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Trabalho - Regime Disciplinar dos Servidores Publicos

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Faculdade Paraíso
Aluno: Thiago Silva de Souza Gonçalves
Período: 9º
Professor: Leonardo Pugliese
Data: 24/11/2014
REGIME DISCIPLINAR DOS SERVIDORES PÚBLICOS DA UNIÃO
A lei federal nº 8.112/90 através de seus dispositivos que compreendem desde o artigo 116 ao 142, regulamenta o regime disciplinar dos servidores públicos da União. Estes artigos estabelecem um complexo de normas de conduta e de obrigações fixadas pela referida lei aos servidores por ela destinada, objetivando prevenir, apurar e punir atos e omissões que possam gerar um inadequado funcionamento da administração pública, sob o aspecto ético, da eficiência e da legalidade.
Tais dispositivos sucedem do chamado Poder Disciplinar que é aquele concedido à Administração com a finalidade de preservar sua disciplina interna, na proporção em que lhe conferem meios para punir a seus servidores e também àqueles que tenham vínculos juridicamente determinados, através de contratos pela Administração.
O Poder Disciplinar da Administração se distingue do Poder de Polícia, em razão do cunho característico interno daquele, que também se diferencia do nomeado poder punitivo do Estado, pelo fato deste ser desempenhado pelos órgãos do Poder Judiciário que tem o fim de punir crimes e contravenções expressas em lei, ao passo que o Poder Disciplinar tem como propósito somente as designadas infrações administrativas.
Essa forma particular do andamento da Administração Pública introduz-se no âmbito de conhecimento do Direito Disciplinar, na qual José Armando da Costa o define como sendo:
“conjunto de princípios e normas que objetivam, através de vários instrumentos próprios, condicionar e manter a normalidade do Serviço Público. (...) Assim, pode-se dizer que o Regime Disciplinar do Funcionário Público é o conjunto sistemático de normas substantivas definidoras de vedações, deveres, proibições, responsabilidades, transgressões, garantias e recompensas, cuja observância e aplicação objetivam resguardar a normalidade, a eficiência e a legalidade do desempenho funcional da administração pública.”
O poder disciplinar de que investe a Administração Pública goza de um verdadeiro grau de discricionariedade, devido não estar enraizado ao princípio da pena específica, equivalente à necessária definição preliminar em lei da infração funcional e da sanção aplicável.
Vale destacar, que ao exercer este poder-dever, a Administração obtêm uma relativa prerrogativa para, estabelecida certa conduta, indicar, dentre as sanções prenunciadas, aquela cabível ao caso analisado, não se sujeitando a normas comportamentais rigorosas.
É importante ressaltar desde logo que os meios legalmente conjecturados na lei federal nº 8.112, que visam proteger as garantias constitucionais e o patrimônio público, são fracos e ineficientes.
O método escolhido não é sinal de um correto amparo jurídico aos investigados. Mesmo com a criação da Constituição Federal em 1988, a forma adotada em 1990 para as averiguações administrativas, não progrediu em relação à grandeza da garantia da defesa. Não possibilitando com eficácia a responsabilização administrativa disciplinar, devido o vazio e exatidão que tornam difícil a realização das ordens ali contidas.
A lei federal nº 8.112/90 optou pelo mesmo modelo existente na lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952, do antigo Estatuto dos Funcionários da União, não aproveitando o ensejo de sobressair nessa área, gerando um difícil trabalho aos tribunais, que nas várias ações ajuizadas por servidores, são forçados a adaptar os dispositivos nela contidas aos atuais vigores constitucionais, interpretando lhes de acordo com a Constituição, para não ser declarada sua inconstitucionalidade.
De outro lado, a fraqueza e o superficialismo dos dispositivos disciplinares da lei nº 8.112/90 não oferece um agrupamento jurídico eficiente que defenda os interesses do patrimônio público.
A redação do Título IV da lei nº 8.112/90 expressa basicamente uma porção de obrigações impostas aos servidores por ela regidos. Obrigações estas, que podem ser positivas (os chamados Deveres – art. 116), e negativas (as chamadas Proibições – art. 117) que uma vez não cumpridas ocasiona sua rápida apuração (art. 143) e se confirmadas resultam na responsabilização administrativa, aplicando-se uma das penas administrativas (art. 127). Não é por outro motivo que o art. 124 manifesta que a responsabilidade administrativa é resultante da prática de ato omissivo (quando o servidor descumprir com os deveres a ele impostos) ou comissivo (quando transgredir proibição) cometido no exercício do cargo ou função.

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