil. 2017. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/>. Acesso em: 20 abr. 2017. BROKER, Charlie. The black mirror. [Série original]. Direção e Produção: BATHURST, Otto; BROKER, Charlie; LYAN, Euros; WILSH, Brian. Reino Unido, 2011. Duração: 153 min. GABRIEL, Martha. Marketing na era digital. São Paulo: Novatec, 2010. MOURA, Adelina. Geração Móvel: Um Ambiente de Aprendizagem Suportado por Tecnologias Móveis para a “Geração Polegar”. In: Conferência Internacional de TIC na Educação, 6, 2009, Porto. Anais Conferência Internacional de TIC na Educação. Porto: Porto, 2009. p. 49 - 77. Disponível em: MARKETING DIGITAL – 44 – <http://repositorio.uportu.pt/jspui/bitstream/11328/472/1/Gera%C3%A7%C3%A3o%20M%C3%B- 3vel%282009%29.pdf >. Acesso em: 16 fev. 2017. PIRES, Gabrielli Tiburi Soares. Câmeras wearables: reflexões sobre uma possível memória foto- gráfica. Temática, João Pessoa, v. 11, n. 1, p.158-169, jan. 2015. Mensal. Disponível em: <http:// periodicos.ufpb.br/index.php/tematica/article/view/22687>. Acesso em: 16 fev. 2017. GERBASE, Carlos. Enquadramentos, planos e ângulos. Disponível em: <http://www.primeirofilme. com.br/site/o-livro/enquadramentos-planos-e-angulos>. Acesso em: 16 de fev. 2017. SANTAELLA, Lúcia. Mídias locativas: a internet móvel de lugares e coisas. Revista Famecos, [s.l.], v. 15, n. 35, p.95-101, 13 set. 2008. EDIPUCRS. Disponível em: <http://revistaseletronicas.pucrs.br/ ojs/index.php/revistafamecos/article/view/4099/0>. Acesso em: 16 fev. 2017. SEGURA, Mauro. A internet das coisas e a recriação do marketing. Organicom: Revista Brasileira de Comunicação Organizacional e Relações Públicas, São Paulo, v. 12, n. 22, p.256-258, 28 jun. 2015. Semestral. Disponível em: <http://www.revistaorganicom.org.br/sistema/index.php/organi- com/article/view/864/627>. Acesso em: 16 fev. 2017. VANNI, Renata Maria Porto. et. al. Dispositivos móveis. 2012. Disponível em: <http://pt.slideshare. net/MauricCarvalho/dispositivos-mveis-15375049>. Acesso em: 16 fev. 2017. YOUTUBE. The Evolution of mobile – Vodafone. Disponível em: <https://youtu.be/883UlMNOuX4>. Acesso em: 16 de fev. 2017. ZEMEL, Tárcio. Web Design Responsivo: Páginas adaptáveis para todos os dispositivos. São Paulo: Casa do Código, 2012. MARKETING DIGITAL – 45 – Mídias sociais x redes sociais Janaína Ramos Introdução Você sabia que redes sociais existiam já bem antes da era tecnológica? Pode-se afirmar que sentar ao redor de uma fogueira para discussão de assuntos em comum era uma forma de “rede social”. Mas foi em 2004 que recursos como o Orkut e o Facebook revolucionaram a forma como as pessoas iriam se conectar, rompendo inúmeras barreiras de comunicação. Vamos entender como isso tudo funciona? Acompanhe! Objetivos de aprendizagem Ao final desta aula, você será capaz de: • conhecer os conceitos e as diferenças entre mídia social e rede social. 1 Mídia social: o que é? As pessoas – por natureza – sempre tiveram necessidade de se relacionar entre si. Esta rela- ção se deu ao longo do tempo por meio da fala, da escrita, da arte e do convívio social. Nos últimos anos, o contato e as relações presenciais estão sendo substituídas pelas rela- ções virtuais – promovidos pela internet e pelas mídias sociais. Ciribeli e Paiva (2011, p. 3) caracterizam mídia social como sendo “[…] o meio que determinada rede social utiliza para se comunicar.” Já Altermann (2010) define mídias sociais como sendo ferra- mentas online utilizadas para criação e divulgação de conteúdo, relacionando e conectando pessoas. Figura 1 – Mídias sociais Fonte: Rawpixel.com/Shutterstock.com – 47 – TEMA 6 Temos agora diversos tipos de mídias sociais, cada uma com uma finalidade específica. Podem ser para relacionamentos amorosos, contatos profissionais, trocas de informações, ami- zades, pesquisas, notícias, entre outras (CIRIBELI; PAIVA, 2011). As mídias sociais mais utilizadas são: • blogs: páginas para publicação de conteúdos. Empresas utilizam os blogs para se conectarem com seus clientes; • redes sociais: sites de relacionamento (Facebook, Google +,Linkedin); • redes sociais de conteúdos: análoga às redes sociais, mas focada no compartilha- mento de conteúdo (SlideShare, YouTube, Flickr); • microblogs: também voltada para o compartilhamento de conteúdo, mas de forma mais rápida e objetiva (Twitter, Tumbler, Stumbleupon); • jogos online: forma mais nova de mídia social, ainda pouco explorada, mas de enorme potencial econômico (World of Craft). Existem inclusive campeonatos mundiais de jogos online, nos quais milhares de pessoas lotam arenas e acompanham as competições. As empresas também estão utilizando mídias sociais para compartilhar conteúdos relativos aos seus negócios. Além de considerarem uma das melhores formas de aproximar-se dos clien- tes, usar as mídias sociais é uma maneira instantânea de atingir o público-alvo. FIQUE ATENTO! Costuma-se frequentemente confundir mídias sociais com redes sociais. Apesar de partilharem do mesmo espectro – a internet – são elementos bem diferentes. 2 Redes sociais: conceitos principais Como vimos, o homem necessita relacionar-se e pertencer a algum grupo social. No mundo contemporâneo, este pertencimento é suprido pela interação entre pessoas por meio da internet, através de redes sociais. Em nosso tempo, a vida não é possível sem que estejamos conectados a uma rede social. Assim é preciso entender o conceito de rede social, que remete à interligação de pessoas, agrupadas conforme atitudes, gostos pessoais e objetivos comuns, pois “[...] são estruturas sociais que existem desde a antiguidade e vem se tornando mais abrangentes e complexas devido à evo- lução das tecnologias da informação e comunicação” (GABRIEL, 2010, p. 194). O sucesso e a popularização das redes são devidos à noção de liberdade de expressão e de realidade dos conteúdos postados. “Por não estarem cara a cara, há uma entrega maior dos usu- ários quanto à exposição de seus sentimentos e opiniões que são postados e discutidos na rede” (CIRIBELI; PAIVA, 2011, p. 9). MARKETING DIGITAL – 48 – Figura 2 – Redes sociais Fonte: REDPIXEL.PL/Shutterstock.com As primeiras redes sociais começaram a surgir por volta de 2003, a exemplo do Friendster. A Web 2.0 a banda larga, as possibilidades de compras mais baratas de computadores e notebooks fortaleceram o aparecimento de mais redes sociais (GABRIEL, 2010). No Brasil, em 2011 as redes mais acessadas pelos usuários eram o Messenger e o Orkut. Em 2010, o Facebook – a maior do mundo – estava disputando espaço com o Orkut e necessitou empregar uma série de mudanças para se adaptar à cultura brasileira (CIRIBELI; PAIVA, 2011). SAIBA MAIS! Para entender como foi a criação da maior rede social do mundo, vale assistir ao filme “A rede social”. O enredo explora a trajetória de Mark Zuckerberg em Harvard, além do início da utilização do Facebook. Conforme Gabriel (2010), as redes sociais digitais ultrapassaram a barreira de tempo e do espaço, proporcionando que os usuários se conectem a um número ilimitado de pessoas. O autor ainda afirma que existem várias redes sociais conectando pessoas com interesses variados. Quadro 1 – Tipos e exemplos de redes sociais Foco principal Sites Amizade, informação, geral Facebook (www.facebook.com) Badoo (http://badoo.com) Twitter (www.twitter.com) Aprendizado de idiomas LiveMocha (www.livemocha.com) MARKETING DIGITAL – 49 – http://www.facebook.com http://badoo.com http://www.twitter.com Foco principal Sites Apresentações Slideshare (www.slideshare.com) Scribd (www.scribd.com) Arte DeviantArt (www.deviantart.com) Bares, bebidas DrinkedIn (https://pt.drinkedin.net/) Bookmarks Delicious (https://del.icio.us/) Caronas Bla Bla Car (www.blablacar.com.br/ ) Cinemas e filmes IcheckMovies (www.icheckmovies.com/ ) Divórcio Divorce360 (www.divorce360.com/) Gastronomia All recipes (www.allrecipes.com.br ) Leitura, livros Skoob (www.skoob.com.br/) Localização geográfica FourSquare (https://pt.foursquare.com/) Notícias Digg (http://digg.com/) Reddit (www.reddit.com) Música Last FM (www.last.fm/pt/) SoundCloud (https://soundcloud.com/) Profissional LinkedIn (www.linkedin.com) Fonte: adaptado de GABRIEL, 2010. A mobilidade propiciada pelos smartphones também possibilitou aos usuários a conexão às redes sociais em tempo real. As mais acessadas via dispositivos móveis, segundo Gabriel (2010) são o Facebook e o Twitter, seguidos do Instagram – rede social para compartilhamento de ima- gens e pequenos vídeos. Não se pode esquecer ainda das transmissões ao vivo e o WhatsApp – utilizado para comunicação e troca de mensagens. É possível perceber que o “valor” das pessoas está também focado na quantidade de segui- dores que elas possuem em redes sociais. FIQUE ATENTO! Deve-se tomar muito cuidado com o que se diz na internet e com pessoas desco- nhecidos. Sabe-se que existem os “haters” e o cyberbulling, que permitem às pesso- as anonimato e perfis falsos. E desta forma, elas atacam, agridem e discutem com as outras pela internet. MARKETING DIGITAL – 50 – http://www.slideshare.com http://www.deviantart.com https://pt.drinkedin.net/ https://del.icio.us/ https://www.blablacar.com.br/ https://www.icheckmovies.com/ http://www.divorce360.com/ http://www.allrecipes.com.br https://www.skoob.com.br/ https://pt.foursquare.com/ http://digg.com/ http://www.reddit.com https://www.last.fm/pt/ https://soundcloud.com/ http://www.linkedin.com 3 Diferenças entre rede sociais e mídias sociais As mídias sociais são o suporte para que as redes sociais possam existir e também se expan- dir. Há diversos tipos, os blogs, os sites de relacionamento amoroso, os jogos online, os microb- logs e as redes de conteúdo (GABRIEL, 2010). FIQUE ATENTO! É possível estar em uma rede social sem necessariamente estar conectado à internet. Toda rede social é uma mídia social, mas nem toda mídia social é uma rede social. O foco da mídia social é o compartilhamento de conteúdo enquanto o foco da rede social é o relacionamento interpessoal (GABRIEL, 2010). EXEMPLO O Twitter é uma rede ou uma mídia social? Esta é uma grande discussão da internet. Alguns usam para relacionamento, outros para compartilhamento de conteúdo e não existe uma definição clara. É possível utilizar as mídias sociais e as redes sociais no marketing empresarial e pessoal? A resposta é sim! Veremos isto a seguir. 4 Marketing para redes sociais Com a ininterrupta evolução das redes sociais, é possível desenvolver estratégias de marke- ting digital especificamente para essas ferramentas. Algumas estratégias são focadas no desen- volvimento de conteúdos inerentes a cada plataforma, outras são centradas no relacionamento entre a empresa e seus clientes, também usuários de redes sociais. As estratégias concentradas em conteúdos específicos devem considerar o melhor horário de postagem de cada meio e qual o tipo de conteúdo melhor recebido pelo usuário da respectiva rede. Por exemplo, no Instagram, recomenda-se postar imagens do cotidiano da empresa, seus processos de produção ou seu corpo de funcionários. E o melhor horário de postagem em dias úteis é das 17h00 às 18h00. MARKETING DIGITAL – 51 – Figura 3 – Hashtags Fonte: QStock/Shutterstock.com Já as estratégias focadas na interação com os clientes podem ser realizadas por meio dos microblogs como o Twitter. A ferramenta permite que a empresa faça uma enquete diretamente com os clientes ou uma promoção com uma “hashtag” específica, permitindo interação em tempo real. 5 Post patrocinados em redes sociais As principais redes sociais e também as mais utilizadas são o Twitter, o Youtube, o Instagram e, principalmente o Facebook oferecem a opção de posts patrocinados. Trata-se de postagens pagas capazes de alcançar mais usuários. Além disso, podem ser categorizadas de acordo com o segmento de mercado e público-alvo a ser atingido. SAIBA MAIS! Para entender mais sobre posts patrocinados em redes sociais leia o artigo “Publicidade nas Redes Sociais”, de Riverson Rios et al.Disponível em: <http://www. academiadeideias.ufc.br/artigos/2009/publicidaderedessociais.pdf> Quando se opta por um post patrocinado no Facebook, pode-se automaticamente “linkar” a conta com o Instagram para que a postagem apareça nas duas redes sociais. EXEMPLO Um post patrocinado irá aparecer na linha do tempo do usuário que é seguidor da página com a palavra “patrocinado” logo abaixo do nome da fan page. O uso dos posts patrocinados já é uma prática comum entre empresas justamente pelo fato de que o Facebook “mostra” somente a cerca de 3% dos usuários o que é publicado em uma fan page. MARKETING DIGITAL – 52 – http://www.academiadeideias.ufc.br/artigos/2009/publicidaderedessociais.pdf http://www.academiadeideias.ufc.br/artigos/2009/publicidaderedessociais.pdf Fechamento Concluímos a aula sobre mídias e redes sociais. Agora, você já sabe as principais diferenças entre elas, bem como algumas estratégias de marketing para redes sociais. Nesta aula, você teve a oportunidade de: • conhecer o conceito de mídia social e os principais exemplos; • aprender sobre o marketing para redes sociais; • compreender um pouco sobre os posts patrocinados em redes sociais. Referências GABRIEL, Martha. Marketing na era digital. São Paulo: Novatec, 2010. CIRIBELI, João Paulo; PAIVA, Victor Hugo Pereira. Redes e mídias sociais na internet: realida- des e perspectivas de um mundo conectado. Mediação, Belo Horizonte, v. 13, n. 12, p.1-18, jun. 2011. Semestral. Disponível em: <http://www.fumec.br/revistas/mediacao/article/view/509/504 >. Acesso em: 24 fev. 2017. BRAMBILLA, Ana. Para entender as mídias sociais. 2011. Disponível em: <https://pt.slideshare. net/ambrambilla/para-entender-as-mdias-sociais>. Acesso em: 27 fev. 2017. RUDIN, S.; BRUNETTI, D.; DE LUCA, M.; CHAFFIN, C. FINCHER, D. A Rede Social. [Filme-vídeo]. Produção de Scotti Rudin; Dana Brunetti; Michel De Luca; Ceán Chaffin, direção de David Fincher. Estados Unidos, Columbia Pictures, 2010. 1 DVD, 121 min. color. son. RIOS, Riverson. et al. Publicidade nas redes sociais. Intercom - Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação. XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Curitiba, PR, 4 a 7 de setembro, 2009. Disponível em: <http://www.academiadeideias.ufc.br/arti- gos/2009/publicidaderedessociais.pdf>. Acesso em: 27 fev. 2017. MARKETING DIGITAL – 53 – http://www.fumec.br/revistas/mediacao/article/view/509/504 https://pt.slideshare.net/ambrambilla/para-entender-as-mdias-sociais https://pt.slideshare.net/ambrambilla/para-entender-as-mdias-sociais http://www.academiadeideias.ufc.br/artigos/2009/publicidaderedessociais.pdf http://www.academiadeideias.ufc.br/artigos/2009/publicidaderedessociais.pdf Redes sociais e suas principais indicações Janaína Ramos Introdução As redes sociais hoje são os principais meios de comunicação, interação e relacionamento entre pessoas e empresas. Você sabia, por exemplo, que cada rede social possui uma determi- nada particularidade, indicação e melhor horário de publicação? Pois bem, é o que iremos verificar. Vamos lá! Objetivos de aprendizagem Ao final desta aula, você será capaz de: • identificar quais são as principais redes sociais utilizadas pelas empresas. 1 Facebook O Facebook rede social criada em 2003 pelo estudante de Harvard Mark Zuckerberg e do brasileiro Eduardo Saverin (KIRKPATRICK, 2011). Hoje é a maior rede social do mundo. (MARCON; MACHADO; CARVALHO, 2012). No Brasil, 92 milhões de pessoas, cerca de 45% da população, são usuários ativos da rede, de acordo com o próprio Facebook (2015). SAIBA MAIS! Alguns alegam que o Facebook foi uma ideia original dos Irmãos Winklevoss e de Divy a Narendra, ambos também de Harvard. Para conhecer um pouco mais sobre o início do Facebook, leia o primeiro capítulo do livro “O efeito Facebook – os basti- dores da empresa que conecta o mundo”, de David Kirkpatrick. O objetivo do Facebook é interligar pessoas através de laços de amizade e interesses comuns. Muitos dos conceitos da rede foram reutilizados de outras preexistentes, como o Friendster, pri- meira rede social de que se tem conhecimento. – 55 – TEMA 7 Figura 1 – Facebook Fonte: tuthelens/Shutterstock.com O Facebook é considerado uma das mais democráticas redes sociais, onde pessoas de várias faixas etárias estão conectadas. Figura 2 – Faixa etária de usuários do Facebook Faixa etária Resultado 18-19 anos 100% 20 a 24 anos 98,06% 25 a 29 anos 95,24% 30 a 34 anos 97,78% 35 a 39 anos 100,0% 40 a 44 anos 92,31% 55 a 59 anos 100% 65 anos ou + 100% Fonte: adaptado de LEAL, 2014. FIQUE ATENTO! A observação do grupo etário presente nos Facebook serve de base para definição de estratégias de marketing digital para a própria rede social. MARKETING DIGITAL – 56 – No Facebook, existem dois tipos de contas que podem ser criadas - um perfil e uma fan page. No perfil, o uso é pessoal, enquanto que a fan page deve ser utilizada por profissionais liberais, empresas, artistas, entre outros. EXEMPLO Existem algumas fan pages de jogadores de futebol do Brasil e de marcas multina- cionais com milhões de seguidores e curtidas no Facebook. É quase impossível pensarmos no cotidiano em que vivemos sem a utilização de alguma rede social, muitas delas são de propriedade do Facebook, como o Instagram e o WhatsApp. 2 Instagram Piza (2012) cita que o Instagram é um aplicativo criado em 2010 para referenciar a nostalgia das imagens instantâneas, principalmente as “polaroids”. Desta maneira, o principal objetivo do aplicativo é o compartilhamento de imagens. Assim, o Instagram incorporou uma série de funcionalidades, as quais permitem que os usu- ários possam publicar pequenos vídeos, fazer transmissões ao vivo, entre outras. Tais tecnologias foram “copiadas” de outros aplicativos como o Twitter, o Facebook e o Snapchat. O aplicativo funciona exclusivamente em smartphones e tablets equipados com câmeras. As imagens antes de serem compartilhadas podem utilizar filtros disponíveis no próprio aplicativo. FIQUE ATENTO! Como o Instagram é de propriedade do Facebook, é possível fazer anúncios patro- cinados interligando as duas redes sociais. O aplicativo funciona com seguidores e curtidas. O usuário pode localizar e seguir vários perfis. Ao utilizar também as hashtags, as imagens podem ser categorizadas, mais facilmente localizadas, o que também pode gerar um maior engajamento por parte do público. Uma hashtag é um comando que tem a função de agrupar imagens relacionadas a um determinado assunto. Este recurso facilita a disseminação de um tópico, assim como or- ganiza o acompanhamento do conteúdo e discussões feitas em relação ao tema colocado em pauta. [...] são muito usadas em convenções, palestras, encontros, onde tudo que está para acontecer ou já aconteceu é comentado em tempo real. (PIZA, 2012, p. 12) MARKETING DIGITAL – 57 – EXEMPLO Veja o perfil do governo brasileiro no Instagram e observe a configuração das fun- cionalidades e do na rede social. Disponível em: < https://www.instagram.com/por- talbrasil/>. Figura 3 – Imagem de uma postagem no Instagram Imagem que ilustra o perfil Número de postagens Imagens postadas Usuários que seguem Usuários seguidos Nome do usuário Fonte: PORTAL BRASIL, 2017. Outra rede social muito utilizada é o WhatsApp. Vamos conhecer um pouco mais sobre ela? 3 WhatsApp O WhatsApp é um aplicativo que funciona em diferentes sistemas operacionais, e é voltado para o compartilhamento de mensagens, de forma gratuita. Por meio dele, podemos criar também grupos com até 50 usuários (TERRA, 2015). MARKETING DIGITAL – 58 – https://www.instagram.com/portalbrasil/ https://www.instagram.com/portalbrasil/ Figura 4 – WhatsApp Fonte: BUNG KAN, THAILAND/Shutterstock.com FIQUE ATENTO! Com o aplicativo WhatsApp é possível realizar ações de marketing digital. Para acesso à ferramenta, é necessário fazer o download do aplicativo e cadastrar o número
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