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Contratos Administrativos na Lei n.º 8.666/1993

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Direito Administrativo p/ Analista Judiciário do 
TRT-MG. Teoria e exercícios comentados 
 
Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 08 
 
 
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Como vimos, o art. 60, parágrafo único, da Lei n.º 8.666/1993, 
DILUPD� TXH� ³p� QXOR� H� GH� QHQKXP� HIHLWR� R� FRQWUDWR� YHUEDO� FRP� D�
Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, 
assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) 
do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea a desta Lei, feitas em 
UHJLPH�GH�DGLDQWDPHQWR´��2�YDORU�GLVFULPLQDGR�QD�OHL�p��DWXDOPHQWH��GH�
R$ 4.000,00 (quatro mil reais). 
Além de ser escrito, o contrato administrativo deve mencionar os 
nomes das partes e os de seus representantes, a finalidade, o ato que 
autorizou a sua lavratura, o número do processo da licitação, da 
dispensa ou da inexigibilidade, a sujeição dos contratantes às normas 
da Lei n.º 8.666/1993 e às cláusulas contratuais (art. 61). 
É condição de eficácia do contrato administrativo a publicação de 
seu instrumento e dos aditamentos, ao menos de forma resumida, na 
imprensa oficial (art. 61, parágrafo único). No caso de dispensa e de 
inexigibilidade de licitação, como bem observam Marcelo Alexandrino e 
Vicente Paulo (2010, p. 498), além da publicação do instrumento, 
devem ser publicados os atos de ratificação do procedimento praticados 
pela autoridade superior (art. 26). 
2�DUW������SRU�VXD�YH]��REVHUYD�TXH�³R� LQVWUXPHQWR�GH�FRQWUDWR�p�
obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem 
como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam 
compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e 
facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por 
outros instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho 
GH�GHVSHVD��DXWRUL]DomR�GH�FRPSUD�RX�RUGHP�GH�H[HFXomR�GH�VHUYLoR´�� 
A Administração convocará o vencedor da licitação para assinar o 
termo de contrato, aceitar ou retirar o instrumento equivalente, dentro 
das condições estabelecidas e do prazo definido em edital ± que poderá 
ser prorrogado por uma vez por igual período, sob pena de decair o 
direito à contratação (art. 64). Vale observar que, se decorridos 60 dias 
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uma única escolha: concordar ou não com todas as cláusulas que lhe 
serão impostas caso venha a ganhar a licitação. 
 
2.1.3. Natureza intuitu personae 
Os contratos administrativos são celebrados, em regra, após o 
encerramento de um longo e complexo procedimento licitatório. Nesse 
procedimento, a Administração verifica se o interessado tem condições 
jurídicas, técnicas, econômico-financeiras e regularidade fiscal. Essa 
avaliação tem o propósito de minimizar os riscos da Administração e 
garantir que o bem contratado seja entregue pelo vencedor do certame. 
Depois de promovida essa complexa avaliação, seria uma 
incongruência e até mesmo uma violação ao princípio da isonomia 
admitir a transferência unilateral do objeto pelo contratado a um 
terceiro. 
Por isso, um dos motivos para a rescisão unilateral do 
FRQWUDWR�SHOD�$GPLQLVWUDomR�p�D�³VXEFRQWUDWDomR�WRWDO�RX�SDUFLDO�
do seu objeto, a associação do contratado com outrem, a cessão 
ou transferência, total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou 
incorporação, não admitidas no edital e no contrato´ (art. 78, VI). 
Mas essa é a regra! Toda regra tem exceção! E qual é a exceção, 
no caso, meus amigos? 
Se você for um leitor atento, percebeu que a parte final desse 
dispositivo prevê que não haverá a rescisão unilateral do contrato 
quando a subcontratação for admitida no edital e no contrato. 
A subcontratação é permitida pelo art. 72 da Lei n.º 8.666/1993, 
que possibilita ao contratado subcontratar partes da obra, serviço ou 
fornecimento, desde que previamente admitido pela Administração. 
É bom observar que a subcontratação ou terceirização é muito 
comum quando o objeto do contrato é uma obra de grande porte. Ao 
empreiteiro contratado é dada a possibilidade de subcontratar empresa 
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financeiro do contrato (art. 58, §§ 1.º e 2.º, e 65, § 6.º, da Lei n.º 
8.666/1993). 
A partir dessa análise, Di Pietro (2009, p. 275-278), com razão, 
informa que um dos traços característicos do contrato administrativo é 
a mutabilidade. Os interesses da Administração e os riscos 
relacionados ao objeto contratado são circunstâncias que podem variar 
no tempo. Nessas hipóteses, ainda que haja modificação no contrato, 
deve ser mantido o seu equilíbrio econômico e financeiro estabelecido 
inicialmente. Por isso, diz-se que o contrato administrativo é um 
instituto dinâmico. 
Para você ter uma noção, vale mencionar aqui os tipos de riscos 
que o particular enfrenta quando contrata com a Administração: 
(a) força maior; 
(b) álea ordinária ou empresarial; 
(c) álea administrativa, que se subdivide em poder de alteração 
unilateral do contrato, fato do príncipe e fato da 
Administração; e 
(d) álea econômica. 
Em todos esses casos, a Administração responde sozinha pela 
recomposição do equilíbrio econômico-financeiro. 
Com relação a esse tema, vale destacar as distinções 
conceituais entre revisão, reajuste e repactuação. 
Para o restabelecimento do equilíbrio econômico financeiro do 
contrato, a Administração deve promover a revisão do valor 
contratado. Ela ocorre quando a administração procede à alteração 
XQLODWHUDO�GDV�FOiXVXODV�GH�H[HFXomR�³RX�TXDQGR�DOJXP�HYHQWR��PHVPR�
que externo ao contrato, modifica extraordinariamente os custos de 
VXD�H[HFXomR´��$/(;$1'5,12�e PAULO, 2010, p. 503-504). 
Já o reajuste é promovido por imposição legal do art. 55, III, da 
Lei n.º 8.666/1993, e corresponde à modificação periódica de preços e 
WDULIDV�HP�GHFRUUrQFLD�GD�³inflação ordinária ou da perda ordinária 
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cláusulas contratuais, atraso injustificado, paralisação sem 
justa causa, subcontratação irregular, faltas reiteradas na 
execução, caso fortuito ou força maior impeditiva da 
execução do contrato; 
(b) inadimplemento com culpa (incisos IX a XI), que abrangem a 
insolvência, a dissolução ou alteração da estrutura da 
sociedade; 
(c) razões de interesse público (inciso XII); e 
(d) caso fortuito ou força maior (inciso XVII). 
A jurisprudência se consolidou no sentido de que a rescisão será 
sempre motivada, conferindo-se ao contratado a ampla defesa e o 
contraditório (STJ, RMS 20.385-PR). 
Nas hipóteses de rescisão unilateral por culpa do contratado, 
ocorrerá a assunção imediata do objeto do contrato (opcional), a 
ocupação e utilização do local, instalações,equipamentos, material e 
pessoal pela Administração de forma a dar continuidade à execução do 
contrato (opcional), execução da garantia contratual caso o contratado 
deva multas e indenizações à Administração, retenção dos créditos do 
contratado até o limite dos prejuízos do poder público e aplicação das 
sanções administrativas cabíveis (art. 80). 
Caso não haja culpa do contratado, as mesmas consequências 
são verificadas, uma vez que a lei não distingue as hipóteses de 
rescisão com culpa das hipóteses em que há culpa do contratado. O art. 
79, § 2.º, contudo, informa que a rescisão levada a cabo pela 
Administração, sem qualquer interferência do contratado gera o direito 
deste de ser indenizado pelos prejuízos que houver sofrido (danos 
emergentes) e pelo custo da desmobilização, de ver devolvida a 
garantia prestada e de receber o pagamento pelo que executou até o 
momento da rescisão. 
 
 
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 a) exigem seguros por dano material e moral, bem como garantia 
contratual. 
 b) colocadas no contrato, extrapolam seu objeto e prazo de 
execução. 
 c) estabelecem obrigações para as partes, não previstas em lei. 
 d) fixam a duração do contrato além da vigência dos respectivos 
créditos orçamentários e estabelecem o foro do domicílio do contratado 
como competente para dirimir qualquer questão sobre o contrato. 
 e) conferem determinadas prerrogativas à Administração Pública, 
colocando-a em situação de superioridade em relação ao particular 
contratado. 
 
Vamos relembrar as cláusulas exorbitantes? As cláusulas 
exorbitantes são: alteração e rescisão unilaterais, equilíbrio econômico 
e financeiro do contrato, reajustamento de preços e tarifas, exceção do 
contrato não cumprido, controle do contrato, aplicação de penalidades, 
ocupação provisória de bens e serviços essenciais. Portanto, tais 
cláusulas conferem prerrogativas à Administração Pública, colocando-a 
em situação de superioridade em relação ao contratado. 
Gabarito: E 
 
4. (VUNESP - 2013 - ITESP ± Advogado) Nos termos da Lei n.º 
8.666/93, o contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições 
contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, 
serviços ou compras, até: 
 a) 25% do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso 
particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 
50% para os seus acréscimos. 
 b) 30% do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso 
particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 
50% para os seus acréscimos. 
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 b) são alteráveis unilateralmente por conta do princípio da 
supremacia do interesse público. 
 c) não podem ser alteradas. 
 d) não poderão ser alteradas sem prévia concordância do 
contratado. 
 e) exigem que sejam revistas semestralmente. 
 
Pessoal, levem essa questão para sua prova, ok? As cláusulas 
econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos não 
poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado. 
Gabarito: D 
 
6. (FCC - 2012 - TCE-AP - Analista de Controle Externo) Os 
limites estabelecidos pela Lei no 8.666, de 1993 e alterações 
posteriores, para celebração de aditivos de obras novas, são 
a) acréscimo de até 25% do valor inicial. 
b) supressão de até 35% do valor inicial, não podendo exceder o 
limite ainda que haja acordo entre as partes. 
c) acréscimo de até 35% e supressão de 55% do valor inicial. 
d) acréscimo de até 50% do valor inicial. 
e) supressão de até 50% do valor inicial, podendo exceder o limite 
caso haja acordo entre as partes. 
Resposta: 
Letra (A). O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas 
condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas 
obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor 
inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de 
edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinqüenta por cento) 
para os seus acréscimos (art. 65, §1º, Lei nº 8.666/93). Logo, está 
CORRETA. 
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Letra (B). No caso de obras novas, a supressão é de até 25% e não 
35%. Além disso, as supressões resultantes de acordo celebrado entre 
os contratantes podem superar os limites previstos (art. 65, §2º, inciso 
II, Lei nº 8.666/93). Logo, está INCORRETA. 
Letra (C). No caso de obras novas, tanto o acréscimo como a 
supressão são de até 25%. Logo, está INCORRETA. 
Letra (D). O acréscimo pode ser de até 25% nesse caso. Logo, está 
INCORRETA. 
Letra (E). A supressão pode ser até 25% nesse caso. Logo, está 
INCORRETA. 
 
7. (VUNESP - 2011 - TJ-SP - Titular de Serviços de Notas e de 
Registros - Critério Remoção) Em matéria de contrato administrativo, o 
que se entende por cláusulas exorbitantes? 
 a) As que conferem certas vantagens ao particular, como o uso 
especial de bem público. 
 b) As que estabelecem uma prerrogativa em favor do contratado 
particular, sem atender ao interesse público. 
 c) As que extrapolam a vontade das partes. 
 d) As que excedem do direito comum, para consignarem uma 
vantagem ou uma restrição à administração ou ao contratado. 
 
As cláusulas exorbitantes são chamadas exorbitantes justamente 
porque exorbitam, extrapolam as cláusulas comuns do direito privado e 
não seriam neste admissíveis. As cláusulas exorbitantes são: alteração 
e rescisão unilaterais, equilíbrio econômico e financeiro do contrato, 
reajustamento de preços e tarifas, exceção do contrato não cumprido, 
controle do contrato, aplicação de penalidades, ocupação provisória de 
bens e serviços essenciais. 
Gabarito: D 
 
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8. (VUNESP - 2011 - TJ-SP - Titular de Serviços de Notas e de 
Registros - Critério Remoção) O atraso injustificado na execução do 
contrato administrativo sujeitará o contratado 
 a) à suspensão temporária da participação em licitações e 
impedimento de contratar com a Administração pelo prazo de 05 anos. 
 b) ao pagamento de multa, independentemente de previsão no ato 
convocatório e no contrato administrativo. 
 c) à perda total da garantia do respectivo contrato 
cumulativamente com a incidência da multa. 
 d) à rescisão unilateral do contrato pela Administração, sem 
prejuízo de outras sanções previstas na lei. 
 
Vamos rever as hipóteses de rescisão unilateral do contrato? 
(a) casos de inadimplemento com culpa (incisos I a VIII e XVII 
do art. 78), abrangendo hipóteses como nãocumprimento, 
cumprimento irregular ou lentidão no cumprimento das cláusulas 
contratuais, atraso injustificado, paralisação sem justa causa, 
subcontratação irregular, faltas reiteradas na execução, caso fortuito ou 
força maior impeditiva da execução do contrato; 
(b) inadimplemento com culpa (incisos IX a XI), que abrangem 
a insolvência, a dissolução ou alteração da estrutura da sociedade; 
(c) razões de interesse público (inciso XII); e 
(d) caso fortuito ou força maior (inciso XVII). 
 
Gabarito: D 
 
9. (FCC 2014 - SEFAZ-RJ - Auditor Fiscal da Receita Estadual - 
Contratos administrativos) No curso da execução de um contrato 
administrativo, de prestação de serviços, subordinado ao regime da Lei 
no 8.666/93, a Administração manifesta ao particular contratado sua 
decisão unilateral de suprimir parte do objeto contratual de modo a 
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provocar redução de 40% no valor do contrato. O particular reage, 
expressando para a própria administração a ilegalidade da medida. 
Ouvindo os argumentos do particular, a administração propõe, então, 
que a mesma redução ocorra por acordo das partes, com o que o 
particular consente. Nessa situação, o resultado final é: 
a) ilegal, pois a supressão para além de 25% só é possível no caso de 
reforma de edifício ou equipamento. 
b) legal, na medida em que a Lei nº 8.666/93 acolhe a possibilidade de 
alteração de contrato, com supressão no patamar indicado, se 
decorrente de acordo das partes. 
c) ilegal, pois a ilegalidade inicial, decorrente da decisão de alteração 
unilateral, não pode ser sanada pelo acordo do particular. 
d) legal, como de todo modo também seria legal se decorrente de 
alteração unilateral imposta pela administração. 
e) ilegal, pois a apreciação da ilegalidade da decisão administrativa 
caberia ao Poder Judiciário e não à própria administração. 
Resposta: 
Amigos a Lei de Licitações determina em seu artigo 65, que os 
contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas 
justificativas, no seguinte caso, unilateralmente pela Administração, 
quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou 
serviço, bem como do modo de fornecimento, em face de verificação 
técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais originários; mas 
devemos ter atenção já que o contratado fica obrigado a aceitar, nas 
mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se 
fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por 
cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de 
reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinqüenta 
por cento) para os seus acréscimos. 
Entretanto, como o contratado consentiu com a proposta mudou-se 
a situação e entrou na exceção da 8.666/93, isso porque o parágrafo 
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151567. No TCU: Decisão n.º 52/99-Plenário e Acórdão n.º 538/2009-
1.ª Câmara). 
A Lei n.º 8.443/1992 define que a penalidade em foco pode ser 
fixada por até cinco anos. Esse período pode ser maior se perdurarem 
os motivos determinantes da punição (art. 87, IV, da Lei n.º 
8.666/1993). Por outro lado, o prazo mínimo da declaração de 
inidoneidade é de dois anos, nos termos da parte final do mesmo 
dispositivo da Lei n.º 8.666/1993. 
A declaração de inidoneidade só pode ser aplicada por Ministro 
de Estado ou autoridade equivalente nas entidades federadas. 
O efeito dessa declaração, segundo recente orientação da Primeira 
Seção do STJ (MS 14002 e MS 13101), é ex nunc, ou seja, não interfere 
nos contratos preexistentes ou nos que estejam em andamento. 
Entretanto, a Administração pode promover medidas no sentido de 
rescindir esses contratos, nos moldes do art. 79 da Lei n.º 8.666/1993. 
Essas são as sanções administrativas a que se sujeitam os 
interessados em contratar com a Administração Pública. 
2.1.6.6. Ocupação provisória de bens e serviços essenciais 
Como bem observam Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo (2010, 
p. 509), há duas situações distintas em que se admite a ocupação 
temporária ou provisória: como medida acautelatória durante a 
execução do contrato em razão da irregularidade na sua execução (art. 
58, V, da Lei Geral) e como medida a assegurar a continuidade na 
prestação do serviço público após a rescisão contratual (art. 80, II, da 
mesma lei). 
Em ambos os casos, a Administração pode ocupar provisoriamente 
o local, instalações, equipamentos, material e pessoal empregados na 
execução do contrato. 
E o que acontece com o pessoal que tinha vínculo trabalhista com a 
empresa contratada? 
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b) a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a 
comprovar a impossibilidade da conclusão da obra, do serviço ou do 
fornecimento, nos prazos estipulados. 
c) a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem justa 
causa e prévia comunicação à Administração. 
d) a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da 
empresa contratada, que prejudique a execução do contrato. 
e) a supressão, por parte da Administração, de obras, serviços ou 
compras, acarretando modificação do valor inicial do contrato além do 
limite legalmente permitido. 
 
Resposta: 
Depois de estudar fica fácil. Na primeira questão, é óbvio que o 
equilíbrio financeiro não pode ser excluído de um contrato 
administrativo, sob pena de onerar demasiadamento o contratado. Se 
isso ocorresse, ninguém contrataria com a Administração. Por isso, o 
gabarito é a letra A. No mesmo sentido, na segunda questão, o item 
correto é a letra D. 
Na terceira questão, é evidente que o item D está correto. 
Na última, o item E é o gabarito da questão, pois a supressão 
unilateral do objeto do contrato por parte da Administração não é 
motivo para rescisão unilateral do contrato. 
 
14. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário) No 
tocante à formalização de todos os contratos administrativos, são 
cláusulas necessárias, dentre outras, as que estabeleçam: 
I. o objeto e seus elementos característicos. 
II. o regime de execução, a modalidade de garantia a ser ofertada pelo 
contratado e a forma de fornecimento. 
III. o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da 
classificação funcional programática e da categoria econômica. 
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inadequada execução do contrato administrativo dá lugar à imposição 
de sanções, dentre elas, a 
a) declaraçãode inidoneidade para licitar ou contratar com a 
Administração, penalidade que, dada a gravidade de sua natureza, 
absorve as demais sanções, excluindo a possibilidade de cumulação. 
b) suspensão temporária de participar de licitação, que deve se 
limitar a prazo não superior a 3 (três) anos, sob pena de ser obrigatória 
a imposição da penalidade de declaração de inidoneidade para licitar. 
c) multa pecuniária, que se presta a converter em pecúnia todos os 
prejuízos apurados pela Administração pública, não podendo, portanto, 
ser cumulada com outras sanções, com exceção da declaração de 
inidoneidade para contratar. 
d) declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a 
Administração, que poderá cessar, mediante reabilitação, no caso de 
ressarcimento pelo contratado pelos prejuízos resultantes da 
inadequada execução. 
e) advertência, que se impõe no caso de infrações leves e não 
gravosas, e, portanto, dispensa prévia observância do direito de defesa 
do contratado. 
Resposta: 
Essa questão pode ser respondida pela leitura do art. 87, da Lei 
8.666/93. Vejamos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Nos termos do art. 6.º, VII e VIII, há dois regimes de execução de 
obras: 
(a) direta, em que a execução é promovida pelos agentes da 
própria Administração; 
(b) indireta, em que a Administração contrata terceiros para a 
realização do objeto. Esta última modalidade de execução se subdivide 
em: 
x empreitada por preço global, em que o preço ajustado leva 
em consideração a obra como um todo; 
x empreitada por preço unitário, quando o preço leva em conta 
unidades determinadas da obra a ser realizada; 
x empreitada integral, quando a obra é contratada na sua 
integralidade, compreendendo todas as suas etapas, 
incluindo serviços e obras; e 
x tarefa, quando se ajusta mão de obra para pequenos 
trabalhos, por preço certo, com ou sem fornecimento de 
PDWHULDLV� �DUW����ž��9,,,�� ³G´��� LQGHSHQGHQWHPHQWH�GH�SUpYLD�
licitação. 
Só tem sentido se falar em contrato de obras públicas no regime 
de execução indireta. 
2.3.2. Contratos de serviços 
Serviço é conceituado pela lei em análise no art. 6.º, II, como toda 
atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse para a 
Administração. Melhor explicando, com fundamento em conceitos de 
direito civil, o serviço é uma obrigação que consiste num fazer. 
A lei distingue os serviços comuns, os quais não precisam ser 
executados por pessoas com habilitação específica, dos técnicos 
profissionais (art. 13), que exigem habilitação legal, seja através de 
curso superior específico ou de registro nos órgãos legalmente 
determinados (estudos técnicos, perícias, pareceres, assessorias, 
fiscalização, gerenciamento etc.). 
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2.3.3. Serviços contínuos (duração e prorrogação dos 
contratos) 
Serviços contínuos são aqueles que atendem necessidades 
permanentes da Administração (JUSTEN FILHO, 2008, p. 669). Por 
essa razão, esses serviços não podem sofrer solução de continuidade, 
ou seja, não podem ser interrompidos (GASPARINI, 2008, p. 704). 
Para ilustrar esse conceito, vale a transcrição do seguinte trecho do 
Acórdão 1382/2003 ± ���&kPDUD�GR�7&8��³'H�QDWXUH]D�FRQWLQXDGD�VmR�
os serviços que não podem ser interrompidos, por imprescindíveis ao 
funcionamento da entidade pública que deles se vale. Enquadram-se 
nessa categoria os serviços de limpeza e de vigilância, o fornecimento 
de água e de energia HOpWULFD��D�PDQXWHQomR�GH�HOHYDGRUHV´� 
A Lei n.º 8.666/1993 faz menção aos serviços contínuos quando 
trata da duração dos contratos administrativos. Via de regra, a 
duração desses contratos fica adstrita à vigência dos respectivos 
créditos orçamentários (art. 57, caput). 
As exceções a essa regra geral são: 
x os projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas 
estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser 
prorrogados se houver interesse da Administração e desde 
que isso tenha sido previsto no ato convocatório; 
x a prestação de serviços a serem executados de forma 
contínua; 
x o aluguel de equipamentos e a utilização de programas de 
informática, podendo a duração estender-se pelo prazo de 
até 48 (quarenta e oito) meses após o início da vigência do 
contrato; 
x as hipóteses previstas nos incisos IX (comprometimento da 
segurança nacional), XIX (compra de material de uso das 
Forças Armadas), XXVIII (produção de bens e serviços no 
País que envolvam alta complexidade tecnológica e defesa 
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nenhuma formalidade especial. Portanto, prescinde de qualquer 
autorização de outro poder. Simples, não? 
Gabarito: A 
 
18. (FCC - 2013 - MPE-SE - Analista) Após regular processo 
licitatório a Administração pública firmou, com a licitante vencedora, 
contrato para execução de serviços contínuos de limpeza hospitalar, 
cujo prazo de vigência inicial (de 12 meses) está para expirar. 
Considerando que a Administração não pode prescindir dos referidos 
serviços, necessários que são ao funcionamento regular da instituição 
hospitalar, ao administrador abre-se a possibilidade de: 
a) aditar o contrato, por se tratar de serviços a se-rem executados de 
forma contínua, mesmo após o escoamento do prazo de vigência 
originalmente fixado. 
b) prorrogar o contrato, por igual período, dispensada a realização de 
pesquisa de mercado para verificar a adequação dos preços. 
c) deixar escoar o prazo de vigência do ajuste, porquanto o contrato se 
transmutará de contrato por prazo determinado para contrato por prazo 
indeterminado, conforme ocorre nos contratos de locação. 
d) prorrogar o contrato, no prazo de vigência do ajuste, desde que haja 
autorização no instrumento convocatório e no contrato, com vistas à 
obtenção de preços e condições mais vantajosas, conforme análise de 
preços praticados no mercado. 
e) prorrogar o contrato, com vistas à obtenção de preços e condições 
mais vantajosas, no prazo de vigência do ajuste, possibilidade que 
dependerá da análise da adequação dos preços praticados com os de 
mercado, mas não estará limitada à existência de permissivo no 
instrumento convocatório e no contrato. 
Resposta: 
Como vimos, os contratos de prestação de serviços contínuos 
podem ser prorrogados sucessivamente, nos termos do art. 57, II, IV, 
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§§ 2º e 4º, da Lei nº 8.666/93. No entanto, existem alguns requisitos 
para a prorrogação:(a) obtenção de preços e condições mais 
vantajosas para a Administração; (b) prorrogação, limitada ao total 
de sessenta meses, por iguais e sucessivos períodos; (c) a vigência do 
contrato ainda não pode ter expirado; (d) justificativa por escrito 
do interesse na prorrogação; e (e) autorização da autoridade 
competente para celebrar o contrato. 
*DEDULWR��/HWUD�³G´� 
2.3.4. Contratos de fornecimento 
São aqueles destinados à aquisição de bens móveis necessários à 
consecução dos serviços administrativos. Alexandrino e Paulo (2010, p. 
535-536) observam, com razão, que o contrato de fornecimento é o 
mesmo que o contrato de compra e venda para a Administração. 
2.3.5. Contratos de concessão 
São aqueles cujo objeto é a execução de um serviço público, a 
realização de uma obra pública ou o uso de um bem público para que o 
particular o execute, o preste ou o use nas condições previstas sem que 
a titularidade do bem público envolvido passe para o patrimônio jurídico 
do particular. 
Desse modo, observa-se que os contratos de concessão podem ser 
divididos em (a) concessão de serviços públicos, (b) de uso de bem 
público, (c) concessão de direito real de uso de bem público e (d) de 
obra pública. 
A concessão de serviço público p�³R�FRQWUDWR�DGPLQLVWUDWLYR pelo 
qual a Administração Pública transfere, sob condições, a execução e 
exploração de certo serviço público que lhe é privativo a um particular 
que para isso manifeste interesse e que será remunerado 
adequadamente mediante a cobrança, dos usuários, de tarifa 
SUHYLDPHQWH�SRU�HOD�DSURYDGD´��*$63$5,1,��������S�������� 
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após o decurso do prazo de observação ± que não pode ser superior a 
90 (noventa) dias ± ou vistoria que comprove a adequação do objeto 
aos termos contratuais. 
Em se tratando de compras ou de locação de equipamentos, o 
objeto será recebido provisoriamente para efeito de posterior 
verificação da conformidade do material com a especificação e, 
posteriormente, de forma definitiva, após a verificação da qualidade e 
quantidade do material e consequente aceitação. Se a compra ou 
locação for de equipamento de grande vulto, o recebimento far-se-á 
mediante termo circunstanciado e, nos demais objetos, mediante 
recibo. 
A lei dispensa o recebimento provisório e informa que o 
recebimento definitivo será feito mediante recibo nos seguintes casos: 
x gêneros perecíveis e alimentação preparada, 
x serviços profissionais e obras e serviços de valor até R$ 
80.000,00 (oitenta mil reais), desde que não se componham 
de aparelhos, equipamentos e instalações sujeitos à 
verificação de funcionamento e produtividade. 
2.4.2. Anulação 
A Administração está sujeita ao princípio da legalidade e exerce o 
controle sobre seus atos. No exercício do poder de autotutela, a 
Administração deve anular seus atos quando eivados de vício de 
legalidade e pode revogá-los por motivo de conveniência ou 
oportunidade. Esse poder também pode ser exercido nos contratos de 
que a Administração é parte. 
O art. 59 da Lei n.º 8.666/1993 informa que a declaração de 
nulidade do contrato administrativo opera retroativamente impedindo 
os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de 
desconstituir os já produzidos. 
Apesar disso, se o contratado não foi o causador do vício, a 
Administração deve indenizá-lo pelo que houver executado até a data 
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executados de forma contínua, que poderão ter o seu prazo de vigência 
por tempo indeterminado. 
 b) Com base no princípio da supremacia do interesse público, as 
cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos 
administrativos poderão ser alteradas unilateralmente pela 
Administração, mesmo sem prévia concordância do contratado. 
 c) A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada 
por um representante da Administração especialmente designado, 
vedada a contratação de terceiros para assisti-lo nessa tarefa. 
 d) A declaração de nulidade do contrato administrativo opera 
retroativamente impedindo os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, 
deveria produzir, além de desconstituir os já produzidos. 
 e) A inadimplência do contratado, com referência aos encargos 
trabalhistas, fiscais e comerciais transfere à Administração Pública a 
responsabilidade por seu pagamento, sendo ambos responsáveis 
solidários por tais débitos. 
 
Acabamos de ver que o art. 59 da Lei n.º 8.666/1993 informa que 
a declaração de nulidade do contrato administrativo opera 
retroativamente impedindo os efeitos jurídicos que ele, 
ordinariamente, deveria produzir, além de desconstituir os já 
produzidos. 
Gabarito: D 
 
22. (FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Técnico 
Judiciário - Área Administrativa) A Administração Pública decide 
celebrar contrato administrativo com determinada Fundação brasileira 
incumbida estatutariamente da pesquisa, com inquestionável reputação 
ético-profissional e sem fins lucrativos. Nos termos da Lei no 8.666/93, 
que institui normas para licitações e contratos da Administração Pública, 
o processo administrativo que embasou a decisão mencionada: 
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a) rescisão do contrato, devendo a Administração Pública indenizar 
os sucessores do falecido por todo o período de vigência da avença, 
uma vez que não houve culpa do contratado. 
b) manutenção do contrato, podendo o falecido ser sucedido pelo 
segundo colocado no certame, caso este aceite as condições em curso. 
c) rescisão unilateral da avença pela Administração Pública, 
justificando-se a decisão pelas razões de interesse público devidamente 
justificadas. 
d) manutenção do contrato, que somente será rescindido por meio 
de ação judicial, uma vez que não houve culpa do contratado. 
e) rescisão do contrato, sem culpa do contratado, eximindo-se a 
Administração Pública de qualquer indenização pelos prejuízos sofridos, 
uma vez que não deu causa à rescisão. 
Resposta: 
Letra (A). Constitui motivo para rescisão do contrato a dissolução 
da sociedade ou o falecimento do contratado (art. 78, inciso X, Lei nº 
8.666/93). Como não houve culpa da parte, não se fala em indenização. 
Logo, está INCORRETA. 
Letra (B). É hipótese de rescisão contratual. Logo, está 
INCORRETA. 
Letra (C). Nesse caso, a Administração Pública não rescinde o 
contrato unilateralmente, pois a outra parte simplesmente deixa de 
existir. Logo, está INCORRETA. 
Letra (D). A rescisão do contrato não depende de ação judicial 
nesse caso. Logo, está INCORRETA. 
Letra (E). Constitui motivo para rescisão do contrato a dissolução 
da sociedade ou o falecimento do contratado (art. 78, inciso X, Lei nº 
8.666/93). Como não houve culpa da parte, não se fala em indenização. 
Logo,está CORRETA. 
 
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25. (FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Técnico Judiciário - 
Área Administrativa) Determinada empresa foi contratada mediante 
regular licitação para prestação de serviços de fornecimento de 
medicamentos para um estabelecimento hospitalar. No decorrer da 
execução do contrato, diante da má execução da prestação dos 
serviços, a Administração. 
a) poderá impor sanções à contratada, sendo vedada rescisão do 
contrato antes do advento do termo final. 
b) poderá rescindir o contrato administrativo antes do advento final, em 
razão da prerrogativa que dispõe a Administração para tanto. 
c) deverá assumir a prestação dos serviços diretamente, suspendendo a 
execução do contrato em curso. 
d) deverá suspender o contrato e convocar o segundo colocado na 
licitação para continuidade da execução do fornecimento. 
e) poderá suspender os pagamentos e a execução do contrato e 
promover licitação para contratação emergencial do mesmo objeto, qual 
seja, o fornecimento de medicamentos. 
Resposta: 
Como vimos, a Administração poderá rescindir o contrato caso a 
empresa contratada não cumpra o contrato total ou parcialmente. 
Gabarito: B 
 
26. (FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - 
Área Administrativa) De acordo com o previsto na Lei no 8.666/93, a 
inadequada execução do contrato administrativo dá lugar à imposição 
de sanções, dentre elas, a: 
a) declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a 
Administração, penalidade que, dada a gravidade de sua natureza, 
absorve as demais sanções, excluindo a possibilidade de cumulação. 
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b) suspensão temporária de participar de licitação, que deve se 
limitar a prazo não superior a 3 (três) anos, sob pena de ser obrigatória 
a imposição da penalidade de declaração de inidoneidade para licitar. 
c) multa pecuniária, que se presta a converter em pecúnia todos os 
prejuízos apurados pela Administração pública, não podendo, portanto, 
ser cumulada com outras sanções, com exceção da declaração de 
inidoneidade para contratar. 
d) declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a 
Administração, que poderá cessar, mediante reabilitação, no caso de 
ressarcimento pelo contratado pelos prejuízos resultantes da 
inadequada execução. 
e) advertência, que se impõe no caso de infrações leves e não 
gravosas, e, portanto, dispensa prévia observância do direito de defesa 
do contratado. 
Resposta: 
2� LWHP� ³D´� HVWD� LQFRUUHWR�� LVVR� SRUTXH� GHWHUPLQD� R� DUW�� ����
parágrafo segundo da Lei 8.666/93, que as sansões previstas nos 
incisos I, III e IV ± advertência, suspensão e impedimento, e declaração 
de inidoneidade ± deste artigo poderão ser aplicadas juntamente com a 
do inciso II, facultada a defesa prévia do interessado, no respectivo 
processo, no prazo de 5 (cinco) dias úteis. 
2� LWHP� ³E´� HVWD� HUUDGR�� Mi� TXH� R� DUW�� ���� LQFLVR� ,,,�� GD� /HL� GH�
Licitações diz que pela inexecução total ou parcial do contrato a 
Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado 
as seguinte sanções: suspensão temporária de participação em licitação 
e impedimento de contratar com a Administração, por prazo não 
superior a 2 (dois) anos. 
2� LWHP�³F´�HVWD� LQFRUUHWR��SRLV�DV sansões previstas nos incisos I, 
III e IV ± advertência, suspensão e impedimento, e declaração de 
inidoneidade ±, deste artigo poderão ser aplicadas juntamente com a do 
inciso II, facultada a defesa prévia do interessado, no respectivo 
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processo, no prazo de 5 (cinco) dias úteis ± art. 87, § 2º, da Lei 8. 
666/93. Portanto a multa pode ser cumulada com qualquer das outras 
penalidades previstas neste inciso. 
2�LWHP�³'´�p�R�FRUUHWR��FRUUHVSRQGH�DR�TXH�DGX]�R�DUW������LQFLVR�
IV, da Lei 8.666/93, que diz: declaração de inidoneidade para licitar ou 
contratar com a Administração Pública enquanto perdurarem os motivos 
determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação 
perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será 
concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos 
prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com 
base no inciso anterior. 
$� DOWHUQDWLYD� ³(´� HVWD� LQFRUUHWD�� Mi� TXH� SHOD� LQH[HFXomR� WRWDO� RX�
parcial do contrato a Administração poderá, garantida a previa defesa, 
aplicar ao contrato as seguinte sanções: advertência (art. 87, inciso I, 
da 8.666/93). 
,WHP�FRUUHWR��³D´� 
 
3) Sanções Administrativas e Penais 
 
Ânimo, caro aluno, vamos vencer mais um tema de nossa aula! 
Sabemos que na atividade de acompanhamento e fiscalização dos 
contratos administrativos, o agente poderá ser responsabilizado na 
esfera administrativa, civil e penal, pelo ato praticado que não condiz 
com a sua função. 
É prerrogativa da Administração aplicar sanções pelo 
descumprimento total ou parcial do que foi acordado entre as partes. 
A lei 8.666/93 diz que a recusa de injustificada do adjudicatário em 
assinar o contrato, aceitar ou retirar o instrumento equivalente, dentro 
do prazo estabelecido pela Administração, caracteriza o 
descumprimento total da obrigação assumida. 
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4) RESUMO 
 
Vamos aos principais pontos abordados nessa nossa aula. 
Primeiramente quanto aos contratos administrativos. 
O DUW�� ���� SDUiJUDIR�~QLFR�� GD� /HL� Q�ž������������� DILUPD�TXH� ³p�
nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o 
de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas 
de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no 
DUW������LQFLVR�,,��DOtQHD�D�GHVWD�/HL��IHLWDV�HP�UHJLPH�GH�DGLDQWDPHQWR´��
O valor discriminado na lei é, atualmente, de R$ 4.000,00 (quatro mil 
reais). 
2�DUW������SRU�VXD�YH]��REVHUYD�TXH�³R� LQVWUXPHQWR�GH�Fontrato é 
obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem 
como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam 
compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e 
facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por 
outros instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho 
GH�GHVSHVD��DXWRUL]DomR�GH�FRPSUD�RX�RUGHP�GH�H[HFXomR�GH�VHUYLoR´�� 
Caso haja a alteração do contrato administrativo, seja em razão de 
risco decorrente do negócio ou por vontade unilateral da Administração, 
o contratado terá direito ao restabelecimento doequilíbrio econômico e 
financeiro do contrato (art. 58, §§ 1.º e 2.º, e 65, § 6.º, da Lei n.º 
8.666/1993). 
As cláusulas exorbitantes são: alteração e rescisão unilaterais, 
equilíbrio econômico e financeiro do contrato, reajustamento de preços 
e tarifas, exceção do contrato não cumprido, controle do contrato, 
aplicação de penalidades, ocupação provisória de bens e serviços 
essenciais. 
Com relação à alteração dos contratos, especialmente quanto aos 
acréscimos ou supressões, vale a transcrição dos §§ 1º, 2º e 3º do art. 
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���GD�/HL�Qž�����������³§ 1o O contratado fica obrigado a aceitar, nas 
mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se 
fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por 
cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de 
reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinqüenta 
por cento) para os seus acréscimos. § 2o Nenhum acréscimo ou 
supressão poderá exceder os limites estabelecidos no parágrafo 
anterior, salvo: II - as supressões resultantes de acordo celebrado entre 
os contratantes. § 3o Se no contrato não houverem sido contemplados 
preços unitários para obras ou serviços, esses serão fixados mediante 
acordo entre as partes, respeitados os limites estabelecidos no 
§ 1o deste artigo´. 
Nas hipóteses de rescisão unilateral por culpa do contratado, 
ocorrerá a assunção imediata do objeto do contrato (opcional), a 
ocupação e utilização do local, instalações, equipamentos, material e 
pessoal pela Administração de forma a dar continuidade à execução do 
contrato (opcional), execução da garantia contratual caso o contratado 
deva multas e indenizações à Administração, retenção dos créditos do 
contratado até o limite dos prejuízos do poder público e aplicação das 
sanções administrativas cabíveis (art. 80). 
Caso não haja culpa do contratado, as mesmas consequências 
são verificadas, uma vez que a lei não distingue as hipóteses de 
rescisão com culpa das hipóteses em que há culpa do contratado. O art. 
79, § 2.º, contudo, informa que a rescisão levada a cabo pela 
Administração, sem qualquer interferência do contratado gera o direito 
deste de ser indenizado pelos prejuízos que houver sofrido (danos 
emergentes) e pelo custo da desmobilização, de ver devolvida a 
garantia prestada e de receber o pagamento pelo que executou até o 
momento da rescisão. 
Na Lei n.º 8.666/1993, a exceção do contrato não cumprido pode 
ser oposta contra a Administração quando o atraso no pagamento de 
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A duração dos contratos administrativos fica adstrita à vigência dos 
respectivos créditos orçamentários, salvo quando se tratar de produtos 
contemplados nas metas do Plano Plurianual, de serviços contínuos e de 
aluguel de equipamentos e utilização de programas de informática. 
Os contratos de concessão podem ser divididos em (a) concessão 
de serviços públicos, (b) de uso de bem público, (c) concessão de 
direito real de uso de bem público e (d) de obra pública. 
É importante que você saiba que pelo art. 87, da Lei 8.666/93 
podem ser aplicadas as seguintes sanções: 
x advertência; 
x multa; 
x suspensão temporária; (Prazo não superior a 2 anos) 
x declaração de inidoneidade. 
Na hipótese em que a multa supere a garantia prestada, além de 
perder a garantia, a contratada deverá pagar a diferença, que será 
descontada de eventuais pagamentos Administração ou cobrada 
judicialmente. 
Somente o Ministro de Estado, do Secretário Estadual ou Municipal, 
tem competência para sancionar com declaração de inidoneidade. A lei 
nos fala que no prazo de 10 (dez) dias da abertura de vista, podendo a 
reabilitação ser requerida após 2 (dois) anos de sua aplicação. 
Depois de recebida as denuncias e o réu for citado, este terá 10 
dias para apresentar a defesa escrita, podendo juntar documentos, 
arrolar as testemunhas que tiver, em número não superior a 5 (cinco), 
e indicar as demais provas que pretenda produzir. 
Da sentença proferida pelo juiz caberá apelação, que deverá ser 
interposta no prazo de 5 dias. 
A lei foi bem clara ao afirmar que no processamento e julgamento 
das infrações penais definidas nesta Lei, assim como nos recursos e nas 
execuções que lhes digam respeito, aplicar-se-ão, subsidiariamente, 
o Código de Processo Penal e a Lei de Execução Penal, art. 108. 
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Vamos agora às questões comentadas ao longo da aula. 
5) Questões 
 
1. (FCC - 2007 - Prefeitura de São Paulo - SP - Auditor Fiscal 
do Município - 2007) 
É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, 
a) salvo o de serviços comuns, de pronto pagamento, assim 
entendidos os que atendam a especificações usuais de mercado, de 
valor não superior a R$ 4.000,00. 
b) salvo o decorrente de dispensa de licitação. 
c) salvo o decorrente de inexigibilidade de licitação. 
d) salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim 
entendidas aquelas de valor não superior a R$ 4.000,00, feitas em 
regime de adiantamento. 
e) sem exceções. 
 
2. (VUNESP - 2014 - EMPLASA - Analista Jurídico ± Direito) 
No que se refere às peculiaridades dos contratos com a 
Administração Pública, é correto afirmar que; 
 a) a Administração Pública pode renunciar previamente ao poder 
de modificação unilateral do contrato 
 b) o reajustamento de preços é facultativo nos contratos 
administrativos de prestação de serviços de execução continuada, 
prorrogáveis até o limite de 05 anos. 
 c) o poder de modificação unilateral do contrato constitui preceito 
de ordem pública 
 d) são considerados irrelevantes os prazos de início, execução, 
recebimento provisório e definitivo previstos no edital que deu origem à 
contratação, para fins de reequilíbrio econômico-financeiro. 
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 e) o contrato ilegal só pode ser extinto por decisão judicial. 
 
3. (VUNESP - 2014 - EMPLASA - Analista Jurídico ± Direito) 
São cláusulas exorbitantes no contrato administrativo aquelas que; 
 a) exigem seguros por dano material e moral, bem como garantia 
contratual. 
 b) colocadas no contrato, extrapolam seu objeto e prazo de 
execução. 
 c) estabelecem obrigações para as partes, não previstas em lei. 
 d) fixam a duração do contrato além da vigência dos respectivos 
créditos orçamentários e estabelecem o foro do domicílio do contratado 
como competente para dirimir qualquer questão sobre o contrato.e) conferem determinadas prerrogativas à Administração Pública, 
colocando-a em situação de superioridade em relação ao particular 
contratado. 
 
4. (VUNESP - 2013 - ITESP ± Advogado) Nos termos da Lei n.º 
8.666/93, o contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições 
contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, 
serviços ou compras, até: 
 a) 25% do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso 
particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 
50% para os seus acréscimos. 
 b) 30% do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso 
particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 
50% para os seus acréscimos. 
 c) 30% do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso 
particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 
25% para os seus acréscimos. 
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 d) 25% do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso 
particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 
30% para os seus acréscimos. 
 e) 25% do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso 
particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 
75% para os seus acréscimos. 
 
5. (VUNESP - 2013 - CETESB ± Advogado) Conforme o 
disposto na Lei de Licitações e Contratos, as cláusulas econômico-
financeiras e monetárias dos contratos administrativos 
a) podem ser alteradas sem prévia concordância do contratante. 
 b) são alteráveis unilateralmente por conta do princípio da 
supremacia do interesse público. 
 c) não podem ser alteradas. 
 d) não poderão ser alteradas sem prévia concordância do 
contratado. 
 e) exigem que sejam revistas semestralmente. 
 
6. (FCC - 2012 - TCE-AP - Analista de Controle Externo) Os 
limites estabelecidos pela Lei no 8.666, de 1993 e alterações 
posteriores, para celebração de aditivos de obras novas, são 
a) acréscimo de até 25% do valor inicial. 
b) supressão de até 35% do valor inicial, não podendo exceder o 
limite ainda que haja acordo entre as partes. 
c) acréscimo de até 35% e supressão de 55% do valor inicial. 
d) acréscimo de até 50% do valor inicial. 
e) supressão de até 50% do valor inicial, podendo exceder o limite 
caso haja acordo entre as partes. 
 
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7. (VUNESP - 2011 - TJ-SP - Titular de Serviços de Notas e de 
Registros - Critério Remoção) Em matéria de contrato administrativo, o 
que se entende por cláusulas exorbitantes? 
a) As que conferem certas vantagens ao particular, como o uso 
especial de bem público. 
 b) As que estabelecem uma prerrogativa em favor do contratado 
particular, sem atender ao interesse público. 
 c) As que extrapolam a vontade das partes. 
 d) As que excedem do direito comum, para consignarem uma 
vantagem ou uma restrição à administração ou ao contratado. 
 
8. (VUNESP - 2011 - TJ-SP - Titular de Serviços de Notas e de 
Registros - Critério Remoção) O atraso injustificado na execução do 
contrato administrativo sujeitará o contratado 
 a) à suspensão temporária da participação em licitações e 
impedimento de contratar com a Administração pelo prazo de 05 anos. 
 b) ao pagamento de multa, independentemente de previsão no ato 
convocatório e no contrato administrativo. 
 c) à perda total da garantia do respectivo contrato 
cumulativamente com a incidência da multa. 
 d) à rescisão unilateral do contrato pela Administração, sem 
prejuízo de outras sanções previstas na lei. 
 
9. (FCC 2014 - SEFAZ-RJ - Auditor Fiscal da Receita Estadual - 
Contratos administrativos) No curso da execução de um contrato 
administrativo, de prestação de serviços, subordinado ao regime da Lei 
no 8.666/93, a Administração manifesta ao particular contratado sua 
decisão unilateral de suprimir parte do objeto contratual de modo a 
provocar redução de 40% no valor do contrato. O particular reage, 
expressando para a própria administração a ilegalidade da medida. 
Ouvindo os argumentos do particular, a administração propõe, então, 
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que a mesma redução ocorra por acordo das partes, com o que o 
particular consente. Nessa situação, o resultado final é: 
a) ilegal, pois a supressão para além de 25% só é possível no caso 
de reforma de edifício ou equipamento. 
b) legal, na medida em que a Lei nº 8.666/93 acolhe a 
possibilidade de alteração de contrato, com supressão no patamar 
indicado, se decorrente de acordo das partes. 
c) ilegal, pois a ilegalidade inicial, decorrente da decisão de 
alteração unilateral, não pode ser sanada pelo acordo do particular. 
d) legal, como de todo modo também seria legal se decorrente de 
alteração unilateral imposta pela administração. 
e) ilegal, pois a apreciação da ilegalidade da decisão administrativa 
caberia ao Poder Judiciário e não à própria administração. 
 
10. (FCC - 2013 - AL-PB - Procurador) A Lei Federal no 8.666/93 
agasalha a presença de diversas cláusulas exorbitantes que 
caracterizam o regime jurídico dos contratos administrativos e 
excepcionam o regime contratual comum. NÃO merece a qualificação de 
cláusula exorbitante a) o poder de rescisão unilateral do contrato, nos 
casos especificados na lei. 
 
a) o poder de rescisão unilateral do contrato, nos casos 
especificados na lei. 
b) o poder de modificação do contrato, independente da vontade 
do contratado, para melhor adequação às finalidades de interesse 
público, respeitados os direitos do contratado e os limites estabelecidos 
na lei. 
c) a chamada exceptio non adimpleti contractus (exceção do 
contrato não cumprido). 
d) a possibilidade de aplicar sanções ao contratado, de forma 
unilateral, pela inexecução parcial ou total do ajuste. 
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e) a prerrogativa de, nos casos de serviços essenciais, ocupar 
provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao 
objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração 
administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na 
hipótese de rescisão do contrato administrativo. 
 
 
11. (FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário - 
Área Administrativa) De acordo com o que dispõe a Lei no 8.666/93, a 
inexecução total ou parcial do contrato poderá sujeitar o contratado, 
entre outras, à penalidade de 
 
a) multa, que não poderá ser cumulada com outras sanções e 
limita-se ao valor da garantia contratual. 
b) inabilitação para contratar com a Administração, podendoser 
requerida a reabilitação após cinco anos de sua aplicação. 
c) suspensão temporária de participação em licitação e 
impedimento de contratar com a Administração, por prazo não superior 
a dois anos. 
d) suspensão para licitar ou contratar com a Administração, que 
pode ser substituída por multa limitada ao valor da garantia contratual. 
e) declaração de inidoneidade para participar de licitação ou 
contratar com a Administração, vedada a reabilitação. 
 
12. (FCC - 2012 - MPE-AL - Promotor de Justiça) Acerca dos 
contratos administrativos, é correto afirmar que 
a) a execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada 
por um representante da Administração especialmente designado, 
permitida a delegação dessa atribuição a terceiros contratados. 
b) o contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir 
ou substituir, às suas expensas, no total ou em parte, o objeto do 
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contrato em que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções 
resultantes da execução ou de materiais empregados, salvo se 
decorrentes de subcontratação. 
c) o contratado e a Administração são solidariamente responsáveis 
pelos danos causados a terceiros, decorrentes de culpa ou dolo na 
execução do contrato; porém, caso a Administração tenha sido omissa 
na fiscalização da execução, esta responderá de forma principal, 
remanescendo a responsabilidade subsidiária do contratado. 
d) a Administração Pública sempre responde solidariamente com o 
contratado pelos encargos trabalhistas resultantes da execução do 
contrato. 
e) em caso de contratação direta, se comprovado 
superfaturamento, respondem solidariamente pelo dano causado à 
Fazenda Pública o fornecedor ou o prestador de serviços e o agente 
público responsável, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis. 
 
 
13. (FCC - 2007 - Prefeitura de São Paulo - SP - Auditor Fiscal 
do Município) 
NÃO constitui motivo para a rescisão unilateral de um contrato 
administrativo pela Administração 
a) o não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações, 
projetos ou prazos, pela empresa contratada. 
b) a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a 
comprovar a impossibilidade da conclusão da obra, do serviço ou do 
fornecimento, nos prazos estipulados. 
c) a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem justa 
causa e prévia comunicação à Administração. 
d) a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura 
da empresa contratada, que prejudique a execução do contrato. 
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e) a supressão, por parte da Administração, de obras, serviços ou 
compras, acarretando modificação do valor inicial do contrato além do 
limite legalmente permitido. 
 
 
14. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário) No 
tocante à formalização de todos os contratos administrativos, são 
cláusulas necessárias, dentre outras, as que estabeleçam: 
I. o objeto e seus elementos característicos. 
II. o regime de execução, a modalidade de garantia a ser ofertada 
pelo contratado e a forma de fornecimento. 
III. o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da 
classificação funcional programática e da categoria econômica. 
IV. a obrigatoriedade da exigência de garantias, em qualquer 
hipótese, para assegurar sua plena execução. 
Nesses casos, está correto o que consta APENAS em 
a) I e II. 
b) I, III e IV. 
c) II e III. 
d) I, II e IV. 
e) I e III. 
 
15. (FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - 
Área Administrativa) De acordo com o previsto na Lei no 8.666/93, a 
inadequada execução do contrato administrativo dá lugar à imposição 
de sanções, dentre elas, a 
a) declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a 
Administração, penalidade que, dada a gravidade de sua natureza, 
absorve as demais sanções, excluindo a possibilidade de cumulação. 
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b) suspensão temporária de participar de licitação, que deve se 
limitar a prazo não superior a 3 (três) anos, sob pena de ser obrigatória 
a imposição da penalidade de declaração de inidoneidade para licitar. 
c) multa pecuniária, que se presta a converter em pecúnia todos os 
prejuízos apurados pela Administração pública, não podendo, portanto, 
ser cumulada com outras sanções, com exceção da declaração de 
inidoneidade para contratar. 
d) declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a 
Administração, que poderá cessar, mediante reabilitação, no caso de 
ressarcimento pelo contratado pelos prejuízos resultantes da 
inadequada execução. 
e) advertência, que se impõe no caso de infrações leves e não 
gravosas, e, portanto, dispensa prévia observância do direito de defesa 
do contratado. 
 
16. (FCC - 2013 - PGE-BA - Analista de Procuradoria - Área de 
Apoio Administrativo) NÃO constitui aspecto fundamental do regime 
jurídico dos contratos administrativos clássicos: 
a) a adoção das chamadas cláusulas exorbitantes. 
b) o exercício de prerrogativas pela Administração pública, 
enquanto parte. 
c) a garantia de equilíbrio econômico-financeiro ao particular 
contratado. 
d) direito do contratado de invocar a exceção do contrato não 
cumprido quando houver qualquer inadimplência da administração. 
e) a ocupação provisória de bens e serviços vinculados ao objeto 
do contrato, a título de cautela para apuração administrativa de faltas 
contratuais nos casos de serviços essenciais. 
 
 
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17. (VUNESP - 2013 - TJ-SP ± Juiz) A celebração de um contrato 
administrativo, tendo por objeto a construção de uma usina eólica, para 
ter validade jurídica, 
 a) prescinde de qualquer autorização de outro Poder, por falta de 
previsão constitucional. 
 b) está condicionada à aprovação popular. 
 c) reclama prévia autorização do Poder Judiciário. 
 d) está condicionada à prévia autorização do Poder Legislativo. 
 
18. (FCC - 2013 - MPE-SE - Analista) Após regular processo 
licitatório a Administração pública firmou, com a licitante vencedora, 
contrato para execução de serviços contínuos de limpeza hospitalar, 
cujo prazo de vigência inicial (de 12 meses) está para expirar. 
Considerando que a Administração não pode prescindir dos referidos 
serviços, necessários que são ao funcionamento regular da instituição 
hospitalar, ao administrador abre-se a possibilidade de 
 
a) aditar o contrato, por se tratar de serviços a se-rem executados 
de formacontínua, mesmo após o escoamento do prazo de vigência 
originalmente fixado. 
b) prorrogar o contrato, por igual período, dispensada a realização 
de pesquisa de mercado para verificar a adequação dos preços. 
c) deixar escoar o prazo de vigência do ajuste, porquanto o 
contrato se transmutará de contrato por prazo determinado para 
contrato por prazo indeterminado, conforme ocorre nos contratos de 
locação. 
d) prorrogar o contrato, no prazo de vigência do ajuste, desde que 
haja autorização no instrumento convocatório e no contrato, com vistas 
à obtenção de preços e condições mais vantajosas, conforme análise de 
preços praticados no mercado. 
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e) prorrogar o contrato, com vistas à obtenção de preços e 
condições mais vantajosas, no prazo de vigência do ajuste, 
possibilidade que dependerá da análise da adequação dos preços 
praticados com os de mercado, mas não estará limitada à existência de 
permissivo no instrumento convocatório e no contrato. 
 
19. (FCC - 2013 - PGE-BA - Analista de Procuradoria) 
Determinada autoridade administrativa outorgou concessão de uso, em 
caráter precário, de imóvel público a entidade privada, prevendo a 
possibilidade de retomada antes do prazo sem o pagamento de 
indenização ao permissionário. Referida decisão é 
a) ilegal, uma vez que a concessão de uso possui natureza 
contratual e não precária. 
b) ilegal, em face da impossibilidade de uso de bem público por 
particular. 
c) legal, desde que se trate de bem de uso comum do povo. 
d) legal, desde que se trate de bem não afetado ao serviço público. 
e) ilegal, em face da imprescritibilidade dos bens públicos. 
 
20. (FCC - 2012 - PGM-Joao Pessoa-PB - Procurador Municipal) 
A União Federal pretende transferir a administração de hospital público 
de sua rede a uma pessoa jurídica não- estatal. Sabe-se que haverá o 
aproveitamento de servidores públicos que já trabalhavam no hospital e 
que tal pessoa jurídica não será obrigada a investir na infraestrutura do 
estabelecimento hospitalar, mas apenas gerenciá-lo 
administrativamente e prestar os serviços aos seus usuários. Nesse 
caso, o ajuste a ser celebrado será um 
 
a) consórcio público. 
b) contrato de concessão administrativa. 
c) contrato de concessão patrocinada. 
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d) contrato de gestão. 
e) termo de parceria. 
 
 
21. (VUNESP - 2012 - SPTrans - Advogado Pleno ± 
Administrativo) Assinale a alternativa correta a respeito dos contratos 
administrativos, segundo as regras previstas na Lei de Licitações e 
Contratos. 
 a) O contrato de licitação deverá ser por prazo certo e 
determinado, exceto aquele relativo à prestação de serviços a serem 
executados de forma contínua, que poderão ter o seu prazo de vigência 
por tempo indeterminado. 
 b) Com base no princípio da supremacia do interesse público, as 
cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos 
administrativos poderão ser alteradas unilateralmente pela 
Administração, mesmo sem prévia concordância do contratado. 
 c) A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada 
por um representante da Administração especialmente designado, 
vedada a contratação de terceiros para assisti-lo nessa tarefa. 
 d) A declaração de nulidade do contrato administrativo opera 
retroativamente impedindo os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, 
deveria produzir, além de desconstituir os já produzidos. 
 e) A inadimplência do contratado, com referência aos encargos 
trabalhistas, fiscais e comerciais transfere à Administração Pública a 
responsabilidade por seu pagamento, sendo ambos responsáveis 
solidários por tais débitos. 
 
22. (FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Técnico 
Judiciário - Área Administrativa) A Administração Pública decide 
celebrar contrato administrativo com determinada Fundação brasileira 
incumbida estatutariamente da pesquisa, com inquestionável reputação 
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ético-profissional e sem fins lucrativos. Nos termos da Lei no 8.666/93, 
que institui normas para licitações e contratos da Administração Pública, 
o processo administrativo que embasou a decisão mencionada: 
 
a) não deve ser instruído com qualquer elemento, por tratar de 
hipótese de dispensa de licitação, basta a decisão da Administração em 
realizar a contratação. 
b) deve conter apenas a decisão final da Administração em realizar 
a contratação, por tratar de hipótese de inexigibilidade de licitação, já 
que os requisitos são objetivos, decorrem da lei. 
c) deve estar instruído apenas com as razões da escolha da 
menciona Fundação, não se exigindo justificativa de preço, pois as 
peculiaridades do ente a ser contratado são suficientes nesta hipótese. 
d) deve estar instruído, dentre outros elementos, com as 
razões da escolha da mencionada Fundação, bem como com a 
justificativa do preço 
e) deve estar instruído com o procedimento licitatório realizado 
para a escolha da mencionada Fundação, vez que a situação narrada 
exige licitação para a escolha do ente a ser contratado. 
 
23. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Técnico Judiciário) Sob o 
aspecto da inexecução e da rescisão dos contratos, NÃO constitui 
motivo, dentre outros, para a rescisão contratual: 
a) a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura 
da empresa, que prejudique a execução do contrato. 
b) a paralisação da obra, serviço ou fornecimento, sem justa causa 
e prévia comunicação à Administração. 
c) o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações, 
projetos e prazos. 
d) a dissolução da sociedade ou do falecimento do contratado. 
e) o atraso justificado no início da obra, serviço ou fornecimento. 
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24. (FCC - 2012 - TRE-PR - Analista Judiciário) No curso da 
execução de determinado contrato administrativo, precedido de regular 
licitação, o contratado veio a falecer, ensejando a 
a) rescisão do contrato, devendo a Administração Pública indenizar 
os sucessores do falecido por todo o período de vigência da avença, 
uma vez que não houve culpa do contratado. 
b) manutenção do contrato, podendo o falecido ser sucedido pelo 
segundo colocado no certame, caso este aceite as condições em curso. 
c) rescisão unilateral da avença pela Administração Pública, 
justificando-se a decisão pelas razões de interesse público devidamente 
justificadas. 
d) manutenção do contrato, que somente será rescindido por meio

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