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O contrato de trabalho e a Legalização de empresas

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O contrato de trabalho e a Legalização de empresas
 
No dia 26 de abril de 2013 foi aprovado em segundo turno no senado a regulamentação dos novos direitos das empregadas dómesticas,a proposta de emenda à Constituição conhecida como PEC das Domésticas foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ),e só precisa ser promulgado pelo Congresso para começar a valer.
 
Direitos já garantidos atualmento as empregadas dómesticas
A empregadas dómesticas já possui o direito de receber ao menos um salário minímo ao mês; direito a  integração à Previdência Social (por meio do recolhimento do INSS);  um dia de repouso remunerado (folga) por semana, preferencialmente aos domingos; férias anuais remuneradas; 13ª salário; aposentadoria; irredutibilidade dos salários (eles não podem ter o salário reduzido, a não ser que isso seja acordado em convenções ou acordos coletivos) e licença gestante e licença-paternidade e aviso prévio. O recolhimento do FGTS por parte do patrão atualmente é facultativo (o que garante, em alguns casos, o pagamento do seguro-desemprego por até três meses).O seguro-desemprego será pago somente se o patrão optou recolher o FGTS do empregado (o que deve ter ocorrido por um período mínimo de 15 meses nos últimos 24 meses contados da dispensa sem justa causa), diz o Portal Doméstica Legal. O funcionário não pode, ainda, estar em gozo de qualquer benefício previdenciário de prestação continuada (excetuados auxílio-acidente e pensão por morte e nem possuir renda própria de qualquer natureza). De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), contudo, essas domésticas têm hoje a garantia de apenas três parcelas do seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário. Com a PEC, dependerá de uma norma técnica do MTE a extensão para 5 parcelas, como é hoje para todo trabalhador demitido sem justa causa.
 
Direitos incluídos com a aprovação da PEC
Recebimento de um salário mínimo ao mês inclusive a quem recebe remuneração variável; pagamento garantido por lei (o patrão não poderá deixar de pagar o salário em hipótese alguma); jornada de trabalho de 8 horas diárias e 44 horas semanais; hora extra; respeito às normas de segurança de higiene, saúde e segurança no trabalho; reconhecimento de acordos e convenções coletivas dos trabalhadores; proibição de diferenças de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivos de sexo, idade, cor ou estado civil ou para portador de deficiência; proibição do trabalho noturno, perigoso ou insalubre ao trabalhador menor de 16 anos; adicional noturno; obrigatoriedade do FGTS; seguro-desemprego para todos os domésticos; salário-família; auxílio-creche e pré-escola e seguro contra acidentes de trabalho e indenização em caso de despedida sem justa causa.
A Polêmica sobre a PEC
A polêmica sobre se esses direitos passam a valer mediante a aprovação é grande, alguns dos direitos previstos exigem regulamentação para que sejam colocados em prática. Alguns especialistas interpretam que essas regulamentações terão de ser criadas para passarem a valer. Outros, porém, interpretam que algumas delas já podem ser aplicadas imediatamente.
Com a PEC já começaram uma onda de demissões,de acordo com o Sindicato das Empregadas Domésticas da Bahia,o número de homologações realizadas em maio no estado foi 25% maior do que a média de meses anteriores à aprovação da emenda, que passou a valer no início de abril.O sindicato afirma que a média mensal era de 20 contratos homologados antes da PEC e, em maio, foram 25.
As demissões dos trabalhadores residenciais deverão aumentar ainda mais quando as domésticas passarem a ter direito ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). “O acréscimo maior deve surgir quando o direito ao FGTS entrar em vigor”. Mesmo assim, o procurador Alberto Balazeiro, do Ministério Público do Trabalho considera que a emenda foi um avanço para a classe.
Oficialização do contrato de trabalho
A PEC informa novas formalidades para se oficializar um contrato de trabalho, doravante denominada Empregada, estabelecem entre si o presente Contrato Individual de Trabalho de prestação de serviços domésticos, para fins de experiência, conforme legislação trabalhista em vigor, regido pelas cláusulas abaixo e demais disposições legais vigentes:
1) A Empregada trabalhará para o Empregador na função de Empregada Doméstica e mais as funções que vierem a ser objeto de ordens verbais, cartas ou avisos, segundo as necessidades do Empregador, no horário de 8:00 às 16h, com intervalo de uma hora.
2) O local de trabalho será a residência do Empregador, podendo haver prestação de serviços, eventualmente, em outros locais, como supermercados, padaria, etc.
3) A Empregada perceberá remuneração mensal de um salário mínimo vigente, hoje no valor de R$ 678,00 (seiscentos e setenta e oito reais), a ser pago até o dia 5 do mês seguinte ao mês trabalhado.
4) O prazo deste contrato é de 45 (quarenta e cinco) dias, com início em 14/09/2013 e término em 28/10/2013 (exemplo).
5) Além dos descontos previstos em Lei, reserva-se o Empregador o direito de descontar do Empregada as importâncias correspondentes aos danos, ainda que por culpa, causados por esta.
Permanecendo a Empregada a serviço do Empregador após o término da experiência, continuarão em vigor as cláusulas constantes deste contrato.
E estando conforme com o presente contrato assinam este em duas vias na presença das testemunhas que também o firmam.
A doméstica é uma trabalhadora como qualquer outra e é justo que ela tenha garantidos os seus direitos, mas é preciso equilibrar os benefícios para a categoria com a redução de custos para o patrão.
Aumentaram á procura a Casas de Repouso
O aumento dos custos inviabilizará a contratação das domésticas, que passam os dias trabalhando em casa e que, desta maneira, acompanhavam parentes idosos que exigiam cuidados especiais. Para suprir essa necessidade surgem as casas de repouso. Mas, na hora de escolher tal prestador de serviço, deve-se dar preferência a profissionais qualificados, que tenha boa reputação no mercado e melhor que seja indicado por alguém que já tenha estabelecido com ele uma relação de trabalho.
O negócio passa a ser bem rentável com a nova demanda,para legalizar a empresa é necessário procurar os órgãos responsáveis para as devidas inscrições:
- Registro na Junta Comercial;
- Registro na Secretaria da Receita Federal;
- Registro na Prefeitura do Município;
- Registro no INSS;
- Registro no Sindicato Patronal (empresa ficará obrigada a recolher por ocasião da
constituição e até o dia 31 de janeiro de cada ano, a Contribuição Sindical Patronal);
- Registro na Prefeitura para obter o alvará de funcionamento;
- Cadastramento junto à Caixa Econômica Federal no sistema “Conectividade Social
- INSS”;
- Deve-se procurar a prefeitura da cidade onde pretende montar a casa de
repouso para fazer a consulta de local e efetuar a inscrição municipal para obter o
alvará de funcionamento.
- Liberação e registro na vigilância sanitária Estadual - o alvará de licença fornecido
pela vigilância sanitária é renovado anualmente
 
 
 
http://www.advocaciamarcosduarte.com/?p=1217
http://oglobo.globo.com/economia/pec-das-domesticas/
http://www.domesticalegal.com.br/conteudo/dicas/folha-de-ponto-empregada-domestica-pec.aspx
http://veja.abril.com.br/noticia/economia/pec-das-domesticas-pode-elevar-despesas-de-familias-com-empregados-em-ate-40
http://www.ibahia.com/detalhe/noticia/numero-de-demissoes-de-domesticas-sobe-25-apos-nova-lei/?cHash=507be64da1995fef569e68950b462b5d
http://www.contabeis.com.br/forum/topicos/110898/casa-de-repouso/
http://www.contabeis.com.br/forum/topicos/110898/casa-de-repouso/

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