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Profª: Maéli M. Ferri Civa Fisiologia da Tireóide e ParatireóideFonte imagens: http://www.patientedlibrary.com/generateexhibit.php?ID=27675 http://www.climedcap.com.br/Templates/CancerTireoide.dwt.asp http://www.cirurgiaendocrina.com.br/hipothyroid.html Anatomia Paratireóides As glândulas paratireóides/paratiróides são quatro pequenas glândulas endócrinas, que medem cerca de 3 x 6 mm, com peso total de, aproximadamente, 0,4 gramas. Possuem uma coloração amarelada e localizam-se mais comumente na face posterior da tireóide, nos pólos superiores e inferiores da glândula. Há dois tipos de células na paratireóide: as principais e as oxífilas. As células principais são as predominantes e são menores, estas células são secretoras do hormônio das paratireóides, o paratormônio (PTH). Na espécie humana, as células oxífilas aparecem por volta dos sete anos de idade e a partir daí aumentam progressivamente de número. A função dessas células ainda não foi elucidada. O paratormônio é uma proteína e se liga a receptores em osteoblastos, sendo este um sinal para estas células produzirem um fator estimulante de osteoclastos que aumenta o número e atividade dessas células, promovendo assim a reabsorção da matriz óssea calcificada e a liberação de Ca2+ no sangue. Por outro lado, o aumento da concentração de Ca2+ suprime a produção de hormônio PTH da paratireóide. A calcitonina produzida na glândula tireóide também influencia os osteoclastos, inibindo tanto sua ação de reabsorção de osso como a liberação de Ca2+ diminuindo a concentração deste íon no plasma e estimulando a osteogênese, tendo, portanto, ação oposta a do paratormônio. Além de aumentar a concentração de Ca2+ plasmático, o hormônio da paratireóide reduz a concentração de fosfato sanguíneo. Este efeito resulta da atividade do paratormônio em células dos túbulos renais, diminuindo a reabsorção de fosfato e aumentando sua excreção na urina. O paratormônio aumenta indiretamente a absorção de Ca2+ no trato digestivo, estimulando a síntese de vitamina D, que é necessária para esta absorção. A secreção das células paratireóides é regulada pelos níveis sanguíneos de Ca2+. Tireóide/Tiróide A tireóide é uma pequena glândula que mede aproximadamente 5 cm de diâmetro, pesando aproximadamente 20 gramas, localizada no pescoço, sob a pele, abaixo do pomo de Adão. Os dois lobos (metades) da tireóide estão conectados em sua parte central (istmo), o que confere à glândula a forma da letra “H” ou de uma gravata borboleta. A Tireóide produz os hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tetraiodotironina ou tiroxina), juntos chamados de iodotironinas, que atuam em todo o nosso organismo, regulando o crescimento, digestão e o metabolismo. E também a Calcitonina citada anteriormente, com ação no metabolismo do Cálcio. T3 e T4 possuem funções idênticas, sendo a diferença na rapidez e intensidade de ação. T4, mais abundante (90% da produção da tireóide); T3 é 4 vezes mais potente que o T4, presente no sangue em menor quantidade e persiste por tempo mais curto. O T3 é responsável pela maioria das ações teciduais do hormônio tireoidiano, os tecidos alvo, contém enzimas (desiodase) para conversão de T4 a T3. Para formação de T3 e T4 há necessidades da ingesta de cerca de 1 mg de Iodo por semana. Para evitar a deficiência de Iodo, o sal comum é Iodado com uma parte de Iodeto de sódio para cada 100.000 partes de cloreto de sódio, em nosso país. À medida que os hormônios tireoidianos são utilizados, parte do iodo neles contido retorna à tireóide e é reciclado para produzir mais hormônios tireoidianos. O corpo possui um mecanismo complexo de ajuste da concentração dos hormônios tireoidianos. Em primeiro lugar, o hipotálamo (localizado no cérebro, logo acima da hipófise), secreta o hormônio liberador de tireotrofina, que faz com que a hipófise produza o hormônio estimulante da tireóide. Como o nome sugere, o hormônio estimulante da tireóide estimula a tireóide a produzir hormônios tireoidianos. Quando a quantidade de hormônios tireoidianos circulantes no sangue atinge uma determinada concentração, a hipófise reduz a produção do hormônio estimulante da tireóide e vice-versa. Trata-se de um mecanismo de controle por retroalimentação (feedback) negativa. Os hormônios tireoidianos são encontrados sob duas formas. A tiroxina (T4), a qual é a forma produzida na glândula tireóide, tem apenas um efeito discreto (quando o tem) sobre o aumento da taxa metabólica do organismo. No fígado e em outros órgãos, ela é convertida na forma metabolicamente ativa, a triiodotironina (T3). Esta conversão produz aproximadamente 80% da forma ativa do hormônio. TSH (hormônio estimulante da tireóide): O TSH é um hormônio que regula a produção dos hormônios tireoidianos (T3 e T4), quando a produção desses hormônios está alta, o nível de TSH diminui, e quando está baixa, o nível de TSH aumenta para estimular a produção dos hormônios tireoidianos. Um nível sanguíneo baixo do TSH é o melhor indicador de Hipertireoidismo. Se o nível de TSH é muito baixo, é importante também checar os níveis de hormônio tireoidiano para confirmar o diagnóstico de Hipertireoidismo. Quando a tireóide não está funcionando adequadamente pode liberar hormônios em excesso (Hipertireoidismo) ou em quantidade insuficiente (hipotireoidismo). De maneira geral, quando a glândula está hiperfuncionante ocorre uma aceleração do metabolismo em todo organismo, podendo ocorrer agitação, diarréia, taquicardia, perda de peso etc, ao contrário, quando a glândula está hipofuncionante pode ocorrer cansaço, fala arrastada, intestino preso, ganho de peso, etc. Cerca de 10% das mulheres acima de 40 anos e em torno de 20% das que têm acima de 60 anos manifestam algum problema na tireóide. Porém é importante estar atento pois todas as pessoas, independente de sexo e idade, estão sujeitas a alterações desta glândula. Principais Doenças da Tireóide Foi à primeira Glândula a ser descrita em função de um distúrbio por deficiência, em 1850 pacientes sem função adequada da tireóide, foram descritos como portadores de uma forma de retardo mental e do crescimento, designado na época Cretinismo. Hipertireoidismo O Hipertireoidismo é uma condição caracterizada pelo aumento da secreção dos hormônios da tireóide e pode originar-se de várias causas. Os principais sintomas do hipertiroidismo são: • taquicardia, • perda de apetite, • perda de peso importante, • nervosismo, ansiedade e inquietação, • intolerância ao calor, • sudorese aumentada, • fadiga e cãibras musculares, • evacuações freqüentes, • irregularidades menstruais, Hipotireoidismo No hipotireoidismo ocorre a deficiência dos hormônios da tireóide, que pode potencialmente afetar o funcionamento de todo o corpo. A taxa de funcionamento normal do corpo diminui causando lentidão mental e física. Os principais sintomas do hipotireoidismo são: • fraqueza e cansaço, • intolerância ao frio, • intestino preso, • ganho de peso, • depressão, • dor muscular e nas articulações, • unhas finas e quebradiças, • enfraquecimento do cabelo, • palidez. Estimulo e produção dos Hormônios tireoidianos: O Hipotálamo recebe mensagens (Feedback) sobre os níveis sanguíneos de hormônios da tireóide, produzindo o Hormônio liberador de Tireotrofina (TRH). O TRH estimula a hipófise (pituitária), na parte anterior adenohipófise a produzir o Hormônio estimulador da Tireóide (TSH), este estimula a Tireóide a produzir T3 e T4. Fonte imagem: http://www.webciencia.com/11_23endo.htm Bibliografia: http://www.infoescola.com/glandulas/paratireoide/ http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=4680&ReturnCatID=487 http://mmspf.msdonline.com.br/pacientes/manual_merck/secao_13/cap_145.html http://www.webciencia.com/11_23endo.htm PARKER, S. O Livro do Copo Humano. Ed. Ciranda Cultural, 2007.
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