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Aula 17

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Direito Administrativo p/ Analista Judiciário ʹ 
TRT/MG. Teoria e exercícios comentados 
Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 17 
 
 
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Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 
6.2 DISTINÇÕES DE OUTROS INSTITUTOS 24 
6.3 INSTITUIÇÃO E INDENIZAÇÃO 25 
6.4 CARACTERÍSTICAS 25 
7. TOMBAMENTO (PROTEÇÃO E DEFESA DE BENS DE VALOR ARTÍSTICO, ESTÉTICO, HISTÓRICO, 
TURÍSTICO E PAISAGÍSTICO) 28 
7.1 CONCEITO 28 
7.2 BASE NORMATIVA 29 
7.3 ESPÉCIES 29 
7.4 INSTITUIÇÃO 30 
7.5 PROCESSO DO TOMBAMENTO 30 
7.6 EFEITOS DO TOMBAMENTO 31 
7.7 BENS INSUSCETÍVEIS DE TOMBAMENTO 32 
8. DESAPROPRIAÇÃO 39 
8.1 CONCEITO 39 
8.2 PRESSUPOSTOS 41 
8.3 PREVISÃO NORMATIVA 43 
8.4 BENS DESAPROPRIÁVEIS 46 
8.5 COMPETÊNCIA 46 
8.6 DESTINAÇÃO DOS BENS 48 
8.7 PROCEDIMENTO DE DESAPROPRIAÇÃO 48 
9. AÇÃO DE DESAPROPRIAÇÃO 65 
9.1 CONTESTAÇÃO 66 
9.2 IMISSÃO PROVISÓRIA NA POSSE 66 
9.3 SENTENÇA E TRANSFERÊNCIA DO BEM 67 
9.4 INDENIZAÇÃO 68 
9.5 DESISTÊNCIA DA DESAPROPRIAÇÃO 74 
9.6 DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA 75 
9.7 DIREITO DE EXTENSÃO 77 
9.8 TREDESTINAÇÃO 78 
9.9 RETROCESSÃO 79 
9.10 DESAPROPRIAÇÃO RURAL 79 
9.11 DESAPROPRIAÇÃO CONFISCATÓRIA 83 
10. RESUMO DA AULA 85 
11. QUESTÕES 96 
12. REFERÊNCIAS 114 
 
Direito Administrativo p/ Analista Judiciário ʹ 
TRT/MG. Teoria e exercícios comentados 
Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 17 
 
 
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1. Introdução à aula 17 
 
Bem vindos à nossa aula 17 de direito administrativo para o 
concurso de Analista Judiciário TRT/MG! 
Nesta aula falaremos do seguinte tema: ³Intervenção do Estado na 
Propriedade: modalidades.´. 
Como o tema que será tratado nesta aula não costuma ser cobrado 
constantemente, tampouco de forma aprofundada, esta aula tende a 
fluir de forma mais rápida. 
Sem mais delongas, vamos ao conteúdo! 
 
2. Intervenção do Estado na Propriedade 
 
 
Vamos agora ao segundo ponto de nossa aula. 
Atualmente, o Estado assume uma feição marcadamente social, 
voltado para a prestação dos serviços fundamentais à coletividade, 
VHQGR�FKDPDGR�GH�³(VWDGR�GR�EHP-HVWDU�VRFLDO´� 
 Para alcançar esse bem-estar social, o Estado precisa intervir na 
propriedade particular, restringindo, condicionando o uso dessa 
propriedade, por intermédio dos diversos institutos previstos no Direito 
(servidão administrativa, requisição, desapropriação, etc.), com o fim 
de limitar alguns interesses individuais em prol da coletividade, do 
interesse público. 
 Para Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, a intervenção do Estado 
na propriedade é entendida como a atividade estatal que tem por fim 
ajustar, conciliar o uso dessa propriedade particular com os interesses 
da coletividade. É o Estado, na defesa do interesse público, 
condicionando o uso da propriedade particular. 
Direito Administrativo p/ Analista Judiciário ʹ 
TRT/MG. Teoria e exercícios comentados 
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 a) permite que um particular seja sujeito ativo da desapropriação 
judicial em face de outro particular, cujo imóvel seja objeto da 
expropriação. 
 b) não admite hipótese de expropriação de bens destituída de 
justa indenização. 
 c) prevê que sempre haverá indenização em favor do particular, 
pelo simples uso de sua propriedade, caso seja ela requisitada em 
virtude de iminente perigo público. 
 d) admite a desapropriação sem pagamento prévio de 
indenização, caso se trate de imóvel urbano não edificado, subutilizado 
ou não utilizado, desde que tal imóvel se situe em área definida pela lei 
federal como de especial interesse social. 
 e) impede a desapropriação de bens de família. 
 Pessoal, essa questão será boa para tecermos mais comentários 
acerca da desapropriação. 6REUH�D�OHWUD�³D´��TXH�p�R�LWHP�FRUUHWR��YRX�
explicar a vocês que existe o instituto da desapropriação privada. Ela foi 
introduzida no ordenamento pelo Código Civil e é bem diferente da 
desapropriação clássica que estamos estudando. Portanto, não 
confunda as duas, meus caros. 
 Por conta dessa modalidade, é possível que um particular 
desaproprie judicialmente outra pessoa, cujo imóvel seja objeto de 
expropriação. 
 Essa inovação veio em homenagem ao princípio da função social 
da propriedade. Não vamos entrar em detalhes sobre isso, porque não é 
nossa matéria, mas saiba que seu fundamento está no art. 1228, 
parágrafo 4º do Código Civil e que ela existe e não pode ser confundida 
com a desapropriação clássica que estamos estudando aqui em Direito 
Administrativo. 
 5HVSRVWD��OHWUD�³D´ 
 
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equivalente ao respectivo prejuízo. OBS: o ônus da prova do 
prejuízo cabe ao proprietário. 
 Se cabível, a indenização deverá ser acrescida das parcelas 
relativas a juros moratórios, atualização monetária e honorários de 
advogado. 
 
3.5 Extinção 
 
 Em regra, a servidão administrativa é permanente, ou seja, a 
utilização do bem pelo Poder Público permanece enquanto necessário à 
consecução dos objetivos que inspiram sua instituição. 
 Entretanto, poderão ocorrer os seguintes fatos supervenientes 
que acarretem a extinção da servidão: 
1. Desaparecimento do bem gravado com servidão (extinção 
natural); 
2. Incorporação do bem gravado ao patrimônio da pessoa a favor 
da qual foi instituída a servidão (Poder Público passa à 
condição de proprietário do bem); 
3. Desinteresse superveniente do Estado em continuar utilizando 
o imóvel particular, objeto de servidão (não há mais interesse 
público no uso do bem) 
 
3.6 Principais características 
 
 Conforme José Carlos dos Santos Filho, as características 
essenciais da servidão administrativa são: 
1. Natureza jurídica de direito real; 
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 2� LWHP� ³D´� HVWi� LQFRUUHWR�� SRLV� FRPR� YLPRV� D� UHTXLVLomR�
administrativa abrange os bens móveis, mas também os bem imóveis. 
 Como já vimos em outras questões, a ocupação temporária 
não retira a propriedade de seus donRV���6HQGR�DVVLP��R�LWHP�³E´�HVWi�
incorreto. 
 A limitação administrativa não retira a propriedade de seus 
GRQRV�HQTXDQWR�SHUGXUD�R�DWR��SRU�LVVR��LWHP�³G´�LQFRUUHWR� 
 2�LWHP�³H´�HVWi�LQFRUUHWR��SRLV�D�GHVDSURSULDomR�QmR�WHP�D�
função de proteger o patrimônio público. 
 Nessa questão é necessário saber o conceito de Servidão 
Administrativa: 
 Para Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, é o direito real 
público que autoriza o Poder Público a usar da propriedade imóvel para 
permitir a execução de obras e serviços de interesse coletivo. Além 
GLVVR��FRPR�p�GLWR�QR�LWHP�³E´tem caráter de definitividade e não retira 
a propriedade de seus donos. 
 Gabarito: B 
3. (2014/FCC/TRF - 4ª REGIÃO/Analista Judiciário - Área 
Judiciária - Execução de Mandados) A empresa responsável pelo 
abastecimento de água e saneamento local precisa implantar um 
emissário subterrâneo de esgoto em um terreno particular próximo à 
estação de tratamento existente, onde se cultiva cana-de-açúcar. Para 
tanto 
a) poderá instituir ocupação temporária ou requisição 
administrativa, que perdurarão pelo tempo necessário para a utilização 
do emissário, dispensando-se indenização ao proprietário. 
b) deverá adquirir a porção do terreno necessária à instalação 
da infraestrutura subterrânea. 
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c) poderá desapropriar a porção de terreno necessária à 
instalação da infraestrutura, dispensada indenização, tendo em vista 
que não haverá restrição à exploração econômica. 
d) deverá decretar o tombamento da área, com a consequente 
preservação e impossibilidade de utilização da porção do terreno para 
outra finalidade além do emissário de esgoto. 
e) poderá instituir servidão administrativa, indenizando o 
proprietário do terreno pelos prejuízos experimentados pela restrição 
operada. 
 Para Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, é o direito real 
público que autoriza o Poder Público a usar da propriedade imóvel para 
permitir a execução de obras e serviços de interesse coletivo.E de 
acordo com Hely Lopes, servidão administrativa ou pública é ônus real 
de uso imposto pela Administração à propriedade particular para 
assegurar a realização e conservação de obras e serviços públicos 
ou de utilidade pública, mediante indenização dos prejuízos 
efetivamente suportados pelo proprietário. 
 O caso acima caracteriza caso de servidão administrativa e, 
no caso demonstrado, é o que deverá ser imposto. 
 Gabarito: E 
 
4. (FCC - 2012 - PGM-Joao Pessoa-PB - Procurador Municipal) 
A Secretaria Municipal de Cultura pretende instalar, em terreno de 
propriedade municipal, um cinema ao ar livre, como instalação 
permanente dedicada a incentivar a cultura cinematográfica no 
Município. Como tela de projeção, será utilizada a parede lateral, sem 
janelas, de um edifício particular lindeiro ao terreno público. Analisando 
a questão, o Procurador responsável pela consultoria jurídica da 
Secretaria alerta sobre a possibilidade de que o proprietário privado 
queira dar outra utilização à fachada cega - por exemplo, locando-a 
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3. Tem caráter de definitividade; 
4. A indenização é prévia e condicionada (só se houver 
prejuízo); 
5. Inexistência de auto-executoriedade (só se constitui 
mediante acordo ou sentença judicial). 
 
*DEDULWR��/HWUD�³D´� 
 
4. Requisição 
 
4.1 Conceito 
 Nos dizeres de Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, é o 
instrumento de intervenção estatal mediante o qual, em situação de 
perigo público iminente, o Estado utiliza bens móveis, imóveis ou 
serviços particulares com indenização ulterior, se houver dano. 
 Para Hely Lopes, é a utilização coativa de bens ou serviços 
particulares pelo Poder Público por ato de execução imediata e direta 
da autoridade requisitante e indenização ulterior, para atendimento 
de necessidades coletivas urgentes e transitórias. 
 
4.2 Espécies 
 A requisição administrativa pode ser: 
1. Civil: visa evitar danos à vida, à saúde e aos bens da 
coletividade, diante de inundação, incêndio, sonegação de 
gêneros de primeira necessidade, epidemias, catástrofes, etc. 
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5. Ocupação temporária 
5.1 Conceito 
 
 No entendimento de Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, é a 
forma de intervenção pela qual o Poder Público usa transitoriamente 
imóveis privados, como meio de apoio à execução de obras e 
serviços públicos. 
 Segundo Hely Lopes, ocupação temporária ou provisória é a 
utilização transitória, remunerada ou gratuita, de bens particulares 
pelo Poder Público, para a execução de obras, serviços ou 
atividades públicas ou de interesse público. 
 É o que normalmente ocorre quando a Administração tem a 
necessidade de ocupar terreno privado para depósito de equipamentos 
e materiais destinados à realização de obras e serviços públicos nas 
vizinhanças. 
 Exemplos: ocupação temporária de terrenos de particulares 
contíguos a estadas (em construção ou reforma), para alocação de 
máquina de asfalto, equipamentos de serviço, pequenas barracas de 
operários, etc.; na época das eleições ou campanhas de vacinação 
pública, em que o Poder Público usa de escoltas, clubes e outros 
estabelecimentos privados para a prestação dos serviços. 
 
5.2 Instituição, extinção e indenização 
 A instituição da ocupação temporária dá-se por meio da 
expedição de ato pela autoridade administrativa competente, 
que deverá fixar, desde logo, e se for o caso, a justa indenização 
devida ao proprietário do imóvel ocupado. 
ATENÇÃO!!! É ato auto-executório, que não depende de 
apreciação prévia do Poder Judiciário. 
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 Por fim, de acordo com Maria Sylvia Di Pietro, são medidas de 
caráter geral, previstas em lei com fundamento no poder de 
polícia do Estado, gerando para os proprietários obrigações 
positivas ou negativas, com o fim de condicionar o exercício do 
direito de propriedade ao bem-estar social. 
 As limitações administrativas decorrem do poder de polícia da 
Administração e se exteriorizam em imposições unilaterais e 
imperativas, sob a modalidade positiva (fazer), negativa (não fazer) ou 
permissiva (permitir fazer). 
 São caracterizadas pela gratuidade e pela generalidade da medida 
protetora dos interesses da coletividade, devendo ser gerais, dirigidas a 
propriedades indeterminadas. 
 Essas limitações podem atingir não só a propriedade imóvel e seu 
uso como quaisquer outros bens e atividades particulares que tenham 
implicações com o bem-estar social, com os bons costumes, com a 
segurança e a saúde da coletividade, com o sossego e a higiene da 
cidade e até mesmo com a estética urbana. 
 Exemplos: obrigação de observar o recuo de alguns metros das 
construções em terrenos urbanos; proibição de desmatamento de parte 
da área de floresta em cada propriedade rural; obrigação imposta aos 
proprietários de efetuarem limpeza de terrenos ou a que impõe o 
parcelamento ou a edificação compulsória do solo; proibição de 
construir alémde determinado número de pavimentos, etc. 
 
6.2 Distinções de outros institutos 
 
 A limitação administrativa não pode ser confundida com servidão 
administrativa, já que esta é um ônus real sobre determinada e 
específica propriedade privada, mediante indenização, se houver 
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prejuízo, para a execução de serviço público, enquanto aquela é uma 
restrição geral e gratuita imposta indeterminadamente às propriedades 
particulares em benefício da coletividade. Exemplo: o recuo na 
construção de edifícios é limitação administrativa; o atravessamento de 
um terreno com aqueduto para abastecimento de uma cidade é 
servidão administrativa. 
 Também não se confunde com a desapropriação. Por ser uma 
limitação geral e de interesse coletivo, não obriga o Poder Público a 
qualquer indenização, enquanto a desapropriação, por retirar do 
particular sua propriedade, impõe o dever de indenizar o proprietário. 
 
6.3 Instituição e indenização 
 
 As limitações administrativas ao uso da propriedade privada 
podem ser expressas em lei ou regulamento de qualquer das três 
entidades estatais (União, estados, DF e municípios), por se tratar de 
matéria de Direito Público. 
 Por constituírem imposições gerais, impostas a propriedades 
indeterminadas, não ensejam nenhuma indenização por parte do 
Poder Público em favor dos proprietários. Os prejuízos eventualmente 
ocorridos não são individualizados, mas sim gerais, devendo ser 
suportados por um número indefinido de membros da coletividade em 
favor desta. OBS: isso difere de todas as outras formas de 
intervenção estatal até então estudadas. 
 
6.4 Características 
 
 As características das limitações administrativas são: 
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Em vista do relato, deve-se concluir que está sendo utiliza- do o 
instituto da 
a) ocupação temporária. 
b) locação compulsória. 
c) desapropriação pro tempore. 
d) servidão administrativa. 
e) permissão de uso. 
 Segundo Hely Lopes, ocupação temporária ou provisória é a 
utilização transitória, remunerada ou gratuita, de bens particulares 
pelo Poder Público, para a execução de obras, serviços ou 
atividades públicas ou de interesse público. 
 No caso descrito, a Administração Pública ocupará de forma 
provisória os terrenos vagos de propriedade particular situados no raio 
de 3 (três) quilômetros dos estádios que sediam a competição para fins 
de instalação de equipamentos necessários à segurança e comodidade 
dos frequentadores dos eventos do campeonato. 
 Gabarito: A 
 
8. (FCC/TCE-RO/Procurador/2010) Em relação às restrições do 
Estado sobre a propriedade privada é correto afirmar: 
a) A servidão administrativa impõe um ônus real ao imóvel, que 
fica em estado de sujeição à utilidade pública. 
b) Nas limitações administrativas impõe-se um dever de suportar, 
enquanto na servidão administrativa impõe-se um dever de não fazer. 
c) Nas limitações administrativas grava-se concreta e 
especificamente um bem determinado, gerando indenização 
correspondente ao sacrifício. 
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1. Parecer do órgão técnico cultural; 
2. Notificação ao proprietário, que poderá anuir com o 
tombamento ou impugnar a intenção do Poder Público de 
decretá-lo; 
3. Decisão do Conselho Consultivo da pessoa incumbida do 
tombamento, após as manifestações dos técnicos e do 
proprietário. Existem 3 hipóteses de conclusão da decisão: 
ł�6H�KRXYHU�ilegalidade, pela anulação do processo; 
ł�Rejeição da proposta de tombamento; 
ł� 6H� QHFHVViULR� R� WRPEDPHQWR�� SHOD� homologação da 
proposta; 
4. Possibilidade de interposição de recurso pelo proprietário, 
contra o tombamento, a ser dirigido ao Presidente da 
República. 
 
7.6 Efeitos do tombamento 
 
 Efetivado o tombamento e o respectivo registro no Ofício de 
Registro de Imóveis respectivo, surgem os seguintes efeitos, no que 
concerne ao uso e à alienação do bem tombado: 
1. Vedação de destruir, demolir ou mutilar o bem tombado 
ao proprietário ou ao titular de eventual direito de uso; 
2. Possibilidade de o proprietário reparar, pintar ou restaurar o 
bem somente após a devida autorização do Poder 
Público; 
3. Dever do proprietário de conservar o bem tombado para 
mantê-lo dentro de suas características culturais. OBS: se não 
dispuser de recursos para proceder a obras de 
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conservação e restauração, deverá necessariamente 
comunicar o fato ao órgão que decretou o tombamento, 
o qual poderá mandar executá-las a suas expensas. 
4. Possibilidade do Poder Público, no caso de urgência, tomar a 
iniciativa de providenciar as obras de conservação. 
5. Direito de preferência do Poder Público no caso de 
alienação do bem tombado. 
Antes de alienar o bem tombado, o proprietário deve notificar a 
União, o Estado e o Município onde se situe, para exercerem, 
dentro de 30 dias, seu direito de preferência; caso não seja 
observado o direito de preferência, será nula a alienação, 
ficando autorizado o Poder Público a sequestrar o bem e impor 
ao proprietário e ao adquirente multa de 20% do valor do 
contrato. 
6. O tombamento do bem não impede o proprietário de 
gravá-lo por meio de penhor, anticrese ou hipoteca; 
7. Não há obrigatoriedade de o Poder Público indenizar o 
proprietário do imóvel no caso de tombamento. 
Cabe destacar que o tombamento não é a única forma de 
proteção do patrimônio cultural brasileiro, pois o mesmo intuito cabe à 
ação popular, ao direito de petição aos Poderes Públicos e à ação civil 
pública. 
 
7.7 Bens insuscetíveis de tombamento 
 
 O tombamento pode atingir bens de qualquer natureza: móveis 
ou imóveis, materiais ou imateriais, públicos ou privados. Entretanto, o 
art. 3º do Decreto-Lei nº 25/37 exclui do patrimônio histórico e artístico 
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 II. Os bens locados para órgãos públicos são considerados partes 
integrantes do patrimônio histórico e artístico nacional mesmo antes de 
inscritos nos Livros do Tombo. 
 
 III. Os bens tombados não poderão ser destruídos ou demolidos 
semprévia autorização do serviço do patrimônio histórico e artístico 
nacional. Contudo, poderão ser reparados, pintados ou restaurados 
antes de prévia autorização. 
 
 IV. Excluem- se do patrimônio histórico e artístico nacional as 
obras de origem estrangeira que pertenceram às representações 
diplomáticas acreditadas no país. 
 
 Está correto o que se afirma em 
 
a) I, II, III e IV. 
b) II e III, apenas. 
c) I, II e IV, apenas. 
d) III e IV, apenas. 
e) I e IV, apenas. 
 
 A I está correta, pois é exatamente o conceito de tombamento 
que vimos em aula: 
 Tombamento é a modalidade de intervenção na propriedade por 
meio da qual o Poder Público procura proteger o patrimônio cultural 
brasileiro. O Estado intervém na propriedade privada para proteger a 
memória nacional, protegendo bens de ordem histórica, artística, 
arqueológica, cultural, científica, turística e paisagística. A maioria dos 
bens tombados é de imóveis, porém o tombamento também pode recair 
sobre bens móveis. 
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8.6 Destinação dos bens 
 
 Em regra, os bens desapropriados passam a integrar o 
patrimônio das entidades ligadas ao Poder Público que providenciaram a 
desapropriação e pagaram a respectiva indenização. Ex: imóvel 
desapropriado pela União para instalação de uma Secretaria ± ingresso 
do bem no patrimônio da União, tornando-se bem público. 
 Ocorrerá INTEGRAÇÃO DEFINITIVA sempre que o bem 
expropriado tiver utilização para o próprio Poder Público, em seu próprio 
benefício. 
Ao contrário, ocorrerá INTEGRAÇÃO PROVISÓRIA se a 
desapropriação tiver sido efetuada para que o bem seja utilizado e 
desfrutado por terceiro. Exemplos: desapropriação para fins de reforma 
agrária; desapropriação para abastecimento da população; 
desapropriação confiscatória. 
 
8.7 Procedimento de desapropriação 
 
 Basicamente, são duas fases distintas que compõem o 
procedimento administrativo de desapropriação: 
1. Fase DECLARATÓRIA: o Poder Público manifesta sua vontade 
na futura desapropriação; 
2. Fase EXECUTÓRIA: providências para consumar a transferência 
do bem do patrimônio particular para o Poder Público. 
 
Fase DECLARATÓRIA 
 
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1. Permissão para que as autoridades competentes possam 
penetrar no prédio objeto da declaração, sendo possível o 
recurso à força policial no caso de resistência do 
proprietário; 
2. Início da contagem do prazo para ocorrência da 
caducidade do ato; 
3. Indicação do estado em que se encontra o bem objeto da 
declaração para efeito de fixar o valor da futura 
indenização; 
4. Não há impedimento para que sejam concedidas licenças 
para obras no imóvel já declarado de utilidade pública ou 
de interesse social, mas o valor da obra não se 
incluirá na indenização, quando a desapropriação for 
efetivada (Súmula 23 do STF). 
A indenização somente abrange: 
1. Benfeitorias NECESSÁRIAS: feitas após a declaração de 
utilidade pública ou de interesse social; 
2. Benfeitorias ÚTEIS: quando o proprietário for autorizado 
pelo Poder Público; 
3. Benfeitorias VOLUPTUÁRIAS: não são indenizáveis se 
feitas após a referida declaração. 
No caso de declaração de utilidade pública, o decreto 
expropriatório caduca no prazo de 5 anos, contado da data da 
expedição do decreto, se a desapropriação não for efetivada mediante 
acordo ou sentença judicial nesse prazo. 
Na hipótese de desapropriação por interesse social, o referido 
prazo é de 2 anos, também contado da expedição do decreto. 
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dominante considera que tal exigência, em relação aos juízes 
substitutos, foi revogada pela Lei Orgânica da Magistratura (Lei 
Complementar no 35/1979). 
e) a declaração de utilidade pública para fins de desapropriação 
obsta a concessão de licença para construir no imóvel objeto da 
declaração. 
 
 2� LWHP� ³G´� HVWi� FRUUHWR� H� VH� DVVHPHOKD� D� OHWUD� GD� OHL� VREUH�
GHVDSURSULDomR�SRU�XWLOLGDGH�S~EOLFD��9HMD��³Art. 12. Somente os juizes 
que tiverem garantia de vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade 
de vencimentos poderão conhecer dos processos de desapropriação. 
 Gabarito: D 
19. (2014/FCC/TRF - 3ª REGIÃO/Analista Judiciário - Oficial de 
Justiça Avaliador) A Administração pública tentou adquirir um terreno 
para edificação de casas populares, terreno esse que pertence a um 
particular e está livre e desocupado de pessoas e coisas. O particular 
não concordou com o valor oferecido pela Administração pública, que 
apurou o justo preço por meio de duas avaliações administrativas 
realizadas por empresas idôneas. Com a recusa do particular, a 
Administração pública; 
a) deverá declarar de utilidade pública e desapropriar o imóvel, 
tendo em vista que o particular não possuía justa fundamentação 
para a recusa. 
b) poderá declarar de utilidade pública a área, promovendo a 
desapropriação administrativamente, via mais célere que a 
judicial. 
c) poderá declarar de interesse social o imóvel, ajuizando a 
competente ação de desapropriação para aquisição originária da 
área, oferecendo em juízo o valor que apurou a título de justa 
indenização. 
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d) deverá desistir da compra e da desapropriação pretendidas, 
providenciando uma terceira avaliação para instruir eventual ação 
judicial de aquisição compulsória, tendo em vista que os demais 
trabalhos técnicos já haviam cumprido seus efeitos. 
e) deverá desapropriar o imóvel administrativamente, editando 
decreto de declaração de interesse social sobre o imóvel, dotado 
do atributo da autoexecutoriedade. 
 A transferência do bem poderá ser efetivada na via: 
 1. Administrativa: se houver acordo entre o Poder Público e o 
expropriado a respeito da desapropriação do bem e do pagamento da 
respectiva indenização. Esse acordo bilateral, de natureza onerosa, 
retrata um contrato de compra e venda, e é chamado de 
DESAPROPRIAÇÃO AMIGÁVEL. 
 2. Judicial: QUANDO NÃO HÁ ACORDO NA VIA ADMINISTRATIVA, 
será proposta ação judicial com o intuito de solucionar o conflito de 
interesses entre o Poder Público e o proprietário." 
 Sendo assim, a Administração Pública poderá declarar de 
interesse social o imóvel, ajuizando a competente ação de 
desapropriação para aquisição originária da área, oferecendo em juízo o 
valor que apurou a título de justa indenização. 
 Gabarito:C 
 
20. (2014/FCC/MPE-PA/Promotor de Justiça)A União editou 
Decreto de Desapropriação da Fazenda Santa Rita, localizada no Estado 
do Pará, declarando interesse social para fins de reforma agrária. Após 
este ato, ingressou administrativamente no imóvel, com auxílio de força 
policial, para promover sua vistoria e avaliação. A conduta da 
Administração pública foi 
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a) ilegal pelo uso da força policial, que não é admitido nos conflitos 
de reforma agrária. 
b) legal, uma vez que a edição do Decreto, neste caso, autoriza a 
Administração pública a ingressar no imóvel, com auxílio de força 
policial, sem necessidade de autorização judicial. 
c) legal, uma vez que a Administração pública pode, em qualquer 
situação, ingressar na propriedade privada, com auxilio de força 
policial, valendo-se de seu Poder de Polícia. 
d) ilegal, diante da necessidade de haver uma autorização formal do 
Conselho Federal da Reforma Agrária. 
e) ilegal, diante da necessidade de haver, neste caso, prévia 
autorização judicial. 
A transferência do bem poderá ser efetivada na via: 
1. Administrativa: se houver acordo entre o Poder Público e 
o expropriado a respeito da desapropriação do bem e do 
pagamento da respectiva indenização. 
 Esse acordo jurídico bilateral, de natureza onerosa, retrata um 
contrato de compra e venda e é chamado de DESAPROPRIAÇÃO 
AMIGÁVEL. 
2. Judicial: quando não há acordo na via administrativa, será proposta 
ação judicial com o intuito de solucionar o conflito de interesses 
entre o Poder Público e o proprietário. 
 No caso descrito, há a transferência judicial do bem. De toda a 
forma, é ilegal o ingresso administrativamente no imóvel, com 
auxílio de força policial, para promover sua vistoria e avaliação, pois 
há necessidade de autorização judicial. 
Gabarito: E 
 
 
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21. (2012/FCC/TJ-GO/Juiz) Analise as afirmações abaixo. 
 
I. Compete à União e aos Estados promover a desapropriação por 
interesse social para fins de reforma agrária. 
 
II. A propriedade produtiva pode ser desapropriada por interesse social, 
para fins de reforma agrária, desde que não esteja respeitando as 
normas ambientais. 
 
III. Considera-se reforma agrária o conjunto de medidas que visem a 
promover melhor distribuição da terra, mediante modificações no 
regime de sua posse e uso, a fim de atender aos princípios de justiça 
social e ao aumento de produtividade. 
 
IV. São insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária a 
pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que 
seu proprietário não possua outra. 
 
Está correto o que se afirma em 
a) I e II, apenas. 
b) II e III, apenas. 
c) III e IV, apenas. 
d) IV, apenas. 
e) I, II, III e IV. 
 
De acordo com a Constituição Federal, os itens I e II estão 
incorretos: 
 O item I está incorreto, pois fala em União e Estados, quando a 
SUHUURJDWLYD� p� DSHQDV� GD� 8QLmR�� 9HMD�� ³$UW�� ����� &RPSHWH� j� 8QLmR�
desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel 
rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e 
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mina: ³�����†��ž�- É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei 
específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei 
federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou 
não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, 
sucessivamente, de: I - parcelamento ou edificação 
compulsórios;II - imposto sobre a propriedade predial e 
WHUULWRULDO�XUEDQD�SURJUHVVLYR�QR�WHPSR�´ 
 2� LWHP� ³D´� HVWi� LQFRUUHWR�� SRLV� QmR� Ki� XPD� LPSRVVLELOLGDGH�
absoluta para desapropriação da pequena e média propriedade rural, a 
impossibilidade se justifica desde que o proprietário não possua outra 
SURSULHGDGH�� 2� LWHP� ³E´� HVWi� LQFRUUHWR�� SRLV� IDOD� HP� GHVDSURSULDomR�
mediante indenização em títulos de dívida pública, quando na verdade a 
lei estabelece a desapropriação sem qualquer indenização ao 
proprietário. -i�R� LWHP�³G´�HVWi�LQFRUUHWR��SRLV�D�iUHD�GR�XVXFDSLmR�p�
duzentos e cinqüenta metros quadrados�� 3RU� ILP�� D� OHWUD� ³H´� QmR� VH�
refere à função social da propriedade. 
 Gabarito: C 
 
23. (2013/FCC/DPE-RS/Técnico de Apoio Especializado) Ao 
disciplinar o direito à propriedade, a Constituição Federal brasileira 
determina que 
a) apenas a propriedade rural, e não a urbana, atenderá a sua 
função social nos termos da lei. 
b) é vedada a desapropriação por interesse social, permitida apenas 
a desapropriação por necessidade ou utilidade pública. 
c) no caso de iminente perigo público, a autoridade competente 
poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário 
indenização ulterior, se houver dano. 
d) a propriedade rural, independentemente de sua extensão 
territorial, mas desde que trabalhada pela família, não será objeto 
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de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua 
atividade produtiva.aos autores pertence o direito exclusivo de 
utilização, publicação ou reprodução de suas obras, não podendo 
ser transmitido aos herdeiros. 
e) os autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação 
ou reprodução de suas obras, não podendo ser transmitido aos 
herdeiros. 
 
 A questão pode ser respondida analisando a Constituição: 
 $� OHWUD� µD´� HVWi� LQFRUUHWD�� SRLV� QmR� DSHQDV� D� SURSULHGDGH� UXUDO��
mas também a urbana atenderão à função social, segundo artigo 5º, 
LQFLVR� ;;,,,�� -i� D� OHWUD� ³E´� HVWi� Lncorreta, pois é possível que haja 
desapropriação por interesse social, mediante justa e prévia 
indenização em dinheiro, como podemos ver no artigo 5º inciso XXIV. A 
OHWUD�³F´ HVWi�FRUUHWD�H�p�R�TXH�HVWi�HVFULWR�QR�DUWLJR��ž��LQFLVR�;;9��³QR�
caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar 
de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização 
XOWHULRU��VH�KRXYHU�GDQR� �´�-i�D� OHWUD�³G´�HVWi�LQFRUUHWD��SRLV�D�TXHVWmR�
fala que a propriedade rural independente da extensão não será objeto 
de penhora, porém a lei estabelece que apenas as pequenas 
propriedades têm HVVD�SUHUURJDWLYD��3RU�ILP��D�OHWUD�³H´�HVWi�LQFRUUHWD��
SRLV� D� OHL� HVWDEHOHFH�TXH� ³$RV�DXWRUHV�SHUWHQFH�R�GLUHLWR� H[FOXVLYR� GH�
utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos 
herdeiros pelo tempo que a lei fixar´�� diferente do que a questãoestabelece. 
 
 
24. (2013/FCC/PGE-BA/Analista de Procuradoria - Área de Apoio 
Jurídico)É suscetível de desapropriação, para fins de reforma agrária, 
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c) não possui competência para desapropriar por interesse social 
imóveis situados em zona rural. 
d) tem competência declaratória e executória, sendo que ambas são 
indelegáveis. 
e) pode desapropriar bens pertencentes à União e aos Estados, 
mediante autorização legislativa desses entes. 
 Nessa questão, é necessário conhecer o Estatuto da Cidade que 
GL]��³Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU progressivo sem que o 
proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou 
utilização, o Município poderá proceder à desapropriação do imóvel, 
FRP�SDJDPHQWR�HP�WtWXORV�GD�GtYLGD�S~EOLFD�´��RX�VHMD��R�0XQLFtSLR�WHP�
competência exclusiva para executar a desapropriação-sanção, em caso 
de descumprimento da função social da propriedade urbana. 
 Gabarito: A 
 
26. (2013/FCC/DPE-RS/Analista ± Processual) A Administração 
pública construiu uma unidade prisional em terreno que julgava ser de 
sua propriedade. Apurou- se, meses depois da inauguração da unidade, 
que o terreno era particular, por ocasião de decisão em pedido de 
licenciamento ambiental para implantação de empreendimento 
habitacional pelo então real proprietário. O proprietário do terreno onde 
foi edificada a unidade prisional 
a) pode ajuizar medida judicial para exigir a restituição do terreno, 
precedida da demolição da obra pública. 
b) torna-se proprietário das construções lá edificadas, devendo 
equacionar com o poder público a utilização do terreno para evitar 
a interrupção do serviço. 
c) pode ajuizar ação de indenização em razão da limitação 
administrativa imposta pelo poder público à propriedade 
particular. 
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d) pode ajuizar ação de improbidade administrativa em face do atual 
administrador, em razão da administração pública ter edificado 
em terreno alheio. 
e) pode ajuizar ação de indenização em razão da desapropriação 
indireta promovida pelo poder público quando edificou no terreno 
particular equipamento público com intuito de ocupação definitiva. 
 No caso em questão, ocorreu a desapropriação indireta, que é o 
fato administrativo por meio do qual o Estado se apropria de bem 
particular, sem observância dos requisitos da declaração e da 
indenização prévia. O Estado apropria-se de bem particular sem o 
devido processo legal. 
 Nesse caso, é possível ajuizar ação de indenização em razão da 
desapropriação indireta promovida pelo poder público quando edificou 
no terreno particular equipamento público com intuito de ocupação 
definitiva. 
 Gabarito: E 
 
9. Ação de desapropriação 
 
 Sujeito ATIVO (expropriante): Poder Público ou pessoa privada 
que exerce função delegada (concessionário ou permissionário), esta 
quando autorizada em lei ou contrato. OBS: o proprietário nunca 
atua como parte no polo ativo da ação de desapropriação. 
 Sujeito PASSIVO (expropriado): proprietário do bem a ser 
desapropriado. OBS: o réu contestará a proposta feita pelo Poder 
Público, apresentando suas razões. 
 Pedido: consumação da transferência do bem desapropriado para 
o patrimônio do Poder Público. 
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 Elementos da petição inicial: oferta do preço, cópia do contrato ou 
do diário oficial em que houver sido publicado o decreto expropriatório e 
planta ou descrição do bem a ser desapropriado e suas confrontações. 
 Ministério Público: intervirá obrigatoriamente em qualquer 
processo de desapropriação. 
 
9.1 Contestação 
 
 Limitação material (art. 20 do Decreto-Lei 3.365/41): só poderá 
versar sobre vício do processo judicial (ilegitimidade de parte, falta 
de interesse de agir, inépcia da petição inicial, etc) ou impugnação do 
preço (valor da indenização). OBS: qualquer outra questão deverá 
ser decidida por ação direta. 
 Portanto, no mérito, as partes só poderão discutir o valor da 
indenização. Se o expropriado pretender discutir com o Poder Público 
questões sobre desvio de finalidade, inexistência de interesse social ou 
utilidade pública, etc., deverá propor nova ação autônoma. 
 
9.2 Imissão provisória na posse 
 
 Regra: posse do expropriante sobre o bem expropriado somente 
após o fim do processo de desapropriação, com a transferência jurídica 
do bem, depois do pagamento da devida indenização. 
 Exceção: declaração de urgência e depósito prévio. Nesse caso, é 
possível que o expropriante passe a ter a posse provisória do bem antes 
da finalização da ação de desapropriação. 
 Note que são 2 pressupostos para a imissão provisória na posse: 
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do entendimento sedimentado na Primeira Seção desta Corte nos autos 
dos EREsp 519.365/SP, de relatoria do Exmo. Senhor Ministro Teori Albino 
Zavascki. 
(...) 
4. Percentual dos juros compensatórios. 
4.1. "Segundo a jurisprudência assentada no STJ, a Medida 
Provisória 1.577/97, que reduziu a taxa dos juros compensatórios em 
desapropriação de 12% para 6% ao ano, é aplicável no período 
compreendido entre 11.06.1997, quando foi editada, até 13.09.2001, 
quando foi publicada a decisão liminar do STF na ADIn 2.332/DF, 
suspendendo a eficácia da expressão 'de até seis por cento ao ano', do 
caput do art. 15-A do Decreto-lei 3.365/41, introduzida pela referida MP. 
Nos demais períodos, a taxa dos juros compensatórios é de 12% (doze por 
cento) ao ano, como prevê a súmula 618/STF" (REsp 1.111.829/SP, Rel. 
Min. Teori Albino Zavascki, DJe de 25.05.09, submetido ao regime dos 
recursos repetitivos do artigo 543-C do CPC e da Resolução STJ nº 
08/2008. 
4.2. Nessa linha, foi editada a Súmula 408/STJ, de seguinte teor: 
"nas ações de desapropriação, os juros compensatórios incidentes após a 
Medida Provisória n. 1.577, de 11/06/1997, devem ser fixados em 6% ao 
ano até 13/09/2001 e, a partir de então, em 12% ao ano, na forma da 
Súmula n. 618 do Supremo Tribunal Federal" (DJe 24/11/2009). 
4.3. In casu, em razão de o ente expropriante ter-se imitido na posse 
durante a vigência da MP nº 1.577/97 e reedições e em data anterior à 
liminar deferida na ADI nº 2.332/DF (DJ 13.09.01) os juros devem ser 
fixados no percentual de 6% ao ano entre a data da imissão na posse até 
13 de setembro de 2001. Após essa data, o percentual volta a ser de 12% 
ao ano (Súmula 618/STF). 
5. Recursoespecial conhecido em parte e provido também em parte. 
Acórdão sujeito ao regime do art. 543-C do Código de Processo Civil e da 
Resolução nº 8/STJ. 
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)HGHUDO� VXVSHQGHX� OLPLQDUPHQWH� D� HILFiFLD� GD� H[SUHVVmR� ³GH� DWp� VHLV�
SRU� FHQWR� DR� DQR´�� FRQWLGD� QR� DUW�� ��-A do Decreto-lei no 3.365/41. 
Após essa decisão, a taxa de juros compensatórios, na desapropriação 
a) voltou a ser de 12% ao ano, por expressa disposição 
constitucional. 
b) passou a ser variável, dependendo de decisão judicial no caso 
concreto, a qual deverá levar em conta a política de juros definida pelos 
órgãos governamentais competentes. 
c) manteve-se em 6% ao ano, agora com fundamento em 
dispositivo do Código Civil. 
d) voltou a ser de 12% ao ano, conforme jurisprudência sumulada 
do próprio Tribunal. 
e) manteve-se em 6% ao ano, por expressa disposição 
constitucional. 
 Como vimos, o percentual de 6% é aplicável apenas no período 
compreendido entre 11.06.1997 (quando foi editada) até 13.09.2001, 
quando foi publicada a decisão liminar do STF na ADIn 2.332/DF, 
suspendendo a eficácia da expressão "de até seis por cento ao ano", do 
caput do art. 15-A do Decreto-lei 3.365/41, introduzida pela referida 
MP. Nos demais períodos, o percentual dos juros compensatórios é de 
12% ao ano. 
 *DEDULWR��/HWUD�³G´� 
 
9.5 Desistência da desapropriação 
 
 No caso de não subsistirem os motivos que provocaram a 
iniciativa do processo expropriatório, o Poder Público pode desistir, 
inclusive no curso da ação judicial. 
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 O expropriado não pode opor-se à desistência, mas terá direito 
à indenização por todos os prejuízos causados pelo 
expropriante. 
 A desistência pode ser declarada diretamente na ação de 
desapropriação, requerendo o Poder Público a extinção do processo sem 
julgamento de mérito, ou por meio da revogação do decreto 
expropriatório. 
 
9.6 Desapropriação indireta 
 
 É o fato administrativo por meio do qual o Estado se apropria de 
bem particular, sem observância dos requisitos da declaração e da 
indenização prévia. O Estado apropria-se de bem particular sem o 
devido processo legal. 
 Exemplo: apropriação de áreas privadas pela Administração 
Pública para abertura de estradas sem processo pertinente e sem o 
prévio pagamento de indenização. 
 Ocorrendo a incorporação fática de um bem ao patrimônio 
público, mesmo sendo nulo ou inexistente o processo de 
desapropriação, o proprietário não terá direito ao retorno do bem ao 
seu patrimônio, só podendo postular em juízo reparação pelas perdas e 
danos causados pelo expropriante (art. 35 do Decreto-Lei nº 3.365/41). 
 É também reconhecida pela jurisprudência a ocorrência de 
desapropriação indireta nas situações em que o Poder Público impõe a 
determinado bem particular restrições tão extensas que resulta 
inteiramente esvaziado o conteúdo econômico da propriedade. 
 Requisitos para configuração da desapropriação INDIRETA: 
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 Esse direito surge no caso de desapropriação parcial, quando a 
parte não expropriada do bem fica prática ou efetivamente inútil, 
inservível, sem valor econômico ou de difícil utilização. O expropriado 
pode exigir a conversão da desapropriação parcial em total. 
 O direito de extensão deve ser manifestado pelo expropriado 
durante as fases administrativa ou judicial do procedimento de 
desapropriação. OBS: não se admite o pedido após o término da 
desapropriação. 
 
9.8 Tredestinação 
 
 É a destinação desconforme com o plano inicialmente previsto no 
ato expropriatório. O Poder Público desiste dos fins da 
desapropriação e transfere a terceiro o bem desapropriado ou 
pratica desvio de finalidade, permitindo que terceiro se beneficie de 
sua utilização. Esse é o caso da tredestinação ILÍCITA, em que a 
desapropriação deve ser considerada nula, com a reintegração do 
bem ao ex-proprietário. Exemplo: desapropriação de certa área para 
construção de escola, mas o Estado concede permissão para que 
empresa utilize tal área para outros fins. 
 A doutrina aponta também a hipótese de tredestinação LÍCITA. 
Nessa situação, mantida a finalidade de interesse público, o Poder 
Público expropriante dá ao bem desapropriado destino diverso daquele 
inicialmente planejado. Exemplo: desapropriação de certa área para 
construção de escola, mas o Estado constrói um hospital. Segundo o 
STJ, se ao bem expropriado for dada destinação que atende ao 
interesse público, ainda que diversa da inicialmente prevista no decreto 
expropriatório, não há desvio de finalidade. 
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Vimos acima que os bens dominicais podem ser alienados, uma vez 
que desafetados, ou seja, não utilizados diretamente pelo Estado ou 
pela coletividade. 
Caso o Estado queira alienar um bem de uso comum ou de uso 
especial, ele deverá desafetar esse bem (se esse bem for passível de 
desafetação, por óbvio). 
O procedimento para a alienação de bens públicos encontra-se na 
Lei nº 8.666/93, mais especificamente em seus arts. 17, caput e incisos 
I e II, e 19. 
 
 
Desapropriação 
De acordo com Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, é o 
procedimento de direito público pelo qual o Poder Público transfere 
para si a propriedade de terceiro, por razões de utilidade pública, 
de necessidade pública, ou de interesse social, normalmente 
mediante o pagamento de justa e prévia indenização. 
Utilidade pública: a transferência do bem para o Poder Público é 
conveniente, embora não seja imprescindível. 
Necessidade pública: situações de emergência, cuja solução exija a 
desapropriação do bem. 
Interesse social: hipóteses em que mais se destaca a função social 
da propriedade. 
OBS: na hipótese de desapropriação para a realização de uma 
obra, o art. 4º do Decreto-Lei nº 3.365/41 prevê a possibilidade 
de ser desapropriada uma área maior do que aquela que será 
inicialmente ocupada pela obra, abrangendo a área contígua 
necessária ao desenvolvimento da obra e as zonas que se 
valorizarem extraordinariamente, em consequência da 
realização do serviço; em qualquer caso, a declaração de 
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Para Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, são determinações de 
caráter geral, por meio das quais o Poder Público impõe a 
proprietários indeterminados obrigações de fazer, ou obrigações 
de deixar de fazer alguma coisa, com a finalidade de assegurar que 
a propriedade atenda sua função social. 
 
Limitação Administrativa 
 De acordo com Maria Sylvia Di Pietro, são medidas de caráter 
geral, previstas em lei com fundamento no poder de polícia do Estado, 
gerando para os proprietários obrigações positivas ou negativas, 
com o fim de condicionar o exercício do direito de propriedade ao bem-
estar social. 
 As limitações administrativas decorrem do poder de polícia da 
Administração e se exteriorizam em imposições unilaterais e 
imperativas, sob a modalidade positiva (fazer), negativa (não fazer) ou 
permissiva (permitir fazer). 
 São caracterizadas pela gratuidade e pela generalidade da medida 
protetora dos interesses da coletividade, devendo ser gerais, dirigidas a 
propriedades indeterminadas. 
 A limitação administrativa não pode ser confundida com servidão 
administrativa, já que esta é um ônus real sobre determinada e 
específica propriedade privada, mediante indenização, se houver 
prejuízo, para a execução de serviço público, enquanto aquela é uma 
restrição geral e gratuita imposta indeterminadamente às propriedades 
particulares em benefício da coletividade. Exemplo: o recuo na 
construção de edifícios é limitação administrativa; o atravessamento de 
um terreno com aqueduto para abastecimento de uma cidade é 
servidão administrativa. 
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Efetivado o tombamento e o respectivo registro no Ofício de Registro de 
Imóveis respectivo, surgem os seguintes efeitos, no que concerne ao 
uso e à alienação do bem tombado: 
1. Vedação de destruir, demolir ou mutilar o bem tombado 
ao proprietário ou ao titular de eventual direito de uso; 
2. Possibilidade de o proprietário reparar, pintar ou restaurar o 
bem somente após a devida autorização do Poder 
Público; 
3. Dever do proprietário de conservar o bem tombado para 
mantê-lo dentro de suas características culturais. OBS: se não 
dispuser de recursos para proceder a obras de 
conservação e restauração, deverá necessariamente 
comunicar o fato ao órgão que decretou o tombamento, 
o qual poderá mandar executá-las a suas expensas. 
4. Possibilidade do Poder Público, no caso de urgência, tomar a 
iniciativa de providenciar as obras de conservação. 
5. Direito de preferência do Poder Público no caso de 
alienação do bem tombado. 
Antes de alienar o bem tombado, o proprietário deve notificar a 
União, o Estado e o Município onde se situe, para exercerem, 
dentro de 30 dias, seu direito de preferência; caso não seja 
observado o direito de preferência, será nula a alienação, 
ficando autorizado o Poder Público a sequestrar o bem e impor 
ao proprietário e ao adquirente multa de 20% do valor do 
contrato. 
6. O tombamento do bem não impede o proprietário de 
gravá-lo por meio de penhor, anticrese ou hipoteca; 
Não há obrigatoriedade de o Poder Público indenizar o 
proprietário do imóvel no caso de tombamento. 
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As formas mais conhecidas de abuso econômico são a prática do 
truste, cartéis e o dumping. 
x TRUSTE (trust): Ocorre quando uma empresa de maior porte 
domina o mercado e afasta os menores concorrentes, ou ainda os 
obriga a adotar a sua estratégia econômica. Conforme afirma Carvalho 
Filho, é uma forma impositiva do grande sobre o pequeno empresário. 
x Cartel: Ocorre quando os grandes empresários unem seus 
interesses com um único objetivo: eliminar a concorrência e aumentar 
arbitrariamente seus lucros. Comumente essa é vista sobre o preço do 
produto ofertado. Tendo em vista a concentração de poder econômico, 
pode ocorrer de o pequeno empresário sucumbir e por vezes ser 
dominado pelo grande empresário. 
x Dumping: Geralmente essa prática abusiva, possui caráter 
internacional. Uma empresa recebe o subsídio oficial do seu país de 
origem de forma que o custeio de seu produto fique excessivamente 
mais barato. Os valores baixos de seus produtos permanecem até que a 
empresa consiga impactar as empresas concorrentes, que por vezes 
perdem a condição de continuar suas atividades, chegando à falência. 
Com a quebra das concorrentes, essa empresa passa a praticar preços 
abusivos. 
Controle de abastecimento 
Esse controle é feito pelo Estado que, ao intervir no domínio 
econômico, mantém o mercado consumidor abastecido de produtos e 
serviços necessários para suprir a necessidade da coletividade. 
Conforme afirma Carvalho Filho, é comum em momentos de crises 
ou de inflações que as empresas retenham os seus produtos ou deixem 
de prestar os seus serviços, de forma que a população é prejudicada, 
gerando insuficiência de consumo. Geralmente o controle de 
abastecimento não passa de especulação de mercado e caracteriza o 
domínio econômico. 
Tabelamento de preços 
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Conforme Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo descrevem, os 
preços classificam-se em privados (que se originam das condições 
normais de mercado) e públicos (estabelecidos unilateralmente pelo 
poder público, mediante a fixação de tarifa ou preço público). 
O Estado atua no tabelamento de preços privados, nos limites da 
lei, quando o preço de mercado, referente à oferta e procura, não supre 
ao interesse público. 
Na prática, o Estado determina quanto deve custar produtos 
essenciais para a sociedade em momentos de crise de abastecimento, 
como combustíveis e alimentos, ou como instrumento para conter uma 
disparada na inflação. 
Criação de empresas estatais 
A Constituição prevê a atuação do Estado no domínio econômico 
através da criação de entidades estatais como, por exemplo, de 
sociedades de economia mista e empresas públicas. Sendo que só é 
permitida tal criação autorizada por lei específica e quando necessária 
aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse 
coletivo, determinados por lei. 
Atualmente, a criação das Agências Reguladoras, que são 
autarquias em regime especial, tem sido feita para promover 
intervenções específicas na ordem econômica, regulando e fiscalizando 
atividades prestadoras de serviços públicos essenciais. 
 
 
 
 
 
 
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11. Questões 
 
 
1. (FCC - 2012 - MPE-AL - Promotor de Justiça) No tocante às 
restrições e intervenções na propriedade, o tratamento dado 
ao assunto pelo Direito Brasileiro 
 a) permite que um particular seja sujeito ativo da desapropriação 
judicial em face de outro particular, cujo imóvel seja objeto da 
expropriação. 
 b) não admite hipótese de expropriação de bens destituída de 
justa indenização. 
 c) prevê que sempre haverá indenização em favor do particular, 
pelo simples uso de sua propriedade, caso seja ela requisitada em 
virtude de iminente perigo público. 
 d) admite a desapropriação sem pagamento prévio de 
indenização, caso se trate de imóvel urbano não edificado, subutilizado 
ou não utilizado, desde que tal imóvel se situe em área definida pela lei 
federal como de especial interesse social. 
 e) impede a desapropriação de bens de família. 
 
2. (2012/FCC/TRF - 2ª REGIÃO/Analista Judiciário - Área 
Judiciária) Parte da propriedade rural, localizada no município de 
Itambé do Sul, pertencente a Alberto e sua mulher Rosângela, foi 
objeto de intervenção do Estado por intermédio da União. O respectivo 
ato administrativo estabeleceu restrições e condicionamentos ao uso 
daquele bem imóvel, devendo o Poder Público indenizar, caso ocorram, 
os respectivos danos. Nesse caso, as características da situação jurídica 
acima correspondem à 
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a) requisição administrativa, abrangendo apenas imóveis, não é 
auto-executória e preserva a propriedade com os seus donos. 
b) servidão administrativa como direito real público, tem 
caráter de definitividade e não retira a propriedade de seus donos. 
c) ocupação temporária como utilização provisória de bem 
imóvel, remunerada ou gratuita, retirando a propriedade de seus donos 
d) limitação administrativa, impondo apenas a obrigação de 
não fazer, correspondendo ao ato unilateral, retirando a propriedade de 
seus donos enquanto perdurar o ato. 
e) desapropriação para proteger o patrimônio público, 
provisória ou definitiva, esta última retirando o bem de seus 
proprietários. 
 
3. (2014/FCC/TRF - 4ª REGIÃO/Analista Judiciário - Área 
Judiciária - Execução de Mandados) A empresa responsável pelo 
abastecimento de água e saneamento local precisa implantar um 
emissário subterrâneo de esgoto em um terreno particular próximo à 
estação de tratamento existente, onde se cultiva cana-de-açúcar. Para 
tanto 
a) poderá instituir ocupação temporária ou requisição administrativa, 
que perdurarão pelo tempo necessário para a utilização do 
emissário, dispensando-se indenização ao proprietário. 
b) deverá adquirir a porção do terreno necessária à instalação 
da infraestrutura subterrânea. 
c) poderá desapropriar a porção de terreno necessária à 
instalação da infraestrutura, dispensada indenização, tendo em vista 
que não haverá restrição à exploração econômica. 
d) deverá decretar o tombamento da área, com a consequente 
preservação e impossibilidade de utilização da porção do terreno para 
outra finalidade além do emissário de esgoto. 
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e) poderá instituir servidão administrativa, indenizando o 
proprietário do terreno pelos prejuízos experimentados pela restrição 
operada. 
 
 
4. (FCC - 2012 - PGM-Joao Pessoa-PB - Procurador Municipal) 
A Secretaria Municipal de Cultura pretende instalar, em terreno de 
propriedade municipal, um cinema ao ar livre, como instalação 
permanente dedicada a incentivar a cultura cinematográfica no 
Município. Como tela de projeção, será utilizada a parede lateral, sem 
janelas, de um edifício particular lindeiro ao terreno público. Analisando 
a questão, o Procurador responsável pela consultoria jurídica da 
Secretaria alerta sobre a possibilidade de que o proprietário privado 
queira dar outra utilização à fachada cega - por exemplo, locando-a 
para anúncios publicitários - sendo conveniente utilizar-se de 
instrumento jurídico que garanta o funcionamento permanente do 
cinema. Diante da situação, é recomendável que o Município se utilize 
do seguinte instituto: 
 
 a) requisição administrativa. 
 b) ocupação temporária. 
 c) permissão de uso. 
 d) servidão administrativa. 
 e) desapropriação. 
 
5. (FCC - 2009 - TRT - 7ª Região (CE) - Analista Judiciário - 
Área Judiciária) Sobre as modalidades de intervenção do Estado na 
propriedade, é correto afirmar que 
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 a) o tombamento é medida sempre compulsória e definitiva. 
 b) a ocupação provisória caracteriza-se como a utilização 
temporária que o Estado faz de bem improdutivo ou produtivo 
exclusivamente para instalação de canteiro de obra de grande porte, 
sem direito a indenização do proprietário. 
 c) a requisição insere-se no poder discricionário da 
Administração e pode ser adotada em quaisquer circunstâncias, a 
critério do agente público competente. 
 d) a limitação administrativa é medida concreta, restrita a 
determinada propriedade e é sempre indenizável. 
 e) a servidão administrativa tem natureza de direito real e 
só é indenizável se causar dano ou prejuízo. 
 
6. (FCC - 2013 - DPE-AM - Defensor Público) São 
características da servidão administrativa: 
a) imperatividade, perpetuidade e natureza real. 
b) gratuidade, precariedade e natureza pessoal. 
c) consensualidade, perpetuidade e natureza real. 
d) autoexecutoriedade, perpetuidade e natureza pessoal. 
e) onerosidade, precariedade e natureza real 
 
 
 
7. (2014/FCC/Câmara Municipal de São Paulo ± SP/Procurador 
Legislativo)Analise a seguinte situação hipotética: Em razão da 
realização de evento desportivo de âmbito mundial, foi editada Lei 
Federal determinando que, durante o período de realização da referida 
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competição, os terrenos vagos de propriedade particular situados no 
raio de 3 (três) quilômetros dos estádios que sediam a competição, 
sejam colocados à disposição das respectivas Municipalidades-sedes, 
para fins de instalação de equipamentos necessários à segurança e 
comodidade dos frequentadores dos eventos do campeonato, como 
postos de policiamento e sanitários coletivos, assegurando-se 
indenização aos respectivos proprietários, com base em critérios 
estabelecidos na referida legislação. 
 
Em vista do relato, deve-se concluir que está sendo utiliza- do o 
instituto da 
a) ocupação temporária. 
b) locaçãocompulsória. 
c) desapropriação pro tempore. 
d) servidão administrativa. 
e) permissão de uso. 
 
8. (FCC/TCE-RO/Procurador/2010) Em relação às restrições do 
Estado sobre a propriedade privada é correto afirmar: 
a) A servidão administrativa impõe um ônus real ao imóvel, que 
fica em estado de sujeição à utilidade pública. 
b) Nas limitações administrativas impõe-se um dever de suportar, 
enquanto na servidão administrativa impõe-se um dever de não fazer. 
c) Nas limitações administrativas grava-se concreta e 
especificamente um bem determinado, gerando indenização 
correspondente ao sacrifício. 
d) A servidão administrativa impõe ônus de natureza pessoal ao 
imóvel gravado, de forma que a transferência do domínio exige 
renovação do gravame. 
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e) Nas limitações administrativas impõe-se ônus de natureza real 
a todos os imóveis abrangidos pela descrição do ato normativo 
correspondente. 
 
9. (2014/FCC/TJ-AP/Juiz) Segundo a Constituição Federal, são 
meios de promoção e proteção do patrimônio cultural brasileiro 
a) tombamento, registro e descoberta. 
b) apenas o tombamento e o registro. 
c) inventário, registro, vigilância, tombamento e desapropriação. 
d) tombamento, registro e ad corpus. 
e) apenas o tombamento e a desapropriação. 
10. (2012/FCC/TRT - 6ª Região (PE)/Analista Judiciário ± 
Arquitetura)O tombamento de bens culturais é um ato administrativo 
realizado pelo poder público, nos níveis federal, estadual ou municipal. 
Os tombamentos federais são da responsabilidade do IPHAN - Instituto 
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Sobre esse instrumento de 
preservação é correto afirmar que 
a) pode ser aplicado aos bens móveis e imóveis de interesse cultural e 
ambiental, desde que estes mantenham intactas suas características 
e feições originais. 
b) pode ser aplicado exclusivamente aos bens imóveis de interesse 
cultural e ambiental, excetuando os bens móveis como livros, 
mobiliário e obras de arte. 
c) tem início pelo pedido de abertura de processo, por iniciativa 
exclusiva de um técnico ou especialista no campo da preservação 
cultural. 
d) tem por objetivo preservar bens materiais de interesse para a 
preservação da memória coletiva, mediante a desapropriação do 
bem sob proteção legal, que passa a ser de propriedade pública. 
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e) tem por objetivo preservar bens de valor histórico, cultural, 
arquitetônico, ambiental e também de valor afetivo para a 
população, impedindo a destruição e/ou descaracterização de tais 
bens. 
 
 
11. (2013/FCC/Caixa/Engenheiro Civil)O patrimônio histórico e 
artístico nacional é constituído de um conjunto de bens móveis e 
imóveis existentes no país e cuja conservação seja de interesse público. 
Sobre o tombamento, considere: 
 
 I. Pode vir a constituir o patrimônio histórico e artístico nacional, o 
conjunto de bens móveis ou imóveis que estão vinculados a fatos 
memoráveis da história do Brasil. 
 
 II. Os bens locados para órgãos públicos são considerados partes 
integrantes do patrimônio histórico e artístico nacional mesmo antes de 
inscritos nos Livros do Tombo. 
 
 III. Os bens tombados não poderão ser destruídos ou demolidos 
sem prévia autorização do serviço do patrimônio histórico e artístico 
nacional. Contudo, poderão ser reparados, pintados ou restaurados 
antes de prévia autorização. 
 
 IV. Excluem- se do patrimônio histórico e artístico nacional as 
obras de origem estrangeira que pertenceram às representações 
diplomáticas acreditadas no país. 
 
 Está correto o que se afirma em 
 
a) I, II, III e IV. 
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b) II e III, apenas. 
c) I, II e IV, apenas. 
d) III e IV, apenas. 
e) I e IV, apenas. 
 
 
12. (FCC - 2011 - TCE-SE - Analista de Controle Externo - 
Coordenadoria Jurídica) A proteção e defesa pelo Estado dos bens 
detentores de valor histórico, artístico, estético, paisagístico ou turístico 
poderá ser feita mediante o instituto do tombamento 
 a) exclusivamente. 
 b) que implicará a transferência de titularidade desses bens ao 
Estado. 
 c) cujos efeitos legais produzidos incidem precipuamente sobre 
bens imateriais. 
 d) que gerará ao Estado o dever de indenizar o proprietário, em 
todos os casos e em valor equivalente à totalidade do bem 
tombado. 
 e) que se aplica a bens públicos ou privados. 
 
13. (FCC - 2013 - TJ-PE - Titular de Serviços de Notas e de 
Registros ± Provimento) O tombamento constitui uma das formas de 
intervenção do Estado na propriedade, que tem por objetivo a proteção 
do patrimônio histórico e artístico, 
 
 a) importando a restrição ao exercício de todos os direitos 
inerentes ao domínio, quando compulsório. 
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 b) sendo sempre compulsório quando incidente sobre bens 
particulares e voluntário quando se trate de bens de entidades públicas. 
 c) não podendo incidir sobre bens de origem estrangeira que 
pertençam a representações diplomáticas e consulares acreditadas no 
país. 
 d) recaindo somente sobre bens de propriedade privada, 
móveis ou imóveis, materiais ou imateriais, sendo vedado o 
tombamento de bens públicos. 
 e) podendo incidir sobre bens privados, nacionais ou 
estrangeiros, sendo compulsório na primeira hipótese e voluntário na 
segunda. 
 
 
14. (2012/FCC/TJ-GO/Juiz) Relativamente à desapropriação por 
interesse social, para fins de reforma agrária, 
a) as benfeitorias necessárias serão indenizadas em dinheiro, mas 
não as úteis. 
b) o decreto que declarar o imóvel como de interesse social, para 
fins de reforma agrária, autoriza o Município a propor a ação de 
desapropriação. 
c) cabe à lei ordinária estabelecer procedimento contraditório 
especial, de rito sumário, para o processo judicial de 
desapropriação. 
d) o orçamento fixará a cada dois anos o volume total de títulos da 
dívida agrária, assim como o montante de recursos para atender 
ao programa de reforma agrária no biênio. 
e) são isentas de impostos federais, estaduais e municipais as 
operações de transferência de imóveis desapropriados para fins 
de reforma agrária. 
 
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