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IMAGEM RADIOGRÁFICA 
A imagem radiográfica corresponde à representação das estruturas atravessadas pela radiação x sob 
um plano bidimensional. Para se obtê-la são necessários: um objeto a ser radiografado, uma fonte 
de radiação e um anteparo/receptor de imagem, podendo ser um filme ou um sensor digital. 
 
Quando se faz uma radiografia, há formação de uma imagem latente. Só após o processamento 
químico, há formação de uma imagem visual e permanente. 
 
FATORES QUE INFLUENCIAM NA FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA: 
Fator energético. 
Fator objeto. 
Fator geométrico. 
Fator filme. 
Fator processamento. 
 
1. Fator energético 
Está relacionado com a ​produção ​de radiação x. 
 
MILI​AM​PERAGEM (mA) 
É um fator fixo. 
Está relacionado com a ​qu​an​tidade​ de raio x que será produzida pelo aparelho. 
É responsável pela ​densidade​ da radiografia. 
 
d = grau de escurecimento que uma radiografia terá como um todo (contexto geral: toda clara ou toda escura). 
MENOS DENSA: mais clara. 
MAIS DENSA: mais escura. 
 
TEMPO DE EXPOSIÇÃO 
É o único fator variável nos aparelhos atuais, que controlamos. 
É controlado eletronicamente (peça que roda) ou digitalmente (display com t. de exposição - clínica). 
 
miliamperagem por segundo - refere-se a quantidade de radiação que está sendo utilizada para 
obter determinada imagem. 
mAs = núm. de radiografias realizadas x tempo de exposição x mA 
 
QUI​LOVOLTAGEM (kV) 
É um fator fixo. 
Está relacionado com a ​qua​lidade dos raios X. 
Determina o campo elétrico de despolarização (ddp - aceleração dos elétrons). 
É responsável pelo ​contraste​ da radiografia. 
 
“Quanto ​maior for a quilovoltagem do aparelho, ​maior vai ser o poder de penetração da radiação 
produzida, permitindo um ​menor tempo de exposição e ​menor ​a dose de radiação que o paciente 
será exposto.” - QUANTO MAIOR O kVp, MELHOR O APARELHO. 
 
 
 
 
Manuella Soussa Braga - 3p 
contraste = a diferença entre as diversas partes da radiografia (entre o radiopaco e o radiolúcido). 
MAIOR CONTRASTE: menor kVp - escala curta de observação 
MENOR CONTRASTE: maior kVp - escala longa de observação 
 
O maior contraste refere-se a uma imagem que tem poucos tons intermediários entre o radiopaco e 
o radiolúcido. O menor contraste refere-se a uma imagem que apresenta mais tons intermediários 
entre o radiopaco e o radiolúcido, permitindo a diferenciação de ​detalhes​. 
 
“O nosso contraste precisa ser médio.” - temos uma visão limitada, não conseguimos distinguir 
tantos tons/detalhes que um contraste menor permite. 
 
DISTÂNCIA 
“Lei do inverso do quadrado da distância.” - se eu duplicar a distância entre foco e objeto, 
quadruplicamos o tempo de exposição/quantidade de radiação. 
Quanto mais afastado eu estiver da fonte de radiação, menor quantidade de radiação vai atingir o 
objeto. 
 
relação tempo-distância: 
tempo x distância = T novo
T original ≡ distância nova2
distância original2 
 
Se aumentar a distância, aumenta-se também o tempo de exposição. 
 
relação mA-distância: 
mA X distância = mA nova
mA original ≡ distância nova2
distância original2 
 
 
 2. Fator objeto 
 
NÚMERO ATÔMICO 
Os tecidos moles, que tem como composição os elementos C, H, O e N (de baixo número atômico) 
absorvem menos radiação, ou seja, deixam chegar mais radiação no filme (sensibilizam mais) que 
será transformado em prata negra metálica, formando uma imagem radiolúcida. 
 
Os tecidos duros, que tem como composição os elementos Ca e P (de alto número atômico) 
absorvem mais radiação, ou seja, deixam chegar menos radiação no filme (sensibilizam menos), 
formando uma imagem mais radiopaca. 
 
Os materiais restauradores, que tem como composição Zn, Ag e Au (de altissímo número atômico), 
absorvem mais radiação formando uma imagem ainda mais radiopaca que os tecidos duros. 
 
DENSIDADE FÍSICA DO OBJETO 
Quanto maior for a densidade do corpo, mais ele absorve radiação (e maior radiopacidade). 
 
Esmalte > Dentina 
 + denso 
 + radiopaco 
 
Manuella Soussa Braga - 3p 
ESPESSURA DO OBJETO 
Espessura = pensar em várias camadas 
Quando maior a espessura, em que tem mais camadas absorvendo aquela radiação, maior será a 
radiopacidade. 
ex. importante: desmineralização do dente (diferentes espessuras no esmalte). Além disso, levando 
em conta que não conseguimos distinguir muitas tonalidades, pressupõe que a pequena diferença 
de radiopacidade presente na imagem revela uma cavidade bem maior do que a vista. 
 
 3. Fator Geométrico 
PONTO FOCAL 
Refere-se ao local de freamento dos elétrons com consequente produção de radiação x. 
Deve ser o menor possível, para produzir o menos possível de sombra e mais ​nitidez​. 
 
FONTE-OBJETO 
Quanto mais próximo o objeto estiver da fonte de radiação, maior será a divergência do feixe, 
produzindo uma ampliação na imagem formada. 
Quanto mais afastado o objeto estiver da fonte de radiação, menor divergência do feixe e menor a 
ampliação na imagem formada. Os feixes são mais paralelos entre si e a área fica mais limitada, 
sendo necessário aumentar o tempo de exposição. 
 
FILME-OBJETO 
O objeto deve estar o mais próximo possível do filme/anteparo. 
Um objeto mais distante do filme, faz com que se produza uma imagem/sombra mais ampliada. É 
exatamente o que tenta se evitar ao utilizar um cilindro localizador maior na técnica do paralelismo, 
aumentando a distância entre fonte-objeto, tornando o feixe menos divergente, o que produz uma 
imagem menos magnificada. 
 
IDEAL: feixe de raio x deve ser perpendicular ao objeto e anteparo e filme-objeto paralelos entre si 
(para não causar distorção), além do filme plano. Isso é possível nas radiografias de molares 
inferiores (ângulo vertical é 0º). 
 
O aparelho de raio x, objeto e anteparo devem estar parados. 
 
 4. Fator filme 
É dependente do fabricante. 
 
TAMANHO DA GRANULAÇÃO 
Quanto maior for o tamanho do grão dos sal de prata, menor será o detalhamento da imagem e 
menor a nitidez, contudo menor será o tempo de exposição para sensibilizar esse filme. 
Quando o tamanho do grão é menor, tem-se uma maior quantidade para ocupar o espaço 
equivalente a um grão maior, então precisa-se de mais radiação para sensibilizar todos esses grãos, 
aumentando o tempo de exposição. Por terem tamanho menor e em maior quantidade, dão mais 
detalhes. 
 
ESPESSURA DA BASE 
No máximo 0,2 mm. 
 
Manuella Soussa Braga - 3p 
Também produz penumbra, influenciando na nitidez da imagem. 
 
DUPLA EMULSÃO 
Reduz radiação exposta ao paciente, porém por conta da base no meio, pode levar à perda de 
detalhes. 
 
OBS: deve-se verificar a validade do filme (emulsão - matriz gelatinosa) e seu armazenamento deve 
ser em um local seco, fresco e distante de fontes de radiação. 
 
 5. Fator processamento 
LANTERNA DE SEGURANÇA 
Deve filtrar a luz num tom vermelho alaranjado. Para isso, utiliza-se o filtro de GBX2 ou câmaras 
portáteis vedadas. 
 
SOLUÇÕES PROCESSADORAS 
Seguir: temperatura e tempo de uso 
troca de soluções - fixador se esgota primeiro, pois sempre recebe mais contaminação do 
revelador (troca de cor à medida que sofre oxidação). 
PODE-SEFAZER O REFORÇO DIÁRIO DESSAS SOLUÇÕES 
 
VÉU/FOG 
Seria uma densidade extra indesejável possivelmente produzida por uma radiação secundária ou 
dentro da câmara escura por conta da lanterna de segurança. 
 
RADIOGRAFIA TECNICAMENTE BOA = maximo de detalhe e nitidez, grau médio de densidade e 
contraste e o mínimo de distorção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manuella Soussa Braga - 3p

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