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07 Revogacao de Prisao Preventiva Art 157 CP Qualificado Deferimento

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ESTADO DO PARÁ
MINISTÉRIO PÚBLICO
EXMO(A). SR(A). DR(A). JUIZ(A) DE DIREITO DO PLANTÃO CRIMINAL DA COMARCA DA CAPITAL.
Proc. N° 
Pedido de Revogação de Prisão Preventiva
Requerente: 
Crimes: Art. 157, § 2º, I e II, do CPB, e art. 244-B, do ECA
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO, por seu representante legal, no uso de atribuições constitucionais e no exercício do plantão institucional criminal, apresenta manifestação nos seguintes termos:
	O requerente ________________________________________ postula a revogação de sua prisão preventiva sob a alegação de que não se fazem presentes nos autos os seus fundamentos, vez que não representa perigo para a ordem pública e econômica, para a instrução criminal e para a aplicação da lei penal. 
	No presente caso, o requerente aduz que sua prisão não tem mais razão para existir, já que tanto a ordem pública como a econômica não correm o risco de serem perturbadas em razão dos seus atos, nem tampouco de que comprometerá a instrução do processo ou frustrará a aplicação da lei penal.
	 O requerente alega ainda que é réu primário, não possui antecedentes criminais, conforme se depreende dos documentos acostados ao pedido.
	Por fim, requer a substituição da prisão pelas medidas cautelares previstas no art. 319, do CPP. 
	O requerente se encontra preso desde o dia __/__/____, em virtude de ter sido preso em flagrante delito, sob a acusação de ter roubado a vítima ______________, que estava trabalhando em sua mototaxi, conduzindo uma passageira, fato ocorrido nessa mesma data, por volta das __h, nesta cidade.
	O Ministério Público ofereceu denúncia no dia _________, que foi recebida nesta mesma data.
	Os autos vieram conclusos ao Ministério Público para se manifestar exclusivamente sobre o pedido de revogação de prisão preventiva.
É O RELATÓRIO. PASSO À MANIFESTAÇÃO
	Após a entrada em vigor da Lei n. 12.403/2011, a prisão processual (temporária ou preventiva) se trata realmente de uma medida excepcional, desde que se revele extremamente necessária, e fundada em seus requisitos genéricos (art. 282, CPP�), específicos (art. 313, CPP�), nos pressupostos (prova da existência de um crime e indícios suficientes de autoria) e em seus fundamentos (garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal).
	Além disso, a prisão preventiva é agora considerada como ultima ratio, por força do disposto no art. 282, § 6º, do CPP, que estabelece que ela só pode ser decretada quando não for possível a sua substituição por outra medida cautelar. 
	No caso concreto, a despeito da comprovação da existência dos crimes e de o requerente ter sido o seu autor, o Ministério Público entende que não se fazem presentes nenhum dos fundamentos que justifiquem a manutenção de sua prisão preventiva.
	O requerente é réu primário, não ostentando antecedentes criminais que justifiquem a sua segregação como forma de garantir a ordem pública. Não obstante, não há risco concreto à colheita da prova na instrução criminal. Por fim, a garantia da aplicação da lei penal também não está ameaçada, já que o requerente reside nesta cidade, na Rua _____________, bairro ________________. 
	Concretamente, o requerente demonstra ter condições de cumprir as medidas cautelares diversas da prisão, não havendo razões para a manutenção de sua prisão preventiva.
	Diante do exposto, o Ministério Público se manifesta pelo DEFERIMENTO do pedido de revogação da prisão preventiva do requerente ______________________, em virtude da ausência de seus fundamentos, bem como por entender que a medida extrema pode ser substituída por outras medidas cautelares, conforme permite o § 6º, do art. 282, do CPP. 
	Assim, o Ministério Público requer a V. Ex.ª, com fundamento nos artigos 282, § 1º, e 319, I, II, IV e IV, todos do CPP, a aplicação das seguintes medidas cautelares em face do requerente ____________________________:
	I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades;   
	II – proibição de manter contato com a vítima _________________________,seja pessoal, por telefone ou outro meio de comunicação;
	III - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou necessária para a investigação ou instrução; 
	IV - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos; 
	É a manifestação.
	Local, ___de _________ de ______ 
PROMOTOR DE JUSTIÇA 
� Art. 282. As medidas cautelares previstas neste título deverão ser aplicadas observando-se a:
I – necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a instrução criminal e, nos casos expressamente previstos, para evitar a prática de infrações penais;
II – adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições pessoais do indiciado ou acusado.
� Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva:
I – nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos;
II – se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei n° 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal;
III – se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoas com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência;
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