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Urochordata e Cephalochordata

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Urochordata e Cephalochordata
	O subfilo Urochordata é representado por animais marinhos filtradores e não vertebrados que podem variar de forma microscópica a possuir até trinta cm de diâmetro. Animais desse filo também são também conhecidos como Tunicados em função de uma túnica, de espessura variável, feita de tunicina (material semelhante a celulose) que reveste o corpo dos animais de todas as três classes pertencentes ao grupo. Os Urocordados são também o grupo de cordados invertebrados de maior sucesso evolutivo, possuindo uma grande variedade de espécies, das quais são conhecidas duas mil, sendo cem destas espécies, bentônicas. Indivíduos desse grupo podem apresentar vida livre ou viverem sésseis após um breve período larvar de vida livre e serem encontrados formando colônias, solitários ou formando grupos de indivíduos sob uma mesma túnica. Os Urochordata se dividem em três Classes, Ascidiaceae, Thaliaceae e Larvaceae.
	As Ascidias possuem em sua fase larval, todas as características diagnósticas dos cordados, ou seja, a notocorda, o tubo nervoso dorsal oco, a cauda muscular pós anal e as fendas faríngeas, que para esses animais são responsáveis não só pela troca gasosa, mas também pela nutrição, já que estes animais são filtradores. Estas fendas faríngeas se conectam as fendas branqueais que dão origem a mandíbula, os animais também possuem endóstilo, que é um sulco interno coberto por glândulas que produzem muco adesivo na parede da faringe ciliada e desce a partir da parte superior para que haja adesão das partículas de alimento. Após a captura do alimento, os cílios continuam a bater, levando o alimento da faringe ao esôfago e posteriormente ao estômago onde terá o início do processo de digestão, após isso, o alimento vai para o intestino, que se abre próximo ao sifão atrial encerrando o processo de digestão.
As Ascidias são seres monóicos de fecundação externa, os ductos genitais dos adultos carregam os gametas masculinos e femininos e estão localizados próximo ao sifão exalante, por onde sairão. Após a fecundação externa dos gametas, o zigoto se transforma uma larva de lida livre e natante similar a um girino, dotada de notocorda, fendas faringianas, cauda pós anal e tubo dorsal nervoso oco, essas larvas também possuem papilas adesivas na parte anterior, que se fixam no substrato. Após a fixação no substrato, a cauda pós anal é absorvida e o corpo sofre uma rotação de aproximadamente 90 graus, formando a forma globulosa ou cilíndrica de um adulto, o cordão nervoso oco é secionado até restar apenas o gânglio nervoso, e a notocorda é totalmente absorvida. Os indivíduos adultos são dotados de um sifão inalante, por onde entra a água e o alimento, e um sifão exalante, por onde saem as excretas e os gametas. A circulação desses animais é aberta, e o sangue possui células especializadas produtoras da túnica. As Ascidias podem também se reproduzir por britamento formando colônias de aspecto.
	A classe Thaliacea é formada por indivíduos milimétricos, com túnica transparente e natantes de vida livre. Esses seres vivem em mares tropicais e subtropicais e possuem uma variedade de quarenta espécies catalogadas, sendo dessas, vinte e sete encontradas no Brasil. Esses indivíduos ocorrem em grandes quantidades, sendo predados por ctenóforos, medusas, peixes e aves marinhas. A classe é dividida em três diferentes ordens, Diliolida possui representantes com feixe muscular em forma de anel ao redor de todo o corpo do indivíduo, Salpida possui indivíduos com feixes musculares incompletos, são filtradores, monóicos e possui alternância de geração em seu ciclo, com uma forma sexuada e uma assexuada por brotamento, podem ser solitários ou coloniais, apesar de serem flutuantes por não ficarem aderidos a um substrato. A ordem Pyrosomida possui animais bioluminescentes dotadas de estatocisto.
	Animais da classe Larvaceae são natantes, de vida livre, reprodução sexuada e que apresentam neotenia, fenômeno esse que permite que o animal atinja o estado adulto mantendo uma forma larval reprodutiva, o corpo desses animais possui musculatura, cordão dorsal nervoso oco e notocorna na cauda. Esses seres possuem também estatocisto, células responsáveis pelo equilíbrio. São catalogadas cerca de setenta espécies descritas, sendo destas, vinte e cinco encontradas no litoral brasileiro.
	O subfilo Cephalochordata é representado por indivíduos semelhantes a peixes. O representante mais conhecido desse grupo é o Anfioxo, animal com as duas extremidades pontiagudas, esses animais possuem fendas faríngeas, cauda pós anal, tubo dorsal nervoso oco e notocorda ao longo de todo o período de vida. Esses animais são encontrados no fundo do mar enterrado com a parte anterior denominada rostro, onde fica a boca e os cirros bucais voltadas para fora, o corpo transparente permite a visualização a olho nu dos feixes musculares de miomeros em forma de V, entre cada miomero uma membrana de tecido conjuntivo se apresenta, esses miomeros são responsáveis pelos movimentos de natação e escavação e encontram-se sustentados pela notocorda, que permite os movimentos ondulatórios resultantes da forma antagônica de contração dos miomeros. O tubo digestório desses animais é completo, possuindo boca e ânus, a boca é filtradora e circundada por estruturas denominadas cirros, que impedem a entrada de partículas grandes, assim como os urocordados, as fendas faringianas são responsáveis pela alimentação por filtração, a respiração é principalmente cutânea, mas também exercem trocas gasosas na faringe, o anfioxo não possui coração mas apresentam vasos que promovem a circulação. Os cefalocordados são dioicos, as gônadas localizam-se lateralmente ao corpo do animal, não possuindo canais condutores de gametas.

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