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Indução e Dedução

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ARISTÓTELES E O MÉTODO DEDUTIVO 
Aristóteles (384 – 322 a.C.) foi discípulo de Platão por quase 20 anos e, após a morte de seu mestre, desenvolveu seu método a partir de uma crítica ao pensamento platônico e à filosofia pré-socrática. Os textos filosóficos gregos dividiam-se, geralmente, entre textos esotéricos ou acromáticos (mais abrangente e de interesse mais amplo e dirigido ao grande público) ou exotéricos (mais especializado e dirigido ao público interno da escola). Os diálogos de Platão que foram registrados são caracterizados como esotéricos, o que explica sua preocupação didática e o choque com a Academia que utiliza, principalmente, o ensino exotérico, mesmo que de forma estritamente oral da “doutrina não escrita” de Platão.
O ponto central da crítica de Aristóteles a Platão consiste na rejeição ao dualismo, representado pela teoria das ideias. A questão que Aristóteles levanta incialmente diz respeito às dificuldades de se explicar a relação entre o mundo inteligível, ou das ideias, e o mundo sensível, ou material(...). (MARCONDES, 1997, p. 70)
Aristóteles valoriza o saber empírico e a ciência natural e desenvolve uma concepção fortemente sistemática do saber, que teve grande influência na Antiguidade Helenística:
Na difusão da cultura grega que se deu no helenismo, (...) a obra aristotélica foi de importância capital, pois foi em grande parte através dela, mais até do que da de Platão, que o saber científico se difundiu. Talvez a obra de Aristóteles tenha um caráter mais didático por ser mais analítica e sistemática, do que os diálogos de Platão, e isso haja facilitado sua transmissão e absorção nesse período. (MARCONDES, 1997, p. 74)
A dedução, também conhecida como Lógica Aristotélica, é um conceito utilizado em diversas áreas e que está relacionado com as distintas formas do raciocínio. É um processo de análise de informação que nos leva a uma conclusão, usa-se a dedução para chegar a um resultado final. Esse método geralmente é utilizado para testar hipóteses já existentes, chamadas de axiomas, para provar teorias, denominadas de teoremas. Por isso esse método também é chamado de método hipotético-dedutivo.
O método não se restringe à filosofia, também se aplica em algumas leis científicas e na educação. Esse tipo de raciocínio é utilizado na física e matemática, por exemplo: quando um professor demonstra um problema na lousa, ele está usando o método dedutivo. Porque ele parte de uma proposição universal e através do raciocínio lógico chega numa conclusão válida. Ou seja, chega-se a uma conclusão a partir das premissas e, por isso, é considerado restrito e pouco amplo, uma vez que não acrescenta novas informações à conclusão, já estava implícito nas premissas.
MÉTODO INDUTIVO
Conhecimento científico é conhecimento provado objetivamente, baseado naquilo que podemos ver, ouvir e tocar, não há preferências pessoais ou suposições especulativas. A visão do conhecimento científico se tornou popular durante o século XVII, com o pioneirismo de Galileu e Newton. Francis Bacon (1561 – 1626), um dos principais exponentes do Indutivismo com o método Empírico, sintetizou a atitude científica da época ao insistir que: “(...)se quisermos compreender a natureza, devemos consultar a natureza e não os escritos de Aristóteles.” (CHALMERS, 1993, p. 18).
Tal afirmação se explica ao lembrarmos que o método dedutivo aristotélico não implica em chegar à novas conclusões a partir das premissas, e isso não traz um progresso substancial para a ciência. Para um indutivista, a fonte da verdade não é a lógica, mas sim a experiência. Newton chegou a conclusões que compõem a base do que entendemos como física moderna ao observar a natureza, é o exemplo perfeito da aplicação do método indutivo. Estimulados pelos sucessos dos “grandes experimentadores”, como Galileu, eles começaram cada vez mais a ver a experiência como fonte de conhecimento, intensificando cada vez mais as pesquisas da área experimental. “A ciência é uma estrutura construída sobre fatos.” (DAVIES, 1968, p. 8).
INDUTIVISMO INGÊNUO 
A explicação indutiva ingênua pode ser vista como uma tentativa de formalizar a imagem popularizada da ciência de princípios que não possuem comprovações, é, a concepção do senso comum na tentativa de explicar o conhecimento científico. 
Segundo Chalmers, o indutivismo é baseado na observação e experimentos carregados de veracidade sobre as conclusões, de maneira a retratar fielmente o que se percebe. O indutivista ingênuo estabelece a veracidade de suas informações diante da rigorosa observação, principalmente através do uso de seus sentidos.
Retomando os conceitos abordados, tanto o método dedutivo quanto o indutivo são raciocínios utilizados para analisar se uma informação é válida ou não. Por meio de premissas e preposições, é analisado se existe uma conclusão válida para o que foi afirmado, isso se as premissas forem verdadeiras. No método dedutivo, o argumento é feito do maior para o menor, de uma premissa geral para uma particular e as conclusões encontradas já estavam implícitas. Enquanto no método indutivo, o raciocínio vai do menor para o maior, da premissa singular para uma geral. Aqui a conclusão vai além do enunciado nas premissas. É o método mais amplo e muito utilizado nas ciências.
REFERÊNCIAS
MARCONDES, D. Iniciação à História da Filosofia: Dos Pré-Socráticos a Wittgenstein. Editora Zahar, 1997.
CHALMERS, A. F. O que é Ciência afinal? Editora Brasiliense, 1993.
Francis Bacon https://pt.wikipedia.org/wiki/Francis_Bacon
Aristóteles https://pt.wikipedia.org/wiki/Arist%C3%B3teles

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