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ARTIGO ACADÊMICO Síndrome de Down NOTA 100

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CAMINHOS PARA A INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN
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Resumo
Se tratando de tempos mais contemporâneos, o objetivo deste artigo fala sobre como a Educação Especial é vista hoje em seus quatro desdobramentos, além de citar mais especificamente sobre a Síndrome de Down, características da SD (Síndrome de Down), proposta de uma escola inclusiva e combinados comuns que poderiam ser realizados entre os professores. Este artigo, concebido por meio de pesquisa descritiva, entrevista com o docente e com os pais do aluno com deficiência foram realizadas na escola de ensino fundamental e educação infantil, E.M.E.F. Duque de Caxias, situada na Rua Jaguarão, SN - Piratini, Alvorada - RS, CEP: 94852-190. A entrevista com a professora Karen ocorreu na sala do 5º ano, foi observado o aluno Tiago com Síndrome de Down (CID: 10 Q90.9). A entrevista com a irmã da criança foi feita na saída da escola, não foi possível se comunicar com os pais, pois eles estavam trabalhando e é a irmã que fica responsável por ele.
Palavras-chave: Síndrome de Down. Inclusão Social. Adaptação. Educação Inclusiva.
INTRODUÇÃO
Este artigo tem como objetivo de transmitir e mostrar que a pessoas que nasceram com Síndrome de Down são tão inteligentes quanto pessoas sem a síndrome, e principalmente com um grande potencial. Será mostrado as dificuldades que enfrentam na vida e dentro de uma sala de aula, as potencialidades que ela tem, as características, como elas eram tratadas à décadas atrás, como surgiu a educação especial, etapas da Educação Especial, como: Exclusão, Segregação, Integração e a Inclusão. Entrevista com a professora que auxiliava o sindrômico, entrevista com a irmã, cuidados, tipos de comportamento e a proposta de inclusão escolar.
Se tratando da deficiência, reflete-se que a Síndrome de Down (SD) se caracteriza por ser uma desordem cromossômica. Isso acontece pelo fato das pessoas acometidas dessa síndrome apresentarem 3, e não 2, cromossomo 21. A SD pode acontecer em todas as famílias, independentemente de qualquer etnia, nível cultural, social ou econômico em que o deficiente está inserido.
Ela é identificável na gestação, durante as sessões do pré-natal, motivo de ser tão importante tais acompanhamentos, onde, por mais que não haja uma cura para a síndrome, a família da criança pode se preparar para receber em seus braços o recém-nascido com Down.
DESENVOLVIMENTO
2.1 INICIO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL
Em tempos atrás, os deficientes, não eram colocados como um igual. Eles eram considerados culpados pelo seu martírio, pois “muitos chegam a admitir que o deficiente é possuído pelo demônio, o que torna aconselhável o exorcismo com flagelações para expulsá-lo” (PESSOTI, 1984, p.6).
Se tratando do Brasil, reflete-se que a inclusão da Educação Especial se inicia nos séculos XVIII e XIX, com as correntes liberais que começavam a se atentar aos grupos minoritários. Nesse sentido, as Santas Casas de Misericórdia tiveram papel importante, que seguindo o exemplo europeu, atendiam a pobres e doentes. Em São Paulo, atendiam até os 7 anos de idade, onde iam posteriormente para os seminários.
2.2 ETAPAS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
Ao se refletir sobre o aspecto educacional em si, tanto no Brasil, quanto no mundo, pode-se pensar que a Educação Especial, passou e passa ainda, por várias etapas, até chegar no ideal de inclusão. Essas etapas são compostas primordialmente por quatro, sendo elas a Exclusão, a Segregação, a Integração e finalmente a Inclusão.
Embora o ideal fosse que todos os modelos educacionais já estivessem na última etapa, observa-se no cotidiano que muitos locais estão atrasados nesse processo. De modo a categorizar cada um desses elementos, pondera-se que a Exclusão é o ato de sequer repensar em um modelo educacional para as crianças deficientes. A Segregação, é pautada no ato de se trazer alguns elementos educacionais para as crianças especiais, contudo, não dentro da sala de aula com outros alunos, mas, em local a parte.
A Integração é o modelo mais visto nos dias de hoje. É focada no processo de se inserir crianças especiais, ao menos as que estão em quadros mais leves, no mesmo ambiente que outros alunos, contudo, há uma separação do que é ensinado aos alunos regulares e o que é deixado como ensino aos especiais. É o famoso caso de deixar o aluno especial fazendo bolinha de papel crepom.
A Inclusão, embora seja a etapa mais falada atualmente, sendo como o ideal, é um modelo ainda quase utópico, onde o professor, consegue incluir o aluno em seu currículo escolar, criando um currículo adaptado para esse aluno, fazendo com que o conhecimento dado ao aluno especial, seja o mais próximo possível do que é ensinado aos demais da sala. Embora muito se fala nesse modelo, é fato que muitos professores ainda não estão preparados para se trabalhar com vários tipos de deficiências, e assim trabalhar de igual para igual entre os alunos.
2.3 ENTREVISTAS
Na entrevista com a professora Karen que supervisionava os alunos da 5º série e o Tiago, eu perguntei sobre as dificuldades que ele tinha em sala de aula. Ela disse: “- Eu sempre convivi com o Tiago desde que ele estava na 4º série, no início quando comecei a auxilia-lo foi um pouco desgastante, pois ele não havia uma rotina fixa de estudos, na antiga escola dele, talvez não houvesse essa importante ferramenta para as crianças com SD.”
Geralmente as crianças com SD não são totalmente alfabetizadas, poucas quando chegam na fase adulta sabem ler e escrever. Após isso, perguntei a ela se ele sabia a ler ou conhecia algumas letras e ela disse: “ - Sim! Ele sabe quase todas as letras do alfabeto, menos algumas pouco usadas no português, como: y, x, k e w. Ele sabe algumas sílabas e sabe identificar as primeiras letras das palavras. “
Enquanto na entrevista com a irmã do Tiago, eu perguntei sobre as dificuldades enfrentadas na alfabetização, se ele teve auxilio deis dos primeiros anos de vida, ela disse: “ - Bom, no quarto dele tem todas as letras do alfabeto na parede, para ele associar as letras com os animais, objetos e etc., tenho uma cartela de sílabas que sempre quando tenho tempo, o auxílio para decorar elas, ele está se desenvolvendo aos poucos. ”
Perguntei a segunda pergunta, e ela respondeu: - “ Graças a Deus, sim. Aqui em Alvorada tem a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) e sempre o levava para ter auxílio ao Fisioterapeuta e um Pedagogo. Sempre o levava a um hospital de Porto Alegre, para fazer exames com um Cardiologista, um Terapeuta ocupacional e um Fonoaudiólogo. Era muito desgastante pegar 2 ônibus para ir até a capital, mas valeu a pena. Hoje ele é muito avançado comparado à outras crianças com SD, da mesma idade. ”
2.4 CUIDADOS
Ao cuidar de uma criança ou adolescente com Síndrome de Down não faz tantas diferenças dos cuidados de uma pessoa sem a síndrome. Pedagogos e especialistas recomendam que os pais incentivem a pessoa com a Síndrome a ser independente, fazer os seus deveres da casa, fazer pelo menos alguns tipos de comida, conforme cresce. Ela necessita ser tratada como qualquer outra pessoa, com respeito, amor e carinho. Apesar, quando na fase adulta, a mesma, na maior parte dos casos, não consiga ser totalmente alfabetizada, ela consegue ter seu trabalho, praticar vários tipos de esportes, viajar, etc. Como qualquer outra pessoa sem a deficiência.
2.5 CARACTERISTICAS E TIPOS DE COMPORTAMENTO
Sobre o desenvolvimento social, aborda-se que “embora, de modo geral, sejam sociáveis e muito carinhosas, algumas, eventualmente, são tão desagradáveis quanto qualquer criança normal pode ser, em determinados momentos” (MOTTA, 2009, p. 97).
O comportamento das pessoas com a Síndrome é muito variado, alguns são extremamente carinhosos, outros mais agressivos e outros que agem como crianças, mas convivem como qualquer um na sociedade. Alguns casam, tem filhos, fazem faculdade, trabalham, é muito relativo, pois depende de cada pessoa. Mas independente se a pessoatem a Síndrome ou não, ela deve ser tratada igualmente as outras pessoas da sociedade, com respeito, educação e muito carinho. Carinho é essencial para alguém que tenha a Síndrome, porque eles se sentem acolhidos com uma pessoa carinhosa com eles.
Segundo Pueschel (2007) destaca que Down merece o crédito pela descrição das características clássicas desta condição ao distinguir essas crianças de outras com deficiência mental, em particular aquelas com cretinismo (uma desordem congênita da tireóide). Influenciado pelo livro de Charles Darwin a partir do estudo “a Origem das espécies”, Down acreditava que a condiçao que hoje denominamos Síndrome de Down era um retorno a um tipo racial mais primitive. Ao ligar a aparência dessas crianças aos orientais, Down criou o tema “mongolismo” e inadequadamente os chamou de “idiotas mongolóides” (PUESCHEL 2007).
Um exemplo de inclusão, uma criança com SD junto em uma sala de aula, com crianças sem a síndrome podem ser beneficiadas tanto quando a criança com a deficiência. Trazendo para essas crianças além da diminuição do preconceito, do bullyng e principalmente a troca de conhecimento dos mesmos.
A quase maioria das crianças com SD estarão em um patamar a baixo de desenvolvimento intelectual, social e emocional aos seus colegas de classe. As dificuldades de aprendizagem podem ter motivos variados, como: A perda rápida de atenção (déficit de atenção), dificuldades de realizar mais que um tipo de atividade ao mesmo tempo, problemas na audição e na visão, e principalmente de escrever ou enxergar a lousa. Eles entendem melhor com letras coloridas, brinquedos educativos e interessantes, como objetos e brinquedos.
O comportamento de uma criança com SD tem muitas alternâncias, uma hora ela está feliz e prestando atenção em tudo e de uma hora para outra, ela está olhando para o nada e imaginando algo. Uma hora ela está interessada em fazer o que você diz e outra ela não quer fazer de jeito nenhum, por um modo natural de disposição. Não obrigue a criança em fazer o que ela não quer, ela não se sente à vontade em ser obrigada a fazer algo em determinadas situações. Tente adaptar o tipo de atividade de acordo com o seu interesse, para isso, é necessário o conhecer um pouco para agradá-lo, e ser divertido para ele. Devemos saber que ele é uma criança, age como uma e tem desejos como uma.
2.6 PROPOSTA DE INCLUSÃO ESCOLAR
A interação dos professores que auxiliam o aluno e dão aula para o educando com SD, é fundamental. Com essa conexão, as atividades exercidas para o mesmo serão sincronizadas e fazendo com que o aluno não se sobrecarregue. Não aceite mais as atividades exercidas. Por exemplo: Na segunda-feira o professor de matemática passou uma folhinha com contas de adição e subtração. No próximo dia, dependendo do humor do aluno, ele ficará um pouco cansado de ficar só fazendo atividades em folhas, daí entra a interação dos professores. Um dia uma atividade pedagógica mais avançada, após isso, uma atividade no pátio, uma atividade física, o uso de tinta para alguma atividade em artes, etc.
Quanto mais os professores derem estímulos e intervenções mais ele irá se desenvolver, mais suas potencialidades serão potencializadas. Como os Sindrômicos tem deficiências variadas, como: Deficiência auditiva, deficiência visual, período de concentração menor que o normal, dificuldade de pensamento abstrato e dificuldade na coordenação motora. Essas características são muito predominantes, então muitas intervenções podem ser feitas pensando nessas fragilidades, o professor deve pensar até que ponto cada fragilidade atrapalha o aluno em determinadas atividades, pensando nas questões individuais dele. Se deve lembrar que ele “tem capacidade de aprender, dependendo da estimulação recebida e da maturação de cada um o desenvolvimento afetivo e emocional da criança também adquire papel importante” (Werneck, 1995, p.164). 
Um fator muito importante também é o professor e a equipe diretiva trabalharem em conjunto com os profissionais que auxiliam no desenvolvimento deste aluno, como: Fonoaudiólogos, Fisioterapeutas, Oftalmologistas, Médicos e os Monitores de Inclusão. Com a família em conjunto sempre analisando as recomendações dos profissionais.
Seria interessante um projeto federal que incentive professores da rede pública a se especializarem em áreas da Inclusão Social, como por exemplo: Isenções de taxa em faculdades, bolsas de 100%, 75% ou 50% de desconto em pós-graduações especialização em Educação Especial Inclusiva e Inclusão escolar.
CONCLUSÃO
 De acordo com este trabalho chegamos à conclusão que todas as crianças, jovens e adultos com a síndrome têm o direito de ter uma vida normal como as pessoas sem a síndrome. Antigamente, era reconhecida como "mongolismo", em relação a isto tivemos um avanço, pois passou a ser reconhecida como uma condição e não uma doença e se caracteriza pelo atraso no desenvolvimento intelectual e não mais pela aparência. Cada vez mais crianças com SD estão a frequentar escolas públicas como todas as outras crianças da comunidade, com isso, fazendo amigos e ajudando na sua socialização, ajudando em sua aprendizagem e se preparando para o mercado de trabalho. Com um educação apropriada, treinamento e suporte, cerca de 70% dos sindrômicos, quando adultos poderão encontrar um emprego e viverem independentemente.
Devemos nos conscientizar de que sindrômicos devem ser tratamos igualmente, não é por eles possuírem fisionomias e condições diferentes que devemos julgá-los. Se pararmos para conversar com eles, iremos notar que não há nenhuma diferença e que não devem ser discriminados por uma condição que a genética impôs a eles. 
REFERÊNCIAS
PUESCHEL, Siegfried e REILY, Lúcia Helena. Síndrome de Down: Guia para pais e educadores. São Paulo, Papirus, 12ª edição, 2007;
PESSOTI, I. Deficiência mental: da superstição à ciência. São Paulo: Edusp, 1984;
MOTTA, Paulo Armando. Genética humana: aplicada a psicologia e toda a área biomédica. 2º ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009;
WERNECK, Claudia. Muito prazer, eu existo: um livro sobre as pessoas com síndrome de Down. Rio de Janeiro: WVA, 1995;

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