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Arquitetura Paleocristã e Bizantina (Aula)

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Prof. Me. Arq. Natália B. Pereira 
História Geral da Arquitetura e do 
Urbanismo: da antiguidade ao revivalismo 
 
 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
 
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO 
2015/01 
AULA 06 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Cronologia 
 
Período da Arq. Paleocristã e Bizantina 
8-4 a.C. a 29 a.C – Vida de Jesus 
284-305 -reinado do imperador Dioclesiano 
310-337 – reinado de Constantino 
313- Constantino legaliza o Cristianismo 
318-22- Construção da Antiga Basílica de São Pedro 
324 – Fundação de Constantinopla 
476- Fim do império romano no Ocidente 
527-65 – Reinado do imperador Justiniano 
532-37 – Construção da igreja de Santa Sofia 
1453- Conquista de Constantinopla pelos otomanos 
 
 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Cronologia 
 
Período da Arq. Paleocristã e Bizantina 
 
IDADE MÉDIA 
 
Século III ao V – Cristianismo primitivo/ paleocristão 
Século V ao XV – IDADE MÉDIA 
V ao IX: Alta idade Média : despovoamento, regressão urbana, invasões 
bárbaras. 
XI ao XIII: cristalização do Sistema Feudal 
XI ao XV: Baixa Idade Média: aumento demográfico, renasce o 
comércio, início das Cruzadas, Universidades. 
 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
•Os primeiros séculos da era Cristã, denominado período Paleocristão, 
compreendem a fase em que o império romano se divide em dois, 
oriental e ocidental, constituindo a base do modo de produção e da 
cultura feudal. É a fase de transição do período clássico para o 
medieval, em que se desenvolvem os valores da cristandade, em 
convívio com a arte pagã dos templos e edificações romanas. 
 
•A Arquitetura Cristã primitiva surge enquanto os romanos desenvolviam 
sua arquitetura colossal e espalhavam um estilo por toda a Europa e 
parte da Ásia. 
 
•Os cristãos começaram a criar uma arte simples e simbólica executada 
por pessoas que não eram grandes artistas: 
 
AFASTAMENTO DELIBERADO RELATIVO À TRADIÇÃO CLÁSSICA 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
 
 
O imperador Dioclesiano (284-305) procura acabar com as lutas de poder 
pelo império romano e decide dividi-lo em quatro soberanos com direitos 
iguais: 
Diocleciano, Maximiniano(Augusto), Galerio e Constâncio. 
•Império romano do oriente x império romano do ocidente. 
 
No entanto há novos conflitos, dos quais Constantino (filho de Constâncio) 
saiu vitorioso no ano de 312. 
No início, Constantino I dirigiu o Império a partir de Milão (capital desde 
286). 
Como estratégia de governo, Constantino decide reconciliar o Império com 
o cristianismo, antes proibido e perseguido- Édito de Milão. 
 
 
Cristianismo: Força mística ao império 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contexto político 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Contexto político 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
 
 
Constantino funda uma nova capital no oriente no 
lugar da antiga cidade de colonização grega Bizâncio 
para resolver problemas logísticos militares. 
 
Assim, Roma no fim do século III d.C. deixa de ser a 
única capital do império e passa a dividir o posto com 
Constantinopla/ Bizâncio / Nova Roma, atual Istambul, 
na Turquia em 324. 
O império romano passa a ter, então, uma capital no 
ocidente e outra no oriente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contexto político 
Cidade do Oriente- Constantinopla 
Puramente cristã 
 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
286- MILÃO 
402-RAVENA 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
•Em 391, o Imperador Teodósio decreta o cristianismo como religião 
oficial de Roma e a divisão do império nas duas metades, ocidental e 
oriental, tem agora como capital ocidental a cidade de Ravena (de 
402 a 476) e a capital oriental Constantinopla. 
 
•O domínio do imperador sobre a Igreja baseava-se na doutrina do 
direito divino, desenvolvida pelos padres da Igreja e proclamada como 
lei por Justiniano (527-65). 
 
 
•Ocidente: invasão de povos bárbaros: reinados bárbaro, saxões e 
francos- Em 476 há o fim do império romano do ocidente. 
 
•Oriente: comércio floresce- império Bizantino 
 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Invasões bárbaras no território romano nos séculos IV e V 
O Império Romano oriental permanece sobre o domínio dos Imperadores Romanos detendo 
o poder sobre Constantinopla e seu porto. 
Porém os turcos e bárbaros avançam sobre a Europa e norte da África, estabelecendo os 
reinados Bárbaros, Saxões e Franco, detendo o que a tornar-se o Império Bizantino. 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
 
•Após a morte de Justiniano, o Império 
Bizantino sofreu diversas invasões, e, a partir 
daí, deu-se início a queda de Constantinopla. 
 
•O império foi divido entre diferentes realezas 
feudais. 
 
 
•A partir do século XI ao XIII, a Europa toda organiza-se nas cruzadas que 
tem como objetivo retomar os territórios europeus aos seus herdeiros 
considerados “legítimos”, principalmente para os reinados ingleses e 
franceses, com amplo apoio da igreja católica (guerra santa), numa 
tentativa de manutenção de poder, buscando o avanço sobre Jerusalém e 
o domínio sobre a Terra Santa(Palestina) e Jerusalém. 
 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
 
•O deslocamento da Sede do poder imperial provocou a divisão do 
Estado; 
 
•Posteriormente houve a Divisão da Religião: 
•Católica: lado ocidental; Independência do poder político, 
internacional. 
•Ortodoxa: lado oriental; união dos poderes espiritual e secular 
na pessoa do imperador. 
 
•Constantinopla teve sua queda definitiva no ano de 1453, após ser 
tomada pelos turcos/otomanos liderados por Maomé, o grande líder 
mulçumano. 
 
 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
A CABANA CRISTÃ 
 
•No início, as construções cristãs não contavam com grandes 
recursos financeiros, era proveniente de um movimento popular. 
 
•Depois, com a adesão das classes mais abastadas e 
intelectualizadas era necessário adaptar a nova fé tanto a essa 
nova posição quanto à dimensão do local de culto. 
 
•Nas religiões antigas o acesso ao culto é limitado aos 
sacerdotes, sendo os deuses adorados no exterior, já os cristãos 
precisavam de templos maiores que pudessem abrigar os fiéis 
interiormente. 
 
•Por isso, na construção das igrejas foram adotados como 
ponto de partida os conceitos de centro, percurso e 
interioridade. 
 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Templo anterior Templo paleocristão 
Culto/adoração no 
exterior 
Culto no interior 
Interior: estátua do Deus 
e sacerdotes 
Interior: abriga fiéis e 
congregação , sem 
estátuas, só mosaicos e 
pinturas 
Exterior: sacrifícios e 
procissões 
Exterior: singelo, rústico 
 
centralidade Percurso, centralidade e 
interioridade 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Arquitetura Paleocristã 
•Refere-se a qualquer obra de arte executada por ou para o culto 
cristão, no período primitivo da arquitetura cristã; 
• Não designa propriamente um estilo; 
•Refere-se a aproximadamente ao período de 230 a 450. 
 
Arquitetura Bizantina 
•Arte do Império Romano do Oriente; 
•Designa um estilo; 
•Não existe uma separação nítida entre a arquitetura paleocristã e 
bizantina, 
•Refere-se aproximadamente ao período de 330 a 640 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Arquitetura Paleocristã 
Fases da construção Paleocristã: 
1ª - Catacumbas: 
•Cemitérios subterrâneos, geralmente localizados em pedreiras 
abandonadas; 
•Cremação era desaprovada pelos cristãos: acreditavam na vida eterna 
no paraíso; 
•São um dos espaços cristãos mais antigos e oferece amostra da arte 
decorativa. 
 
2ª- Basílicas: 
•Época da legalização do Cristianismo pelo Imperador Constantino; 
•O modelo era baseado na antiga basílica romana,com pequenas 
modificações; 
 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Arquitetura Paleocristã 
Nova Catacumba, Roma, século IV. 
Novas figuras 
pictóricas de símbolos 
cristãos: 
•O bom pastor 
•o cordeiro 
•peixe 
•pássaro bicando 
frutos 
•banquetes fúnebres 
• passagens das 
escrituras 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Arquitetura Paleocristã 
Catacumba de São Sebastião, Roma 
As catacumbas possuem 
pinturas bíblicas de várias 
espécies, demonstrando 
conhecimento das Sagradas 
Escrituras. 
Tais cemitérios são os 
documentos e arquivos da 
Igreja primitiva 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Arquitetura Paleocristã 
•Basílica = “casa real” 
•Na Roma antiga, a basílica era um edifício de planta retangular e 
grandes dimensões. Era destinada a assuntos judiciais e encontros 
comerciais. 
•Com o fim da perseguição aos cristãos, os romanos cederam algumas 
basílicas para a reunião da congregação. 
Basílica de Ulpia, Roma 
(112) 
No período Paleocristão 
A Basílica designa a igreja de 
um monastério, 
Depois é qualquer igreja 
grande ou importante como 
uma catedral 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Arquitetura Paleocristã 
Basílica de Constantino (313) 
•Altar: colocado no lugar do assento do magistrado, 
na abside. 
•Entradas: na fachada oposta à abside. 
•Átrio frente à entrada: acomodava grupos de fiéis 
antes dos cultos e permitia assistir à celebração 
pelos fiéis não batizados. 
•Arranjo longitudinal do átrio, nave central e abside 
formava eixo bem marcado para as procissões que 
terminavam no altar. 
 
abside 
Nave central 
Nave lateral 
Nave lateral 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Arquitetura Paleocristã : diferenças da basílica 
Basílica romana Basílica paleocristã 
Escala monumental Escala humana 
Configuração: 
Simetria bilateral da planta 
 dois eixos (colunatas 
frente à colunatas e abside 
frente à abside) 
Centro preciso e único 
 
Configuração: 
Simetria unidirecional da 
planta 
Único eixo longitudinal 
(percurso/ procissão 
humana) 
Suprime uma abside 
Entrada pela fachada maior Entrada pela fachada 
menor 
Exterior mais rico que 
interior 
Interior mais rico que 
exterior 
Caráter estático Caráter dinâmico: trajetória 
do observador 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Arquitetura Paleocristã : diferenças da basílica 
Basilica de Ulpia – Basílica romana 
112 Basílica de Santa Sabina all’Aventino 
 – Paleocristã - 422-432 
ENTRADA 
E
N
T
R
A
D
A 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Arquitetura Paleocristã :Basílica 
Os mosaicos, muito utilizados pelos gregos e romanos, foram utilizados 
para o revestimento interno das basílicas, utilizando imagens do Antigo e 
do Novo Testamento. 
Primeira Basílica de São Pedro- século IV 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Arquitetura Paleocristã :Basílica 
O Imperador Constantino entre 
326 e 333 d.C. ordenou a 
construção da Primeira Basílica de 
São Pedro, sobre o templo simples 
dedicado ao apóstolo, desta 
basílica nada restou atualmente, 
porém ela pode ser quase 
totalmente reconstruída por 
descobertas arqueológicas, 
descrições de peregrinos e 
desenhos antigos. 
Basílica de São Pedro atual erguida no 
século XVI - Reascentista 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Arquitetura Paleocristã :Basílica 
San Apolinare Nuovo, Ravena (490) 
•Construído em tijolo e com naves laterais simples, o interior da igreja foca a 
abside semicircular. 
•Paredes acima da arcada da nave central são revestidas com mosaicos 
distribuídos em três faixas horizontais. 
•Decoração interior complexa e rica para transmitir ensinamentos cristãos 
para o público na maioria analfabeto; 
•Exterior austero de alvenaria de tijolos. 
 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Arquitetura Paleocristã :Basílica 
San Apolinare Nuovo, Ravena (490) 
 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Arquitetura Paleocristã 
Não são só as basílicas e as catacumbas são as edificações erguidas pelos 
primeiros cristãos. 
 
Martyria- capelas de memoriais a santos ou locais importantes ao 
cristianismo. Função principal relacionada a túmulo ou santuário ao 
redor de onde eram construídos. Podiam funcionar como igrejas. 
 ex.: Igreja da Natividade, Belém – cerca de 333 
 
 
Rotunda octogonal sobre o 
local de Nascimento de Jesus. 
Passagem para peregrinos 
observarem gruta através de 
abertura no chão. 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Arquitetura Paleocristã 
Batistérios - planta baixa centralizada ao redor de fonte batismal – 
imersão completa. Geralmente octogonais (simbolismo nº 8 = 
regeneração, cristo ressuscita no 8º dia após entrada em Jerusalém) 
Ex.: Batistério dos Ortodoxos/Neoniano, Ravena (cerca de 458) 
 
 
 
 
 
 
 
Volume octogonal com cúpula que circunda a fonte 
octogonal de mármore. 
A cena central do teto representa o batismo de Cristo. 
 
Exterior austero X Interior rico 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Arquitetura Paleocristã 
 
 Mausoléus – edificações construídas para guardar os túmulos de 
pessoas importantes. 
Planta baixa centralizada e serviram de modelo para igrejas feitas 
posteriormente com cúpulas. 
Ex.: Mausoléu de Constança, filha de Constantino (cerca de 350) 
 
 A seção transversal típica de 
uma basílica foi girada em 
relação ao eixo central, criando 
uma edificação com planta 
circular. 
Escada leva a cripta, disposta 
no centro. 
Colunas geminadas sustentam 
a cúpula e o tambor. 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Arquitetura Paleocristã 
 
Ex.: Mausoléu de Constança, filha de Constantino (cerca de 350) 
 
 
A parede do tambor sob o qual se ergue a cúpula é sustentado por 12 conjuntos de colunas 
geminadas iluminadas pelas 12 janelas do clerestório. 
As abóbodas das naves laterais são revestidas de mosaicos, e as colunas de mármore polido. 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Basílica Paleocristã 
A separação entre o espaço basilical (nave central) e a abside foi, aos 
poucos, sendo mais complexo, formando arcos do triunfo que se 
dobram em dois, formando o transepto: nave transversal. 
 
Primeira Basílica de São Pedro- século IV 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Basílica Paleocristã 
 
•Não há unidade na “cabana cristã”. 
 
•Colunas, capitéis, entablamento, arcos, embutidos, mosaicos – 
pertencem à mais típica tradição romana, e são frequentemente peças 
que foram recuperadas de edifícios pagãos, embora sejam colocados 
fora do contexto tradicional, revelando uma ausência de mútua 
harmonia. 
 
•Pode dizer-se que a basílica 
paleocristã é uma grande collage 
executada com os fragmentos da 
arquitetura antiga, deixando à vista 
todas as juntas. 
 
Capitel de coluna em Santa Sabina 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Basílica Paleocristã 
 
•Existem colunas e entablamentos, mas deixa de haver ordens 
arquitetônicas - ou seja, associações sistemáticas de colunas e 
cornijas - e os elementos da linguagem antiga apresentam-se 
desarticulados e libertos das tradicionais referências compositivas. 
 
•As dimensões do vão não podem ser de modo algum deduzidas, a 
partir das paredes, nem determinadas por um observador parado, 
através de um cálculo prévio; o ambiente deve ser experimentado na 
sua própria realidade, na terceira dimensão, na qual o observador é 
estimulado a entrar. 
 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Transição período Paleocristão a Bizantino 
 
•A divisão entre os períodos Paleocristão e Bizantino geralmente é feita 
no período Justiniano (527-65) que, como imperador instalado em 
Constantinopla, pôs fim às disputas entre facções, reforçou a influência 
imperial em partes no norte da Áfricae Itália e iniciou um programa de 
edificação de igrejas. 
 
•Obras atribuídas à Constantinopla são chamadas Bizantinas; 
 
Dois tipos principais: 
•basílica – advém do período Paleocristão 
•Igreja centralizada, com desenvolvimento tipológico rico e variado: 
uso de cúpulas 
 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
 OCIDENTE X ORIENTE 
 
Esquerda: Basílica paleocristã de planta longitudinal. Sant’ Apolinare in Classe, 535 a 549 
d.C. Modelo adotado no Ocidente. 
Direita: Basílica paleocristã de planta centralizada. San Vitale, Ravena. Séc. 526 a 547 
d.C. Modelo adotado no Oriente. 
Tholos Grego 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Transição período Paleocristão a Bizantino 
 
•A localização de Constantinopla permite à arte 
bizantina a absorção de influências vindas de Roma, 
da Grécia e do Oriente e a interligação de alguns 
destes diversos elementos culturais num momento de 
impulso à formação de um estilo repleto de técnica e 
cor. 
 
•A expressão artística do período influenciou também 
a arquitetura das igrejas. 
 
•Elas eram planejadas sobre uma base circular, 
octogonal ou quadrada rematada por diversas 
cúpulas, criando-se edifícios de grandes dimensões, 
espaçosos e profusamente decorados. 
Imperatriz Teodora – 
Igreja de São Vital, em 
Ravena (526 – 547) 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Arquitetura Bizantina- Arquitetura cristã 
oriental 
 
A idéia é transformar o interior em um espaço 
integrado ao exterior como um templo 
clássico, porém dá-se preferência às 
volumetrias complexas, não sendo fácil 
perceber o perímetro que as limita. 
O observador deve refletir e não se deter na 
aparência imediata. 
 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Arquitetura Bizantina- Arquitetura cristã oriental 
Uso de cúpulas: 
•As cúpulas “justinianas” são mais do que cúpulas tradicionais, que se 
apoiam sobre as pendentes, nova solução geométrica e plástica: 
fundamental para românico e gótico. 
•Não possui seu sentido em si mesma, mas sim naquilo que representa: a 
abóbada celeste. 
•A cúpula representa o céu e sua base a terra, assim, o edifício completo 
representa uma imagem do cosmos. 
 
 
Cúpulas utilizadas pela arq. Cristã oriental 
janelas 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Arquitetura Bizantina- Arquitetura cristã oriental 
 
Justiniano, depois do incêndio ocorrido em 532 d.C., realiza a 
grande igreja imperial de Santa Sofia (Santa Sabedoria), 
sintetizando novamente as experiências artísticas de todo o 
mundo mediterrânico. 
O sistema das coberturas em arco e dos acabamentos com 
materiais preciosos: mármores, mosaicos de vidro, alfaias de 
metal – alcança um novo equilíbrio, diferente do antigo e que vai 
durar, daí por diante, em todo o Oriente: começa o novo ciclo da 
arquitetura bizantina, árabe, persa. 
Nave – abside centrípeta 
Enorme cúpula (32,6m) apoiada sobre duas semi-cúpulas 
Eleva-se a 54,9m 
Linearidade+centralidade 
Espaço fluido e contínuo 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Arquitetura Bizantina- Arquitetura cristã oriental 
 
Hagia Sophia (Antêmio de Trales e Isidoro de 
Mileto. Constantinopla, 532 - 537 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Arquitetura Bizantina- Arquitetura cristã oriental 
 
•Cúpula ligeiramente menor que a do Panteão; 
•Uso de contrafortes em volta da base da cúpula, após danos de terremotos a 
atingirem posteriormente; 
•Quatro minaretes foram adicionados quando a igreja foi convertida em mesquita. 
Hagia Sophia (Antêmio de Trales e Isidoro de 
Mileto. Constantinopla, 532 - 537 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Arquitetura Bizantina- Arquitetura cristã oriental 
 
Hagia Sophia (Antêmio de Trales e Isidoro de 
Mileto. Constantinopla, 532 - 537 
• 40 janelas na base da cúpula 
entre 40 nervuras radiais; 
• Ilusão de que a cúpula flutua, 
sem apoios. 
 
• Sucessivos acréscimos no 
exterior da igreja-materiais: 
pedra e tijolo. 
 
• Não utilizou concreto e nem 
cinta de compressão. 
 
 
 
 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Arquitetura Bizantina- Arquitetura cristã oriental 
 
Hagia Sophia (Antêmio de Trales e Isidoro de 
Mileto. Constantinopla, 532 - 537 
• Enorme cúpula ( vão de 30 m) 
apoiada sobre duas semi-
cúpulas que descarregam 
empuxo e servem como 
contrafortes. 
• Pilares extremamente maciços 
nos quatro cantos. 
• arcos gigantescos que 
sustentam cúpula principal, 
atuam como arcobotantes. 
• Antecipa sistema estrutural 
medieval. 
 
 
 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Arquitetura Bizantina- Arquitetura cristã oriental 
 
•A edificação exibia muitas rupturas com o 
classicismo romano. Suas colunas eram encimados 
por capitéis decorados com folhagem serpentina. 
•Em 1153 Constantinopla foi apossada pelos turcos, 
que destruíram muitas igrejas cristãs, mas 
transformou a Hagia Sophia em uma Mesquita. 
Atualmente ela funciona como um museu. 
 
 
Hagia Sophia (Antêmio de Trales e Isidoro de 
Mileto. Constantinopla, 532 - 537 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Arquitetura Bizantina ocidental 
• Se a arquitetura oriental centra seu desenvolvimento na evolução de 
três elementos dentro de um sistema estrutural constante, podemos, 
ao contrário, caracterizar seu desenvolvimento da arquitetura cristã 
ocidental pela constante mutação dos sistemas construtivos. 
 
•Transepto dá lugar a nave transversal 
•Intersecção forma o cruzeiro 
•Deambulatório: espaços processionais atrás da abside 
•Planimetria: forma de cruz: ideograma símbolo cristão 
•planta: cruz grega, circular ou cruz latina 
 
 
 
Cruz latina: três braços curtos e um longo 
Cruz grega: quatro braços iguais 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Arquitetura Bizantina ocidental :Basílica 
San Apolinare in Classe, Ravena (490) 
 
•Muitas edificações bizantinas seguem a tradição de exteriores austeros 
e interiores ricos, já verificada no Período Paleocristão. 
•O volume alto da basílica e o nartéx são bem marcados. 
•Escala maior que San Apolinare Nuovo. 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Arquitetura Bizantina ocidental:Basílica 
San Apolinare in Classe, Ravena (490) 
 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Arquitetura Bizantina ocidental:Basílica 
San Vitale, Ravena (526) 
•Planta baixa octogonal; 
•Cúpula octagonal é refletida nas galerias octogonais e naves 
laterais. 
•Clerestório ilumina a nave central e entre os pilares do 
octógono todos os nichos são semicirculares se abrindo em 
naves laterais e galerias para aproveitar a luz natural das 
janelas das paredes externas. 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Arquitetura Bizantina ocidental:Basílica 
San Vitale, Ravena (526) 
Simplicidade externa- tijolos 
Luxo interno 
Uso de contrafortes 
 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Arquitetura Bizantina ocidental: Basílica 
* San Marcos, Veneza (iniciada em 830 -1063) 
•Planta em cruz grega ; 
•Baseou-se nos exemplos da igreja de Santa 
Sophia e da Basílica dos Santos Apóstolos, as 
duas em Constantinopla; 
•Três naves longitudinais e três naves 
transversais; 
•Cinco cúpulas em cada “braço” da cruz 
grega,sendo a central, no cruzeiro a mais 
elevada; 
•Cascas mais altas em cima das cúpulas 
originais foram erguidas no século XV. 
 
 
 
 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Arquitetura Bizantina ocidental: Basílica 
San Marcos, Veneza (iniciada em 830 -1063) 
 
 
 
 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Arquitetura Bizantina ocidental: Basílica 
San Marcos, Veneza (iniciada em 830 -1063) 
 
 
 
 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Arquitetura Bizantina 
 Igrejas na Rússia: influência bizantina- expressão regional exótica 
•Usode madeira em toras, depois utilização de alvenaria em tijolos. 
•O impacto duradouro de Bizâncio perdurou na Rússia mesmo quando 
arquitetos estrangeiros construíram igrejas barrocas, durante os séculos XVII 
e XVIII. 
 
 
 
 
Catedral de São Basílio, Moscou 
1555-60 
Igreja da Transfiguração, Kizhi, 1714 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
•Conclusão 
•No oriente: estilos duraram milênios 
•No ocidente: ao longo da idade média houve sempre novas soluções: 
desde o Paleocristão ao Bizantino, Românico e Gótico. 
•Comparação didática entre planta centralizada e planta longitudinal 
 
•Igrejas ocidentais bizantinas: 
•modelo baseado em antiga basílica romana, com espaço central longo, 
mais alto e iluminado pelo clerestório, ladeado por naves laterais mais 
baixas e mais estreitas e com uma abside na extremidade. 
•Algumas vezes: com transepto produzindo planta em cruz latina; 
•No Paleocristão: também usavam plantas baixas circulares para martyria, 
batistérios e mausoléus. 
•Em contraste com a simplicidade externa, o interior era extremamente 
rico; 
•“Collage”: peças recuperadas e justapostas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
•Conclusão 
•Igrejas orientais bizantinas: 
•planta centralizada: octógonos a cruz grega (Constantinopla) ou cruz 
grega inscrita (dentro de um quadrado); 
 
 
 
 
 
 
•Unidade; 
•As cúpulas e abóbodas bizantinas eram construídas de tijolo, permitindo 
que a superfície interior recebesse acabamento de mármore ou de ricos 
mosaicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Santa Sophia- 
Planta em cruz grega inscrita 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
•Conclusão 
•Igrejas orientais bizantinas: 
 
•Enquanto os romanos dispunham a cúpula sobre um sólido círculo de 
alvenaria (Panteão), aos construtores bizantinos havia o desafio de cobrir com 
cúpulas áreas quadradas maiores. 
•Método usado: seções triangulares chamadas pendentes sobre os quatro 
cantos do quadrado, transformando –o em círculo. Desta forma o esforço 
total era transmitido aos pilares dos cantos por intermédio dos arcos e 
pendentes. 
•Contrafortes adicionais da estrutura central eram feitos por pequenas 
cúpulas, semicúpulas e abóbodas, que cobriam as áreas restantes das 
construções. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
Arquitetura Paleocristã e Bizantina 
•Igrejas orientais bizantinas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como ? 
Arte Bizantina 
Arte Bizantina 
•Ligada à religião; 
•Exprime poder e riqueza; 
•A utilização das cores são produto da composição da luz e tem na 
iconografia uma linguagem própria, de uma forma mística transcendente; 
•Nos ícones, as cores são usadas pelo artista para separar o céu/divino de 
nossa experiência terrena; 
•Toda representação humana que fosse realista poderia ser considerada 
uma violação ao mandamento de não adorar imagens esculpidas; 
•Os pintores não podem usar livremente as cores, nem dar-lhe tonalidades 
diversas, como tão pouco podem obscurecê-las com sombras, pois devem 
seguir as cores que estão previamente determinadas pelo clero. 
 
 
 
Arte Bizantina 
Arte Bizantina 
 
 
 
Iconoclasta bizantino apagando com cal 
uma imagem de Cristo 
 
Iconoclastia: movimento político-religioso contra a veneração de ícones e imagens 
religiosas no Império Bizantino que começou no início século VIII e perdurou até o século IX 
Arte Bizantina 
Arte Bizantina 
•O mosaico é a expressão máxima da arte bizantina e, 
não era destinado somente a decorar as paredes e 
abóbadas, mas servia também de fonte de instrução e 
guia espiritual aos fiéis, mostrando-lhes cenas da vida de 
Cristo, dos profetas e dos imperadores. 
•Plasticamente, o mosaico bizantino não se assemelha 
aos mosaicos romanos; são confeccionados com técnicas 
diferentes e seguem convenções que regem também os 
afrescos. 
•As pessoas são representadas de frente e verticalizadas- 
Lei da Frontalidade- para criar certa espiritualidade; a 
perspectiva e o volume são ignorados e o dourado é 
utilizado em abundância, pela sua associação a um dos 
maiores bens materiais: ouro. 
 
 
Arte Bizantina 
Arte Bizantina 
Lei da Frontalidade: 
postura rígida das 
figuras levava ao 
observador respeito e 
veneração pelo 
personagem 
retratado. 
 
Arte Bizantina 
Arte Bizantina: mosaicos 
•Troca de elementos 
caracterizadores do 
personagem; 
 
•Pessoas sagradas eram 
retratadas como oficiais e 
imperadores ou vice versa. 
Arte Bizantina 
Arte Bizantina 
 
 
Escultura 
A aversão do cristianismo pela representação escultórica de imagens 
(lembra o paganismo romano), faz diminuir o gosto pela forma e 
consequentemente o destaque da escultura durante este período. 
Os poucos exemplos que se encontram são baixos-relevos inseridos na 
decoração dos monumentos. 
Mosaico- O bom pastor, Ravena, 
Século V

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