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Direito Administrativo p/ Analista Judiciário do TRT-MG. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 08 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 87 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita Como vimos, o art. 60, parágrafo único, da Lei n.º 8.666/1993, DILUPD� TXH� ³p� QXOR� H� GH� QHQKXP� HIHLWR� R� FRQWUDWR� YHUEDO� FRP� D� Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea a desta Lei, feitas em UHJLPH�GH�DGLDQWDPHQWR´��2�YDORU�GLVFULPLQDGR�QD�OHL�p��DWXDOPHQWH��GH� R$ 4.000,00 (quatro mil reais). Além de ser escrito, o contrato administrativo deve mencionar os nomes das partes e os de seus representantes, a finalidade, o ato que autorizou a sua lavratura, o número do processo da licitação, da dispensa ou da inexigibilidade, a sujeição dos contratantes às normas da Lei n.º 8.666/1993 e às cláusulas contratuais (art. 61). É condição de eficácia do contrato administrativo a publicação de seu instrumento e dos aditamentos, ao menos de forma resumida, na imprensa oficial (art. 61, parágrafo único). No caso de dispensa e de inexigibilidade de licitação, como bem observam Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo (2010, p. 498), além da publicação do instrumento, devem ser publicados os atos de ratificação do procedimento praticados pela autoridade superior (art. 26). 2�DUW������SRU�VXD�YH]��REVHUYD�TXH�³R� LQVWUXPHQWR�GH�FRQWUDWR�p� obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho GH�GHVSHVD��DXWRUL]DomR�GH�FRPSUD�RX�RUGHP�GH�H[HFXomR�GH�VHUYLoR´�� A Administração convocará o vencedor da licitação para assinar o termo de contrato, aceitar ou retirar o instrumento equivalente, dentro das condições estabelecidas e do prazo definido em edital ± que poderá ser prorrogado por uma vez por igual período, sob pena de decair o direito à contratação (art. 64). Vale observar que, se decorridos 60 dias Direito Administrativo p/ Analista Judiciário do TRT-MG. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 08 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 87 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita uma única escolha: concordar ou não com todas as cláusulas que lhe serão impostas caso venha a ganhar a licitação. 2.1.3. Natureza intuitu personae Os contratos administrativos são celebrados, em regra, após o encerramento de um longo e complexo procedimento licitatório. Nesse procedimento, a Administração verifica se o interessado tem condições jurídicas, técnicas, econômico-financeiras e regularidade fiscal. Essa avaliação tem o propósito de minimizar os riscos da Administração e garantir que o bem contratado seja entregue pelo vencedor do certame. Depois de promovida essa complexa avaliação, seria uma incongruência e até mesmo uma violação ao princípio da isonomia admitir a transferência unilateral do objeto pelo contratado a um terceiro. Por isso, um dos motivos para a rescisão unilateral do FRQWUDWR�SHOD�$GPLQLVWUDomR�p�D�³VXEFRQWUDWDomR�WRWDO�RX�SDUFLDO� do seu objeto, a associação do contratado com outrem, a cessão ou transferência, total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou incorporação, não admitidas no edital e no contrato´ (art. 78, VI). Mas essa é a regra! Toda regra tem exceção! E qual é a exceção, no caso, meus amigos? Se você for um leitor atento, percebeu que a parte final desse dispositivo prevê que não haverá a rescisão unilateral do contrato quando a subcontratação for admitida no edital e no contrato. A subcontratação é permitida pelo art. 72 da Lei n.º 8.666/1993, que possibilita ao contratado subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, desde que previamente admitido pela Administração. É bom observar que a subcontratação ou terceirização é muito comum quando o objeto do contrato é uma obra de grande porte. Ao empreiteiro contratado é dada a possibilidade de subcontratar empresa Direito Administrativo p/ Analista Judiciário do TRT-MG. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 08 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 87 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita financeiro do contrato (art. 58, §§ 1.º e 2.º, e 65, § 6.º, da Lei n.º 8.666/1993). A partir dessa análise, Di Pietro (2009, p. 275-278), com razão, informa que um dos traços característicos do contrato administrativo é a mutabilidade. Os interesses da Administração e os riscos relacionados ao objeto contratado são circunstâncias que podem variar no tempo. Nessas hipóteses, ainda que haja modificação no contrato, deve ser mantido o seu equilíbrio econômico e financeiro estabelecido inicialmente. Por isso, diz-se que o contrato administrativo é um instituto dinâmico. Para você ter uma noção, vale mencionar aqui os tipos de riscos que o particular enfrenta quando contrata com a Administração: (a) força maior; (b) álea ordinária ou empresarial; (c) álea administrativa, que se subdivide em poder de alteração unilateral do contrato, fato do príncipe e fato da Administração; e (d) álea econômica. Em todos esses casos, a Administração responde sozinha pela recomposição do equilíbrio econômico-financeiro. Com relação a esse tema, vale destacar as distinções conceituais entre revisão, reajuste e repactuação. Para o restabelecimento do equilíbrio econômico financeiro do contrato, a Administração deve promover a revisão do valor contratado. Ela ocorre quando a administração procede à alteração XQLODWHUDO�GDV�FOiXVXODV�GH�H[HFXomR�³RX�TXDQGR�DOJXP�HYHQWR��PHVPR� que externo ao contrato, modifica extraordinariamente os custos de VXD�H[HFXomR´��$/(;$1'5,12�e PAULO, 2010, p. 503-504). Já o reajuste é promovido por imposição legal do art. 55, III, da Lei n.º 8.666/1993, e corresponde à modificação periódica de preços e WDULIDV�HP�GHFRUUrQFLD�GD�³inflação ordinária ou da perda ordinária Direito Administrativo p/ Analista Judiciário do TRT-MG. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 08 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 87 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita cláusulas contratuais, atraso injustificado, paralisação sem justa causa, subcontratação irregular, faltas reiteradas na execução, caso fortuito ou força maior impeditiva da execução do contrato; (b) inadimplemento com culpa (incisos IX a XI), que abrangem a insolvência, a dissolução ou alteração da estrutura da sociedade; (c) razões de interesse público (inciso XII); e (d) caso fortuito ou força maior (inciso XVII). A jurisprudência se consolidou no sentido de que a rescisão será sempre motivada, conferindo-se ao contratado a ampla defesa e o contraditório (STJ, RMS 20.385-PR). Nas hipóteses de rescisão unilateral por culpa do contratado, ocorrerá a assunção imediata do objeto do contrato (opcional), a ocupação e utilização do local, instalações,equipamentos, material e pessoal pela Administração de forma a dar continuidade à execução do contrato (opcional), execução da garantia contratual caso o contratado deva multas e indenizações à Administração, retenção dos créditos do contratado até o limite dos prejuízos do poder público e aplicação das sanções administrativas cabíveis (art. 80). Caso não haja culpa do contratado, as mesmas consequências são verificadas, uma vez que a lei não distingue as hipóteses de rescisão com culpa das hipóteses em que há culpa do contratado. O art. 79, § 2.º, contudo, informa que a rescisão levada a cabo pela Administração, sem qualquer interferência do contratado gera o direito deste de ser indenizado pelos prejuízos que houver sofrido (danos emergentes) e pelo custo da desmobilização, de ver devolvida a garantia prestada e de receber o pagamento pelo que executou até o momento da rescisão. Direito Administrativo p/ Analista Judiciário do TRT-MG. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 08 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 87 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita a) exigem seguros por dano material e moral, bem como garantia contratual. b) colocadas no contrato, extrapolam seu objeto e prazo de execução. c) estabelecem obrigações para as partes, não previstas em lei. d) fixam a duração do contrato além da vigência dos respectivos créditos orçamentários e estabelecem o foro do domicílio do contratado como competente para dirimir qualquer questão sobre o contrato. e) conferem determinadas prerrogativas à Administração Pública, colocando-a em situação de superioridade em relação ao particular contratado. Vamos relembrar as cláusulas exorbitantes? As cláusulas exorbitantes são: alteração e rescisão unilaterais, equilíbrio econômico e financeiro do contrato, reajustamento de preços e tarifas, exceção do contrato não cumprido, controle do contrato, aplicação de penalidades, ocupação provisória de bens e serviços essenciais. Portanto, tais cláusulas conferem prerrogativas à Administração Pública, colocando-a em situação de superioridade em relação ao contratado. Gabarito: E 4. (VUNESP - 2013 - ITESP ± Advogado) Nos termos da Lei n.º 8.666/93, o contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até: a) 25% do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% para os seus acréscimos. b) 30% do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% para os seus acréscimos. Direito Administrativo p/ Analista Judiciário do TRT-MG. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 08 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 87 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita b) são alteráveis unilateralmente por conta do princípio da supremacia do interesse público. c) não podem ser alteradas. d) não poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado. e) exigem que sejam revistas semestralmente. Pessoal, levem essa questão para sua prova, ok? As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos não poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado. Gabarito: D 6. (FCC - 2012 - TCE-AP - Analista de Controle Externo) Os limites estabelecidos pela Lei no 8.666, de 1993 e alterações posteriores, para celebração de aditivos de obras novas, são a) acréscimo de até 25% do valor inicial. b) supressão de até 35% do valor inicial, não podendo exceder o limite ainda que haja acordo entre as partes. c) acréscimo de até 35% e supressão de 55% do valor inicial. d) acréscimo de até 50% do valor inicial. e) supressão de até 50% do valor inicial, podendo exceder o limite caso haja acordo entre as partes. Resposta: Letra (A). O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinqüenta por cento) para os seus acréscimos (art. 65, §1º, Lei nº 8.666/93). Logo, está CORRETA. Direito Administrativo p/ Analista Judiciário do TRT-MG. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 08 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 87 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita Letra (B). No caso de obras novas, a supressão é de até 25% e não 35%. Além disso, as supressões resultantes de acordo celebrado entre os contratantes podem superar os limites previstos (art. 65, §2º, inciso II, Lei nº 8.666/93). Logo, está INCORRETA. Letra (C). No caso de obras novas, tanto o acréscimo como a supressão são de até 25%. Logo, está INCORRETA. Letra (D). O acréscimo pode ser de até 25% nesse caso. Logo, está INCORRETA. Letra (E). A supressão pode ser até 25% nesse caso. Logo, está INCORRETA. 7. (VUNESP - 2011 - TJ-SP - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Critério Remoção) Em matéria de contrato administrativo, o que se entende por cláusulas exorbitantes? a) As que conferem certas vantagens ao particular, como o uso especial de bem público. b) As que estabelecem uma prerrogativa em favor do contratado particular, sem atender ao interesse público. c) As que extrapolam a vontade das partes. d) As que excedem do direito comum, para consignarem uma vantagem ou uma restrição à administração ou ao contratado. As cláusulas exorbitantes são chamadas exorbitantes justamente porque exorbitam, extrapolam as cláusulas comuns do direito privado e não seriam neste admissíveis. As cláusulas exorbitantes são: alteração e rescisão unilaterais, equilíbrio econômico e financeiro do contrato, reajustamento de preços e tarifas, exceção do contrato não cumprido, controle do contrato, aplicação de penalidades, ocupação provisória de bens e serviços essenciais. Gabarito: D Direito Administrativo p/ Analista Judiciário do TRT-MG. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 08 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 87 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 8. (VUNESP - 2011 - TJ-SP - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Critério Remoção) O atraso injustificado na execução do contrato administrativo sujeitará o contratado a) à suspensão temporária da participação em licitações e impedimento de contratar com a Administração pelo prazo de 05 anos. b) ao pagamento de multa, independentemente de previsão no ato convocatório e no contrato administrativo. c) à perda total da garantia do respectivo contrato cumulativamente com a incidência da multa. d) à rescisão unilateral do contrato pela Administração, sem prejuízo de outras sanções previstas na lei. Vamos rever as hipóteses de rescisão unilateral do contrato? (a) casos de inadimplemento com culpa (incisos I a VIII e XVII do art. 78), abrangendo hipóteses como nãocumprimento, cumprimento irregular ou lentidão no cumprimento das cláusulas contratuais, atraso injustificado, paralisação sem justa causa, subcontratação irregular, faltas reiteradas na execução, caso fortuito ou força maior impeditiva da execução do contrato; (b) inadimplemento com culpa (incisos IX a XI), que abrangem a insolvência, a dissolução ou alteração da estrutura da sociedade; (c) razões de interesse público (inciso XII); e (d) caso fortuito ou força maior (inciso XVII). Gabarito: D 9. (FCC 2014 - SEFAZ-RJ - Auditor Fiscal da Receita Estadual - Contratos administrativos) No curso da execução de um contrato administrativo, de prestação de serviços, subordinado ao regime da Lei no 8.666/93, a Administração manifesta ao particular contratado sua decisão unilateral de suprimir parte do objeto contratual de modo a Direito Administrativo p/ Analista Judiciário do TRT-MG. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 08 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 87 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita provocar redução de 40% no valor do contrato. O particular reage, expressando para a própria administração a ilegalidade da medida. Ouvindo os argumentos do particular, a administração propõe, então, que a mesma redução ocorra por acordo das partes, com o que o particular consente. Nessa situação, o resultado final é: a) ilegal, pois a supressão para além de 25% só é possível no caso de reforma de edifício ou equipamento. b) legal, na medida em que a Lei nº 8.666/93 acolhe a possibilidade de alteração de contrato, com supressão no patamar indicado, se decorrente de acordo das partes. c) ilegal, pois a ilegalidade inicial, decorrente da decisão de alteração unilateral, não pode ser sanada pelo acordo do particular. d) legal, como de todo modo também seria legal se decorrente de alteração unilateral imposta pela administração. e) ilegal, pois a apreciação da ilegalidade da decisão administrativa caberia ao Poder Judiciário e não à própria administração. Resposta: Amigos a Lei de Licitações determina em seu artigo 65, que os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, no seguinte caso, unilateralmente pela Administração, quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou serviço, bem como do modo de fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais originários; mas devemos ter atenção já que o contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinqüenta por cento) para os seus acréscimos. Entretanto, como o contratado consentiu com a proposta mudou-se a situação e entrou na exceção da 8.666/93, isso porque o parágrafo Direito Administrativo p/ Analista Judiciário do TRT-MG. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 08 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 87 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 151567. No TCU: Decisão n.º 52/99-Plenário e Acórdão n.º 538/2009- 1.ª Câmara). A Lei n.º 8.443/1992 define que a penalidade em foco pode ser fixada por até cinco anos. Esse período pode ser maior se perdurarem os motivos determinantes da punição (art. 87, IV, da Lei n.º 8.666/1993). Por outro lado, o prazo mínimo da declaração de inidoneidade é de dois anos, nos termos da parte final do mesmo dispositivo da Lei n.º 8.666/1993. A declaração de inidoneidade só pode ser aplicada por Ministro de Estado ou autoridade equivalente nas entidades federadas. O efeito dessa declaração, segundo recente orientação da Primeira Seção do STJ (MS 14002 e MS 13101), é ex nunc, ou seja, não interfere nos contratos preexistentes ou nos que estejam em andamento. Entretanto, a Administração pode promover medidas no sentido de rescindir esses contratos, nos moldes do art. 79 da Lei n.º 8.666/1993. Essas são as sanções administrativas a que se sujeitam os interessados em contratar com a Administração Pública. 2.1.6.6. Ocupação provisória de bens e serviços essenciais Como bem observam Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo (2010, p. 509), há duas situações distintas em que se admite a ocupação temporária ou provisória: como medida acautelatória durante a execução do contrato em razão da irregularidade na sua execução (art. 58, V, da Lei Geral) e como medida a assegurar a continuidade na prestação do serviço público após a rescisão contratual (art. 80, II, da mesma lei). Em ambos os casos, a Administração pode ocupar provisoriamente o local, instalações, equipamentos, material e pessoal empregados na execução do contrato. E o que acontece com o pessoal que tinha vínculo trabalhista com a empresa contratada? Direito Administrativo p/ Analista Judiciário do TRT-MG. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 08 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 87 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita b) a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a comprovar a impossibilidade da conclusão da obra, do serviço ou do fornecimento, nos prazos estipulados. c) a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem justa causa e prévia comunicação à Administração. d) a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da empresa contratada, que prejudique a execução do contrato. e) a supressão, por parte da Administração, de obras, serviços ou compras, acarretando modificação do valor inicial do contrato além do limite legalmente permitido. Resposta: Depois de estudar fica fácil. Na primeira questão, é óbvio que o equilíbrio financeiro não pode ser excluído de um contrato administrativo, sob pena de onerar demasiadamento o contratado. Se isso ocorresse, ninguém contrataria com a Administração. Por isso, o gabarito é a letra A. No mesmo sentido, na segunda questão, o item correto é a letra D. Na terceira questão, é evidente que o item D está correto. Na última, o item E é o gabarito da questão, pois a supressão unilateral do objeto do contrato por parte da Administração não é motivo para rescisão unilateral do contrato. 14. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário) No tocante à formalização de todos os contratos administrativos, são cláusulas necessárias, dentre outras, as que estabeleçam: I. o objeto e seus elementos característicos. II. o regime de execução, a modalidade de garantia a ser ofertada pelo contratado e a forma de fornecimento. III. o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional programática e da categoria econômica. Direito Administrativo p/ Analista Judiciário do TRT-MG. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 08 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 87 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita inadequada execução do contrato administrativo dá lugar à imposição de sanções, dentre elas, a a) declaraçãode inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração, penalidade que, dada a gravidade de sua natureza, absorve as demais sanções, excluindo a possibilidade de cumulação. b) suspensão temporária de participar de licitação, que deve se limitar a prazo não superior a 3 (três) anos, sob pena de ser obrigatória a imposição da penalidade de declaração de inidoneidade para licitar. c) multa pecuniária, que se presta a converter em pecúnia todos os prejuízos apurados pela Administração pública, não podendo, portanto, ser cumulada com outras sanções, com exceção da declaração de inidoneidade para contratar. d) declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração, que poderá cessar, mediante reabilitação, no caso de ressarcimento pelo contratado pelos prejuízos resultantes da inadequada execução. e) advertência, que se impõe no caso de infrações leves e não gravosas, e, portanto, dispensa prévia observância do direito de defesa do contratado. Resposta: Essa questão pode ser respondida pela leitura do art. 87, da Lei 8.666/93. Vejamos: Direito Administrativo p/ Analista Judiciário do TRT-MG. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 08 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 87 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita Nos termos do art. 6.º, VII e VIII, há dois regimes de execução de obras: (a) direta, em que a execução é promovida pelos agentes da própria Administração; (b) indireta, em que a Administração contrata terceiros para a realização do objeto. Esta última modalidade de execução se subdivide em: x empreitada por preço global, em que o preço ajustado leva em consideração a obra como um todo; x empreitada por preço unitário, quando o preço leva em conta unidades determinadas da obra a ser realizada; x empreitada integral, quando a obra é contratada na sua integralidade, compreendendo todas as suas etapas, incluindo serviços e obras; e x tarefa, quando se ajusta mão de obra para pequenos trabalhos, por preço certo, com ou sem fornecimento de PDWHULDLV� �DUW������9,,,�� ³G´��� LQGHSHQGHQWHPHQWH�GH�SUpYLD� licitação. Só tem sentido se falar em contrato de obras públicas no regime de execução indireta. 2.3.2. Contratos de serviços Serviço é conceituado pela lei em análise no art. 6.º, II, como toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse para a Administração. Melhor explicando, com fundamento em conceitos de direito civil, o serviço é uma obrigação que consiste num fazer. A lei distingue os serviços comuns, os quais não precisam ser executados por pessoas com habilitação específica, dos técnicos profissionais (art. 13), que exigem habilitação legal, seja através de curso superior específico ou de registro nos órgãos legalmente determinados (estudos técnicos, perícias, pareceres, assessorias, fiscalização, gerenciamento etc.). Direito Administrativo p/ Analista Judiciário do TRT-MG. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 08 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 87 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 2.3.3. Serviços contínuos (duração e prorrogação dos contratos) Serviços contínuos são aqueles que atendem necessidades permanentes da Administração (JUSTEN FILHO, 2008, p. 669). Por essa razão, esses serviços não podem sofrer solução de continuidade, ou seja, não podem ser interrompidos (GASPARINI, 2008, p. 704). Para ilustrar esse conceito, vale a transcrição do seguinte trecho do Acórdão 1382/2003 ± ���&kPDUD�GR�7&8��³'H�QDWXUH]D�FRQWLQXDGD�VmR� os serviços que não podem ser interrompidos, por imprescindíveis ao funcionamento da entidade pública que deles se vale. Enquadram-se nessa categoria os serviços de limpeza e de vigilância, o fornecimento de água e de energia HOpWULFD��D�PDQXWHQomR�GH�HOHYDGRUHV´� A Lei n.º 8.666/1993 faz menção aos serviços contínuos quando trata da duração dos contratos administrativos. Via de regra, a duração desses contratos fica adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários (art. 57, caput). As exceções a essa regra geral são: x os projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser prorrogados se houver interesse da Administração e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório; x a prestação de serviços a serem executados de forma contínua; x o aluguel de equipamentos e a utilização de programas de informática, podendo a duração estender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da vigência do contrato; x as hipóteses previstas nos incisos IX (comprometimento da segurança nacional), XIX (compra de material de uso das Forças Armadas), XXVIII (produção de bens e serviços no País que envolvam alta complexidade tecnológica e defesa Direito Administrativo p/ Analista Judiciário do TRT-MG. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 08 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 87 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita nenhuma formalidade especial. Portanto, prescinde de qualquer autorização de outro poder. Simples, não? Gabarito: A 18. (FCC - 2013 - MPE-SE - Analista) Após regular processo licitatório a Administração pública firmou, com a licitante vencedora, contrato para execução de serviços contínuos de limpeza hospitalar, cujo prazo de vigência inicial (de 12 meses) está para expirar. Considerando que a Administração não pode prescindir dos referidos serviços, necessários que são ao funcionamento regular da instituição hospitalar, ao administrador abre-se a possibilidade de: a) aditar o contrato, por se tratar de serviços a se-rem executados de forma contínua, mesmo após o escoamento do prazo de vigência originalmente fixado. b) prorrogar o contrato, por igual período, dispensada a realização de pesquisa de mercado para verificar a adequação dos preços. c) deixar escoar o prazo de vigência do ajuste, porquanto o contrato se transmutará de contrato por prazo determinado para contrato por prazo indeterminado, conforme ocorre nos contratos de locação. d) prorrogar o contrato, no prazo de vigência do ajuste, desde que haja autorização no instrumento convocatório e no contrato, com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas, conforme análise de preços praticados no mercado. e) prorrogar o contrato, com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas, no prazo de vigência do ajuste, possibilidade que dependerá da análise da adequação dos preços praticados com os de mercado, mas não estará limitada à existência de permissivo no instrumento convocatório e no contrato. Resposta: Como vimos, os contratos de prestação de serviços contínuos podem ser prorrogados sucessivamente, nos termos do art. 57, II, IV, Direito Administrativo p/ Analista Judiciário do TRT-MG. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 08 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 46 de 87 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita §§ 2º e 4º, da Lei nº 8.666/93. No entanto, existem alguns requisitos para a prorrogação:(a) obtenção de preços e condições mais vantajosas para a Administração; (b) prorrogação, limitada ao total de sessenta meses, por iguais e sucessivos períodos; (c) a vigência do contrato ainda não pode ter expirado; (d) justificativa por escrito do interesse na prorrogação; e (e) autorização da autoridade competente para celebrar o contrato. *DEDULWR��/HWUD�³G´� 2.3.4. Contratos de fornecimento São aqueles destinados à aquisição de bens móveis necessários à consecução dos serviços administrativos. Alexandrino e Paulo (2010, p. 535-536) observam, com razão, que o contrato de fornecimento é o mesmo que o contrato de compra e venda para a Administração. 2.3.5. Contratos de concessão São aqueles cujo objeto é a execução de um serviço público, a realização de uma obra pública ou o uso de um bem público para que o particular o execute, o preste ou o use nas condições previstas sem que a titularidade do bem público envolvido passe para o patrimônio jurídico do particular. Desse modo, observa-se que os contratos de concessão podem ser divididos em (a) concessão de serviços públicos, (b) de uso de bem público, (c) concessão de direito real de uso de bem público e (d) de obra pública. A concessão de serviço público p�³R�FRQWUDWR�DGPLQLVWUDWLYR pelo qual a Administração Pública transfere, sob condições, a execução e exploração de certo serviço público que lhe é privativo a um particular que para isso manifeste interesse e que será remunerado adequadamente mediante a cobrança, dos usuários, de tarifa SUHYLDPHQWH�SRU�HOD�DSURYDGD´��*$63$5,1,��������S�������� Direito Administrativo p/ Analista Judiciário do TRT-MG. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 08 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 51 de 87 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita após o decurso do prazo de observação ± que não pode ser superior a 90 (noventa) dias ± ou vistoria que comprove a adequação do objeto aos termos contratuais. Em se tratando de compras ou de locação de equipamentos, o objeto será recebido provisoriamente para efeito de posterior verificação da conformidade do material com a especificação e, posteriormente, de forma definitiva, após a verificação da qualidade e quantidade do material e consequente aceitação. Se a compra ou locação for de equipamento de grande vulto, o recebimento far-se-á mediante termo circunstanciado e, nos demais objetos, mediante recibo. A lei dispensa o recebimento provisório e informa que o recebimento definitivo será feito mediante recibo nos seguintes casos: x gêneros perecíveis e alimentação preparada, x serviços profissionais e obras e serviços de valor até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais), desde que não se componham de aparelhos, equipamentos e instalações sujeitos à verificação de funcionamento e produtividade. 2.4.2. Anulação A Administração está sujeita ao princípio da legalidade e exerce o controle sobre seus atos. No exercício do poder de autotutela, a Administração deve anular seus atos quando eivados de vício de legalidade e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade. Esse poder também pode ser exercido nos contratos de que a Administração é parte. O art. 59 da Lei n.º 8.666/1993 informa que a declaração de nulidade do contrato administrativo opera retroativamente impedindo os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de desconstituir os já produzidos. Apesar disso, se o contratado não foi o causador do vício, a Administração deve indenizá-lo pelo que houver executado até a data Direito Administrativo p/ Analista Judiciário do TRT-MG. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 08 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 53 de 87 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita executados de forma contínua, que poderão ter o seu prazo de vigência por tempo indeterminado. b) Com base no princípio da supremacia do interesse público, as cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos poderão ser alteradas unilateralmente pela Administração, mesmo sem prévia concordância do contratado. c) A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado, vedada a contratação de terceiros para assisti-lo nessa tarefa. d) A declaração de nulidade do contrato administrativo opera retroativamente impedindo os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de desconstituir os já produzidos. e) A inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento, sendo ambos responsáveis solidários por tais débitos. Acabamos de ver que o art. 59 da Lei n.º 8.666/1993 informa que a declaração de nulidade do contrato administrativo opera retroativamente impedindo os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de desconstituir os já produzidos. Gabarito: D 22. (FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Técnico Judiciário - Área Administrativa) A Administração Pública decide celebrar contrato administrativo com determinada Fundação brasileira incumbida estatutariamente da pesquisa, com inquestionável reputação ético-profissional e sem fins lucrativos. Nos termos da Lei no 8.666/93, que institui normas para licitações e contratos da Administração Pública, o processo administrativo que embasou a decisão mencionada: Direito Administrativo p/ Analista Judiciário do TRT-MG. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 08 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 57 de 87 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita a) rescisão do contrato, devendo a Administração Pública indenizar os sucessores do falecido por todo o período de vigência da avença, uma vez que não houve culpa do contratado. b) manutenção do contrato, podendo o falecido ser sucedido pelo segundo colocado no certame, caso este aceite as condições em curso. c) rescisão unilateral da avença pela Administração Pública, justificando-se a decisão pelas razões de interesse público devidamente justificadas. d) manutenção do contrato, que somente será rescindido por meio de ação judicial, uma vez que não houve culpa do contratado. e) rescisão do contrato, sem culpa do contratado, eximindo-se a Administração Pública de qualquer indenização pelos prejuízos sofridos, uma vez que não deu causa à rescisão. Resposta: Letra (A). Constitui motivo para rescisão do contrato a dissolução da sociedade ou o falecimento do contratado (art. 78, inciso X, Lei nº 8.666/93). Como não houve culpa da parte, não se fala em indenização. Logo, está INCORRETA. Letra (B). É hipótese de rescisão contratual. Logo, está INCORRETA. Letra (C). Nesse caso, a Administração Pública não rescinde o contrato unilateralmente, pois a outra parte simplesmente deixa de existir. Logo, está INCORRETA. Letra (D). A rescisão do contrato não depende de ação judicial nesse caso. Logo, está INCORRETA. Letra (E). Constitui motivo para rescisão do contrato a dissolução da sociedade ou o falecimento do contratado (art. 78, inciso X, Lei nº 8.666/93). Como não houve culpa da parte, não se fala em indenização. Logo,está CORRETA. Direito Administrativo p/ Analista Judiciário do TRT-MG. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 08 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 58 de 87 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 25. (FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Técnico Judiciário - Área Administrativa) Determinada empresa foi contratada mediante regular licitação para prestação de serviços de fornecimento de medicamentos para um estabelecimento hospitalar. No decorrer da execução do contrato, diante da má execução da prestação dos serviços, a Administração. a) poderá impor sanções à contratada, sendo vedada rescisão do contrato antes do advento do termo final. b) poderá rescindir o contrato administrativo antes do advento final, em razão da prerrogativa que dispõe a Administração para tanto. c) deverá assumir a prestação dos serviços diretamente, suspendendo a execução do contrato em curso. d) deverá suspender o contrato e convocar o segundo colocado na licitação para continuidade da execução do fornecimento. e) poderá suspender os pagamentos e a execução do contrato e promover licitação para contratação emergencial do mesmo objeto, qual seja, o fornecimento de medicamentos. Resposta: Como vimos, a Administração poderá rescindir o contrato caso a empresa contratada não cumpra o contrato total ou parcialmente. Gabarito: B 26. (FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Área Administrativa) De acordo com o previsto na Lei no 8.666/93, a inadequada execução do contrato administrativo dá lugar à imposição de sanções, dentre elas, a: a) declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração, penalidade que, dada a gravidade de sua natureza, absorve as demais sanções, excluindo a possibilidade de cumulação. Direito Administrativo p/ Analista Judiciário do TRT-MG. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 08 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 59 de 87 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita b) suspensão temporária de participar de licitação, que deve se limitar a prazo não superior a 3 (três) anos, sob pena de ser obrigatória a imposição da penalidade de declaração de inidoneidade para licitar. c) multa pecuniária, que se presta a converter em pecúnia todos os prejuízos apurados pela Administração pública, não podendo, portanto, ser cumulada com outras sanções, com exceção da declaração de inidoneidade para contratar. d) declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração, que poderá cessar, mediante reabilitação, no caso de ressarcimento pelo contratado pelos prejuízos resultantes da inadequada execução. e) advertência, que se impõe no caso de infrações leves e não gravosas, e, portanto, dispensa prévia observância do direito de defesa do contratado. Resposta: 2� LWHP� ³D´� HVWD� LQFRUUHWR�� LVVR� SRUTXH� GHWHUPLQD� R� DUW�� ���� parágrafo segundo da Lei 8.666/93, que as sansões previstas nos incisos I, III e IV ± advertência, suspensão e impedimento, e declaração de inidoneidade ± deste artigo poderão ser aplicadas juntamente com a do inciso II, facultada a defesa prévia do interessado, no respectivo processo, no prazo de 5 (cinco) dias úteis. 2� LWHP� ³E´� HVWD� HUUDGR�� Mi� TXH� R� DUW�� ���� LQFLVR� ,,,�� GD� /HL� GH� Licitações diz que pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguinte sanções: suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos. 2� LWHP�³F´�HVWD� LQFRUUHWR��SRLV�DV sansões previstas nos incisos I, III e IV ± advertência, suspensão e impedimento, e declaração de inidoneidade ±, deste artigo poderão ser aplicadas juntamente com a do inciso II, facultada a defesa prévia do interessado, no respectivo Direito Administrativo p/ Analista Judiciário do TRT-MG. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 08 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 60 de 87 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita processo, no prazo de 5 (cinco) dias úteis ± art. 87, § 2º, da Lei 8. 666/93. Portanto a multa pode ser cumulada com qualquer das outras penalidades previstas neste inciso. 2�LWHP�³'´�p�R�FRUUHWR��FRUUHVSRQGH�DR�TXH�DGX]�R�DUW������LQFLVR� IV, da Lei 8.666/93, que diz: declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior. $� DOWHUQDWLYD� ³(´� HVWD� LQFRUUHWD�� Mi� TXH� SHOD� LQH[HFXomR� WRWDO� RX� parcial do contrato a Administração poderá, garantida a previa defesa, aplicar ao contrato as seguinte sanções: advertência (art. 87, inciso I, da 8.666/93). ,WHP�FRUUHWR��³D´� 3) Sanções Administrativas e Penais Ânimo, caro aluno, vamos vencer mais um tema de nossa aula! Sabemos que na atividade de acompanhamento e fiscalização dos contratos administrativos, o agente poderá ser responsabilizado na esfera administrativa, civil e penal, pelo ato praticado que não condiz com a sua função. É prerrogativa da Administração aplicar sanções pelo descumprimento total ou parcial do que foi acordado entre as partes. A lei 8.666/93 diz que a recusa de injustificada do adjudicatário em assinar o contrato, aceitar ou retirar o instrumento equivalente, dentro do prazo estabelecido pela Administração, caracteriza o descumprimento total da obrigação assumida. Direito Administrativo p/ Analista Judiciário do TRT-MG. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 08 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 67 de 87 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 4) RESUMO Vamos aos principais pontos abordados nessa nossa aula. Primeiramente quanto aos contratos administrativos. O DUW�� ���� SDUiJUDIR�~QLFR�� GD� /HL� Q�������������� DILUPD�TXH� ³p� nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no DUW������LQFLVR�,,��DOtQHD�D�GHVWD�/HL��IHLWDV�HP�UHJLPH�GH�DGLDQWDPHQWR´�� O valor discriminado na lei é, atualmente, de R$ 4.000,00 (quatro mil reais). 2�DUW������SRU�VXD�YH]��REVHUYD�TXH�³R� LQVWUXPHQWR�GH�Fontrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho GH�GHVSHVD��DXWRUL]DomR�GH�FRPSUD�RX�RUGHP�GH�H[HFXomR�GH�VHUYLoR´�� Caso haja a alteração do contrato administrativo, seja em razão de risco decorrente do negócio ou por vontade unilateral da Administração, o contratado terá direito ao restabelecimento doequilíbrio econômico e financeiro do contrato (art. 58, §§ 1.º e 2.º, e 65, § 6.º, da Lei n.º 8.666/1993). As cláusulas exorbitantes são: alteração e rescisão unilaterais, equilíbrio econômico e financeiro do contrato, reajustamento de preços e tarifas, exceção do contrato não cumprido, controle do contrato, aplicação de penalidades, ocupação provisória de bens e serviços essenciais. Com relação à alteração dos contratos, especialmente quanto aos acréscimos ou supressões, vale a transcrição dos §§ 1º, 2º e 3º do art. Direito Administrativo p/ Analista Judiciário do TRT-MG. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 08 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 68 de 87 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita ���GD�/HL�Q�����������³§ 1o O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinqüenta por cento) para os seus acréscimos. § 2o Nenhum acréscimo ou supressão poderá exceder os limites estabelecidos no parágrafo anterior, salvo: II - as supressões resultantes de acordo celebrado entre os contratantes. § 3o Se no contrato não houverem sido contemplados preços unitários para obras ou serviços, esses serão fixados mediante acordo entre as partes, respeitados os limites estabelecidos no § 1o deste artigo´. Nas hipóteses de rescisão unilateral por culpa do contratado, ocorrerá a assunção imediata do objeto do contrato (opcional), a ocupação e utilização do local, instalações, equipamentos, material e pessoal pela Administração de forma a dar continuidade à execução do contrato (opcional), execução da garantia contratual caso o contratado deva multas e indenizações à Administração, retenção dos créditos do contratado até o limite dos prejuízos do poder público e aplicação das sanções administrativas cabíveis (art. 80). Caso não haja culpa do contratado, as mesmas consequências são verificadas, uma vez que a lei não distingue as hipóteses de rescisão com culpa das hipóteses em que há culpa do contratado. O art. 79, § 2.º, contudo, informa que a rescisão levada a cabo pela Administração, sem qualquer interferência do contratado gera o direito deste de ser indenizado pelos prejuízos que houver sofrido (danos emergentes) e pelo custo da desmobilização, de ver devolvida a garantia prestada e de receber o pagamento pelo que executou até o momento da rescisão. Na Lei n.º 8.666/1993, a exceção do contrato não cumprido pode ser oposta contra a Administração quando o atraso no pagamento de Direito Administrativo p/ Analista Judiciário do TRT-MG. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 08 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 70 de 87 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita A duração dos contratos administrativos fica adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários, salvo quando se tratar de produtos contemplados nas metas do Plano Plurianual, de serviços contínuos e de aluguel de equipamentos e utilização de programas de informática. Os contratos de concessão podem ser divididos em (a) concessão de serviços públicos, (b) de uso de bem público, (c) concessão de direito real de uso de bem público e (d) de obra pública. É importante que você saiba que pelo art. 87, da Lei 8.666/93 podem ser aplicadas as seguintes sanções: x advertência; x multa; x suspensão temporária; (Prazo não superior a 2 anos) x declaração de inidoneidade. Na hipótese em que a multa supere a garantia prestada, além de perder a garantia, a contratada deverá pagar a diferença, que será descontada de eventuais pagamentos Administração ou cobrada judicialmente. Somente o Ministro de Estado, do Secretário Estadual ou Municipal, tem competência para sancionar com declaração de inidoneidade. A lei nos fala que no prazo de 10 (dez) dias da abertura de vista, podendo a reabilitação ser requerida após 2 (dois) anos de sua aplicação. Depois de recebida as denuncias e o réu for citado, este terá 10 dias para apresentar a defesa escrita, podendo juntar documentos, arrolar as testemunhas que tiver, em número não superior a 5 (cinco), e indicar as demais provas que pretenda produzir. Da sentença proferida pelo juiz caberá apelação, que deverá ser interposta no prazo de 5 dias. A lei foi bem clara ao afirmar que no processamento e julgamento das infrações penais definidas nesta Lei, assim como nos recursos e nas execuções que lhes digam respeito, aplicar-se-ão, subsidiariamente, o Código de Processo Penal e a Lei de Execução Penal, art. 108. Direito Administrativo p/ Analista Judiciário do TRT-MG. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 08 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 71 de 87 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita Vamos agora às questões comentadas ao longo da aula. 5) Questões 1. (FCC - 2007 - Prefeitura de São Paulo - SP - Auditor Fiscal do Município - 2007) É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, a) salvo o de serviços comuns, de pronto pagamento, assim entendidos os que atendam a especificações usuais de mercado, de valor não superior a R$ 4.000,00. b) salvo o decorrente de dispensa de licitação. c) salvo o decorrente de inexigibilidade de licitação. d) salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a R$ 4.000,00, feitas em regime de adiantamento. e) sem exceções. 2. (VUNESP - 2014 - EMPLASA - Analista Jurídico ± Direito) No que se refere às peculiaridades dos contratos com a Administração Pública, é correto afirmar que; a) a Administração Pública pode renunciar previamente ao poder de modificação unilateral do contrato b) o reajustamento de preços é facultativo nos contratos administrativos de prestação de serviços de execução continuada, prorrogáveis até o limite de 05 anos. c) o poder de modificação unilateral do contrato constitui preceito de ordem pública d) são considerados irrelevantes os prazos de início, execução, recebimento provisório e definitivo previstos no edital que deu origem à contratação, para fins de reequilíbrio econômico-financeiro. Direito Administrativo p/ Analista Judiciário do TRT-MG. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 08 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 72 de 87 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita e) o contrato ilegal só pode ser extinto por decisão judicial. 3. (VUNESP - 2014 - EMPLASA - Analista Jurídico ± Direito) São cláusulas exorbitantes no contrato administrativo aquelas que; a) exigem seguros por dano material e moral, bem como garantia contratual. b) colocadas no contrato, extrapolam seu objeto e prazo de execução. c) estabelecem obrigações para as partes, não previstas em lei. d) fixam a duração do contrato além da vigência dos respectivos créditos orçamentários e estabelecem o foro do domicílio do contratado como competente para dirimir qualquer questão sobre o contrato.e) conferem determinadas prerrogativas à Administração Pública, colocando-a em situação de superioridade em relação ao particular contratado. 4. (VUNESP - 2013 - ITESP ± Advogado) Nos termos da Lei n.º 8.666/93, o contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até: a) 25% do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% para os seus acréscimos. b) 30% do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% para os seus acréscimos. c) 30% do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 25% para os seus acréscimos. Direito Administrativo p/ Analista Judiciário do TRT-MG. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 08 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 73 de 87 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita d) 25% do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 30% para os seus acréscimos. e) 25% do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 75% para os seus acréscimos. 5. (VUNESP - 2013 - CETESB ± Advogado) Conforme o disposto na Lei de Licitações e Contratos, as cláusulas econômico- financeiras e monetárias dos contratos administrativos a) podem ser alteradas sem prévia concordância do contratante. b) são alteráveis unilateralmente por conta do princípio da supremacia do interesse público. c) não podem ser alteradas. d) não poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado. e) exigem que sejam revistas semestralmente. 6. (FCC - 2012 - TCE-AP - Analista de Controle Externo) Os limites estabelecidos pela Lei no 8.666, de 1993 e alterações posteriores, para celebração de aditivos de obras novas, são a) acréscimo de até 25% do valor inicial. b) supressão de até 35% do valor inicial, não podendo exceder o limite ainda que haja acordo entre as partes. c) acréscimo de até 35% e supressão de 55% do valor inicial. d) acréscimo de até 50% do valor inicial. e) supressão de até 50% do valor inicial, podendo exceder o limite caso haja acordo entre as partes. Direito Administrativo p/ Analista Judiciário do TRT-MG. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 08 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 74 de 87 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 7. (VUNESP - 2011 - TJ-SP - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Critério Remoção) Em matéria de contrato administrativo, o que se entende por cláusulas exorbitantes? a) As que conferem certas vantagens ao particular, como o uso especial de bem público. b) As que estabelecem uma prerrogativa em favor do contratado particular, sem atender ao interesse público. c) As que extrapolam a vontade das partes. d) As que excedem do direito comum, para consignarem uma vantagem ou uma restrição à administração ou ao contratado. 8. (VUNESP - 2011 - TJ-SP - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Critério Remoção) O atraso injustificado na execução do contrato administrativo sujeitará o contratado a) à suspensão temporária da participação em licitações e impedimento de contratar com a Administração pelo prazo de 05 anos. b) ao pagamento de multa, independentemente de previsão no ato convocatório e no contrato administrativo. c) à perda total da garantia do respectivo contrato cumulativamente com a incidência da multa. d) à rescisão unilateral do contrato pela Administração, sem prejuízo de outras sanções previstas na lei. 9. (FCC 2014 - SEFAZ-RJ - Auditor Fiscal da Receita Estadual - Contratos administrativos) No curso da execução de um contrato administrativo, de prestação de serviços, subordinado ao regime da Lei no 8.666/93, a Administração manifesta ao particular contratado sua decisão unilateral de suprimir parte do objeto contratual de modo a provocar redução de 40% no valor do contrato. O particular reage, expressando para a própria administração a ilegalidade da medida. Ouvindo os argumentos do particular, a administração propõe, então, Direito Administrativo p/ Analista Judiciário do TRT-MG. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 08 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 75 de 87 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita que a mesma redução ocorra por acordo das partes, com o que o particular consente. Nessa situação, o resultado final é: a) ilegal, pois a supressão para além de 25% só é possível no caso de reforma de edifício ou equipamento. b) legal, na medida em que a Lei nº 8.666/93 acolhe a possibilidade de alteração de contrato, com supressão no patamar indicado, se decorrente de acordo das partes. c) ilegal, pois a ilegalidade inicial, decorrente da decisão de alteração unilateral, não pode ser sanada pelo acordo do particular. d) legal, como de todo modo também seria legal se decorrente de alteração unilateral imposta pela administração. e) ilegal, pois a apreciação da ilegalidade da decisão administrativa caberia ao Poder Judiciário e não à própria administração. 10. (FCC - 2013 - AL-PB - Procurador) A Lei Federal no 8.666/93 agasalha a presença de diversas cláusulas exorbitantes que caracterizam o regime jurídico dos contratos administrativos e excepcionam o regime contratual comum. NÃO merece a qualificação de cláusula exorbitante a) o poder de rescisão unilateral do contrato, nos casos especificados na lei. a) o poder de rescisão unilateral do contrato, nos casos especificados na lei. b) o poder de modificação do contrato, independente da vontade do contratado, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado e os limites estabelecidos na lei. c) a chamada exceptio non adimpleti contractus (exceção do contrato não cumprido). d) a possibilidade de aplicar sanções ao contratado, de forma unilateral, pela inexecução parcial ou total do ajuste. Direito Administrativo p/ Analista Judiciário do TRT-MG. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 08 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 76 de 87 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita e) a prerrogativa de, nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato administrativo. 11. (FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário - Área Administrativa) De acordo com o que dispõe a Lei no 8.666/93, a inexecução total ou parcial do contrato poderá sujeitar o contratado, entre outras, à penalidade de a) multa, que não poderá ser cumulada com outras sanções e limita-se ao valor da garantia contratual. b) inabilitação para contratar com a Administração, podendoser requerida a reabilitação após cinco anos de sua aplicação. c) suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração, por prazo não superior a dois anos. d) suspensão para licitar ou contratar com a Administração, que pode ser substituída por multa limitada ao valor da garantia contratual. e) declaração de inidoneidade para participar de licitação ou contratar com a Administração, vedada a reabilitação. 12. (FCC - 2012 - MPE-AL - Promotor de Justiça) Acerca dos contratos administrativos, é correto afirmar que a) a execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado, permitida a delegação dessa atribuição a terceiros contratados. b) o contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, às suas expensas, no total ou em parte, o objeto do Direito Administrativo p/ Analista Judiciário do TRT-MG. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 08 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 77 de 87 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita contrato em que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções resultantes da execução ou de materiais empregados, salvo se decorrentes de subcontratação. c) o contratado e a Administração são solidariamente responsáveis pelos danos causados a terceiros, decorrentes de culpa ou dolo na execução do contrato; porém, caso a Administração tenha sido omissa na fiscalização da execução, esta responderá de forma principal, remanescendo a responsabilidade subsidiária do contratado. d) a Administração Pública sempre responde solidariamente com o contratado pelos encargos trabalhistas resultantes da execução do contrato. e) em caso de contratação direta, se comprovado superfaturamento, respondem solidariamente pelo dano causado à Fazenda Pública o fornecedor ou o prestador de serviços e o agente público responsável, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis. 13. (FCC - 2007 - Prefeitura de São Paulo - SP - Auditor Fiscal do Município) NÃO constitui motivo para a rescisão unilateral de um contrato administrativo pela Administração a) o não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações, projetos ou prazos, pela empresa contratada. b) a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a comprovar a impossibilidade da conclusão da obra, do serviço ou do fornecimento, nos prazos estipulados. c) a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem justa causa e prévia comunicação à Administração. d) a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da empresa contratada, que prejudique a execução do contrato. Direito Administrativo p/ Analista Judiciário do TRT-MG. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 08 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 78 de 87 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita e) a supressão, por parte da Administração, de obras, serviços ou compras, acarretando modificação do valor inicial do contrato além do limite legalmente permitido. 14. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário) No tocante à formalização de todos os contratos administrativos, são cláusulas necessárias, dentre outras, as que estabeleçam: I. o objeto e seus elementos característicos. II. o regime de execução, a modalidade de garantia a ser ofertada pelo contratado e a forma de fornecimento. III. o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional programática e da categoria econômica. IV. a obrigatoriedade da exigência de garantias, em qualquer hipótese, para assegurar sua plena execução. Nesses casos, está correto o que consta APENAS em a) I e II. b) I, III e IV. c) II e III. d) I, II e IV. e) I e III. 15. (FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Área Administrativa) De acordo com o previsto na Lei no 8.666/93, a inadequada execução do contrato administrativo dá lugar à imposição de sanções, dentre elas, a a) declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração, penalidade que, dada a gravidade de sua natureza, absorve as demais sanções, excluindo a possibilidade de cumulação. Direito Administrativo p/ Analista Judiciário do TRT-MG. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 08 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 79 de 87 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita b) suspensão temporária de participar de licitação, que deve se limitar a prazo não superior a 3 (três) anos, sob pena de ser obrigatória a imposição da penalidade de declaração de inidoneidade para licitar. c) multa pecuniária, que se presta a converter em pecúnia todos os prejuízos apurados pela Administração pública, não podendo, portanto, ser cumulada com outras sanções, com exceção da declaração de inidoneidade para contratar. d) declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração, que poderá cessar, mediante reabilitação, no caso de ressarcimento pelo contratado pelos prejuízos resultantes da inadequada execução. e) advertência, que se impõe no caso de infrações leves e não gravosas, e, portanto, dispensa prévia observância do direito de defesa do contratado. 16. (FCC - 2013 - PGE-BA - Analista de Procuradoria - Área de Apoio Administrativo) NÃO constitui aspecto fundamental do regime jurídico dos contratos administrativos clássicos: a) a adoção das chamadas cláusulas exorbitantes. b) o exercício de prerrogativas pela Administração pública, enquanto parte. c) a garantia de equilíbrio econômico-financeiro ao particular contratado. d) direito do contratado de invocar a exceção do contrato não cumprido quando houver qualquer inadimplência da administração. e) a ocupação provisória de bens e serviços vinculados ao objeto do contrato, a título de cautela para apuração administrativa de faltas contratuais nos casos de serviços essenciais. Direito Administrativo p/ Analista Judiciário do TRT-MG. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 08 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 80 de 87 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 17. (VUNESP - 2013 - TJ-SP ± Juiz) A celebração de um contrato administrativo, tendo por objeto a construção de uma usina eólica, para ter validade jurídica, a) prescinde de qualquer autorização de outro Poder, por falta de previsão constitucional. b) está condicionada à aprovação popular. c) reclama prévia autorização do Poder Judiciário. d) está condicionada à prévia autorização do Poder Legislativo. 18. (FCC - 2013 - MPE-SE - Analista) Após regular processo licitatório a Administração pública firmou, com a licitante vencedora, contrato para execução de serviços contínuos de limpeza hospitalar, cujo prazo de vigência inicial (de 12 meses) está para expirar. Considerando que a Administração não pode prescindir dos referidos serviços, necessários que são ao funcionamento regular da instituição hospitalar, ao administrador abre-se a possibilidade de a) aditar o contrato, por se tratar de serviços a se-rem executados de formacontínua, mesmo após o escoamento do prazo de vigência originalmente fixado. b) prorrogar o contrato, por igual período, dispensada a realização de pesquisa de mercado para verificar a adequação dos preços. c) deixar escoar o prazo de vigência do ajuste, porquanto o contrato se transmutará de contrato por prazo determinado para contrato por prazo indeterminado, conforme ocorre nos contratos de locação. d) prorrogar o contrato, no prazo de vigência do ajuste, desde que haja autorização no instrumento convocatório e no contrato, com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas, conforme análise de preços praticados no mercado. Direito Administrativo p/ Analista Judiciário do TRT-MG. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 08 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 81 de 87 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita e) prorrogar o contrato, com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas, no prazo de vigência do ajuste, possibilidade que dependerá da análise da adequação dos preços praticados com os de mercado, mas não estará limitada à existência de permissivo no instrumento convocatório e no contrato. 19. (FCC - 2013 - PGE-BA - Analista de Procuradoria) Determinada autoridade administrativa outorgou concessão de uso, em caráter precário, de imóvel público a entidade privada, prevendo a possibilidade de retomada antes do prazo sem o pagamento de indenização ao permissionário. Referida decisão é a) ilegal, uma vez que a concessão de uso possui natureza contratual e não precária. b) ilegal, em face da impossibilidade de uso de bem público por particular. c) legal, desde que se trate de bem de uso comum do povo. d) legal, desde que se trate de bem não afetado ao serviço público. e) ilegal, em face da imprescritibilidade dos bens públicos. 20. (FCC - 2012 - PGM-Joao Pessoa-PB - Procurador Municipal) A União Federal pretende transferir a administração de hospital público de sua rede a uma pessoa jurídica não- estatal. Sabe-se que haverá o aproveitamento de servidores públicos que já trabalhavam no hospital e que tal pessoa jurídica não será obrigada a investir na infraestrutura do estabelecimento hospitalar, mas apenas gerenciá-lo administrativamente e prestar os serviços aos seus usuários. Nesse caso, o ajuste a ser celebrado será um a) consórcio público. b) contrato de concessão administrativa. c) contrato de concessão patrocinada. Direito Administrativo p/ Analista Judiciário do TRT-MG. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 08 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 82 de 87 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita d) contrato de gestão. e) termo de parceria. 21. (VUNESP - 2012 - SPTrans - Advogado Pleno ± Administrativo) Assinale a alternativa correta a respeito dos contratos administrativos, segundo as regras previstas na Lei de Licitações e Contratos. a) O contrato de licitação deverá ser por prazo certo e determinado, exceto aquele relativo à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter o seu prazo de vigência por tempo indeterminado. b) Com base no princípio da supremacia do interesse público, as cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos poderão ser alteradas unilateralmente pela Administração, mesmo sem prévia concordância do contratado. c) A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado, vedada a contratação de terceiros para assisti-lo nessa tarefa. d) A declaração de nulidade do contrato administrativo opera retroativamente impedindo os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de desconstituir os já produzidos. e) A inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento, sendo ambos responsáveis solidários por tais débitos. 22. (FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Técnico Judiciário - Área Administrativa) A Administração Pública decide celebrar contrato administrativo com determinada Fundação brasileira incumbida estatutariamente da pesquisa, com inquestionável reputação Direito Administrativo p/ Analista Judiciário do TRT-MG. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 08 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 83 de 87 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita ético-profissional e sem fins lucrativos. Nos termos da Lei no 8.666/93, que institui normas para licitações e contratos da Administração Pública, o processo administrativo que embasou a decisão mencionada: a) não deve ser instruído com qualquer elemento, por tratar de hipótese de dispensa de licitação, basta a decisão da Administração em realizar a contratação. b) deve conter apenas a decisão final da Administração em realizar a contratação, por tratar de hipótese de inexigibilidade de licitação, já que os requisitos são objetivos, decorrem da lei. c) deve estar instruído apenas com as razões da escolha da menciona Fundação, não se exigindo justificativa de preço, pois as peculiaridades do ente a ser contratado são suficientes nesta hipótese. d) deve estar instruído, dentre outros elementos, com as razões da escolha da mencionada Fundação, bem como com a justificativa do preço e) deve estar instruído com o procedimento licitatório realizado para a escolha da mencionada Fundação, vez que a situação narrada exige licitação para a escolha do ente a ser contratado. 23. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Técnico Judiciário) Sob o aspecto da inexecução e da rescisão dos contratos, NÃO constitui motivo, dentre outros, para a rescisão contratual: a) a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da empresa, que prejudique a execução do contrato. b) a paralisação da obra, serviço ou fornecimento, sem justa causa e prévia comunicação à Administração. c) o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações, projetos e prazos. d) a dissolução da sociedade ou do falecimento do contratado. e) o atraso justificado no início da obra, serviço ou fornecimento. Direito Administrativo p/ Analista Judiciário do TRT-MG. Teoria e exercícios comentados Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 08 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 84 de 87 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 24. (FCC - 2012 - TRE-PR - Analista Judiciário) No curso da execução de determinado contrato administrativo, precedido de regular licitação, o contratado veio a falecer, ensejando a a) rescisão do contrato, devendo a Administração Pública indenizar os sucessores do falecido por todo o período de vigência da avença, uma vez que não houve culpa do contratado. b) manutenção do contrato, podendo o falecido ser sucedido pelo segundo colocado no certame, caso este aceite as condições em curso. c) rescisão unilateral da avença pela Administração Pública, justificando-se a decisão pelas razões de interesse público devidamente justificadas. d) manutenção do contrato, que somente será rescindido por meio
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