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Tensão superficial As moléculas de um líquido interagem através de forcas de coesão (e.g. Van der Walls, pontes de hidrogênio), que se tornam fracas com a distância e, se tornam desprezíveis a distâncias maiores do que próximas de 0,1 micrometros. Portanto uma molécula de um líquido interage apenas com moléculas que estão dentro de seu “campo de coesão”. Introdução Forças atrativas entre moléculas d+ d- d+ d- Moléculas polares e ligações de hidrogénio: Moléculas apolares (forças de dispersão): d+ d- Polarização Atração Atração d+ Ligações de hidrogénio As mais fortes (ex. água) Dipolo instantâneo- dipolo induzido As mais fracas (ex. petróleo) Dipolo-dipolo Intermédias (ex. acetona) O-H H-O d- Atração A intensidade das forças intermoleculares reflete-se nas propriedades físicas das substâncias. De um modo muito geral Maiores forças intermoleculares Maiores pontos de ebulição Maiores viscosidades Maiores energias de vaporização Maiores tensões superficiais Etc. .... .... .... .... .... .... .... Etc. Etc. Etc. Etc. .... Superfície livre do líquido Moléculas no seio do líquido Moléculas na superfície do líquido As moléculas da superfície encontram-se atraídas para o interior do líquido; comportam-se como uma película esticada que se estende sobre o líquido. É por causa desta película que cobre o líquido que certos insetos podem caminhar sobre a água e certos objetos pequenos podem flutuar, embora sejam mais densos que a água. O clip metálico flutua! Os sabões e detergentes, quando adicionados à água, baixam a tensão superficial da solução e conduzem ao afundamento de pequenos objectos suspensos. A tensão superficial é a força por unidade de comprimento que se exerce tangente à superfície do líquido; é a tensão desta membrana superficial. Peso do objeto Tensão superficial Resultante Tensão superficial O peso do objeto é equilibrado pela tensão superficial Tensão superficial A tensão superficial depende da natureza do líquido e diminui com o aumento da temperatura. Tensão superficial de alguns líquidos (a 20 ºC, expressa em N / m ou J / m2) Mercúrio 43,6×10-2 Água 7,28×10-2 Glicerol 6,31×10-2 Acetona 2,37×10-2 Etanol 2,23×10-2 Hexano 1,79×10-2 Éter etílico 1,70×10-2 Os hidrocarbonetos saturados, como o hexano, formados por moléculas apolares, têm tensões superficiais muito baixas. Por esta razão, quando colocados sobre a água, conduzem a abaixamento da tensão superficial. Menor tensão superficial Maior tensão superficial Água Água Hexano Qual a razão de os sabões e detergentes baixarem a tensão superficial das soluções? Os sabões e detergentes são constituídos por moléculas com uma parte polar (hidrófila) e uma parte apolar (lipófila): Parte apolar CH3-CH2-CH2 –CH2-CH2-CH2-CH2...CH2-CH2-CH2-COO¯ CH3-CH2-CH2 –CH2-CH2-CH2-CH2...CH2-CH2-CH2- -SO3¯ Esquematicamente: Detergente Hidrófila Lipófila Amiga da água... Amiga dos lípidos... Hidrófila Lipófila Polar ÁGUA Camada pouco polar (baixa tensão superficial) A película de água é substituída por uma película apolar ou pouco polar, de baixa tensão superficial O detergente baixa a tensão superficial da água D e t e r g e n t e O detergente líquido é uma solução aquosa de detergente, em que as moléculas se encontram agrupadas sob a forma de micelas, com os extremos hidrófilos ligados à agua: Zona apolar Zona polar – – – H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O H2O Dissolve as gorduras Quando o detergente é colocado na superfície da água, as micelas desagregam-se e as moléculas de detergente mergulham os seus extremos polares na água: – – ... ficando os extremos apolares fora da água, formando uma película orgânica apolar, de baixa tensão superficial. É esta película que, ao estender-se sobre a água, arrasta os fósforos em flutuação. Como consequência da tensão superficial, existe uma diferença de pressão através de qualquer superfície curva, sendo a pressão maior na parte côncova da curva. Para uma superfície curva com raios de curvatura principais r1 e r2, essa diferença de pressão é dada pela equação de Young-Laplace, Que simplifica para : r P 2 Se esse processo envolver a transferência de dn moles de líquido da superfície plana, com uma pressão de vapor p0 para a gota, com pressão de vapor pr, o aumento de energia livre será também igual a dnRTln(pr/p0), considerando o comportamento ideal do gás. Equacionando esses aumentos de energia livre. r V r M ppRT mr 22 /ln 0 • Tensão Superficial: – Líquidos adotam formas que minimizam a sua área superficial. • Conseqüência #1: Quantidade maior de moléculas no interior da fase líquida. • Conseqüência #2: Resultante das forças na superfície e no interior são diferentes. • Tensão Superficial: – Líquidos adotam formas que minimizam a sua área superficial. • Questão #1: Como expressar isto matematicamente? • Energia Livre: “Trabalho máximo realizado por um sistema em uma determinada transformação.” ou: “Trabalho mínimo necessário para promover uma transformação no sistema.” • Funções Termodinâmicas: Energia Livre de Gibbs (p constante) e Helmholtz (V constante). • Tensão Superficial: – Líquidos adotam formas que minimizam a sua área superficial. • O trabalho (dw) necessário para modificar a área superficial (A) de uma amostra (volume constante) é proporcional a variação (dA): dw = dA, Tensão Superficial (Constante de Proporcionalidade). [] = Energia/Área = J/m2 = N·m/m2 = N/m. • Tensão Superficial: – Exemplo #1: Trabalho para erguer um fio metálico de comprimento ℓ na superfície de um líquido e formar uma película de altura h (desprezando a energia potencial gravitacional): ∫dw = ∫dA w = A A = 2hℓ (duas faces) w = 2hℓ • Tensão Superficial: – Exemplo #2: Trabalho para formar uma cavidade esférica de raio r no interior de um líquido de tensão superficial : ∫dw = ∫d w = A A = 4r2 (uma face) w = 4r2 • Bolhas, Cavidades e Gotículas: – Bolha: Região em que o vapor está confinado em uma fina película de um líquido. [Duas superfícies] – Cavidade: Região em que vapor está confinado no interior do líquido. [Uma superfície] – Gotícula: Pequeno volume de líquido imerso em seu vapor. [Uma superfície] • Bolhas, Cavidades e Gotículas: – A pressão pin no lado interno (côncavo) de uma interface é sempre maior que a pressão pex no lado externo (convexo). – Equação de Laplace: pin = pex + 2/r Nota: De acordo com a equação, a diferença entre as pressões tende a zero quando r • Equação de Laplace: – As cavidades estarão em equilíbrio quando: “forças de dentro para fora” = “forças de fora para dentro”. – “Força de dentro para fora”: 4r2pin = pressão x área – “Força de fora para dentro”: 4r2pex + fts dw = dA dA = 8r dw = (8r)dr = força x deslocamento fts = 8r 4r2pin = 4r 2pex + 8r pin = pex + 2/r • Bolhas, Cavidades e Gotículas: – Para um líquido disperso como gotículas de raio r a pressão interna excedente 2/raumenta a sua pressão de vapor. – Equação de Kelvin: pin = pex + 2/r p = p0exp(VmΔP/RT), ΔP = +2/r p = p0exp(2Vm/rRT) • Bolhas, Cavidades e Gotículas: – Para uma cavidade de raio r a pressão reduzida de 2/r diminui a pressão do vapor em seu interior. – Equação de Kelvin: pex = pin - 2/r p = p0exp(VmΔP/RT), ΔP = -2/r p = p0exp(-2Vm/rRT) A tensão superficial da maioria dos líquidos decresce com o aumento de temperatura, sendo bastante baixa próximo do ponto crítico (Excepto Cu e Fe líquidos!) Equação de Eötvos: )(3/2 cL TTkV Ramsay e Shields: k 2.1 para líquidos normais (benzeno, tetracloreto de carbono, S2C, etc…) Katayama: Guggenheim: c GL T T k 13 2 constante 3 11 GL ɣ- tensão superficial (N/m);Vm- volume molar (m3/mol); T- temperatura (K), Tc- temperatura crítica (K) ; ConstE- constante de Eotvos (2,1 x10-7 (J/K mol 2/3)
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