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SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS

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SISTEMAS E PROCESSOS 
CONSTRUTIVOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
SUMARIO 
 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 4 
2 PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DE EDIFICAÇÕES .................................... 5 
2.1 SERVIÇOS PRELIMINARES ........................................................................ 6 
2.2 INSTALAÇÃO DA OBRA ............................................................................... 7 
2.2.1 LIMPEZA DO TERRENO ..................................................................................... 7 
2.2.2 MOVIMENTO DE TERRA .................................................................................... 8 
2.2.3 IMPLANTAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS ..................................................... 8 
2.2.3.1 Ligações Provisórias ...................................................................................... 9 
2.2.3.2 Instalações Mínimas (NR – 18) ................................................................... 12 
2.2.2.3 Layout de canteiros de obras ...................................................................... 18 
2.3. LOCAÇÃO DA OBRA ................................................................................ 19 
2.4 INFRAESTRUTURA ..................................................................................... 20 
2.4.1Fundações Diretas ............................................................................................ 21 
2.4.2 Fundações Indiretas ou profundas ................................................................. 24 
2.5 SUPERESTRUTURA ................................................................................... 27 
2.5.1 Pilares ................................................................................................................ 28 
2.5.2 Vigas .................................................................................................................. 29 
2.5.3 Lajes .................................................................................................................. 29 
2.6 VEDAÇÕES .................................................................................................. 31 
2.7 INSTALAÇÕES ............................................................................................ 35 
2.7.1Instalações elétricas ......................................................................................... 35 
2.7.2 Instalações hidráulicas .................................................................................... 38 
2.7.2.1 Instalação hidráulica de água fria ................................................................ 38 
2.7.2.2 Instalações sanitárias - Esgotos .................................................................. 40 
2.8 ESQUADRIAS E FERRAGENS ................................................................... 41 
2.8.1 Quanto ao movimento de abertura: ................................................................ 42 
2.8.2 Quanto ao material empregado na fabricação .............................................. 44 
2.8.3 Quanto à função das esquadrias (destacaremos as mais importantes): ... 46 
2.8.4 Ferragens .......................................................................................................... 46 
2.9 REVESTIMENTOS ........................................................................................ 48 
2.9.1 Revestimentos com argamassas .................................................................... 48 
2.9.2 Revestimentos com cerâmicas ....................................................................... 50 
2.9.3 Revestimento com pedras ............................................................................... 51 
2.10 COBERTURAS ........................................................................................... 54 
2.10.1 Quanto ao Material Empregado .................................................................... 54 
2.11 IMPERMEABILIZAÇÃO .............................................................................. 59 
2.11.1 Sistemas Rígidos ............................................................................................ 60 
2.11.2 Sistemas Semiflexíveis .................................................................................. 61 
2.11.3 Sistemas Flexíveis .......................................................................................... 62 
2.12 PAVIMENTAÇÃO ...................................................................................... 66 
2.12.1 Classificação Segundo o Material Constituinte .......................................... 66 
2.13 CALAFETAGEM ........................................................................................ 72 
 
3 
 
2.14 LIMPEZA PARA ENTREGA DA OBRA ..................................................... 75 
3 SISTEMAS CONSTRUTIVOS ESPECIAIS ................................................... 77 
4 PATOLOGIAS DOS SISTEMAS CONSTRUTIVOS ..................................... 79 
5 REFERÊNCIAS ............................................................................................. 86 
 
	
  
 
 
 
 
4 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Olá, Professor! 
Iniciamos com este trabalho o estudo da disciplina Sistema e Processos Construtivos 
com o intuito de rever conceitos, propriedades e aplicações práticas desta unidade 
curricular. Faremos uma abordagem dos principais assuntos desta unidade, ainda que 
não o façamos de forma mais aprofundada, razão pela qual sugerimos aos colegas que 
tomem este trabalho como uma referência, buscando, a partir dele, aprofundar mais os 
conhecimentos aqui abordados. 
 
 
5 
 
2 PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DE 
EDIFICAÇÕES 
 
A construção de uma edificação traz no seu processo um conjunto de etapas que 
formam o todo de considerações a serem implementadas, observando-se sempre os 
aspectos relativos à qualidade, segurança, prazo e custos. Este conjunto é composto 
por: 
Planejamento; 
Controle; 
Execução; 
 Entrega da obra. 
 
-Planejamento 
Para que uma obra atinja os objetivos pretendidos em relação a custos, prazos e , é 
necessário que seja feito planejamento deste empreendimento para organizar a sua 
execução. 
O planejamento determina diretrizes a serem seguidas como coleta de dados, análise 
destes dados, estudo de viabilidade técnico-econômica, elaboração de anteprojetos e 
projetos executivos, emprego da mão de obra direta ou terceirizada, nível de 
mecanização, instalação do canteiro de obras, custos, prazo de execução. 
 
-Controle 
O controle permite a análise do que se projeta buscando possíveis não conformidades, 
como a incompatibilidade de projetos para que sejam feitas as correções devidas antes 
da execução, evitando-se desta forma prejuízos devido ao retrabalho, ao desperdício de 
material, ao acréscimo de tempo de trabalho os trabalhadores, trazendo, como 
consequência, a possibilidade de comprometimento dos prazos estipulados, impactando 
na imagem e credibilidade da empresa construtora. 
 
-Execução 
A execução se dará através das diversas etapas construtivas que se sucedem em uma 
edificação e que são referenciadas pelos projetos que orientam este processo: os 
projetos executivos. 
 
-Entrega da Obra 
 
6 
 
A entrega da obra se dará após a conclusão de todas as etapas construtivas, incluindo 
limpeza geral e a obtenção do Habite-se, que é um documento comprovando que o 
imóvel foi construído de acordo com as exigências determinadas pela prefeitura local. 
 
A qualidade é agregada ao produto como consequência natural toda vez que os 
processos constituintes das etapas construtivas estão respaldados pelo planejamento e 
controle, fazendo com que haja a melhoria contínua do processo. Atender as exigências 
do clienteatravés da satisfação com o produto adquirido é uma meta a ser atingida por 
todos os agentes envolvidos na construção civil. 
 
 2.1 SERVIÇOS PRELIMINARES 
 
Os serviços preliminares são o estágio inicial de uma edificação em que são feitos os 
estudos preliminares de viabilidade, levantamentos topográficos, contatos junto à 
prefeitura local, sondagens do subsolo, elaboração de projetos arquitetônicos com 
especificações e projetos executivos. 
Os estudos de viabilidade técnico-econômica do empreendimento analisarão, 
através de coletas de dados, a viabilidade integrada dos recursos técnicos que deverão 
ser adotados para a execução desta obra e o quanto os custos demandarão para a sua 
realização. Passa por esta análise o interesse comercial que a edificação despertará no 
mercado e o impacto ambiental que a mesma poderá acarretar. 
O levantamento topográfico terá a função de conferir as dimensões do terreno 
descritas na escritura, além de possibilitar, através de um levantamento planialtimétrico, 
mostrar todos os relevos do terreno, o quanto ele é plano ou acidentado. 
Os contatos iniciais junto à prefeitura local permitirão que os projetos sigam as 
normas e legislações previstas por esta instituição municipal. 
As sondagens do subsolo, geralmente de simples reconhecimento, permitem que se 
conheçam as camadas de solo, suas profundidades e resistências, a cota do nível de 
água, permitindo a obtenção de uma coleção de dados necessária para a elaboração do 
projeto de fundações. 
A elaboração dos projetos arquitetônico e executivo servirá de guia para a 
implantação e execução da obra através das suas etapas construtivas. 
 
 
 
 
7 
 
 2.2 INSTALAÇÃO DA OBRA 
 
Nesta etapa, inicia-se a movimentação da área a ser construída, dotando-a de 
condições básicas para receber gradativamente a equipe de profissionais, oferecendo 
as condições iniciais para começar os trabalhos no canteiro de obras. Para isto, iniciam-
se os serviços de limpeza do terreno, movimento de terra, implantação do canteiro de 
obras com as suas ligações provisórias (de água e de energia), instalações mínimas 
segundo a NR18 e o layout de canteiro. 
 
 2.2.1 LIMPEZA DO TERRENO 
 
Uma das providências a serem tomadas para a ocupação do terreno onde haverá a 
edificação é fazer-se a limpeza do terreno através do desmatamento, destocamento, 
deixando livre de interferências a área a ser edificada. 
Esta fase pode envolver atividades de demolições de antigas construções, com o 
desmonte de paredes, esquadrias, coberturas, fundações. A depender da complexidade 
deste serviço, e de acordo com a quantidade e tipo de material envolvido, poderá ser 
realizada com o auxílio de equipamentos mecanizados. 
Nesta etapa, busca-se dar condições físicas para que a movimentação de terras possa 
acontecer, deixando a área onde vai haver a edificação em condições viáveis de se 
implantar a sua locação. 
 
 
Figura 01: Demolição 
Fonte: WIKIMEDIA COMMONS, 2013. 
 
8 
 
 
2.2.2 MOVIMENTO DE TERRA 
 
Esta etapa tem por objetivo a regularização do terreno, obedecendo-se às cotas 
estipuladas por projeto. A partir da posição da cota de projeto em relação às cotas 
encontradas no terreno, teremos operações de corte ou de aterro ou, ainda, ambas as 
situações. 
O movimento de terra se caracteriza em obras de edificações basicamente pela entrada 
e retirada de terra do interior do canteiro. Os equipamentos mais utilizados são a 
retroescavadeira, pá carregadeira e caminhões basculantes. 
 
 
Figura 02: Movimento de terra 
Fonte: WIKIMEDIA CIMMONS, 2013. 
 
2.2.3 IMPLANTAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS 
 
Nesta etapa, abordaremos aspectos ligados aos procedimentos necessários para 
implantação do canteiro de obras, ou seja, da “fábrica” onde se executará o produto. No 
canteiro de obras, a execução dos produtos, através das suas etapas construtivas, vai 
se sucedendo, fazendo com que as instalações permitam a operacionalidade 
necessária para o desenvolvimento dos serviços durante todo o período em que o 
canteiro será o suporte para a produção da edificação. 
As instalações irão se adequando e se modificando com o avanço da obra até que, 
após a desmobilização completa do canteiro, a “fábrica” sai e o produto fica. Diferente 
de uma indústria tradicional onde é a fábrica que fica e o produto é que sai. 
 
 
9 
 
 2.2.3.1 Ligações Provisórias 
 
Nesta fase, é necessário fazer a instalação provisória de coleta e distribuição de água 
para atender a demanda de consumo a ser utilizada no canteiro. Faz-se o pedido da 
ligação à concessionária local. Caso não haja rede pública de abastecimento, usa-se 
como alternativa de suprimento a construção de cisternas, que será escavada até se 
encontrar o lençol freático. Estando o nível de água muito profundo faz-se então a 
opção do abastecimento por meio de poço artesiano. 
 
-Poço artesiano 
 Uma alternativa de abastecimento de água a partir da sua captação em grandes 
profundidades. Este tipo de captação permite a utilização de água límpida, sem 
impurezas. Devido a grandes pressões a que está submetido, o líquido emerge a 
superfície sem a necessidade de uso de bombas e sem gastos adicionais de energia 
elétrica. O poço é revestido com tubos de aço, necessitando de filtro especial. 
Os poços artesianos têm a sua profundidade variável entre 100 a 1500 m, enquanto os 
poços comuns chegam a até 20 m. O poço artesiano tem uma vazão média de dois mil 
litros com uma vida útil de quarenta anos. 
A sua perfuração é feita por máquinas, através de empresas prestadoras de serviços 
voltadas para este tipo de exploração. Já o poço semiartesiano, como diz o nome, é 
uma variação que está entre o poço artesiano e o microartesiano (poços comuns), que 
tem como característica a sua massa líquida a profundidades menores que a dos 
artesianos e necessitando de bombas para a extração da água. 
 
 
Figura 03: Poco artesiano 
Fonte: SENAI, 2013. 
 
 
 
10 
 
-Gerador 
O fornecimento de energia elétrica é de fundamental importância para o funcionamento 
de máquinas e equipamentos e para a iluminação interna. Verifica-se a demanda 
necessária de energia a ser consumida incluindo-se também tomadas, interruptores, 
lâmpadas, ar condicionado etc., fazendo-se, em seguida, a solicitação de ligação 
provisória de energia elétrica à concessionária local. 
Caso não haja fornecimento público de energia elétrica, opta-se pela alimentação desta 
demanda através de um gerador. 
 
 São aparelhos destinados a suprir o abastecimento de energia elétrica quando não 
existe a concessionária local ou como garantia da continuidade da distribuição de 
energia nos casos de interrupção na rede pública, garantindo, desta forma, o contínuo 
desenvolvimento das atividades no canteiro de obras. 
O gerador transforma a energia mecânica, química ou outra forma de energia em 
energia elétrica. Eles podem ser “alimentados” à base de gasolina, diesel ou propano e 
são encontrados no mercado para compra ou locação nos mais variados tamanhos e 
capacidade de geração. 
 
É também de fundamental importância a implantação de uma linha de telefone para 
facilitar ou ser mais um canal de comunicação com o escritório central, com os 
fornecedores para coletas de preços, confirmação de entregas de insumos entre outros. 
 
Outra providência a ser tomada é a da coleta de esgotos produzida pelo canteiro. Não 
havendo a rede pública de captação de esgotos, deverão ser construídas fossas 
sépticas e sumidouros. 
 
 
Figura 04: Gerador de energia elétrica 
Fonte: SENAI, 2013. 
 
11 
 
 
-Fossas sépticasEsse tipo de instalação é responsável por receber os efluentes dos esgotos, 
possibilitando que a coleta e tratamento dos dejetos evitem danos à saúde dos 
trabalhadores através da proliferação de doenças. 
A sua ação depuradora se verifica através da separação e transformação do material 
sólido presente nas águas de esgoto, com posterior descarga no solo, completando-se 
o tratamento. 
A NBR 7229/1993, Versão Corrigida:1997, Projeto, Construção e Operação de Sistemas 
de Tanques Sépticos fixa as diretrizes para a elaboração das etapas construtivas e uso 
deste equipamento, observando atentamente cuidados necessários para evitar-se 
contaminação tanto das águas superficiais quanto subterrâneas. 
Na utilização das fossas sépticas, é fundamental evitar-se a coleta de águas de chuva 
(pluviais), bem como as de descargas de reservatórios ou mesmo de outros acúmulos 
de água, a fim de não prejudicar o tratamento dos dejetos que acontecem no interior 
deste equipamento. 
A localização das instalações das fossas sépticas tem que atender a alguns 
procedimentos indispensáveis: 
• Devem estar a, pelo menos, 15 m de poços, cisternas ou de reservatórios de água de 
qualquer espécie que estejam em contato com o solo; 
• Estarem distanciados de pelo menos 3,0m de árvores e da rede pública de 
abastecimento de água; 
• Observar a separação horizontal mínima de 1,50 m dos limites do terreno, de 
sumidouros, de construções. 
As fossas sépticas podem ser construídas no próprio canteiro ou adquiridas prontas em 
peças pré-fabricadas. 
 
 
Figura 05: Fossa Séptica 
Fonte: SENAI, 2013. 
 
12 
 
-Fossa Sumidouro 
Também chamada de fossa absorvente, são sistemas de coletas dos efluentes da fossa 
séptica ou do vaso sanitário através de escavações feitas no terreno. Também, a 
exemplo do que acontece com as fossas sépticas, a localização das instalações dos 
sumidouros tem que atender a alguns procedimentos indispensáveis, a fim de se evitar 
contaminações: 
• Devem estar pelo menos distantes 15 m de poços, cisternas, em um nível mais baixo 
que o poço; 
• Não é aconselhável a execução de fossas do tipo sumidouro com muita saturação. 
A execução deste sistema de coleta pode ser realizada após escavação, utilizando-se 
blocos ou tijolos cerâmicos furados, ou ainda, anéis de concreto com furos, para facilitar 
a infiltração no terreno. Na base do sumidouro, deve-se fazer um lastro de britas e 
pedregulhos. 
 
Figura 06: Fossa Sumidouro 
Fonte: SENAI, 2013. 
 
2.2.3.2 Instalações Mínimas (NR – 18) 
 
A NR – 18 é uma Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho, que fixa as 
Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. 
 
13 
 
Segundo a NR-18, os canteiros de obras são “áreas de trabalho fixas e temporárias, 
onde se desenvolvem operações de apoio e execução de uma obra”. Ao longo da área 
a ser edificada, distribuem-se as áreas de vivência e as áreas operacionais. 
As áreas de vivências são aquelas compartilhadas pelos trabalhadores e que dão 
suporte às suas necessidades durante o período de labor. Fazem parte das áreas de 
vivência em um canteiro de obras, segundo a NR-18: 
• Instalações sanitárias; 
• Vestiário; 
• Alojamento; 
• Local de Refeições; 
• Cozinha, quando houver preparo de refeições; 
• Lavanderia; 
• Área de lazer; 
• Ambulatório. 
 
Instalações sanitárias 
 Segundo a NR – 18, entende-se como instalação sanitária o local destinado ao asseio 
corporal e/ou ao atendimento das necessidades fisiológicas de excreção. Segundo esta 
norma regulamentadora, as instalações sanitárias devem: 
• Ser mantidas em perfeito estado de conservação e higiene; 
• Ter portas de acesso que impeçam o devassamento, e que sejam construídas de modo 
a manter o resguardo conveniente; 
• Ter paredes de material resistente e lavável, podendo ser de madeira; 
• Ter pisos impermeáveis, laváveis e de acabamento antiderrapante; 
• Não se ligar diretamente com os locais destinados às refeições; 
• Ser independente para homens e mulheres, quando necessário; 
• Ter ventilação e iluminação adequadas; 
• Ter instalações elétricas adequadamente protegidas; 
• Ter pé direito mínimo de 2,50 m (dois metros e cinquenta centímetros) ou respeitando o 
que determina o Código de Obras do Município da obra; 
• Estar situadas em locais de fácil e seguro acesso, não sendo permitido um 
deslocamento superior a 150 m (cento e cinquenta) metros do posto de trabalho dos 
gabinetes sanitários, mictórios e lavatórios. 
 
A instalação sanitária deve ser constituída no mínimo de lavatório, vaso sanitário e 
mictório, na proporção de 1 (um) conjunto para cada grupo de vinte trabalhadores ou 
 
14 
 
fração, assim como de chuveiro na proporção de uma unidade para cada grupo de dez 
trabalhadores ou fração. 
 
 
Figura 07: Instalações sanitárias 
Fonte: SENAI, 2013. 
 
Vestiário 
 Reproduzimos literalmente as recomendações da NR-18: 
• Todo canteiro de obra deve possuir vestiário para troca de roupa dos trabalhadores que 
não residem no local; 
• A localização do vestiário deve ser próxima aos alojamentos e/ou entrada da obra, sem 
ligação direta com o local destinado às refeições; 
• Ter paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente; 
• Ter pisos de concreto, cimentado, madeira ou material equivalente; 
• Ter cobertura que proteja contra as intempéries; 
• Ter área de ventilação correspondente a 1/10 (um décimo) da área do piso; 
• Ter iluminação natural e/ou artificial; 
• Ter armários individuais dotados de fechadura ou dispositivo com cadeado; 
• Ter pé direito mínimo de 2,50 m (dois metros e cinquenta centímetros) ou respeitando o 
que determina o Código de Obras do Município da obra; 
• Ser mantidos em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza. 
 
Alojamento 
 Ainda segundo a NR-18, os alojamentos dos canteiros de obra devem: 
 
• Ter paredes de alvenaria, madeira, ou material equivalente; 
• Ter piso de concreto, cimentado, madeira ou material equivalente; 
 
15 
 
• Ter cobertura que proteja contra as intempéries; 
• Ter área de ventilação correspondente a 1/10 (um décimo) da área do piso; 
• Ter iluminação natural e/ou artificial; 
• Ter área mínima de 3,00m² (três metros quadrados), por módulo cama/armário, 
incluindo a área de circulação; 
• Ter pé direito de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) para camas simples e de 
3,00m (três metros) para camas duplas; 
• Não estar situados em subsolos ou porões das edificações; 
• Ter instalações elétricas adequadamente protegidas. 
 
 
 
Segundo a NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da 
Construção, para garantir a segurança e saúde do trabalhador, fica proibido cozinhar e 
aquecer qualquer tipo de refeição dentro do alojamento; bem como estabelece que o 
seu espaço deva ser mantido permanentemente em estado de conservação, higiene e 
limpeza. 
Fixa ainda a impossibilidade da permanência no alojamento de pessoas com doenças 
infectocontagiosas. 
 
Local para refeições 
 Segundo a NR-18, é obrigatória a existência de local adequado para refeições e deve: 
• Ter paredes que permitam o isolamento durante as refeições; 
• Ter piso de concreto, cimentado ou de outro material lavável; 
• Ter cobertura que proteja contra as intempéries; 
• Ter capacidade para garantir o atendimento de todos os trabalhadores no horário das 
refeições; 
• Ter ventilação e iluminação natural e/ou artificial; 
• Ter lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior; 
• Ter mesas com tampos lisos e laváveis; 
• Ter assentos em número suficiente para atender aos usuários; 
• Ter depósito, com tampa, para detritos;• Não estar situado em subsolos ou porões das edificações; 
• Não ter comunicação direta com as instalações sanitárias; 
 
16 
 
• Ter pé direito mínimo de 2,80 m (dois metros e oitenta centímetros) ou respeitando o 
que determina o Código de Obras do município. 
 
 
Figura 08: Local para refeições 
Fonte: SENAI, 2012. 
 
Cozinha 
 Ainda seguindo integralmente a NR-18, quando houver cozinha no canteiro de obra, ela 
deve: 
• Ter ventilação e iluminação natural e/ou artificial que permita boa exaustão; 
• Ter pé direito mínimo de 2,80 m (dois metros e oitenta centímetros) ou respeitando o 
que determina o Código de Obras do município, da obra; 
• Ter paredes de alvenaria, concreto, madeira, ou material equivalente; 
• Ter piso de concreto, cimentado, ou de outro material de fácil limpeza; 
• Ter cobertura de material resistente ao fogo; 
• Ter iluminação natural e/ou artificial; 
• Ter pia para lavar os alimentos e utensílios; 
• Possuir instalações sanitárias que não se comuniquem com a cozinha, de uso exclusivo 
dos encarregados de manipular gêneros alimentícios, refeições e utensílios, não 
devendo ser ligadas à caixa de gordura; 
• Dispor de recipiente com tampa para coleta de lixo; 
• Possuir equipamento de refrigeração para preservação dos alimentos; 
• Ficar adjacente ao local para refeições; 
• Ter instalações elétricas adequadamente protegidas; 
 
17 
 
• Quando utilizado GLP, os botijões devem ser instalados fora do ambiente de utilização, 
em área permanentemente ventilada e coberta. 
 
Lavanderia 
Referenciando integralmente a NR-18: 
• As áreas de vivência devem possuir local próprio, coberto, ventilado e iluminado para 
que o trabalhador alojado possa lavar, secar e passar suas roupas de uso pessoal; 
• Este local deve ser dotado de tanques individuais ou coletivos em número adequado; 
• A empresa poderá contratar serviços de terceiros para atender aos serviços de lavagem 
de roupas dos trabalhadores. 
 
Área de lazer 
Segundo a NR-18, nas áreas de vivência devem ser previstos locais para recreação dos 
trabalhadores alojados, podendo ser utilizado o local de refeições para este fim. 
As áreas operacionais são aquelas onde se desenvolvem as etapas construtivas ligadas 
à produção, como as centrais de argamassa, armação (corte, dobra, pré-montagem), 
fôrmas, instalações, esquadrias, pré-moldados. 
 
 
Figura 09:Área de lazer 
Fonte: SENAI, 2013. 
 
Ambulatório 
 Segundo a NR-18, deverá ter ambulatório no canteiro quando o efetivo de 
trabalhadores for maior ou igual a 50 (cinquenta). 
 
 
18 
 
Áreas operacionais 
 São as áreas em que se processam as atividades de trabalho ligadas à produção. 
Assim podemos separá-las em: 
 
Áreas ligadas diretamente à produção 
• Central de concreto; 
• Central de argamassa; 
• Central de preparo de armaduras. 
 
Áreas de apoio à produção 
• Estoque de materiais; 
• Almoxarifado. 
 
Áreas de apoio técnico/administrativo 
• Escritório do engenheiro; 
• Escritório do mestre de obras; 
• Sala de reuniões; 
• Escritório administrativo; 
• Portaria/guarita; 
• Chapeira de pontos. 
 
 
Figura 10: Áreas Operacionais 
Fonte: SENAI, 2012. 
 
2.2.2.3 Layout de canteiros de obras 
 
Refere-se ao arranjo físico da área disponível para ser implantado o canteiro de obras, 
através de um projeto de canteiro de obras que trará informações sobre o 
 
19 
 
dimensionamento e localização de áreas de vivências, operacionais, de recebimento e 
armazenagem de materiais, das vias de circulação e transportes. 
Um layout bem planejado possibilitará que as atividades se desenvolvam com mais 
eficiência, com redução de distâncias e tempo de deslocamentos, minimizando 
desperdícios e garantindo uma maior segurança aos trabalhadores. 
 
 
Figura 11: Layout de canteiro de obras 
Fonte: SENAI, 2013. 
 
2.3. LOCAÇÃO DA OBRA 
 
 A locação da obra orienta e determina a posição da obra no terreno em relação a 
pontos de referências. A locação será executada observando-se a planta de fundações, 
levando-se em consideração os aspectos planimétricos – ângulos e distâncias no plano 
horizontal – e altimétricos – ângulos e distâncias no plano vertical. A locação de uma 
obra tem por finalidade transferir para o terreno no canteiro de obras os elementos de 
um projeto com as suas respectivas medidas, onde acontecerá a edificação. 
A execução da locação da obra é tão importante que esta atividade deverá ser 
preferencialmente desenvolvida por um técnico, agrimensor ou por um engenheiro. 
Mestres de obras experientes também poderão fazer esta locação, desde que este 
trabalho seja posteriormente conferido. Estes cuidados evitarão incompatibilidades entre 
o que estava previsto em projeto e a sua locação. 
Para o desenvolvimento desta etapa, é necessário ter em mãos os projetos de 
implantação e locação, estar com a área a ser trabalhada limpa e sem interferências 
 
20 
 
físicas, utilizar instrumentos de medição adequados a esta atividade, como trena de 
aço, mangueira de nível, estações totais etc. 
É necessário utilizar os seguintes materiais: tábuas de 1” de espessura e 20 a 30cm de 
largura, pontaletes de madeira de 7x7cm, linhas, pregos, arames, lápis, tinta, pincel, 
martelo, marreta, piquetes. 
Para materializar-se a locação da obra, utiliza-se o procedimento de execução de 
tábuas niveladas fixadas em pontaletes bem fixados ao solo, ao longo da periferia da 
obra. Esta estrutura de madeira para viabilizar a locação recebe o nome de “gabarito”, 
“curral”, “tabela”. 
É recomendável que se deixe sempre que possível uma faixa de pelo menos um metro 
entre a locação e as escavações para a execução dos elementos das fundações. Para a 
marcação dos alinhamentos de paredes e bases, de acordo com o projeto, é utilizado o 
recurso de linhas esticadas e presas em pregos, correspondentes aos eixos 
ligados em cada lado do gabarito. 
 
 
 
 
Figura 12: Locação da Obra 
Fonte: SENAI, 2012. 
 
 
2.4 INFRAESTRUTURA 
 
Nesta etapa são construídas as estruturas que irão dar a sustentação à edificação. São 
consideradas como infraestrutura as fundações, elementos estruturais que têm a 
 
21 
 
finalidade de suportar e transmitir aos solos as cargas oriundas do seu peso próprio e 
as das cargas acidentais. 
Existem, como veremos a seguir, vários tipos de fundações, e entre tantas opções a 
escolha será definida através da determinação das cargas incidentes no solo e também 
do conhecimento das características do terreno que irá receber estes esforços. 
As sondagens permitem que se obtenham importantes informações a respeito do solo, 
tipos, características, resistências, que irão respaldar a escolha da fundação mais 
compatível de acordo com a pesquisa realizada. 
Podemos distinguir dois grandes grupos de fundação: 
• Fundações diretas, rasas, ou superficiais; 
• Fundações indiretas ou profundas. 
 
2.4.1Fundações Diretas 
 
Nas fundações diretas, as cargas atuantes são transferidas ao solo diretamente pela 
fundação, dividem-se em: 
• Sapata corrida ou contínua, simples; 
• Sapata corrida ou contínua, armada; 
• Sapata isolada; 
• Radier; 
• Vigas de Fundação. 
 
-Sapata Corrida ou Contínua, Simples 
Utiliza-se este tipo de fundação quando o terreno apresenta uma resistência satisfatória 
a uma profundidade inferior a 1,0 m de altura. Utilizam-se blocos de alvenaria 
assentados em formato de degraus com uma inclinação de 45º. A sua execução prevê 
adoção das seguintes etapas: 
Escavação para preparação e assentamento dos blocos de alvenaria; 
Nivelamentoe compactação do fundo da cava; 
Lastro de concreto com aproximadamente 5,0 cm de espessura a fim de fazer-se a 
regularização do solo; 
Assentamento dos tijolos constituintes deste tipo de sapata; 
Execução de cinta com a finalidade de possibilitar uma melhor distribuição das cargas; 
Impermeabilização com a função de criar uma estanqueidade evitando infiltração nas 
paredes e pisos. 
 
 
22 
 
-Sapata Corrida ou Contínua, Armada 
É indicada quando a camada do terreno resistente está a pouca profundidade, porém 
superior a 1,0m. Este tipo de fundação utiliza armadura e tem por característica a 
resistência à flexão. 
 
 
 
 
Figura 13: Sapata corrida armada 
Fonte: SENAI, 2012. 
 
-Sapata Isolada 
Utiliza-se este tipo de fundação quando o terreno tem uma boa resistência, sendo pouco 
exigida, em razão de ser pequena, a carga transmitida ao solo. Elas podem ter 
armaduras (armadas) ou não (simples). Tem o formato de tronco de pirâmide onde se 
apoiam as vigas baldrames. 
 
 
Figura 14: Sapata isolada 
Fonte: SENAI, 2012. 
 
23 
 
-Radier: 
É recomendada a utilização deste tipo de fundação quando a camada de solo é 
relativamente profunda e de baixa resistência. Esta estrutura se assemelha a uma laje 
de concreto armado, com armadura dupla nas duas direções, buscando-se que a 
distribuição das cargas se dê da forma mais uniforme possível. 
 
-Vigas de Fundação: 
São vigas de seção quadrada, retangular ou trapezoidal, que recebem em um mesmo 
alinhamento os pilares da estrutura. 
A ABNT NBR 6122:2010, que tem como título Projeto e Execução de Fundações, fixa 
os requisitos a serem observados no projeto e execução de todas as estruturas da 
engenharia civil. 
Listamos, a seguir, alguns dos equipamentos, materiais e ferramentas mais utilizados 
na execução das fundações diretas: 
- colher de pedreiro; 
- linha de náilon; 
- lápis de carpinteiro; 
- desempenadeira de madeira; 
- trena metálica de 30m; 
- esquadro metálico de carpinteiro; 
- nível de mangueira ou aparelho de nível a laser; 
- martelo; 
- serrote; 
- pá; 
- carrinho de mão; 
- soquete ou compactador mecânico tipo sapo. 
 
Na execução das fundações, deve-se ter toda a atenção com os procedimentos que 
envolvem esta etapa. Tomemos, como exemplo, a construção de fundações diretas de 
uma sapata. Devem-se adotar os seguintes passos: 
• Escavação para implantação da sapata, com uma altura mínima de 70 cm para apoio da 
fundação; 
• Regularização e compactação da cava da fundação; 
• Molhar bastante o fundo da cava; 
• Lançamento de lastro de concreto simples, com uma espessura média de 5cm; 
• Execução e colocação das formas da base da sapata; 
• Definição da altura do toco do pilar e do ângulo de inclinação das laterais da sapata; 
 
24 
 
• Execução e colocação da armação da fundação; 
• Concretagem da peça estrutural (fundação). 
 
2.4.2 Fundações Indiretas ou profundas 
 
São fundações que buscam suporte de resistência a maiores profundidades, além 
daquelas que se optaria pela utilização das fundações rasas ou superficiais. Estas 
fundações apresentam como característica as dimensões do seu comprimento bem 
maiores do que as da sua seção. São exemplos deste tipo de fundação as estacas e os 
tubulões, dos quais destacamos: 
• Estacas de concreto pré-moldadas; 
• Estacas de madeira; 
• Estacas metálicas; 
• Estacas Strauss; 
• Estacas Franki; 
• Tubulões a céu aberto. 
 
- Estacas de concreto pré – moldadas: 
São estruturas de concreto armado construídas no próprio canteiro de obras ou 
adquiridas de fabricantes. Possuem, na maioria das vezes, seções quadradas com 
variação de 20 a 40 cm, podendo atingir 15 m de profundidade. São cravados no solo 
através da percussão com auxílio de um bate-estaca, utilizando um peso que é liberado 
sobre a estaca, fincando-a verticalmente ao solo até que seja atingida a nega, ou seja, a 
resistência procurada no terreno. 
 
 
Figura 15: Estacas de concreto pré-moldadas 
Fonte: SENAI, 2013. 
 
25 
 
 
-Estacas de madeira: 
São estruturas de madeira de lei, usadas em obras que requerem baixa solicitação. 
Tem o seu cravamento no solo obedecendo a processo semelhante ao que ocorre com 
as estacas de concreto. Podem chegar a 8,0 m de profundidade; a cabeça da estaca 
durante o fincamento deve ter uma proteção para se evitar danos à peça. 
 
-Estacas metálicas: 
São cravadas no solo seguindo o mesmo processo das estacas de concreto. Atingem 
profundidades maiores pela facilidade e segurança das emendas. Estas peças são 
resistentes à corrosão, sendo geralmente usadas trilhos e perfis I. 
 
-Estacas Strauss: 
Estaca moldada no local, que tem execução simples: inicialmente, perfura-se o solo 
com o auxílio de um trado, obtendo-se uma escavação que poderá ter um diâmetro 
variando de 15 a 25 cm e profundidade atingindo cerca de 4,0 m. Coloca-se, então, a 
armação longitudinal, iniciando-se a concretagem até o nível estipulado. 
 
-Estacas Franki: 
Esta fundação é desenvolvida com a utilização de um tubo para revestimento da 
perfuração (encamisamento). Faz-se então uma bucha com concreto quase seco que é 
colocado na extremidade em contato com o solo, sendo o mesmo socado por ação de 
um pilão introduzido no tubo, provocando a penetração desta massa de concreto e do 
tubo até atingir-se a nega, ou seja, a resistência procurada no terreno. A partir disso, 
coloca-se a armadura para, em seguida, lançar-se o concreto, retirando-se o tubo de 
revestimento. 
Provoca-se a expansão do concreto, através da sua vibração, eliminando os vazios, 
fazendo com que esta massa ocupe todo o volume perfurado. As estacas Franki podem 
recepcionar cargas de até 100 t e ter diâmetros que variam em média de 30 a 60 cm. 
 
-Tubulões a céu aberto: 
São obtidos através da abertura de poços feitos manualmente ou através de 
equipamentos mecânicos como as perfuratrizes. Esta perfuração no solo avança até 
atingir-se a profundidade estipulada em projeto e/ou a resistência pretendida, podendo 
ter na sua extremidade a base alargada ou não. 
 
26 
 
Esta fundação tem o seu diâmetro variando a partir de 60 cm, podendo chegar a 
profundidades superiores a 10m. Na próxima etapa, são colocadas as armaduras e, 
posteriormente, a concretagem. 
 
 
Figura 16: Tubulões a céu aberto 
Fonte: SENAI, 2012. 
 
Quando há a presença de água e tem-se a necessidade de escavar para fazer a 
fundação por tubulão, utiliza-se a estratégia de fazer a escavação de tubulão a ar 
comprimido, que é uma técnica que utiliza uma campânula e injeção de ar para expulsar 
a água que está no solo, durante as escavações. 
Este procedimento é perigoso e requer muito cuidado na sua operação. Você poderá 
obter mais informações sobre tubulões a ar comprimido através da norma 
regulamentadora nº 15 do Ministério do Trabalho - NR 15. 
 
Na execução de uma fundação a exemplo do que ocorre também com outras etapas 
construtivas, existem fatores de riscos e perigos inerentes a estes serviços. 
Analisaremos as ameaças que rondam os serviços de escavação manual e as medidas 
preventivas que devem ser adotadas para fazer frente a estas ameaças aos 
trabalhadores. 
Riscos de Acidentes – desabamento de terra, soterramento, queda de pessoas, golpes 
por ferramentas e equipamentos, queda de objetos, exposição à luz solar, 
Riscos à Saúde – exposição à luz solar, poeiras. 
 
27 
 
Danos gerados pelos riscos de acidentes – politraumatismos, ferimentos, contusões, 
asfixia, morte. 
Danos gerados pelos riscos à saúde – fadiga, desidratação, queimadura, câncer de 
pele, problemas respiratórios.Medidas preventivas a serem adotadas no canteiro de obras – manter o local de 
trabalho organizado, circulação livre e desimpedida, utilização de sinalização de 
segurança, adequada utilização de ferramentas diversas, manutenção de ordem e 
limpeza no canteiro de obras, manutenção dos trabalhadores hidratados, utilização de 
protetores solares, pausa para descanso em locais cobertos. 
Na implantação de medidas preventivas é imprescindível o uso de EPI – Equipamentos 
de Proteção individual, e de EPC – Equipamento de Proteção Coletivo. 
EPI: botina de vaqueta, capacete de segurança, luva de raspa, máscara descartável 
para poeiras. 
EPC: utilização de escoramentos diversos a fim de garantir proteção aos trabalhadores 
contra desabamentos. 
 
A verificação e aceitação dos serviços acontecem através do acompanhamento destes 
trabalhos buscando-se identificar não conformidades nos materiais envolvidos e/ou na 
execução dos serviços para a sua correção se necessário. Uma vez que tenha esta 
etapa construtiva atendida às diretrizes do projeto específico em consonância com as 
normas da ABNT, pode-se então dar-se como concluído e aceito estes serviços. 
 
2.5 SUPERESTRUTURA 
 
A estrutura de uma edificação se divide em superestrutura e infraestrutura. A 
infraestrutura teve seus elementos discutidos no capítulo IV. Abordaremos a 
superestrutura a partir dos seus elementos: pilares, vigas e lajes, que têm a finalidade 
de absorver e distribuir todos os esforços atuantes na construção, ou seja, as cargas 
permanentes e acidentais, transmitindo-as para as fundações. 
Uma edifícação deve ser capaz de suportar as cargas verticais e horizontais atuantes. 
As cargas verticais são aquelas originadas dos próprios pesos dos elementos 
constituintes do imóvel (cargas permanentes) e também daquelas resultantes de ações 
váriáveis ou cargas acidentais, que são aquelas resultantes de carregamentos móveis, 
como veículos. 
 
28 
 
 As cargas horizontais também podem ser originadas de cargas permanentes e 
variáveis. Tomamos como exemplo de carga permanente horizontal aquelas originadas 
dos empuxos de terra e, para exemplo de carga horizontal variável, aquelas resultantes 
da ação dos ventos. 
Vamos, então, falar agora de cada um dos elementos que compõe a superestrutura, 
discorrendo inicialmente sobre pilares. 
2.5.1 Pilares 
 
Elemento estrutural vertical, suporte de vigas e lajes, das quais recebem geralmente as 
cargas de compressão, transmitindo-as para as fundações. Os pilares têm, em geral, a 
forma linear e seção transversal constante, que se estende até o encontro com a 
fundação, onde estarão engastados. Os pilares são comumente executados em 
concreto armado, que são compostos de concreto simples e de aço. O concreto simples 
tem como propriedade ter significativa resistência à compressão, enquanto o aço 
apresenta considerável resistência à compressão e à tração. 
Os pilares de concreto armado são, do ponto de vista construtivo, constituídos de 
concreto simples, armaduras longitudinais e pelos estribos. As armaduras longitudinais 
têm a função de conferir resistência ao pilar, e os estribos de “conter” as armaduras 
longitudinais mantendo-as lineares, evitando que se deformem. 
O seu processo construtivo requer o emprego de formas, geralmente de madeiras, que 
são niveladas na devida posição que deverá assumir o pilar, envolvendo as armaduras 
longitudinais e transversais (estribos) em seu interior. Posteriormente vem a etapa de 
lançamento do concreto, ou concretagem, para que, decorrido o tempo de 
endurecimento e hidratação do concreto, sejam retiradas as formas e o seu 
escoramento. 
 
Figura 17: Pilares de concreto armado 
Fonte: SENAI, 2013. 
 
 
29 
 
2.5.2 Vigas 
 
As vigas, por sua vez, além do peso próprio e das cargas das lajes, recebem também 
as cargas das paredes que estão nelas apoiadas e das cargas vindas de outras vigas 
que interagem neste sistema, transferindo todos esses esforços para os pilares em que 
estas vigas estão apoiadas. As vigas têm a importante função de suportar as lajes e a 
maioria das cargas provenientes de elementos não estruturais, como paredes divisórias 
e de fechamento, bem como cargas de outras vigas que nelas se apoiem. 
A relação matemática entre as dimensões da largura e altura da sua seção deverá ser 
igual ou menor a cinco. 
 
Figura 18: Viga de concreto armado 
Fonte: SENAI, 2013. 
 
2.5.3 Lajes 
 
As lajes são elementos estruturais planos e laminares, submetidos a forças ortogonais 
ao seu plano. Elas formam os pisos e coberturas das construções e incidem 
diretamente sobre elas as cargas permanentes e as acidentais. Segundo a NBR 
6118/2003, um elemento estrutural será considerado uma laje se a altura da seção for 
inferior a cinco vezes a sua largura. Com relação a sua execução, elas podem ser pré-
moldadas ou moldadas no local, sendo de concreto armado ou protendido. Quanto ao 
tipo, podemos classificá-las em maciças, nervuradas, mistas ou cogumelos. Vejamos 
cada caso: 
 
30 
 
• Lajes maciças ou moldadas no local – são produzidas na obra utilizando-se formas, 
geralmente de madeiras, onde será lançado o concreto que, juntamente com a 
armadura, constituirá a laje maciça de concreto armado. 
Lajes nervuradas – são formadas de nervuras. Um conjunto de vigas é concretado 
junto com uma laje superior e outra inferior. 
• Lajes mistas – são compostas por uma combinação de chapa de aço perfilada, que 
serve de base para receber o concreto onde já está colocada uma armadura. Após 
endurecimento e cura do concreto, teremos estes elementos constitutivos formando 
uma peça estrutural única. 
• Lajes cogumelos – se apoiam diretamente nos pilares e, para evitar-se danos neste 
ponto na laje devido à concentração pontual da carga, é recomendável aumentar e 
reforçar a área de contato entre a laje e o pilar. 
 
Considerando-se as condições de interação da laje com outros elementos¸ através dos 
seus vínculos, elas podem ser apoiadas, engastadas e com bordos livres. 
As lajes se apoiam em elementos lineares, que são tratados como “barras”, que têm 
seção transversal com dimensões denominadas “largura” e “altura” e se caracterizam, 
principalmente, pelo comportamento à flexão. Esses elementos de barra recebem a 
denominação de vigas. 
Com tudo o que foi indicado até aqui neste capítulo relativo a superestruturas, chega-se 
à conclusão de que as cargas verticais são transmitidas às vigas pelas lajes e estas as 
distribuem aos pilares que, por sua vez, as transferem às fundações ou em vigas. 
Os elementos lajes, vigas e pilares formam uma estrutura tridimensional monolítica. 
 
 
Figura 19: Sistema de laje, viga e pilar 
Fonte: MORGUEFILE 
 
 
31 
 
2.6 VEDAÇÕES 
 
Vamos neste capítulo fazer uma abordagem sobre a vedação vertical, que é um 
subsistema da edificação formado por elementos que dividem e definem o imóvel e os 
seus espaços interiores. Tem como elementos constituintes: 
 
• Vedo – elemento que assegura a vedação vertical (paredes, divisórias); 
• Esquadria – permite ou não o acesso aos ambientes; 
• Revestimento – elemento decorativo e de proteção à vedação; 
 
A vedação vertical tem inúmeras funções na edificação, conforme veremos a seguir: 
• Define verticalmente os ambientes, criando compartimentos internos; 
• Protege a edificação da ação dos agentes atuantes como calor, frio, chuva, umidade, 
ruídos, intrusos; 
• Possibilita condições favoráveis a habitação; 
• Atua como elemento de suporte e proteção para as instalações embutidas (elétrica, 
hidráulica, etc.) 
 
Este subsistema tem, como já vimos, por elementos constituintes, além do vedo 
(elementode vedação), as esquadrias e os revestimentos, gerando estes dois últimos 
consideráveis recursos financeiros, fazendo com que a vedação vertical represente de 
10% a 20% do custo do edifício. 
Podemos classificar as vedações verticais segundo diferentes aspectos conforme 
veremos a seguir: 
1. Quanto à posição no edifício:- 
• Externas – refere-se à fachada do edifício, em que as faces desta estrutura estão em 
contato com o meio ambiente. 
 
• Internas – correspondem às divisórias, divididas em compartimentação (divisão interna) 
e separação, ou seja, divisórias entre unidades, e entre estas e a área comum da 
edificação. 
 
 
32 
 
 
Figura 20: Vedações internas 
Fonte: SENAI, 2013. 
 
2. Quanto à técnica de execução: 
• Por conformação – vedações executadas a partir de moldagem a úmido no local. 
Utilizam materiais que necessitam de água para obter plasticidade. 
Citamos como exemplo a alvenaria de bloco de concreto comum, de blocos cerâmicos. 
• Por acoplamento a seco, utiliza a técnica de execução de vedações através de 
materiais sem a utilização de água, também conhecida internacionalmente como “Dry 
Construction”, por exemplo Dry Wall. 
 
3. Quanto à estruturação: 
• Auto – suporte – não necessita de estruturas complementares para a sua sustentação. 
São também conhecidas como autoportantes. Exemplos deste tipo de vedação são as 
alvenarias convencionais. 
• Estruturada – necessita de uma estrutura auxiliar para dar suporte à vedação. Exemplo: 
gesso acartonado. 
 
4. Quanto à densidade superficial: 
• Leve – apresentam baixa densidade com limite variando entre 60 kg/m² e 100 kg/m². 
Não tem função estrutural, como a fachada de esquadrias de vidro, por exemplo; 
• Pesada – vedação que tem densidade superficial acima do limite convencionado. 
Podem ter ou não função estrutural, como painéis de concreto. 
 
Já definimos o que é vedação vertical, e abordamos sobre a sua classificação, vista sob 
variados aspectos. Vamos agora indicar os principais tipos de vedos verticais que 
são as paredes e as divisórias. 
 
33 
 
• Paredes – é o tipo mais comum de vedação vertical, são autoportantes, fixas, 
monolíticas, moldadas no local, são pesadas. Exemplos: alvenaria, concreto maciço. 
• Divisórias – São elementos utilizados no interior do imóvel, têm a função de dividir o 
ambiente, são geralmente leves, montam-se e desmontam-se com facilidade. 
Exemplos: gesso acartonado, chapas de compensado em HDF ou MDF, vidro. 
• Painéis pesados – são modulares, auto suporte, são obtidos por acoplamento a seco 
ou úmido de placas pré-moldadas. 
• Leves de fachada: são vedações exteriores leves, moduladas, obtidas por acoplamento 
a seco de placas, telhas, painéis sanduíche. São transportadas com equipamento 
manual. 
 
As vedações em fachada, que é um tipo de vedação leve de fachada, são sustentadas 
por estrutura própria, são compostas de placas metálicas, placas cerâmicas, placas de 
vidro dentre outras. 
As paredes podem ser classificadas em alvenaria e maciças. As alvenarias podem ser, 
quanto ao seu elemento constitutivo em paredes, de: bloco de concreto, bloco cerâmico, 
bloco sílico-calcário, bloco de concreto celular, bloco de solo cimento, pedra entre 
outros. As paredes de alvenaria apresentam inúmeros benefícios sobre os outros tipos, 
o que termina fazendo com que seu uso se dê em larga escala. Citamos alguns deles: 
facilidade de execução, facilidade e baixo custo de produção dos seus componentes, 
durabilidade, melhor relação custo-benefício. 
 
 
Figura 21: Paredes de alvenaria 
Fonte: SENAI, 2012. 
 
As paredes maciças podem ser de: solo cimento, concreto, concreto celular, entre 
outros. As paredes, quanto a sua função, podem ainda ser divididas em: 
 
34 
 
• Parede Estrutural: tem funções estruturais; 
• Parede de contraventamento: tem função estrutural de contraventamento de uma 
estrutura reticulada; 
• Parede de vedação: não tem função estrutural, é dimensionada apenas para suportar o 
próprio peso. 
As divisórias são elementos de vedação, são peças leves, sua obtenção se dá por 
acoplamento a seco através de placas. Elas possuem estrutura reticular, podem ser 
desmontáveis e monolíticas. De acordo com os tipos elas se classificam em: 
• Moduladas: tem usualmente o seu emprego em compartimentação de ambientes em 
prédios comerciais. Utiliza painéis de placas de madeira reconstituída como material. 
• Drywall ou gesso acartonado: são divisórias fixas ou removíveis, que têm a função de 
compartimentar e de separar. 
 
 
Figura 22: Divisórias em Drywall 
Fonte: SENAI, 2013 
 
• Placas de cimento: são fixas ou removíveis. São empregadas diversos tipos de placas, 
aglomeradas com cimento, com espessura menor que 2,5 cm. 
 
A vedação vertical possui interface com vários outros subsistemas do edifício, como a 
estrutura, as instalações, as vedações horizontais, impermeabilizações, entre outros. 
 
 
35 
 
 2.7 INSTALAÇÕES 
 
As instalações fazem parte das etapas de uma obra através dos seus condutores nas 
tarefas de suprimento e coleta. Destacaremos, neste capítulo, as instalações elétricas e 
hidráulicas (com ênfase para instalações de água fria e esgoto). 
 
2.7.1Instalações elétricas 
 
A execução de uma instalação elétrica deverá ser orientada por um projeto específico, 
evitando-se, desta forma, prejuízos futuros por fuga de energia ou até pela possibilidade 
de subdimensionamento dos seus componentes, gerando curto- circuitos geradores de 
incêndio. 
Trataremos aqui das instalações de baixa tensão, responsáveis pelo suprimento de 
residências. O suprimento de energia elétrica se dá através da captação na rede pública 
(do poste) por um ramal de ligação até o quadro de medição de consumo e, a partir 
disso, o fluxo de energia, através de condutores segue até o quadro geral de 
distribuição na residência que, através dos circuitos de distribuição, irá fazer a 
“alimentação” de energia em toda a unidade residencial. 
De acordo com a quantidade de consumo, a tensão fornecida pela concessionária 
poderá ser: monofásica, bifásica ou trifásica. 
• Monofásica: alimentada por dois condutores, uma fase e um neutro, que liberam uma 
tensão de 127 V; 
• Bifásico: a instalação é alimentada por três condutores, 2 fases e um neutro, que 
liberam uma tensão de 220 V (ligação envolvendo duas fases) e uma tensão de 127 V 
(ligação envolvendo uma fase e um neutro). 
• Trifásico: alimentada por quatro condutores, constituída de três fases e um neutro, que 
liberam uma tensão de 380 V (ligação envolvendo três fases) e uma tensão de 220 V 
(ligação envolvendo duas fases) e 127 V (ligação envolvendo uma fase e um neutro). 
Em uma instalação elétrica residencial, encontraremos diversos dispositivos e materiais 
que constituem o sistema e garantem o seu perfeito funcionamento. 
 
Dispositivos: 
- Disjuntores; 
- Interruptores; 
- Tomada universal de dois polos (fase e neutro); 
-Tomada de três polos (fase, neutro e terra); 
 
36 
 
- Conjuntos de interruptor e tomada; 
- Quadro de disjuntores com barramento (quadro geral); 
- Local para lâmpada; 
-Lâmpadas. 
 
Materiais: 
-Caixa de passagem (2x4 e 4x4, em polegadas); 
-Caixa de passagem octogonal (3x3 e 4x4, em polegadas); 
- Eletrodutos rígidos e flexíveis (corrugados); 
-Fios rígidos e flexíveis; 
-Fita isolante. 
 
Os condutores ou fios são apresentados em diversas cores com a intenção de facilitar a 
identificação dos circuitos. Destacaremos os fios nas cores: 
• Preto e vermelho – identifica os condutores fase 
• Azul – identifica a ligação terra 
• Verde – identifica os condutoresAs caixas de passagem, quando embutidas em alvenaria, devem obedecer a alguns 
procedimentos: as caixas devem estar no prumo e ter-se cuidado para que não haja 
diminuição da sua seção. Importante observar a compatibilização da caixa com o 
revestimento para que fiquem alinhadas. 
A instalação de caixas de passagem e eletrodutos em estruturas que receberão 
concretos requer todo cuidado para que não sejam danificadas as suas peças e 
tampouco as suas ligações pela movimentação de equipamentos, de pessoas, do 
lançamento de concreto, e do adensamento deste material. Os eletrodutos rígidos são 
os mais indicados. 
 
A instalação aparente é visível, diferentemente do que acontece nas instalações 
embutidas na alvenaria e no concreto. As caixas de passagem e eletrodutos são fixados 
por meio de parafusos, buchas e abraçadeiras. 
Nas instalações enterradas, alguns procedimentos e cuidados devem ser seguidos: 
• As caixas de passagem em alvenaria ou de outro material não devem permitir a 
passagem de água; 
• A profundidade dependerá da intensidade de tráfego no local; 
• Antes de fazer-se o aterro das valas é conveniente cobrir-se a tubulação com uma 
camada de areia; 
 
37 
 
• Utilizar terra para preenchimento das valas sem a presença de pedras e restos de 
materiais; 
• A compactação deste material de aterro deve ser feito com critério, a fim de não criar 
danos ao material assentado. 
 
Listamos, a seguir, algumas das normas técnicas da ABNT que fixam diretrizes para 
execução e controle de instalações elétricas: 
Código Título Data Status 
ABNT NBR 15465:2008 
Sistemas de eletrodutos plásticos para 
instalações elétricas de baixa tensão - 
Requisitos de desempenho 
 
04/08/2008 Em Vigor 
ABNT NBR 5431:2008 
Caixas e invólucros para acessórios elétricos 
para instalações elétricas fixas domésticas e 
análogas - Dimensões 
21/04/2008 Em Vigor 
ABNT NBR 5410:2004 
Errata 1:2008 
Instalações elétricas de baixa tensão 17/03/2008 Em Vigor 
ABNT NBR IEC 60670-
1:2005 
Caixas e invólucros para acessórios elétricos 
para instalações elétricas fixas domésticas e 
análogas 
Parte 1: Requisitos gerais 
29/04/2005 Em Vigor 
ABNT NBR 5410:2004 
Versão Corrigida:2008 
Instalações elétricas de baixa tensão 30/09/2004 Em Vigor 
ABNT NBR 5444:1989 
Símbolos gráficos para instalações elétricas 
prediais 
28/02/1989 Em Vigor 
ABNT NBR IEC 60947-
7-1:2004 
Dispositivos de manobra e controle de baixa 
tensão 
Parte 7: Dispositivos auxiliares - Seção 1: 
Conectores elétricos para condutores elétricos 
de cobre 
30/11/2004 Em Vigor 
ABNT NBR NM 60669-
1:2004 
Interruptores para instalação elétricas fixas 
domésticas e análogas 
Parte 1: Requisitos gerais (IEC 60669-1:2000, 
MOD) 
29/10/2004 Em Vigor 
ABNT NBR 13571:1996 
Haste de aterramento aço-cobreada e acessórios 
- Especificação 
28/02/1996 Em Vigor 
ABNT NBR 12483:1992 Chuveiros elétricos - Padronização 30/04/1992 Em Vigor 
 
 
 
 
38 
 
2.7.2 Instalações hidráulicas 
 
Para elaborar um projeto de instalações hidráulicas é preciso que se tenha uma série de 
informações necessárias ao seu dimensionamento e, para isto, é imprescindível 
conhecer: tipos de pontos de consumo – torneiras, vasos sanitários, lavatórios, 
chuveiros, tipo, comprimento e diâmetro das tubulações; quantidade e tipos de 
conexões; registros de comando e cálculo estimativo de consumos diário de água em l/d 
(litros por dia) por pessoa. 
 
2.7.2.1 Instalação hidráulica de água fria 
 
É um sistema formado de tubulações e demais acessórios com a função de captar a 
água da rede pública, conduzi-la até o interior da residência, fazendo a sua distribuição 
até os pontos de utilização e de consumo. 
O sistema pode ser direto, indireto e misto. 
• Direto: a água é captada, conduzida e distribuída diretamente da rede pública. 
• Indireto: a água vinda da rede pública abastece um reservatório superior, e então é 
distribuída por toda a residência. Quando não há pressão suficiente para a água chegar 
até aquele reservatório, abastece-se um reservatório inferior e, através de 
bombeamento, faz-se esta água chegar até o reservatório superior. 
• Misto: quando acontecem as duas situações descritas nos sistema anteriores, ou seja, 
parte da alimentação é distribuída diretamente da rede pública e parte pelo reservatório 
superior. 
A distribuição de água do reservatório até o ponto de consumo ou de utilização se dá 
através dos seguintes componentes da instalação: 
• Ramal predial: tubulação condutora da água da rede pública para o imóvel. 
• Colar ou barrilete: tubulação horizontal interligada ao reservatório que alimenta as 
colunas de distribuição. 
• Colunas de distribuição: tubulação vertical interligada ao barrilete e que alimenta os 
ramais. 
• Ramais: tubulação interligada à coluna de distribuição e que alimenta os sub-ramais. 
• Sub-ramais: tubulação que interliga o ramal à peça de utilização. 
 
 
39 
 
 
Figura 23: Captação e distribuição de água em uma residência 
Fonte: SENAI, 2013. 
 
Em uma instalação hidráulica residencial, manuseia-se uma quantidade muito grande 
de tubos, conexões, registros de gaveta, registros de pressão, torneiras, válvulas de 
fluxo e torneiras de boia. 
Nas instalações residenciais é comum o uso dos produtos em PVC com diâmetros 
diversos, com pontas e bolsas soldáveis com adesivos apropriados ou rosqueados. 
A utilização de tubos PVC tem apresentado vantagens que validam a preferência do seu 
uso em instalações residenciais: 
 
• Simples instalação; 
• Fácil manuseio e transporte; 
• Resistente à pressão; 
• Grande durabilidade; 
• Menor perda de carga; 
• Baixo custo. 
 
As tubulações PVC são facilmente encontradas no mercado e em variados tipos. Para 
as instalações prediais, há duas linhas que se destacam: 
• Linha hidráulica – condutora de água fria, está submetida à pressão, sendo usual o 
emprego de adesivo específico; nos terminais de consumo, utiliza-se conexão soldável 
e com rosca interligando os elementos de condução e de consumo. 
 
 
40 
 
 
Figura 24: Tubos e Conexões em PVC para Água Fria 
Fonte: SENAI, 2013. 
 
 
• Linha Sanitária – para condução de esgoto, ventilação e captação de água pluvial, está 
submetida à pressão atmosférica, não sendo obrigatório o uso de adesivos. São 
utilizadas nas ligações anéis de vedação. 
 
 
Figura 25: Tubos, conexões e caixas para esgoto 
Fonte: SENAI, 2013. 
 
2.7.2.2 Instalações sanitárias - Esgotos 
 
Sistema formado por tubulações, aparelhos e demais acessórios com a função de 
captar e conduzir os despejos (águas residuárias) de um imóvel. 
Estes despejos são chamados de água imunda, quando, além de água, contém ainda 
material fecal e urina. São chamados de águas servidas quando são originários de 
processos de lavagem e limpeza. 
Este sistema tem como componentes: 
 
• Tubulação primária: tem a presença dos gases vindos da rede pública ou dos 
dispositivos de tratamento; 
 
41 
 
• Tubulação secundária: tem um desconector que protege dos gases; 
• Ramal de descarga: tubulação que recebe diretamente os despejos dos aparelhos 
sanitários; 
• Ramal de esgoto: recebe os despejos dos ramais de descarga; 
• Tubo de queda (TQ): usado em edifícios, tubulação vertical que recebe os despejos dos 
ramais de esgoto; 
• Caixa de gordura (CG): caixa receptora de gorduras; 
• Ralo seco (Rs): caixa dotada de grelha na parte superior, tem a função de captar as 
águas de lavagem de pisos ou de chuveiros; 
• Ralo sifonado ou caixa sifonada (cs): tem a função de captar as águas de lavagens de 
pisos e despejos de aparelhos sanitários, com exceção dos vasossanitários; 
• Caixa de passagem (CP) ou caixa de inspeção (CI): possibilita a inspeção e 
desobstrução de canalizações. 
• Coluna de ventilação (CV) – tubulação com a finalidade de conduzir os gases até a 
atmosfera, acima da cobertura do imóvel. 
 
 
Figura 26: Sistema de esgoto em uma residência 
Fonte: SENAI, 2013. 
 
 2.8 ESQUADRIAS E FERRAGENS 
 
Os elementos utilizados para vedação na abertura das alvenarias das edificações 
chamam-se esquadrias. Nesta fase da obra, acontece a fixação dos batentes 
(guarnições) de portas, portões, janelas, venezianas etc. 
Esta etapa é uma das mais importantes por ter a função de comunicação entre o interior 
e o exterior da residência, tendo um custo significativo nas obras, podendo variar de 9 a 
18% do total gasto em uma edificação. 
 
42 
 
Existem no mercado diversos tipos de esquadrias atendendo aos mais variados gostos 
estéticos e disponibilidades financeiras. Basicamente dividem-se em dois grandes tipos: 
as esquadrias prontas e as feitas sob medida de acordo com o projeto. 
Os tipos de esquadrias são também resultantes do tipo de aberturas adotadas, dos vãos 
onde serão assentadas. Estão também relacionados aos materiais utilizados na sua 
fabricação. Registramos, a seguir, alguns tipos de esquadrias. 
2.8.1 Quanto ao movimento de abertura: 
 
-De abrir: 
Portas e janelas abrem-se para dentro ou para fora, com movimentos liberados através 
de dobradiças ou de pivôs. 
 
Figura 27: Porta de abrir 
Fonte: SENAI, 2013. 
 
-De correr: 
As portas e janelas deslizam as suas folhas sobre trilhos, onde movimentam-se 
apoiadas ou penduradas (no chão ou no teto). 
 
43 
 
-De guilhotina: 
Neste tipo de janela o movimento ocorre por deslocamento vertical das folhas móveis, 
podendo escolher-se que uma das folhas permaneça fixa em cima ou em baixo. 
-Basculante: 
Apresenta uma ou mais folhas móveis através de rotação em torno de um eixo 
horizontal, pode ser janela basculante ou portão basculante, muito usados em 
garagens. 
-Maxim-Ar: 
Tem o movimento de abertura semelhante à basculante, no entanto neste caso toda a 
sua folha se projeta para fora do ambiente e não parcialmente como no caso anterior. É 
muito comum a sua fabricação utilizando-se o alumínio. 
 
Figura 28: Maxim-Ar 
Fonte: SENAI, 2013. 
 
-Camarão: 
Também conhecidas como sanfonadas, apresentam movimento em que as suas folhas 
vão simultaneamente correndo e dobrando, permitindo que o vão fique praticamente 
todo aberto. 
-De tombar: 
Assemelha-se ao maxim-ar invertido. 
 
44 
 
2.8.2 Quanto ao material empregado na fabricação 
 
- Alumínio: 
As esquadrias de alumínio são recomendadas para regiões litorâneas devido a sua 
resistência ao salitre marinho. São bastante utilizadas em diversos tipos de edificações. 
Podem ser encontradas prontas em casas comerciais ou feitas sob encomenda. 
 
Figura 29: Janela de alumínio 
Fonte: SENAI, 2013. 
 
-Madeira: 
As esquadrias de madeira são ainda bastante utilizadas. Alguns cuidados devem ser 
tomados na escolha deste material, dando-se preferência às madeiras de lei. As 
esquadrias de madeira devem ser tratadas com produtos contra fungos e pintadas para 
aumentar a sua proteção contra as intempéries. 
-PVC: Vem ganhando espaço no nosso mercado em razão de ser de simples 
montagem, duráveis e de fácil limpeza. Dispensam a aplicação de pinturas. 
 
45 
 
 
Figura 30: Porta de PVC 
Fonte: SENAI, 2013. 
 
-Ferro: as esquadrias que apresentam este material na sua fabricação, transmitem uma 
maior tranquilidade em relação a segurança. No entanto cuidados com a sua 
manutenção devem ser tomados principalmente em regiões litorâneas devido à ação 
agressiva da salinidade levando à oxidação (ferrugem). 
As esquadrias de ferro devem ser convenientemente tratadas antes da aplicação de 
pintura protetora anticorrosiva. 
-Vidro: este tipo de esquadria é bastante utilizado tanto nas edificações residenciais 
quanto comerciais, pela sua beleza, transparência e por facilitar a passagem da 
iluminação. Utiliza-se normalmente o vidro “temperado”, que é fabricado atendendo a 
propriedades que fazem com que, durante uma quebra, este material se fragmente em 
pequenos pedaços sem apresentar formas pontiagudas que poderiam transformar-se 
em elementos de alta periculosidade à integridade física das pessoas. 
 
46 
 
2.8.3 Quanto à função das esquadrias (destacaremos as mais importantes): 
 
-Acesso: controla o trânsito de pessoas e veículos. Sendo um elemento de segurança 
da edificação evitando ou dificultando a entrada de intrusos. 
-Isolamento: as esquadrias permitem o isolamento tanto térmico protegendo contra as 
incidências solares, bem como permite o isolamento acústico, uma vez que possibilita o 
controle com efeito de minimizar os ruídos e barulhos externos. 
-Iluminação: permite a entrada da iluminação natural, tornando o ambiente interno mais 
salubre, além de reduzir custos e recursos com a redução do uso da iluminação 
artificial. 
-Ventilação: permite a passagem e circulação do ar externo, contribuindo para a 
renovação do ar no ambiente interno da edificação. 
 Normas Técnicas Aplicáveis – A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) 
fixa orientações e procedimentos para as coberturas em relação às suas terminologias, 
requisitos e classificações, especificações, métodos de ensaios, através da: 
-ABNT NBR 10821-1:2011, Esquadrias Externas para Edificações, Parte 1- 
Terminologia 
-ABNT NBR 10821-2:2011, Esquadrias Externas para edificações, Parte 2 – Requisitos 
e Classificação. 
-ABNT NBR 10821-3:2011. Esquadrias externas para edificações. Parte 3 – Método de 
Ensaio. 
-ABNT NBR 13756:1996, Esquadrias de alumínio – Guarnição elastomérica em EPDM 
para vedação – Especificação. 
 
2.8.4 Ferragens 
 
As ferragens são os diversos acessórios que compõem as esquadrias para auxiliar na 
sua funcionalidade. Exemplo: 
 -fechaduras; 
-dobradiças; 
-puxadores; 
 -trincos; 
-maçanetas etc. 
 
 
47 
 
Equipamentos, Ferramentas e Acessórios Utilizados (no assentamento das 
esquadrias): 
-Colher de pedreiro de 8”; 
-Linha de náilon; 
-Lápis de carpinteiro; 
-Trenas de aço de 5 e 30m; 
-Régua de alumínio de 1” x 2” com 2m; 
-Mangueira de nível; 
-Nível de bolha com 35cm; 
-Prumo de face; 
-Talhadeira de 12”; 
-Marreta de 1k; 
-Martelo tipo unha; 
-Serrote; 
-Jogo de chave de fenda; 
-Furadeira elétrica portátil com brocas. 
 
Analisaremos, nesta etapa de execução de esquadrias, os fatores de riscos e perigos 
inerentes a estes serviços. Por outro lado, apontaremos medidas preventivas que 
devem ser adotadas para fazer frente a estas ameaças aos trabalhadores. 
 
Riscos de Acidentes – projeção de partículas nos olhos, queda de pessoas, queda de 
objetos, golpes no manuseio a ferramentas manuais, prensagem de mãos e dedos. 
 
Riscos à Saúde – contato com cola, levantamento e transporte de cargas. 
 
Danos gerados pelos riscos de acidentes – fraturas,ferimentos, contusões.. 
 
Danos gerados pelos riscos à saúde – dermatoses, queimaduras químicas, 
intoxicações, lesões nos membros superiores, lesões de coluna. 
 
Medidas preventivas a serem adotadas no canteiro de obras – manter o local de 
trabalho organizado, circulação livre e desimpedida, utilização de sinalização de 
segurança, adequada utilização de ferramentas diversas, guarda de ferramentas no 
cinto porta-ferramentas, uso de equipamentos de proteção contra quedas, manutenção 
de ordem e limpeza no canteiro de obras, utilização de profissionais conhecedores das 
atividades a serem desenvolvidas.48 
 
Evitar-se a presença ou circulação de pessoas não vinculadas ao serviço em áreas com 
muito ruído, realizar manutenção preventiva de máquinas e equipamentos, realizar 
exames audiométricos, ter cuidado com o asseio corporal e com a limpeza da roupa 
utilizada no trabalho. Após o término da jornada, fazer o asseio corporal com água em 
abundância. 
Na implantação de medidas preventivas, é imprescindível o uso de EPI’s – 
Equipamentos de Proteção individual. 
EPI: calçado de segurança, capacete, óculos de segurança contra impacto, luva de 
PVC, máscara descartável para vapores. 
 
A verificação e aceitação dos serviços acontecem através do acompanhamento destes 
trabalhos, buscando-se identificar não conformidades nos materiais envolvidos e/ou na 
execução dos serviços para a sua correção se necessário. Observa-se a qualidade do 
assentamento das peças e o seu perfeito funcionamento. Uma vez que esta etapa 
construtiva tenha atendido às diretrizes do projeto específico em consonância com as 
normas da ABNT, pode-se então dar como concluído e aceito estes serviços. 
 
2.9 REVESTIMENTOS 
 
Existem diversos tipos de revestimentos, alguns bem específicos usados em 
determinados ambientes que exigem tratamentos e aplicações especiais, como em 
áreas industriais, comerciais, químicas, hospitalares, navais. 
No entanto, os tipos de revestimentos mais comuns, os mais utilizados na construção 
civil, são os que empregam a argamassa, a cerâmica e pedras. Vamos, então, comentar 
um pouco sobre cada um deles. 
 
2.9.1 Revestimentos com argamassas 
 
São os revestimentos mais utilizados em obras tanto nas áreas internas quanto 
externas. Podem ser empregados em três etapas: 
 
-Chapisco: aplicado diretamente na alvenaria, com uma espessura variável de 5 a 7mm, 
tem a função de criar aderência para receber e reter a próxima camada. Utiliza na sua 
preparação o cimento e a areia média como componentes no traço de 1:3., ou seja uma 
parte de cimento e três partes de areia; 
 
 
49 
 
-Emboço: aplicação seguinte a do chapisco, com uma espessura variável de 2 a 2,5 cm, 
tem a função de regularizar a superfície, tornando-a plana. Utiliza na sua preparação o 
cimento, a cal ou arenoso e a areia. Em geral, usam-se os seguintes traços em 
volumes: 
1:2:6 (cimento, cal hidratada ou arenoso e areia média) para revestimentos externos. 
1:2:8 (cimento, cal hidratada ou arenoso e areia média) para revestimentos internos. 
 
-Reboco: última camada deste tipo de revestimento, com uma espessura de até 5 mm. 
Também chamado de revestimento fino, tem a função de dar o acabamento ao emboço 
preliminarmente executado. 
 
Os revestimentos com argamassa nem sempre se constituem das três etapas. Têm-se 
utilizado frequentemente a primeira camada através de chapisco para garantir uma boa 
aderência do revestimento na alvenaria. Quando o revestimento final se dá através de 
pintura, executa-se a terceira camada que é o reboco; já quando o revestimento final se 
dá através de, por exemplo, placas cerâmicas, a base é composta de chapisco e, 
posteriormente, a camada de emboço para, em seguida, vir o revestimento final. É cada 
vez mais frequente o uso da argamassa industrializada tanto para assentamento como 
para ser aplicada como revestimento. Alguns fatores têm determinado a crescente 
aceitação deste produto pré-fabricado, um deles é o controle de qualidade a que é 
submetido esta argamassa com a inclusão de aditivos na sua composição, a fim de 
conferir-lhe aderência, redução do aparecimento de fissuras, trabalhabilidade, 
resistência mecânica e durabilidade. 
A argamassa industrializada pode com apenas uma camada substituir o emboço. 
 
 
Figura 31: Chapisco, emboço e reboco 
Fonte: SENAI, 2012. 
 
50 
 
2.9.2 Revestimentos com cerâmicas 
 
São usados em ambientes que recebem água, também chamadas comumente de áreas 
molhadas, como áreas de serviços, cozinhas e banheiros, sendo também utilizados em 
outros locais, como em fachadas, por exemplo. 
Existe uma variedade muito grande de cerâmicas ofertadas no mercado em vários 
padrões, cores e dimensões, desde as pastilhas de 2x2 cm até as grandes peças. O 
lado que fica em contato com a argamassa de assentamento é chamado de tardoz. O 
assentamento destas peças cerâmicas se dá com o auxílio de argamassas pré- 
fabricadas chamadas argamassas colantes ou cimento colante. Este assentamento 
requer muita atenção com as juntas entre as placas que funcionam como elementos de 
absorção de movimentações térmicas e estruturais. 
 
 
Figura 32: Revestimento cerâmico 
Fonte: SENAI, 2012. 
 
 
A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) fixa orientações e procedimentos 
na execução de revestimentos. Citam-se, a seguir, alguns exemplos. 
-Revestimento de paredes externas e fachadas com placas cerâmicas e com utilização 
de argamassa colante - Procedimento NBR13755 - Data 12/1996. 
-Revestimento de paredes internas com placas cerâmicas e com utilização de 
argamassa colante - Procedimento NBR13754 - Data 12/1996. 
-Execução de piso com revestimento cerâmico NBR9817 - NB1069 - Data 05/1987. 
 
51 
 
2.9.3 Revestimento com pedras 
 
Revestimento largamente utilizado pelo seu aspecto estético. Apresentado em placas 
de várias dimensões, em cores e texturas diversas, garante ao ambiente requinte 
decorativo, aliando beleza, durabilidade e qualidade, além de economia pelo fato deste 
revestimento não necessitar de pinturas, texturas ou grafiatos. 
 
Figura 33:Revestimento com pedras naturais 
Fonte: SENAI, 2013. 
 
Funções: Os revestimentos conferem aos elementos estruturais (pilares, vigas, lajes 
etc.) ou de vedação proteção contra os efeitos nocivos do intemperismo, provocados 
pelo sol, chuva, vento, variações de umidade, maresia, além de conferir estanqueidade 
às superfícies onde foram aplicados. 
Equipamentos e ferramentas e acessórios utilizados em assentamento de argamassa 
industrializada. 
-Broxa; 
-Desempenadeira de madeira; 
-Desempenadeira dentada; 
-Lápis de carpinteiro; 
-Régua de Alumínio de1”x 2” com 2m; 
-Esquadro de alumínio; 
-Mangueira de nível ou aparelho nível a laser; 
-Prumo de face de cordel; 
-Caixote para argamassa; 
-Vassoura de piaçaba; 
-Escova de aço; 
 
52 
 
-Cavaletes para andaimes; 
-Carrinho de mão; 
-Guincho; 
-Cantoneiras de alumínio para cantos vivos; 
-Desempenadeiras de canto V de quina; 
-Padiola; 
-Argamassadeira ou betoneira; 
-Silo. 
 
Assim como nas demais etapas construtivas, também na execução de revestimentos 
existem fatores de riscos e perigos que podem levar o trabalhador a se acidentar. 
Medidas preventivas podem e devem ser tomadas a fim de minimizar estas 
possibilidades prejudiciais à integridade física do trabalhador. 
 
Riscos de Acidentes – projeção de partículas nos olhos, queda de pessoas, exposição 
à energia elétrica, queda de objetos, contato com materiais e ferramentas perfuro 
cortante. 
 
Riscos à Saúde – ruído proveniente da esmerilhadeira, poeira, contato com cimento. 
 
Danos gerados pelos riscos de acidentes – lesão ocular, politraumatismos, 
ferimentos, contusões, choque elétrico, queimaduras, parada cardiorrespiratória, morte, 
cortes, amputações. 
 
Danos gerados pelos riscos à saúde – perda auditiva, problemas respiratórios, 
dermatoses, queimaduras químicas. 
 
Medidas preventivas a serem adotadas no canteiro de obras – utilização de 
sinalização de segurança, adequada utilização de ferramentas diversas, uso de 
equipamentos de proteção contra quedas, manutenção de ordem e limpeza no canteiro 
de obras, utilização de profissionais conhecedores das atividades

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