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Formação de Operadores – PETROBRÁS/RLAN Instrutor: Francisco Luiz Gumes Lopes COORDENAÇÃO DE QUÍMICA Curso Técnico de Nível Médio em Química OPERAÇÕES UNITÁRIAS MÓDULO II – BALANÇO ENERGÉTICO SISTEMAS FECHADOS E SISTEMAS ABERTOS Professor: Dr. Francisco Luiz Gumes Lopes Janeiro/2015 COQUI/IF-SERGIPE Professor: Dr. Francisco Luiz Gumes Lopes Curso Técnico de Nível Médio em Química 2 SUMÁRIO CONCEITOS BÁSICOS Estado e Propriedades de uma Substância Mudança de Estado de um Sistema Termodinâmico Lei Zero da Termodinâmica Sistemas Formas de Energia CALOR E TRABALHO (Energias em Trânsito) PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA EXERCÍCIOS VAPOR D´ ÁGUA: PROPRIEDADES E APLICAÇÕES Substância Pura Equilíbrio de Fase Líquido – Vapor Conceitos Iniciais e Terminologia Diagramas T x v e P x v TABELAS DE PROPRIEDADES TERMODINÂMICAS (VAPOR D’ ÁGUA) EXERCÍCIOS PROPOSTOS BALANÇO MACROSCÓPICO Balanço para Sistemas Fechados (REVISÃO) Balanço para Sistemas Abertos EXERCÍCIO RESOLVIDO EXERCÍCIOS PROPOSTOS COQUI/IF-SERGIPE Professor: Dr. Francisco Luiz Gumes Lopes Curso Técnico de Nível Médio em Química 3 CONCEITOS BÁSICOS Estado e Propriedades de uma Substância Se considerarmos uma massa de água, reconhecemos que ela pode existir sob várias formas. Se ela é inicialmente líquida pode-se tornar vapor após aquecida ou sólida quando resfriada. Assim nos referimos às diferentes fases de uma substância: uma fase é definida como uma quantidade de matéria totalmente homogênea; quando mais de uma fase está presente, as fases se acham separadas entre si por meio dos contornos das fases. Em cada fase a substância pode existir a várias pressões e temperaturas ou, usando a terminologia da termodinâmica, em vários estados. O estado pode ser identificado ou descrito por certas propriedades macroscópicas observáveis; algumas das mais familiares são: temperatura, pressão, volume específico, etc. Cada uma das propriedades de uma substância num dado estado tem somente um valor definido e essa propriedade tem sempre o mesmo valor para um dado estado, independente da forma pela qual a substância chegou a ele. De fato, uma propriedade pode ser definida como uma quantidade que depende do estado do sistema e é independente do caminho (isto é, da história) pelo qual o sistema chegou ao estado considerado. Inversamente, o estado é especificado ou descrito pelas propriedades. a. Propriedade Extensiva - Chamamos de propriedade extensiva àquela que depende do tamanho (extensão) do sistema e/ou volume de controle. Assim, se subdividirmos um sistema em várias partes (reais ou imaginárias) e se o valor de uma dada propriedade for igual à soma das propriedades das partes, esta é uma variável extensiva. Por exemplo: Volume, Massa, Energia interna, Entalpia, etc. b. Propriedade Intensiva - Ao contrário da propriedade extensiva, a propriedade intensiva, independe do tamanho do sistema. Exemplo: Temperatura, Pressão, etc. COQUI/IF-SERGIPE Professor: Dr. Francisco Luiz Gumes Lopes Curso Técnico de Nível Médio em Química 4 c. Propriedade Específica - Uma propriedade específica de uma dada substância é obtida dividindo-se uma propriedade extensiva pela massa da respectiva substância contida no sistema. Uma propriedade específica é também uma propriedade intensiva do sistema. Exemplo de propriedade específica: Volume específico , v, m V v  Energia Interna específica , u, m U u  Mudança de Estado de um Sistema Termodinâmico Quando qualquer propriedade do sistema é alterada, por exemplo; Pressão, Temperatura, Massa, Volume, etc. dizemos que houve uma mudança de estado no sistema termodinâmico. a. Processo - O caminho definido pela sucessão de estados através dos quais o sistema passa é chamado processo. Exemplos de processos: - Processo Isobárico ( pressão constante ) - Processo Isotérmico ( temperatura constante ) - Processo Isocórico ( isométrico ) ( volume constante ) - Processo Isoentálpico ( entalpia constante ) - Processo Isoentrópico ( entropia constante ) - Processo Adiabático ( sem transferência de calor ) b. Ciclo Termodinâmico - Quando um sistema (substância), em um dado estado inicial, passa por certo número de mudança de estados ou processos e finalmente retorna ao estado inicial, o sistema executa um ciclo termodinâmico. COQUI/IF-SERGIPE Professor: Dr. Francisco Luiz Gumes Lopes Curso Técnico de Nível Médio em Química 5 Lei Zero da Termodinâmica Quando dois corpos têm a mesma temperatura dizemos que estão em equilíbrio térmico entre si. Podemos definir a lei zero da termodinâmica como: "Se dois corpos estão em equilíbrio térmico com um terceiro eles estão em equilíbrio térmico entre si". Sistema Um importante passo em toda análise do balanço energético é a identificação precisa do objeto a ser estudado. Em mecânica, quando o movimento de um corpo precisa ser determinado, normalmente o primeiro passo é a definição de um corpo livre e depois a identificação de todas as forças externas exercidas sobre ele por outros corpos. A segunda lei do movimento de Newton é então aplicada. Nos balanços energéticos o termo sistema identifica o objeto da análise. Pode ser um corpo livre ou algo complexo como uma Refinaria completa. Pode ser a quantidade de matéria contida num tanque de paredes rígidas ou uma tubulação através da qual a matéria flui. A composição da matéria dentro do sistema pode mudar (reações químicas ou nucleares). Assim, definem-se dois termos: Vizinhança - Tudo o que é externo ao sistema. Fronteira - Superfície real ou imaginária que separa o sistema de sua fronteira. Pode estar em movimento ou repouso. Deve ser definida cuidadosamente antes de se proceder a qualquer análise do balanço. Sua definição é arbitrária e dever ser feita pela conveniência da análise a ser feita. COQUI/IF-SERGIPE Professor: Dr. Francisco Luiz Gumes Lopes Curso Técnico de Nível Médio em Química 6 Tipos de Sistemas Sistema Fechado - Quantidade fixa de matéria. A massa não ultrapassa as fronteiras do sistema, somente a energia em trânsito (calor e trabalho). A Figura 10 representa um sistema fechado. Figura 10. Sistema Fechado. Sistema Aberto – A massa e a energia em trânsito ultrapassam as fronteiras do sistema. A Figura 11 representa um exemplo de um sistema aberto. Figura 11. Sistema aberto. Sistema Isolado – Nem a massa, nem a energia em trânsito ultrapassam as fronteiras do sistema. O calorímetro ideal é um exemplo de um sistema isolado. Formas de Energia Energias Armazenadas. Não se tem muito interesse na quantidade de energia inerente a um sistema e sim nas mudanças que ocorrem na quantidade de energia do sistema. As energias armazenadas COQUI/IF-SERGIPEProfessor: Dr. Francisco Luiz Gumes Lopes Curso Técnico de Nível Médio em Química 7 são propriedades de estado, ou seja, só dependem dos valores inicial e final. Não dependem do caminho percorrido na mudança do estado. Energia Potencial PE : está associada à massa do sistema acima de um plano de referência quando a força de atração é a força gravitacional. hgmEP .. , onde m é a massa, g a aceleração da gravidade e h é a altura. Energia Cinética CE : é a energia associada à velocidade de um corpo (ou de um sistema) em relação à vizinhança. 2 . 2vm EC  , onde v é a velocidade do corpo. Energia Interna U : é a soma de todas as diferentes formas de energia possuídas pelas moléculas das substâncias que compõem o sistema, entre as quais estão incluídas a energia atômica, química e molecular. Em uma escala macroscópica não se consegue quantificar a energia interna de uma forma absoluta, mas ela pode ser determinada relativamente a algum nível ou estado de referência, arbitrário e conveniente. Entalpia H : é definida pela expressão matemática VPUH . , onde P é a pressão do sistema e V o volume do sistema. Também representa a carga térmica envolvida em uma troca térmica. CALOR E TRABALHO (Energias em Trânsito) a. Trabalho Podemos definir o trabalho termodinâmico como: "Um sistema realiza trabalho se o único efeito sobre o meio (tudo externo ao sistema) PUDER SER o levantamento de um peso." Note-se que o levantamento de um peso é realmente uma força que age através de uma distância. Observe também que nossa definição não afirma que um peso foi realmente levantado ou que uma força agiu realmente através de uma dada distância, mas que o único efeito externo ao sistema poderia ser o levantamento de um peso. O trabalho realizado por um sistema é considerado positivo e o trabalho realizado sobre o sistema é negativo. O símbolo W designa o trabalho termodinâmico. COQUI/IF-SERGIPE Professor: Dr. Francisco Luiz Gumes Lopes Curso Técnico de Nível Médio em Química 8 Unidades de Trabalho - Como já foi observado, consideramos trabalho realizado por um sistema, tal como o realizado por um gás em expansão contra um êmbolo, como positivo, e o trabalho realizado sobre o sistema, tal como o realizado por um êmbolo ao comprimir um gás, como negativo. Assim, trabalho negativo significa que energia é acrescentada ao sistema. Nossa definição de trabalho envolve o levantamento de um peso, isto é, o produto de uma unidade de força (Newton) agindo através de uma distância (metro). Essa unidade de trabalho no sistema Internacional é chamada de Joule, ( J ). 1 J = 1N.m Vamos considerar o trabalho realizado pelo movimento da fronteira do sistema compressível simples durante um processo quase-estático. Consideremos como sistema o gás contido num cilindro com êmbolo, como mostrado na figura abaixo. Vamos tirar um dos pequenos pesos do êmbolo provocando um movimento para cima deste, de uma distância ∆x. Podemos considerar este pequeno deslocamento e calcular o trabalho, W, realizado pelo sistema durante este processo. A força total sobre o êmbolo é P. A, onde P é a pressão do gás e A é a área do êmbolo. Portanto o trabalho W é: xAPW  Porém, da Fig. 3.1-3 verificamos que A ∆x = ∆V, a variação do volume do gás devido ao deslocamento, dx, do êmbolo logo: VPW  Veremos agora, num diagrama PV, algumas maneiras de se levar o gás do estado i para o estado f. COQUI/IF-SERGIPE Professor: Dr. Francisco Luiz Gumes Lopes Curso Técnico de Nível Médio em Química 9 Na figura (a) a curva (isoterma) indica que a pressão decresce com o aumento do volume. O trabalho pode ser calculado como sendo a área sob a curva. Verifique que o mesmo é positivo, pois o volume aumenta. Na figura (b) a mudança ocorre em duas etapas. De (i a) o processo ocorre a pressão constante (trabalho positivo) na mudança de (a f ) o processo ocorre a volume constante, ou seja, não realiza trabalho. Na figura (c) temos um processo que ocorre a volume constante e um outro processo que ocorre a pressão constante. O trabalho é menor neste caso que no anterior. Na figura (d) vemos que é possível minimizar o trabalho realizado pelo gás tanto quanto queira (icdf ) , ou aumentá-lo a gosto (ighf ) . O trabalho W e o calor Q fornecido ou retirado são grandezas dependentes da trajetória. Na figura (e) temos um exemplo de trabalho negativo, quando uma força externa comprime o sistema, reduzindo seu volume. COQUI/IF-SERGIPE Professor: Dr. Francisco Luiz Gumes Lopes Curso Técnico de Nível Médio em Química 10 Na figura (f) temos um ciclo termodinâmico no qual o sistema é levado de um estado inicial i até um estado final f e então volta para i . Durante o ciclo, o trabalho total realizado é positivo pois: Wexpansão > Wcompressão b. CALOR Calor é definido como sendo a forma de energia transferida, através da fronteira de um sistema a uma dada temperatura, a um outro sistema (ou meio), numa temperatura inferior, em virtude da diferença de temperatura entre os dois sistemas. Isto é, o calor é transferido do sistema de maior temperatura ao sistema de temperatura menor e a transferência de calor ocorre unicamente devido à diferença de temperatura entre os dois sistemas. Um outro aspecto dessa definição de calor é que um corpo ou sistema nunca contém calor. Ou melhor, O calor só pode ser identificado quando atravessa a fronteira. Assim o calor é um fenômeno transitório. Infere-se, também, que o calor é identificado somente na fronteira do sistema, pois o calor é definido como sendo a energia transferida através da fronteira do sistema. Unidades de Calor - Conforme já discutimos, o calor, como o trabalho, é uma forma de transferência de energia para ou de um sistema. Portanto, as unidades de calor, ou sendo mais geral, para qualquer outra forma de energia, são as mesmas do trabalho, ou pelo menos, são diretamente proporcionais a ela. No sistema Internacional, SI, a unidade de calor ( e de qualquer outra forma de energia ) é o Joule. Calor para um sistema é considerado positivo e o calor transferido de um sistema é negativo. O calor é normalmente representado pelo símbolo Q. Um processo em que não há troca de calor ( Q = 0 ), é chamado de processo adiabático. Do ponto de vista matemático o calor, como o trabalho, é uma função de linha e é reconhecido como tendo uma diferencial inexata. Isto é, a quantidade de calor transferida COQUI/IF-SERGIPE Professor: Dr. Francisco Luiz Gumes Lopes Curso Técnico de Nível Médio em Química 11 quando o sistema sofre uma mudança, do estado 1 para o estado 2, depende do caminho que o sistema percorre durante a mudança de estado. Comparação entre Calor e Trabalho a) O calor e o trabalho são, ambos, fenômenos transitórios. Os sistemas nunca possuem calor ou trabalho, porem qualquer um deles ou, ambos, atravessam a fronteira do sistema, quando o sistema sofre uma mudança de estado. b) Tanto o calor como o trabalho são fenômenos de fronteira. Ambos são observadossomente nas fronteiras do sistema, e ambos representam energia atravessando a fronteira do sistema. c) Tanto o calor como o trabalho são funções de linha e têm diferenciais inexatas. Deve-se observar que na nossa convenção de sinais, +Q representa calor transferido ao sistema e, daí é energia acrescentada ao sistema, e +W representa o trabalho realizado pelo sistema, que é energia que sai do sistema. A Figura abaixo mostra a convenção de sinais que adotamos.  W > 0 quando o sistema se expande e perde energia para a vizinhança.  W < 0 quando o sistema se contrai e recebe energia da vizinhança. Além disso, Q representa a quantidade de energia associada ao calor da vizinhança para o sistema e, por isso:  Q > 0 quando a energia passa da vizinhança para o sistema.  Q < 0 quando a energia passa do sistema para a vizinhança. COQUI/IF-SERGIPE Professor: Dr. Francisco Luiz Gumes Lopes Curso Técnico de Nível Médio em Química 12 PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA A primeira lei da termodinâmica é comumente chamada de "lei da conservação da energia". Nos cursos elementares de física, o estudo da conservação de energia dá ênfase às transformações de energia cinética e potencial e suas relações com o trabalho. Uma forma mais geral de conservação de energia inclui os efeitos de transferência de calor e a variação de energia interna. Esta forma mais geral é chamada de "Primeira Lei da Termodinâmica". Outras formas de energia podem também serem incluídas, tais como: energia eletrostática, energia de campos magnéticos tensão superficial, etc. Para o sistema fechado a energia pode ser transferida através do trabalho e da transferência de calor. A quantidade total de energia é conservada em todas transformações e transferências. a. Primeira Lei para Um Sistema Percorrendo Um Ciclo A primeira lei da termodinâmica estabelece que, durante um processo cíclico qualquer, percorrido por um sistema, o calor total é igual ao trabalho total. talTrabalhoToCalorTotal  Q W ciclociclo  b. Primeira Lei para Mudança de Estado de um Sistema A equação anterior estabelece a primeira lei da termodinâmica para um sistema operando em um ciclo. Muitas vezes, entretanto, estamos mais interessados a respeito de um processo que em um ciclo. Assim é interessante obter uma expressão da primeira lei da termodinâmica para um processo. Isto pode ser feito introduzindo-se uma nova propriedade, a energia total, a qual é representada pelo símbolo E. COQUI/IF-SERGIPE Professor: Dr. Francisco Luiz Gumes Lopes Curso Técnico de Nível Médio em Química 13 Considere-se um sistema que percorre um ciclo, mudando do estado 1 ao estado 2 pelo processo A e voltando do estado 2 ao estado 1 pelo processo B e pelo processo C. Este ciclo está mostrado na figura abaixo. Visto que B e C representam caminhos arbitrários entre os estados 1 e 2 concluímos que a quantidade (Q - W) é a mesma para qualquer processo entre o estado 1 e o estado 2. Em conseqüência, (Q - W) depende somente dos estados inicial e final não dependendo do caminho percorrido entre os dois estados. Isto nos faz concluir que a quantidade, (Q - W), é uma função de ponto, e portanto, é a diferencial exata de uma propriedade do sistema. Essa propriedade é a energia total do sistema e é representada pelo símbolo E. Assim podemos escrever EWQ  O significado físico da propriedade E é o de representar toda a energia de um sistema em um dado estado. Essa energia pode estar presente em uma multiplicidade de formas, tais como; energia cinética, energia potencial, energia associada à estrutura do átomo, energia química, etc. No estudo da termodinâmica é conveniente considerar-se separadamente as energias cinética e potencial, as demais formas de energia do sistema são agrupadas em uma única variável, já definida, a energia interna, representada pelo símbolo U. Assim, E = U + Ec + Ep 2 2 1 VmEc  e mgZEp  Onde, m é a massa do sistema, V é a velocidade, g a aceleração gravitacional e Z a elevação em relação ao referencial adotado para o sistema termodinâmico. COQUI/IF-SERGIPE Professor: Dr. Francisco Luiz Gumes Lopes Curso Técnico de Nível Médio em Química 14 A razão para trabalhar separadamente é que a energia cinética, (EC), e a energia potencial, (EP), estão associadas a um sistema de coordenadas que escolhemos, e podem ser determinadas pelos parâmetros macroscópicos de massa, velocidade e elevação. A energia interna U está associada ao estado termodinâmico do sistema. Desprezando as variações de energia cinética e potencial, a primeira lei da termodinâmica para uma mudança de estado de um sistema pode, então, ser escrita como; WQU  OBS: pode-se calcular a energia interna de um gás ideal utilizando-se a equação: nRTU 2 3  . c. Casos especiais da Primeira Lei da Termodinâmica 1. Processo adiabático- Ocorre tão rapidamente ou acontece num sistema bem isolado que nenhuma transferência de energia sob forma de calor ocorre entre o sistema e o ambiente: 0Q ; WU  2. Processos a volume constante – Se o volume de um sistema (gás) for mantido constante, o sistema não poderá realizar trabalho. 0V ; QU  3. Processos cíclicos – após certas trocas de calor e trabalho, o sistema é levado de volta ao seu estado inicial. Neste caso, a energia interna do sistema não varia: 0U ; WQ  . Isto também é válido para processos isotérmicos. 4. Expansões livres – processos adiabáticos em que não ocorre transferência de calor entre o sistema e o ambiente e nenhum trabalho é realizado pelo sistema ou sobre o sistema. Assim 0Q ; 0W . EXERCÍCIOS 01. Considere uma certa massa de um gás ideal em equilíbrio termodinâmico. Numa primeira experiência, faz-se o gás sofrer uma expansão isotérmica durante a qual realiza um trabalho W e recebe 150J de calor do meio externo. Numa segunda experiência, faz- se o gás sofrer uma expansão adiabática, a partir das mesmas condições iniciais, durante COQUI/IF-SERGIPE Professor: Dr. Francisco Luiz Gumes Lopes Curso Técnico de Nível Médio em Química 15 a qual ele realiza o mesmo trabalho W. Calcule a variação de energia interna do gás nessa expansão adiabática. 02. Um cilindro de parede lateral adiabática tem sua base em contato com uma fonte térmica e é fechado por um êmbolo adiabático pesando 100N. O êmbolo pode deslizar sem atrito ao longo do cilindro, no interior do qual existe uma certa quantidade de gás ideal. O gás absorve uma quantidade de calor de 40J da fonte térmica e se expande lentamente, fazendo o êmbolo subir até atingir uma distância de 10cm acima da sua posição original. Nesse processo, determine a energia interna do gás. 03. Um corpo recebe 40 Joules de calor de um outro corpo e rejeita 10 Joules para um ambiente. Simultaneamente, o corpo realiza um trabalho de 200 Joules. Estabeleça, baseado na primeira lei da termodinâmica, o que acontece com a temperatura do corpo em estudo. 04. Analise as proposições a seguir sobre transformações gasosas: I. Numa expansão isotérmica de um gás perfeito, sua pressão aumenta. II.Numa compressão isobárica de um gás perfeito, sua temperatura absoluta aumenta. III. Numa expansão adiabática de um gás perfeito, sua temperatura absoluta diminui. Como conseqüência da compressão adiabática sofrida por um gás, pode-se afirmar que: a) a densidade do gás aumenta, e sua temperatura diminui. b) a densidade do gás e sua temperatura diminuem. c) a densidade do gás aumenta, e sua temperatura permanece constante. d) a densidade do gás e sua temperatura aumentam. e) a densidade do gás e sua temperatura permanecem constantes. 05. Uma massa de gás ocupa um volume de 4L sob pressão de 2x106 N/m2. Após receber 500J de calor, mantendo a pressão constante, o volume passa a 10L. Determine a variação de energia interna do gás. 06. Um gás dentro de uma câmara passa pelo processo mostrado no gráfico P-V abaixo. Calcule: a. O trabalho do processo BC e do processo AB. b. O calor total liberado ou absorvido pelo sistema durante um ciclo completo. COQUI/IF-SERGIPE Professor: Dr. Francisco Luiz Gumes Lopes Curso Técnico de Nível Médio em Química 16 07. Um gás ideal sofre a transformação ABCA conforme a figura abaixo. Durante o processo AB ele recebe 170 kJ de calor. O processo CA é adiabático. Determine: a. O trabalho do ciclo termodinâmico. b. O calor do processo BC. c. A variação de energia interna no processo CA. COQUI/IF-SERGIPE Professor: Dr. Francisco Luiz Gumes Lopes Curso Técnico de Nível Médio em Química 17 VAPOR d´ ÁGUA: PROPRIEDADES E APLICAÇÕES Substância Pura  Substância pura é aquela que tem composição química invariável e homogênea. Pode existir em mais de uma fase, mas a sua composição química é a mesma em todas as fases. Assim água líquida e vapor d'água ou uma mistura de gelo e água líquida são todas substância puras, pois cada fase tem a mesma composição química. Por outro lado uma mistura de ar líquido e gasoso não é uma substância pura, pois a composição química da fase líquida é diferente daquela da fase gasosa.  Será dado ênfase àquelas substâncias que podem ser chamadas de substância simples compressíveis. Por isso entendemos que efeitos de superfície, magnéticos e elétricos, não são significativos quando se trata com essas substâncias. Equilíbrio de Fase Líquido – Vapor  Considere-se como sistema 1 kg de água contida no conjunto êmbolo-cilindro como mostra a figura abaixo. Suponha que o peso do êmbolo e a pressão atmosférica local mantenham a pressão do sistema em 1,014 bar (1 atm) e que a temperatura inicial da água seja de 15º C (item a).  À medida que se transfere calor para a água a temperatura aumenta consideravelmente e o volume específico aumenta ligeiramente (item b) enquanto a pressão permanece constante. COQUI/IF-SERGIPE Professor: Dr. Francisco Luiz Gumes Lopes Curso Técnico de Nível Médio em Química 18  Quando a água atinge 100º C uma transferência adicional de calor implica em uma mudança de fase como mostrado no item c, isto é, uma parte do líquido torna-se vapor e, durante este processo a pressão permanecendo constante, a temperatura também permanecerá constante e a quantidade de vapor gerada aumenta consideravelmente (aumentado o volume específico).  Quando a última porção de líquido tiver vaporizado (item d, 100% vapor) uma adicional transferência de calor resulta em um aumento da temperatura e do volume específico (itens e-f). Conceitos Iniciais e Terminologia  Temperatura de saturação - o termo designa a temperatura na qual se dá a vaporização de uma substância pura a uma dada pressão. Essa pressão é chamada “pressão de saturação” para a temperatura dada. Assim, para a água (estamos usando como exemplo a água para facilitar o entendimento da definição dada acima) a 100 oC, a pressão de saturação é de 1,014 bar (1 atm), e para a água a 1,014 bar de pressão, a temperatura de saturação é de 100 oC. Para uma substância pura há uma relação definida entre a pressão de saturação e a temperatura de saturação correspondente. COQUI/IF-SERGIPE Professor: Dr. Francisco Luiz Gumes Lopes Curso Técnico de Nível Médio em Química 19  Líquido Saturado - Se uma substância se encontra como líquido à temperatura e pressão de saturação diz-se que ela está no estado de líquido saturado, (item b). SaturaçãoLíquido TT   Líquido Resfriado - Se a temperatura do líquido é menor que a temperatura de saturação para a pressão existente, o líquido é chamado de líquido resfriado (significa que a temperatura é mais baixa que a temperatura de saturação para a pressão dada – item a), ou líquido comprimido, (significando ser a pressão maior que a pressão de saturação para a temperatura dada). SaturaçãoLíquido TT   Título ( x ) - Quando uma substância se encontra parte líquida e parte vapor, vapor úmido, (item c), a relação entre a massa de vapor pela massa total, isto é, massa de líquido mais a massa de vapor, é chamada título. Matematicamente: x m m m m m v l v v t     Vapor Saturado - Se uma substância se encontra completamente como vapor na temperatura de saturação, é chamada “vapor saturado”, (item d) e neste caso o título é igual a 1 ou 100%, pois a massa total (mt) é igual à massa de vapor (mv ), (freqüentemente usa-se o termo “vapor saturado seco”). SaturaçãoVapor TT   Vapor Superaquecido - Quando o vapor está a uma temperatura maior que a temperatura de saturação é chamado “vapor superaquecido” (item e). A pressão e a temperatura do vapor superaquecido são propriedades independentes, e neste caso, a temperatura pode ser aumentada para uma pressão constante. Em verdade, as substâncias que chamamos de gases são vapores altamente superaquecidos. SaturaçãoVapor TT   Temperatura e Calor: temperatura é uma função da energia cinética interna e, como tal, é uma medida da velocidade molecular média. Calor é definido como energia em trânsito de um corpo para outro como resultado de uma diferença de temperatura entre os dois corpos.  Energia Cinética Interna: é a energia possuída pela matéria devido ao movimento e/ou forças intermoleculares. Quando a energia adicionada a uma substância aumenta o movimento ou velocidade das moléculas, a energia cinética interna da COQUI/IF-SERGIPE Professor: Dr. Francisco Luiz Gumes Lopes Curso Técnico de Nível Médio em Química 20 substância aumenta, aparecendo como elevação de temperatura. Esta forma de energia pode ser decomposta em duas partes: a - Energia cinética interna, a qual é devida à velocidade das moléculas e, b - Energia potencial interna, a qual é devida às forças de atração que existem entre as moléculas. As mudanças na velocidade das moléculas são identificadas macroscopicamente pela alteração da temperatura da substância ( sistema), enquanto que as variações na posição são identificadas pela mudança de fase da substância (sólido, liquido ou vapor )  Entalpia: a entalpia de uma substância a qualquer condição termodinâmica (pressão, temperatura) dada, é a soma de toda a energia que lhe é fornecida para levá-la àquela condição a partir de uma condição inicial arbitrariamentetomada como ponto zero da entalpia. Por convenção, a entalpia da água é zero a 0o C e pressão atmosférica (água no estado líquido). Matematicamente, PVUH  .  Calor Específico: é a quantidade de energia, em kcal, necessária para mudar a temperatura de 1 kg de uma substância de 1oC. Para a água, o calor específico é de 1 kcal / kg oC.  Calor Sensível e Calor Latente: Quando o calor é adicionado à água à temperatura ambiente, por exemplo, a temperatura desta água sobe aproximadamente 1oC para cada kcal adicionada a 1 kg de água. O aumento de temperatura pela adição de calor pode ser percebido pelos nossos sentidos. Isto é chamado de calor sensível. Se adicionarmos 99,1 kcal a 1 kg de água à temperatura de 0oC e pressão atmosférica, sua temperatura subirá até 100oC. A partir daí ela entrará em ebulição e, para qualquer outra adição de calor, não haverá aumento de temperatura e sim uma mudança de estado de líquido para vapor. O calor adicionado durante a mudança de estado não é percebido pelos nossos sentidos como um aumento de temperatura, ele fica escondido no vapor formado e é chamado calor latente. Calor Sensível: TcmQS  .. Calor Latente: HmQL  . SQ e LQ calor sensível e calor latente, respectivamente, em kcal; m é a massa da substância em kg; c é o calor específico da substância em kcal / kg oC; COQUI/IF-SERGIPE Professor: Dr. Francisco Luiz Gumes Lopes Curso Técnico de Nível Médio em Química 21 T é a variação de temperatura em oC; H é a entalpia de fusão ou vaporização em kcal / kg. Diagramas T x v e P x v  Durante a mudança de fase de líquido-vapor à pressão constante, a temperatura se mantém constante; observa-se assim a formação de patamares de mudança de fase em um diagrama de propriedades no plano T x V ou P x V, como mostrado nas figuras abaixo. Quanto maior a pressão na qual ocorre a mudança de fase líquido- vapor maior será a temperatura.  A linha de líquido saturado é levemente inclinada em relação à vertical pelo efeito da dilatação volumétrica (quanto maior a temperatura maior o volume ocupado pelo líquido), enquanto a linha de vapor saturado é fortemente inclinada em sentido contrário devido à compressibilidade do vapor.  Aumentando-se a pressão observa-se no diagrama que as linhas de líquido saturado e vapor saturado se encontram. O ponto de encontro dessas duas linhas define o chamado "Ponto Crítico". Pressões mais elevadas que a pressão do ponto crítico resultam em mudança de fase de líquido para vapor superaquecido sem a formação de vapor úmido.  Como exemplo, o ponto crítico para a água, é: Pcrítica = 22,09 MPa Tcrítica = 374,14 oC Vcritico = 0,003155 m 3/kg COQUI/IF-SERGIPE Professor: Dr. Francisco Luiz Gumes Lopes Curso Técnico de Nível Médio em Química 22  A figura abaixo representa o diagrama P x h (pressão versus entalpia específica), bastante utilizado na análise termodinâmica do vapor.  O Ponto Triplo corresponde ao estado no qual as três fases (sólido, líquido e gasoso) se encontram em equilíbrio. A figura abaixo mostra o diagrama de fases (P x T) para a água. Para outras substâncias o formato do diagrama é semelhante.  Uma substância na fase vapor com pressão acima da pressão do ponto triplo muda de fase (torna-se líquido) ao ser resfriada até a temperatura correspondente na curva de pressão de vapor. Resfriando o sistema ainda mais será atingida uma temperatura na qual o líquido irá se solidificar. Este processo está indicada pela linha horizontal 123.  Para uma substância na fase sólida com pressão abaixo da pressão do ponto triplo ao ser aquecida observe que, mantendo a pressão constante, será atingida uma temperatura na qual ela passa da fase sólida diretamente para a fase vapor, sem passar pela fase líquida, como mostrado no processo 45. Como exemplo, a pressão e a temperatura do ponto triplo para a água corresponde a 0,6113 kPa e 0,01 oC respectivamente. COQUI/IF-SERGIPE Professor: Dr. Francisco Luiz Gumes Lopes Curso Técnico de Nível Médio em Química 23 TABELAS DE PROPRIEDADES TERMODINÂMICAS (VAPOR D’ ÁGUA)  Existem tabelas de propriedades termodinâmicas para todas as substâncias de interesse em engenharia. Essas tabelas são obtidas através das equações de estado (equações que relacionam P, T e V). Restringiremos nosso estudo apenas às tabelas termodinâmicas para a água.  As tabelas de propriedades termodinâmicas estão divididas em três categorias de tabelas, uma que relaciona as propriedades do líquido comprimido (ou líquido resfriado), outra que relaciona as propriedades de saturação (líquido saturado e vapor saturado) e as tabelas de vapor superaquecido.  Em todas as tabelas as propriedades estão tabeladas em função da temperatura ou pressão e em função de ambas como pode ser visto nas tabelas a seguir. Para a região de liquido+vapor, (vapor úmido) conhecido o título, x, as propriedades devem ser determinadas através das seguintes equações: VL hxhxh .).1(  Entalpia Específica (energia/massa) VL vxvxv .).1(  Volume Específico (volume/massa) VL uxuxu .).1(  Energia Interna Específica (energia/massa)  As tabelas abaixo são exemplos de tabelas de propriedades termodinâmicas de líquido comprimido, saturadas e superaquecidas de qualquer substância. Observe nessas tabelas que para condições de saturação basta conhecer apenas uma propriedade para obter as demais, que pode ser temperatura ou pressão, propriedades diretamente mensuráveis.  Para as condições de vapor superaquecido e líquido comprimido é necessário conhecer duas propriedades para ser obter as demais. COQUI/IF-SERGIPE Professor: Dr. Francisco Luiz Gumes Lopes Curso Técnico de Nível Médio em Química 24 Propriedades da Água Saturada (Líquido-Vapor ) Tabela de Temperatura Volume Específico m3 /kg Energia Interna kJ/kg Entalpia kJ/kg Entropia kJ/kg.K Temp o C Press. bar Líquid Sat. vL x10 3 Vapor Sat. vG Líquid Sat. uL Vapor Sat. uG Líquid Sat. hL Líqui- Vapor hLG Vapor Sat. hG Líquid Sat. sL Vapor Sat. sG 0,01 0,00611 1,0002 206,136 0,00 2375,3 0,01 2501,3 2501,4 0,0000 9,1562 5 0,00872 1,0001 147,120 20,97 2382,3 20,98 2489,6 2510,6 0,0761 9,0257 10 0,01228 1,0004 106,379 42,00 2389,2 42,01 2477,7 2519,8 0,1510 8,9008 15 0,01705 1,0009 77,926 62,99 2396,1 62,99 2465,9 2528,9 0,2245 8,7814 20 0,02339 1,0018 57,791 83,95 2402,9 83,96 2454,1 2538,1 0,2966 8,6672 25 0,03169 1,0029 43,360 104,88 2409,8 104,89 2442,3 2547,2 0,3674 8,5580 30 0,04246 1,0043 32,894 125,78 2416,6 125,79 2430,5 2556,3 0,4369 8,4533 35 0,05628 1,0060 25,216 146,67 2423,4 146,68 2418,6 2565,3 0,5053 8,3531 40 0,07384 1,0078 19,523 167,56 2430,1 167,57 2406,7 2574,3 0,5725 8,2570 45 0,09593 1,0099 15,258 188,44 2436,8 188,45 2394,8 2583,2 0,6387 8,1648 50 0,1235 1,0121 12,032 209,32 2443,5 209,33 2382,7 2592,1 0,7038 8,0763 55 0,1576 1,0146 9,568 230,21 2450,1 230,23 2370,7 2600,9 0,7679 7,9913 60 0,1994 1,0172 7,671 251,11 2456,6 251,13 2358,5 2609,6 0,8312 7,909665 0,2503 1,0199 6,197 272,02 2463,1 272,06 2346,2 2618,3 0,8935 7,8310 70 0,3119 1,0228 5,042 292,95 2469,6 292,98 2333,8 2626,8 0,9549 7,7553 75 0,3858 1,0259 4,131 313,90 2475,9 313,93 2321,4 2635,3 1,0155 7,6824 80 0,4739 1,0291 3,407 334,86 2482,2 334,91 2308,8 2643,7 1,0753 7,6122 85 0,5783 1,0325 2,828 355,84 2488,4 355,90 2296,0 2651,9 1,1343 7,5445 90 0,7014 1,0360 2,361 376,85 2494,5 376,92 2283,2 2660,1 1,1925 7,4791 95 0,8455 1,0397 1,982 397,88 2500,6 397,96 2270,2 2668,1 1,2500 7,4159 100 1,014 1,0435 1,673 418,94 2506,5 419,04 2257,0 2676,1 1,3069 7,3549 110 1,433 1,0516 1,210 461,14 2518,1 461,30 2230,2 2691,5 1,4185 7,2387 120 1,985 1,0603 0,8919 503,50 2529,3 503,71 2202,6 2706,3 1,5276 7,1296 130 2,701 1,0697 0,6685 546,02 2539,9 546,31 2174,2 2720,5 1,6344 7,0269 140 3,613 1,0797 0,5089 588,74 2550,0 589,13 2144,7 2733,9 1,7391 6,9299 150 4,758 1,0905 0,3928 631,68 2559,5 632,20 2114,3 2746,5 1,8418 6,8379 160 6,178 1,1020 0,3071 674,86 2568,4 675,55 2082,6 2758,1 1,9427 6,7502 170 7,917 1,1143 0,2428 718,33 2576,5 719,21 2049,5 2768,7 2,0419 6,6663 180 10,02 1,1274 0,1941 762,09 2583,7 763,22 2015,0 2778,2 2,1396 6,5857 190 12,54 1,1414 0,1565 806,19 2590,0 807,62 1978,8 2786,4 2,2359 6,5079 200 15,54 1,1565 0,1274 850,65 2595,3 852,45 1940,7 2793,2 2,3309 6,4323 220 23,18 1,1900 0,08619 940,87 2602,4 943,62 1858,5 2802,1 2,5178 6,2861 240 33,44 1,2291 0,05976 1033,2 2604,0 1037,3 1766,5 2803,8 2,7015 6,1437 260 46,88 1,2755 0,04221 1128,4 2599,0 1134,4 1662,5 2796,6 2,8838 6,0019 280 64,12 1,3321 0,03017 1227,5 2586,1 1236,0 1543,6 2779,6 3,0668 5,8571 300 85,81 1,4036 0,02167 1332,0 2563,0 1344,0 1404,9 2749,0 3,2534 5,7045 320 112,7 1,4988 0,01549 1444,6 2525,5 1461,5 1238,6 2700,1 3,4480 5,5362 340 145,9 1,6379 0,01080 1570,3 2464,6 1594,2 1027,9 2622,0 3,6594 5,3357 360 186,5 1,8925 0,00695 1725,2 2351,5 1760,5 720,5 2481,0 3,9147 5,0526 374,1 220,9 3,1550 0,00316 2029,6 2029,6 2099,3 0,0 2099,3 4,4298 4,4298 Referência " Fundamentals of Thermodynamics" - Fith Edition - R. E. Sonntag, C. Borgnakke and G. J. Van Wylen - 1998 COQUI/IF-SERGIPE Professor: Dr. Francisco Luiz Gumes Lopes Curso Técnico de Nível Médio em Química 25 Propriedades da Água Saturada (Líquido-Vapor) Tabela de Pressão Volume Específico m3 /kg Energia Interna kJ/kg Entalpia kJ/kg Entropia kJ/kg.K Pres. bar Temp o C Líquid Sat. vL x10 3 Vapor Sat. vG Líquid Sat. uL Vapor Sat. uG Líquid Sat. hL Líqui- Vapor hLG Vapor Sat. hG Líquid Sat. sL Vapor Sat. sG 0,04 28,96 1,0040 34,800 121,45 2415,2 121,46 2432,9 2554,4 0,4226 8,4746 0,06 36,16 1,0064 23,739 151,53 2425,0 151,53 2415,9 2567,4 0,5210 8,3304 0,08 41,51 1,0084 18,103 173,87 2432,2 173,88 2403,1 2577,0 0,5926 8,2287 0,10 45,81 1,0102 14,674 191,82 2437,9 191,83 2392,8 2584,7 0,6493 8,1502 0,20 60,06 1,0172 7,649 251,38 2456,7 251,40 2358,3 2609,7 0,8320 7,9085 0,30 69,10 1,0223 5,229 289,20 2468,4 289,23 2336,1 2625,3 0,9439 7,7686 0,40 75,87 1,0265 3,993 317,53 2477,0 317,58 2319,2 2636,8 1,0259 7,6700 0,50 81,33 1,0300 3,240 340,44 2483,9 340,49 2305,4 2645,9 1,0910 7,5939 0,60 85,94 1,0331 2,732 359,79 2489,6 359,86 2293,6 2653,5 1,1453 7,5320 0,70 89,95 1,0360 2,365 376,63 2494,5 376,70 2283,3 2660,0 1,1919 7,4797 0,80 93,50 1,0380 2,087 391,58 2498,8 391,66 2274,1 2665,8 1,2329 7,4346 0,90 96,71 1,0410 1,869 405,06 2502,6 405,15 2265,7 2670,9 1,2695 7,3949 1,00 99,63 1,0432 1,694 417,36 2506,1 417,46 2258,0 2675,5 1,3026 7,3594 1,50 111,4 1,0528 1,159 466,94 2519,7 467,11 2226,5 2693,6 1,4336 7,2233 2,00 120,2 1,0605 0,8857 504,49 2529,5 504,70 2201,9 2706,7 1,5301 7,1271 2,50 127,4 1,0672 0,7187 535,10 2537,2 535,37 2181,5 2716,9 1,6072 7,0527 3,00 133,6 1,0732 0,6058 561,15 2543,6 561,47 2163,8 2725,3 1,6718 6,9919 3,50 138,9 1,0786 0,5243 583,95 2546,9 584,33 2148,1 2732,4 1,7275 6,9405 4,00 143,6 1,0836 0,4625 604,31 2553,6 604,74 2133,8 2738,6 1,7766 6,8959 4,50 147,9 1,0882 0,4140 622,25 2557,6 623,25 2120,7 2743,9 1,8207 6,8565 5,00 151,9 1,0926 0,3749 639,68 2561,2 640,23 2108,5 2748,7 1,8607 6,8212 6,00 158,9 1,1006 0,3157 669,90 2567,4 670,56 2086,3 2756,8 1,9312 6,7600 7,00 165,0 1,1080 0,2729 696,44 2572,5 697,22 2066,3 2763,5 1,9922 6,7080 8,00 170,4 1,1148 0,2404 720,22 2576,8 721,11 2048,0 2769,1 2,0462 6,6628 9,00 175,4 1,1212 0,2150 741,83 2580,5 742,83 2031,1 2773,9 2,0946 6,6226 10,0 179,9 1,1273 0,1944 761,68 2583,6 762,81 2015,3 2778,1 2,1387 6,5863 15,0 198,3 1,1539 0,1318 843,16 2594,5 844,84 1947,3 2792,2 2,3150 6,4448 20,0 212,4 1,1767 0,0996 906,44 2600,3 908,79 1890,7 2799,5 2,4474 6,3409 25,0 224,0 1,1973 0,0800 959,11 2603,1 962,11 1841,0 2803,1 2,5547 6,2575 30,0 233,9 1,2165 0,0667 1004,8 2604,1 1008,4 1795,7 2804,2 2,6457 6,1869 35,0 242,6 1,2347 0,0571 1045,4 2603,7 1049,8 1753,7 2803,4 2,7253 6,1253 40,0 250,4 1,2522 0,0498 1082,3 2602,3 1087,3 1714,1 2801,4 2,7964 6,0701 45,0 257,5 1,2692 0,0441 1116,2 2600,1 1121,9 1676,4 2798,3 2,8610 6,0199 50,0 264,0 1,2859 0,0394 1147,8 2597,1 1154,2 1640,1 2794,3 2,9202 5,9734 60,0 275,6 1,3187 0,0324 1205,4 2589,7 1213,4 1571,0 2784,3 3,0267 5,8892 70,0 285,9 1,3513 0,0274 1257,6 2580,5 1267,0 1505,1 2772,1 3,1211 5,8133 80,0 295,1 1,3842 0,0235 1305,6 2569,8 1316,6 1441,3 2758,0 3,2068 5,7432 90,0 303,4 1,4178 0,0205 1350,5 2557,8 1363,3 1378,9 2742,1 3,2858 5,6772 100,0 311,1 14,524 0,0180 1393,0 2544,4 1407,6 1317,1 2724,7 3,3596 56,141 110,0 318,2 14,886 0,0160 1433,7 2529,8 1450,1 1255,5 2705,6 3,4295 55,527 Referência " Fundamentals of Thermodynamics" - Fith Edition - R. E. Sonntag, C. Borgnakke and G. J. Van Wylen - 1998 COQUI/IF-SERGIPE Professor: Dr. Francisco Luiz Gumes Lopes Curso Técnico de Nível Médio em Química 26 Propriedades do Vapor de Água Superaquecida (Resumida) Pressão = 0,010 MPa Temperatura de Sat.(45,81 o C) Pressão = 0,100 MPa Temperatura de Sat.(99,62 o C) Pressão = 0,500 MPa Temperatura de Sat.(151,86 o C) Temperatura  Volume Específic o v Entalpia h Entropia s Volume Específic o v Entalpia h Entropia s Volume Específic o v Entalpia h Entropia s O C m 3 /kg kJ/kg kJ/kg.K m 3 /kg kJ/kg kJ/kg.K m 3 /kg kJ/kg kJ/kg.K Sat. 14,6736 2584,63 8,1501 1,69400 2675,46 7,3593 0,37489 2748,67 6,8212 100 17,1956 2687,50 8,4479 -------- -------- -------- -------- -------- -------- 150 19,5125 2782,99 8,6881 1,93636 2776,38 7,6133 -------- -------- -------- 200 21,8251 2879,52 8,9037 2,17226 2875,27 7,8342 0,42492 2855,37 7,0592 250 24,1356 2977,31 9,1002 2,40604 2974,33 8,0332 0,47436 2960,68 7,2708 300 26,4451 3076,51 9,2812 2,63876 3074,28 8,2157 0,52256 3064,20 7,4598 400 31,0625 3279,51 9,6076 3,10263 3278,11 8,5434 0,61728 3271,83 7,7937 500 35,6790 3489,05 9,8977 3,56547 3488,09 8,8341 0,71093 3483,82 8,0872 600 40,2949 3705,40 10,161 4,02781 3704,72 9,0975 0,80406 3701,67 8,3521 700 44,9105 3928,73 10,403 4,48986 3928,23 9,3398 0,89691 3925,97 8,5952 800 49,5260 4159,10 10,628 4,95174 4158,71 9,5652 0,98959 4156,96 8,8211 900 54,1414 4396,44 10,840 5,41353 4396,12 9,7767 1,08217 4394,71 9,03291000 58,7567 4640,58 11,039 5,87526 4640,31 9,9764 1,17469 4639,11 9,2328 1100 63,3720 4891,19 11,229 6,33696 4890,95 10,1658 1,26718 4889,88 9,4224 1200 67,9872 5147,78 11,409 6,79863 5147,56 10,3462 1,35964 5146,58 9,6028 Temperatura  O C Pressão = 1,00 MPa Temperatura de Sat.(179,91 o C) Pressão = 2,00 MPa Temperatura de Sat.(212,42 o C) Pressão = 4,00 MPa Temperatura de Sat.(250,40 o C) Sat. 0,19444 2778,08 6,5864 0,09963 2799,51 6,3408 0,04978 2801,36 6,0700 200 0,20596 2827,86 6,6939 ------ ------ ------ ------ ------ ------ 300 0,25794 3051,15 7,1228 0,12547 3023,50 6,7663 0,05884 2960,68 6,3614 400 0,30659 3263,88 7,4650 0,15120 3247,60 7,1270 0,07341 3213,51 6,7689 500 0,35411 3478,44 7,7621 0,17568 3467,55 7,4316 0,08643 3445,21 7,0900 600 0,40109 3697,85 8,0289 0,19960 3690,14 7,7023 0,09885 3674,44 7,3688 700 0,44779 3923,14 8,2731 0,22323 3917,45 7,9487 0,11095 3905,94 7,6198 800 0,49432 4154,78 8,4996 0,24668 4150,40 8,1766 0,12287 4141,59 7,8502 900 0,54075 4392,94 8,7118 0,27004 4389,40 8,3895 0,13469 4382,34 8,0647 1000 0,58712 4637,60 8,9119 0,29333 4634,61 8,5900 0,14645 4628,65 8,2661 1100 0,63345 4888,55 9,1016 0,31659 4885,89 8,7800 0,15817 4880,63 8,4566 1200 0,67977 5145,36 9,2821 0,33984 5142,92 8,9606 0,16987 5138,07 8,6376 Temperatura  O C Pressão = 6,00 MPa Temperatura de Sat.(275,64 o C) Pressão = 8,00 MPa Temperatura de Sat.(295,06 o C) Pressão = 10,00 MPa Temperatura de Sat.(311,06 o C) Sat. 0,03244 2784,33 5,8891 0,02352 2757,94 5,7431 0,01803 2724,67 5,6140 300 0,03616 2884,19 6,0673 0,02426 2784,98 5,7905 ------ ------ ------ 350 0,04223 3042,97 6,3334 0,02995 2987,30 6,1300 0,02242 2923,39 5,9442 400 0,04739 3177,17 6,5407 0,03432 3138,28 6,3633 0,02641 3096,46 6,2119 450 0,05214 3301,76 6,7192 0,03817 3271,99 6,5550 0,02975 3240,83 6,4189 500 0,05665 3422,12 6,8802 0,04175 3398,27 6,7239 0,03279 3373,63 6,5965 600 0,06525 3266,89 7,1676 0,04845 3642,03 7,0205 0,03837 3625,34 6,9028 700 0,07352 3894,28 7,4234 0,05481 3882,47 7,2812 0,04358 3870,52 7,1687 800 0,08160 4132,74 7,6566 0,06097 4123,84 7,5173 0,04859 4114,91 7,4077 900 0,08958 4375,29 7,8727 0,06702 4368,26 7,7350 0,05349 4361,24 7,6272 1000 0,09749 4622,74 8,0751 0,07301 4616,87 7,9384 0,05832 4611,04 7,8315 1100 0,10536 4875,42 8,2661 0,07896 4870,25 8,1299 0,06312 4865,14 8,0236 1200 0,11321 5133,28 8,4473 0,08489 5128,54 8,3115 0,06789 5123,84 8,2054 Referência " Fundamentals of Thermodynamics" - Fith Edition - R. E. Sonntag, C. Borgnakke and G. J. Van Wylen - 1998 COQUI/IF-SERGIPE Professor: Dr. Francisco Luiz Gumes Lopes Curso Técnico de Nível Médio em Química 27 Propriedades da Água resfriada ou Líquido Comprimido (Resumida) Pressão = 2,50 MPa Temperatura de Sat.(223,29 o C) Pressão = 5,00 MPa Temperatura de Sat.(263,99 o C) Pressão = 7,50 MPa Temperatura de Sat.(290,59 o C) Temperatura  Volume Específic o v x 10 3 Entalpia h Entropia s Volume Específic o v x 10 3 Entalpia h Entropia s Volume Específic o v x 10 3 Entalpia h Entropia s O C m 3 /kg kJ/kg kJ/kg.K m 3 /kg kJ/kg kJ/kg.K m 3 /kg kJ/kg kJ/kg.K 0 ------- ------ ------- 0,998 5,02 0,0001 ------ ------- ------ 20 1,001 86,30 0,2961 1,000 88,64 0,2955 0,998 83,50 0,2950 40 1,007 169,77 0,5715 1,006 171,95 0,5705 1,004 166,64 0,5696 80 1,028 336,86 1,0737 1,027 338,83 1,0719 1,026 333,15 1,0704 100 1,042 420,85 1,3050 1,041 422,71 1,3030 1,040 416,81 1,3011 140 1,078 590,52 1,7369 1,077 592,13 1,7342 1,075 585,72 1,7317 180 1,126 763,97 2,1375 1,124 765,24 2,1341 1,122 758,13 2,1308 200 1,156 852,80 2,3294 1,153 853,85 2,3254 ------ ------ ------ 220 1,190 943,70 2,5174 1,187 944,36 2,5128 1,184 936,2 2,5083 260 ------ ------ ------ 1,275 1134,30 2,8829 1,270 1124,4 2,8763 Sat. 1,1973 962,10 2,5546 1,286 1154,21 2,9201 1,368 1282,0 3,1649 Temperatura  O C Pressão = 10,00 MPa Temperatura de Sat.(311,06 o C) Pressão = 15,00 MPa Temperatura de Sat.(342,24 o C) Pressão = 20,00 MPa Temperatura de Sat.(365,81 o C) 0 0,995 10,05 0,0003 0,993 15,04 0,0004 0,990 20,00 0,0004 40 1,003 176,36 0,5685 1,001 180,75 0,5665 0,999 185,14 0,5646 80 1,025 342,81 1,0687 1,022 346,79 1,0655 1,020 350,78 1,0623 100 1,039 426,48 1,2992 1,036 430,26 1,2954 1,034 434,04 1,2917 140 1,074 595,40 1,7291 1,071 598,70 1,7241 1,068 602,03 1,7192 180 1,120 767,83 2,1274 1,116 770,48 2,1209 1,112 773,18 2,1146 200 1,148 855,97 2,3178 1,143 858,18 2,3103 1,139 860,47 2,3031 240 1,219 1025,94 2,6872 1,211 1038,99 2,6770 1,205 1040,04 2,6673 280 1,322 1234,11 3,0547 1,308 1232,09 3,0392 1,297 1230,62 3,0248 300 1,397 1342,31 3,2468 1,377 1337,23 3,2259 1,360 1333,29 3,2071 320 ------ ------ ------ 1,472 1453,13 3,4246 1,444 1444,53 3,3978 340 ------ ------ ------ 1,631 1591,88 3,6545 1,568 1571,01 3,6074 Sat. 1,452 1407,53 3,3595 1,658 1610,45 3,6847 2,035 1826,18 4,0137 Temperatura  O C Pressão = 25,00 MPa Pressão acima do ponto Crítico Pressão = 30,00 MPa Pressão acima do ponto Crítico Pressão = 50,00 MPa Pressão acima do ponto Crítico 0 ------ ------ ------ 0,986 29,82 0,0001 0,977 49,03 -0,0014 20 0,9907 82,47 0,2911 0,989 111,82 0,2898 0,980 130,00 0,2847 40 0,9971 164,60 0,5626 0,995 193,87 0,5606 0,987 211,20 0,5526 80 ------ ------ ------ 1,016 358,75 1,5061 1,007 374,68 1,0439 100 1,0313 412,08 1,2881 1,029 441,63 1,2844 1,020 456,87 1,2703 140 ------ ------ ------ 1,062 608,73 1,7097 1,052 622,33 1,6915 180 ------ ------ ------ 1,105 778,71 2,1024 1,091 790,24 2,0793 200 1,1344 834,5 2,2961 1,130 865,24 2,2892 1,115 875,46 2,2634 240 ------ ------ ------ 1,192 1042,60 2,6489 1,170 1049,20 2,6158 280 ------ ------ ------ 1,275 1228,96 2,9985 1,242 1229,26 2,9536 300 1,3442 1296,6 3,1900 1,330 1327,80 3,1740 1,286 1322,95 3,1200 320 ------ ------ ------ 1,400 1432,63 3,3538 1,339 1420,17 3,2867 340 ------ ------ ------ 1,492 1546,47 3,5425 1,430 1522,07 3,4556 360 ------ ------ ------ 1,627 1675,36 3,7492 1,484 1630,16 3,6290 Referência " Fundamentals of Thermodynamics" - Fith Edition - R. E. Sonntag, C. Borgnakke and G. J. Van Wylen 1998 COQUI/IF-SERGIPE Professor: Dr. Francisco Luiz Gumes Lopes Curso Técnico de Nível Médio em Química 28 EXERCÍCIOS PROPOSTOS 01. Conceitue vapor saturado e vapor superaquecido. Qual a principal utilização de cada um? 02. Como estão divididas as tabelas termodinâmicas? Quais as propriedades que são fornecidas por estas tabelas? 03. Desenhe o diagrama de fases para a água, representando todas as regiões e todos os pontos principais. 04. Desenhe o diagrama de fases para o CO2, representando todas as regiões e todos os pontos principais e compare com o diagrama de fases da água. 05. Desenhe o gráfico de aquecimento da água para a pressão de 1 bar, considerando a temperatura e a entalpia da mesma nos eixos Y e X, respectivamente. 06. Desenhe o gráfico de aquecimento da água para, pelo menos, cinco pressões (inclusive representando a temperatura crítica), considerando a temperatura e a entalpia da mesma nos eixos Y e X, respectivamente. Indique as regiões de líquido resfriado, vapor úmido e vapor superaquecido.Indique as linhas de líquido e vapor saturado e as linhas de título. 07. Determine a entalpia específica e o volume específico do vapor à pressão de 8 bar com um grau de enriquecimento de 94%. 08. Determine a entalpia específica de um vapor a 5 MPa e 450oC. 09. Determine a entalpia de um vapor d’ água superaquecido de 70º C à pressão de 5 bar. 10. Utilizando as tabelas de vapor d’ água, determine as propriedades faltantes para cada um dos casos abaixo e faça os esboços, representando todos os pontos indicados na questão, dos seguintes diagramas: a. Temperatura versus entalpia específica (P, T e h). b. Temperatura versus volume específico (P, T e v). I. Líquido saturado à P = 17,5 bar. T = ? h = ? v = ? II. Vapor saturado à T = 175o C. P = ? h = ? v = ? III. Vapor úmido a P = 2 MPa e título igual a 75%. T = ? h = ? v = ? IV. Vapor superaquecido a T = 320o C e P = 10 bar. h = ? v = ? COQUI/IF-SERGIPE Professor: Dr. Francisco Luiz Gumes Lopes Curso Técnico de Nível Médio em Química 29 BALANÇO MACROSCÓPICO No caso dos balanços de energia, a base é a Lei da Conservação de Energia que estabelece: “Embora a energia assuma diversas formas, a quantidade total de energia é constante e, quando a energia desaparece em uma forma, ela reaparece simultaneamente em outras formas”. “A energia se transforma, mas não se extingue nem se cria”. A Figura 12 representa um sistema qualquer. O balanço energético global Figura 12. Representação esquemática de um sistema. Balanço para Sistemas Fechados (REVISÃO) No sistema fechado somente a energia em trânsito ultrapassa as fronteiras do sistema. Considerando um sistema fechado sem reação química, a equação global é:  (Energia do Sistema) = Acúmulo de energia dentro do sistema Energia transferida p/ o sistema Energia transferida do sistema Energia gerada no sistema Energia consumida no sistema = - + - Acúmulo de energia dentro do sistema Energia transferida p/ o sistema Energia transferida do sistema = - Acúmulo de energia dentro do sistema COQUI/IF-SERGIPE Professor: Dr. Francisco Luiz Gumes Lopes Curso Técnico de Nível Médio em Química 30  (Energia das Vizinhanças) =  (Energia do Sistema) +  (Energia das Vizinhanças) = 0  (Energia do Sistema) = U + Ek + Ep  (Energia do Sistema) = U  (Energia das Vizinhanças) =  Q  W  (Energia das Vizinhanças) = Q - W WUQ  Casos especiais: Processos Isocóricos (volume constante – não há expansão nem contração): QU  Processos Isobáricos (pressão constante VPW  . ): HQ  Processos Isotérmicos (temperatura constante): WQ  Processos Adiabáticos (não há troca de calor): WU  Balanço para Sistemas Abertos Do ponto de vista industrial, os processos mais importantes são aqueles que envolvem o escoamento permanente de um fluido através de um ou mais equipamentos. Como o sistema é aberto, a matéria cruza as fronteiras do sistema. Considere um caso geral de um processo contínuo, sem reação química e sistema aberto. O fluido escoa através da fronteira do sistema desde a seção 1 até a seção 2. Como se trata do escoamento de um fluido, a massa do fluido em escoamento será substituída pela vazão mássica (massa/tempo) e os termos de energias transferidas foram substituídos pelas taxas de energia correspondente (energia/tempo). Energia transferida p/ o sistema Energia transferida do sistema - COQUI/IF-SERGIPE Professor: Dr. Francisco Luiz Gumes Lopes Curso Técnico de Nível Médio em Química 31 Figura 13. Escoamento permanente de fluido através de um ou mais equipamentos. Taxa de acúmulo de energia:        t meeumeeu t EE sist iipcffpcsist tt if      Taxa de energia transferida para o sistema: Energia armazenada e transportada com a massa que entra no sist.     1111 meeu pc Energia em trânsito:  Q Energia de pressão:  111 mvP Taxa de energia transferida do sistema: Energia armazenada e transportada com a massa que sai do sist.     2222 meeu pc Energia em trânsito:  eW Energia de pressão:  222 mvP Acúmulo de energia dentro do sistema = Energia transferida p/ o sistema Energia transferida do sistema - Taxa de acúmulo de energia dentro do sistema = Taxa de energia transferida p/ o sistema Taxa de energia transferida do sistema - COQUI/IF-SERGIPE Professor: Dr. Francisco Luiz Gumes Lopes Curso Técnico de Nível Médio em Química 32 Como no sistema não há acúmulo de energia (regime permanente) e a vazão mássica permanece constante   mmm 21 , a equação final para o balanço energético é:     epc WQmeeh - Observações: h = variação de entalpia específica (entalpia/massa – kJ/kg ou kCal/kg). Ce = variação de energia cinética específica (kJ/kg ou kCal/kg). Pe = variação de energia potencial específica (kJ/kg ou kCal/kg).  m = vazão mássica (massa/tempo – kg/h ou kg/s, etc.).  Q = taxa de energia térmica (calor/tempo – kJ/s ou kW ou kCal/s).  eW = taxa de trabalho (trabalho/tempo – potência - kJ/s ou kW ou kCal/s). Assim: Quando as energias cinética e potencial são desprezadas:   eWQmh - . . Quando não há trabalho de eixo: .   Qmh . Quando não há transferência de energia térmica:   eWmh -. . Quando não há transferência de energia em trânsito: 0.   mh , ou seja, 21 hh  . EXERCÍCIO RESOLVIDO Considere o sistema aberto em regime permanente dado na figura abaixo. A quantidade de vapor produzido pela caldeira é igual a 5000 kg/h. COQUI/IF-SERGIPE Professor: Dr. Francisco Luiz Gumes Lopes Curso Técnico de Nível Médio em Química 33 a. Calcule o calor necessário à caldeira para que esta transforme a água do estado de líquido saturado a 40 bar, para o estado de vapor a 40 bar e 500 oC. b. O vapor produzido na caldeira é utilizado em uma turbina, supostamente ideal (adiabática e reversível). Sabendo-se que a pressão do vapor na saída da turbina é igual a 0,4 bar e que este se encontra no estado saturado, calcule a potência da turbina. c. Suponha que exista um condensador instalado na saída da turbina. Calcule a quantidade de calor que deve ser retirada do vapor oriundo da turbina para que este condense totalmente. d. Calcule a potência transmitida à água por uma bomba instalada na saída do condensador, destinada a bombear água para a caldeira. Considere a bomba supostamente ideal (adiabática e reversível). Resolução: - Sistema aberto, regime permanente e sem reação química. - Variações de energia cinética epotencial desprezíveis. a.   eWQmh - . Como não há trabalho de eixo   Qmh COQUI/IF-SERGIPE Professor: Dr. Francisco Luiz Gumes Lopes Curso Técnico de Nível Médio em Química 34 b.   eWQmh - . Como o processo é adiabático   eWmh - c.   eWQmh - . Como não há trabalho de eixo   Qmh d.   eWQmh - . Como o processo é adiabático   eWmh - EXERCÍCIOS PROPOSTOS 01. Calcule o calor resultante da mistura de 80 kg de vapor saturado seco a 12 bar em uma massa de 1500 kg de água à temperatura ambiente de 25º C. Dado: cpágua = 1 cal/g oC. 02. Calcule a quantidade de água cuja temperatura pode ser elevada de 15º C a 90º C com 1 kg de vapor saturado seco a 6 bar. Dado: cpágua = 1 cal/g oC. 03. Se no problema anterior fosse utilizado um vapor a 6 bar com título igual a 85%, qual a quantidade a mais de vapor que deveria ser utilizada? 04. Calcule a quantidade de vapor necessário para aquecer um trocador de calor vazio, de aço comum, com uma massa de 7,0 ton, à temperatura de 20º C, isolado termicamente 1 1 . 3,1087  kgkJh 1 2 . 2,3445  kgkJh MWQ 79,11  1 2 . 8,2636  kgkJh 1 1 . 2,3445  kgkJh 5000).2,34458,2636(   eW MWWe 04,4  1 2 . 58,317  kgkJh 1 1 . 8,2636  kgkJh  5000.8,263658,317   Q MWQ 60,11  1 2 . 3,1087  kgkJh 1 1 . 58,317  kgkJh 5000).58,3173,1087(   eW MWWe 85,3   5000.3,10872,3445   Q COQUI/IF-SERGIPE Professor: Dr. Francisco Luiz Gumes Lopes Curso Técnico de Nível Médio em Química 35 do meio, empregando para isto um vapor saturado seco de 10 bar. Defina a temperatura final do trocador de calor. Dados: cpaço comum = 0,116 cal/g oC. 05. Repita os procedimentos de cálculo do problema anterior recorrendo-se a um vapor com enriquecimento de 90% à pressão de 10 bar. Observe a importância de um vapor bem enriquecido verificando o quanto a mais de vapor deverá ser utilizado para o trocador atingir a mesma temperatura. 06. Qual a massa de água, inicialmente a 20º C, que pode ser aquecida até 75º C, a partir de 10 kg de um vapor a 10 bar e 250º C, supondo uma condensação total do vapor? 07. Qual a massa de água (kg), inicialmente a 27º C, que pode ser aquecida até 80º C, a partir de 40 kg de um vapor a 20 bar e 450º C, supondo que condense 90% do vapor? 08. Água a 325 K e 300 kPa será transformada em vapor d’água a 670 K e 5,0 MPa em uma caldeira. Calcule a taxa de calor a ser fornecida na caldeira para gerar 20000 kg/h do vapor superaquecido. (16,5 MW). 09. Em um secador se usa uma corrente de ar que está a 32,2 ºC e que se deve aquecer em um aquecedor de vapor a 65,5 ºC. O fluxo de ar é 1000 kmol/h. A corrente de vapor entra no aquecedor saturada e a 148,9 oC, se condensa, se resfria e sai como líquido a 137,8 ºC. Calcule a quantidade de vapor usado em kg/h. (452 kg/h). 10. Uma caldeira produz 25000 kg/h de um vapor superaquecido a 40 bar e 500º C. Este vapor é utilizado em uma turbina (supostamente reversível e adiabática) operando em regime permanente. Sabendo-se que a pressão de vapor na saída da turbina é de 1,5 bar e que o mesmo encontra-se no estado saturado, calcule a potência (MW) da turbina. 11. Vapor d’água saturado a 300 kPa é usado para aquecer propano (C3H8) à pressão constante. O propano entra no aquecedor a 300 K e 150 kPa com vazão de 750 kg/s e é aquecido até 400 K. O vapor d’água condensa e é liberado como água saturada. Calcule: a. A taxa de calor a ser fornecida ao propano. (142,4 kW). b. A vazão mássica de vapor d’água a ser utilizada. (65,83 kg/s). COQUI/IF-SERGIPE Professor: Dr. Francisco Luiz Gumes Lopes Curso Técnico de Nível Médio em Química 36 12. Considere uma caldeira operando em regime permanente. Calcule o calor necessário à caldeira para que esta transforme 15000 kg/h de água do estado de líquido saturado a 25 bar, para o estado de vapor a 40 bar e 600 oC. 13. Considere o sistema aberto em regime permanente dado na figura abaixo. A quantidade de vapor produzido pela caldeira é igual a 23 ton/h. a. Calcule o calor necessário à caldeira para que esta transforme a água do estado de líquido saturado a 40 bar, para o estado de vapor a 40 bar e 400 oC. b. O vapor produzido na caldeira é utilizado em uma turbina, supostamente ideal (adiabática e reversível). Sabendo-se que a pressão do vapor na saída da turbina é igual a 4 bar e que este se encontra no estado saturado seco, calcule a potência da turbina. c. Suponha que exista um condensador instalado na saída da turbina. Calcule a quantidade de calor que deve ser retirada do vapor oriundo da turbina para que este condense totalmente. d. Calcule a potência transmitida à água por uma bomba instalada na saída do condensador, destinada a bombear água para a caldeira. Considere a bomba supostamente ideal (adiabática e reversível). P = 4 bar P = 40 bar T = 400º C P = 4 bar