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Prof. Me. Arq. Natália B. Pereira História Geral da Arquitetura e do Urbanismo: da antiguidade ao revivalismo Arquitetura Paleocristã e Bizantina CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO 2015/01 AULA 06 Arquitetura Paleocristã e Bizantina Cronologia Período da Arq. Paleocristã e Bizantina 8-4 a.C. a 29 a.C – Vida de Jesus 284-305 -reinado do imperador Dioclesiano 310-337 – reinado de Constantino 313- Constantino legaliza o Cristianismo 318-22- Construção da Antiga Basílica de São Pedro 324 – Fundação de Constantinopla 476- Fim do império romano no Ocidente 527-65 – Reinado do imperador Justiniano 532-37 – Construção da igreja de Santa Sofia 1453- Conquista de Constantinopla pelos otomanos Arquitetura Paleocristã e Bizantina Cronologia Período da Arq. Paleocristã e Bizantina IDADE MÉDIA Século III ao V – Cristianismo primitivo/ paleocristão Século V ao XV – IDADE MÉDIA V ao IX: Alta idade Média : despovoamento, regressão urbana, invasões bárbaras. XI ao XIII: cristalização do Sistema Feudal XI ao XV: Baixa Idade Média: aumento demográfico, renasce o comércio, início das Cruzadas, Universidades. Arquitetura Paleocristã e Bizantina •Os primeiros séculos da era Cristã, denominado período Paleocristão, compreendem a fase em que o império romano se divide em dois, oriental e ocidental, constituindo a base do modo de produção e da cultura feudal. É a fase de transição do período clássico para o medieval, em que se desenvolvem os valores da cristandade, em convívio com a arte pagã dos templos e edificações romanas. •A Arquitetura Cristã primitiva surge enquanto os romanos desenvolviam sua arquitetura colossal e espalhavam um estilo por toda a Europa e parte da Ásia. •Os cristãos começaram a criar uma arte simples e simbólica executada por pessoas que não eram grandes artistas: AFASTAMENTO DELIBERADO RELATIVO À TRADIÇÃO CLÁSSICA Arquitetura Paleocristã e Bizantina O imperador Dioclesiano (284-305) procura acabar com as lutas de poder pelo império romano e decide dividi-lo em quatro soberanos com direitos iguais: Diocleciano, Maximiniano(Augusto), Galerio e Constâncio. •Império romano do oriente x império romano do ocidente. No entanto há novos conflitos, dos quais Constantino (filho de Constâncio) saiu vitorioso no ano de 312. No início, Constantino I dirigiu o Império a partir de Milão (capital desde 286). Como estratégia de governo, Constantino decide reconciliar o Império com o cristianismo, antes proibido e perseguido- Édito de Milão. Cristianismo: Força mística ao império Contexto político Arquitetura Paleocristã e Bizantina Contexto político Arquitetura Paleocristã e Bizantina Constantino funda uma nova capital no oriente no lugar da antiga cidade de colonização grega Bizâncio para resolver problemas logísticos militares. Assim, Roma no fim do século III d.C. deixa de ser a única capital do império e passa a dividir o posto com Constantinopla/ Bizâncio / Nova Roma, atual Istambul, na Turquia em 324. O império romano passa a ter, então, uma capital no ocidente e outra no oriente. Contexto político Cidade do Oriente- Constantinopla Puramente cristã Arquitetura Paleocristã e Bizantina 286- MILÃO 402-RAVENA Arquitetura Paleocristã e Bizantina •Em 391, o Imperador Teodósio decreta o cristianismo como religião oficial de Roma e a divisão do império nas duas metades, ocidental e oriental, tem agora como capital ocidental a cidade de Ravena (de 402 a 476) e a capital oriental Constantinopla. •O domínio do imperador sobre a Igreja baseava-se na doutrina do direito divino, desenvolvida pelos padres da Igreja e proclamada como lei por Justiniano (527-65). •Ocidente: invasão de povos bárbaros: reinados bárbaro, saxões e francos- Em 476 há o fim do império romano do ocidente. •Oriente: comércio floresce- império Bizantino Arquitetura Paleocristã e Bizantina Invasões bárbaras no território romano nos séculos IV e V O Império Romano oriental permanece sobre o domínio dos Imperadores Romanos detendo o poder sobre Constantinopla e seu porto. Porém os turcos e bárbaros avançam sobre a Europa e norte da África, estabelecendo os reinados Bárbaros, Saxões e Franco, detendo o que a tornar-se o Império Bizantino. Arquitetura Paleocristã e Bizantina •Após a morte de Justiniano, o Império Bizantino sofreu diversas invasões, e, a partir daí, deu-se início a queda de Constantinopla. •O império foi divido entre diferentes realezas feudais. •A partir do século XI ao XIII, a Europa toda organiza-se nas cruzadas que tem como objetivo retomar os territórios europeus aos seus herdeiros considerados “legítimos”, principalmente para os reinados ingleses e franceses, com amplo apoio da igreja católica (guerra santa), numa tentativa de manutenção de poder, buscando o avanço sobre Jerusalém e o domínio sobre a Terra Santa(Palestina) e Jerusalém. Arquitetura Paleocristã e Bizantina •O deslocamento da Sede do poder imperial provocou a divisão do Estado; •Posteriormente houve a Divisão da Religião: •Católica: lado ocidental; Independência do poder político, internacional. •Ortodoxa: lado oriental; união dos poderes espiritual e secular na pessoa do imperador. •Constantinopla teve sua queda definitiva no ano de 1453, após ser tomada pelos turcos/otomanos liderados por Maomé, o grande líder mulçumano. Arquitetura Paleocristã e Bizantina A CABANA CRISTÃ •No início, as construções cristãs não contavam com grandes recursos financeiros, era proveniente de um movimento popular. •Depois, com a adesão das classes mais abastadas e intelectualizadas era necessário adaptar a nova fé tanto a essa nova posição quanto à dimensão do local de culto. •Nas religiões antigas o acesso ao culto é limitado aos sacerdotes, sendo os deuses adorados no exterior, já os cristãos precisavam de templos maiores que pudessem abrigar os fiéis interiormente. •Por isso, na construção das igrejas foram adotados como ponto de partida os conceitos de centro, percurso e interioridade. Arquitetura Paleocristã e Bizantina Templo anterior Templo paleocristão Culto/adoração no exterior Culto no interior Interior: estátua do Deus e sacerdotes Interior: abriga fiéis e congregação , sem estátuas, só mosaicos e pinturas Exterior: sacrifícios e procissões Exterior: singelo, rústico centralidade Percurso, centralidade e interioridade Arquitetura Paleocristã e Bizantina Arquitetura Paleocristã •Refere-se a qualquer obra de arte executada por ou para o culto cristão, no período primitivo da arquitetura cristã; • Não designa propriamente um estilo; •Refere-se a aproximadamente ao período de 230 a 450. Arquitetura Bizantina •Arte do Império Romano do Oriente; •Designa um estilo; •Não existe uma separação nítida entre a arquitetura paleocristã e bizantina, •Refere-se aproximadamente ao período de 330 a 640 Arquitetura Paleocristã e Bizantina Arquitetura Paleocristã Fases da construção Paleocristã: 1ª - Catacumbas: •Cemitérios subterrâneos, geralmente localizados em pedreiras abandonadas; •Cremação era desaprovada pelos cristãos: acreditavam na vida eterna no paraíso; •São um dos espaços cristãos mais antigos e oferece amostra da arte decorativa. 2ª- Basílicas: •Época da legalização do Cristianismo pelo Imperador Constantino; •O modelo era baseado na antiga basílica romana,com pequenas modificações; Arquitetura Paleocristã e Bizantina Arquitetura Paleocristã Nova Catacumba, Roma, século IV. Novas figuras pictóricas de símbolos cristãos: •O bom pastor •o cordeiro •peixe •pássaro bicando frutos •banquetes fúnebres • passagens das escrituras Arquitetura Paleocristã e Bizantina Arquitetura Paleocristã Catacumba de São Sebastião, Roma As catacumbas possuem pinturas bíblicas de várias espécies, demonstrando conhecimento das Sagradas Escrituras. Tais cemitérios são os documentos e arquivos da Igreja primitiva Arquitetura Paleocristã e Bizantina Arquitetura Paleocristã •Basílica = “casa real” •Na Roma antiga, a basílica era um edifício de planta retangular e grandes dimensões. Era destinada a assuntos judiciais e encontros comerciais. •Com o fim da perseguição aos cristãos, os romanos cederam algumas basílicas para a reunião da congregação. Basílica de Ulpia, Roma (112) No período Paleocristão A Basílica designa a igreja de um monastério, Depois é qualquer igreja grande ou importante como uma catedral Arquitetura Paleocristã e Bizantina Arquitetura Paleocristã Basílica de Constantino (313) •Altar: colocado no lugar do assento do magistrado, na abside. •Entradas: na fachada oposta à abside. •Átrio frente à entrada: acomodava grupos de fiéis antes dos cultos e permitia assistir à celebração pelos fiéis não batizados. •Arranjo longitudinal do átrio, nave central e abside formava eixo bem marcado para as procissões que terminavam no altar. abside Nave central Nave lateral Nave lateral Arquitetura Paleocristã e Bizantina Arquitetura Paleocristã : diferenças da basílica Basílica romana Basílica paleocristã Escala monumental Escala humana Configuração: Simetria bilateral da planta dois eixos (colunatas frente à colunatas e abside frente à abside) Centro preciso e único Configuração: Simetria unidirecional da planta Único eixo longitudinal (percurso/ procissão humana) Suprime uma abside Entrada pela fachada maior Entrada pela fachada menor Exterior mais rico que interior Interior mais rico que exterior Caráter estático Caráter dinâmico: trajetória do observador Arquitetura Paleocristã e Bizantina Arquitetura Paleocristã : diferenças da basílica Basilica de Ulpia – Basílica romana 112 Basílica de Santa Sabina all’Aventino – Paleocristã - 422-432 ENTRADA E N T R A D A Arquitetura Paleocristã e Bizantina Arquitetura Paleocristã :Basílica Os mosaicos, muito utilizados pelos gregos e romanos, foram utilizados para o revestimento interno das basílicas, utilizando imagens do Antigo e do Novo Testamento. Primeira Basílica de São Pedro- século IV Arquitetura Paleocristã e Bizantina Arquitetura Paleocristã :Basílica O Imperador Constantino entre 326 e 333 d.C. ordenou a construção da Primeira Basílica de São Pedro, sobre o templo simples dedicado ao apóstolo, desta basílica nada restou atualmente, porém ela pode ser quase totalmente reconstruída por descobertas arqueológicas, descrições de peregrinos e desenhos antigos. Basílica de São Pedro atual erguida no século XVI - Reascentista Arquitetura Paleocristã e Bizantina Arquitetura Paleocristã :Basílica San Apolinare Nuovo, Ravena (490) •Construído em tijolo e com naves laterais simples, o interior da igreja foca a abside semicircular. •Paredes acima da arcada da nave central são revestidas com mosaicos distribuídos em três faixas horizontais. •Decoração interior complexa e rica para transmitir ensinamentos cristãos para o público na maioria analfabeto; •Exterior austero de alvenaria de tijolos. Arquitetura Paleocristã e Bizantina Arquitetura Paleocristã :Basílica San Apolinare Nuovo, Ravena (490) Arquitetura Paleocristã e Bizantina Arquitetura Paleocristã Não são só as basílicas e as catacumbas são as edificações erguidas pelos primeiros cristãos. Martyria- capelas de memoriais a santos ou locais importantes ao cristianismo. Função principal relacionada a túmulo ou santuário ao redor de onde eram construídos. Podiam funcionar como igrejas. ex.: Igreja da Natividade, Belém – cerca de 333 Rotunda octogonal sobre o local de Nascimento de Jesus. Passagem para peregrinos observarem gruta através de abertura no chão. Arquitetura Paleocristã e Bizantina Arquitetura Paleocristã Batistérios - planta baixa centralizada ao redor de fonte batismal – imersão completa. Geralmente octogonais (simbolismo nº 8 = regeneração, cristo ressuscita no 8º dia após entrada em Jerusalém) Ex.: Batistério dos Ortodoxos/Neoniano, Ravena (cerca de 458) Volume octogonal com cúpula que circunda a fonte octogonal de mármore. A cena central do teto representa o batismo de Cristo. Exterior austero X Interior rico Arquitetura Paleocristã e Bizantina Arquitetura Paleocristã Mausoléus – edificações construídas para guardar os túmulos de pessoas importantes. Planta baixa centralizada e serviram de modelo para igrejas feitas posteriormente com cúpulas. Ex.: Mausoléu de Constança, filha de Constantino (cerca de 350) A seção transversal típica de uma basílica foi girada em relação ao eixo central, criando uma edificação com planta circular. Escada leva a cripta, disposta no centro. Colunas geminadas sustentam a cúpula e o tambor. Arquitetura Paleocristã e Bizantina Arquitetura Paleocristã Ex.: Mausoléu de Constança, filha de Constantino (cerca de 350) A parede do tambor sob o qual se ergue a cúpula é sustentado por 12 conjuntos de colunas geminadas iluminadas pelas 12 janelas do clerestório. As abóbodas das naves laterais são revestidas de mosaicos, e as colunas de mármore polido. Arquitetura Paleocristã e Bizantina Basílica Paleocristã A separação entre o espaço basilical (nave central) e a abside foi, aos poucos, sendo mais complexo, formando arcos do triunfo que se dobram em dois, formando o transepto: nave transversal. Primeira Basílica de São Pedro- século IV Arquitetura Paleocristã e Bizantina Basílica Paleocristã •Não há unidade na “cabana cristã”. •Colunas, capitéis, entablamento, arcos, embutidos, mosaicos – pertencem à mais típica tradição romana, e são frequentemente peças que foram recuperadas de edifícios pagãos, embora sejam colocados fora do contexto tradicional, revelando uma ausência de mútua harmonia. •Pode dizer-se que a basílica paleocristã é uma grande collage executada com os fragmentos da arquitetura antiga, deixando à vista todas as juntas. Capitel de coluna em Santa Sabina Arquitetura Paleocristã e Bizantina Basílica Paleocristã •Existem colunas e entablamentos, mas deixa de haver ordens arquitetônicas - ou seja, associações sistemáticas de colunas e cornijas - e os elementos da linguagem antiga apresentam-se desarticulados e libertos das tradicionais referências compositivas. •As dimensões do vão não podem ser de modo algum deduzidas, a partir das paredes, nem determinadas por um observador parado, através de um cálculo prévio; o ambiente deve ser experimentado na sua própria realidade, na terceira dimensão, na qual o observador é estimulado a entrar. Arquitetura Paleocristã e Bizantina Transição período Paleocristão a Bizantino •A divisão entre os períodos Paleocristão e Bizantino geralmente é feita no período Justiniano (527-65) que, como imperador instalado em Constantinopla, pôs fim às disputas entre facções, reforçou a influência imperial em partes no norte da Áfricae Itália e iniciou um programa de edificação de igrejas. •Obras atribuídas à Constantinopla são chamadas Bizantinas; Dois tipos principais: •basílica – advém do período Paleocristão •Igreja centralizada, com desenvolvimento tipológico rico e variado: uso de cúpulas Arquitetura Paleocristã e Bizantina OCIDENTE X ORIENTE Esquerda: Basílica paleocristã de planta longitudinal. Sant’ Apolinare in Classe, 535 a 549 d.C. Modelo adotado no Ocidente. Direita: Basílica paleocristã de planta centralizada. San Vitale, Ravena. Séc. 526 a 547 d.C. Modelo adotado no Oriente. Tholos Grego Arquitetura Paleocristã e Bizantina Transição período Paleocristão a Bizantino •A localização de Constantinopla permite à arte bizantina a absorção de influências vindas de Roma, da Grécia e do Oriente e a interligação de alguns destes diversos elementos culturais num momento de impulso à formação de um estilo repleto de técnica e cor. •A expressão artística do período influenciou também a arquitetura das igrejas. •Elas eram planejadas sobre uma base circular, octogonal ou quadrada rematada por diversas cúpulas, criando-se edifícios de grandes dimensões, espaçosos e profusamente decorados. Imperatriz Teodora – Igreja de São Vital, em Ravena (526 – 547) Arquitetura Paleocristã e Bizantina Arquitetura Bizantina- Arquitetura cristã oriental A idéia é transformar o interior em um espaço integrado ao exterior como um templo clássico, porém dá-se preferência às volumetrias complexas, não sendo fácil perceber o perímetro que as limita. O observador deve refletir e não se deter na aparência imediata. Arquitetura Paleocristã e Bizantina Arquitetura Bizantina- Arquitetura cristã oriental Uso de cúpulas: •As cúpulas “justinianas” são mais do que cúpulas tradicionais, que se apoiam sobre as pendentes, nova solução geométrica e plástica: fundamental para românico e gótico. •Não possui seu sentido em si mesma, mas sim naquilo que representa: a abóbada celeste. •A cúpula representa o céu e sua base a terra, assim, o edifício completo representa uma imagem do cosmos. Cúpulas utilizadas pela arq. Cristã oriental janelas Arquitetura Paleocristã e Bizantina Arquitetura Bizantina- Arquitetura cristã oriental Justiniano, depois do incêndio ocorrido em 532 d.C., realiza a grande igreja imperial de Santa Sofia (Santa Sabedoria), sintetizando novamente as experiências artísticas de todo o mundo mediterrânico. O sistema das coberturas em arco e dos acabamentos com materiais preciosos: mármores, mosaicos de vidro, alfaias de metal – alcança um novo equilíbrio, diferente do antigo e que vai durar, daí por diante, em todo o Oriente: começa o novo ciclo da arquitetura bizantina, árabe, persa. Nave – abside centrípeta Enorme cúpula (32,6m) apoiada sobre duas semi-cúpulas Eleva-se a 54,9m Linearidade+centralidade Espaço fluido e contínuo Arquitetura Paleocristã e Bizantina Arquitetura Bizantina- Arquitetura cristã oriental Hagia Sophia (Antêmio de Trales e Isidoro de Mileto. Constantinopla, 532 - 537 Arquitetura Paleocristã e Bizantina Arquitetura Bizantina- Arquitetura cristã oriental •Cúpula ligeiramente menor que a do Panteão; •Uso de contrafortes em volta da base da cúpula, após danos de terremotos a atingirem posteriormente; •Quatro minaretes foram adicionados quando a igreja foi convertida em mesquita. Hagia Sophia (Antêmio de Trales e Isidoro de Mileto. Constantinopla, 532 - 537 Arquitetura Paleocristã e Bizantina Arquitetura Bizantina- Arquitetura cristã oriental Hagia Sophia (Antêmio de Trales e Isidoro de Mileto. Constantinopla, 532 - 537 • 40 janelas na base da cúpula entre 40 nervuras radiais; • Ilusão de que a cúpula flutua, sem apoios. • Sucessivos acréscimos no exterior da igreja-materiais: pedra e tijolo. • Não utilizou concreto e nem cinta de compressão. Arquitetura Paleocristã e Bizantina Arquitetura Bizantina- Arquitetura cristã oriental Hagia Sophia (Antêmio de Trales e Isidoro de Mileto. Constantinopla, 532 - 537 • Enorme cúpula ( vão de 30 m) apoiada sobre duas semi- cúpulas que descarregam empuxo e servem como contrafortes. • Pilares extremamente maciços nos quatro cantos. • arcos gigantescos que sustentam cúpula principal, atuam como arcobotantes. • Antecipa sistema estrutural medieval. Arquitetura Paleocristã e Bizantina Arquitetura Bizantina- Arquitetura cristã oriental •A edificação exibia muitas rupturas com o classicismo romano. Suas colunas eram encimados por capitéis decorados com folhagem serpentina. •Em 1153 Constantinopla foi apossada pelos turcos, que destruíram muitas igrejas cristãs, mas transformou a Hagia Sophia em uma Mesquita. Atualmente ela funciona como um museu. Hagia Sophia (Antêmio de Trales e Isidoro de Mileto. Constantinopla, 532 - 537 Arquitetura Paleocristã e Bizantina Arquitetura Bizantina ocidental • Se a arquitetura oriental centra seu desenvolvimento na evolução de três elementos dentro de um sistema estrutural constante, podemos, ao contrário, caracterizar seu desenvolvimento da arquitetura cristã ocidental pela constante mutação dos sistemas construtivos. •Transepto dá lugar a nave transversal •Intersecção forma o cruzeiro •Deambulatório: espaços processionais atrás da abside •Planimetria: forma de cruz: ideograma símbolo cristão •planta: cruz grega, circular ou cruz latina Cruz latina: três braços curtos e um longo Cruz grega: quatro braços iguais Arquitetura Paleocristã e Bizantina Arquitetura Bizantina ocidental :Basílica San Apolinare in Classe, Ravena (490) •Muitas edificações bizantinas seguem a tradição de exteriores austeros e interiores ricos, já verificada no Período Paleocristão. •O volume alto da basílica e o nartéx são bem marcados. •Escala maior que San Apolinare Nuovo. Arquitetura Paleocristã e Bizantina Arquitetura Bizantina ocidental:Basílica San Apolinare in Classe, Ravena (490) Arquitetura Paleocristã e Bizantina Arquitetura Bizantina ocidental:Basílica San Vitale, Ravena (526) •Planta baixa octogonal; •Cúpula octagonal é refletida nas galerias octogonais e naves laterais. •Clerestório ilumina a nave central e entre os pilares do octógono todos os nichos são semicirculares se abrindo em naves laterais e galerias para aproveitar a luz natural das janelas das paredes externas. Arquitetura Paleocristã e Bizantina Arquitetura Bizantina ocidental:Basílica San Vitale, Ravena (526) Simplicidade externa- tijolos Luxo interno Uso de contrafortes Arquitetura Paleocristã e Bizantina Arquitetura Bizantina ocidental: Basílica * San Marcos, Veneza (iniciada em 830 -1063) •Planta em cruz grega ; •Baseou-se nos exemplos da igreja de Santa Sophia e da Basílica dos Santos Apóstolos, as duas em Constantinopla; •Três naves longitudinais e três naves transversais; •Cinco cúpulas em cada “braço” da cruz grega,sendo a central, no cruzeiro a mais elevada; •Cascas mais altas em cima das cúpulas originais foram erguidas no século XV. Arquitetura Paleocristã e Bizantina Arquitetura Bizantina ocidental: Basílica San Marcos, Veneza (iniciada em 830 -1063) Arquitetura Paleocristã e Bizantina Arquitetura Bizantina ocidental: Basílica San Marcos, Veneza (iniciada em 830 -1063) Arquitetura Paleocristã e Bizantina Arquitetura Bizantina Igrejas na Rússia: influência bizantina- expressão regional exótica •Usode madeira em toras, depois utilização de alvenaria em tijolos. •O impacto duradouro de Bizâncio perdurou na Rússia mesmo quando arquitetos estrangeiros construíram igrejas barrocas, durante os séculos XVII e XVIII. Catedral de São Basílio, Moscou 1555-60 Igreja da Transfiguração, Kizhi, 1714 Arquitetura Paleocristã e Bizantina Arquitetura Paleocristã e Bizantina •Conclusão •No oriente: estilos duraram milênios •No ocidente: ao longo da idade média houve sempre novas soluções: desde o Paleocristão ao Bizantino, Românico e Gótico. •Comparação didática entre planta centralizada e planta longitudinal •Igrejas ocidentais bizantinas: •modelo baseado em antiga basílica romana, com espaço central longo, mais alto e iluminado pelo clerestório, ladeado por naves laterais mais baixas e mais estreitas e com uma abside na extremidade. •Algumas vezes: com transepto produzindo planta em cruz latina; •No Paleocristão: também usavam plantas baixas circulares para martyria, batistérios e mausoléus. •Em contraste com a simplicidade externa, o interior era extremamente rico; •“Collage”: peças recuperadas e justapostas. Arquitetura Paleocristã e Bizantina Arquitetura Paleocristã e Bizantina •Conclusão •Igrejas orientais bizantinas: •planta centralizada: octógonos a cruz grega (Constantinopla) ou cruz grega inscrita (dentro de um quadrado); •Unidade; •As cúpulas e abóbodas bizantinas eram construídas de tijolo, permitindo que a superfície interior recebesse acabamento de mármore ou de ricos mosaicos. Santa Sophia- Planta em cruz grega inscrita Arquitetura Paleocristã e Bizantina Arquitetura Paleocristã e Bizantina •Conclusão •Igrejas orientais bizantinas: •Enquanto os romanos dispunham a cúpula sobre um sólido círculo de alvenaria (Panteão), aos construtores bizantinos havia o desafio de cobrir com cúpulas áreas quadradas maiores. •Método usado: seções triangulares chamadas pendentes sobre os quatro cantos do quadrado, transformando –o em círculo. Desta forma o esforço total era transmitido aos pilares dos cantos por intermédio dos arcos e pendentes. •Contrafortes adicionais da estrutura central eram feitos por pequenas cúpulas, semicúpulas e abóbodas, que cobriam as áreas restantes das construções. Arquitetura Paleocristã e Bizantina Arquitetura Paleocristã e Bizantina •Igrejas orientais bizantinas: Como ? Arte Bizantina Arte Bizantina •Ligada à religião; •Exprime poder e riqueza; •A utilização das cores são produto da composição da luz e tem na iconografia uma linguagem própria, de uma forma mística transcendente; •Nos ícones, as cores são usadas pelo artista para separar o céu/divino de nossa experiência terrena; •Toda representação humana que fosse realista poderia ser considerada uma violação ao mandamento de não adorar imagens esculpidas; •Os pintores não podem usar livremente as cores, nem dar-lhe tonalidades diversas, como tão pouco podem obscurecê-las com sombras, pois devem seguir as cores que estão previamente determinadas pelo clero. Arte Bizantina Arte Bizantina Iconoclasta bizantino apagando com cal uma imagem de Cristo Iconoclastia: movimento político-religioso contra a veneração de ícones e imagens religiosas no Império Bizantino que começou no início século VIII e perdurou até o século IX Arte Bizantina Arte Bizantina •O mosaico é a expressão máxima da arte bizantina e, não era destinado somente a decorar as paredes e abóbadas, mas servia também de fonte de instrução e guia espiritual aos fiéis, mostrando-lhes cenas da vida de Cristo, dos profetas e dos imperadores. •Plasticamente, o mosaico bizantino não se assemelha aos mosaicos romanos; são confeccionados com técnicas diferentes e seguem convenções que regem também os afrescos. •As pessoas são representadas de frente e verticalizadas- Lei da Frontalidade- para criar certa espiritualidade; a perspectiva e o volume são ignorados e o dourado é utilizado em abundância, pela sua associação a um dos maiores bens materiais: ouro. Arte Bizantina Arte Bizantina Lei da Frontalidade: postura rígida das figuras levava ao observador respeito e veneração pelo personagem retratado. Arte Bizantina Arte Bizantina: mosaicos •Troca de elementos caracterizadores do personagem; •Pessoas sagradas eram retratadas como oficiais e imperadores ou vice versa. Arte Bizantina Arte Bizantina Escultura A aversão do cristianismo pela representação escultórica de imagens (lembra o paganismo romano), faz diminuir o gosto pela forma e consequentemente o destaque da escultura durante este período. Os poucos exemplos que se encontram são baixos-relevos inseridos na decoração dos monumentos. Mosaico- O bom pastor, Ravena, Século V
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