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Resenha Gestão da Logística de Materiais e Serviços no Setor Público

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Márcia Jaqueline da Cruz
Prof.ª Caroline da Costa Duschi
Resumo do Capítulo “Gestão da Logística de Materiais e Serviços no Setor Público”
9.1 Conceitos e Objetivos
A gestão logística de materiais e serviços na organização pública engloba todos os seus fluxos de informações e de materiais - desde a programação dos mesmos, suas compras, recepção, armazenamento, conservação, controle, movimentação interna, diligenciamento e transporte externo. Objetivando garantir a contínua reposição de materiais necessários e capazes de atender aos serviços realizados por uma organização. 
LDO e LOA envolvem Programas e Ações/Projetos/Atividades, com Produtos e Metas, e Dotações (Custos e Outras Despesas). Os Custos envolvendo, com eficiência, itens combinados por meio de processo: Mão de Obra; Serviços; Materiais; Equipamentos e Obras e Instalações. Sendo, os serviços, os materiais e os equipamentos, obras e instalações – sujeitos a processos de aquisição.[1: LDO=Lei de Diretrizes Orçamentárias; LOA= Lei Orçamentária Anual]
Uma organização pública é um sistema aberto, em constante troca com a esfera externa, simultaneamente constituída interiormente por outros subsistemas, e por informações internas e externas a esses sistemas e subsistemas - que acionarão a circulação de materiais necessários à realização dos próprios objetivos orçamentariamente planejados.
A missão de toda organização pública é a prestação de serviços públicos. Sendo o serviço público um conjunto de atividades e bens praticados e postos à disposição do coletivo, objetivando atingir e dar o melhor nível executável de bem-estar social ou desenvolvimento público; assim como, um serviço público qualitativo é direito de todos, guardado pelo Estado, com o objetivo de conservar a máquina pública a emprego do cidadão.
A logística de serviços/materiais do campo público é junção das tarefas de sistema organizacional, em razão de um exemplo de edificação, desde planejamento e obtenção dos insumos essenciais, percorrendo pelo processo de produção até a disponibilização ao cidadão, satisfazendo suas carências a dispêndios mínimos, com qualidade e uso certo de recursos. O meio lícito de geração da instituição pública e seu regulamento interno norteiam essas ações organizacionais.
Atualmente, a logística no ambiente público elabora a junção da gestão de suprimentos com a logística organizacional, junto à distribuição física ou prestação de serviços e às tarefas referentes ao retorno/descarte de materiais.
9.2 Concepção Sistêmica da Logística do Setor Público
A Lei 10.180/2001, que "organiza e disciplina os Sistemas de Planejamento e de Orçamento Federal, de Administração Financeira Federal, de Contabilidade Federal e de Controle Interno do Poder Executivo Federal, e dá outras providências", em seu artigo 1º, de seu Capítulo Único "Das disposições preliminares", e Título I "Da organização sistêmica", diz que "Serão organizadas sob a forma de sistemas as atividades de planejamento e de orçamento federal, de administração financeira federal, de contabilidade federal e de controle interno do Poder Executivo Federal...".
Conforme o autor, o modelo sistêmico da função logística contém entrada, núcleo e saída - a entrada englobaria informações sobre planos de governo, orçamentos, leis, regulamentos, materiais, bens, serviços e tecnologia; enquanto a saída englobaria informações sobre bens e serviços, com maximização de benefícios à população, assim como, eficiência, eficácia e efetividade. Já o Núcleo é mais complexo, composto por três etapas, a primeira contendo o planejamento e programação de compras acompanhado da aquisição; a segunda, contendo a execução acompanhada da manutenção e composta pelas compras, licitações, contratos, armazenagem, controle de estoques, e inventários; já a terceira, contendo o planejamento e programação de distribuição acompanhado do transporte. E a logística reversa envolveria o giro entre a entrada e a saída.
Ainda de acordo com o artigo 2º, do capítulo 1, dentre as finalidades do sistema de planejamento e de orçamento federal está também a de "promover a articulação com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, visando a compatibilização de normas e tarefas afins aos diversos Sistemas, nos planos federal, estadual, distrital e municipal."
Conforme o artigo 3º desta mesma lei, o Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal (SPOF), que tem por órgão central o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), engloba as ações de elaboração, acompanhamento e avaliação de planos, programas e orçamentos, e de realização de estudos e pesquisas socioeconômicas.
Já o Sistema de Administração Financeira Federal (SAFF), que tem por órgão central a Secretaria do Tesouro Nacional (STN), conforme art. 10, abarca as operações de planejamento financeiro da União, de ministração de direitos e haveres, garantias e obrigações de responsabilidade do Tesouro Nacional e de diretriz técnico-normativa relativa à prática orçamentária e financeira.
	Conforme artigo 14, o Sistema de Contabilidade Federal, tendo por órgão central a Secretaria do Tesouro Nacional, objetiva revelar o estado orçamentário, financeiro e patrimonial da União.
	A avaliação da atividade governamental e da atuação dos administradores públicos federais, que de acordo com o artigo 19 tem por órgão central a Secretaria Federal de Controle Interno (SFC) da Controladoria Geral da União (CGU), é executada pelo Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal (SCIPEF) por meio da fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial; e visa contribuir com o controle externo na prática de sua incumbência institucional.
	Já de acordo com o decreto 1.094/94, que trata do "...Sistema de Serviços Gerais (SISG) dos órgãos civis da Administração Federal direta, das autarquias federais e fundações públicas...", em seu artigo 1º sobre a visão sistêmica nas tarefas administrativas públicas, "...atividades de administração de edifícios públicos e imóveis residenciais, material, transporte, comunicações administrativas e documentação..." devem permanecer "...organizadas sob a forma de sistema, com a designação de Sistema de Serviços Gerais (SISG).
	Já o sistema internacional da função logística, em uma organização pública, se fundamenta nos principais campos de decisão logística, constituídos por informações de entrada, planejamento e programação de compras; execução; planejamento e programação da distribuição – componentes do núcleo do sistema e resultados à população.
9.2.1 Informações de Entrada
Dentre as principais informações legais de entrada, na logística de materiais e serviços no âmbito público, estão o artigo 165 da CF; a Lei 10.180/2001; as Instruções Normativas 205/88, 02/2008; e, os Decretos 99.658/90, 2.271/97.
Na Seção II que trata dos Orçamentos, do Capítulo II referente às Finanças Públicas, do Título VI da Constituição que versa da tributação e do orçamento, o artigo 165 determina que leis de iniciativa do Poder Executivo terão de estabelecer o plano plurianual; as diretrizes orçamentárias; os orçamentos anuais.
O artigo 165 da CF, em seu §1º determina que a lei a instituir o plano plurianual determinará de modo regionalizado os procedimentos, os fins e os meios da administração pública federal para as despesas de capital, e decorrentes, como às referentes aos programas de duração contínua; em seu §2º ordena que a lei de diretrizes orçamentárias abrangerá as metas e primazias da administração pública federal, inserindo as despesas de capital ao exercício financial seguinte, norteará a criação da lei orçamentária anual, versará sobre modificações da legislação tributária e definirá a política de investimento das instituições financeiras oficiais de fomentação; no §3º ordena que o Poder Executivo publique em até 30 dias após fechamento de cada bimestre, parecer simplificado da prática orçamentária; no §4º, ordena que os planos e programas nacionais, regionais e setoriais já antevisto na CF serão formulados em sintoniacom o plano plurianual e avaliados pelo Congresso Nacional; já no §5º, explana que a lei orçamentária compor-se-á de orçamento fiscal (relativo aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração, seja direta ou indireta, como também fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público), orçamento de investimento (das empresas a quais a União, direta ou indiretamente, detenha a maior parte do capital social com direito a voto), e o orçamento da seguridade social (compreendendo todas as entidades e órgãos a ela conectados, seja da administração direta ou indireta, assim como os fundos e fundações iniciados e mantidos pelo Poder Público).
A Lei 10.180/2001 "...organiza e disciplina os Sistemas de Planejamento e de Orçamento Federal, de Administração Financeira Federal, de Contabilidade Federal e de Controle Interno do Poder Executivo Federal..." em seu Título IV trata do Sistema de Contabilidade Federal (SCF), no Capítulo I do mesmo, das suas finalidades. Conforme o artigo 15 desta Lei e seu inciso III, dentre as finalidades do sistema de contabilidade federal, está o registro de atos e fatos relativos à administração orçamentária, financeira e patrimonial da União e a evidência, perante a Fazenda Pública, do estado de todos quantos, em qualquer situação, recolham receitas, realizem despesas, administrem e protejam bens próprios dela ou que lhe sejam concedidos. 
Já conforme artigo 18, desta mesma lei, e seu inciso V, do Capítulo II que trata da Organização e suas Competências, é competência das unidades responsáveis pelas atividades do Sistema de Contabilidade Federal efetuar "...tomadas de contas dos ordenadores de despesa e demais responsáveis por bens e valores públicos e de todo aquele que der causa a perda, extravio ou outra irregularidade que resulte dano ao erário". Com relação a serviços, esta Lei, em seu artigo 36, do Título VI que trata de Disposições Gerais e Transitórias, requisita que "...os órgãos e as entidades de outras esferas de governo que receberem recursos financeiros do Governo Federal, para [...] a prestação de serviços ou a realização de quaisquer projetos, usarão dos meios adequados para informar à sociedade e aos usuários em geral a origem dos recursos utilizados".
A IN 205/1988 foi criada visando racionalizar com a minoração de custos o consumo de material no segmento do SISG, por meio de táticas modernas que modernizam e qualificam sua administração com as necessárias condições de funcionalidade, no uso do material nas diversas funções. Em seu artigo 8º trata dos Inventários Físicos (IF), no âmbito do Sistema de Serviços Gerais (SISG), como meios de controle para a conferência de saldos de estoques nos almoxarifados e depósitos, e dos equipamentos e materiais permanentes, em uso no órgão ou entidade; no sub artigo 8.1, segmenta os IF em cinco tipos, o anual, o inicial, o de transferência de responsabilidade, o de extinção ou transformação, e o eventual. 
Na alínea 'a', do mesmo, com relação ao inventário anual, o mesmo está voltado para a comprovação da quantidade e do valor dos bens patrimoniais do ror de cada unidade administrativa, que haja em 31 de dezembro de cada exercício – formado pelo inventário anterior e pelas variações patrimoniais verificadas durante o exercício; já em sua alínea 'b', referente ao inventário inicial, o mesmo é realizado junto da criação de uma unidade administrativa, visando a identificação e o registro dos bens sob sua responsabilidade. 
O 8.1.1, determina que nos inventários designados a suprir as requisições do órgão fiscalizador (Sistema de Controle Interno) os bens móveis – material de consumo, equipamento, material permanente e semoventes- deverão ser classificados conforme as categorias patrimoniais constantes do plano de contas único. Em seu artigo 9º, qual trata da Conservação e Recuperação, em seu sub artigo 9.1, visando a minimização dos custos através da reposição de bens móveis do acervo, cabe ao Departamento de Administração, ou unidade equivalente organizar, planejar e operacionalizar um plano integrado de manutenção e recuperação para todos os equipamentos e materiais permanentes em uso no órgão ou entidade, objetivando o melhor desempenho possível e uma maior longevidade desses.
 Já no artigo 11, referente a Cessão (circulação de material do Acervo, com transferência de posse sem custo, com troca de responsabilidade entre órgãos, dentro do ambiente da Administração Federal Direta) e Alienação (atividade que transfere o direito de propriedade do material perante venda, permuta ou doação); cabendo ao Departamento da Administração ou à unidade equivalente, sem prejuízo de outras orientações que possam advir dos órgão central do SISG, disponibilizar, para cessão, o material constatado como inativo nos almoxarifados e demais bens móveis disponíveis e em estado ocioso, como prover a alienação do bem caracterizado como antieconômico e irrecuperável. 
Com relação ao Saneamento de Material sendo uma atividade que objetiva a otimização física dos materiais em estoque ou em uso oriundo da simplificação de variedade, reutilização, recuperação e movimentação dos considerados ociosos ou recuperáveis, assim como a alienação dos antieconômicos e irrecuperáveis. A respeito dos Tipos de Controle, o sub artigo 7.4 determina que o mesmo deve ser realizado de modo diverso para cada item, conforme seu grau de importância, valor relativo e dificuldades na reposição. Já referente à Renovação de Estoque, conforme sub artigo 7.5, o controle dos níveis de estoque e as decisões de quando e quanto comprar devam ocorrer em razão das fórmulas aplicáveis ao controle de estoques (Consumo Médio Mensal c=Consumo Anual; Estoque Mínimo Em=cxf; Estoque Máximo EM=Em+cxI; Ponto de Pedido Pp=Em+cxT; e Quantidade a Ressuprir Q=CxI)[2: Consumo Médio Mensal (c) - média aritmética do consumo nos últimos 12 meses][3: Menor quantidade de material a ser mantida em estoque capaz de atender a um consumo superior ao estimado para certo período ou para atender a demanda normal em caso de entrega da nova aquisição. Aplicável apenas a itens indispensáveis aos serviços do órgão ou entidade. Obtém-se multiplicando o consumo médio mensal por uma fração (f) do tempo de aquisição que deve, em princípio, variar de 0,25 de T a 0,50 de T][4: Maior quantidade de material admissível em estoque, suficiente ao consumo em certo período, devendo-se considerar: área de armazenagem, disponibilidade financeira, imobilização de recursos, intervalo e tempo de aquisição, perecimento, obsoletismo etc... Obtida da soma do Estoque Mínimo com o produto do Consumo Médio Mensal pelo intervalo de Aquisição][5: Nível de Estoque que, ao ser atingido, determina imediata emissão de um pedido de compra, visando a repor o Estoque Máximo. Obtida da soma do Estoque Mínimo e do produto do Consumo Médio Mensal pelo Tempo de Aquisição][6: Número de unidades adquirir para recompor o Estoque Máximo. Obtida da multiplicação do Consumo Médio Mensal pelo Intervalo de Aquisição][7: Tempo de Aquisição (T)- período decorrido entre a emissão do pedido de compra e o recebimento do material no Almoxarifado (relativo, sempre, à unidade mês); Intervalo de Aquisição (I)- período compreendido entre duas aquisições normais e sucessivas]
A Instrução Normativa 02/2008 que dispunha sobre regras e diretrizes para a contratação de serviços, continuados ou não, foi revogada pela IN 5/2017, que "Dispõe sobre as regras e diretrizes do procedimento de contratação de serviços sob o regime de execução indireta no âmbito da Administração Pública federal direta, autárquica e fundacional". 
Conforme o autor, o vocábulo na contabilidade o vocábulo "material" engloba todas as unidades contabilizáveis que participam direta ou indiretamente na elaboração do bem/serviço de uma organização, podendo ser caracterizado como permanente (que em função do uso corrente, não perde sua identidade física ou tem duração maior que dois anos) ou de consumo (que em função do uso corrente, perde normalmente sua identidade físicaou tem sua idade útil limitada a dois anos.
Sendo os componentes básicos, para que qualquer organização possa atuar para atender seu público-alvo com seus bens ou serviços, e recursos patrimoniais, englobando instalações, máquinas, equipamentos e veículos que possibilitam a realização do sistema produtivo organizacional.
O Patrimônio Público é um conjunto de bens e direitos, materiais ou imateriais, onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou usados pelas entidades públicas, que suporte e represente um fluxo de benefícios, atual ou futuro, inerente à prestação de serviços públicos ou à exploração econômica por instituições do setor público e seus deveres.
Em si, o termo administração traz um conceito oposto ao de propriedade, indicando a tarefa de quem gere interesses alheios, mesmo que o proprietário geralmente seja o próprio gestor dos bens e interesses. Enquanto que os vocábulos "gestão" e "gestor" tragam sempre a impressão de zelo e conservação de bens e interesses; as expressões "propriedade" e "proprietário" incitem a ideia de disponibilidade e alienação.
Assim, os poderes comuns do gestor público são apenas de conservação e utilização dos bens creditados em sua gestão, precisando continuamente de concordância singular do proprietário de tais bens e disposição a ações de alienação, oneração, destruição e renuncia.
Podendo, os bens públicos, ser classificados, de acordo com o Código Civil, em '...bens de uso comum do povo...", "...bens de uso especial..." e "...bens dominicais..."; já para efeitos de escrituração e organização de balanços patrimoniais da contabilidade pública, em '...bens móveis...', '...bens imóveis...', '...bens imóveis em andamento...' e '...demais bens imóveis...'; ou quanto ao seu tipo de consumo em '...bens públicos...' e '...bens semi-públicos...'.
O Decreto 99.658/90 “...regulamenta, no âmbito da Administração Pública Federal, o reaproveitamento, a movimentação, a alienação e outras formas de desfazimento de material...”; já o Decreto 2.271/97 “...dispõe sobre a contratação de serviços pela Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional e dá outras providências...”. 
9.2.2 Núcleo do Sistema de Logística
O Núcleo do Sistema de Logística abrange o "Planejamento e Programação de Materiais, Equipamentos e Serviços"; a "Execução da Logística de Materiais e Serviços"; o "Planejamento e Programação da Distribuição"; os "Resultados"; e a "Logística Reversa".
9.2.2.1 Planejamento e Programação de Materiais, Equipamentos e Serviços
A programação de materiais, equipamentos e serviços é a determinação de quando e quanto os mesmos abastecerão a organização. Parte deles podendo estar armazenada no almoxarifado, já outra devendo ser adquirida. Com a estimativa das necessidades de materiais, o almoxarifado programa as devidas solicitações de suprimento e abastecimento. Sobre os pedidos de compra, o setor de compras programa suas tarefas de compra e supervisão de materiais, matérias-primas, equipamentos e serviços a adquirir.
Devendo-se, no planejamento das atividades de logística, considerar a qualidade do serviço ofertado, a demanda literal e a demanda programada; os possíveis pontos fornecedores; as oportunidades logísticas; os modos de transporte; a garantia de contratação de mão de obra qualificada no local; o suporte de energia; as exigências ambientais; os incentivos governamentais; e a custódia das instalações e da carga.
Sendo o nível de serviço, a qualidade com que o fluxo de bens e serviços seja dirigido; requisitando, em razão do tempo, três modos de planejamento: o estratégico (de longo prazo, maior que um ano ou cinco anos), o tático (de médio prazo, de no máximo um ano) e o operacional (de curto prazo, de um dia até um mês). 
Em uma instituição pública o início desta mensuração, se dá junto ao levantamento das necessidades organizacionais, no ano corrente, a serem inseridas na previsão orçamentária do exercício financeiro do ano seguinte. Somente depois da liberação orçamentária no início do ano corrente que se dá às instituições a liberação para que passem a implementar seus processos de licitações e contratos.
A Lei 4.320 “...estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal”, fixa as atividades de gestão das despesas públicas na Lei Orçamentária em limites anuais, que devem ser plenamente cumpridos. Assim que a mesma seja promulgada, é dado a cada órgão público um limite de despesas. Pela fixação de cotas de despesas, cada setor que tenha projetos e atividades poderá iniciar a encaminhar seus pedidos a aquisições (de materiais permanentes, artigos de consumo, equipamentos, instalações, contratação de obras e de serviços de terceiros) até o limite das cotas, sempre através de licitações.
Cabendo ao Poder Executivo, a aprovação de um quadro de cotas anuais ou sub anuais da despesa que cada setor orçamentário fique autorizado a usufruir. Concomitantemente, assegurando aos setores orçamentários, em período útil, o levantamento de recursos necessários e suficientes ao melhor exercício de ser projeto anual de trabalho; e, mantendo, paralelo ao exercício, sempre que possível, o equilíbrio entre a receita arrecadada e a despesa realizada, de modo a amenizar ao máximo, eventuais faltas em tesouraria.
A mensuração de consumo de materiais e de tempo de entrega, na quantidade pedida, são condições fundamentais à programação de materiais e serviços. Dentre as principais técnicas para cálculo da precisão de consumo a determinado período de tempo estão o Método do Consumo do último período (que partindo do consumo do período anterior, faz previsão do consumo posterior); o Método da Média Móvel (que partindo das médias de consumos de períodos anteriores, faz previsão do consumo posterior); e o método da média móvel ponderada (que dá ao período mais recente maior peso, e mais antigo menor peso).
A Execução da Logística de Materiais e Serviços engloba ‘Princípios básicos para controle de estoques’, ‘Dimensionamento de estoques’, ‘Método de empurrar estoques e método de puxar estoques’, ‘Localização de materiais’, ‘Classificação dos materiais’, ‘Inventário físico’, ‘Inventários gerais’, ‘Inventários rotativos’. Já, o Planejamento e Programação da Distribuição, envolve os Principais modais de transportes: Rodoviário, Ferroviário, Aéreo, Hidroviário, Marítima, Fluvial, e Dutoviário.
9.2.2.4 Resultados
Informações da evolução física e financeira dos projetos permitem a todos (governo, parceiros e sociedade) uma visão global do exercício dos projetos do plano plurianual e dos orçamentos anuais; e, o conhecimento dos principais resultados fornecidos na implementação de projetos que contribuirão com a sociedade nacional, regional e local.
A importância da logística à gestão do setor público, além dos fatores de necessidade, oriunda também de um fator de oportunidade: a do setor público dirigir concomitantemente diferentes cadeias de suprimentos dos diversos campos de atuação do gestor público, o que lhe permite enormes oportunidades de inserção e maximização de empenhos, requisito principal da perspectiva da administração pública.
	Ao favorecer a maximização das diversas fases da cadeia de suprimentos com foco no indivíduo, a abrangência e os instrumentos logísticos colaboram à expansão do conjunto do administrador público na busca por eficiência e qualidade dos serviços.
Assim, deve-se dar a importância que a discussão de logística tem em poder ligar as estratégias e resultados desejados da organização, com a prática organizacional, propagando a integração entre os diversos setores das organizações e, o nível mais estratégico e operacionalizadas organizações de modo geral.
9.2.2.5 Logística Reversa
Dois pontos de partida básicos requisitam a necessidade de gestão logística reversa: a agregação de valor e a responsabilidade pela sucata ou lixo industrial.
Ao a IN 205 expressar o conceito de material,também demonstra a exigência e demonstra a preocupação socioambiental com a organização pública.
	A logística reversa nas instituições públicas visa a racionalização, com a minimização de custos, o uso do material, através de técnicas modernas que atualizam e enriquecem a administração juntamente com condições desejadas de operação nas diversas funções.
	A Lei 12.305/10 "...institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos...", regulada pelo decreto 7.404/10, altera a Lei 9.605/98, imponto obrigações e modos de cooperação entre os setores público, privado, cooperativas de catadores, da produção e consumo verdes e da valorização econômica dos resíduos na administração conjunta dos resíduos sólidos.
Os Principais Problemas e Soluções na Área de Gestão de Logística de Materiais e Serviços
São diversos os problemas encontrados no setor de gestão logística de materiais e serviços no segmento público; porém, também há diversas possíveis soluções aos mesmos.
Consideração Final
	Foi muito satisfatória esta leitura, deu uma visão ampla da logística de materiais e serviços nas organizações públicas ou equivalentes, de sua legislação (desde o período de Dom Pedro) até os tempos atuais, assim como de seus possíveis problemas e soluções.

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